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INTRODUÇÃO

A Comunidade da África Oriental (East African Community - EAC), cujo acrónimo


é CAO, é a organização intergovernamental das repúblicas do Quénia, Uganda e
da Tanzânia, e mais recentemente, das do Burundi e Ruanda.

Tem a sua sede em Rodovia Afrika Mashariki, Arusha, República Unida da Tanzânia


(África Oriental), como idiomas oficiais da Comunidade da África Oriental (EAC) tem
o suaíli e o inglês, sua população é de aproximadamente 169 milhões de pessoas, foi
criada em 1967, e tem como Banco de Desenvolvimento da África Oriental.

Bloco económico e seu objectivo

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I. ECONOMIA DA REGIÃO

Juntos, os 5 paises da África Oriental cobrem uma superfície de 1,82 milhões de


quilómetros quadrados e tem uma populacao a mais de 133 milhões de pessoas que
compartilham história, língua, cultura e infoestruturas.

Estas vantagens oferecem aos Estados associados um enquadramento único para a


cooperação e a integração regional. O PIB dos cinco países é de usd 84.7 mil milhões e
um PIB médio per capita de usd 558.
O valor do comércio intra-EAC cresceu em 21.9 por cento a usd 5.470,7 milhões em
2012 em comparação com usd 4.486,0 milhões registados em 2011 o crescimento
atribui-se em grande parte ao acréscimo das importações e exportações que cresceram
um 20.6 por cento e 22.9 por cento, respectivamente.
Tanzânia e Ruanda registaram acréscimos em suas quotas de comércio intra EAC total,
enquanto a do Quénia, Uganda e Burundi diminuiu. Apesar da diminuição da quota,
Quénia seguiu dominando, o que representa ao redor de 36 por cento do comércio intra-
EAC total.

II. LUCROS DA EAC


O principal lucro foi a implementação de medidas de fomento da confiança que
estimulam e vigorizam os esforços dos Estados membros em sua busca da integração
regional. Os Estados associados alargaram o espírito e melhoraram a base da
comunidade desde a ombreira inicial da mera cooperação a um nível mais alto de
integração, com o objectivo final de federação politica.

As negociações para a União Monetária da África Oriental, que começaram em 2011, e


o surgimento rápido de processos para a Federação da África Oriental sublinham a
determinação seria dos dirigentes da África do Leste e dos cidadãos para construir um
bloco económico e politico da África do Leste potente e sustentável.

III. RESUMO DOS LUCROS E SUCESSOS DA EAC


i. Económicos
1. Estabelecimento da União Alfandegaria da Comunidade da África Oriental;
2. Estabelecimento do Mercado Comum da Comunidade da África Oriental;
3. Convertibilidade das moedas do Quénia, Tanzânia e Uganda;
4. Desenvolvimento dos mercados de capitais;
5. Os projectos de desenvolvimento de Infra-estrutura conjunta (por exemplo,
Arusha-Namanga-Athi River Road);
6. Harmonização das normas para os bens produzidos no este da África;

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7. Redução das barreiras comerciais nacionais;
8. Implementação de desconto arancelario preferencial;
9. Livre circulação de estoques.

IV. OBJECTIVOS

1. Aprofundar a cooperação entre os Estados-membros nos campos político, econômico


e social, entre outros, como forma de contribuir para o seu desenvolvimento;
2. O Quénia, a Tanzânia e o Uganda têm uma longa história de arranjos de integração
regional, que incluíram:

- A União Aduaneira entre o Quénia e o Uganda em 1917, à qual se juntou


o Tanganica em 1927;

- A "Alta Comissão do Leste Africano" (East African High Commission) (1948-1961),


uma unidade administrativa do Império Britânico;

- A primeira Comunidade da África Oriental (1967-1977)

- A Comissão Tripartida Permanente para a Cooperação entre os Estados da África


Oriental (1993- 2000).
- Depois da dissolução da primeira Comunidade da África Oriental, em 1977, os três
Estados negociaram um Acordo de Mediação para a Divisão do Activo e Passivo, que
assinaram em 1984. Este acordo incluía uma cláusula na qual os signatários
concordavam em explorar áreas de futura cooperação, sob a forma de acordos
concretos. Reuniões subsequentes dos três chefes de Estado levaram à assinatura dum
Acordo para o Estabelecimento duma Comissão Tripartida Permanente para a
Cooperação entre os Estados da África Oriental, a 30 de Novembro de 1993. Em 14 de
Março de 1996, o Secretariado da Comissão Tripartida Permanente foi instalado em
Arusha, na Tanzânia.
- Em 29 de Abril de 1997, os três chefes de Estado deram orientações à Comissão
Tripartida Permanente para iniciar o processo de rever o Acordo que a estabelecia e
transformá-lo num Tratado para o Estabelecimento da Comunidade da África Oriental,
que foi assinado em Arusha, aos 30 de Novembro de 1999 e entrou em vigor a 7 de
Julho de 2000.

O Burundi e o Ruanda foram admitidos no seio da CAO na cimeira de 30 de Novembro


de 2006, tendo-se tornado membros em 18 de Junho de 2007.

- A criação de um mercado comum;

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- Prolongar e aprofundar a cooperação entre os países parceiros, entre outros, nos
domínios político, económico e social para benefício mútuo.

- Nesta medida, os países da Comunidade da África Oriental (EAC) estabeleceu


uma União aduaneira e estão trabalhando para a criação de um Mercado Comum,
posteriormente de uma União Monetária, e finalmente, de uma Federação Política;

- O Banco de Desenvolvimento da África Oriental foi estabelecido em 1967. Na


sequência do desmembramento da comunidade em 1977, o Banco foi restabelecido em
1980;

- O Banco de Desenvolvimento da África Oriental é propriedade dos quatro países-


membros (o Quénia, o Uganda, a Tanzânia e o Ruanda). Outros acionistas incluem
o Banco Africano de Desenvolvimento, a Companhia do Desenvolvimento e Finanças
(Países Baixos), o investimento e Desenvolvimento de empresas (Alemanha), SBIC- A
África Holdings, o Banco Comercial de África;

Todos os países da Comunidade da África Oriental (EAC) são membros do Acordo de


Livre Comércio Tripartido COMESA-EAC-SADC.

V. PRINCIPAIS CIDADES DA COMUNIDADE

1. Burundi: Bujumbura;
2. Quénia: Nairóbi, Mombasa, Kisumu, Nakuru, Eldoret;
3. Ruanda: Kigali, Butare, Gisenyi;
4. Uganda: Kampala, Mbarara, Gulu;
5. Sudão do Sul: Juba;
6. Tanzânia: Dodoma, Dar es Salaam, Mwanza, Arusha.

VI. PERSPECTIVAS E PROGRESSOS

A Comunidade da África Oriental realizou a sua 6ª Cúpula Extraordinária em Arusha,


Tanzânia. A Cúpula realçou que a República do Burundi e a República do Ruanda,
aderiram à Comunidade, tinham finalizado o processo de adesão com o depósito dos
instrumentos de ratificação dos acordos de Adesão junto ao Secretário-geral. A Cúpula
realizou uma sessão especial sobre as estratégias necessárias para acelerar o
desenvolvimento de infra-estruturas regionais.

A Cúpula apoiou igualmente a cooperação tripartida entre a Comunidade da África


Oriental, o Mercado Comum da África Oriental e Austral e a  Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral na harmonização das políticas e dos programas das
três instituições. Solicitou ainda aos Estados-membros a conciliar a sua legislação sobre
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o investimento estrangeiro directo (IED) com o Código do investimento Padrão da
Comunidade da África Oriental.

O Doutor Reginald Mengi é Diretor do Conselho Empresarial da África


Oriental. Bethwell Allan Ogot foi membro da Assembleia Legislativa da Comunidade
da África Oriental (EAC).

Em 20 de Junho de 2016, o Conselho autorizou, em nome da UE, a assinatura e a


aplicação provisória do acordo de parceria económica (APE) entre a UE e a
Comunidade da África Oriental (CAO).

Os acordos de parceria económica destinam-se a reforçar a integração regional e o


desenvolvimento económico nos países ACP (África, Caraíbas e Pacífico). Estes
acordos baseiam-se no princípio da abertura assimétrica dos mercados, o que significa
que proporcionam aos parceiros ACP um acesso melhor ao mercado da UE.
Nomeadamente, oferecem oportunidades de mercado sem precedentes para os produtos
agrícolas e da pesca. Os APE substituem o anterior regime de acesso ao mercado de
preferências unilaterais para os países ACP.

VII. PROGRESSOS DE INTEGRAÇÃO DE ÁFRICA


i. CONVERGÊNCIA MACROECONÓMICA

Várias Comunidades Económicas Regionais - CERs, tais como a EAC, CEDEAO,


COMESA e a SADC criaram programas de convergência macroeconómica com várias
metas e objectivos, que conduzem, em última análise, à criação das uniões monetárias.

Os parâmetros de convergência destacam, nomeadamente a consecução da estabilidade


macroeconómica e disciplina fiscal, através de regimes de taxas de câmbios prudentes, a
baixa inflação e défice orçamental, a liberalização da conta corrente e de capital, a
harmonização das políticas fiscais e, sobretudo, as taxas sustentáveis de crescimento
económico consistentes com as metas para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio (ODM) até ao de 2015. A EAC, em particular, deu passos significativos
neste domínio, tendo definido 2012 como ano para a adopção da sua união monetária.

A região já tem meio caminho andado para a negociação do protocolo e prevê-se que as
conversações sobre o processo tenham um ritmo maior em 2012. Para a adopção da
moeda comum na EAC, os Estados-membros da região devem negociar de modo a
chegarem a um acordo sobre os 85 artigos. Até à data, 15 artigos já foram negociados e
aprovados e outros 24 artigos discutidos no final de 2011, restando por discutir os
outros 46 artigos. Os benefícios de uma moeda única seriam o aumento na concorrência
global na região, bem como a estabilização das flutuações da moeda. Para assegurar
uma união monetária forte e bem sucedida é igualmente necessário que os cinco países
da EAC harmonizem as suas economias. É ainda pertinente salientar que os outros
órgãos regionais, como a UEMOA e a CEMAC, embora não sejam tecnicamente
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considerados como CERs no contexto da UA, já são Uniões Monetárias com moedas
únicas.

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VIII. ANEXO

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IX. BIBLIOGRAFIA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_da_%C3%81frica_Oriental

https://www.hauniversity.org/pt/EAC.shtml

http://pt.reingex.com/EAC-Comunidade-da-Africa-Oriental.asp

https://www.consilium.europa.eu/pt/press/press-releases/2016/06/20/fac-eac-epa/
20/6/2016

portal de ensino superior da EENI Global Business School (Escola de Negócios)

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