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Introdução

A África é considerada o continente mais pobre do mundo, caracterizado pelo


seu subdesenvolvimento. O processo de descolonização contribuiu para a incipiente
industrialização do continente. Este facto coloca a África em desvantagem em relação
aos países desenvolvidos que apresentam um sector industrial forte.

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Comunidade Para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)

SADC (do inglês Southern África Development Community) – Organização


sub-regional de integração regional dos países da África Austral. Este bloco económico
existe desde 1980 por nove (9) Estados membros (Angola, Botswana, Lesoto, Malawi,
Moçambique, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe).

Quando foi criada, adoptou o nome de Conferência de Coordenação para o


Desenvolvimento da África Austral.

A 17 de Agosto de 1992, os Chefes de Estado e de Governo da região da África


Austral assinaram em Windhoek, Namíbia, a Declaração e o Tratado, transformando a
então Conferencia de Coordenação para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)
em Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), iniciando assim uma
nova etapa de cooperação e construção de uma economia forte e integrada.

A SADC é o principal bloco económico de África e tem como principais objectivos:

 Promover o desenvolvimento económico


 Aliviar a pobreza
 Aumentar a qualidade de vida do povo africano
 Promover e desenvolver a paz e a segurança
 Promover o desenvolvimento sustentável por meio da interdependência
colectiva dos Estados membros.
 Promover e maximizar a utilização efectiva dos recursos da região austral.
 Atingir a utilização sustentável de recursos naturais e a protecção do ambiente.
 Reforçar e consolidar as afinidades culturais, históricas e sociais de longa data
da região.

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Estados Membros da SADC

População
País Superfície População em Projectada Moeda
(Km²) 2010 Para 2010
África do Sul 1 221 037 50 500 000 56 800 000 Rand
Angola 1 246 700 19 000 000 42 300 000 Kwanzas
Botswana 600 372 2 000 000 2 800 000 Pula
Rep. Dem. do Congo 342 000 67 800 000 147 500 000 Zaire
Lesoto 30 355 2 100 000 2 500 000 Loti
Madagáscar 587 041 20 100 000 42 700 000 Franco de Madagáscar
Malawi 1 18 484 15 700 000 36 600 000 Malawi kwacha
Maurícias 2045 1 300 000 1 400 000 Rúpia de Maurício
Moçambique 801 590 23 400 000 44 100 000 Metical
Namíbia 824 292 2 200 000 3 600 000 Dólar da Namibia
Suazilândia 1 7 363 1 200 000 1 700 000 Lilangeni
Tanzânia 945 087 45 000 000 109 500 000 Xelim da Tanzânia
Zâmbia 752 614 13 300 000 29 000 000 Kwacha zambiano
Zimbabwe 390 580 12 600 000 22 200 000 Dólar do Zimbabwe

Outras Organizações Importantes Para a África

África, Caraíbas e Pacifico (ACP) – organização criada pelo Acordo de


Georgetown, Guiana, em 1975. Entre outros, constituem objectivos principais os
seguintes:

 Contribuir para o desenvolvimento sustentável dos Estados-Membros e sua


integração progressiva na economia mundial, o que implica a redução da
pobreza.
 Coordenar as actividades do Grupo ACP, no quadro da implementação dos
Acordos de África, Caraíbas e Pacifico – Comunidade Europeia (ACP-CE / na
actualidade União Europeia).
 Consolidar a unidade e solidariedade entre os Estados ACP, bem como o
entendimento entre os seus povos.

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 Estabelecer e consolidar a paz e a estabilidade numa sociedade livre e
democrática.

O Grupo ACP é constituído por 78 Estados Membros, signatários do Acordo de


Cotonou, Benim, em 13 de Junho de 2000, que une a União Europeia (EU), 48 países da
África Subsariana, 15 das Caraíbas e 15 do Pacifico.

Estados Membros da ACP Por Região


África Subsariana Caraíbas Pacifico
África do Sul Antigua e Barbuda Ilhas Cook
Angola Belize Ilhas Fidji
Cabo Verde Bahamas Kiribati
Ilhas Comores Barbados Ilhas Marshall
Benin Dominica Micronésia
Botswana República Dominicana Nauru
Burkina Faso Granada Niue
Burundi Guiana Palau
Camarões Haiti Papua-Nova Guiné
Republica Centro Africana Jamaica Ilhas Salomão
Congo São Cristóvão e Nevis Samoa
Chade Santa Lúcia Timor Leste
Congo Democrático São Vicente e Granadinas Tonga
Costa do Marfim Suriname Tuvalu
Djibuti Trindade e Tobago Vanuatu
Eritreia
Etiópia
Gabão
Gâmbia
Gana
Guiné
Guiné-Bissau
Guiné-Equatorial
Quénia
Lesoto
Libéria

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Madagáscar
Malawi
Mali
Mauritânia
Maurícias
Namíbia
Moçambique
Níger
Nigéria
Ruanda
São Tomé e Príncipe
Senegal
Seychelles
Serra Leoa
Somália
Sudão
Suazilândia
Tanzânia
Togo
Uganda
Zâmbia
Zimbabwe

Quadro Económico Geral do Continente

Considerando o avanço de epidemias, a continuidade de Conflitos armados, a má


governação, o agravamento da miséria, entre outros factores que perigam o
desenvolvimento do continente, mesmo que algumas nações tenham alcançado alguma
estabilidade, a África é considerada o continente mais pobre do mundo.

Os sectores económicos onde o continente apresenta algum destaque são a


extracção mineral e a agricultura.

Extracção Mineral

O continente é muito rico em fontes de energia e recursos minerais, exploradas


desde inicio do século XX por empresas norte Américas e europeias, empregando mão-

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de-obra nativa e modernas tecnologias para os processos produtivos de exploração dos
recursos minerais em quase todos os países do continente.

Quase toda a produção é exportada para a Europa, Estados Unidos e Japão.


Salvo raras excepções, os países africanos não possuem tecnologias adequadas para
transformar os seus minérios em produtos,

Agricultura

Em África, a agricultura apresenta duas práticas bem diferenciadas: a agricultura


de subsistência ou itinerante e a agricultura comercial. A agricultura de subsistência
caracteriza-se pela produção para sustento do agricultor e a família.

No continente, os principais produtos de origem agrícola são a mandioca, o


milho, a bata doce, o arroz e o inham, sendo cultivados de forma primitiva, com uma
produtividade muito baixa.

Pecuária
Embora os países africanos não sejam grandes criadores de gado, a sua criação
assume um papel importante para os seus habitantes. Os ovinos constituem a principal
criação no continente, sendo a África do Sul e a Etiópia os principais criadores.

As principais criações de ovinos e bovinos são as áreas mediterrâneas, onde


também há caprino e dromedários (camelos árabes), constituindo estes últimos um
importante meio de transporte no deserto.

Industria

Apesar dos grandes recursos que possuem os países africanos são poucos
desenvolvidos industrialmente.

Todos os países do continente, excepto a África do Sul, fazem parte dos países
subdesenvolvidos e, como não poderia deixar de ser, apresentam os mesmos problemas
que caracterizam os países desenvolvidos, mas de forma mais fragilizada. Por isso, toda
estrutura económica, além de fraca, é dependente, facto que se torna mais evidente no
sector industrial: problemas de capital (dinheiro), falta de mão-de-obra especializada,
insuficiência de meios de transporte, aliado ao baixo poder de compra da população.

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Conclusão

Com base as investigações feitas para a realização do presente trabalho,


concluímos que África é considerada o continente mais pobre, visto que o colonialismo
e a guerra pós colonial vivenciada por alguns países do continente, trouxe muitos
problemas como social, educacional, cultural, económico, tendo em conta que essas
guerras atrasaram significativamente o desenvolvimento do continente.

Logo a integração económica de África foi realizada na primeira e segunda


conferencia dos países independentes de África, esta conferência ficou acordado de que
os países africano independentes deviam promover a cooperação económica entre si,
isto para o alavancamento do desenvolvimento económico de África.

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Referências Bibliográficas

 Alves da Cunha, Murillo. Geografia Geral e do Brasil 2. Livraria Francisco


Alves Editora. Rio de Janeiro, 1992.

 Antunes, João. Geografia 7.º Ano I.ª Edição. Platano Editora. S.A. Lisboa. Maio
1988.

 Carvalho, Ana. Araújo, Anabela. Uma Geografia de Portugal. 10.º Ano Ensino
Secundário I.ª Edição. Edições ASA. Porto, Portugal, 1999.

 Delors, Jacques. Educação um Tesouro a descobrir. Relatório para UNESCO da


Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 10ª Edição Cortez
Editora, 1997.

 Gonzalez Expósito, Daisy e outors. Geografia Física de los Continentes I.


Editorial Pueblo y Educacion. Ciudad de La Habana, 1977.

 Laranjo, José Manuel, Sobral Henriques, Lucinda. Leandro, Manuela. Gomes,


M.ª Margarida. Introdução ao Desenvolvimento Económico e Social (IDES) 12º.
I.ª Parte. Porto Editora. Porto, Portugal, 2004.

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