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República de Angola

Ministério da Educação
Escola do 1° Ciclo N° 2005/11 De Julho

Trabalho De Geografia
TEMA: ÁFRICA ECONÓMICA

CLASSE: 9

SALA: 21

TURMA: BLT

LUANDA, 2023

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Integrantes do grupo

1. Irina Carvalho
2. Licínio Pua
3. Maura Pinto
4. Nídia Cosme
5. Vanessa Panda
6. Welwitchia Kissantou
7.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa à abordagem relacionada à África


Econômica, retratando do seu contexto histórico na época colonial,
bem como nos dias atuais.

A economia da África é pautada pela exploração de recursos naturais,


como petróleo, gás e minérios como o ouro e diamantes.

O continente, contudo, é o mais pobre do mundo, resultado da


exploração colonial e neocolonialista

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DESENVOLVIMENTO

A África é o terceiro maior continente, o segundo mais populoso e,


apesar das imensas riquezas naturais e minerais, o mais pobre. O
continente contribui apenas com 1% do produto interno bruto (PIB) do
mundo e cerca de 1/3 dos seus habitantes vivem com menos de um
dólar por dia, abaixo do nível de pobreza definido pelo Banco Mundial.
O principal motivo da miséria africana é o imperialismo praticado pelas
nações europeias a partir do século XVI e a tardia descolonização dos
países, a partir da segunda metade do século XX, o que levou a
uma industrialização tardia e incompleta, ainda hoje. Outros fatores
como conflitos armados, técnicas atrasadas, mão de obra pouco
qualificada, dificultam ainda mais o desenvolvimento da África.

Tradicionalmente, as populações africanas são formadas, em sua


maioria, por pastores e agricultores. A agropecuária é a atividade
econômica que mais absorve mão de obra no continente. Observamos
duas formas de plantio na África: a de subsistência e a em forma
de plantação.

A Agricultura de subsistência de baixo rendimento, que serve apenas


para a manutenção do indivíduo e de sua família, com um pequeno
excedente comercial, varia de acordo com a formação climática. Na
zona de clima mediterrâneo, encontramos plantações de uva,
legumes, oliveiras, frutas e cereais. Nas zonas tropicais há o cultivo de
cereais nativos como o painço e o sorgo, além da criação de gado
caprino e ovino. Na zona equatorial observamos uma cultura nômade
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de tubérculos: mandioca, batata, inhame, plantados em solos pouco
férteis e com técnicas rudimentares. O sistema de plantação é gerido
por empresas transnacionais e serve principalmente para o
abastecimento de mercados externos. Novamente o clima é o principal
fator determinante das culturas. No norte mediterrâneo encontramos o
cultivo de frutas, videiras, oliveiras, cereais. O clima
tropical e equatorial favorece o cultivo de cacau, café, chás, algodão,
cana-de-açúcar e banana, além da extração de árvores de madeira
nobre, como ébano e mogno.

A principal atividade econômica praticada na África é o extrativismo


mineral. Países como Angola, Nigéria, Mauritânia, Líbia, África do
Sul, República (RPC) e Zâmbia têm nessa atividade mais da metade
de suas exportações. Os principais minérios explorados são: urânio,
em Níger e Namíbia, cobre, na África do Sul, Zâmbia, Zimbábue e
RPC, diamantes, em Lesoto, Botsuana e Serra Leoa, ferro, na
Mauritânia e África do Sul, bauxita, no Moçambique, além de petróleo
na Líbia e Nigéria. A atividade de extração em superfície muitas vezes
é feita de forma primitiva, por garimpeiros com equipamentos simples,
já a exploração em profundidade é feita por empresas transnacionais.
Os dois tipos de exploração têm por objetivo abastecer o mercado
externo. A exploração de diamantes, em alguns casos, utiliza mão de
obra escrava de jovens e crianças, associando-se ao tráfico das
pedras e de armas.

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Por conseguinte, veremos o contexto relacionado ao bloco economico
da Africa Austral:

A SADC

(Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) é um bloco


econômico formado pelos países da África Austral. São eles: África do
Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto,
Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia,
Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue.

A Southern Africa Development Community como é chamada


oficialmente, se originou em 1992 a partir da transformação da
SADCC, criada desde 1980 e que era constituída por nove nações.
Atualmente, a SADC é formada por 14 países-membros, totalizando
um PIB de cerca de 226 bilhões de dólares e uma população de 210
milhões de pessoas.

Os objetivos do bloco é, em síntese, proporcionar o crescimento das


economias dos países africanos e conseqüentemente, o
desenvolvimento e a melhoria na qualidade de vida de seu povo.
Outros objetivos não menos importantes são: a promoção da paz e da
estabilidade da região, do desenvolvimento sustentável e do combate
à AIDS; e a reafirmação dos legados sócio-culturais africanos.

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Esses países, com exceção da África do Sul, que se situa em um grau
bem mais elevado de desenvolvimento econômico, passaram a adotar
medidas para alcançar o mercado regional, sendo que nesse caso, o
desenvolvimento da indústria local é fundamental para a diminuição da
dependência dos produtos estrangeiros. Dessa forma, a produção
desses países referidos tem se concentrado na produção de produtos
de base.

O principal parceiro econômico da SADC é a União Européia, no


entanto, essas relações comerciais vêm diminuindo bastante: de 7%
na década de 80 para 3% atualmente. Além disso, diversas medidas
estão sendo adotadas para tentar diminuir a dependência desses
países com as nações desenvolvidas.

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Económia De África Actualmente

O crescimento económico de África deverá superar o resto do mundo


nos próximos dois anos, com o Produto Interno Bruto (PIB) real a
rondar, em média, os 4% em 2023 e 2024. Isto é superior às médias
globais projetadas de 2,7% e 3,2%, disse o Grupo Banco Africano de
Desenvolvimento no relatório sobre o Desempenho e Perspectivas
Macroeconómicas para a região, divulgado em Abidjan na quinta-feira.

Com uma análise abrangente do crescimento regional, o relatório


mostra que todas as cinco regiões do continente permanecem
resilientes, com uma perspectiva estável a médio prazo, apesar de
enfrentarem ventos contrários significativos devido a choques
socioeconómicos globais. Também identifica riscos potenciais e apela
a medidas monetárias e fiscais robustas, apoiadas por políticas
estruturais para os enfrentar.

O relatório sobre o Desempenho e Perspectivas Macroeconómicas


será divulgado no primeiro e terceiro trimestres de cada ano,
complementando o atual relatório anual do Banco sobre as
Perspectivas Económicas Africanas, que se centra em temas políticos
emergentes relevantes para o desenvolvimento do continente.

O relatório mostra que o crescimento médio estimado do PIB real em


África abrandou para 3,8% em 2022, de 4,8% em 2021, num contexto
marcado por desafios significativos na sequência do choque da Covid-
19 e da invasão russa da Ucrânia. Apesar da desaceleração
económica, 53 dos 54 países africanos registaram um crescimento

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positivo. Todas as cinco regiões do continente permanecem
resilientes, com uma perspectiva estável a médio prazo.

No entanto, o relatório envia uma nota cautelosa sobre as


perspectivas, no seguimento dos atuais riscos globais e regionais.
Estes riscos incluem o aumento dos preços dos alimentos e da
energia, o aperto das condições financeiras globais, e o aumento
associado dos custos do serviço da dívida interna. As alterações
climáticas - com o seu impacto prejudicial no fornecimento interno de
alimentos e o risco potencial de inversão de políticas em países que
realizam eleições em 2023 - representam ameaças igualmente
desafiantes.

O relatório defende ações políticas arrojadas à escala nacional,


regional e global para ajudar as economias africanas a mitigar os
riscos compostos.

Falando durante o lançamento do relatório, o Presidente do Grupo


Banco Africano de Desenvolvimento, Dr. Akinwumi Adesina, disse que
o lançamento desta primeira edição do relatório ocorre numa altura em
que as economias africanas enfrentam ventos contrários significativos,
à medida que choques globais e domésticos minam o progresso.

"Com 54 países em diferentes fases de crescimento, diferentes


estruturas económicas e dotações variadas de recursos, os efeitos de
repercussão dos choques globais são sempre diferentes por região e
por país. O abrandamento da procura global, condições financeiras

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mais restritivas e cadeias de abastecimento perturbadas tiveram,
portanto, impactos diferenciados nas economias africanas", disse.

"Apesar da confluência de choques múltiplos, o crescimento nas cinco


regiões africanas foi positivo em 2022 e prevê-se que as perspectivas
para 2023-24 sejam estáveis", acrescentou.

Niale Kaba, ministra do Planeamento e Desenvolvimento da Costa do


Marfim, afirmou: "A publicação deste relatório pelo nosso banco, o
Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, nesta altura do ano, é
uma excelente oportunidade para África e para os seus parceiros
globais. Precisamos destas atualizações regulares para avaliar o
desempenho macroeconómico e as perspectivas dos nossos países;
esta informação fiável ajudará na tomada de decisões e na gestão de
riscos para os potenciais investidores em África".

As cinco economias com melhor desempenho antes do Covid-19 em


África deverão crescer, em média, mais de 5,5% em 2023 e 2024,
recuperando a sua posição entre as 10 economias de crescimento
mais rápido do mundo. Estes países são o Ruanda (7,9%), a Costa do
Marfim (7,1%), o Benim (6,4%), a Etiópia (6,0%), e a Tanzânia (5,6%).

Outros países africanos estão projetados para crescer mais de 5,5%


no período de 2023 a 2024. São eles a República Democrática do
Congo (6,8%), a Gâmbia (6,4%), a Líbia (12,9%), Moçambique (6,5%),
o Níger (9,6%), o Senegal (9,4%), e o Togo (6,3%).

No lançamento do relatório, o economista Jeffrey Sachs, Diretor do


Centro para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de

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Colúmbia, afirmou: "O continente africano continua a ser uma
economia importante e em crescimento com implicações para o
desenvolvimento sustentável a nível mundial. Estou muito satisfeito
com os esforços que o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento,
sob a liderança do Presidente Akinwumi Adesina, tem vindo a fazer
para chamar a atenção para este ponto".

Sachs, que é também representante do Secretário-Geral das Nações


Unidas, António Guterres, para os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, elogiou o relatório que, segundo disse, mostra que as
economias africanas estão a crescer, e a crescer consistentemente.

"África pode e irá aumentar para um crescimento de 7% ou mais por


ano de forma consistente nas próximas décadas e veremos, com base
na resiliência que vemos neste relatório, uma aceleração real do
desenvolvimento sustentável de África, para que a África seja a parte
da economia mundial em mais rápido crescimento", apontou,
concluindo que "África é o lugar para investir"

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CONCLUSÃO.

Neste trabalho foi aprendido o que ressalta a economia do continente


Africano, no qual podemos concluir que apesar de África ser um
continente populoso, apresenta uma enorme défice no que se diz ser o
seu crescimento econômico, e que atualmente tem se tomado
medidas, adotando práticas para mudar o quadro econômico do
continente e assim torna-se uma grande potência econômica mundial.

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REFERENCIAS IBLIOGRÁFICAS

https://www.infoescola.com/geografia/economia-da-africa/

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/sadc.htm

https://www.afdb.org/pt/noticias-e-eventos/comunicados-de-
imprensa/economia-de-africa-cresce-mais-que-previsao-mundial-
para-2023-e-2024-relatorio-bianual-do-banco-africano-de-
desenvolvimento-58302

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