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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

LETRAS PORTUGUES FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

JOHNNY DE SOUZA SANTOS


Matricula:202107326123

PROJETO - TUDO BEM SER DIFERENTE

RIO DE JANEIRO
2022
JOHNNY DE SOUZA SANTOS

PROJETO - TUDO BEM SER DIFERENTE

Trabalho apresentado no curso de Letras


Português formação pedagógica na
universidade Estácio de Sá orientado pelo
tutor(a) Gabriela Maffei Moreira Malagolli.

RIO DE JANEIRO
2022
1. INTRODUÇÃO

De acordo com Beauclair (2007), assegura que a educação inclusiva é o


caminho humano de celebrar as diferenças, envolvendo o anseio de participar
da comunidade ao todo, é a valorização da diversidade e da procura de uma
sociedade altruísta e inclusiva de vida para todos. Segundo Stainback e
Stainback (1999), concluem esse significado, citando que o desígnio da
inclusão é transformar uma sociedade na qual todas as crianças caminhem
lado a lado e desenvolvam suas tarefas em apoio mútuo entre os
companheiros.
Portanto pode-se dizer que, a educação inclusiva procura garantir para
todos os alunos a empatia, tolerância, e igualdade de oportunidades
educativas, acomodando o ambiente para o desenvolvimento absoluto de
todos, buscando em atender seus potenciais e talentos, procurando beneficiar
o desenvolvimento de uma sociedade mais democrática e branda.
O projeto “Tudo Bem Ser Diferente!” tem como objetivo geral beneficiar
o processo de inclusão escolar de estudantes com necessidades educacionais
especiais, focado no público alvo do Ensino Fundamental II. O início deste
projeto se dará com todas as adequações às demandas existentes da escola e
em consequência das necessidades de cada turma.
A ideia do projeto se originou a partir da observação dentro de uma
escola e de como era desenvolvido os trabalhos com os alunos especiais,
sendo assim, partindo da necessidade de trabalhar o grupo sala de aula como
um todo, proporcionando a sensibilidade e períodos para reflexionar sobre a
diversidade, diferença entre todos o direito de todos à uma educação de
qualidade, respeitando a individualidade de cada um.
Para desenvolver este projeto é importante o trabalho em equipe e a
atribuição de dinâmicas, beneficiando e valorizando o trabalho em grupo. Para
Andrade (2008), deve-se agregar a dinâmica de equipe como uma técnica que
coloca todos em atividade e movimento através dos jogos, brincadeiras e
exercícios, proporcionando situações de simulação e autoavaliação e o
aprender respeitar o próximo.
2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

O projeto “Tudo Bem Ser Diferente!” tem como objetivo geral beneficiar o
processo de inclusão escolar de estudantes com necessidades educacionais e
especiais, focado no público alvo do Ensino Fundamental II.

2.2. OBJETIVO ESPECIFICOS

 Proporcionar oportunidade para que estimulem a percepção de si e do


outro;
 Reflexionar sobre a importância em respeitar o outro em vários
contextos vivenciados pelos colegas;
 Beneficiar a relação interpessoal, com atitudes e ações positivas.

2.3. PROJETO DE INTERVENÇÃO E PROGRAMAÇÃO

Nome do Projeto: Tudo Bem Ser Diferente!

Tema a ser trabalhado: Inclusão, respeito ao outro.

Período em que o projeto será trabalhado: Turno da manhã e tarde.

Séries que serão contemplados: Todo fundamental II.

3. METODOLOGIA

Para início deste projeto será realizado uma busca sobre o tema
utilizando meios como livros e sites da internet, assim tendo um melhor
fundamento teórico e desenvolvimento de possíveis dinâmicas de grupo, sendo
assim, adaptando da melhor forma para a realidade da escola. Em seguida ao
decidir os objetivos que consistir em ser alcançados e dinâmicas a serem
aplicados, pode-se dar início a aplicação do projeto com as turmas do 6º ano,
para obter o início da trajetória escolar na instituição de ensino, a qual se
prolonga até o 9° ano. Segundo o que a escola necessita, este projeto pode ser
estendido à outras turmas, e sempre dando prioridade as salas com inclusão
de estudantes com necessidades educacionais especiais. A execução deste
projeto na prática, serão realizados cinco encontros, aproveitando atividades
distintas e dinâmicas de grupo, com duração de uma hora/aula semanal.

4. JUSTIFICATIVA

O interesse por este projeto está relacionado mediante a preocupação


com os alunos com necessidades especiais da rede de ensino, esta pesquisa
subsidiou a elaboração do projeto intitulado “Tudo bem ser diferente” e tem
como objetivo geral beneficiar o processo de inclusão escolar de estudantes
com necessidades educacionais e especiais, focado no público alvo do Ensino
Fundamental II.
A inclusão de crianças com necessidades especiais apresenta o viés de
muitas outras pesquisas que tem apresentado resultados na qual divulga
muitos estereótipos e paradigmas relacionados a essas crianças com
necessidades especiais, sobre o seu ensino aprendizado no meio da
educação, esta situação vem gerando muita vergonha e preocupação por parte
de muitos profissionais da área, por que estas crianças possuem identidades e
necessidades tanto biológicas como sociais que precisam ser preservadas e
valorizadas, assim confirma Goffman (1988), que aborda que o indivíduo que é
estereotipado e estigmatizado pela sociedade é considerado fora dos padrões
da sociedade, por que não possuem a “perfectibilidade” ou “normalidade” para
as regras de produção da sociedade.

Sendo assim, o indivíduo que é estigmatizado colocado como categoria


em tipos de “diferença” (deficiência), ocupando uma posição de desvantagem
aos demais indivíduos da sociedade, estes conceitos de diferença que são
equivocados, por se tratar de que pessoais com necessidades especiais são
pessoas doentes e “incapazes” acabam agindo de forma preconceituosa.
Reações estas que impossibilitam que a sociedade acredite no
desenvolvimento potencial e cognitivo desses sujeitos. Devido, ao estigma
ainda está dentro da cabeça de muitos pais e professores.

Tendo em vista que crianças com necessidades especiais ainda são que
vistos por muitos como alguém diferente e fora do padrão, devido a isso muitos
passam a ter comportamentos restritos e indiferentes com esses sujeitos,
levando-os a segregação pedagógica e social. Não deve-se negar que crianças
com necessidades especiais tenham no decorrer do seu desenvolvimento
algumas dificuldades, mas é importante lembrar que devemos reconhecer os
limites e suas possibilidades, seja ela cognitivo ou motor, para que se
desenvolvam na interação do meio socio cultural na qual ela está inserida.

Este é o trabalho do ser humano proporcionar práticas de interações e


construções sociais para todos, mediante isto, este projeto tende a
desmistificar estes estigmas e estereótipos que acerca as crianças com
necessidades especiais, com tudo que este projeto alcance o aprendizado e
desenvolvimento de todos, que muitas vezes os que impede de acreditarem no
potencial que os mesmos têm a desenvolver.

Infelizmente o preconceito sempre está associado com a ignorância de


muitos que tendo em vista que a ausência do conhecimento de muitos
assuntos ou doenças como síndrome de Downs, autismo, superdotação,
retardo mental, TDAH’s, entre outros. Ao estabelecer representações sociais
entre as crianças desde nova com estes temas, é possível entender o proposito
deste projeto contribuir para a diminuição dos preconceitos e barreiras,
servindo como um norte para o desenvolvimento de aprendizagem destas
crianças e adolescentes.

É importante ressalvar que a família e a escola também tenham uma


interação importante como parte deste projeto, pois faz parte do processo de
aprendizagem e desenvolvimento dessas crianças, já que sabemos que
algumas instituições possuem papéis diferentes, e dependentes, portanto é
importante que ouça a junção desse ensino para poderem se complementarem
para desenvolver o aprendizado do indivíduo. Partindo deste principio básico,
surgiu o questionamento: Qual é a representação social que as crianças com
necessidades especiais têm sobre o seu aprendizado no ambiente escolar?
Tendo isso como base, com a oportunidade desta disciplina em poder criar um
projeto como este, pensamos muito bem que a criança que tem necessidades
especiais deve ter um espaço melhor e mais inclusivo na sociedade, e como a
escola é o primeiro contato com a sociedade, devemos estimular isso iniciando
na mesma. Diante do exposto, o objetivo deste projeto é compreender as
representações sociais dos alunos com necessidades especiais dentro da sala,
tornando sua relação com os outros colegas que não possuem doenças
especais de forma mais compreensiva, inclusiva e dinâmica. A partir do
momento que compreendemos que as representações sociais funcionam como
normas de referências que se usa para definir pessoas ou grupos e para
explicar os acontecimentos da realidade cotidiana. Além do mais, as
representações sociais mantêm relações com a ideologia, linguagem e o
imaginário social. Segundo (ALVES-MAZZOTTI, 1994) nota-se, que ela exerce
uma função essencial na orientação de condutas e práticas sociais.

5. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

A avaliação das atividades se realizará através da observação


entre as dinâmicas entre os alunos, através disso, será observado como
será o tratamento entre os alunos tanto considerados “normais” quantos
aos alunos com as necessidades especiais, se após as dinâmicas e
atividades de reflexão, a percepção dos alunos num geral e a forma de
tratamento será melhor e positivo.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desse projeto irá proporcionar o favorecimento do campo


para reflexão entre o diálogo sobre a diversidade, diferenças individuais de
cada indivíduo, respeito mútuo e o desenvolvimento das habilidades sociais no
ambiente escolar. Esta proposta de comunicação proporciona oportunidades
para explicações, mudanças de costumes, atitudes, colaboração e flexibilidade
no relacionamento interpessoal, principalmente dentro de cada turma. Portanto
vale ressaltar que a inclusão escolar pode contribuir para o desenvolvimento
não apenas do aluno com necessidades educacionais especiais, mas
especialmente no desenvolvimento de valores positivos e na convivência com a
diversidade.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith. Representações sociais: aspectos teóricos e


aplicações à Educação. Brasília, ano 14, n.61, jan/mar. 1994.

ANDRADE, S. G. Teoria e prática de dinâmica de grupo: jogos e exercícios.


5. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008.

BEUCLAIR, J. Incluir, um verbo necessário a inclusão: (pressupostos


psicopedagógicos). São José dos Campos: Pulso Editorial, 2007.

CASTRO, L. X. Conhecendo a si mesmo e aprendendo a conviver bem


com os outros e suas diferenças. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=33094 >
Acesso em: 16 Abril. 2022.

GOFFMAN, Erving. Estigma, notas sobre a manipulação da identidade


deteriorada. Rio de Janeiro: LTC, 1988.

SOUSA, R. A. Quem Sou eu? Quem é o outro? Disponível em:


<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?
aula=32179>Acesso em: 17 abril. 2022.

STAINBACK, S; STAIBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto


Alegre: Artmed, 1999.

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