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PERIODIZAÇÃO DA ECONOMIA DE MOÇAMBIQUE. ERNESTO SAMO (USTM:2008-2024)
PARTE 1
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desestabilização provocada por estes conflitos internos é agravada por agressões militares
que a Rodésia faz a Moçambique, mais tarde transferidas para o regime de apartheid da
África do Sul. Apenas em 1992, com a assinatura do ‘Acordo Geral de Paz’ entre a
FRELIMO e a RENAMO, cessam as hostilidades e inicia-se um processo de paz e
reconciliação.
A década de 80 marca a transição de uma economia centralmente planificada para uma
economia aberta, de mercado. Nos anos 90, concretiza-se a transição política
anteriormente iniciada, onde se destaca a introdução de uma constituição pluralista e a
emergência de um processo de descentralização política e administrativa.
Com estes aspectos considerados relevantes, pretende-se mostrar um resumo informativo
sobre a evolução dos acontecimentos políticos, económicos e sociais em Moçambique, no
período pós-independência dando mais enfoque às estratégias de desenvolvimento do
país no campo político e económico.
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i)1885-1926: com uma economia dominada por grandes plantações exploradas por
companhias majestásticas não portuguesas onde se praticava a monocultura de produtos
de exportação (sisal, açucar e copra), no centro e norte do país, com base em mão-de-
obra barata. As companhias, por sua vez, também controlavam o mercado da venda de
força de trabalho para países como a Rodésia, Malawi (Niassalândia), Tanganhica, Congo
Belga e em alguns casos a África do Sul (WUYTS, 1980:12-13). No sul, predominava a
exportação de mão-de-obra para alimentar o capital mineiro da África do Sul. Os acordos
assinados entre Portugal e a África do Sul para a exportação da mão-de-obra, traziam
rendimentos específicos ao Estado colonial, quer através de impostos, quer da utilização
dos caminhos-de-ferro que ligavam o porto de Lourenço Marques à África do Sul, quer
ainda através da utilização do próprio porto, para o trânsito de mercadorias;
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foi acompanhado por uma ‘sabotagem’ da economia de Moçambique, que pode ser
caracterizada pelo esvaziamento das contas bancárias, fraudes na importação de
mercadorias e exportações ilegais de bens (carros, tractores, maquinaria,etc). Na mesma
altura, empresas e bancos portugueses procederam ao repatriamento do activo e dos
saldos existentes, criando assim um rombo na economia de Moçambique.
Logo após os primeiros anos de independência, a África do Sul iniciou um processo de
repatriamento de trabalhadores moçambicanos com contratos nas minas, e o fluxo de
recrutamento de trabalhadores sofreu uma redução nos anos seguintes (de 120 000 para
40 000 num só ano) (HERMELE, 1998). Este processo foi acompanhado por um
redireccionamento da utilização dos serviços dos portos e caminhos de ferro de Lourenço
Marques, pela África do Sul (recorde-se que por altura da independência nacional, mais de
90% dos serviços prestados pelos portos e caminhos de ferro de Moçambique eram
direccionados para os países vizinhos). Em 1976,Moçambique adere às sanções das Nações
Unidas contra a Rodésia (Zimbabwe) e encerra as suas fronteiras com este país. Recorde-
se que a Rodésia era uma importante fonte de captação de divisas para Moçambique, não
só através da utilização do porto e dos caminhos de ferro da Beira, para o transporte de
mercadorias de trânsito, mas também através do consumo de derivados do petróleo
provenientes da refinaria em Maputo, para suprir os problemas de uma economia
embargada. O encerramento das fronteiras com a Rodésia, para além das consequências
económicas mencionadas, trouxe também um processo de desestabilização a Moçambique
(HANLON, 1997), como será referido mais à frente. Com uma economia largamente
dependente dos serviços prestados aos países vizinhos, e na sequência do novo tipo de
relações agora existentes com a Rodésia e a África do Sul, Moçambique viu assim
drasticamente diminuída a entrada de divisas para o país.
As calamidades naturais que afectaram o país entre 1977 e 1978, os efeitos da depressão
sobre a economia moçambicana, de base agrícola, agravados pelos aspectos acima
mencionados, levaram o país a um declínio económico em espiral .
O novo governo independente, deveria não só organizar o funcionamento da administração
mas também garantir a produção e os mecanismos necessários para manter uma economia
operacional. Utilizando a sua experiência das zonas libertadas e guiada por um programa
de transformação socialista, a FRELIMO traçou as suas estratégias para mudar a estrutura
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3. O Periodo Pós-Independência
A guerra, a seca e as calamidades naturais alargaram o âmbito das pressões internas para
alteração das políticas da FRELIMO. A situação económica e social sofriam uma degradação
crescentes. Em algumas províncias era já visível o espectro da fome e era necessário
mobilizar recursos para o pagamento da dívida externa. As medidas de emergência para
tentar suster a economia não poderiam ser permanentes. Era difícil manter os níveis de
emprego na indústria com baixos níveis de rendimento ou subsidiar a improdutividade das
machambas estatais e manter também os subsídios para a alimentação das populações
urbanas ou para as áreas sociais como a saúde, a habitação e a educação, que acabaram
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por conduzir a uma deterioração destes serviços. Entrara-se já numa fase de ruptura do
mercado, com uma hegemonia do mercado negro e uma consequente baixa cambial.
Em contrapartida, as conversações para adesão ao Banco Mundial (BM) e ao Fundo
Monetário Internacional (FMI) avançavam progressivamente no cenário sócio-económico
local , o que veio a resultar no lançamento das reformas económicas. Em meados da
década de 80, são visíveis os esforços da FRELIMO no campo político e económico, para
alterar as consequências negativas resultantes da estratégia de desenvolvimento utilizada
anteriormente.
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No intervalo 2013 à 2017, assiste-se uma circunstância em que o país está assolado por
duas crises, nomeadamente a Crise Política e a Crise Económica vs Financeira
Internacional.
Crise Económica: A Economia de Moçambique tem uma extensa base agrária. Nos finais de
2015, a estiagem que assolou o sul do país e houve abundância de chuvas no centro e
norte, que destruíram diversas culturas, criaram escassez de matéria-prima para a
indústria, concorrendo assim, para o aumento da taxa de inflação. Houve redução da força
de trabalho em algumas empresas industriais, concorrendo assim para o aumento da taxa
de desemprego no país.
O Governo, viu-se obrigado a criar medidas e elaborar planos de contingência para fazer
face às calamidades naturais. No início de 2016, com o despoletar do assunto relativo às
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dívidas ocultas, houve corte de financiamento ao orçamento do Estado por parte dos
parceiros de cooperação internacional, reduzindo desta feita, a capacidade do mesmo
(Governo) em algumas intervenções nos sectores de actividade como por exemplo, certos
subsídios. A crise da dívida externa, na qual o Governo viu-se desprovido de dinheiro para
pagar o serviço da dívida entre outros, vai agravando o estado de funcionamento dos
diferentes sectores de actividade. Com isso quero dizer que, perante o corte no orçamento,
sem nenhum financiamento, o pouco que o Estado adquire proveniente das receitas fiscais,
a maior percentagem poderá ir para o pagamento da dívida, em detrimento dos diferentes
sectores de actividade. A subida das taxas de câmbio em 2016, fizeram com que os bens e
serviços de consumo final, consumo intermédio entre outros importados ficassem cada vez
mais caros. A estabilidade cambial acabou aparecendo, graças à intervenção do Banco
Central (Banco de Moçambique), aquando da revisão dos instrumentos de política
monetária e consequentemente, estamos assistindo a redução de preços dos diferentes
produtos, o melhoramento do ambiente climático e o encorajamento da população para o
aumento da produção de alimentos.
Ainda no período 2014-2017, houve tréguas ditas pelo líder da RENAMO. Foi uma fase ou
período que também teve o seu impacto na economia. Através das tréguas, iniciou um
processo endógeno de reconciliação nacional que tende a culminar com fim dos constantes
conflitos entre o Governo e a Renamo. Repito, pôr fim aos conflitos e não a trégua que
parece uma recarga de telemóvel, que se renovava ou se recarregava de 2 em 2
meses.
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Aos 29 de Dezembro de 2018, com a detenção do antigo ministro das finanças, inicia uma
nova era de investigação sobre as dívidas ocultas, que provavelmente trará uma outra
imagem para a vida dos moçambicanos. Mais detalhes sobre as dívidas ocultas (vide outros
apontamentos que constam do lote de apontamentos fornecidos pelo docente).
No 1º semestre de 2019 a zona centro do país (Sofala, Zambézia e Manica) foi fustigada
pelo ciclone IDAI que criou danos de diferentes índoles, na vida social da população, nos
sectores de agricultura, industria, transportes e comunicações, etc, e a zona norte do país
(Cabo Delgado e Nampula) foi fustigada pelo ciclone Kenneth que também criou danos de
diferentes índoles na vida social da população, nos sectores de agricultura, industria,
transportes e comunicações, etc.
Na Vida Social:
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O apagão deixou a população sem acesso a informação quer via televisão, redes sociais,
telefonia, etc.
Na Vida Económica
Impacto directo no PIB devido a baixa de produção das empresas em diferentes sectores.
Deficiência nas vias de acesso- corte de ligações entre diferentes regiões em consequente
deficiência na circulação de pessoas e bens, encarecendo os preços de produtos devido a
deficiência no abastecimento.
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Construção de barragens;
Em Dezembro de 2019, a República Popular da China foi afectada pelo surto da epidemia
“Covid-19” mais conhecida por corona vírus.
Sendo que este país tem relações económicas de longa data com Moçambique, o
alastramento da epidemia (que ainda não cessou) e que já causou danos humanos naquele
país da Ásia e que já afectou a sua economia em termos negativos (pois a produção baixou
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Devido a pandemia do COVID 19, com vista a reduzir a propagação e contaminação pela
doença, o Governo decretou de 23 de Março de 2020 à 05 de Abril de 2021, uma série de
medidas restritivas relacionados com o “Estado de Emergência”, que tiveram e estão tendo
impactos nos diversos sectores de actividade.
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A- socialização do campo
Criação de um forte sector estatal agrário e transformação da agricultura familiar através de um dinâmico
movimento cooperativo, com o enquadramento de milhões de camponeses em cooperativas agrícolas;
Criação de um operariado agrícola e de um campesinato cooperativista;
Criação de condições para o aumento da produtividade no campo;
B- industrialização do país
Criação de uma industria pesada e a incorporação de técnicas mais avançadas e mecanizadas, como suporte
indispensável para a socialização do campo;
Criação de uma forte base operaria;
Redução de assimetrias no desenvolvimento do pais;
C- Formação da força de trabalho
Acção altamente planificada na formação;
Conhecimento real da forca de trabalho existente como ponto de partida;
Uniformização de critérios para a formação técnico /profissional;
Redefinição dos métodos de alfabetização e educação de adultos;
Definição de uma metodologia adequada para a formação de quadros para a socialização do campo;
Existência de um organismo coordenador de todas as acções de formação no exterior.
OS GRANDES PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO
Com um sector estatal dominante completado pelas cooperativas, as aldeias comunais, as machambas estatais
e outras iniciativas individuais (incluindo o capital estrangeiro), estavam previstos os seguintes grandes
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projectos
Projectos no vale do Save, Lúrio, Lugenda, Limpopo, Incomati e Zambeze
Cahora-Bassa e a electrificação do centro, norte e sul do pais;
Construção de barragens para a irrigação e produção de energia;
Electrificação dos principais eixos ferroviários e rodoviários ligando o norte ao sul do pais;
Investimento de grande vulto na área industrial- ferro, aço, alumínio, químicos, engenharia e montagem de
veículos;
Estudo aprofundado dos jazigos de carvão nas províncias de Tete e Niassa e dos depósitos dos
hidrocarbonetos já localizados;
Inventariação de pedras raras, o conhecimento preciso da dimensão dos depósitos de estanho, zinco, cobre
e bauxite;
A planificação de um grande impacto na alocação de recursos para a industria (recursos externos) e no
controle de salários e preços.
1980- ofensiva política e organizacional em todas as frentes. Foi uma ofensiva de longo alcance contra o
burocratismo, a corrupção, a ineficiência, a indisciplina, a negligência, o esbanjamento de recursos materiais e
financeiros, a apatia e a destruição de bens e equipamento.
1983- liberalização de preços de hortícolas, frutas e vegetais, em cumprimento do programa de acção
económica aprovado no quarto congresso da Frelimo, de 26 a 30 de Abril.
A reflexão sobre a estrutura económica e social de Moçambique, agravada por factores adversos que ocorreram
nos oito anos após a independência nacional, foram o ponto central das discussões e decisões do 4º congresso
do partido Frelimo, que marcaram o primeiro passo para a introdução da economia de Mercado em
Moçambique.
1994 (Dezembro)- início do funcionamento do primeiro parlamento moçambicano multipartidário. Aprovação do
programa do Governo 1995-1999. Inicio de um processo de transição para a estabilização social e política, após
um periodo longo em que a vida nacional se foi gerindo num quadro de emergência.
Programa quinquenal do Governo (1995-1999). Estabelecia como objectivos prioritários a realização de acções
que resultassem na garantia da paz, estabilidade e unidade nacional, o emprego e desenvolvimento rural, para
a redução dos níveis de pobreza absoluta e melhoria do nível de vida das populações. Estes objectivos estavam
inseridos em quarto áreas fundamentais:
1. Desenvolvimento social;
2. Desenvolvimento económico;
3. A organização do estado;
4. A política externa.
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Por volta de 1913, a Grã-Bretanha renovou o tratado de Windsor pois, já alcançara uma
parte das suas pretensões.
3. Companhias Majestáticas
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5.1. Causas
O trabalho migratório deveu-se em grande parte:
- ao avanço do desenvolvimento do capitalismo na África Austral, em especial na
colónia britânica do Natal, devido à:
1. introdução das plantações da cana sacarina no Natal em
1850;
2. abertura das minas de diamante em Kimberley em 1870;
3. exploração do ouro em Lydenburg- leste de Transval em
1874;
4. abertura de novas minas de ouro nas áreas central e sul
do transval (Witwatersrand);
5. construção das linhas férreas Lourenço Marques-
Transval para servir estes centros em 1892;
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- à crise ecológica no começo dos anos 1860 (seca e fome) e com ela a procura de
sobrevivência;
- a proibição do uso da mão-de-obra nativa na África do Sul;
- às guerras de resistência dos estados africanos ao avanço do poder colonial que se
verificava em Gaza e Maputo entre 1894-1897;
- nível de salários baixos no sul de Moçambique e em consequência, existência de
medidas administrativas para regular e restringir a mobilidade da mão-de-obra
(introdução da Lei do passe em relação à emigração e à residência em Lourenço
Marques).
5.2. Consequências
- falta de mão-de-obra em algumas zonas do interior de Moçambique;
- o subdesenvolvimento económico de Moçambique;
- a criação de um ambiente favorável à colonização, pois havia fraca resistência;
- crescimento de empreendimentos comerciais em Lourenço Marques e Gaza;
- início frequente do trabalho migratório para as minas de ouro do Leste do Transval;
- expansão da rede comercial no interior, largamente controlada pelos asiáticos e que
absorvia os salários dos mineiros. Facto que leva à monetarização da economia que
com escassez do gado, substitui o dote para o pagamento nupcial (lobolo).
Anos depois, o sistema económico da RSA alterou e diminuiu a procura de mão de obra
nas fábricas o que diminuiu o número de moçambicanos naquele país. O decréscimo da
economia na RSA, Rodésias no Norte e Sul e Nyassalândia, reduziu o tráfico nos caminhos
de ferro e portos de Lourenço Marques e Beira, constituindo assim a quebra considerável
do rendimento do Estado, reduziu as receitas e divisas vindas do pagamento diferido e
impostos sobre os emigrantes. É desta forma que o governo em 1934 se vê obrigado a
renegociar a convenção de 1928 com a RSA para garantir emprego de um mínimo de 65
000 trabalhadores moçambicanos nas minas.
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Da Descrição feita anteriormente, é fácil compreender que uma grande parte dos planos de
fomento nas colónias visava criar infra-estruturas económicas para a exploração colonial,
em particular apoiando o desenvolvimento da economia capitalista dos colonatos.
Os planos de fomento eram também caracterizados por ser parciais e restritos aos grandes
investimentos a efectuar pelo Estado na agricultura, nas vias de comunicação e nos meios
de transportes, e aos investimentos a fazer pelos particulares com auxílio directo e
indirecto do Estado não só na agricultura e nos meios de transportes, como também na
instalação de novas indústrias e no desenvolvimento das existentes.
Os planos de fomento tinham um duplo carácter: imperativos, em relação aos
investimentos exclusivamente públicos, indicativos, no que respeita aos investimentos de
natureza privada.
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Referências Bibliográficas
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