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1. Introdução ...................................................................................................................... 4
2. Objetivos: ........................................................................................................................... 4
3. Indicadores ..................................................................................................................... 5
4. Enquadramento teórico ................................................................................................ 5
Envelhecimento populacional................................................................................................. 5
Prevenção atividade física (idosos) ........................................................................................ 6
Realidade em Portugal ............................................................................................................ 6
Conceito e implicações da Prática Intergeracional ................................................................. 7
Projeto Memórias do Passado ................................................................................................. 8
1. Metodologia (Participantes, material e método) ........................................................ 8
2. Ordem da atividade: ..................................................................................................... 8
A. Momento Quebra-Gelo ........................................................................................... 10
Conhecer o grupo .............................................................................................................. 10
B. Atividades da fase 1 VS 1 ........................................................................................ 10
Atividade 1: Bowling ........................................................................................................ 10
Atividade 2: Jogo da Macaca ............................................................................................ 10
Atividade 3: Jogo do Galo Humano.................................................................................. 11
Atividade 4: Tiro ao Alvo ................................................................................................ 11
Atividade 5: Jogo da caneca ............................................................................................. 12
Atividade 6: Surpresa Pong .............................................................................................. 12
C. Atividades da fase em grupos ................................................................................. 12
Atividade 1: Telefone estragado ....................................................................................... 12
Atividade 2: Dança das cadeiras ....................................................................................... 13
Atividade 3: Boccia........................................................................................................... 13
Participantes........................................................................................................................ 14
1. Idosos (Centro Paroquial e Social de Lavradas) ................................................... 14
2. Jovens (Escola Básica e Secundária de Diogo Bernardes) ................................... 14
3. Equipas ..................................................................................................................... 14
4. Ordem do Percurso: ................................................................................................ 15
Fase 1: Jogos 1 vs 1 .......................................................................................................... 15
Fase 2: Jogos em Grupo .................................................................................................... 15
5. Reflexão (pontos fortes e positivos)............................................................................ 16
6. Conclusão; ....................................................................................................................... 16
7. Bibliografia .................................................................................................................. 18
8. Anexos .......................................................................................................................... 19
Índice de Tabelas
Índice de Figuras
Figura 1: Formato do Percurso de Atividades .......................................................................... 15
Índice de Anexos
Anexo 1: Local da Intervenção (Polidesportivo de Lavradas) ................................................. 19
1. Introdução
No âmbito do curso de licenciatura em Educação Social Gerontológica, na unidade curricular
de Atividades Físicas do Envelhecimento, foi proposto a realização de um trabalho relativo às
estratégias para um plano de intervenção para idosos de acordo com um diagnóstico, onde o
objetivo principal era a aplicação dos conhecimentos e competências adquiridas ao longo do
percurso na unidade curricular e a matéria apresentada pelo docente Bruno Silva.
2. Objetivos:
O objetivo geral para o plano de intervenção deste trabalho é a promoção da atividade física na
população idosa. Os objetivos específicos são:
1. Estimulação da concentração;
2. Estimulação do equilíbrio;
3. Estimulação da precisão;
4. Rapidez e coordenação;
5. Promoção da relação intergeracional;
6. Recordação de memórias antigas por parte dos idosos;
7. Promoção de partilha de conhecimentos através de jogos tradicionais tanto por parte dos
idosos como das crianças/jovens.
Sendo assim importante, procurar criar desafios e medidas de forma a proporcionar uma
qualidade de vida no que toca à população mais velha. Tal como a teoria de Erikson menciona
e destaca a capacidade do individuo de desenvolver e participar em atividades. (Erikson, 2000).
Desta forma, certas atividades favorecem à participação dos idosos e contribuiu para uma
cidadania ativa.
Irá ser estipulado neste presente trabalho, um enquadramento teórico sobre o envelhecimento
de uma forma geral e mais detalhadamente a prescrição de atividade física para a população
mais velha, na metodologia irá ser apresentado o material, os métodos, nomeadamente o
planeamento das atividades, seguido da reflexão, no que toca aos pontos fortes e aos pontos
fracos da estratégia realizada e finalizando com as considerações finais deste trabalho.
3. Indicadores
A efetivação de objetivos requer não apenas uma definição clara e alcançável, mas também a
implementação de mecanismos para avaliação e monitorização contínua. Nesse contexto, os
indicadores de objetivos emergem como ferramentas vitais para medir e analisar o progresso
em direção a metas especificas.
Esta seção destina-se a apresentar a importância desses indicadores, destacar sua relevância
para a tomada de decisões informadas e fornecer uma visão abrangente sobre como eles
contribuem para o alcance bem-sucedido dos objetivos propostos.
Para atingirmos o objetivo da promoção da atividade física realizamos um percurso no qual
estão presentes jogos tradicionais que são realizados através da atividade física.
Para atingirmos o indicador de estimulação da concentração, equilíbrio e precisão também será
atingido através dos jogos tradicionais, como por exemplo, o jogo do galo humano, a dança das
cadeiras entre outros, que estimulam a concentração, equilíbrio e precisão para cada equipa
ganhar o jogo.
Para a promoção da relação intergeracional a atividade irá ser realizada entre grupos de idosos,
grupos de crianças e em conjunto com as orientadoras do projeto que são jovens.
Nos objetivos de recordação de memórias antigas por parte de idosos irá ser atingido através da
participação nos jogos tradicionais que muitos deles provavelmente teriam jogado durante a sua
infância.
Na promoção de partilha de conhecimentos através de jogos tradicionais tanto por parte dos
idosos como das crianças/ jovens será realizado durante a realização do percurso.
4. Enquadramento teórico
Envelhecimento populacional
O envelhecimento da população é uma realidade incontornável na sociedade
ocidental do séc. XXI que lança novos desafios aos indivíduos e à própria sociedade. Em
Portugal, nunca existiram tantas pessoas com 65 e mais anos, ou com 80 e mais anos, e tão
pouco nascimentos e jovens como agora (Rosa, 2012). O último Censo da população
realizado em Portugal (2011) mostrou a tendência crescente para o aumento da
população com 65 e mais anos. Entre 2001 e 2011, a proporção de jovens (população
dos 0 aos 14 anos de idade) reduziu de 16,2% para 14,9% da população residente total.
No mesmo período, a proporção de indivíduos em idade ativa (população dos 15 aos 64
anos de idade) também diminuiu de 67,3% para 66,0%, verificando-se simultaneamente
o aumento da percentagem de idosos (população com 65+ anos de idade) de 16,6%
para 19,0% (INE, 2012). Tendo em conta o envelhecimento da população, do ponto de vista da
Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002/2005), é fundamental pensar o envelhecimento da
população em termos do envelhecimento ativo. Este pode ser entendido como processo de
otimização das condições de saúde, participação e segurança, com a finalidade de melhorar a
qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem.
Realidade em Portugal
Na população portuguesa existe uma redução da atividade física a partir dos 65 anos. O sexo
masculino apresenta maior sedentarismo, sendo que nesta população a atividade física total,
expressa através do número de minutos totais por dia, é superior nos idosos da região do Centro,
seguida das regiões de Lisboa, do Norte, do Alentejo e do Algarve.
No que concerne à população feminina, a atividade física total é superior nas idosas das regiões
do Centro e de Lisboa, seguidas das regiões do Norte, do Alentejo e do Algarve.
A inatividade física e o sedentarismo podem ser explicados pela existência de obstáculos à
atividade física, tais como a escassez de recursos económicos, a dor músculo-esquelética, a
resistência à mudança de estilo de vida ou a existência de espírito de compromisso,
particularmente relevantes na população idosa. (Antunes, 2016)
Conceito e implicações da Prática Intergeracional
Segundo Jacob (2007), a noção de relações intergeracionais remete-nos quase de imediato para
a conexão entre jovens e idosos, o que nem sempre é verdadeiro, pois há relações
intergeracionais com outros intervenientes. O estabelecimento de relações intergeracionais
éticas, fraternas e solidárias são necessários para preservar a qualidade dos laços afetivos e para
a construção de uma sociedade justa e para todas as idades (Sommerhalder et al, 2000).
Entendemos que cada geração tem interesses próprios, resultantes de vontades individuais e das
influências políticas, económicas, sociais e culturais, como também, podem ter interesses
comuns diante de determinadas questões relacionadas com a vida, a atualidade, a política e é aí
que surge a possibilidade de transmitir e adquirir novos saberes a partir das semelhanças e
diferenças de cada geração.
A atividade física é um dos modos mais eficazes para a aprendizagem da cooperação e o
exercício do convívio, principalmente para descobrir e enriquecer as nossas habilidades de
relacionamento.
Os programas e atividades intergeracionais são grandes incentivadores para as diversas
gerações participarem de uma forma ativa na sua comunidade. Os participantes aprendem a ser
sensíveis, compreensivos e cumpridores, e podem crescer confortavelmente com as diferenças
e semelhanças individuais entre eles, o que leva, como consequência, o enfraquecimento de
qualquer tipo de discriminação (Lima et al, 2007).
Os programas podem ser avaliados em termos do seu impacto sobre os participantes (crianças,
jovens ou idosos) e da comunidade envolvente.
Os benefícios para crianças e jovens da participação em atividades intergeracionais podem
incluir o aprimoramento de habilidades académicas e de desempenho, melhores atitudes para
com o envelhecimento e desenvolvimento dos idosos.
Os benefícios para os idosos podem incluir o aumento da saúde, ao nível de aumento de
atividades, as atitudes para melhorar a gerações mais jovens, a autodescoberta e circunstâncias
de vida melhoradas.
A aprendizagem intergeracional foi estudada na primeira infância através da brincadeira. As
perceções das crianças em relação aos anciãos foram apreendidas antes e após a sua participação
em programas intergeracionais (Bales et al, 2000).
Existem variados benefícios para a sociedade sendo: a união de gerações e a construção de uma
melhor compreensão entre elas; estimula a cidadania ativa e participação social; compartilha os
recursos sociais e profissionais, o conhecimento entre as gerações; desafia problemas sociais
entre gerações; diminui a solidão e o isolamento social; dá forma a relacionamentos
interpessoais com pessoas mais idosas que podem fornecer a orientação, a sabedoria, a
sustentação, a amizade levando-as a aprender e desenvolver apreciação das heranças, tradições
e histórias; aumenta a visibilidade na comunidade; apoia a aprendizagem ao longo da vida nos
diferentes domínios e promove a manutenção e construção de capital humano e social ao longo
do tempo.
2. Ordem da atividade:
Nota importante: durante a prática de atividade física, os deverão utilizar roupas leves e
confortáveis, utilizar meias e calçado fechado. É ainda importante não esquecer a hidratação
durante o desenvolvimento dos exercícios, bem como o horário das refeições que deve ser
sempre respeitado, especialmente sendo estes idosos de um Centro de Dia, que já tem uma
rotina estruturada.
A. Momento Quebra-Gelo
Conhecer o grupo
Descrição: Esta atividade é a primeira a ser realizada e é uma forma de conhecer melhor cada
um dos participantes e de permitir que tanto idosos e as crianças se conheçam uns aos outros e
às orientadoras das atividades para, assim, haver uma relação de proximidade. Para começar, o
grupo reúne-se e todos formam um círculo de mãos dadas. Inicialmente começa uma
orientadora da atividade para dar o exemplo, segurando numa bola começa por se apresentar,
dizendo algumas informações que ache relevantes, como por exemplo, nome, idade, donde são,
uma palavra que represente a atividade. Enquanto o grupo estiver a apresentar-se irá se fazer
alguns exercícios de aquecimento.
Objetivos: permitir uma relação de proximidade e ligação entre participantes e orientadoras.
Recursos humanos: participantes e orientadoras.
Recursos materiais: bola
Duração: 30 minutos
Atividades da fase 1 VS 1
Atividade 1: Bowling
Descrição: Este jogo consiste em derrubar com 1 bola 3 garrafas cheias de areia.
Objetivos: exercitar a concentração, trabalhar os músculos, estimular a realização de atividades
físicas.
Recursos Humanos: participantes e orientadoras
Recursos Materiais: 1 bola: 3 garrafas; areia.
Duração: 15 minutos
Atividade 3: Boccia
Descrição: O Boccia é um desporto misto é jogado principalmente por deficientes ou pessoas
com grandes limitações. o jogador, par ou equipa coloque o maior número possível de bolas da
sua cor o mais próximo da bola alvo. As bolas podem ser arremessadas com mão, o pé, ou uma
calha ou ponteiros (para os atletas com maiores dificuldades em lançar a bola).
Objetivos: potenciar a concentração, a coordenação, a precisão e estimular o trabalho de equipa
e a estratégia.
Recursos Humanos: participantes e orientadoras
Recursos Materiais: dois conjuntos de 6 bolas cada, 1 conjunto vermelho e outro de cor azul
e 1 bola branca (bola alvo).
Duração: 10 a 15 min
Participantes
1. Idosos (Centro Paroquial e Social de Lavradas)
Fase 1: Jogos 1 vs 1
Jogos
1 2 3 4 5 6
A 1 2 3 4 5 6
B 6 1 2 3 4 5
Etapas
C 5 6 1 2 3 4
D 2 5 4 6 1 3
E 3 4 5 1 6 2
F 4 3 6 5 2 1
Tabela 4: 1º Fase de Jogos (1vs1)
A
F B
E C
D Figura 1: Formato do Percurso de Atividades
5. Reflexão (pontos fortes e positivos)
Tendo em conta a relevância do projeto, Memórias do Passado, e tendo em conta a sua
intervenção, pudemos ver que os seus pontos fortes estão relacionados com a relação
intergeracional do público participante assim como a recordação de memórias da infância de
cada um dos participantes idosos e a promoção da atividade física, de forma a permitir também
a promoção de um envelhecimento ativo. Outro ponto forte deste projeto de intervenção é a
possibilidade de ser realizada futuramente por outros profissionais e outras entidades seja em
Centros de Dia, Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Câmaras Municipais e Juntas de
Freguesia, Escolas, entre outras. Os pontos a melhorar são uma organização melhorada e
estruturada do projeto de intervenção, uma análise da realidade/análise SWOT mais ampla e
no que toca à análise do público-alvo, às necessidades e aos gostos de cada participante e
finalmente este projeto de intervenção ser aplicado de forma contínua e não apenas uma única
vez.
Para finalizar, os pontos negativos centram no facto de este projeto ter uma grande variedade
de atividades o que oferece aos participantes uma opção de escolha, isto é, estes podem não
gostar de alguma atividade, de achar que não são capazes de realizar determinada atividade ou
até de não se sentirem confortáveis com outros participantes. Todas as atividades serão
adaptadas para todo o tipo de participantes para que todos possam participar em todas as
atividades mesmo que tenham défices tanto físicos como cognitivos.
6. Conclusão;
Ao longo deste projeto de intervenção que visaria integrar crianças e idosos por meio de jogos
tradicionais, poderíamos observar uma série de benefícios tangíveis e intangíveis para ambas
as faixas etárias. A abordagem lúdica e inclusiva dos jogos tradicionais não apenas estimulou a
atividade física, mas também promoveu a socialização e o compartilhamento de experiências
entre as gerações.
Os resultados obtidos indicam melhorias significativas na saúde física e mental dos
participantes. Crianças e idosos que participaram neste projeto experimentaram um aumento na
coordenação motora, equilíbrio e resistência física. Além disso, os benefícios psicossociais
incluíram uma melhoria na autoestima, redução do isolamento social e promoção de um
ambiente mais inclusivo.
No entanto, não podemos ignorar os desafios enfrentados durante a realização do projeto.
Algumas barreiras, como diferenças de habilidade e limitações físicas, exigiram adaptações nos
jogos e uma abordagem personalizada para garantir que todos os participantes pudessem
desfrutar plenamente da experiência. Além disso, a logística da organização das atividades e a
necessidade de garantir a participação constante demandaram um planejamento cuidadoso e
contínuo.
Ao longo do projeto percebemos que as lições aprendidas são valiosas para futuras iniciativas
semelhantes. A importância de uma abordagem flexível e adaptativa, a promoção de uma
comunicação aberta e a valorização das contribuições de cada geração são aspetos fundamentais
para o sucesso de intervenções intergeracionais.
Este projeto não apenas promoveria a saúde física, mas também construiria pontes entre
diferentes grupos etários, criando uma comunidade mais coesa e integrada.
Concluindo, o poder transformador dos jogos tradicionais como instrumento de integração
intergeracional é evidente, indicando a importância de continuar explorando abordagens
inovadoras para promover o bem-estar e a harmonia na nossa sociedade.
7. Bibliografia