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Introdução................................................................................................................................2
O papel da África na Economia do Mundo...............................................................................4
Caracteristicas do crescimento económico da África do Sul no período da dominação
colonial até os dias atuais.........................................................................................................4
Economia da África do Sul na atualidade.................................................................................5
Economia de Moçambique no Seculo XVI-XX...........................................................................6
Principais actividades realizadas em Mocambique no Seculo XVI-XX.......................................8
Conclusão...............................................................................................................................14
Bibliografia.............................................................................................................................15
Introdução
Objectivo geral
Objectivos específicos:
Estrutura de trabalho
Metodologia usada
O fim do Apartheid na África do Sul é um dos fatores que fez com que surgisse uma
ideia de renascimento africano. O importante papel que passou a desempenhar, a partir
de Mandela, nas relações bilaterais e em organizações como a Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a União Africana (UA), somado ao seu
nível de desenvolvimento económico, trouxe mudanças significativas na geopolítica
africana (Ogunnubi and Amao 2016), tornando a África do Sul um dos países que se
tem vindo a assumir como potência regional no continente (Flemes 2009).
Na história da África jamais se sucederam tantas e tão rápidas mudanças como durante
o período entre 1880 e 1935. Na verdade, as mudanças mais importantes, mais
espetaculares – e também mais trágicas –, ocorreram num lapso de tempo bem mais
curto, de 1880 a 1910, marcado pela conquista e ocupação de quase todo o continente
africano pelas potências imperialistas e, depois, pela instauração do sistema colonial. A
fase posterior a 1910 caracterizou -se essencialmente pela consolidação e exploração do
sistema.
O desenvolvimento desse drama foi verdadeiramente espantoso, pois até 1880 apenas
algumas áreas bastante restritas da África estavam sob a dominação direta de europeus.
Em toda a África ocidental, essa dominação limitava -se às zonas costeiras e ilhas do
Senegal, à cidade de Freetown e seus arredores (que hoje fazem parte de Serra Leoa), às
regiões meridionais da Costa do Ouro (atual Gana), ao litoral de Abidjan, na Costa do
Marfim, e de Porto Novo, no Daomé (atual Benin), e à ilha de Lagos (no que consiste
atualmente a Nigéria). Na África setentrional, em 1880, os franceses tinham colonizado
apenas a Argélia. Da África oriental, nem um só palmo de terra havia tombado em mãos
de qualquer potência europeia, enquanto, na África central, o poder exercido pelos
portugueses restringia -se a algumas faixas costeiras de Moçambique e Angola. Só na
África meridional é que a dominação estrangeira se achava firmemente implantada,
estendendo -se largamente pelo interior da região (CALDWELL, 1967, P. 73).
Características do crescimento económico da África do Sul no período da
dominação colonial até os dias atuais.
Segundo ROCHA (2022) A África do Sul possui uma economia emergente, ancorada
pelo forte setor primário e pelo recente desenvolvimento industrial. São características
importantes da economia do país:
Independente há menos de 50 anos, Moçambique foi assolado por uma guerra civil que
durou anos e se encerrou apenas em 1992, o que fez com que, no início da década de
1990, o país tenha sido considerado como “um dos países mais desesperados da terra”,
com um índice de desenvolvimento humano de 0,209 (Daniel, Naidoo & Naidu 2004).
Entretanto, durante os anos 2000 os moçambicanos viram sua economia e a condição de
vida da população melhorarem significativamente.
Tem-se focado, assim, nos três principais corredores logísticos do país, de Maputo,
Beira e Nacala, que são considerados estratégicos não só para as exportações de carvão,
mas para o desenvolvimento de outros setores da economia nacional (Castel-Branco
2002).
O comércio pode ser um reflexo importante da situação económica dos países e ter um
impacto significativo nas suas economias nacionais. Por isso, para efeito da presente
pesquisa, uma análise das trocas comerciais entre Moçambique e África do Sul torna-se
indispensável. A partir daí, alguns acordos com impacto no comércio foram
desenvolvidos, a exemplo dos seguintes:
A Companhia do Niassa foi uma das companhias majestáticas formada por alvará régio
de 1890. Os termos da concessão foram dados em 1891. No entanto, o grupo português
não tinha capacidade financeira para a operação da Companhia e, em 1892-93, um
consórcio de capitais franceses e britânicos comprou a concessão, mudando a sua sede
para Londres. Entre 1897 e 1908, três grupos financeiros controlaram sucessivamente a
Companhia. O primeiro foi o “Ibo Syndicate”, depois “Ibo Investment Trust”, a partir
de 1908, foi dominada pela “Nyassa Consolidated”, com forte participação de capital
mineiro sul-africano, porém, um bancário alemão comprou a maioria das acções da
Companhia, na mira de uma partilha de Moçambique entre aquele país e a Grã-
Bretanha. Com o início da Primeira Guerra Mundial, o governo britânico confiscou as
ações alemãs e entregou-as a um grupo financeiro inglês. Os administradores da
Companhia do Niassa desinteressam-se pelo seu desenvolvimento e, em 1929, a
Companhia extingue-se, passando o território para a administração direta do governo
colonial (MEDEIROS, 1997).
Alguns historiadores definiram o regime destas novas companhias como uma forma
moderna de feudalismo25. Um feudalismo improdutivo e ainda politicamente incessível
devido aos métodos escravagistas de forçar o assalariamento e a obtenção de mão-de-
obra em regime de semi-escravidão, de formas a obter receitas para o Estado ou para as
companhias. Abusou continuamente a população, as quais reagiam com contínuas
revoltas ou com passividade frente
Pequenos agricultores instalaram-se depois dos anos 1930 nas periferias das
cidades, principalmente de Lourenço Marques (atual Maputo - nos vales dos rios
Incomati e Umbelúzi e em Moamba) e de João Belo (atual Xai-Xai - no vale do
rio Limpopo e na Macia), concentrando- se na produção de produtos frescos e na
criação de bovinos (em regime extensivo em propriedades de milhares de
hectares). As grandes explorações agrícolas neste período resumem- se às
plantações de citrinos ao arredorda capital e de açúcar no vale do rio Incomati
(em Xinavane e Macie)50. Também, houve a cultura do algodão, produzido em
pequenos e médios lotes por colonos individuais, assim como produziam arroz no
vale do Limpopo51. Suportados pela emigração a partir de Portugal, que teve um
aumento significativo entre os anos 1920 e 196 (NEVES, 1991).
No campo da indústria, os investimentos imperialistas se multiplicaram a um
ritmo elevado72. O destaque vai para a indústria de transformação, onde o
investimento foi orientado principalmente para fábricas de processamento de
produtos agrícolas ou fábricas de montagem de artigos importados já
manufaturados. Exemplos típicos são a refinaria sul-africana de açúcar em
construção perto da Beira, a fábrica de processamento de leite da Nestlé (Ninho)
em Lourenço Marques e a fábrica de pneus American Fireston na Beira. Outros
planos recentes incluíam o processamento da bauxita e a produção de amónia e
de adubos químicos (Mondlane, 1995).
Conclusão
Após esta reflexão deste trabalho que tem como objectivo, O papel da África na
Economia do Mundo, assim tendo enfoque na África do Sul e Moçambique no Séc.
XVI-XX. Análise dos perfis económicos, do histórico de relações prévio a 1994 e da
política externa sul-africana nos permite compreender melhor o contexto em que se
inserem as relações entre Moçambique e África do Sul. A partir delas, pode-se afirmar
que as relações entre os dois países são em grande parte definidas pela grande diferença
nos níveis de desenvolvimento entre eles, pela história recente de guerra civil e
desestabilização económica em Moçambique e pelo alto nível de dependência existentes
da economia moçambicana perante a África do Sul, que como já visto iniciou-se durante
o período colonial português. A África do Sul, que durante o Apartheid contribuiu para
a deterioração da economia e infraestrutura moçambicanas, através do seu apoio a
Renamo, após 1994 passou a buscar se posicionar como uma alternativa regional de
ajuda a reconstrução da economia de Moçambique. Tornou-se, a partir daí, um dos
principais parceiros comerciais e de investimentos do país.
Bibliografia