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Indice
1. Introdução.................................................................................................................................2

1.1. Objectivos.............................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral...................................................................................................................3

1.1.2. Objetivos específicos.........................................................................................................3

1.2. Metodologia..........................................................................................................................3

2. Fundamentação Teórica...........................................................................................................4

2.1. Relações Internacionais.........................................................................................................4

2.2. Relações económicas............................................................................................................4

2.3. Economia de Africa..............................................................................................................4

3. Relações Económicas entre Africa e Mundo...........................................................................5

3.1. Inserção internacional do continente africano......................................................................5

3.2. Integração da Africa..............................................................................................................6

3.3. Integração da Africa na Economia Global............................................................................6

4. Relações entre China e Africa no seculo XXI..........................................................................8

5. Conclusão..................................................................................................................................10

6. Referencias bibliográficas.........................................................................................................11
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1. Introdução
Com o mundo globalizado, o comércio internacional está ganhando cada vez mais importância,
pois é uma forma de transformar economias pequenas e em desenvolvimento, em potências
econômicas. Em África sempre houve uma tendência para que os países considerem a
necessidade de olharam para outros, sobretudo quando se verificam depressões económicas a
nível mundial. O impacto deste efeito neste continente acaba por resultar numa redução do
investimento e do comércio. A agenda ‘África’ perde peso, factos como estes revelam que é
fundamental cooperação regional entre os países africanos. A União Africana (UA) começa
agora a ganhar alguma força e peso a nível interno (exemplo a NEPAD) e também a nível
externo, percebe-se que os líderes africanos querem agora apostar numa lógica continental e não
numa lógica de Estados.
A ideologia, a mentalidade e o esforço dos dirigentes africanos parece estar a mudar para melhor,
no sentido em que pretendem apresentar obra feita, pretendem vender melhor o seu país para
captar investimento, estando para isso a identificar os problemas dos atrasos estruturantes,
criando também novas estratégias para os resolver. A criação da Nova Parceria para o
Desenvolvimento (NEPAD) tem origem precisamente num diagnóstico simples: os dirigentes
africanos perceberam finalmente que muitos dos problemas que assolam nos seus territórios são
comuns a muito outros e, portanto, o esforço conjunto para a sua solução é o que se adivinha
mais eficaz.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender as relações económicas entre africa e o mundo

1.1.2. Objetivos específicos


 Analisar a integração da africa na economia global.;
 Identificar as relações entre africa e china, bem como com o mundo;
 Analisar a inserção internacional no continente africano.

1.2. Metodologia
Para alcançar os objetivos supra referidos foi usada a seguinte metodologia

 Revisão bibliográfica e virtual

A metodologia adotada na pesquisa fundamentou-se em levantamento bibliográfico sobre os


aspetos de relações económicas internacionais.

Este método constitui fundamentalmente no conhecimento relacionado com a dinâmica africana


e foi feita uma análise e síntese da bibliografia existente sobre o tema e ainda o levantamento de
dados relacionados com o tema.
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2. Fundamentação Teórica
2.1. Relações Internacionais
È o conjunto de relações e comunicações suscetíveis de ter dimensões política, económica, social
e cultural, estabelecidas entre grupos sociais, atravessando as respetivas fronteiras (Braillard e
Djalili, 1988, p.11).

O campo das relações internacionais tomou, no decorrer do século XX, uma importância muito
grande na vida das sociedades devido a processos de mutação complexos. Em primeiro lugar, as
trocas internacionais conheceram um crescimento e uma diversificação sem precedentes sob o
efeito do processo de modernização que se inscreveu na dinâmica da revolução industrial. Este
crescimento das trocas foi sobretudo estimulado pelo desenvolvimento das redes de comunicação
associadas ao progresso tecnológico, assim como pela divisão internacional do trabalho e a
constituição de um mercado mundial. Depois, a revolução tecnológica conduziu à criação de
novos sistemas de armamento cuja aplicação em larga escala é suscetível de ameaçar a existência
de toda a humanidade.

2.2. Relações económicas


As relações económicas são também relações sociais, mas que assumem forma por intermédio
dos bens materiais e dos serviços, que refletem a maneira como os homens produzem e
distribuem os seus produtos num determinado modo de produção. Estabelecem-se entre os
homens no processo directo de produção, mas abrangem também as restantes fases, inclusive, a
de distribuição do produto criado, a da troca dos produtos e, finalmente, a do consumo. Todas
estas fases diferenciam-se conforme estão ou não ligadas à apropriação dos meios de produção e
dos produtos do trabalho.

2.3. Economia de Africa

A Economia da África consiste na agricultura e nos recursos dos povos da África. Embora
algumas partes do continente tenham conseguido ganhos significativos nos últimos anos, dos 60
países revistos no relatório humano de desenvolvimento de 2003 das Nações Unidas, 25 das 53
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nações africanas foram classificadas como tendo o mais baixo nível de vida entre as nações do
mundo inteiro. Isto é em parte devido a sua história turbulenta. Desde o século XX, com a
descolonização da Africa, a corrupção e o descaso das autoridades contribuíram para empobrecer
a economia da África. Porém, algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é
o caso da África do Sul. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países. O PIB
total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das
transações comerciais que acontecem no mundo. Cerca de 260 dos mais de 800 milhões de
habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza, (BANCO
MUNDIAL).

3. Relações Económicas entre Africa e Mundo


As relações entre os países africanos e as demais nações no cenário global se mostra de
dependência, pois a África é conhecida por ser um continente empobrecido e com muitas
necessidades humanitárias, o que o faz necessitar de ajudas de outras nações mesmo em questões
mais básicas. Essa realidade é vista sobretudo pelas nações que formam a África subsariana,
composta por nações como Moçambique, que além de historicamente precária, é uma região que
enfrenta muitos conflitos e crises em suas delimitações, e alguns países fornecem alimentos,
auxílio médico, e demais ajudas por meio de campanhas humanitárias.

A grande transformação das relações econômicas da África com o resto do mundo não foi o
produto da partilha do continente no fim do século XIX, do contrário, a partilha da África foi
uma consequência da transformação das relações econômicas desse continente com o resto do
mundo e, em particular, com a Europa, processo que começou por volta de 1750, resultando na
grande empreitada europeia de colonização dos últimos decénios do século XIX,
(Wallerstein1880).
Há tempos, vastas regiões da África encontravam- se sulcadas por rotas comerciais que se
prolongavam frequentemente para além do continente, atravessando o Oceano Índico, o
Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Podemos dizer que estas relações comerciais
extracontinentais correspondiam mais ou menos ao “comércio a longa distância” praticado, há
milénios, na Ásia e na Europa, e no quadro do qual se trocava aquilo que convém chamar
produtos de luxo, ou seja, produtos que rendiam muito por um baixo volume. A produção de tais
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géneros destinados as trocas ocupava apenas uma pequena fração da mão de obra das regiões de
origem, e provavelmente representava apenas uma pequena parcela de seus rendimentos.

3.1. Inserção internacional do continente africano


Na análise da inserção internacional do continente africano no alvorecer do novo milênio
existem pelo menos dois elementos que devem ser considerados. O primeiro deles diz respeito à
diminuição da importância estratégica e política da África e o seu recondicionamento frente às
novas tendências mundiais. Com o fim do bipolarismo o atrativo estratégico/ideológico
desapareceu e a África perdeu importância e recursos que ajudavam seus fracos Estados a
manterem um grau aceitável de coesão social. O segundo diz respeito às possibilidades da sua
inserção no novo contexto internacional, ou seja: qual seria, afinal, o lugar da África no mundo
pós-Guerra Fria?
Do ponto de vista econômico, exceção feita a África do Sul, os Estados africanos são
exportadores tradicionais de matérias primas e produtos agrícolas, ou seja, são primário-
exportadores num mundo que exige cada vez mais o conhecimento como pré-requisito para o
desenvolvimento econômico e social. Mas é importante observar que, apesar disso, assistimos
nos últimos anos a uma valorização de algumas das commodities exportadas pelos países
africanos, o que tem colaborado para um melhor desempenho econômico no continente. No geral
o continente africano possui uma estrutura econômica pouco diversificada e ancorada na
exportação de produtos primários, de forma que os africanos possuem uma base produtiva
relativamente fraca e frágil diante de um mundo globalizado e tecnologicamente sofisticado.
Tudo isso leva a escassez de recursos por parte do Estado e, nesse contexto, a corrupção – quase
endêmica na África – promove um desastre ainda maior. E é preciso lembrar que boa parte das
elites africanas têm, sim, grande culpa por conta da desagregação social de seus países, haja vista
que a precariedade não deve ser vista unicamente na perspetiva da lógica do mercado
internacional.
3.2. Integração da Africa
Na África Austral, a integração seguiu um processo diferente: de um lado, porque a região não
exportava escravos, de outro, em razão do estabelecimento de uma colônia de brancos. Embora
os bôeres estabelecidos no Cabo no século XVIII fossem europeus vivendo em uma colônia
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europeia, devemos considerar que poucos fizeram parte integrante da economia-mundo


capitalista26. As modificações estruturais que seguiram as guerras napoleônicas foram,
evidentemente, uma consequência regional da nova hegemonia adquirida pela Grã-Bretanha na
economia-mundo. Mas este movimento político pode ser considerado como o prosseguimento
lógico do lento processo de avanço e de expansão da economia-mundo.
3.3. Integração da Africa na Economia Global
Entre 2000 e 2016, África verificou fortes taxas de crescimento económico (em média, 4.6% ao
ano), superiores à América Latina e Caraíbas (2.8%), mas inferiores às da Ásia em
desenvolvimento (7.2%). Estas resultaram dos elevados preços das matérias-primas, de uma
melhoria na gestão macroeconómica e de estratégias de diversificação do crescimento. Muitos
países têm investido fortemente em infraestruturas públicas; alguns também diversificaram as
parcerias comerciais, em especial com a China, a Índia e outros parceiros emergentes.
África sairia beneficiada se melhorasse os respetivos padrões de crescimento económico por
várias razões:
 Os países africanos precisam de reforçar os impulsionadores do crescimento de longo
prazo. O crescimento tem sido extremamente volátil e prevê-se que apenas três países
africanos alcancem as meta de crescimento de 7% ao ano da Agenda 2063, durante o
período de 2016-20.

 O crescimento não criou emprego suficiente e o emprego de qualidade continua a ser


escasso. Se as tendências atuais persistirem, estima-se que a proporção de emprego
vulnerável em África permaneça nos 66% até 2022, muito acima da meta de 41% até
2023.
 O recente crescimento em África não melhorou o bem estar tanto quanto o crescimento
no resto do mundo.
 Reduzir a desigualdade é essencial para tornar o crescimento mais inclusivo e resiliente.
Se África reduzisse o seu atual coeficiente de Gini para o nível da Ásia em
desenvolvimento, o crescimento entre 1990 e 2016 poderia, potencialmente, ter reduzido
em 130 milhões adicionais o número de pessoas que vivem na pobreza.
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Tanto os mercados globais como os regionais oferecem novos percursos para um melhor
crescimento, a diversificação das exportações pode ajudar África a tirar mais partido da
integração na economia global. O aprofundamento da integração regional, especialmente
aumentando o comércio intra-africano em bens intermédios, também pode ajudar. A procura
interna em África oferece novas oportunidades às empresas locais, tais como empresários e
pequenas e médias empresas. Os governos africanos podem fazer mais para as ajudar a alcançar
a produtividade global, especialmente construindo ligações industriais e desenvolvendo a
capacidade local. De modo a mobilizar mais recursos financeiros para o desenvolvimento dos
países, os governos africanos podem melhorar as políticas fiscais e a cobrança de receitas,
incrementar a eficácia das despesas públicas e promover uma melhor intermediação financeira
para canalizar a poupança para o investimento em economias locais.

4. Relações entre China e Africa no seculo XXI


A responsável pela redescoberta econômica da África é sem dúvida nenhuma a China. Seja no
Congo (Brazzaville), em Angola, no Sudão ou na Nigéria, além de vários outros países, lá estão
presentes os interesses chineses. Para se ter uma idéia do ímpeto chinês, observe-se que o
comércio bilateral multiplicou por 50 entre 1980 e 2005. Passou de 10 bilhões de dólares em
2000 para mais de 55 bilhões em 2006. Esses números são expressivos e demonstram que os
chineses chegaram para ficar.
Desde a fundação da República Popular da China (RPC), em 1949, este país adotou uma política
externa de aproximação com os países africanos, principalmente por motivos políticos2, tendo
como ápice a Conferência de Bandung, em 1955, na qual países asiáticos e africanos criaram o
Movimento dos Não Alinhados, cujo objetivo era manter o afastamento em relação à União
Soviética e ao imperialismo dos países ocidentais. Por circunstâncias ligadas à conjuntura interna
chinesa (processo de reforma e abertura), ocorre no início da década de 1980 um relativo
afrouxamento dos laços da China com o continente africano, mas, a partir da década de 1990, a
China voltou sua atenção novamente para os países do chamado Terceiro Mundo, (Alden, 2007).
A África tornou-se um dos principais focos da política de “parceria
estratégica” chinesa e, desde então, a diplomacia chinesa empenhou-se em fortalecer suas
ligações com os países africanos e a formar acordos não só econômicos e comerciais, mas
também de cooperação técnica, política e militar.
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Pautasso (2010) e Carmody e Owusu (2011) sugerem que isto se deve à exigência de uma maior
participação nos negócios internacionais, por parte da China, com fins de manter o ritmo
acelerado do crescimento econômico. Uma vez que a capacidade de exportação e o
fortalecimento do mercado interno aumentaram a demanda por mercados e matérias-primas, e,
consequentemente, fortaleceram o peso político-diplomático do país no contexto mundial, além
de obrigarem a China a repensar sua posição geopolítica e formar novas alianças:
Assim, o final do Século XX reuniu elementos de inflexão rumo à universalização
da diplomacia chinesa:
1. A repressão da Paz Celestial em 1989 forçou a diversificação das relações exteriores para
evitar o isolamento promovido pelos EUA;
2. O crescimento econômico impulsionou a dependência crescente de importação de
petróleo a partir de 1993, exigindo a ampliação e diversificação do fornecimento;
3. O fortalecimento macroeconômico gerou crescentes acúmulos de capitais ampliando a
capacidade financeira do país em realizar investimentos diretos e fornecer créditos
internacionais.
Portanto, o interesse chinês pela África deve ser encarado como consequência desse
reposicionamento estratégico, tendo em vista as necessidades de abastecimento de produtos
naturais para a sustentação do modelo de desenvolvimento chinês. O tamanho da população, a
pouca disponibilidade de terras aráveis e a demanda energética são exemplos que explicam a
grande necessidade chinesa por recursos naturais, existentes em abundância na África, sendo esta
necessidade obviamente decorrência do modelo de crescimento da economia chinesa, baseado na
expansão da indústria pesada, na expansão imobiliária e da infraestrutura e no próprio aumento
da produção e consumo interno de bens manufaturados, como automóveis, (PAUTASSO,
2010:109).
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5. Conclusão
Findo a nossa pesquisa leitura e compreensão pudemos constatar que a presença de sectores ou
industrias chinesa no continente africano, leva-nos a um intenso debate acerca dos riscos e
possibilidades para os países da África. Do ponto de vista dos riscos, destaca-se como aspecto
crítico da relação, a concentração dos investimentos chineses em poucos setores e o fato de
muitos desses investimentos serem acompanhados pela importação de força de trabalho da
própria China, o que causa e vem causando ressentimento em vários países. Também há alertas a
respeito da manutenção da primarização de economias africanas ou mesmo de
desindustrialização (como na África do Sul, por exemplo), apesar disso, e por conta da forma
distinta como lideranças chinesas buscaram a aproximação com a África. E do ponto de vista das
oportunidades, está presente a perceção de que, face ao abandono a que foi submetida a África
desde os anos 1980, a maior conexão com a economia chinesa pode significar uma oportunidade
de avanço econômico.
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6. Referencias bibliograficas
ALDEN, C. China y África: un espejo distante para América Latina. 2012. In: Colombia
International, 75, p. 19.47.
BRAILLARD. P. e DJALILI. M. Les Relations Internationales, Presses Universitaires de
France, 50ª Ed., Paris, 1988.

CARMODY, Padraig e OWUSU, Francis. A expansão da China para a África: interesses e


estratégias. In: A China na nova configuração global: impactos políticos e Econômicos. Brasília,
IPEA, 2011.
PAUTASSO, Diego. A economia politica internacional da China para angola e os caminhos da
transição sistêmica. 2010. In: Século XXI: revista de relações internacionais. Escola Superior de
Propaganda e Marketing do RS. Volume 1, n. 1, p. 107-126.
FMI World Economic Outlook: Subdued Demand: Symptoms and Remedies, Fundo Monetário
Internacional, Washington, DC.

FMI Regional Economic Outlook: Sub-Saharan Africa, Fiscal Adjustment and Economic
Diversification, Fundo Monetário Internacional, Washington, DC, 2017
Banco Mundial, PovcalNet (base de dados), http://iresearch.worldbank.org/PovcalNet/
povOnDemand.consultado 07.06.2022.

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