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INTRODUÇÃO

A União Africana (UA) foi fundada em 2002 e é a organização que sucedeu a


Organização da Unidade Africana. Baseada no modelo da União Européia (mas
atualmente com atuação mais próxima à da Comunidade das Nações), ajuda na
promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento econômico na África,
especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa Nova
Parceria para o Desenvolvimento da África. Seu primeiro presidente foi o presidente
sul-africano Thabo Mbeki.

Este trabalho foi-me recomendado pelo professor da disciplina de Introdução ao Direito.


E nós procuramos atingir as expectativas do professor ao elaborar este trabalho. Não
esquecendo que aprendemos muito também.

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DESENVOLVIMENTO

União Africana (U.A)

A União Africana tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana. Defende a


eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração
econômica, além da cooperação política e cultural no continente.

Criação da União Africana

A organização nasceu em maio de1963, com o nome de Organização da Unidade


Africana (OUA), que manteve até julho de 2002, quando passou a designar-se União
Africana (UA).

União Africana (UA) é a organização internacional que promove a integração entre os


países do continente africano nos mais diferentes aspectos. Fundada em 2002 e
sucessora da Organização da Unidade Africana, criada em 1963, é baseada no modelo
da União Europeia (mas atualmente com atuação mais próxima a da Comunidade das
Nações), ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento
econômico em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por
meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África. Seu primeiro
presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki.

Principais objetivos da União Africana

Erradicar a pobreza;

Colocar os países Africanos individual e colectivamente no caminho do


desenvolvimento sustentável;

Acabar com a marginalização do continente Africano no contexto do processo da


globalização;

Fortalecer a economia africana no contexto global;

Promover o papel da mulher no desenvolvimento social e económico;

Garantir a paz, segurança, estabilidade e boa governado política e económica.

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Órgãos

A União Africana, a exemplo da União europeia, possui vários órgãos para regular o
funcionamento das entidades e as relações entre seus membros. Alguns exemplos são a
Assembléia, o Conselho Executivo e a Comissão da UA.

A Assembléia da União Africana é formada pelos chefes de estado e de governo dos


países membros, ou seus representantes devidamente acreditados; é o órgão supremo da
União; em 2010 é presidida pelo malawiano Bingu wa Mutharika).

Outros órgãos possuem importância secundária. O Conselho Executivo da União


Africana é composto por ministros ou outras autoridades designadas pelos governos dos
estados membros. A Comissão da União Africana é o órgão responsável pela execução
das decisões da Assembleia; é dirigido por um Presidente (em 2010, o gabonês Jean
Ping), um Vice-Presidente e composto por oito Comissários, cada um responsável por
uma área de actividade. O Comité de Representantes Permanentes da União Africana –
responsável pela preparação das sessões do Conselho Executivo, é composto por
Representantes Permanentes dos Estados-membros, acreditados perante a União.

O Comité de Paz e Segurança da União Africana foi estabelecido durante a Cimeira de


Lusaka (julho de 2001), este comité encontra-se ainda (2008) em processo de ratificação
pelos Estados-membros. O Parlamento Pan-africano – é o órgão que assegura a
participação dos povos africanos na governação, desenvolvimento e integração
económica do continente, através do controlo e apoio aos parlamentos dos Estados-
membros; é composto por 265 parlamentares, eleitos pelas legislaturas dos 53 estados-
membros. O Conselho Económico, Social e Cultural da União Africana é o órgão
consultivo da organização; os seus estatutos serão submetidos à Cimeira de Maputo.

Outros órgãos importantes são o Tribunal Judicial da União Africana, cujos estatutos
serão submetidos à Cimeira de Maputo, e os Comités Técnicos Especializados, que são
grupos de nível ministerial que estudam problemas em áreas específicas, como:

Comité sobre Economia Rural e Agricultura;

Comité sobre Assuntos Monetários e Financeiros;

Comité sobre Comércio, Alfândegas e Imigração;

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Comité sobre Indústria, Ciência e Tecnologia, Energia, Recursos Naturais e Ambiente;

Comité sobre Transportes, Comunicações e Turismo;

Comité sobre Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais; e

Comité sobre Educação, Cultura e Recursos Humanos;

A UA também conta com algumas instituições financeiras, a exemplo da Zona do Euro.


Entretanto não há uma moeda única. O Franco CFA é utilizado em apenas alguns países
de colonização francesa. As instituições financeiras são o Banco Central Africano, o
Fundo Monetário Africano e o Banco Africano de Investimentos.

Economia da África

Tal como a sua antecessora, a Organização da Unidade Africana, a UA promove a


integração regional como forma de desenvolvimento econômico. O objetivo final é a
completa integração das economias de todos os países da África, numa Comunidade
Econômica Africana.

Neste momento, funcionam as seguintes organizações de integração regional:

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental,

A Comunidade Económica dos Países da África Central,

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral,

O Mercado Comum da África Oriental e austral.

A União Árabe do Magrebe.

Como cada bloco é autônomo, uma crise inicial em um pilar não afetará diretamente os
outros que sustentam o programa de integração continental.

Línguas

A União Africana promove o uso de línguas africanas sempre que é possível em seus
trabalhos oficiais. Suas línguas oficiais são o árabe, o francês, o inglês, o espanhol, o
português e o suaíli.

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Estrutura

Em estrutura, a OUA começou como uma entidade, enquanto que a UA, integrando-se
com a Comunidade Económica Africana e construindo outras estruturas, consiste em: a
Assembleia (determina as políticas comuns); o Conselho Executivo (coordena e toma
decisões sobre políticas comuns); o Parlamento Pan-Africano (implementa as políticas);
o Tribunal de Justiça (assegura o cumprimento da lei); a Comissão (o secretariado); o
Comité de Representantes Permanentes (assiste o Conselho Executivo); os Comités
Técnicos Especializados (assiste o Conselho Executivo em questões substantivas); o
Conselho Económico, Social e Cultural; o Conselho de Paz e Segurança (toma decisões
sobre prevenção, gestão e resolução de conflitos); e as Instituições Financeiras
(constituídas pelo Banco Central Africano, o Fundo Monetário Africano, e o Banco
Africano de Investimento)

Membros

A União Africana possui 52 membros, cobrindo quase todo o continente africano.


Marrocos decidiu não participar porque Saara Ocidental foi aceito como membro.

§ África do Sul

§ Angola

§ Argélia

§ Benim

§ Botswana

§ Burkina Faso

§ Burundi

§ Cabo Verde Cabo Verde

§ Camarões

§ Chade

§ Costa do Marfim

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§ Djibouti

§ Egito

§ Eritreia

§ Etiópia

§ Gabão

§ Gâmbia

§ Gana

§ Guiné

§ Guiné-Bissau

§ Guiné Equatorial

§ Lesoto

§ Libéria

§ Líbia

§ Malawi

§ Maurícia

§ Mauritânia

§ Moçambique

§ Namíbia

§ Nigéria

§ Quênia

§ República Centro-Africana

§ República do Congo

§ República Democrática do Congo

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§ Ruanda

§ Saara Ocidental

§ São Tomé e Príncipe

§ Senegal

§ Serra Leoa

§ Seychelles

§ Somália

§ Suazilândia

§ Sudão

§ Sudão do Sul Sudão do Sul

§ Tanzânia

§ Togo

§ Tunísia

§ Uganda

§ Zâmbia

§ Zimbabwe

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Membros suspensos

§ Guiné - suspenso depois do Golpe de Estado de 2008.[3]

§ Madagáscar - suspenso depois do Golpe de Estado de 2009.[4]

§ Níger - suspenso depois do Golpe de Estado de 2010.[5]

§ Mali - suspenso depois do Golpe de Estado de 2012.

Verificação e Conformidade

Verificação

A UA mandatou o Conselho de Ministros para tomar as medidas necessárias para


assegurar a implementação das decisões e, em particular, para preparar o texto jurídico
constitutivo da União, tendo em conta a Carta da OUA e o Tratado que institui a
Comunidade Económica Africana. Nos termos do Acto Constitutivo da OUA, o artigo
9º mandata que a Assembleia composta pelos Chefes de Estado e de Governo da OUA,
como órgão supremo da união, com poderes para controlar a implementação das
políticas e decisões da união, bem como para assegurar o cumprimento por todos os
Estados Membros.

Conformidade

A não implementação dos regulamentos e directivas da assembleia atrairá sanções


apropriadas.

Desenvolvimento da UA 2019

De 10 a 11 de fevereiro, a União Africana realizou a sua 32ª Sessão Ordinária da


Assembleia da União na Etiópia. A UA discutiu temas como o comércio livre em
África, questões de migração, e também manifestou preocupação com a quantidade
crescente de terrorismo em algumas partes de África.

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2018

De 25 de Junho a 2 de Julho, a União Africana realizou a sua 31ª Sessão Ordinária da


Assembleia da União na Mauritânia. A UA reduziu o seu orçamento para 2019 em 12%
em relação ao que era em 2018 e discutiu questões de corrupção e segurança.

2017

Em 30 de Janeiro, Marrocos voltou a aderir à União Africana após uma ausência de 30


anos, tornando-o no 55º Estado membro da UA.

Em 30-31 de Maio, realizou-se na sede da UA em Adis Abeba, Etiópia, a 8ª reunião do


Comité Director da União Africana -Regiões de Armas Ligeiras e de Pequeno Calibre
(SALW) e Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).

2016

Em 30-31 de Janeiro, a União Africana realizou a sua 26ª Sessão Ordinária da


Assembleia da União em Adis Abeba, Etiópia. Durante os dois dias da cimeira não
foram discutidas questões relativas à não-proliferação, desarmamento ou controlo de
armas.

Em 09-18 de julho, a União Africana realizou a sua 27ª Sessão Ordinária da Assembleia
da União em Kigali, Ruanda. Durante a Cimeira não foram discutidas questões relativas
à não-proliferação, desarmamento ou controlo de armas.

2015

Em 23-31 de Janeiro, a União Africana realizou a sua 24ª Sessão Ordinária da


Assembleia em Adis Abeba, Etiópia. Não foram discutidas questões relacionadas com a
não proliferação ou controlo de armas.

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Em 18-19 de Maio, a Comissão Africana de Energia Nuclear (AFCONE) realizou a sua
quinta Sessão Ordinária na sede da União Africana (UA), em Adis Abeba. O
Comissário da UA para a Paz e Segurança, Smaïl Chergui, proferiu uma declaração,
sublinhando o importante papel da AFCONE na implementação do Tratado da Zona
Livre de Armas Nucleares Africanas. Durante a sessão, os participantes discutiram a
implementação do programa de trabalho da AFCONE, incluindo o cumprimento pelos
Estados Partes das suas obrigações decorrentes do Tratado, a segurança nuclear e de
radiação, aplicações pacíficas das ciências e tecnologia nuclear, bem como parcerias e
cooperação técnica.

Em 07-15 de Junho, a União Africana realizou a 25ª Sessão Ordinária da Assembleia


em Joanesburgo, África do Sul. Não foram discutidas questões relacionadas com
desarmamento ou não proliferação.

Em 15 de Julho, o Presidente da Comissão da União Africana (UA), Dr. Nkosazana


Dlamini Zuma, proferiu um discurso, elogiando o Plano de Acção Global Conjunto
(JCPOA) sobre o programa nuclear iraniano entre o Irão e “P5+1”.

2014

Em 4 de Fevereiro, a UA retirou-se de uma cimeira de comércio e investimento com a


UE que se realizou na Bélgica em Abril, se Robert Mugabe, o Presidente do Zimbabué,
não fosse convidado. Mugabe foi recentemente eleito como vice-presidente do
Conselho Executivo da UA mas permanece na lista de proibição de viagens da UE.

De 29-30 de Maio, a União Africana acolheu a Terceira Conferência dos Estados Partes
no Tratado Pelindaba na sua sede em Adis Abeba. Tanto a França como a Federação
Russa estiveram presentes, para além de todos os Estados Partes africanos e várias
organizações regionais e internacionais. A conferência centrou-se na implementação da

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agenda da Comissão Africana de Energia Nuclear (AFCONE), bem como na
operacionalização do Secretariado da AFCONE, ouvindo um relatório abrangente sobre
as actividades da AFCONE em matéria de monitorização, segurança, e aplicações
nucleares. A UA tomou nota do plano provisório da AFCONE para 2014-16 para
trabalhar no sentido da nomeação de Pontos Focais Nacionais pelos Estados Partes e
elegeu os seguintes Estados Partes como membros da AFCONE para um mandato de
três anos: Argélia, Camarões, Etiópia, Quénia, Líbia, Mali, Maurícias, Senegal, África
do Sul, Togo, Tunísia e Zimbabué.

2013

De 21 a 28 de Janeiro, a União Africana realizou a sua 20ª Cimeira de Chefes de Estado


e de Governo em Adis Abeba, Etiópia, sob o tema “Pan-Africanismo e Renascença
Africana”. Não foram discutidas questões relacionadas com a não-proliferação ou
controlo de armas.

De 19 a 27 de Maio, a UA realizou a sua 21ª Cimeira na sede da UA em Adis Abeba,


Etiópia. Não foram discutidas questões relacionadas com a não-proliferação ou controlo
de armas.

2012

De 29-30 de Janeiro, a União Africana realizou a sua 18ª Sessão Ordinária da


Assembleia em Adis Abeba, Etiópia. Os Chefes de Estado e de Governo da UA
decidiram tomar medidas para “desenvolver recursos energéticos novos e renováveis a
fim de fornecer energia limpa, fiável, acessível e amiga do ambiente, bem como energia
nuclear para fins pacíficos, a fim de satisfazer de forma sustentável as necessidades
energéticas a longo prazo de África”.

De 9-16 de Julho, a União Africana realizou a sua 19ª Cimeira de Chefes de Estado e de
Governo da União Africana em Adis-Abeba, Etiópia, sob o tema “Impulsionar o
Comércio Intra-Africano”. Não foram discutidas questões relacionadas com a não-
proliferação ou controlo de armas.

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A 16 de Julho, a União Africana elegeu a Ministra dos Assuntos Internos sul-africana
Nkosazana Dlamini-Zuma como o novo presidente da Comissão da UA.

2011

A 21 de Janeiro, a 16ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana foi


aberta em Adis Abeba, Etiópia, sob o tema “Rumo a uma maior unidade e integração
através de valores partilhados”. A Assembleia manifestou profunda preocupação com os
recentes actos de terrorismo em todo o continente, e saudou as medidas tomadas para
enfrentar a ameaça de ataques terroristas, incluindo a nomeação de Francisco Madeira
como Representante Especial da UA para a Cooperação Antiterrorista, as decisões da
UA sobre a proibição de pagamentos de resgate a grupos terroristas, e uma reunião de
peritos dos Estados membros da UA em 15-16 de Dezembro de 2010 para analisar e
adoptar o projecto de Lei Modelo Africana sobre a Prevenção e Combate ao Terrorismo.

A Assembleia também manifestou o seu apoio à Primeira Conferência dos Estados


Partes na Zona Africana Livre de Armas Nucleares, realizada em Adis Abeba a 4 de
Novembro de 2010. A Assembleia apelou a todos os Estados que ainda não o tinham
feito a assinar e ratificar o Tratado da Zona Livre de Armas Nucleares (Tratado
Pelindaba) e a todos os Estados não africanos interessados a assinar e ratificar os
protocolos ao tratado.

No dia 4 de Maio realizou-se em Adis Abeba a Primeira Sessão Ordinária da Comissão


Africana de Energia Nuclear (ACNE). Os membros dos doze Estados da ACNE
abordaram questões significativas relacionadas com o funcionamento e estrutura da
Comissão, incluindo regras processuais para os seus programas, bem como a estrutura e
escala de avaliação do seu orçamento. Com a assistência da Comissão da UA, a Sessão
finalizará os documentos necessários para iniciar os programas do ACNE dentro das
próximas semanas. Abdul Samad Minty da África do Sul foi seleccionado como
Presidente do ACNE e Mourad Telmini da Tunísia como Vice-Presidente.

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No dia 23 de Junho, a 17ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União
Africana foi aberta em Malabo, Guiné Equatorial. O tema da cimeira foi “Acelerar o
Empoderamento da Juventude para o Desenvolvimento Sustentável”. Não foram
discutidas questões relacionadas com a não-proliferação ou controlo de armas. Um dos
resultados mais divulgados da cimeira foi a decisão da Assembleia de não cooperar com
o mandado de captura do Presidente líbio Muammar Qadhafi pelo Tribunal Penal
Internacional. A Assembleia também voltou a emitir o seu apelo para que o Conselho de
Segurança da ONU autorize uma missão de manutenção da paz na Somália, e reafirmou
o Consenso de Ezulwini e a Declaração de Sirte sobre a Reforma do Conselho de
Segurança das Nações Unidas. O Consenso de Ezulwini contém a posição comum
africana sobre conflitos interestatais, armas nucleares, radioactivas, químicas e
biológicas, terrorismo e manutenção da paz, entre outras coisas, em resposta ao
“Relatório do Painel de Alto Nível sobre Ameaças, Desafios e Mudança” do Conselho
de Segurança das Nações Unidas de 2005. Apela também à reforma institucional do
Conselho de Segurança, que é entendida como discriminatória contra os países
africanos.

A 9 de Julho, a República do Sul do Sudão tornou-se um Estado independente e entrou


automaticamente na União Africana como o 54º Estado membro.

Em 10 de Outubro, altos funcionários da União Africana e da União Europeia reuniram-


se em Adis Abeba para discutir formas de maximizar a utilização da ciência e
tecnologia para promover a inovação.

2010

Uganda acolheu a 15ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana
em 19-27 de Julho em Kampala. Mais de 35 Chefes de Estado e de Governo de toda a
África participaram na Cimeira de 3 dias.

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A 15ª Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana teve início a 25 de Julho. A
sessão centrou-se principalmente em questões fora do sector da não-proliferação. No
sector das infra-estruturas, contudo, a Assembleia assumiu compromissos para facilitar
o desenvolvimento de energias renováveis e fontes de energia nuclear, compreendendo
que as fontes de energia convencionais não são suficientes para satisfazer as crescentes
exigências.

A 4 de Novembro, a Comissão da União Africana convocou a Primeira Conferência dos


Estados Partes no Tratado da Zona Livre de Armas Nucleares Africanas na sede da UA
em Adis Abeba, Etiópia. Vinte e oito Estados Membros da UA Partes no Tratado de
Pelindaba participaram na conferência. Outros Estados Membros da UA que não são
Partes do Tratado também participaram como observadores, incluindo a República do
Congo, Jibuti, Egipto, Gana, Namíbia, República Árabe Saharaui Democrática, Sudão e
Uganda. As Partes nos Protocolos I, II e III do Tratado Pelindaba e as que se espera
venham a tornar-se Partes nestes instrumentos também participaram, especificamente a
China, França, Federação Russa, Espanha e Reino Unido. Outros participantes
incluíram representantes do Acordo de Cooperação Regional Africana para a
Investigação, Desenvolvimento e Formação relacionada com a Ciência e Tecnologia
Nuclear (AFRA), a AIEA, a CTBTO, bem como a UE e a ONU.

Participantes empenhados em discussões sobre a promoção da utilização segura e


pacífica da energia nuclear; segurança nuclear e combate ao tráfico ilícito; e a proibição
de testes de dispositivos explosivos nucleares. A Conferência apelou aos Estados
Membros da UA que ainda não o fizeram para assinarem e ratificarem o Tratado de
Pelindaba sem mais delongas. Apelou igualmente aos Estados não africanos a assinarem
e ratificarem os protocolos relevantes do Tratado de Pelindaba, a cumprirem todos os
compromissos nele contidos, e a absterem-se de qualquer acção que possa prejudicar os
seus objectivos.

O Comissário para a Paz e Segurança salientou o empenho da OUA/UA na


desnuclearização do continente africano, expressando a esperança da UA de que o
trabalho da Comissão Africana de Energia Nuclear (ACNE) ajude a alargar a zona livre
de armas nucleares para incluir outras regiões, tais como o Médio Oriente. Os Estados
Partes também decidiram sobre a sede e a adesão ao Grupo ACNE. Os 12 países
seleccionados para serem membros do Grupo ACNE foram: Argélia, Burkina Faso,

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Camarões, Etiópia, Quénia, Líbia, Mali, Maurícias, Senegal, África do Sul, Togo e
Tunísia. Os Estados partes também concordaram em estabelecer a sede do Grupo
ACNE na África do Sul. Outra reunião terá lugar nos próximos 6 meses para estabelecer
o orçamento, estrutura e actividades do ACNE.

2009

p>A 13ª Cimeira da União Africana, incluindo a 13ª Sessão Ordinária da Assembleia,
teve lugar de 24 de Junho a 3 de Julho em Sirte, Líbia. O tema foi “Investir na
Agricultura para o Crescimento Económico e a Segurança Alimentar”. Na cimeira, os
líderes africanos concordaram em transformar a Comissão da União Africana na
“Autoridade da União Africana”. A nova organização seria chefiada por um presidente
e teria um “papel reforçado na coordenação dos assuntos externos, comércio e políticas
de defesa”. Para que a Autoridade da UA venha a existir, todos os 53 estados africanos
terão de concordar com as alterações e ratificar uma versão emendada do Acto
Constitutivo da UA.

2008

A Décima Sessão Ordinária da Assembleia convocada de 31 de Janeiro a 2 de


Fevereiro. A Assembleia decidiu intensificar os esforços para promover a reforma do
Conselho de Segurança da ONU.

A Décima Primeira Cimeira da União Africana, incluindo a Décima Primeira Sessão


Ordinária da Assembleia, a Décima Sexta Sessão Ordinária do Comité de
Representantes Permanentes e a Décima Terceira Sessão Ordinária do Conselho
Executivo realizou-se em Sharm El Sheikh, Egipto, de 24 de Junho a 1 de Julho. O tema
foi “Cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio sobre Água e
Saneamento”. Não foram discutidas questões relacionadas com a não-proliferação ou
controlo de armas.

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2007

A Oitava Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em Adis


Abeba, Etiópia, a 22-30 de Janeiro. Os temas foram “Ciência, Tecnologia e Investigação
Científica para o Desenvolvimento” e “Alterações Climáticas em África”. Não foram
discutidas questões relacionadas com a não-proliferação ou controlo de armas. A
Assembleia nomeou a República do Gana para a Presidência da União Africana para
2007.

2006

A Sexta Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em Cartum,


Sudão, a 23-24 de Janeiro. A assembleia felicitou os 10 países eleitos para o Conselho
de Paz e Segurança para um mandato de dois anos. Além disso, a assembleia solicitou
que o Conselho de Paz e Segurança colocasse uma maior ênfase na prevenção de
conflitos e na resolução pós-conflito. Foram também tomadas decisões sobre as
reformas das Nações Unidas. Essas decisões incluíram uma renovação do mandato do
Comité dos Dez estabelecido para promover e apoiar a Posição Africana Comum para
impulsionar a reforma da ONU e um pedido de um relatório de progresso para a
próxima Sessão Ordinária da Assembleia em Julho.

A Sétima Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em Banjul, na


Gâmbia, em 1-2 de Julho. O presidente da Comissão da União Africana, S.E. o Sr.
Alpha Oumar Konare, no seu discurso de abertura, apelou à ratificação do Tratado
Pelindaba pelos 28 estados membros que ainda não o tinham feito. Foram tomadas
resoluções que afectam o Conselho de Paz e Segurança; apelando a uma maior ênfase
na prevenção de conflitos e garantindo a implementação do Quadro Continental de Paz
e Segurança.

2005

p>A Quarta Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana, realizada em Abuja,


Nigéria, a 30-31 de Janeiro, adoptou decisões relacionadas com questões de segurança
não tradicionais, com conflitos na Costa do Marfim, República Democrática do Congo,
Sudão, Somália, e com o Pacto de Não Agressão e Defesa Comum da União Africana.

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A Sétima Sessão Extraordinária do Conselho Executivo realizou-se a 7-8 de Março em
Adis Abeba, Etiópia. A sessão formulou uma Posição Africana Comum sobre a
Proposta de Reforma das Nações Unidas ou o “Consenso de Ezulwini”. Este consenso
continha elementos sobre o desafio do combate ao conflito interestatal, a proliferação de
armas convencionais, o terrorismo, e a manutenção da paz, recomendando a
implementação do Tratado Pelindaba entre outras reformas de segurança. Além disso, o
consenso defendia a reforma institucional das Nações Unidas, apontando a falta de
representação do continente e solicitando uma expansão do Conselho de Segurança para
incluir a atribuição à África de dois lugares permanentes com poder de veto e cinco
lugares não permanentes.

A Quinta Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em Sirte,


Líbia, a 4-5 de Julho. As observações de abertura foram feitas por Mu’ammer al-
Qaddafi, o presidente da Líbia. Durante a sessão, a Assembleia estabeleceu a
Declaração de Sirte sobre a Reforma das Nações Unidas, que enfatizou a necessidade de
reformas institucionais para atribuir uma maior representação do continente no
Conselho de Segurança e na Assembleia Geral das Nações Unidas.

2004

A Segunda Sessão Extraordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em


Sirte, Líbia, de 27 a 28 de Fevereiro. A sessão adoptou a Declaração Solene sobre uma
Política Africana Comum de Defesa e Segurança. A declaração detalhada define os
conceitos de defesa e segurança, estabelece as ameaças à segurança comum, e declara
os objectivos e metas de uma política de defesa e segurança comum.

A primeira sessão do Parlamento Pan-Africano da União Africana realizou-se a 18 de


Março sob a liderança da Presidente Gertrude Mongella da República Unida da
Tanzânia. Os objectivos do Parlamento Pan-Africano incluíam a facilitação da
implementação efectiva das políticas e objectivos da União Africana e a promoção da
paz, segurança e estabilidade.

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Em 25 de Maio, a União Africana criou o Conselho de Paz e Segurança a fim de
trabalhar para a prevenção, gestão e resolução de conflitos. Na primeira reunião do
Conselho de Paz e Segurança, foi tomada a decisão de enviar missões de cessar-fogo
para o Sudão e Somália.

A Quinta Sessão Ordinária do Conselho Executivo da União Africana reuniu-se em


Adis Abeba, Etiópia, a 30 de Junho – 3 de Julho. Foram emitidas decisões sobre o
Projecto de Protocolo à Convenção da OUA sobre a Prevenção e Combate ao
Terrorismo, sobre o Centro Africano de Estudos e Investigação sobre Terrorismo, sobre
uma Posição Comum Africana sobre Minas Terrestres Antipessoal, e sobre as crises no
Sudão, Burundi, Guiné Equatorial, Processo de Paz Etiópia-Eritreia, e República
Democrática do Congo.

A Terceira Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em Adis-


Abeba, Etiópia, a 6-8 de Julho. A assembleia tomou decisões relacionadas com a
“operacionalização” do protocolo relativo ao estabelecimento de um Conselho de Paz e
Segurança. Os Estados Membros que não tinham assinado ou ratificado o protocolo
foram instados a fazê-lo.

2003

A Segunda Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana realizou-se em Maputo,


Moçambique, a 10-12 de Julho. A sessão adoptou várias decisões relacionadas com a
paz e segurança:

AU/6 (II), “Decisão sobre a Política Africana de Defesa e Segurança” solicita à


comissão que realize novas consultas com todos os interessados, incluindo ministros
responsáveis pela defesa e segurança e peritos jurídicos, com o objectivo de finalizar a
Política Africana Comum de Defesa e Segurança a tempo de ser considerada pela
próxima sessão da Assembleia, ou numa Sessão Extraordinária da Assembleia.

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AU/8(II) Adicionar. 11, “Decisão sobre a Elaboração de um Código de Conduta sobre
Terrorismo” sublinha a necessidade de estabelecer um código de conduta sobre
contraterrorismo e reconhece que a importância de tal código deve facilitar e promover
negociações para a elaboração de uma Convenção Global sobre Terrorismo.

AU/15(II), “Decisão sobre o Terrorismo em África” exprime preocupação com a


crescente ameaça representada pelo terrorismo internacional.

Com o depósito do instrumento de ratificação pela República da Nigéria, o protocolo


relativo à criação do Conselho de Paz e Segurança entrou em vigor a 26 de Dezembro.
O Conselho de Paz e Segurança é um órgão de decisão colectiva e de alerta para a
prevenção, gestão e resolução de conflitos.

2002

p>A Sessão Especial do Conselho de Ministros da OUA dedicada à União Africana,


que teve lugar em Durban, África do Sul, em Julho, abordou várias questões, incluindo
o relatório de progresso do Secretário-Geral sobre a implementação das tarefas-chave
relacionadas com a transição da OUA para a União Africana; a finalização do Projecto
de Regulamento Interno da Assembleia, do Conselho Executivo e do Comité de
Representantes Permanentes; o Estatuto da Comissão da União Africana; e a
consideração do protocolo relativo à criação do Conselho de Paz e Segurança da União
Africana.

A primeira reunião de 1 de Julho deliberou extensivamente sobre o Projecto de


Protocolo Relativo à Criação da União Africana, o estabelecimento de um Conselho de
Paz e Segurança (PRC), que substituiria o antigo Mecanismo de Prevenção, Gestão e
Resolução de Conflitos da OUA. No final das suas deliberações, entre outras coisas,
parecia ter surgido um consenso sobre vários aspectos chave do protocolo,
nomeadamente sobre a necessidade de estabelecer um Conselho de Paz e Segurança
com capacidade para agir rapidamente no que diz respeito aos conflitos em partes do
continente. A sessão da tarde foi dedicada exclusivamente à discussão do Projecto de
Regulamento da Assembleia, do Conselho Executivo, do Comité de Representantes
Permanentes e do Estatuto da Comissão.

19
2001

O Acto Constitutivo da UA entrou em vigor a 26 de Maio depois da Nigéria ter


depositado o 36º instrumento de ratificação a 26 de Abril de 2000. Na Cimeira de Julho
em Lusaka, Zâmbia, os membros da OUA aprovaram um plano para transformar a OUA
na UA no ano seguinte.

2000

Na Cimeira da OUA em Lome, 27 países africanos assinaram o Acto Constitutivo da


UA. O Acto Constitutivo previa o estabelecimento da UA para alcançar uma maior
unidade e solidariedade entre os países africanos e os povos de África; defender a
soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados Membros; acelerar a
integração política e socioeconómica do continente; e promover a paz, segurança e
estabilidade no continente. A lei também previa a criação de várias instituições,
incluindo o Parlamento Pan-Africano; Tribunal de Justiça; instituições financeiras,
incluindo o Banco Central Africano; Fundo Monetário Africano; e Banco Africano de
Investimento.

De acordo com a lei, a criação da UA seria concluída com o depósito do 36º


instrumento de ratificação do Acto Constitutivo da União Africana e entraria em vigor
30 dias após o depósito dos instrumentos de ratificação por dois terços dos Estados-
Membros da OUA.

Historial da UA

1963

25 de maio: 30 Estados africanos independentes fundam a Organização da Unidade


Africana (OUA) na capital da Etiópia, Addis Abeba. O objetivo: promover a unidade do
continente e defender a soberania e integridade territorial dos seus membros. Nesse
mesmo ano, a OUA cria na Tanzânia um chamado "Comité de Libertação", que apoiou
a luta contra o poder da minoria branca na Namíbia e na África do Sul.

20
1976

O ditador militar do Uganda Idi Amin proclama-se Presidente vitalício. O regime


repressivo de Amin terá provocado a morte de 400 mil pessoas e levou ao limite a
política de não interferência da OUA.

1980

A OUA adota o "Plano de Ação de Lagos", na Nigéria. O seu objetivo é aumentar a


cooperação regional e lançar a primeira pedra para uma Comunidade Económica
Africana. Porém, inicialmente o plano não passou do papel.

1985

Marrocos sai oficialmente da OUA em protesto contra a entrada da "República Árabe


Sarauí Democrática" (Saara Ocidental) na organização em 1982. O movimento Frente
Polisário declarara a independência de Marrocos unilateralmente, tendo proclamado a
República e estabelecido um governo no exílio.

1989

A "Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos" da OUA inicia os seus
trabalhos.

Gipfel Afrikanische Union Addis AbebaGipfel Afrikanische Union Addis Abeba

Cimeira da UA em Addis Abeba, na EtiópiaFoto: dapd

1991

Os Estados da OUA criam a Comunidade Económica Africana (CEA) com o objetivo


de formar um mercado único africano até 2025. A organização tomou como exemplo a
Comunidade Económica Europeia, precursora da União Europeia.

21
1994

Depois do fim do regime do "apartheid", a República da África do Sul torna-se membro


da organização.

1999

Numa cimeira extraordinária em Sirte, na Líbia, a OUA apela à criação de uma União
Africana por iniciativa do antigo líder líbio, Mouammar Kadhafi. A ideia era a
formação de um grupo de Estados com objetivos políticos comuns, similar à União
Europeia.

2000

O início de uma nova era: Numa reunião em Lomé, no Togo, os chefes de Estado e de
Governo da OUA assinam o Ato Constitutivo da União Africana (UA). Segundo o
Artigo 30 do documento, os governos que cheguem ao poder através de meios
inconstitucionais serão suspensos da União.

2001

A OUA passa a chamar-se oficialmente União Africana e tem, entretanto, 53 membros.


Marrocos continua fora do grupo, devido à persistência do conflito no Saara Ocidental.
A OUA e a UA coexistem durante um período de transição de dois anos. Os principais
órgãos da União Africana são a Assembleia de chefes de Estado e de Governo e a
Presidência rotativa anual. A "Comunidade Económica Africana" torna-se parte da UA.

2002

Tem lugar a cimeira inaugural da União Africana em Durban (África do Sul). A sede da
UA é em Addis Abeba (Etiópia).

22
2003

A UA tem agora um Conselho de Segurança, a exemplo das Nações Unidas. O órgão é


composto por 15 representares eleitos dos Estados-membros e pode conduzir
intervenções militares e missões de paz em África – mesmo contra a vontade de algum
membro.

Neues Hauptquartier der Afrikanischen Union AU in Addis AbebaNeues Hauptquartier


der Afrikanischen Union AU in Addis Abeba

Nova sede da União Africana em Addis AbebaFoto: picture-alliance/dpa

2004

A UA inaugura o "Parlamento Pan-africano", com sede em Midrand (África do Sul). O


órgão é constituído, entretanto, por 265 representantes eleitos dos Estados-membros. O
Parlamento deve colocar na prática a política e os objetivos da UA, promovendo a
democracia e o desenvolvimento económico. O Parlamento Pan-africano possui apenas
uma função consultiva, não tendo poderes legislativos. Também em 2004, a UA envia
tropas para a região sudanesa do Darfur no âmbito da AMIS (Missão da União Africana
no Sudão) e da UNAMID (Missão das Nações Unidas no Darfur).

2005

A Somalilândia, um Estado não reconhecido internacionalmente, que abrange a parte


norte da Somália, pede para aderir à UA. Porém, não está prevista a sua entrada na
organização.

2006

A resolução 1725 do Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou o envio da


Missão da União Africana para a Somália (AMISOM). Até ao final de 2012 são
aumentadas as tropas para a proteção do regime somali – até 17 mil soldados.

23
2009

O líder líbio Mouammar Kadhafi torna-se Presidente da União Africana, na sequência


do princípio de rotatividade da organização. Durante a sua Presidência, Kadhafi
promove entusiasticamente a sua visão de uns "Estados Unidos de África". A África do
Sul foi quem mais se opôs ao conceito.

2012

A ministra do Interior da África do Sul, Nkosazana Dlamini-Zuma, torna-se a primeira


mulher a liderar a Comissão da UA, pela primeira vez na história da organização.

2013

A UA tem 54 membros – todos os Estados africanos, exceto Marrocos. O Saara


Ocidental é membro pleno da UA, mas não é membro das Nações Unidas e também não
reúne o consenso de todos – a região não é reconhecida como Estado pela maior parte
dos membros da União Africana. A República Centro-Africana foi suspensa da
organização em março, devido a um golpe militar. Também a Guiné-Bissau e o
Madagáscar estão suspensos.

Os objetivos da UA são os seguintes:

Alcançar maior unidade, coesão e solidariedade entre os países e nações africanas.

Defender a soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados-Membros

Acelerar a integração política e sócio-económica do continente.

Promover e defender posições africanas comuns em problemas de interesses para o


continente e as suas pessoas.

Encorajar cooperação internacional, tendo em conta a Carta das Nações Unidas e a


Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Promover paz, segurança, e estabilidade no continente.

Promover princípios e instituições democráticas, participação popular e boa governação.

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Promover e proteger os direitos humanos e dos povos de acordo com a Carta Africana
dos Direitos Humanos e dos Povos e outros instrumentos de direitos humanos
relevantes.

Estabelecer as condições necessárias que permite o continente ter o seu papel justo na
economia global e em negociações internacionais.

Promover desenvolvimento sustentável a níveis económicos, sociais e culturais como


também a integração das economias africanas.

Promover co-operações em todos os campos de atividade humana para aumentar os


padrões de vida das pessoas africanas.

Coordenar e harmonizar as políticas entre Comunidades Económicas Regionais


existentes e futuras, para a realização gradual de objetivos da União.

Avançar o desenvolvimento do continente promovendo pesquisa em todos os campos,


em particular na ciência e tecnologia.

Trabalhar com parceiros internacionais relevantes na erradicação de doenças evitáveis e


a promoção de boa saúde no continente.

A União Africana é composta por tanto organismo políticos como administrativos. O


órgão com o maior poder de decisão é a Assembleia da União Africana, composta por
todos os chefes de estado ou governo dos estados-membros da UA. A Assembleia é
presidida por Félix Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo. A UA
também tem um órgão representativo, o Parlamento Pan-Africano, que consiste de 265
membros eleitos pelas legislaturas dos estados-membros da UA. O seu presidente é
Roger Nkodo Dang.

A 15 de julho de 2012, Nkosazana Dlamini-Zuma ganhou um voto fortemente


constestado para se tornar na primeira chefe da Comissão da União Africana,
substituindo Jean Ping, do Gabão.

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Outras estruturas da UA são hospedadas por diferentes estados-membros:

a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos baseia-se em Banjul, Gâmbia;
e a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África e os Secretariados APRM e o Pan-
Africano são em Midrand, África do Sul

A primeira intervenção da UA num estado-membro foi o destacamento em maio de


2003 de uma força de paz de soldados da África do Sul, Etiópia, e Moçambique para
Burundi para supervisionar a implementação de vários acordos. Tropas da UA também
foram destacadas para o Sudão para manter a paz durante o Conflito de Darfur, antes da
missão ser passada para as Nações Unidas a 1 de janeiro de 2008 via UNAMID. A UA
também mandou uma missão de manutenção de paz para a Somália, consistindo de
tropas de Uganda e Burundi.

A UA adotou um número de novos documentos importantes estabelecendo normas a um


nível continental, para suplementar os que já existiam quando foi criada. Este incluem a
Convenção da União Africana para Prevenir e Combater Corrupção (2003), a Carta
Africana sobre Democracia, Eleições e Governação (2007), Nova Parceria para o
Desenvolvimento da África (NEPAD) e a sua associada Declaração de Democracia,
Governação Política, Económica e Corporativa.

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CONCLUSÃO

Segundo algumas investigações feitas a respeito do nosso tema concluímos que; a


União Africana (UA) foi formalmente instituída em Julho de 2001. As razões de sua
criação foram anunciadas, em Setembro de 1999, na “Declaração de Sirte” dos Chefes
de Estado e de Governo da antiga Organização da Unidade Africana: acelerar o
processo de integração regional; promover e consolidar a unidade do continente;
fomentar a união, a solidariedade e a coesão; eliminar o flagelo dos conflitos; e habilitar
a África a fazer face aos desenvolvimentos políticos, económicos e sociais da ordem
internacional.

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