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CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CIÊNCIAS SOCIAIS
GLOBALIZAÇÃO
Belém / pA
2016
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UNIVERSIDADE PAULISTA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CIÊNCIAS SOCIAIS
GLOBALIZAÇÃO
Belém
2016
11
INDICE
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INTRODUÇÃO
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1. O que é Globalização
Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma
integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste
processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam
transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro
cantos do planeta.
O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado
com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez
mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e
eficiente.
2. Origens da Globalização e suas Características
Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI
com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto
histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes,
estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-
se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na
União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970,
impulsionou o processo de globalização econômica.
Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais
buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países
recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas
utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e
também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e
eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de
computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.
Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coreia do Sul) são países
que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em
tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado,
conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos.
Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de
desenvolvimento econômico e social.
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4. Aspectos negativos da Globalização
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produto fica mais barato para o consumidor final, pois os custos de produção
puderam ser reduzidos em cada etapa.
- Geração de empregos em países em desenvolvimento. Em busca de mão-de-
obra barata e qualificada, muitas empresas abrem filiais em países emergentes
(China, Índia, Brasil, África do Sul, entre outros), gerando empregos nestes
países.
5.2 Aspectos científicos
6. Características da Globalização
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Estimula o regime da privatização de empresas estatais, especialmente
aquelas mais lucrativas.
Formação de grandes blocos econômicos. A união comercial dessas
nações tem a finalidade básica de facilitar o fluxo de produtos e
investimentos.
A valorização da mão de obra qualificada. A nação com um elevado
índice de analfabetismo terá dificuldade em promover o desenvolvimento
econômico e social.
Promoção do avanço tecnológico, através do lançamento de sofisticados
sistemas de comunicação e automação.
Coloca em segundo plano as necessidade básicas do homem e as
garantias aos direitos dos cidadãos.
Criação de um mercado cada vez mais competitivo.
Permite grande mobilidade do capital e da produção.
Promove e solidifica a hegemonia dos países mais fortes.
Forte presença do capital especulativo que exerce forte controle sobre as
políticas econômicas de determinados países.
Funciona como pretexto para as nações mais sólidas do ponto de vista da
produção, para compensar a diminuição das exportações. Ë o caso dos
Estado Unidos que perderam para o Japão e Alemanha boa parte de sua
fatia no mundo dos negócios.
Presença da informação instantânea.
7. Blocos Econômicos
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Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido,
República Tcheca, Romênia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que
é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países
membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto, podem circular e
estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia.
A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate
ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos :
Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.
6.2 NAFTA
Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os
seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no
início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos
mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras
comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é
uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil
produtos.
6.3 MERCOSUL
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de
1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai,
Uruguai, Argentina e Venezuela. Futuramente, estuda-se a entrada de novos
membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é eliminar
as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles.
Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo,
uma moeda única.
6.4 PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES
Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia,
Equador e Peru. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os
países membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a
valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro
econômico do bloco.
6.5 APEC
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na
Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco
econômicos os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China,
Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região
administrativa especial da China), Cingapura,Malásia, Tailândia, Indonésia,
Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México,
Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os
países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno
funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo.
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6.6 ASEAN
A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de
agosto de 1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia,
Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos,
Camboja).
6.7 SADC
A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi criada em
17 de outubro de 1992 e é formada por 15 países da região sul do continente
africano.
6.8 MCCA
Criado em 1960, o MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) é o bloco
econômico da região da América Central, cujo principal objetivo é a integração
econômica entre os países-membros (Nicarágua, Guatemala, El Salvador,
Honduras e Costa Rica).
6.9 Aliança do Pacífico
Criado em junho de 2012, este bloco econômico latino-americano é composto
por México, Colômbia, Peru e Chile.
6.10 BENELUX
Considerado o embrião da União Europeia, este bloco econômico envolve a
Bélgica, Holanda e Luxemburgo. OBENELUX foi criado em 1958 e entrou em
operação em 1 de novembro de 1960.
8. Desemprego Estrutural
7.1 O que é (conceito)
O desemprego estrutural é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias
ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos.
Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país (indústria,
comércio e serviços), causando demissão, geralmente, em grande quantidade.
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7.2 Principais causas do desemprego estrutural (exemplos):
- Implantação de robôs no processo de produção industrial.
- Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias.
- Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os
processos burocráticos.
- Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros serviços.
- Adoção de processos administrativos eficientes nas empresas, visando otimizar
o trabalho e reduzir a mão-de-obra.
- Introdução de novas tecnologias, que visam a substituição de mão-de-obra
humana por computadores e máquinas automatizadas.
7.3 Diferenças entre desemprego estrutural e conjuntural
Enquanto o desemprego estrutural é causado pela adoção de novas tecnologias
e processos, o conjuntural é gerado por crises econômicas internas ou externas.
Crises econômicas, geralmente, diminuem o consumo, as exportações, a
produção e, por consequência de tudo isso, aumenta o desemprego.
Quando a economia de um país se recupera, após o fim de uma crise, o
desemprego conjuntural tende a diminuir. No caso do desemprego estrutural, as
vagas de emprego fechadas naquelas funções não são mais retomadas.
7.4 Desemprego estrutural e globalização
A globalização da economia, que ganhou força a partir da década de 1970, teve
grande participação no aumento do desemprego estrutural no mundo todo. A
globalização econômica fez aumentar a competitividade em âmbito internacional,
principalmente através do comércio exterior, fazendo com que as empresas
buscassem formas de reduzir custos de produção, comercialização e transporte.
Entre estas formas, podemos citar as principais causas do desemprego
estrutural: adoção de novas tecnologias e sistemas administrativos e produtivos
de custos reduzidos (ambos com diminuição de mão-de-obra).
9. Empresas Multinacionais
8.1 Definição
Multinacionais, também conhecidas como transnacionais, são empresas que
possuem matriz num país e possuem atuação em diversos países. Geralmente
são grandes empresas que instalam filiais em outros países em busca de
mercado consumidor, energia, matéria-prima e mão-de-obra baratas.
8.2 Atuação e vantagens para a economia local
Estas empresas costumam produzir produtos para comercializar nos países em
que atuam ou até mesmo para enviar produtos para serem vendidos no país de
origem ou outros países. Dentro do contexto atual da globalização, é muito
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comum as empresas multinacionais produzirem cada parte de um produto em
países diferentes, com o objetivo de reduzir custos de produção.
A entrada de empresas multinacionais num país é algo positivo, pois gera
empregos e desenvolvimento. Porém, grande parte do lucro obtido por estas
empresas é enviado para a matriz.
No Brasil, a entrada de empresas multinacionais começou a ganhar importância
durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Neste governo
instalaram fábricas no Brasil as seguintes empresas: Ford, Volkswagen, Willys,
GM, entre outras.
8.3 Exemplos de multinacionais instaladas no Brasil
Podemos citar como exemplos de multinacionais que atuam no Brasil
atualmente e seus países de origem: IBM (Estados Unidos), Volkswagen
(Alemanha), Fiat (Itália), General Motors (Estados Unidos), Toyota (Japão),
Nokia (Finlândia), Nestlé (Suíça), Sony (Japão), Siemens (Alemanha), Dell
(Estados Unidos), Peugeot (França), entre outras.
8.4 Exemplos de multinacionais brasileiras
Existem também empresas multinacionais de origem brasileiras, atuando em
outros países. Podemos citar como exemplos a Petrobras, Vale do Rio Doce,
Sadia, Perdigão, Weg, Alpargatas, Gerdau, entre outras.
Neoliberalismo
9.1 Conceito
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- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para
facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento
econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou
seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.
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empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso vem ocorrendo
atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos,
calçados, tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos.
Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no
mercado financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no
Brasil, principalmente através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país.
Porém, quando ocorre uma crise mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois
tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro internacional. É muito
comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores estrangeiros
retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e
diminuição de capitais para investimentos.
10.2 Cultura brasileira e globalização
No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a
globalização, os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das
artes, cinema, música, etc. Através da televisão, internet, rádio, cinema e
intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo cultural
internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao
Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa.
Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e
comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As
músicas, os seriados e os filmes da indústria cultural norte-americana vão
espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo, principalmente
entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.
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Pesquisa Bibliográfica e Internáutica
Globalização , Democracia e Terrorismo
Autor: Hobsbawm, Eric
Editora: Companhia das Letras
Globalização - As Conseqüências Humanas
Autor: Bauman, Zygmunt
Editora: Jorge Zahar
Geografia Geral e do Brasil - Espaço Geográfico e Globalização
Autor: Sene, Eustaquio de; Moreira, Joao Carlos
Editora: Scipione
Como o Futebol Explica o Mundo - Um Olhar Inesperado Sobre a
Globalização
Autor: Foer, Franklin
Editora: Jorge Zahar
História do Século XX - A Caminho da Globalização e do Século XXI
Autor: Berstein Serge
Editora: Nacional
A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização
Autor: Porto-gonçalves, Carlos Walter
Editora: Civilização Brasileira
Globalização: O que é isso, afinal? - Coleção Desafio
Autor: Strazzacappa, Cristina
Editora: Moderna
Globalidade - A Nova Era da Globalização
Autor: Sirkin, Harold L.
Editora: Nova Fronteira
Continente em Chamas - Globalização e Território na América Latina
Autor: Silveira, Maria Laura
Editora: Civilização Brasileira
Globalização: Como Dar Certo
Autor: Stiglitz, Joseph E.
Editora: Companhia das Letras
A Globalização e o Capitalismo Contemporâneo - Coleção Debates &
Perspectivas
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Autor: Costa, Edmilson
Editora: Expressão Popular
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