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Indice
1. Introdução.................................................................................................................................2
1.1. Objectivos.............................................................................................................................3
1.2. Metodologia..........................................................................................................................3
2. Fundamentação Teórica...........................................................................................................4
5. Conclusão..................................................................................................................................10
6. Referencias bibliográficas.........................................................................................................11
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1. Introdução
Com o mundo globalizado, o comércio internacional está ganhando cada vez mais importância,
pois é uma forma de transformar economias pequenas e em desenvolvimento, em potências
econômicas. Em África sempre houve uma tendência para que os países considerem a
necessidade de olharam para outros, sobretudo quando se verificam depressões económicas a
nível mundial. O impacto deste efeito neste continente acaba por resultar numa redução do
investimento e do comércio. A agenda ‘África’ perde peso, factos como estes revelam que é
fundamental cooperação regional entre os países africanos. A União Africana (UA) começa
agora a ganhar alguma força e peso a nível interno (exemplo a NEPAD) e também a nível
externo, percebe-se que os líderes africanos querem agora apostar numa lógica continental e não
numa lógica de Estados.
A ideologia, a mentalidade e o esforço dos dirigentes africanos parece estar a mudar para melhor,
no sentido em que pretendem apresentar obra feita, pretendem vender melhor o seu país para
captar investimento, estando para isso a identificar os problemas dos atrasos estruturantes,
criando também novas estratégias para os resolver. A criação da Nova Parceria para o
Desenvolvimento (NEPAD) tem origem precisamente num diagnóstico simples: os dirigentes
africanos perceberam finalmente que muitos dos problemas que assolam nos seus territórios são
comuns a muito outros e, portanto, o esforço conjunto para a sua solução é o que se adivinha
mais eficaz.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender as relações económicas entre africa e o mundo
1.2. Metodologia
Para alcançar os objetivos supra referidos foi usada a seguinte metodologia
2. Fundamentação Teórica
2.1. Relações Internacionais
È o conjunto de relações e comunicações suscetíveis de ter dimensões política, económica, social
e cultural, estabelecidas entre grupos sociais, atravessando as respetivas fronteiras (Braillard e
Djalili, 1988, p.11).
O campo das relações internacionais tomou, no decorrer do século XX, uma importância muito
grande na vida das sociedades devido a processos de mutação complexos. Em primeiro lugar, as
trocas internacionais conheceram um crescimento e uma diversificação sem precedentes sob o
efeito do processo de modernização que se inscreveu na dinâmica da revolução industrial. Este
crescimento das trocas foi sobretudo estimulado pelo desenvolvimento das redes de comunicação
associadas ao progresso tecnológico, assim como pela divisão internacional do trabalho e a
constituição de um mercado mundial. Depois, a revolução tecnológica conduziu à criação de
novos sistemas de armamento cuja aplicação em larga escala é suscetível de ameaçar a existência
de toda a humanidade.
A Economia da África consiste na agricultura e nos recursos dos povos da África. Embora
algumas partes do continente tenham conseguido ganhos significativos nos últimos anos, dos 60
países revistos no relatório humano de desenvolvimento de 2003 das Nações Unidas, 25 das 53
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nações africanas foram classificadas como tendo o mais baixo nível de vida entre as nações do
mundo inteiro. Isto é em parte devido a sua história turbulenta. Desde o século XX, com a
descolonização da Africa, a corrupção e o descaso das autoridades contribuíram para empobrecer
a economia da África. Porém, algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é
o caso da África do Sul. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países. O PIB
total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das
transações comerciais que acontecem no mundo. Cerca de 260 dos mais de 800 milhões de
habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza, (BANCO
MUNDIAL).
A grande transformação das relações econômicas da África com o resto do mundo não foi o
produto da partilha do continente no fim do século XIX, do contrário, a partilha da África foi
uma consequência da transformação das relações econômicas desse continente com o resto do
mundo e, em particular, com a Europa, processo que começou por volta de 1750, resultando na
grande empreitada europeia de colonização dos últimos decénios do século XIX,
(Wallerstein1880).
Há tempos, vastas regiões da África encontravam- se sulcadas por rotas comerciais que se
prolongavam frequentemente para além do continente, atravessando o Oceano Índico, o
Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Podemos dizer que estas relações comerciais
extracontinentais correspondiam mais ou menos ao “comércio a longa distância” praticado, há
milénios, na Ásia e na Europa, e no quadro do qual se trocava aquilo que convém chamar
produtos de luxo, ou seja, produtos que rendiam muito por um baixo volume. A produção de tais
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géneros destinados as trocas ocupava apenas uma pequena fração da mão de obra das regiões de
origem, e provavelmente representava apenas uma pequena parcela de seus rendimentos.
Tanto os mercados globais como os regionais oferecem novos percursos para um melhor
crescimento, a diversificação das exportações pode ajudar África a tirar mais partido da
integração na economia global. O aprofundamento da integração regional, especialmente
aumentando o comércio intra-africano em bens intermédios, também pode ajudar. A procura
interna em África oferece novas oportunidades às empresas locais, tais como empresários e
pequenas e médias empresas. Os governos africanos podem fazer mais para as ajudar a alcançar
a produtividade global, especialmente construindo ligações industriais e desenvolvendo a
capacidade local. De modo a mobilizar mais recursos financeiros para o desenvolvimento dos
países, os governos africanos podem melhorar as políticas fiscais e a cobrança de receitas,
incrementar a eficácia das despesas públicas e promover uma melhor intermediação financeira
para canalizar a poupança para o investimento em economias locais.
Pautasso (2010) e Carmody e Owusu (2011) sugerem que isto se deve à exigência de uma maior
participação nos negócios internacionais, por parte da China, com fins de manter o ritmo
acelerado do crescimento econômico. Uma vez que a capacidade de exportação e o
fortalecimento do mercado interno aumentaram a demanda por mercados e matérias-primas, e,
consequentemente, fortaleceram o peso político-diplomático do país no contexto mundial, além
de obrigarem a China a repensar sua posição geopolítica e formar novas alianças:
Assim, o final do Século XX reuniu elementos de inflexão rumo à universalização
da diplomacia chinesa:
1. A repressão da Paz Celestial em 1989 forçou a diversificação das relações exteriores para
evitar o isolamento promovido pelos EUA;
2. O crescimento econômico impulsionou a dependência crescente de importação de
petróleo a partir de 1993, exigindo a ampliação e diversificação do fornecimento;
3. O fortalecimento macroeconômico gerou crescentes acúmulos de capitais ampliando a
capacidade financeira do país em realizar investimentos diretos e fornecer créditos
internacionais.
Portanto, o interesse chinês pela África deve ser encarado como consequência desse
reposicionamento estratégico, tendo em vista as necessidades de abastecimento de produtos
naturais para a sustentação do modelo de desenvolvimento chinês. O tamanho da população, a
pouca disponibilidade de terras aráveis e a demanda energética são exemplos que explicam a
grande necessidade chinesa por recursos naturais, existentes em abundância na África, sendo esta
necessidade obviamente decorrência do modelo de crescimento da economia chinesa, baseado na
expansão da indústria pesada, na expansão imobiliária e da infraestrutura e no próprio aumento
da produção e consumo interno de bens manufaturados, como automóveis, (PAUTASSO,
2010:109).
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5. Conclusão
Findo a nossa pesquisa leitura e compreensão pudemos constatar que a presença de sectores ou
industrias chinesa no continente africano, leva-nos a um intenso debate acerca dos riscos e
possibilidades para os países da África. Do ponto de vista dos riscos, destaca-se como aspecto
crítico da relação, a concentração dos investimentos chineses em poucos setores e o fato de
muitos desses investimentos serem acompanhados pela importação de força de trabalho da
própria China, o que causa e vem causando ressentimento em vários países. Também há alertas a
respeito da manutenção da primarização de economias africanas ou mesmo de
desindustrialização (como na África do Sul, por exemplo), apesar disso, e por conta da forma
distinta como lideranças chinesas buscaram a aproximação com a África. E do ponto de vista das
oportunidades, está presente a perceção de que, face ao abandono a que foi submetida a África
desde os anos 1980, a maior conexão com a economia chinesa pode significar uma oportunidade
de avanço econômico.
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6. Referencias bibliograficas
ALDEN, C. China y África: un espejo distante para América Latina. 2012. In: Colombia
International, 75, p. 19.47.
BRAILLARD. P. e DJALILI. M. Les Relations Internationales, Presses Universitaires de
France, 50ª Ed., Paris, 1988.
FMI Regional Economic Outlook: Sub-Saharan Africa, Fiscal Adjustment and Economic
Diversification, Fundo Monetário Internacional, Washington, DC, 2017
Banco Mundial, PovcalNet (base de dados), http://iresearch.worldbank.org/PovcalNet/
povOnDemand.consultado 07.06.2022.