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SUMÁRIO
1. Coaching . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 Conceito e definição de coaching . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 A filosofia do coaching, suas necessidades e aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Coaching e liderança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5 Coaching e outros processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.5.1 Coaching e counseling . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
1.5.2 Coaching e mentoring . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.5.3 Coaching e psicoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.5.4 Coaching e autoajuda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
1.6 Competências necessárias para a realização do coaching . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.7 Ferramentas e técnicas do coaching . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.7.1 Modelo Grow . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
1.7.2 Modelo T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.7.3 Rapport . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.7.4 Perguntas assertivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.7.5 Roda da Vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
1.7.6 Valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.7.7 SWOT pessoal e estratégico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.7.8 Missão e visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
1.7.9 Ganhos e perdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
1.7.10 5W2H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
1.7.11 Assessment . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
1.7.12 Feedback 360º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.7.13 Smart . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
1.7.14 Vacogou Sistemas Representacionais . . . . . . . . . . . . . . . . .17
1.7.15 Crenças limitantes e fortalecedoras . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
1.7.16 Tríade do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
1.7.17 Como seria seu livro? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
1.8 Etapas e desenvolvimento do processo de coaching . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1. COACHING
Mas antes de iniciarmos nossa abordagem, precisamos conhecer as principais definições que
compõem essa prática:
• Coach: o termo provém da língua inglesa e significa treinador. Faz referência ao profissional
capacitado para aplicar as ferramentas, técnicas e processos relativos a esta metodologia. O
conjunto dos profissionais que exercem esta função é denominado coaches.
• Coachee: compreende o cliente, ou seja, a pessoa que passará pelo processo. O trabalho de
coaching é pautado na definição dos objetivos do coachee, que se desenvolverá e conquistará
soluções efetivas na área em que almeja.
O coaching pode ser caracterizado como um processo que se vale de ferramentas, técnicas e
conhecimento de várias áreas, como a psicologia, gestão de pessoas, planejamento estratégico,
neurociência, dentre outras. Assim, pode-se dizer que é uma metodologia interdisciplinar.
É importante ressaltar que o coach não resolverá as questões do coachee, mas oferecerá suporte
para que ele mesmo supere-as. Por isso, muitos se referem ao profissional como uma “ponte”, uma
vez que ele coloca o coachee diante de sua realidade, e somente ele poderá fazer a travessia.
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1.2 Histórico
A palavra “coaching”deriva de “coach”, cuja origem está na cidade medieval de Kocs (Hungria).
Nesta localidade havia uma típica carruagem com cobertura e suspensão mais macia, com molas
de aço, denominada kocsiszeker. A elegância, o conforto e a comodidade também prevaleciam,
com o intuito de proteger os passageiros das intempéries cotidianas (KRAUSZ, 2007; ORTIZ, 2010;
LAGES& O’CONNOR, 2010b). Com o decorrer do tempo, as kocsi passaram a ser chamadas kocs.
Justamente para fazer referência ao transporte de um sujeito do ponto atual para o desejado,
a palavra foi cunhada para esse processo, afinal, essa é sua premissa.
As universidades inglesas se valiam do termo para designar seus tutores, em 1830 (MARQUES,
2013), aqueles que auxiliavam o aluno na preparação para as provas em determinadas disciplinas.
Um século depois, o coaching passou a ser associado à capacidade e competência de gerir pessoas,
direcionando, assim, o olhar para as competências individuais, sobretudo no esporte.
Em 1937, apareceu o primeiro estudo a respeito do coaching na esfera organizacional. Seu autor,
Gorby, analisou como atuavam os executivos junto com os novos membros da equipe, objetivando
a atenuação de gastos e, consequentemente, o aumento dos lucros. Assim, os recém-contratados
também puderam fazer parte da divisão desse montante (GRANT;CAVANAGH, 2004).
Um ano depois, Bigelow divulgou uma pesquisa em que verificou como gerentes se valeram do
coaching para melhorar a atuação, ou melhor, as habilidades comerciais, de suas equipes diante
dos clientes (PINTO, 2012).
Em 1955, Hayden mostrou o coaching como uma ferramenta para aprimorar o desempenho dos
funcionários. E em 1964, Mahler relatou o empenho, sem êxito, de fazerem com que seus gerentes
atuassem como coaches (PINTO, 2012).
Vemos nessas pesquisas o coaching sendo concebido como artifício para desenvolver habilidades
organizacionais, aplicado por um funcionário mais experiente e em um cargo de maior hierarquia
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da empresa, de modo a transmitir seus conhecimentos para os demais membros. Nesta ocasião, o
coach aparece apenas como um técnico. Talvez por isso o fato de alguns membros não alcançarem
a meta pretendida.
Por meio do treinador de tênis Timothy Gallwey (2004), em 1960, o método começou a ganhar
visibilidade, sobretudo ao divulgar suas ideias no livro The inner game oftennis, publicado em 1974.
Uma de suas observações é que o primeiro jogo de um atleta se passa, primeiramente, em sua
mente. Também pretendia expandir a consciência acerca dos movimentos e, consequentemente,
a conscientização da melhoria de alguns deles para o êxito no jogo.
Krausz (2007) enfatiza que, na década de 1960, havia um movimento humanístico e Gallwey
(2004) estava, então, em diálogo com a sociedade e seus teóricos, como Abraham Maslow, Carl
Rogers e Eric Berne. Eles propunham que o foco se voltasse para o sujeito em vez da tarefa a ser
executada.
Na década de 1980, o coaching passou a ser utilizado profissionalmente nas empresas dos
Estados Unidos. Anos depois, em 1990, Tomas Leonard fundou a primeira escola de coaches, que
enfatizava o coaching de vida. Nessa mesma década, puderam ser vistas escolas e treinamentos,
mas nada formais, com ações de profissionais que, de acordo com a sua disponibilidade de tempo,
auxiliavam as pessoas a obterem melhores resultados. (JESUS, T.; MATTEU, 2014)
Não demorou para que essa prática logo fosse utilizada pelo viés executivo em busca de um
ininterrupto desenvolvimento para atuar com sucesso sob as demandas do mundo atual (REIS, 2013).
Percebemos que o processo do coaching está alicerçado por inúmeros teóricos, que se debruçam
em seus estudos e aprimoramentos desde a década de 1980 (LAGES; O’CONNOR, 2010a).
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• a psicologia humanista;
• a filosofia oriental;
• o construtivismo;
• os estudos linguísticos.
Ao longo das sessões, o coach ajuda o coachee na identificação de como o seu pensamento
está organizado, de modo a revelar os chamados pontos-falhos dessa estrutura de pensamento;
assim, é construído um planejamento de ações que objetivam mudar a situação apresentada como
danosa.
Ocorre como que uma expansão e maximização da consciência, com maior clareza, compreensão
e discernimento, levando a seleções mais adequadas e concernentes às metas do cliente.
É um modo de rever a vida e questionar alguns aspectos, mas sem aprofundamentos, de modo que
se possa colocar em prática rapidamente os resultados. Ao se valer desse processo, as mudanças,
que se dão efetiva e duradouramente, ocorrem em um curto período de tempo, normalmente definido
pelos envolvidos no processo. Ou seja, o trabalho tem início, meio e fim.
Ele permite uma visualização clara da situação em que a pessoa está inserida e quais são os
pontos individuais a serem trabalhados. Também ocorre a quebra de paradigmas para que o sujeito
possa potencializar as suas qualidades e chegar aos objetivos almejados assertivamente.
1. Para quem deseja se alçar na profissão: isso acontece porque o método faz uma amálgama
entre um propósito de vida e a satisfação profissional.
2. Para quem necessita agir com liderança em meio a constantes desafios: o método auxilia
na potencialização ou aquisição dessa habilidade, justamente porque trabalha com o
gerenciamento de conflitos, maximização do desempenho da equipe, motivação profissional,
aumentando, assim, a produtividade e a gestão do tempo, além da inteligência social. E é
fato que os sujeitos têm melhores desempenhos quando suas ações estão em acordo com
seu íntimo, assim o benefício recai sobre ambos os lados. Aliás, não há lados opostos aqui.
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3. Para uma maior qualidade de vida: pelo fato de requerer que o coachee retome o controle
de sua própria vida, trabalha no reconhecimento dos seus reais talentos, na utilização da
inteligência emocional, na eliminação de crenças bloqueantes e na assertividade de valores.
Cada vez mais há a consciência de que as relações humanas são cruciais para a conquista de
cargos mais elevados no mundo corporativo. Certamente, as habilidades relacionais aumentam
e otimizam a permanência no mercado hoje tão predatório. Christian Dunker (2018) coloca: “Um
espaço para falar e ser escutado de modo pessoal e interessado por alguém experiente parece algo
desejável por si mesmo nestes tempos de solidão e rarefação de escuta.”
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A aceitação de mudanças, o pensamento global e abrangente e gerir mais pessoas com menos
recursos e em menos tempo é a tônica da atualidade. O líder contemporâneo estimula seus
colaboradores, prima pela inovação e o aumento da performance. E isso se dá pela combinação
de experiência, oportunidade e coaching. Ele prioriza a orientação e o ensinamento.
Diante do cenário complexo da atualidade, em que são demandadas rápidas soluções e respostas,
Rossi (2013, p.39) enfatiza que “o papel do líder mudou. As empresas não procuram mais um chefe
supremo, mas um articulador de talentos, que saiba encontrar as pessoas certas para executar as
tarefas e obter resultados”.
Schopenhauer (2002 Apud VIANNA, F., 2005, p.103) falava que “O que temos dentro de nós é
o essencial para a felicidade humana”. Neste viés, o coaching surge para descortinar os aspectos
mais íntimos e enriquecedores para o sujeito estendendo-se para o universo eu o circunda. Assim,
é importante que um bom líder mobilize sua equipe para a visão da empresa, mas sem olvidar de
sua visão pessoal.
Como o próprio nome já nos indica, o counseling visa aconselhar, orientar, amparar, informar
e tratar. Embora o termo provenha da medicina e da psicologia (SILVA, 2010), ele é amplamente
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utilizado no meio organizacional. O counseling pode ser de carreira ou mesmo emocional, mas
aqui deve atuar um psicoterapeuta. Clutterbuck (2008) esclarece que esse viés clínico possibilita a
aplicação dessa prática em pacientes com disfunções psicológicas, o que não ocorre no coaching.
Um mentor é um profissional com maior experiência, contratado para treinar os mais novos,
com informações e couseling. Pode ser considerado um apadrinhamento, um guia, um mestre.
Silva (2010) enfatiza que o coaching está focado em atingir resultados, se diferenciando do
mentoring.
Enquanto o coach pode ser procedente de qualquer área de conhecimento, a psicoterapia somente
pode ser exercida após a formação superior de psicologia. Ambos intencionam o desenvolvimento
das pessoas, entretanto, cada processo se dá de maneiras diferentes.
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A diferença entre esses processos é tênue e, de fato, há similaridades e convergências entre eles.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coaching (s.d.), profissionais estão cada vez mais
obtendo o certificado de coaching. Na última década, cresceu o número de quem promove esse
serviço e de quem o compra. Em 2008, 2,4 bilhões de dólares foram movimentados nos Estados
Unidos, tendo 90% de seus executivos utilizado essa técnica. De acordo com a Bristol University,
88% das organizações inglesas a utilizam também. (RIBEIRO&CANÇADO, 2014, p.03)
O coach deve ter um vasto conhecimento sobre o mercado atual potencial humano, além de
se comunicar claramente com o coachee a fim de estruturar e aplicar o melhor planejamento para
cada cliente, de acordo com as suas necessidades. Assim, é importante se valer da adaptação e
da personalização. Ele também sabe que poderá haver contratempos e prepara o cliente para as
eventualidades.
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• o sujeito,
• sua formação educacional,
• experiência profissional.
• fornecer conhecimento;
• apoiar;
• não julgar;
• manter sigilo;
• ser confiável e comprometido;
• atuar com responsabilidade;
• agrupar as competências mais adequadas para cada pessoa.
O Conselho Federal de Psicologia (2016) recomenda que, para exercer a profissão, o profissional
deve ter formação em psicologia ou psicoterapia. Entretanto, há protestos por parte de muitas
associações de coaching, que alegam que o processo se dá por meio de uma metodologia, não se
constituindo como um tratamento psicoterápico. Ou seja, o profissional é um orientador.
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John Whitmore (2012) desenvolveu o método Grow, cujo significado é “crescer” e faz referência
a quatro etapas:
• G = Goal (metas);
• R = Reality (realidade);
• O = Options (opções); e
• W = What, When e Who (o quê, quando e quem vai fazer).
1.7.2 Modelo T
Esse modelo visa focar nos objetivos, tendo em vista a gama de possibilidades que se delinearão.
1.7.3 Rapport
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São questionamentos relevantes e assertivos feitos pelo coach, a fim de que o coachee tenha
maior clareza sobre a situação e sobre quais as metas a serem alcançadas, seja pessoal ou
profissionalmente (PENIN; CATALÃO, 2013). Essas perguntas instigam a pensar, levando ao cliente
a encontrar soluções por si próprio, fazendo com que ele, muitas vezes, pense em possibilidades
ainda não delineadas. Algumas delas são:
• O que te impede?
• O que mais?
• Se você fosse [...] o que faria?
• Quando?
• Como?
• Quanto?
• O que mais pode ser feito nesse momento?
• Acha que pode fazer melhor?
Elas devem ser direcionadas de forma estratégica e consciente, de modo que possam levar
o coachee em direção à aquisição de um pensamento claro e lógico, tornando-se cada vez mais
independente, ou seja, fomentando o autocoaching.
É uma ferramenta amplamente utilizada no coaching, pois auxilia o cliente a verificar claramente
e compreender quais as áreas que estão em desequilíbrio, ocasionando insatisfações, e quais estão
gerando satisfações (PENIN; CATALÃO, 2013). A Roda é composta por quatro âmbitos: pessoal,
profissional, qualidade de vida e de relacionamento, que se subdividem em 12. O coachee, então,
confere notas a cada aspecto, formando um gráfico.
Costuma-se utilizá-la na primeira sessão, pois auxilia a mostrar o cenário em que o coachee
está inserido, além de ser uma ferramenta de autoconhecimento.
1.7.6 Valores
Aqui, o coachee elabora uma lista de valores, colocando-os em ordem de importância, como
honestidade, vida social, dinheiro etc. É importante que ele a faça sem autojulgamentos, com
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sinceridade, sem visar a aprovação ou colocar os que gostaria de ter. Assim, é possível que que
ele observe prioridades que não tivesse percebido anteriormente. Também poderá compreender
o porquê de algumas decisões em diálogo com seus valores e verificar sua coerência. Alguns
comportamentos podem ser descortinados aqui, identificando as razões pelos seus sentimentos
gerados diante de determinadas situações (VENERI, J., 2017)
Essa ferramenta consiste em o coachee preencher um quadro que possui dois quadrantes à
esquerda (forças e oportunidades) e dois à direita (fraquezas e ameaças). As forças e as fraquezas
referem-se aos problemas internos, enquanto que as oportunidades e ameaças alinham-se às
questões externas, provenientes do ambiente ou de terceiros. O cliente escreverá de 3 a 6 elementos
em cada quadrante e verificar, junto com o coach, como o lado esquerdo poderá atuar na diminuição
dos que estão do lado direito (MATTA, V., 2013)
É importante que o coachee tenha o entendimento de que a missão refere-se ao porquê de algo
existir, podendo ser um objetivo, um projeto ou mesmo uma empresa. A visão dirige o olhar para o
futuro, ou seja, o que se pretende. Assim, o sujeito procurará responder a esses dois tópicos, com
a finalidade de melhor compreensão do ponto onde se quer chegar e como traçar esse caminho.
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É feita de forma simples: na coluna da esquerda são especificados “o que eu ganho” e o “que
eu deixo de perder”. Na coluna da direita estarão “o que eu perco” e “o que eu deixo de ganhar”.
A partir dessa análise, o cliente pensa, elabora e verifica tudo o que acarreta em uma decisão, as
consequências, vantagens e desvantagens, de modo a saber qual é a mais adequada para um dado
momento. É importante sempre ter em foco para onde o coachee deseja ir.
1.7.10 5W2H
O nome desta ferramenta corresponde às letras iniciais de sete diretrizes (cunhadas a partir das
perguntas: onde?; o quê?; por que?; quem?; como?; quanto?; quando?), as quais, se bem delineadas,
sanam todas as dúvidas que poderiam surgir ao longo de um projeto. Assim, haverá um mapeamento
das atividades, além do controle na sua execução, economizando tempo e recursos. Afinal, as
dúvidas dão lugar à produtividade em um projeto bem implementado (MATTA, V., 2013)
1.7.11 Assessment
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1.7.13 Smart
Foi desenvolvida por Peter Drucker e consiste em o coachee descrever suas metas de modo que
se encaixem nas palavras que compõem o nome da ferramenta (Specific – específicas; Measurable
– mensuráveis; Achievable – atingíveis; Realistic – realistas; Time-based– com tempo definido).
Assim, induz o cliente a pensar em suas metas de maneira inteligente (ONEDA, 2016).
A partir de um teste aplicado ao sujeito, são identificados os sistemas que ele melhor recebe,
processa e transmite informações, dentre eles:
• auditivo (audição);
• visual (visão); e
• cinestésico (sensação corporal).
O resultado sugere quais dos sistemas o coachee deve se valer para se ater na direção certa,
até que as outras faculdades sejam desenvolvidas. Isso é recomendável para que não se percam
informações que possam estar sendo repassadas por outros vieses. Essa ferramenta ajuda com
que saibamos dos sistemas representacionais utilizados pelas outras pessoas, qualificando, assim,
nossa comunicação com elas (O’CONNOR, SEYMOUR, 1990).
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• Quando?
• Em que situação?
• Como você se enxerga de fato?
• Como fazer para eliminar essa crença?
Essa ferramenta é utilizada para gerir o tempo, quando o coachee saberá como se valer dele de
modo mais produtivo e eficaz, de acordo com as necessidades, prioridades e prazos. As atividades
passam, então, a ser classificadas como: circunstanciais, urgentes e importantes (ONEDA, 2016).
Essa ferramenta auxilia o coachee a ser protagonista de sua vida, tendo uma visão do presente
e de seu futuro. As perguntas devem ser respondidas como o foco na realidade e não em como o
cliente gostaria que fosse o seu livro (VENERI, 2018). Exemplos:
As ferramentas apresentadas visam fazer com que o coachee atinja equilíbrio, bem-estar,
motivação, segurança, de maneira que evolua continuamente, tanto no “ser” quanto no “ter”,
executando suas ações de modo primoroso e gerando resultados efetivos.
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Downey (2010) sugere um modelo tradicional de coaching estruturado em nove sessões, e alguns
profissionais elencam as seguintes etapas: identificação da situação; definição dos objetivos; plano
ação; intervenção técnica e avaliação.
Cada vez mais vemos que o mundo requer colaboradores que vão além da teoria, com o foco
que vai além do presente. Vivemos na era da informação, mas sobretudo, do conhecimento e da
criatividade.
O coaching recai sobre qualquer âmbito da vida, assim, costuma-se dividir o coaching em life
coaching e professional coaching e, dentro desses nichos, há outras segmentações. Lages e O’
Connor (2010a, p.12) colocam que “Há diferentes tipos de coaching, mas as habilidades envolvidas
são as mesmas, apenas aplicadas em diferentes áreas.”
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CONCLUSÃO
O processo de coaching é utilizado ampla e largamente em várias esferas na contemporaneidade,
almejando resultados efetivos e duradouros, ocasionados, em grande parte, por fomentar a visão
sistêmica, o relacionamento interpessoal e a liderança. De fato, o maior desempenho enquanto
profissional e no âmbito pessoal permite otimizar e qualificar o modo de vida diante de tantas
mudanças políticas, econômicas, sociais e até mesmo culturais. Assim, mudanças de atitude e de
comportamento recoloca o sujeito em sua singularidade, outrora perdida na era globalizada.
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