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AULA 01
Nos negócios jurídicos, de uma forma geral, os efeitos jurídicos são escolhidos
pelas partes envolvidas, como, por exemplo, na celebração do contrato de
compra e venda (princípio da autonomia privada). Tais acordos são marcados,
também, pela consensualidade, excluindo-se, portanto, as orientações
obrigatórias.
Por fim, os atos jurídicos em sentido estrito são praticados livremente pelos
particulares, no entanto, os efeitos são pré-determinados pelo ordenamento.
Ou seja, os efeitos realizam-se independentemente de os particulares assim
desejarem.
Além dos atos jurídicos voluntários, a doutrina aponta a existência dos atos-
fatos jurídicos. O ato-fato jurídico são os fatos que decorrem da conduta
humana, porém, essa conduta é destituída de vontade. A doutrina apresenta-
nos, como exemplo, a prescrição e a decadência. São institutos que produzem
efeitos jurídicos, em razão da soma de dois elementos, que são o decurso do
tempo e a inércia do titular do direito. Desse modo, não representam nem
evento da natureza nem conduta material. Enfim, são atos humanos que
surgem casualmente, sem que o emissor tenha pretendido editá-lo. Abaixo,
segue exemplo do autor Celso Antônio:
Fixação
Comentários:
Os agentes públicos não são livres para escolher os efeitos jurídicos que
decorrerão do ato administrativo, estando estes preordenados pelo
ordenamento jurídico. Consequentemente, o ato administrativo é espécie do
gênero ato jurídico em sentido estrito.
Como sobredito, a morte de servidor tem repercussão jurídica, sendo, por isso,
fato administrativo; agora, se o servidor cai da escada de órgão público e
rapidamente se levanta, sem qualquer consequência jurídica, por ocorrer
dentro da Administração, dá-se o fato da Administração.
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Fixação
Curso Teórico de Direito Administrativo para o TRT GO Profº Cyonil Borges –
AULA 01
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Fixação
administrativo
Assinale a assertiva que não pode ser caracterizada como ato a) Semáforo na
cor vermelha. b) Queda de uma ponte. c) Emissão de Guia de Recolhimento da
União eletrônica. d) Protocolo de documento recebido em órgão público. e)
Instrução Normativa da Secretaria de Patrimônio da União.
Comentários:
Fixação
Nos negócios jurídicos, de uma forma geral, os efeitos jurídicos são escolhidos
pelas partes envolvidas, como, por exemplo, na celebração do contrato de
compra e venda (princípio da autonomia privada). Tais acordos são marcados,
também, pela consensualidade, excluindo-se, portanto, as orientações
obrigatórias.
Por fim, os atos jurídicos em sentido estrito são praticados livremente pelos
particulares, no entanto, os efeitos são pré-determinados pelo ordenamento.
Ou seja, os efeitos realizam-se independentemente de os particulares assim
desejarem.
Além dos atos jurídicos voluntários, a doutrina aponta a existência dos atos-
fatos jurídicos. O ato-fato jurídico são os fatos que decorrem da conduta
humana, porém, essa conduta é destituída de vontade. A doutrina apresenta-
nos, como exemplo, a prescrição e a decadência. São institutos que produzem
efeitos jurídicos, em razão da soma de dois elementos, que são o decurso do
tempo e a inércia do titular do direito. Desse modo, não representam nem
evento da natureza nem conduta material. Enfim, são atos humanos que
surgem casualmente, sem que o emissor tenha pretendido editá-lo. Abaixo,
segue exemplo do autor Celso Antônio:
Fixação
Os atos administrativos estão completamente dissociados dos atos jurídicos,
pois os primeiros referem-se sempre à atuação de agentes públicos, ao passo
que os segundos abrangem também os atos praticados por particulares.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Os agentes públicos não são livres para escolher os efeitos jurídicos que
decorrerão do ato administrativo, estando estes preordenados pelo
ordenamento jurídico. Consequentemente, o ato administrativo é espécie do
gênero ato jurídico em sentido estrito.
Como sobredito, a morte de servidor tem repercussão jurídica, sendo, por isso,
fato administrativo; agora, se o servidor cai da escada de órgão público e
rapidamente se levanta, sem qualquer consequência jurídica, por ocorrer
dentro da Administração, dá-se o fato da Administração.
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Fixação
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Os atributos são características que singularizam os atos administrativos,
diferenciando-os dos atos de Direito Privado. Os fatos administrativos, por sua
vez, não gozam de presunção de legitimidade.
Gabarito: ERRADO.
Fixação
administrativo
Assinale a assertiva que não pode ser caracterizada como ato a) Semáforo na
cor vermelha. b) Queda de uma ponte. c) Emissão de Guia de Recolhimento da
União eletrônica. d) Protocolo de documento recebido em órgão público. e)
Instrução Normativa da Secretaria de Patrimônio da União.
Comentários:
Fixação
Comentários:
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AULA 02 - PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
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2. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Por sua vez, aos agentes públicos, dos mais variados níveis de atuação, a
ordem jurídica confere prerrogativas diferenciadas, a serem utilizadas para a
consecução dos interesses legítimos da sociedade. A esse conjunto de
prerrogativas de Direito Público a que a ordem jurídica confere aos agentes
públicos, no desempenho de tarefas de Administração Pública, para o fim de
permitir que o Estado alcance seus fins, denomina-se
Poderes da Administração.
Claro que nem tudo é ou são flores! Em contrapartida, por tutelarem interesses
coletivos, impõe-se aos agentes públicos, de modo geral, uma série de
deveres. Em determinadas hipóteses, pode-se afirmar que os Poderes
Administrativos convertem-se em verdadeiros deveres administrativos.
Sinteticamente:
Pode o administrador escolher entre punir ou não punir? Claro que não! Ou
seja, o poder disciplinar é nitidamente um dever-poder de agir.
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De fato, enquanto na esfera privada o poder é faculdade daquele que o detém,
no setor público representa um dever do administrador para com a comunidade
que representa. Hely Lopes fala, então, em poderdever de agir:
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Todavia, o dever de obediência não é irrestrito! O cumprimento de ordem ilegal
pode acarretar para o servidor, conforme o caso, responsabilidade disciplinar,
civil e, quiçá, criminal.
Fixação
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(A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de
Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores.
(D) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por
se tratar de acordo entre entidades estatais.
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Por fim, o dever de probidade, traduzido no princípio da probidade, tem
previsão expressa no texto constitucional (art. 37, § 4.º, da CF), em que a
prática de atos de improbidade pode acarretar, por exemplo, a perda da função
pública e a suspensão dos direitos políticos.
O dever de probidade exige que os atos dos agentes públicos sejam legítimos,
éticos, não sendo suficiente o atendimento da lei formal, mas, sobretudo, a
observância da moralidade administrativa e da finalidade pública.
Por sua importância, o dever de probidade mereceu, ainda, Lei própria, a Lei
8.429/1992, a qual trata dos atos que geram enriquecimento ilícito, dos que
causam prejuízo ao erário, ou ainda daqueles que ferem princípios da
Administração. Tais atos ímprobos podem ser invalidados pela própria
Administração, com base no princípio da autotutela, como também pelo Poder
Judiciário, se provocado.
Fixação
3 Se você marcou letra “A”, volta e releia a matéria. A resposta é letra “D”.
Poder Independente é Poder Estrutural, é Poder da República, portanto,
imanente do Estado.
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Fixação
(A) conduta ética. (B) eficiência. (C) obediência. (D) lealdade. (E) fidelidade.
(C) o poder tem, para o agente público, o significado de dever para com a
comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que, quem o detém está
sempre na obrigação de exercitá-lo.
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e) configuram um imperativo moral a que todo cidadão está obrigado.4
(Parte 1 de 8)
1. 1
Mas, atenção: o juízo discricionário de forma alguma pode ser confundido com
um “livre arbítrio”, ou, ainda, arbitrariedade.
4 Gabarito: Letra C.
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determinará a construção da creche? Será que o Prefeito precisa construir
escolas? Ou lhe é preferível a pavimentação das vias públicas?
Professor, li, em algum lugar, que o Poder Judiciário não pode controlar os atos
discricionários. Isso é verdade? É só meio verdade! Vejamos.
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de opção do agente público, especialmente levando-se em consideração os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Discricionariedade Arbitrariedade
Liberdade de ação administrativa, dentro dos limites estabelecidos pela Lei.
Ação contrária ou excelente à lei.
Ato legal e válido, quando autorizado pela Lei. Sempre ilegítimo e inválido.
Nos termos da Lei 8.112, de 1990, a licença capacitação poderá ser concedida,
a critério da Administração, para que um servidor faça um curso ligado às
atribuições de seu cargo.
I) Apontados pela Lei, nos termos do art. 87: curso ligado às atribuições do
cargo, com duração de até três meses, e
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I) A própria lei concede a possibilidade à Administração de agir de forma
discricionária, como no caso de remoção de ofício do servidor, para atender
necessidade de serviço;
I) A lei é omissa, dado que não há viabilidade de se prever por meio de normas
de cunho geral e abstrato todas as hipóteses que surgirão para a decisão
administrativa;
I) A lei prevê certa competência, mas não a conduta a ser adotada, diante de
determinada situação. Melhor exemplo a ser dado no que se a este caso é em
matéria de poder de polícia, para o exercício do qual é impossível traçar todas
as condutas possíveis diante de lesão ou ameaça de lesão à vida, à segurança
pública.
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gestores públicos. Diante do caso concreto, haverá uma única solução cabível.
Desse modo, quando a lei não estabelece critérios objetivos que permitam
inferir quando tais fins são alcançados, haverá discricionariedade
administrativa. Por exemplo: a autorização para fazer reunião em praça pública
será outorgada segundo a autoridade competente entenda que ela possa ou
não ofender a ordem pública.
Fixação
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(2007/CESPE/PC-PA/TEC EM ADM) O poder discricionário do agente público
pode decorrer de liberdade de decisão atribuída ao agente em decorrência de
norma legal.7
Por exemplo:
A servidora pública do órgão “Y” teve seu primeiro filho. Qual é a margem de
discricionariedade de a Administração indeferir a licença gestante, e indeferir a
licença paternidade do pai, se igualmente servidor público? A resposta é
ZERO! Inexiste opção!
Alguns outros autores consideram não existir “Poder Vinculado”, uma vez que
este não encerra prerrogativa do Poder Público, mas mera restrição à atuação
administrativa. E, ainda assim, para a doutrina poucas são as situações de
vinculação pura, não sendo recomendável, por isso, a oposição rígida entre
poder vinculado e discricionário, devendo ser considerado o aspecto dominante
no exercício do poder. São exemplos clássicos de poder vinculado: a licença
para construir e a aposentadoria compulsória.
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Hierárquico e o de Polícia. Esse é o entendimento, por exemplo, da Profª.
Maria Sylvia Di Pietro, para quem os poderes vinculado e discricionário não
existem como poderes autônomos, sendo, em verdade, atributos de outros
poderes ou de competências administrativas, não se tratando, pois, de
prerrogativas do Poder Público.
Fixação
Comentários:
Fixação
Comentários:
O poder discricionário não é sinônimo de arbítrio. Por conta disso, conta com
limites, impostos diretamente ou indiretamente pelo ordenamento jurídico.
Dentre eles, a razoabilidade, a necessidade, a adequação e a
proporcionalidade.
(Parte 2 de 8)
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5. 5
6. 6
7. 7
8. Fixação
9. Os poderes vinculado e discricionário, simultaneamente, podem ser
exercidos pela autoridade administrativa, na prática de um determinado
ato, ressalvado que esse último se restringe à conveniência e
oportunidade, bem como quanto:
10. a) ao conteúdo. b) à forma. c) à finalidade. d) à competência.
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12. e) ao modo.
13. Comentários:
14. Para a resolução dos casos concretos, a lei deixa margem de valoração
subjetiva quanto aos elementos de formação motivo e objeto/conteúdo,
afinal ao legislador não é dado prever todas as hipóteses a exigir a
atuação da Administração.
15. O exercício da função administrativa, no entanto, é sempre relativo e
parcial, isso porque atos discricionários praticados por agentes
incompetentes e informados por finalidades estranhas ao interesse
público, por arbitrários, são nulos e ilegítimos. Assim, a
discricionariedade administrativa não é ilimitada, havendo restrições
advindas dos princípios gerais do Direito e das regras de boa
administração, as quais deságuam nos preceitos da moralidade
administrativa.
16. Nesse contexto, resta patente a relação entre a discricionariedade e a
moralidade administrativa. De acordo com o princípio da moralidade, aos
administradores não é dado só se certificarem dos critérios de
conveniência e de oportunidade, mas também distinguir o honesto do
desonesto, o justo do injusto. As soluções escolhidas pelos
administradores devem ser realistas e razoáveis, concorrendo
efetivamente para o alcance de resultados legítimos.
17. Gabarito: alternativa A.
18. Fixação
19. O mérito administrativo, na atuação do administrador público, cujo
controle jurisdicional sofre restrições, condiz em particular com o
exercício regular do seu poder:
20. a) disciplinar b) hierárquico c) de polícia d) discricionário e) vinculado
21. Comentários:
22. O mérito administrativo é a margem de conveniência e oportunidade
garantida por lei aos administradores, presente nos atos discricionários
(alternativa D). E, a fim de não ficar comprometido o princípio da
Separação dos Poderes, fica vedado ao Poder Judiciário imiscuir-se no
mérito.
23. Agora, se os administradores se desviarem desse roteiro, executando
atos que, apesar de discricionários, visem a objetivos diversos do
interesse público, incidirão em imoralidade por desvio de
finalidade/poder, vício que tanto
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25. pode ser reconhecido pela própria Administração, como pelo Poder
Judiciário.
26. Gabarito: alternativa D.
27. Fixação
28. Com referência à discricionariedade, assinale a afirmativa verdadeira.
29. a) A discricionariedade manifesta-se, exclusivamente, quando a lei
expressamente confere à administração competência para decidir em
face de uma situação concreta.
30. b) O poder discricionário pode ocorrer em qualquer elemento do ato
administrativo.
31. c) É possível o controle judicial da discricionariedade administrativa,
respeitados os limites que são assegurados pela lei à atuação da
administração.
32. d) O princípio da razoabilidade é o único meio para se verificar a
extensão da discricionariedade no caso concreto.
33. e) Pela moderna doutrina de direito administrativo, afirma-se que, no
âmbito dos denominados conceitos jurídicos indeterminados, sempre
ocorre a discricionariedade administrativa.
34. Comentários: Vamos direto às análises.
35. A resposta é letra C. O controle judicial incide sobre os atos vinculados e
discricionários da Administração Pública. Quanto à incidência sobre os
atos discricionários, o controle deve ser limitado, afinal há uma região
que é intocável, o tal mérito administrativo, uma reserva da
Administração.
36. Vejamos, abaixo, os erros nos demais quesitos.
37. a) A discricionariedade manifesta-se, exclusivamente, quando a lei
expressamente OU IMPLICITAMENTE confere à administração
competência para decidir em face de uma situação concreta.
38. b) O poder discricionário NÃO pode ocorrer em qualquer elemento do
ato administrativo.
39. d) O princípio da razoabilidade é o único meio para se verificar a
extensão da discricionariedade no caso concreto, MAS NÃO É O ÚNICO
MEIO, HÁ OUTROS PRINCÍPIOS, COMO LEGALIDADE,
PROPORCIONALIDADE, POR EXEMPLO.
40. e) Pela moderna doutrina de direito administrativo, afirma-se que, no
âmbito dos denominados conceitos jurídicos indeterminados, sempre
NEM ocorre a discricionariedade administrativa, ISSO PORQUE, NOS
CONCEITOS TÉCNICOS E EMPÍRICOS, NÃO HÁ
DISCRICIONARIEDADE. ESTA RESIDE APENAS NOS
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42. CONCEITOS DE VALOR. Gabarito: alternativa C.
43. 2.3. PODER REGULAMENTAR
44. Regulamentação não é sinônimo de regulação, porque esta última
expressão abrange não apenas a edição de atos normativos, mas a
fiscalização de seu cumprimento, a imposição de sanções e a mediação
de conflitos (por Odete Medauar).
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54. Mas, Professor, no Brasil, a tripartição de Poderes não é flexível? Ao
lado da função primordial, o Poder não pode exercer uma atividade
atípica? Verdade. Tanto que o Direito Administrativo espalha-se por
todos os
55. Poderes. É inimaginável pensarmos em Poder Legislativo sem
departamentos administrativos, ou Poder Judiciário sem serviços de
protocolo. Por isso, alguns autores preferem falar em Poder Normativo
em vez de Poder Regulamentar, uma vez que este representa, para
estes autores, apenas uma das formas pelas quais se expressa aquele
(normativo), coexistindo com outras.
56. Nesse contexto, o Poder Normativo é gênero, no qual se encontra a
espécie Poder Regulamentar. “No essencial”, o Poder Regulamentar é o
exercido pelos chefes do Executivo. Com efeito, a CF/1988 dispõe no
inc. IV do art. 84 que compete ao presidente da República
privativamente, dentre outras atribuições: sancionar, promulgar e fazer
publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução.
57. Professor, por que no “essencial”? O Poder Regulamentar não é o
privativo do chefe do Executivo, apenas? É que a produção de atos
administrativos normativos também pode ser feita por outras
autoridades, órgãos ou entidades. Os Ministros de Estado, por exemplo,
podem editar atos normativos, exemplo das instruções e portarias (inc. I
do art. 87 da CF/1988). E, nesse contexto, há quem denomine tal
atividade exercida por outras autoridades, que não o chefe do Poder
Executivo, de Poder Regulamentar de 2º Grau.
58. Referência doutrinária (Carvalho Filho)
59. Considerando nosso sistema de hierarquia normativa, podemos dizer
que existem graus diversos de regulamentação conforme o patamar em
que se aloje o ato regulamentador. Os decretos e regulamentos podem
ser considerados como atos de regulamentação de primeiro grau; outros
atos que a eles se subordinem e que, por sua vez, os regulamentem,
evidentemente, com maior detalhamento, podem ser qualificados como
atos de regulamentação de segundo grau, e assim por diante. Como
exemplo de atos de regulamentação de segundo grau, podemos citar as
instruções expedidas pelos Ministros de Estado, que têm por objetivo
regulamentar as leis, decretos e regulamentos, possibilitando sua
execução.
60. Até aqui, falou-se de presidência e ministérios, porém não há motivo de
serem excluídas as entidades administrativas (as pessoas jurídicas
integrantes da Administração Indireta). As Agências Reguladoras
(autarquias em regime especial), por exemplo, podem editar normativos
em suas áreas de atuação (Poder Normativo Técnico).
61. Os atos normativos expedidos pelos chefes dos Executivos e seus
auxiliares (ministros e secretários, conforme o caso) não se confundem,
contudo, com as leis, apesar da proximidade quanto ao conteúdo
abstrato
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63. e geral. No que consistiria, então, a diferença dos normativos
administrativos, para as Leis? Para resolver isso, de início, que tal
lembrarmos a semelhança entre ambos?
64. São normas, não é verdade? Todavia, as Leis são normas originárias,
criando, de regra, o direito novo. Isso se dá com as Leis, sobretudo no
que diz respeito à criação de novas obrigações, em razão de disposição
constitucional expressa, o inc. I do art. 5º da CF/8, que dispõe: ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de LEI.
65. De sua parte, os atos normativos administrativos possuem natureza
derivada, são atos secundários, uma vez que deverão estar adstritos
aos limites que lhes impõem as Leis. Como exemplo do que se afirma,
releiam o inc. IV do art. 84 da CF/1988: os decretos editados pelo
Presidente da República serão expedidos para fiel cumprimento das
Leis, as quais lhe constituem limite, portanto. Inclusive, à vista da
natureza secundária, o STF não admite o controle de constitucionalidade
dos Decretos Regulamentares. Vejamos:
66. ADI 2387 / DF - DISTRITO FEDERAL
67. É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que a
questão relativa ao decreto que, a pretexto de regulamentar determinada
lei, extrapola o seu âmbito de incidência, é tema que se situa no plano
da legalidade, e não no da constitucionalidade.
68. ADI 1435 MC / DF – DISTRITO FEDERAL
69. Decretos existem para assegurar a fiel execução das leis (artigo 84- IV
da CF/8). A Emenda Constitucional n. 8, de 1995 - que alterou o inciso
XI e alínea a do inciso XII do artigo 21 da CF - é expressa ao dizer que
compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos
da lei. Não havendo lei anterior que possa ser regulamentada, qualquer
disposição sobre o assunto tende a ser adotada em lei formal. O decreto
seria nulo, não por ilegalidade, mas por inconstitucionalidade, já que
supriu a lei onde a Constituição a exige.
70. Enfim, o Poder Regulamentar não pode inovar ou extrapolar o que
dispõe a norma primária (ROMS/STJ 22828):
71. 1. O decreto, como norma secundária - que tem função eminentemente
regulamentar, conforme o art. 84, inc. IV, da Constituição Federal -, não
pode contrariar ou extrapolar a lei, norma primária. Não pode restringir
os direitos nela preconizados. Isso porque tão-somente a lei, em caráter
inicial, tem o poder de inovar no ordenamento jurídico.
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73. 2. Os Decretos Estaduais 2.697/04 e 2.815/04 modificaram
substancialmente a forma de cálculo da Indenização de Estímulo
Operacional, parcela destinada ao pagamento de serviço extraordinário
e noturno, consoante estabelecido nas Leis Complementares Estaduais
137/95 e 254/03. Em consequência, quanto a esse aspecto, mostram-se
ilegais, porquanto contrariam a lei.
74. 3. Os decretos em referência foram além das leis que regulamentaram,
ao autorizarem que o administrador não mais pagasse ao servidor
público o valor correspondente às horas extras efetivamente
trabalhadas, de acordo com a forma de cálculo fixada pela lei,
permitindo, assim, o enriquecimento sem causa do Estado. Além disso,
permitiram que o servidor público percebesse menos pela mesma
quantidade de horas extras prestadas. Assim, violaram o princípio da
irredutibilidade de vencimentos, preconizado pelo art. 37, inc. XV, da
Constituição Federal.
75. 9. Não há delegação de competência legislativa na hipótese e, pois,
inconstitucionalidade. Quando o Executivo e o Judiciário expedem atos
normativos de caráter não legislativo - regulamentos e regimentos,
respectivamente - não o fazem no exercício da função legislativa, mas
no desenvolvimento de função normativa. O exercício da função
regulamentar e da função regimental não decorrem de delegação de
função legislativa; não envolvem, portanto, derrogação do princípio da
divisão dos poderes.
76. Ainda sobre o tema, transcreve-se trecho do Recurso Especial 584798,
em que o STJ fixa as balizas dos Decretos tipicamente Regulamentares:
77. ADMINISTRATIVO. IMPORTAÇÃO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS.
PORTARIA Nº 113/9, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO
ABASTECIMENTO. IMPOSIÇÃO DE OBRIGAÇÃO NÃO PREVISTA EM
LEI. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
78. 1. O ato administrativo, no Estado Democrático de Direito, está
subordinado ao princípio da legalidade (CF/8, arts. 5º, I, 37, caput, 84,
IV), o que equivale assentar que a Administração só pode atuar de
acordo com o que a lei determina. Desta sorte, ao expedir um ato que
tem por finalidade regulamentar a lei (decreto, regulamento, instrução,
portaria, etc.), não pode a Administração inovar na ordem jurídica,
impondo obrigações ou limitações a direitos de terceiros.
79. 2. Consoante a melhor doutrina, "é livre de qualquer dúvida ou
entredúvida que, entre nós, por força dos arts. 5, I, 84, IV, e 37 da
Constituição, só por lei se regula liberdade e propriedade; só por lei se
impõem obrigações de fazer ou não fazer. Vale dizer: restrição alguma
se impõem à liberdade ou à propriedade pode ser imposta se não estiver
previamente delineada, configurada e estabelecida em alguma lei, e só
para cumprir dispositivos legais é que o Executivo pode expedir decretos
e regulamentos." (Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito
Administrativo. São Paulo, Malheiros Editores, 2002, págs. 306/331)
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81. 3. A Portaria nº 113/9, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento,
a pretexto de regulamentar o cumprimento do disposto na Lei 8.918/94 e
no Decreto nº 2.314/97, sobre os requisitos para a importação de
bebidas alcóolicas, inovou na ordem jurídica, impondo obrigação não
prevista em lei, in casu, a apresentação, para o desembaraço aduaneiro
das mercadorias, da declaração consular da habilitação do importador
pelo estabelecimento produtor, em afronta ao princípio da legalidade.
Por todo o exposto, não há dúvida de que os decretos constituem uma das
formas de expressão do Poder Normativo da Administração Pública, assim
como o são as Resoluções, as Instruções, Portarias e Deliberações, desde que
dotadas de caráter normativo, ou seja, genéricas e abstratas.
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Professor, é verdade que os Decretos do Executivo não podem inovar? Sim, é
verdade! Mais não é uma verdade absoluta, há exceção: a figura dos Decretos
Autônomos.
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b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Hoje, para fins de concurso público, deve ser aceita a existência de Decretos
Autônomos tão só nas hipóteses listadas acima. E, no caso, em regulamentos
de organização. Mas, Professor, em que residiria a autonomia desses atos
administrativos? E os que são regulamentos de organização? Vejamos.
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a) O exercício do poder de polícia pode ser enquadrado no âmbito dos
conceitos legais indeterminados.
Fixação
(2010/FCC – TCE/RO – Procurador) O poder normativo conferido à
Administração Pública compreende a
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Comentários:
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(C) promulgação de atos normativos originários e derivados, sendo os
primeiros os regulamentos executivos AUTÔNOMOS e os segundos, os
regulamentos autônomos EXECUTIVOS.
Gabarito: alternativa E.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa E.
Fixação
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Em capítulo reservado à Administração Pública, a Constituição Federal de
1988 (CF/1988) registra expressamente alguns princípios, entre os quais: a
moralidade, a publicidade, a eficiência e a legalidade.
Gabarito: CERTO
Fixação
(Parte 4 de 8)
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1. 1
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3. 3
4. 4
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6. 6
7. 7
8. Nessa situação, não haverá lei subordinadora do ato regulamentar
editado, o qual será qualificado como autônomo, podendo ser
impugnado por intermédio da Ação Direta de Inconstitucionalidade,
permissiva da invalidação dos atos que ofendem diretamente a
constituição. Assim, conclui-se que SÓ SÃO PASSÍVEIS DE
CONTROLE DIRETO DE CONSTITUCIONALIDADE OS ATOS
ADMINISTRATIVOS AUTÔNOMOS. Nessa linha, já decidiu o STF:
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10. Ação Direta de Inconstitucionalidade – Objeto – Decreto. Uma vez
ganhando contornos de verdadeiro ato autônomo, cabível é a ação
direta de inconstitucionalidade. (Adin 1396-3. Informativo STF, nº. 98).
11. Ressalta=se que a própria Administração emitente do ato normativo
poderá controlá-lo, em razão do princípio da autotutela (Súmula/STF
473).
12. Enfim, todos os Poderes tem possibilidade de controlar atos
administrativos, pelas razões que são sintetizadas abaixo:
13. I) a própria Administração emitente do ato, em razão do princípio da
autotutela;
14. I) o Legislativo, uma vez que pode sustar os atos normativos do
Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
15. I) o Judiciário, em razão do princípio da inafastabilidade de jurisdição de
índole constitucional (inc. XXXV do art. 5º da CF/8). Reiteramos que o
controle abstrato de constitucionalidade só será possível quanto a atos
administrativos revestidos de autonomia, na linha da jurisprudência do
STF.
16. Gabarito: ERRADO
17. Fixação
18. Em relação ao poder administrativo normativo, assinale a afirmativa
verdadeira.
19. a) Admite-se, no sistema jurídico brasileiro, o regulamento autônomo.
20. b) O poder normativo das agências reguladoras pode ter caráter
inovador em relação à lei.
21. c) Denomina-se regulamento o ato normativo interno de funcionamento
dos órgãos colegiados.
22. d) O regulamento executivo manifesta-se por meio de decreto. e) O
poder normativo tem caráter vinculado.
23. Comentários:
24. A resposta preliminar foi letra “D”. Depois da fase recursal, a banca
optou pela anulação, haja vista a correção da alternativa “A”.
25. A questão nos serve para rápida e efetiva distinção entre Regulamentos
e Decretos Presidenciais.
26. Como dito anteriormente, os Decretos podem ser executivos (inc. IV do
art. 84 da CF/1988, de natureza infralegal e não delegáveis) e
autônomos (inc. VI do art. 84 da CF/1988, de natureza
infraconstitucional, com conteúdo passível de delegação). O sistema
jurídico, atualmente, admite a expedição de decretos autônomos, daí a
correção da letra “A”.
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28. A regra é que o Decreto tenha um efeito normativo. Enfim, será dotado
de generalidade (alcançar um conjunto indeterminado de pessoas) e de
abstração (o conteúdo não será esgotado com uma única aplicação),
constituindo-se, por esse motivo, atos administrativos em sentido amplo.
Individual
Plúrimo
29. Um terceiro tipo de Decreto é o individual, como, por exemplo, a
aplicação de demissão de servidor e a desapropriação de imóvel. No
entanto, diferentemente dos normativos, nos decretos individuais
conseguimos identificar, no conteúdo, o(s) nome(s) dos destinatários,
sendo classificado, por essa razão, quanto ao número de destinatários
em singular ou plúrimo. Por exemplo: o Decreto Presidencial de escolha
de dois Ministros do TCU é ato individual, porém, pelo fato de conter
dois destinatários individualizados, estamos diante de Decreto
30. Tudo bem, mas onde entra o tal Regulamento Executivo, citado na
alternativa “D”? Vejamos.
31. O Chefe do Executivo, além de Decreto, também pode editar
Regulamentos, porém tais atos serão sempre normativos, daí
concluímos que nem todo Regulamento é Decreto, já que existem
Decretos Individuais. Mas todo Regulamento será exteriorizado,
formalizado por meio de Decreto.
32. Ao abrirmos o Diário Oficial ou o visitarmos o sítio do planalto, não
enxergamos o Regulamento 3.5/2000, mas sim Decreto 3.5/2000, enfim,
a formalização de um Regulamento Executivo dar-se-á por Decreto, nos
exatos termos da alternativa “D”.
33. A seguir, vejamos os erros nos demais quesitos.
34. b) O poder normativo das agências reguladoras NÃO pode ter caráter
inovador em relação à lei. ISSO MESMO, O PODER NORMATIVO
TÉCNICO, CONQUANTO GARANTA MAIOR DISCRICIONARIEDADE,
NÃO PODE AVANÇAR NO CAMPO DA RESERVA LEGAL.
35. c) Denomina-se regulamento RESOLUÇÃO o ato normativo interno de
funcionamento dos órgãos colegiados.
36. e) O poder normativo tem caráter, DE REGRA, vinculado
DISCRICIONÁRIO. Gabarito: alternativas “A” e “D” (Questão Anulada).
37. Fixação
38. (2011/FCC – TRT/14R – Analista Judiciário) A Constituição Federal
define as matérias de competência privativa do Presidente da República
e permite que ele delegue algumas dessas atribuições aos Ministros de
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado Geral da
União. Se estas autoridades praticarem um desses atos, sem que haja a
necessária delegação, a) não haverá qualquer vício nos atos
administrativos praticados. b) haverá vício de formalidade, que não
admite ser sanado.
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40. c) haverá vício de incompetência que, na hipótese, admite convalidação.
41. d) o Presidente da República poderá revogá-los, tendo em vista o vício
existente em tais atos.
42. e) haverá vício de conteúdo, portanto, os atos praticados devem
obrigatoriamente ser anulados.
43. Comentários:
44. Os Decretos autônomos, distintamente dos regulamentares ou de
execução, podem ser delegados a algumas autoridades (Ministros, AGU
e PGR), conforme prevê a CF/1998 (parágrafo único do art. 84). E, se
uma dessas autoridades praticar o ato sem que haja delegação, haverá
excesso de poder, vício no elemento competência. Daí a correção da
alternativa “C”.
45. Gabarito: alternativa C.
46. Fixação
47. A partir da Emenda Constitucional n. 32, de 2001, parte significativa dos
administrativistas passou a aceitar a possibilidade de edição, pelo Chefe
do Poder Executivo, de espécie de decreto autônomo. Nesse contexto, é
matéria a ser disciplinada por meio de tal modalidade de decreto:
48. a) criação de órgãos públicos, desde que sem aumento imediato de
despesas.
49. b) extinção de órgãos públicos, mas apenas do Poder Executivo. c)
extinção de entidades vinculadas aos Ministérios.
50. d) criação de funções ou cargos públicos, desde que sem aumento
imediato de despesas.
51. e) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
52. Comentários:
53. Esta questão é apenas para relembrar (de novo!) que a extinção de
cargos ou funções, quando vagos, é assunto reservado aos Decretos
Autônomos. Acrescenta-se, por oportuno, que tais Decretos podem ser
editados pelos demais chefes do Executivo (Prefeitos e Governadores),
observando-se o princípio da simetria.
54. Gabarito: alternativa E.
55. Fixação
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57. As instruções e demais atos administrativos normativos expedidos pela
Comissão de Valores Mobiliários no regular exercício de suas
competências decorre do Poder:
58. a) Disciplinar. b) Regulamentar. c) Administrativo Normativo. d)
Hierárquico. e) De Polícia Judiciária.
59. Comentários:
60. Fala sério, qual a alternativa você escolheu? Imagino que alternativa “B”,
não é verdade?
61. Acontece que, ao longo do curso, demonstramos que Poder
Regulamentar é espécie do gênero Poder Normativo. Assim, a
expedição de Regulamentos Executivos refere-se ao Poder
Regulamentar. Por outro lado, a edição de quaisquer outros atos
normativos se encaixa no Poder Normativo. Na questão, o examinador
lançou mão da tese de que o Poder Regulamentar é privativo dos chefes
do Executivo. E Exatamente por isso o gabarito preliminar da ilustre
organizadora foi a alternativa “C”.
62. Acontece que o entendimento da banca foi pautado no livro da autora
Maria Sylvia Di Pietro, e, como sabemos, não há indicação bibliográfica,
de tal sorte que os candidatos poderão se apoiar em Manuais de Direito
Administrativo diversos. A organizadora FCC, por exemplo, segue,
literalmente, Maria Sylvia.
63. Assim, depois da fase recursal, considerando que parte da doutrina
sustenta a expressão “poder regulamentar” como sinônima para “poder
normativo”, a organizadora decidiu pela anulação, afinal a alternativa “B”
seria uma possível resposta.
64. Gabarito: alternativas “B” e “C” (Questão Anulada).
65. 2.4. PODER HIERÁRQUICO
66. Hierarquia é o escalonamento em plano vertical dos órgãos e agentes
da Administração que tem como objetivo a organização da função
administrativa. E não poderia ser de outro modo. Tantas são as
atividades a cargo da Administração Pública que não se poderia
conceber sua normal realização sem a organização, em escalas, dos
agentes e dos órgãos públicos. Em razão desse escalonamento firma-se
uma relação jurídica entre os agentes, que se denomina de relação
hierárquica (por Carvalho Filho).
67. Nas relações pautadas na hierarquia vislumbra-se vínculo de
subordinação entre órgãos e agentes que componham a relação de
direito em questão.
68. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº. Cyonil
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69.
70.
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Borges
71. A despeito de as relações hierárquicas serem inerentes ao interior do
Poder Executivo, não se pode afirmar que restrinjam a este. De fato,
onde ocorra o desempenho da função administrativa poderá ocorrer uma
relação hierárquica, mesmo no âmbito do Legislativo ou no Judiciário.
72. No entanto, quando os membros desses dois últimos Poderes estiverem
exercendo suas funções típicas, de legislar ou de julgar (funções
legislativa e jurisdicional, respectivamente), inexiste hierarquia. Não há,
portanto, hierarquia entre parlamentares ou membros da magistratura no
desempenho de suas atribuições típicas (isso pelo menos na prova de
Direito Administrativo, não é verdade?).
73. Entretanto, Carvalho Filho aponta que o sistema de súmulas vinculantes
reduz a ideia de ausência de hierarquia, uma vez que dele ressai o
preceito de que órgãos jurisdicionais devam exercer a função
jurisdicional em conformidade com a orientação contida na súmula, o
que, de certo modo, reflete relação de caráter hierárquico. Ainda assim,
a regra será a independência do juiz para decidir os conflitos que lhe são
apresentados na via judicial, ou seja, a atuação com livre convencimento
para julgar.
74. É o Poder Hierárquico que permite à Administração distribuir e escalonar
as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes,
estabelecendo as relações de subordinação entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
75. Junto com o Poder Hierárquico (até mesmo decorrência deste) anda o
Poder Disciplinar, entendido como a possibilidade de a Administração
aplicar sanções àqueles que, submetidos à ordem interna, descumpram
as ordens advindas da hierarquia posta.
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77.
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78. Com efeito, de nada valeria falar em hierarquia se o superior não
pudesse aplicar punições aos infratores administrativos que lhe são
subordinados.
79. Do Poder Hierárquico resultam, ainda, as prerrogativas dos superiores
de ordenar, fiscalizar, rever, delegar ou avocar, com relação aos
subordinados. Para Nohara, da relação hierárquica pode ser excluída
determinados tipos de atividades, como aquelas dos órgãos consultivos,
isso porque a função é desempenhada com o máximo de liberdade,
independentemente, portanto, dos posicionamentos dos órgãos
superiores.
80. Vejamos cada um dos aspectos elencados no quadro acima.
81. Ordenar implica impor ao subordinado a conduta a ser adotada diante
do caso concreto. Cabe reforçar que o dever de obediência do
subordinado não será absoluto: nos casos em que as ordens emanadas
pelos superiores forem manifestamente ilegais não há que se cumpri-
las. Afinal, nos termos do art. 5º, inc. I, da CF ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. Essa
regra está contida na Lei 8.112/1990, ao estatuir, no inc. IV do art. 116,
que o servidor é obrigado a cumprir com as ordens que lhes são dadas,
salvo quando manifestamente ilegais.
82. Fiscalizar significa verificar se a conduta dos subordinados se alinha
com o que dispõem as normas legais e regulamentares, bem como em
relação às diretrizes fixadas pelos agentes superiores.
83. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº. Cyonil
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84. Revisar implica a apreciação pelos superiores quanto aos aspectos dos
atos praticados pelos inferiores, para mantê-los ou invalidá-los.
85. A revisão ocorrerá de ofício (iniciativa da Administração) ou por
provocação do interessado, e só poderá ocorrer até quando o ato ainda
não tenha se tornado definitivo para a Administração ou não tenha
gerado direito adquirido para o Administrado.
86. Delegar consiste na transferência do exercício de atribuições de um
órgão a outro no aparelho administrativo. Não é admitida com relação a
atos políticos, bem como de um Poder para outro, salvo nos casos
constitucionalmente previstos (por exemplo, a Lei Delegada - art. 68 da
CF).
94.
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95. Fixação
96. (2007/CESPE/PC-ES/AGENTE) O poder hierárquico é exercido com a
finalidade de coordenar as atividades administrativas, no âmbito interno,
não sendo possível em seu nome o exercício do poder de revisão dos
atos administrativos de subordinados. (Certo/Errado)
97. Comentários:
98. O erro da questão é que, do poder hierárquico, decorre a possibilidade
de revisão dos atos administrativos dos subordinados. A revisão do
superior hierárquico dá-se por anulação (atos ilegais), por revogação
(atos inconvenientes e inoportunos) e por concertação/convalidação
(atos ilegais, porém sanáveis).
99. Gabarito: ERRADO
100. Fixação
101. (2006/FCC/TCE-PB/Auditor) É exemplo do exercício do poder
hierárquico da Administração a a) aplicação de multa de trânsito. b)
decretação da pena de perdimento de bens. c) interdição de
estabelecimento comercial. d) avocação de competência. e) revisão de
decisão mediante pedido de reconsideração.
102. Comentários:
103. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº.
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104.
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105. A presente questão aparece como reforço em nosso aprendizado,
vejamos.
106. Item A – INCORRETO. A aplicação de multa de trânsito alcança
particulares em geral, ou seja, pessoas que não mantêm com o Estado
qualquer vínculo especial (contratual ou estatutário). Há, nestas
hipóteses, a incidência do Poder de Polícia. O poder hierárquico só
alcança aqueles que fazem parte do corpo, da estrutura da
Administração, não é o caso de particulares em geral.
107. Item B – INCORRETO. O perdimento de bens é exercitado pelo
Estado-juiz e não pelo Estado-administrador. O perdimento de bens
decorre da prática de atos ilícitos de natureza criminal e não de delitos
exclusivamente administrativos.
108. Item C – INCORRETO. Se abrirmos o organograma da Prefeitura
de Divinópolis de Minas, será que vamos notar a existência da padaria
do Sr. Hermann? Obviamente não! Em outros termos, não faz parte da
estrutura da Administração, de tal sorte que não há como aplicar o
Poder Hierárquico. O poder que alcança particulares pelo fato único de
estarem dentro de determinado limite urbano ou rural, sujeito à
ordenação pelos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal,
Municípios), é o PODER DE POLÍCIA.
109. Item D – CORRETO. Na questão imediatamente anterior, vimos
que decorre da hierarquia o poder de avocar, de trazer para si a
competência que fora atribuída a um subordinado. Portanto, o item está
CORRETO. Detalhe – a doutrina informa que, assim como para a
delegação, a avocação não pode se referir aos atos de competência
exclusiva. Por oportuno, relembramos que, sendo medida de exceção, a
avocação deve ser sempre temporária e motivada (justificada), o que,
inclusive, consta da Lei do Processo Administrativo Federal, a
9.784/1999 (art. 15).
110. Item E – INCORRETO. Item bem interessante, que poderia levar
o candidato facilmente ao erro, afinal decorre da hierarquia o poder de
revisão. Porém o que decorre da hierarquia é o poder de revisão pelo
superior hierárquico. Perceba que o pedido de reconsideração é
apreciado pela mesma autoridade que indeferiu o pleito do administrado
e não pelo chefe superior, não sendo um caso de hierarquia.
111. Gabarito: alternativa D.
112. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº.
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113. Fixação
114. A organização administrativa é baseada em dois pressupostos
fundamentais: a distribuição de competências e a hierarquia. Nesse
diapasão, quanto ao poder hierárquico, marque a opção incorreta.
115. a) Hierarquia é o escalonamento em plano vertical dos órgãos e
agentes da Administração que tem como objetivo a organização da
função administrativa.
116. b) Do sistema hierárquico na Administração decorrem alguns
efeitos específicos, como o poder de comando, o dever de obediência, a
fiscalização, o poder de revisão, a delegação e a avocação.
117. c) Avocação é a transferência de atribuições de um órgão a outro
no aparelho administrativo, abrangendo funções genéricas e comuns da
Administração.
118. d) Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia
administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica.
119. e) Como resultado do poder hierárquico, a Administração é
dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades de seus órgãos e agentes no seu âmbito interno.
120. Comentários: Mais uma questão para fixação, vamos à resolução.
121. Item A – CORRETO. A palavra hierarquia transmite ideia de
comando, de ordenação; traduz a ideia da existência de uma pirâmide,
escala verticalizada, onde no topo encontramos aqueles que
determinam e na base os executores (os subalternos).
122. Item B – CORRETO. Exatamente como revisto. Acrescentamos
ao rol a edição de atos normativos, mas tão-somente os de efeitos
internos. Em outros termos, atos regulamentares não decorrem da
hierarquia por terem efeitos externos, por alcançando aos demais
Poderes (em alguns casos) e particulares não sujeitos à hierarquia da
Administração.
123. Item C – INCORRETO. A Banca simplesmente inverteu os
conceitos de delegação com o de avocação. A transferência de
atribuições, a repartição de competências, é poder de delegação.
Lembre-se, todavia, que quando alguém delega a alguém algo transfere
tão só a EXECUÇÃO da tarefa, nunca a titularidade, que continua ser de
seu detentor originário.
124. Acrescente-se que a delegação pode ser revogada a qualquer
tempo e que os atos praticados são de responsabilidade do delegatário
e não de daquele que delegou (delegante). Por exemplo: cabe mandado
de segurança contra ato do Ministro ou em desfavor do Presidente da
República, autoridade delegante? A ação será julgada no STF ou STJ?
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126. A resposta é que o ato pertence ao Ministro de Estado, embora o
Presidente não perca a autoridade, logo a competência para processar e
julgar o MS será do STJ.
127. Item D – CORRETO. Seria o caso da Advocacia Geral da União –
AGU. Certamente, pode (e, por vezes, deve) o Presidente da República
se aconselhar junto à AGU, porém não pode ordenar ou revisar os
pareceres deste órgão. Se, no caso concreto, não concordar com o
parecer, pode “solicitar” a expedição de outro, mas não rever ou ordenar
(encomendar) a emissão de determinado parecer.
128. Item E – CORRETO. Perceba o cuidado da Banca em mencionar
que tais poderes decorrentes da hierarquia terão caráter interno, ou seja,
não alcançam particulares estranhos ao corpo da Administração, como
ocorre no poder de polícia.
129. Gabarito: item C.
130. Fixação
131. Não é atribuição da Administração Pública decorrente do poder
hierárquico:
132. a) editar atos regulamentares b) aplicar sanções disciplinares c)
avocar e/ou delegar atribuições d) controlar as atividades dos órgãos
subordinados e) anular atos ilegais praticados por órgãos inferiores
133. Comentários: Questão excelente!
134. São atribuições decorrentes do poder hierárquico, entre outras:
ordenar, fiscalizar (de forma permanente e automática), rever os atos
dos colaboradores (por anulação, revogação e convalidação, conforme o
caso), aplicar penalidades e editar atos normativos.
135. Legal, então por que a “mardita” alternativa “A” está incorreta?
Afinal atos regulamentares são normativos, e atos normativos são
expedidos como decorrência do Poder Hierárquico.
136. Pensa rápido: será mesmo que TODOS os atos regulamentares
decorrem da hierarquia?
137. Atos regulamentares são editados com base no Poder
Regulamentar. O Poder Regulamentar é privativo do chefe do Executivo
e exercido com fundamento no art. 84, IV, do texto constitucional. Por
exemplo: a Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão) foi regulamentada pelo
Decreto 3.5/2000.
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139. Esse Decreto é obrigatório, na esfera federal, para todo o Poder
Executivo, sem dúvida, afinal expedido por sua maior autoridade. Mas
há hierarquia entre o Poder Executivo e o Legislativo? Entre o Judiciário
e o Executivo? Claro que não! Então, esse decreto regulamentar ‘geral’
não é expressão exata do Poder Hierárquico! Por isso o gabarito da
banca – letra A. Guardem a seguinte regra para a prova - quando o ato
regulamentar detiver efeitos externos não decorrem do poder
hierárquico! Já se ele (ato regulamentar) tiver alcance apenas interno,
daí sim, decorrerá do Poder Hierárquico.
140. Gabarito: alternativa A.
141. Fixação
142. Sobre a delegação de competência administrativa, assinale a
opção correta.
143. a) É possível a delegação da decisão de recursos administrativos,
ainda que não o seja para atos de caráter normativo.
144. b) Em vista da necessidade de segurança jurídica aos atos da
Administração, não se admite, em regra, que o ato de delegação seja
revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
145. c) Não há a necessidade, como regra, de que o ato de delegação
e o de sua revogação sejam publicados no meio oficial.
146. d) As decisões adotadas por delegação consideram-se editadas
pelo delegante.
147. e) Se não houver impedimento legal, e for conveniente, em razão
de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial, é possível a um órgão administrativo delegar parte de sua
competência a outro órgão, ainda que este não lhe seja
hierarquicamente subordinado.
148. Comentários:
149. A delegação é repartir o exercício da competência, sendo
decorrência, de regra, do poder hierárquico. Algumas regras sobre a
delegação são importantíssimas para efeito de concursos e também
para a vida enquanto servidores públicos. Abaixo, segue síntese dos
principais detalhes, a respeito da delegação. Vamos que vamos:
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151.
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152. A seguir, passemos à análise dos quesitos.
153. a) NÃO é possível a delegação da decisão de recursos
administrativos, ainda que não o seja para atos de caráter normativo.
SÃO ATOS INDELEGÁVEIS: DECISÃO DE RECURSOS
ADMINISTRATIVOS, EDIÇÃO DE ATOS DE CARÁTER NORMATIVO E
MATÉRIA DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA.
154. b) Em vista da necessidade APESAR DA segurança jurídica aos
atos da Administração, não se admite, em regra, que o ato de delegação
seja revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
155. c) Não há a necessidade, como regra, de que o ato de delegação
e o de sua revogação sejam publicados no meio oficial.
156. d) As decisões adotadas por delegação consideram-se editadas
pelo delegante DELEGATÁRIO.
157. e) Se não houver impedimento legal, e for conveniente, em razão
de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial, é possível a um órgão administrativo delegar parte de sua
competência a outro órgão, ainda que este não lhe seja
hierarquicamente subordinado. O ITEM ESTÁ PERFEITO.
158. Gabarito: alternativa E.
159. Fixação
160. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº.
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161. Por decorrência do poder hierárquico da Administração Pública,
surge o instituto da delegação de competências. Assinale, entre as
atividades abaixo, aquela que não pode ser delegada.
162. a) Matéria de competência concorrente de órgão ou entidade. b)
Edição de atos de nomeação de servidores. c) Decisão de recursos
administrativos. d) Homologação de processo licitatório. e) Aplicação de
pena disciplinar a servidor.
163. Comentários:
164. Então, sabe a resposta? Claro que sim! Alternativa C (decisão de
recursos administrativos). Mas analisemos a lógica da indelegabilidade
da decisão de recursos administrativos, ok? Assim o(a) amigo(a) não
terá que decorar!
165. Imaginemos que uma autoridade qualquer tome uma decisão que
tenha sido potencialmente prejudicial a um particular. Este então recorre.
O recurso administrativo é encaminhado, então, pela via hierárquica
para a autoridade competente para a apreciação do recurso.
Suponhamos que essa autoridade superior pudesse delegar a
competência para a apreciação do recurso.
166. Resultado: a autoridade superior poderia delegar para a
autoridade que adotou a decisão administrativa inicial, decisão esta que
o potencial prejudicado quer ver reformulada. Daí, uma grande chance
de “não valer nada” o recurso, pois este seria apreciado pelo mesmo
responsável pela apreciação inicial. Por isso é que não se admite a
competência para apreciação de recursos administrativos.
167. Gabarito: alternativa C.
168. Fixação
169. Em tese, na estrutura organizacional, da Administração Pública
Direta Federal, onde vigora o regime jurídico da disciplina hierarquizada,
a autoridade de nível superior pode rever os atos da que lhe seja
subordinada, bem como pode delegar-lhe competência ou avocar o
exercício de suas atribuições e das que delegou.
170. a) Correta essa assertiva. b) Incorreta essa assertiva, porque a
delegação é irretratável.
171. c) Incorreta, porque a delegação não opera entre autoridades,
com vínculo hierárquico de subordinação.
172. d) Incorreta, porque não cabe avocação, para a prática de atos
delegados, nem de atribuições do subordinado.
173. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº.
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Borges
174. e) Incorreta, porque na Administração Pública não vigora o regime
da disciplina hierarquizada.
175. Comentários:
176. A resposta é letra “A”. No entanto, há uma peculiaridade de
“mestre” no quesito que merece realce. A avocação pode recair sobre as
atribuições dos subordinados ou sobre as competências delegadas.
177. Tenho um “livrinho” aqui em casa só sobre “Avocação e
Delegação”, do Profº, autor e Deputado Regis Fernandes. O autor
esclarece que o conceito mais corrente de avocação é retirar, temporária
e excepcionalmente, do subordinado o exercício da competência, a não
ser que esta seja de natureza exclusiva. Porém, registra que não há
impedimento de avocação das próprias competências. E a(o) amiga(o)
se questiona: qual é a utilidade deste procedimento? Explico.
178. Imagina que o chefe “X” tenha delegado ao servidor subordinado
“Y” o exercício de determinada competência. O servidor “Y”, contudo,
não anda cumprindo a contento as atribuições. Então, qual é a saída
para o chefe “X”? A primeira é a revogação do ato de delegação, mas
deve publicar em meio oficial e, provavelmente, delegar a outro servidor
do departamento. A segunda, e talvez mais prática, é avocar a
atribuição, a qual está com o subordinado, afinal, como a avocação
ocorre temporariamente, o chefe “X” pode praticar o ato e tentar ajustar
a conduta do servidor “Y”.
179. Vencidas essas considerações, vejamos os erros nos quesitos.
180. b) Incorreta CORRETA essa assertiva, porque a delegação é
irretratável REVOGÁVEL A QUALQUER TEMPO.
181. c) Incorreta CORRETA, porque a delegação não opera entre
autoridades, com vínculo hierárquico de subordinação, E, TAMBÉM,
ENTRE AUTORIDADES SEM VÍNCULO DE HIERARQUIA.
182. d) Incorreta CORRETA, porque não cabe avocação, para a
prática de atos delegados, BEM COMO nem de atribuições do
subordinado.
183. e) Incorreta, porque na Administração Pública não vigora o regime
da disciplina hierarquizada.
184. Gabarito: alternativa A.
185. Fixação
186. O poder de que dispõe a autoridade administrativa, para distribuir
e escalonar funções de seu órgão público, estabelecendo uma relação
de subordinação, com os servidores sob sua chefia, chama-se poder a)
de polícia. b) disciplinar. c) discricionário.
187. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº.
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188. d) hierárquico. e) regulamentar.
189. Comentários: Já sabemos a resposta. Isso mesmo. Alternativa
“D”. Acrescente-se que a subordinação não se confunde com a
vinculação.
190. A subordinação é o poder de comando exercido no interior da
pessoa jurídica. Por exemplo: o controle do Presidente da República
sobre os Ministérios. Ambos são órgãos do Poder Executivo, da pessoa
jurídica União, enquanto Administração Direta.
calm
a
191. A vinculação, por sua vez, importa no controle “de fora”, isto é, o
exercido por uma pessoa jurídica sobre outra, ainda que dentro do
Poder. Por exemplo: a lei específica cria autarquia, pessoa jurídica de
Direito Público, integrante da Administração Indireta do Estado. Os
Ministérios costumam ser supervisores dos trabalhos das autarquias.
Porém as autarquias não estão sujeitas à hierarquia da Administração
Direta. Acham-se, em verdade, vinculadas à Administração Direta, e,
bem por isso, são controladas finalisticamente. E,
192. (2012/FCC/TRE-SP/Analista Administrativo) - Com relação ao
poder hierárquico, considere as afirmativas a seguir:
193. I. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar,
controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da
Administração Pública. I. Delegar é conferir a outrem delegações
originalmente competentes ao que delega. No nosso sistema político
são admitidas delegações entre os diferentes poderes. I. O poder
hierárquico é privativo da função executiva, sendo elemento típico da
organização e ordenação dos serviços administrativos. IV. Avocar é
trazer para si funções originalmente atribuídas a um subordinado. Nada
impede que seja feita, entretanto, deve ser evitada por importar
desprestígio ao seu inferior. V. É impossível rever os atos dos inferiores
hierárquicos, uma vez realizada a delegação, pois tais atos não podem
ser invalidados em quaisquer dos seus aspectos.
194. Está correto o que consta APENAS em a) I, I, II e IV.
195. b) I e II. c) I e V. d) I, I e IV.
196. e) I, IV e V.
197. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº.
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198. Comentários: Questão muito instigante.
199. - Item I: CERTO. Nas relações hierarquizadas há vínculo de
subordinação entre órgãos e agentes. Já vimos isso, então são
desnecessários novos comentários.
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AULA 03: SERVIÇOS PÚBLICOS
Oi Pessoal,
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1. Noções Gerais e Conceito de Serviços
3
Públicos
2. Classificações dos Serviços Públicos 16
3. Competência para Prestação 29
5. Concessões de Serviços Públicos 35
5.1. Princípios 37
5.2. Direitos e Obrigações 47
5.2.1. Poder Concedente 49
5.2.2. Concessionária 51
5.2.3. Usuários 56
5.3. Formas de Remuneração e Política
57
Tarifária
5.4. Permissão X Concessão 62
5.5. Subconcessão 68
5.6. Formas de Extinção 71
5.7. Intervenção 82
Sumário 4. Formas de Prestação e Meios de Execução dos Serviços Públicos 3
5.8. Licitações e Contratos ...................................................... 85
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1. Noções Gerais e Conceito de Serviços Públicos
Definir serviço público não é uma tarefa muito simples. Tratase de um conceito
que sofreu inúmeras mudanças com a evolução do tempo, tendo ocorrido tais
transformações de acordo com as necessidades sociais, em dado momento
histórico e em certo espaço físico. Sendo assim, como a noção de serviço não
permanece estática, o Estado, por meio da Constituição ou lei, escolhe quais
as atividades que dão consideradas de interesse geral e rotula como serviços
públicos, dando-lhes um tratamento diferenciado. (por Fernanda Marinela)
Fixação
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fazem, no Brasil. Assim, a conceituação do serviço público deve ser buscada
na doutrina. (Certo/Errado)
Comentários:
Gabarito: CERTO
Em outros termos, a prestação pode ser indireta, sendo neste último caso, de
acordo com a Constituição Federal, viabilizada por
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meio de concessão ou de permissão, sempre precedidas de licitação Veja o
dispositivo que fundamenta a afirmação:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos.
Fixação
Comentários:
O parágrafo único do art. 175 da Constituição Federal dispõe que a lei disporá
sobre:
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I - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Gabarito: alternativa E.
Da leitura do art. 175 da CF, de 1988, podem ser extraídas algumas
conclusões.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa B.
Fixação
Comentários:
Dentro de um critério formal, a Constituição dispõe que o Estado é titular dos
serviços públicos (sem abrir qualquer exceção), no entanto, a prestação, a
execução deles, não precisa ser necessariamente direta, ou
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seja, não há necessidade de o Estado utilizar do próprio aparato, órgãos,
instrumentos, ou agentes. Em outros termos, a prestação pode, ainda, ser
indireta, sendo neste último caso viabilizada por meio de concessão ou de
permissão.
Gabarito: CERTO
Fixação
Gabarito: CERTO.
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Fixação
Na letra D, não é cabível tratamento desigual (de regra) e não comporta, maior
parte das vezes, procedimento prévio de licitação.
Gabarito: alternativa E.
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1. O artigo 42 da lei complementar estadual afirma a continuidade das
delegações de prestação de serviços públicos praticadas ao tempo da
instituição da agência, bem assim sua competência para regulá-las e fiscalizá-
las. Preservação da continuidade da prestação dos serviços públicos. Hipótese
de não violação de preceitos constitucionais.
(Parte 2 de 7)
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realização prévia de modalidades de licitação, como, por exemplo,
concorrência ou tomada de preços.
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Fixação
Comentários:
Item bastante interessante, sobretudo ante o que estabelece o art. 175 da CF,
que assim dispõe:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos.
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Como sobredito, não há uma definição Constitucional ou legal para serviços
públicos. O que há é a definição em Decreto do Poder Executivo Federal e de
natureza doutrinária.
Crítica: ora, o Estado também pode prestar os serviços de forma indireta (por
particulares – exemplo: concessionárias), logo, o presente critério não
estabelece uma boa definição de serviço público. Por esse motivo, é pouco
aceito nos dias atuais.
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atividades cercadas por normas de Direito Público. É o critério adotado pela
CORRENTE FORMALISTA.
Crítica: atualmente, nem todo serviço público é regido por normas de direito
público. Existem serviços (como a energia elétrica) prestados em caráter
essencialmente privados (por meio de concessionárias, por exemplo), com
apenas derrogações (interferências do direito público). É o que a doutrina
costuma chamar de sistema híbrido (um tanto público, outro tanto privado).
Subjetivo ou
Orgânico
Material ou
Essencialista Formalista
Definição de
Serviço Público
Críticas
Agora que já vimos os critérios para a definição dos serviços públicos, passa-
se à reprodução de mais uma das definições doutrinárias de serviços públicos
(Celso Antônio), pois, como sobredito, não há definição legal para serviço
público:
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Serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade
material fruível diretamente pelos administrados, prestado pelo Estado ou por
quem lhe faça as vezes, sob um regime de Direito Público – portanto,
consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais –
instituído pelo Estado em favor dos interesses que houver definido como
próprios no sistema normativo.
Fixação
Comentários:
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coletivas, não são de titularidade do Estado e nem por ele executados, porém,
não fogem da proteção do Estado no uso Poder de Polícia, enfim, devem ser
autorizados, regulamentados, e fiscalizados, não passam de verdadeiras
atividades privadas.
Fixação
(A) a execução direta por parte do Poder Público. (B) a submissão a regime
integralmente público, por meio de concessão ou permissão. (C) sua definição
em ato administrativo do Poder Público que delegar sua execução. (D) gestão
direta do Poder Público sobre a atividade delegada a particular. (E) previsão
em lei, passível de delegação de sua execução material.
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particulares, haverá, igualmente, normas de Direito Privado, a partir do que se
conclui que o sistema é híbrido, e não integralmente de Direito Público.
Gabarito: alternativa E.
Antes das classificações propriamente ditas, deve ser destacado que o serviço
público é atividade inconfundível com poder de polícia, obra pública, e
intervenção.
Por fim, nos termos do § 1.º do art. 173 da CF/1988, na atividade econômica
em sentido estrito, as empresas governamentais ficam sujeitas ao regime
próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e
tributárias; o que, no entanto, não alcança integralmente as empresas estatais
que prestam serviço público.
Próprios e impróprios;
Privativos e comuns.
Coletivos e Singulares
Esta primeira classificação apresenta a divisão em termos de generalidade, de
alcance de destinatários. Neste aspecto, os serviços podem ser uti universi e
uti singuli.
Serviços uti universi (ou gerais) são os serviços públicos prestados a grupos
indeterminados de indivíduos, a toda a coletividade,
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de iluminação pública; saneamento básico
etc.)
não se distinguindo os potenciais usuários. Portanto, serviços indivisíveis são
universais. Não é possível mensurar (medir) de modo exato sua utilização
pelos usuários (’per capita’), devendo ser financiados pelos impostos (quando
for o caso), dado o caráter não contraprestacional de tal tributo (exemplos:
segurança pública; saúde; iluminação pública – hoje custeada mediante
contribuição
Distintamente dos serviços uti universi, os uti singuli, pelo fato de admitirem
mensuração individualizada, dão ensejo à cobrança de exação tributária taxa,
caso o serviço seja prestado pelo Estado (caput do art. 7 do Código Tributário
Nacional: “serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição”), ou tarifa (espécie do gênero preço público, cobrado
por particulares – p.ex.: concessionárias e permissionárias).
Outro ponto de relevo é que as taxas, pelo fato de decorrerem de lei, detêm
caráter obrigatório (diz o Código Tributário – tributo é toda prestação
compulsória (...) – art. 4º). Assim, embora os serviços não sejam utilizados, o
administrado não tem a faculdade de deixar de quitar o débito junto ao Estado,
caso os serviços estejam em pleno funcionamento ou ao menos colocados à
disposição do contribuinte.
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Poder Público, uma relação administrativo-tributária, solucionada pelas regras
do Direito Administrativo (Resp 460271-SP – STJ).
Por sua vez, as tarifas serão cobradas no caso de utilização efetiva de serviços
públicos facultativos (não compulsórios), como os de energia elétrica. Afirma-
se, ainda, que as tarifas só podem ser cobradas pela prestação de serviços uti
singuli, o que, de certa forma, é verdadeiro.
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Propriamente Ditos (indelegáveis) e de Utilidade Pública (delegáveis)
Fixação
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
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Ao lado de serviços públicos exclusivos do Estado (art. 21, XI e XII, da
CF/1988, por exemplo), prestados direta ou indiretamente (concessão,
permissão, e autorização), em que se pressupõe o uso de atos de império,
destacam-se os serviços públicos não privativos. Vale dizer, aos particulares é
lícito o desempenho de tais serviços, independentemente de delegação do
Poder Público.
Observe-se que, embora não sejam serviços delegados pelo Estado, ficam
sujeitos ao controle deste, por meio do exercício regular do poder de polícia
administrativa. Há, inclusive, agência reguladora federal com competência para
tanto, a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Fixação
Comentários:
A autora Maria Sylvia esclarece que serviço público é toda atividade que a
Administração Pública executa, direta ou indiretamente, para satisfazer à
necessidade coletiva, sob regime jurídico predominantemente público. Abrange
atividades que, por sua essencialidade ou relevância para a coletividade, foram
assumidas pelo Estado, com ou sem exclusividade.
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indicados no artigo 21, XII, o serviço de gás canalizado (art. 25, § 2º). É nesse
sentido, inclusive, a jurisprudência do STF (ADPF 46). Vejamos, com os
destaques feitos por nós: O serviço postal – conjunto de atividades que torna
possível o envio de correspondência, ou objeto postal, de um remetente para
endereço final e determinado – não consubstancia atividade econômica em
sentido estrito. Serviço postal é serviço público. A atividade econômica em
sentido amplo é gênero que compreende duas espécies, o serviço público e a
atividade econômica em sentido estrito. Monopólio é de atividade econômica
em sentido estrito, empreendida por agentes econômicos privados. A
exclusividade da prestação dos serviços públicos é expressão de uma situação
de privilégio. Monopólio e privilégio são distintos entre si; não se os deve
confundir no âmbito da linguagem jurídica, qual ocorre no vocabulário vulgar. A
Constituição do Brasil confere à União, em caráter exclusivo, a exploração do
serviço postal e o correio aéreo nacional [art. 21, X]. O serviço postal é
prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, empresa
pública, entidade da Administração Indireta da União, criada pelo Decreto-Lei
509, de 10 de março de 1969. É imprescindível distinguirmos o regime de
privilégio, que diz com a prestação dos serviços públicos, do regime de
monopólio sob o qual, algumas vezes, a exploração de atividade econômica
em sentido estrito é empreendida pelo Estado. A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos deve atuar em regime de exclusividade na prestação dos
serviços que lhe incumbem em situação de privilégio, o privilégio postal. Os
regimes jurídicos sob os quais em regra são prestados os serviços públicos
importam em que essa atividade seja desenvolvida sob privilégio, inclusive, em
regra, o da exclusividade.
O julgado acima é útil para solucionar o item, que está ERRADO, e para
esclarecer que serviços públicos EXCLUSIVOS não são o mesmo que
monopólio, que é, de acordo com o julgado, atividade econômica em sentido
estrito, empreendida por agentes econômicos privados.
Para a autora, com relação aos serviços não exclusivos do Estado, pode-se
dizer que são considerados serviços públicos próprios, quando prestados pelo
Estado; e podem ser considerados serviços públicos impróprios, quando
prestados por particulares, porque, neste caso, ficam sujeitos a autorização e
controle do Estado, com base em seu poder de polícia. Enfim, são
considerados serviços públicos, porque atendem a necessidades coletivas;
mas impropriamente públicos, porque falta um dos elementos do conceito de
serviço público, que é a gestão, direta ou indireta, pelo Estado.
Gabarito: ERRADO.
Próprios e Impróprios
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agentes) ou indiretamente (por meio de concessionários e permissionários).
Fixação
2012/Cespe – Câmara dos Deputados Julgue o item que se segue, relativo aos
serviços públicos.
Por serem considerados próprios do Estado, só por este podem ser prestados,
sem possibilidade de delegação a terceiros. São exemplos de tais tipos de
serviço: a defesa nacional e a atividade policial. E os impróprios, para o autor,
são os serviços que a Administração, reconhecendo sua conveniência, MAS
NÃO A SUA NECESSIDADE E ESSENCIALIDADE, presta-os diretamente à
sociedade ou delega sua prestação a terceiros (p. ex: concessionários,
permissionários e autorizatários).
Fixação
A noção de "Serviço Público" é considerada por autores como Cretella Jr. "a
pedra angular do direito administrativo". No caso brasileiro, os serviços públicos
são classificados segundo algumas características. Os enunciados abaixo se
referem a essas características.
Comentários:
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não passam, portanto, de verdadeiras atividades privadas. Vencida esta
consideração, façamos a análise dos itens.
Gabarito: alternativa A.
Privativos e Comuns
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único do art. 2 da CF, de 1988).
Por sua vez, os serviços comuns são os que podem ser prestados
concorrentemente por duas ou mais pessoas federativas. Sobre o tema, a CF,
de 1988, no art. 23, enumerou os serviços comuns, como, por exemplo,
proteção ao meio ambiente e preservação das florestas.
Serviços de Utilidade
Serviços Próprios/Indelegáveis
Serviços Impróprios/Delegáveis
Serviços Industriais/Econômicos
Serviços não exclusivos Podem ser prestados pelo Estado ou por particulares,
por meio de autorizações, como, por exemplo, saúde e educação.
(1) Para Maria Sylvia Di Pietro, serviços próprios são aqueles em que o
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Estado é titular, seja a prestação direta ou indireta (concessionárias e
permissionárias, por exemplo). E impróprios, por sua vez, são as atividades
privadas que atendem à necessidade geral, sendo apenas autorizados pelo
Estado, como, por exemplo, previdência privada.
Fixação
(B) indelegáveis são aqueles que somente podem ser prestados pelo Estado,
ou seja, pelos seus próprios órgãos ou agentes.
(C) delegáveis são somente aqueles que por expressa disposição legal podem
ser executados pelo Estado ou por particulares.
(D) sociais são os que o Estado executa para atender a reclamos sociais
básicos e representam serviços assistenciais e protetivos.
Comentários:
A resposta é letra “C”, pois, para Hely Lopes, serviços delegáveis são aqueles
que, por sua natureza ou pelo fato de assim dispor o ordenamento, comportam
ser executados pelo Estado ou por particulares colaboradores.
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A atividade desenvolvida na exploração de minerais nucleares, prevista na
Constituição Federal, pode ser classificada na seguinte modalidade de serviço
público: a) administrativa b) extraordinária c) econômica d) delegável e)
singular
Comentários:
A questão foi formulada tomando por base os ensinamentos do autor José dos
Santos Carvalho Filho.
Para o autor, os serviços econômicos são aqueles que, por sua possibilidade
de lucro, representam atividades de caráter mais industrial ou comercial, razão
por que alguns os denominam de serviços comerciais e industriais. Apesar de
estarem as atividades econômicas dentro do sistema da liberdade de iniciativa
e, portanto, cabendo aos particulares exercê-las (art. 170, CF), o Estado as
executa em algumas ocasiões específicas. A própria Constituição o permite
quando para atender a relevante interesse coletivo ou a imperativo de
segurança nacional (art. 173). Em outras ocasiões, reserva-se ao Estado o
monopólio de certo segmento econômico, como é o caso da exploração de
minérios e minerais nucleares (art. 177) [alternativa C].
Gabarito: alternativa C.
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3. Competência para Prestação
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uma Sociedade de Economia Mista prestadora de serviço público de transporte
urbano coletivo, porém, do Estado de São Paulo e não do Município. É do
Estado porque é uma Companhia METROPOLITANA. E cabe ao Estado a
organização dos serviços situados nas regiões metropolitanas, nos termos do
§3º do art. 25 da CF/1988. E os serviços de gás? Isso mesmo. É localizado,
local, no entanto, de monopólio dos Estados.
(Parte 5 de 7)
Fixação
Gabarito: Letra E.
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Comentários: o gabarito preliminar deste item foi certo. Entretanto, com os
recursos, a banca teve de mudar para ERRADO no definitivo. Observemos as
justificativas expostas pelo CESPE: alterado de C para E, pois a assertiva não
contempla as exceções existentes no ordenamento constitucional, quais sejam,
a manutenção dos serviços de Ministério Público, Justiça e Defensoria Pública
pela União dentro do Distrito Federal.
present
e
Bom, até aqui tivemos contato com a competência privativa quanto à prestação
de serviços públicos, a qual, contudo, nem sempre se faz
Continuemos.
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V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
Por fim, atente-se para recente alteração pela Emenda Constitucional 53/2006.
Houve a inserção de leis complementares (plural) no lugar de lei complementar
(singular) no parágrafo único do art. 23 da CF/1988, com o propósito de se
evitar conflitos no âmbito da competência comum ou, mesmo, evitar a
prestação duplicada. Vejamos a nova redação:
Fixação
Os bancos alegaram, ainda, que a lei municipal atentava contra o art. 2, VII, da
CF, que estatui ser da competência privativa da União legislar sobre política de
crédito, câmbio, seguros e transferência de valores, e contra o art. 48, XIII, da
CF, que dispõe ser da competência reservada do Congresso Nacional dispor
sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas
operações.
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fundamentada, aos seguintes questionamentos:
Perceba que a prestação direta dos serviços públicos é efetuada pela própria
máquina estatal, seja centralizada ou descentralizadamente. É muito comum os
concursandos confundirem o conceito de prestação direta com o de
Administração Indireta, para concluir, equivocadamente, que se está diante da
Administração Indireta a prestação é indireta. Como esclarece Gustavo
Scatolino, a prestação direta corresponde à prestação por meio de sua própria
estrutura, seja por seus órgãos ou entidades da Administração Indireta. É o
caso do serviço postal, prestado pela
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União, com caráter de exclusividade por meio da Empresa Brasileira de Correio
e Telégrafos, ou do serviço de infraestrutura aeroportuária, por meio da
Infraero.
No caso do parágrafo acima, teremos o serviço público centralizado ou
descentralizado.
Vamos às respostas:
Nos termos do art. 175 da CF, de 1988, o Poder Público é sempre o titular dos
serviços públicos. A execução, entretanto, pode ser feita por particulares
(descentralização por colaboração ou negocial) As concessões de serviços
públicos podem ser comuns e especiais. As comuns estão disciplinadas pela
Lei 8.987, de 1995, nas espécies: “serviços públicos” e “serviços públicos
precedida de obra pública”. Por sua vez, as concessões especiais foram
delineadas pela Lei 1.079, de 2004, conhecida, vulgarmente, como Parceria
Público- Privada.
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2012. A seguir, o art. 1º da Lei 8.987, de 1995, que nos reforça o caráter geral
da norma:
IV - os serviços postais.
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Por serem destinados à coletividade, os serviços públicos sob a incumbência
do Estado ou de seus agentes delegatários (concessionárias e permissionárias,
por exemplo) devem ser prestados com observância de determinados padrões,
enfim, o serviço público prestado aos usuários, aos cidadãos, deve ser
adequado.
- Continuidade
(Parte 6 de 7)
5. A indenização por danos morais foi fixada em valor razoável pelo Tribunal a
quo (R$ 1.0,0), e atendeu sua finalidade sem implicar enriquecimento ilícito à
indenizada.
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A suposta necessidade da continuidade do serviço público, de acordo com o
Código de Defesa do Consumidor, não se traduz em uma regra de conteúdo
absoluto, em vista das limitações previstas na Lei n. 8.987/97. Aliás, nessa
linha de entender, a colenda Primeira Turma, por meio de voto condutor da
lavra do ilustre Ministro Teori Albino Zavascki, assentou que "tem-se, assim,
que a continuidade do serviço público assegurada pelo art.2 do CDC não
constitui princípio absoluto, mas garantia limitada pelas disposições da Lei n.
8.987/95, que, em nome justamente da preservação da continuidade e da
qualidade da prestação dos serviços ao conjunto dos usuários, permite, em
hipóteses entre as quais o inadimplemento, a suspensão no seu fornecimento”.
Nos acordos entre particulares, a regra é que o descumprimento por uma das
partes abre espaço para que outro polo da relação deixe de cumprir a
obrigação assumida. Nos contratos de serviços públicos, por sua vez, o
descumprimento pelo Poder Concedente não autoriza que a concessionária
interrompa a execução dos serviços. Nos termos da Lei 8.987, de 1995, a
interrupção, nesse caso, depende de sentença judicial transitada em julgado.
Enfim, não é oponível ao Poder Concedente a exceção do contrato não
cumprido. É importante que o candidato não confunda a regra dos serviços
públicos com a prevista na Lei 8.6, de 1993. Nos contratos
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administrativos, regidos pela Lei de Licitações, depois de 90 dias de
inadimplência do Estado-contratante, faculta-se a interrupção dos serviços
contratados com base naquela outra norma. Mas lá, chame-se atenção, não
são serviços públicos,.
Fixação
Gabarito: alternativa A.
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de consumo de meses, em face da essencialidade do serviço, posto bem
indispensável à vida.
É que resta cediço que a 'suspensão no fornecimento de energia elétrica
somente é permitida quando se tratar de inadimplemento de conta regular,
relativa ao mês do consumo, restando incabível tal conduta quando for relativa
a débitos antigos não-pagos, em que há os meios ordinários de cobrança, sob
pena de infringência ao disposto no art. 42 do Código de Defesa do
Consumidor.
Cumpre observar que a vedação da suspensão dos serviços não diz respeito,
obviamente, ao desvio do serviço de forma fraudulenta (o vulgo “gato”).
Sabendo, no entanto, que o débito decorrente de suposta fraude no medidor
não pode ser apurada unilateralmente pela concessionária, sob pena de ser
ilegítima a suspensão do fornecimento, pelo fato de não se garantir ao usuário
o exercício da ampla defesa e do contraditório.
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Nesse contexto, pergunta-se: é possível o corte do fornecimento de água? Sim,
é possível. O Supremo Tribunal Federal – STF sinalizou que a cobrança de
água pode ser formalizada por preço público, logo, não tem, necessariamente,
caráter tributário. Sendo assim fixado por Decreto do Poder Concedente,
admite-se a interrupção em virtude do inadimplemento do usuário.
Fica o recado:
- De acordo com o REsp 594095, o STJ entende que é legal o corte da energia,
desde que não sejam atingidas áreas cuja supressão do serviço possa
acarretar perigo à segurança da população ou demasiado prejuízo à
coletividade, tais como delegacias, ruas, hospitais e escolas públicas.
- Generalidade
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uniforme em relação aos
administrados
discriminação, a todos que satisfaçam as condições para sua obtenção, sendo
imprescindível a observância de um padrão
Por outro lado, a prestação de serviço público não deve conter discriminações,
quando, é claro, as condições entre os usuários sejam técnica e juridicamente
idênticas. Afinal, como já dizia Aristóteles, devemos tratar os iguais na medida
de suas igualdades e os desiguais à medida que se desigualam. Assim, não há
qualquer ofensa ao princípio da universalidade a existência de faixas distintas
de tarifas, por exemplo.
– Atualidade
Tal requisito guarda estreita relação com o princípio da eficiência, como se vê,
mas com ele não se confunde. Dos requisitos de serviço adequado é o único
que tem definição na Lei 8.987/19953!
3 § 2º do art. 6º.
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aperfeiçoamento, para que os frutos da ciência e da tecnologia sejam
distribuídos o mais rápido e amplamente possível.
Fixação
Comentários:
Certamente, o bom candidato ficaria entre as alternativas “A” e “B”, afinal são
requisitos previstos no art. 6º da Lei 8.987, de 1995. Há uma inclinação de o
concursando escolher “eficiência”, porém, como sobredito, o único requisito
com definição legal é a “atualidade” (princípio do aperfeiçoamento).
Gabarito: alternativa A.
Ao longo desta aula, o amigo leitor já teve e terá outros sinais de que a forma
de remuneração das concessões ocorre por meio de tarifas, que é espécie de
preço público, e não por taxas (espécie tributária). Assim, de modo geral, a
tarifa deve se destinar à manutenção do serviço, bem como ao seu contínuo
aperfeiçoamento, proporcionando a justa remuneração ao concessionário, de
acordo com o estabelecido no contrato firmado.
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tais patamares, se
necessário
Para que mantenham o equilíbrio financeiro inicialmente estabelecido,
estipulado, as tarifas deverão ser revisadas periodicamente, para mais ou para
menos, em razão do evento verificado (art. 9º da Lei 8.987/1995). Esclareça-se
que as alterações unilaterais nos contratos de concessão não observam o
limite de 25%, conforme previsto na Lei 8.6/1993, sendo cabível, portanto, o
dever da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro acima de
Voltando um pouco: o que são receitas alternativas? Vai dizer que não ficou
com dúvidas? O Tribunal de Contas da União, recentemente, reviu o projeto do
“Trem-bala” para que recalculassem as tais receitas alternativas, sabiam?
Bom, ninguém duvida que a prestação dos serviços públicos seja pautada na
modicidade da tarifa, isto é, as tarifas devem ser módicas o suficiente para
permitir a inclusão de um maior número de usuários quanto à utilização do
serviço concedido. Pergunta o amigo concursando: mas o que isso tem a ver
com receita alternativa? Tudo, respondemos.
Para o cálculo das tarifas devem ser consideradas, ainda, outras fontes
provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de
projetos associados que poderão ser gerados com a concessão (art. 1 da Lei).
Quem nunca percebeu, por exemplo, ao longo das estradas tarifadas (Via
Dutra ou Carvalho Pinto ou Bandeirantes ou qualquer rodovia tarifada),
terrenos públicos sendo explorados por particulares? Isso mesmo. São (ou
podem ser) receitas alternativas, utilizadas com a finalidade de ajudar no custo
do serviço, revertendo em redução da tarifa para o usuário.
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e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos
de usuários (art. 13). Essa última passagem reforça a ideia de as tarifas serem
diferenciadas não importa ofensa ao princípio da igualdade (da
universalização). Nesse quadro, veja-se a tarifa social de energia elétrica, cujos
valores são menores para a população de menor renda, desde que se atenda
diversos critérios, tais como: renda, consumo per capita, etc. Enfim, não há
qualquer ilegalidade em cobranças diferenciadas pela prestação de serviços
públicos, ante o que estabelece o princípio da igualdade.
– Cortesia
Um breve parêntese. Talvez este seja entre os requisitos aquele que muitas
vezes sentimos falta, não é verdade? Porém, é dever do prestador do serviço
tratar com civilidade, com urbanidade, os usuários-cidadãos do serviço público,
dado que sem os usuários o que seria do serviço público?
- Segurança
dignidade do destinatário do
serviço
Obviamente, essas medidas possuem uma relação de custo-benefício que
deve ter em conta não só fatores econômicos, mas também a
– Eficiência
O princípio, ou dever, de eficiência encontra embasamento constitucional (art.
37, caput, da CF/1988), como tivemos oportunidade de estudar. Ao se proceder
a avaliações quanto à eficiência, o Poder Público poderá aperfeiçoar suas
alocações de recursos, aportando recursos de maneira adequada entre o
serviço a ser prestado e a demanda social.
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A lista completa dos requisitos do serviço adequado está na Lei 8.987/1995,
em seu art. 6º: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa C.
Fixação
Assinale a opção que contenha condições que não são tidas como necessárias
para a caracterização do serviço adequado, nos termos da Lei n. 8.987/95.
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a) Regularidade/modicidade das tarifas. b) Continuidade/cortesia. c)
Controle/economicidade. d) Eficiência/generalidade.
e) Atualidade/segurança.
Comentários:
Gabarito: alternativa C.
Fixação
(2010/FCC – TJ/PI – Assessor) NÃO corresponde a um dos princípios
inerentes ao regime jurídico dos serviços públicos o princípio da:
(E) individualização.
Comentários:
Gabarito: alternativa
E
5.2. Direitos e Obrigações
Por exemplo: o contrato de obra pública entre a União e a construtora “X” gera
o dever de a União remunerar os serviços prestados, e o direito de receber o
serviço adequado; gera o direito de a construtora receber pelos serviços, e o
dever de
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prestar o serviço adequado. Há apenas dois polos na relação contratual.
Nos contratos de concessão de serviços públicos, por sua vez, os efeitos são
trilaterais, e, em alguns casos, até quadrilaterais.
Trilaterais? Quadrilaterais? Professor, pode explicar mais detalhadamente tais
efeitos? Sim, vamos por partes.
Como nos esclarece Maria Sylvia Di Pietro, devem ficar a cargo do Estado as
atividades que lhe são próprias como ente soberano, consideradas
indelegáveis ao particular (segurança, defesa, justiça, relações exteriores,
legislação, polícia); e devem ser regidas pelo princípio da subsidiariedade as
atividades sociais (educação, saúde, pesquisa, cultura, assistência) e
econômicas (industriais, comerciais, financeiras), as quais o Estado só deve
exercer em caráter supletivo da iniciativa privada.
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exemplo, no Brasil, as Parcerias Públicas Privadas, os Contratos de Gestão, os
Termos de Parceria.
No entanto, esse afastamento não deve ser feito de forma atropelada. Exige-se
do Estado o mínimo de planejamento. Nesse contexto, com a entrega da
prestação de serviços públicos a particulares, houve a necessidade de o
Estado intensificar o controle, a fiscalização e a normatização dos setores
entregues aos particulares. Para esse fim, surgiram as Agências Reguladoras.
Falou-se até aqui de contrato de concessão. Porém, é digno de nota que nem
toda concessão é formalizada por contratos administrativos. É o caso da
concessão de uso especial para fins de moradia, prevista na Lei 1.481, de 2007
(ato administrativo). E da concessão para a exploração das jazidas, nos termos
do art. 176 da CF, de 1988 (ato administrativo). Entretanto, essas duas últimas
não se trata de concessões de serviços públicos.
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Professor, então entidades administrativas, como, por exemplo, Autarquias,
não podem funcionar como Poder Concedente? Não é bem assim. Vejamos.
XI - incentivar a competitividade; e
XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de
interesses relativos ao serviço.
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AULA 04: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
No mais, vamos estudar! Grande abraço e boa aula a todos! Cyonil Borges.
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1. As Formas de Agir na Esfera Administrativa 3
1.1. Centralização X Desconcentração X
3
Descentralização
1.2. Descentralização Administrativa X Política 10
1.3. Modalidades de Descentralização Administrativa 1
2. Administração Direta 18
2.1. Conceito e Composição 18
2.2. Órgãos Públicos 20
2.2.1. Conceito 20
2.2.2. Capacidade Processual dos Órgãos Públicos 2
2.2.3. Classificação dos Órgãos Públicos 25
2.2.4. Teorias 35
3. Administração Indireta 36
3.1. Autarquias 37
3.1.1. Conceito 37
3.1.2. Características Gerais 38
3.1.3. Classificação 45
Sumário
Economia Mista 48
3.2.1. Conceito 49
3.2.2. Características Gerais (comuns e
51
diferenciais)
3.3. Fundações Públicas 64
3.3.1. Conceito 65
3.3.2. Características Gerais 68
3.4. Subsidiárias na Administração Pública 73
3.2. Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedades de 3.5. Observações
Finais: Reserva Legal, Especialidade e Controle 79
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1. As Formas de Agir na Esfera Administrativa 1.1. Centralização X
Desconcentração X Descentralização
Quer se referir àquela pessoa que realiza as tarefas sem qualquer distribuição
de parcela da atribuição a qualquer pessoa. Por exemplo: na casa de Eva, ele
é quem lava, passa e cozinha, logo realiza as tarefas de forma centralizada. Já
na casa de Dona Penélope, é Adão quem cozinha, lava, e passa, houve
distribuição de determinadas tarefas de titularidade de “Penélope” a outra
pessoa [Adão] (Penélope age de forma inteligente, para que centralizar se é
possível descentralizar, tudo em nome da eficiência!).
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Professor, entendi a parte da centralização. Pode agora detalhar a
desconcentração? Vamos lá!
Verdade. Órgãos não são pessoas, mas sim partes de uma, tal como os órgãos
do corpo humano. Voltar-se-á a falar de órgãos mais adiante, no tópico de
Administração Direta.
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Por exemplo: a autarquia federal Banco Central encontra-se vinculada ao
Ministério da Fazenda; a fundação pública federal FUNASA, vinculada ao
Ministério da Saúde; a sociedade de economia mista federal Companhia Docas
do Estado de São Paulo é vinculada à Secretaria de Portos.
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Fixação
Analise os casos concretos narrados a seguir e classifique os como sendo
resultado de um dos fenômenos listados de acordo com o seguinte código:
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C = centralização D = descentralização DCON = desconcentração. Após a
análise, assinale a opção que contenha a sequência correta.
Comentários:
Para esse tipo de questão, a primeira coisa é identificar onde se tem órgãos ou
entidades, afinal dois ou mais órgãos dão origem ao processo de
desconcentração.
Fixação
2012 – Cespe – Câmara dos Deputados
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O processo de desconcentração não se confunde com o de descentralização.
Gabarito: ERRADO.
Professor, acima foi falado em descentralização para pessoas físicas. Pode
explicar isso melhor? Claro, vamos lá!
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Administração Indireta nascerá. Ao se criar no interior dessa autarquia uma
superintendência, uma gerência ou uma diretoria, todas essas unidades serão
ORGÃOS criados na entidade, a qual, portanto, desconcentra a atividade.
Logo, é possível a desconcentração dentro do processo de descentralização.
Fixação
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retirados do centro e transferidos para outras pessoas, garantindo-se maior
eficiência.
Fixação
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Fixação
Comentários:
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- O Estado pode realizar suas tarefas de forma centralizada, desconcentrada, e
descentralizada;
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1.3. Modalidades de Descentralização Administrativa
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Já a Descentralização por Colaboração se verifica quando a execução de um
serviço público é transferida à pessoa jurídica de direito privado, ou mesmo à
pessoa física, por meio de contrato ou ato administrativo, conservando o Poder
Público a titularidade do serviço.
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Com relação às duas últimas (mistas e empresas públicas), adianta-se que
costumam ter dois campos de atuação: ora exploram atividades econômicas,
em razão do que dispõe o art. 173 da CF/1988, sobretudo no seu §1º; ora são
prestadoras de serviços públicos, nos termos do art. 175 da CF/1988.
Acrescenta-se que, para parte da doutrina nacional [que não prevalecerá nos
concursos públicos], somente as autarquias são aplicações da
descentralização por serviços. É que o pré-histórico Decreto Lei 200, de 1967,
define apenas a autarquia como entidade prestadora de serviço público típico
do Estado. Porém, o estudo da evolução das formas de descentralização
funcional ou por serviços mostra que, além das autarquias, foram criadas
pessoas jurídicas por parte do Estado e a elas foram transferidas a titularidade
e execução de serviços públicos. É o exemplo da ECT, prestadora de serviço
público de correspondência postal.
Fixação
Comentários:
Antes que alguém reclame, o item está certo mesmo. Houve quem reclamasse
desse item, pois fala em unidades (e não entidades) dotadas de personalidade
jurídica própria. Abstraindo a pequena “brincadeira” do examinador, quando se
afirma que são distribuídas competências materiais entre entidades (unidades
administrativas) dotadas de personalidades jurídicas distintas, diz-se, com isso,
que há mais de uma pessoa envolvida na situação. E isso quer dizer
descentralização administrativa.
Antes de prosseguir, um quadro-resumo entre a descentralização por serviços
e por colaboração, considerando a incidência deste modelo de questão.
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O Estado cria a entidade O Estado, em regra, não criará a entidade que
executará a atividade.
Ocorre a transferência de
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa E.
Fixação
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Borges
Enquanto a desconcentração é um modo de realizar a prestação de
determinado serviço público instalando unidades do próprio órgão, com certo
poder de decisão, mais próximo dos seus usuários, com distribuição interna de
competências, a descentralização ocorre ao transferir-se tal atendimento ou
execução, para outras pessoas ou entidades criadas com essa finalidade.
a) Correta a assertiva.
Nas passagens acima, revimos que o Estado pode tanto criar uma entidade
para a execução de determinada atividade (p. ex.: prestação de serviços
públicos), bem como pode delegar a prestação do serviço público a um
particular.
Antecipo que essa última tem sido a mais empregada pelo Estado,
especialmente a partir da Reforma do Aparelho do Estado (o denominado
processo de “desestatização”).
Gabarito: alternativa A.
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públicos, o Poder Público busca na iniciativa privada, ora com fins lucrativos,
ora sem fins lucrativos, firmar parcerias.
(Parte 2 de 7)
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1. 1
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4. 4
5. 5
6. 6
7. 7
Essas unidades, também denominadas de entidades de cooperação,
receberiam tais atribuições a partir de leis específicas e de atos administrativos
concretos de reconhecimento, modalidade assemelhada à autorização e à
permissão. Trata-se de institutos ainda em desenvolvimento, mas que têm seu
lugar garantido numa sociedade dinâmica e participativa.
Por fim, registra-se a confusão conceitual trazida pelo Decreto Lei 200, de
1967. No art. 10, previu-se que a descentralização será feita em três planos:
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Crítica: a norma não faz referência, nesse ponto, à descentralização. O
conceito está alinhado, sim, à desconcentração administrativa.
Fixação
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Borges
Comentários:
Gabarito: alternativa A.
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Notou a mudança? Pela CF/1988, a Administração Direta se faz presente em
todos os Poderes e corresponde ao “conjunto de órgãos que integram as
pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de
forma centralizada, das atividades administrativas do Estado” (José dos Santos
Carvalho Filho).
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Curso Teórico de Direito Administrativo para a TRT GO Profº Cyonil Borges –
aula 04
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2.2. Órgãos Públicos
2.2.1. Conceito
Curiosidade
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Pela CF/1988, órgãos devem ser criados por lei, e, por simetria, extintos por lei
[princípio da reserva legal – art. 8]. Tanto isso é verdade que o chefe do
Executivo Federal fica impedido de expedir Decretos Autônomos [inc. VI do art.
84 da CF, de 1988] para a criação e extinção de órgãos públicos.
Fixação
Comentários:
A letra “A” deve ser descartada de imediato, pois órgãos públicos não possuem
personalidade.
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Borges
A letra “D” tem um problema bem grave: como órgãos não possuem
personalidade, não podem tais unidades ter patrimônio em seu nome.
Na letra “E”, temos o conceito mais adequado, já que órgãos são conjuntos de
agentes, com competências próprias, mas em personalidade jurídica. Perceba
a sutileza entre a alternativa “B” e “E”. Os órgãos são compostos por agentes e
competências. Na letra “B”, menciona-se que órgãos é um conjunto de
agentes!
Gabarito: alternativa E.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
Portanto, quando um órgão precisa mover uma ação, quem figurará no polo
ativo será a pessoa jurídica da qual ele é unidade integrante. Idêntico raciocínio
é válido para o acionamento dos órgãos [polo passivo], ou seja, será a pessoa
jurídica que responderá ao processo. Isso se deve, basicamente, ao art. 7o do
Código de Processo Civil,
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que diz que toda PESSOA que acha no exercício de seus direitos tem
capacidade para estar em juízo. Órgão não é pessoa, logo, não pode, em
regra, se situar como parte no processo.
Essa, porém, não é uma regra absoluta, há exceção. É o caso dos órgãos de
estatura constitucional (independentes e autônomos), para defesa de suas
prerrogativas ou atribuições constitucionais.
(Parte 3 de 7)
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1. 1
2. 2
3. 3
4. 4
5. 5
6. 6
7. 7
8. (Parte 4 de 7)
9. Por outro lado, órgãos de menor estatura (superiores e subalternos), não
precisam de capacidade processual. Conflito entre estes pode ser
resolvido no plano hierárquico, por meio de decisões dos órgãos mais
elevados.
10. Detalhe: alguns autores usam, volta e meia, a expressão “personalidade
judiciária” para indicar a capacidade processual de um órgão. Tenham
atenção a isso, então – personalidade JUDICIÁRIA (e não jurídica) vem
a ser a possibilidade de alguém figurar como parte em um processo. E
isso pode acontecer com um órgão, ok?
11. Vamos sintetizar os traços distintivos entre os órgãos e as entidades:
12. NEM TODOS gozam de autonomia Têm autonomia administrativa NÃO
têm patrimônio próprio Têm patrimônio próprio
13. REGRA: Não tem capacidade processual, por serem despersonalizados
14. EXCEÇÃO: Alguns possuem personalidade jurídica (Ex.: órgãos
independentes e
15. Capacidade Processual Possuem Personalidade Jurídica
16. Curso Teórico de Direito Administrativo para a TRT GO Profº Cyonil
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17. autônomos)
18. Fixação
19. (2009/CESPE/TCU/Auditor) Em regra, os órgãos, por não terem
personalidade jurídica, não têm capacidade processual, salvo nas
hipóteses em que os órgãos são titulares de direitos subjetivos, o que
lhes confere capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas
e competências.
20. Comentários:
21. A capacidade judiciária ou personalidade judiciária ou processual é
atributo entregue às pessoas físicas ou jurídicas de figurarem qualquer
dos polos da relação processual, com outras palavras, é a capacidade
de estar em juízo. Portanto, os órgãos estariam despidos da capacidade
judiciária, exatamente por não contarem com personalidade jurídica.
22. Acontece que os Tribunais e a doutrina reconhecem que determinados
órgãos (independentes e autônomos) podem, por exemplo, impetrar
mandado de segurança, na defesa de suas prerrogativas
constitucionais, o que torna o quesito correto.
23. Gabarito: CERTO.
24. Fixação
25. Órgãos e entidades compõem a Administração Pública brasileira.
Assinale no rol abaixo a prerrogativa que todas as entidades possuem,
mas que se faz presente somente em alguns órgãos, de natureza
constitucional, para a defesa de suas atribuições institucionais:
26. a) autonomia funcional b) orçamento próprio c) patrimônio próprio d)
capacidade judiciária e) titularidade de serviços públicos
27. Comentários:
28. Questão interessantíssima. Vamos às análises, para desvendarmos o
gabarito.
29. Item A – INCORRETO. Todas as entidades (leia-se: pessoas jurídicas)
são autônomas, no entanto apenas alguns órgãos gozam de autonomia
funcional. Assim, a priori, o candidato seria inclinado a marcar a
alternativa “A”. Acontece que não é qualquer distinção, mas
característica distintiva “para a defesa de suas atribuições institucionais”,
o que não é o caso.
30. Curso Teórico de Direito Administrativo para a TRT GO Profº Cyonil
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31. Item B – INCORRETO. Um bom candidato poderia ter marcado o
presente quesito, afinal alguns órgãos (a exemplo das entidades)
contam mesmo com orçamento próprio. Acontece que o comando da
questão fala em prerrogativa para a “defesa das atribuições
institucionais”, ou seja, o fato de ter ou não orçamento próprio não é
fator decisivo para a defesa das atribuições institucionais, daí a
incorreção do quesito. Excelente quesito! As alternativas “A” e “B” foram
excelentes.
32. Item C – INCORRETO. Órgãos não têm patrimônio, não havendo
exceção, daí a incorreção.
33. Item D – CORRETO. A capacidade judiciária ou processual é atributo
entregue às pessoas (físicas ou jurídicas) de figurarem qualquer dos
polos da relação processual, com outras palavras, é a capacidade de
estar em juízo. Portanto, os órgãos estariam despidos da capacidade
judiciária, exatamente por não contarem com personalidade jurídica.
34. Acontece que os Tribunais e a doutrina reconhecem que determinados
órgãos (independentes e autônomos) podem, por exemplo, impetrar
mandado de segurança, na defesa de suas prerrogativas
constitucionais, o que torna o quesito correto (não são todos, apenas
alguns órgãos, como mencionado no comando da questão).
35. Uma última observação. O Código do Consumidor dispõe que órgãos,
ainda que sem personalidade jurídica, podem promover a liquidação e a
execução de indenizações.
36. Item E – INCORRETO. A titularidade de serviços só pode ser atribuída
às pessoas físicas ou jurídicas, logo, os órgãos não podem ter a
titularidade dos serviços, daí a incorreção do quesito. E mais: conquanto
tivessem a titularidade dos serviços públicos, isso, de per si, não seria
condição suficiente para a defesa de suas prerrogativas institucionais.
37. Gabarito: alternativa D.
38. 2.2.3. Classificação dos Órgãos Públicos
39. O Direito Administrativo é, certamente, o ramo do Direito como mais
classificações. A ausência de codificação, sistematização, possibilita que
os doutrinadores “inventem” os signos mais diversos, talvez para se
destacarem uns dos outros. Em matéria de órgãos públicos a história
não é diferente, há um sem-número de classificações, por isso, utilizar-
se-á daquelas com maior incidência nos concursos públicos.
40. I) Quanto à posição estatal, podem ser:
41. Independentes ou primários: são os órgãos que decorrem diretamente
da Constituição, sem que tenham subordinação hierárquica a qualquer
outro. São os responsáveis por traçarem o destino da nação ou, de certa
forma, contribuírem para tanto, p. ex.: Chefia do Executivo (Presidente,
Governador e Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o de
Contas); e Ministério Público. Para se identificar um órgão independente,
basta sentar na cadeira do Chefe e olhar para cima, se não há outro
órgão acima, é porque estamos diante de órgão independente.
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43. Autônomos: são órgãos igualmente localizados no ápice da
44. Administração, contudo, subordinados diretamente aos independentes,
com plena autonomia financeira, técnica e administrativa. Por exemplo:
Ministérios (e as Secretarias estaduais e municipais) e Advocacia Geral
da União. Mais uma vez, é fácil de identificá-los, senta na cadeira do
Chefe da Casa Civil, quem o chefe vê? O Presidente, não é mesmo. E
acima? Ninguém, logo, se está diante de órgão autônomo, existe apenas
uma cadeia hierárquica, perceberam?
45. Superiores: os denominados diretivos. São os órgãos encarregados do
controle, da direção, e de soluções técnicas em geral, e, diferentemente
dos autônomos e dos primários, não gozam de autonomia financeira e
administrativa. São exemplos: as inspetorias, os gabinetes, as divisões.
46. Subalternos: também chamados de subordinados, são os órgãos
encarregados dos serviços rotineiros, com pouco (ou nenhum) poder
decisório, como seria o caso de atendimento ao público, por exemplo:
portarias, seções de expediente e protocolos.
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48.
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49. Fixação
50. A AGU e os ministérios são órgãos autônomos cujos dirigentes estão
diretamente subordinados à Presidência da República, que é
independente, caracterizando-se pela ausência de subordinação
hierárquica ou funcional. (Certo/Errado)
51. Comentários: O gabarito preliminar foi CERTO.
52. Como sobredito, quanto à posição estatal, os órgãos públicos
classificam-se em: independentes, autônomos, superiores e subalternos.
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54.
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55. Ocorre que a redação está ambígua, e, bem por isso, a banca optou
pela anulação. Vejamos as razões da anulação:
56. A redação do item efetivamente gerou ambiguidade, pois permite inferir
que a AGU e os ministérios se caracterizam pela ausência de
subordinação hierárquica ou funcional, quando, na realidade, tal
característica deveria se referir apenas à Presidência da República. Por
tais razões, defere-se o recurso para anular o item.
57. Gabarito: ANULADA.
58. I) Quanto à estrutura, os órgãos são divididos em:
59. Simples: são também chamados de unitários, porque não há outros
órgãos abaixo deles (leia-se: não há desconcentração do órgão em
outros órgãos). Hipoteticamente: a Presidência é órgão composto,
porque desconcentrada em Ministérios, os quais, por sua vez, são
igualmente compostos, porque desconcentrados em gabinetes e em
departamentos, já o serviço de protocolo, localizado no departamento de
pessoal do Ministério, é órgão unitário, porque é o último da cadeia de
desconcentração, não havendo outro órgão a seguir. Síntese: são
órgãos em que não há mais existem divisões.
60. Observação: não confundir o fato de órgão ser unitário com o número de
agentes. No nosso exemplo, o protocolo, apesar de unitário, pode contar
com 10, 15, 20 ou mais servidores lotados.
61. Compostos: um exemplo bastante citado é o de uma
62. Secretaria de Educação, a qual tem sua função principal (atividade
finalística) desempenhada por outras unidades escolares. Perceba que
estamos diante do processo de desconcentração, sendo, portanto, o
traço característico da classificação dos órgãos em compostos.
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64. I) Quanto à atuação funcional, podem ser:
65. Singulares: reconhecidos como unipessoais, isso porque a decisão do
órgão [sua voz final] parte de um único agente, como é o caso da
Presidência da República. São órgãos organizados, muitas das vezes,
verticalmente, donde decorre serem chamados por alguns estudiosos de
burocráticos.
66. Observação: o autor Celso Antônio Bandeira de Mello troca o nome
singular por simples. Assim, cuidado, porque não existem verdades
absolutas nos concursos públicos.
67. Colegiados: os chamados pluripessoais ou coletivos.
68. Nesses órgãos o que vale é o quorum, não sendo suficiente a decisão
isolada do Chefe ou de um dos agentes. São órgãos deliberativos,
organizados horizontalmente (as pessoas estão em um mesmo plano,
sem hierarquia, verticalidade) em que prevalece a decisão da maioria,
para a formação de um único ato (diga-se de passagem, simples, por
decorrer da vontade de um único órgão). São exemplos: Conselho
Nacional de Justiça, Tribunais de Contas, Conselho de Contribuintes.
69. José dos Santos Carvalho Filho registra dois tipos de órgãos coletivos:
70. a) De Representação Unitária: nestes a exteriorização da vontade do
dirigente do órgão é suficiente para demonstrar a vontade do próprio
órgão; b) De Representação Plúrima: nos quais a exteriorização da
vontade do órgão provém da unanimidade ou da maioria das vontades
dos agentes que o integram, em regra por meio de votações. É o caso
das decisões dos Tribunais de Contas, cujas decisões, na maior parte
das vezes, vêm da composição da vontade do colegiado.
71. Observação: o conselho de contribuinte pode, ainda, ser classificado
como órgão contencioso e o Tribunal de Contas como órgão verificador,
dentro da classificação do autor Celso Antônio Bandeira de Mello.
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74. Fixação
75. FGV - TL (SEN)/Apoio Técnico e Administrativo/Administração/2008 (e
mais 1 concurso)
76. Em relação aos órgãos públicos, é correto afirmar que:
77. a) são repartições internas das pessoas de direito público, às quais a
ordem jurídica atribui personalidade jurídica.
78. b) não têm capacidade de ser parte em processos judiciais em virtude
da ausência de personalidade jurídica.
79. c) de natureza colegiada só produzem externamente a sua vontade com
os votos da totalidade de seus membros.
80. d) só podem conter, em seus respectivos quadros, servidores
estatutários, dotados ou não de estabilidade.
81. e) são compartimentos internos das pessoas de direito público
destituídos de personalidade jurídica, mas dotados de competência
específica.
82. Comentários:
83. Na letra “A”, apesar da redação um tanto duvidosa, o examinador quis
se referir às repartições internas, que seriam os órgãos, dizendo que
eles possuem personalidade jurídica. Não possuem. São desprovidos de
personalidade.
84. Na letra “B”, lembre-se de que, em alguns casos, os órgãos podem
assumir a capacidade de ser parte em processos judiciais.
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86. Na letra “C”, nem sempre nos órgãos colegiados é necessário que a
manifestação de vontade se dê pela totalidade dos membros.
87. A letra “D” traz uma exigência que não encontra qualquer amparo legal:
não há necessidade de se ter nos órgãos apenas estatutários
(servidores regidos por normas próprias). Um órgão pode ter em sua
composição, por exemplo, um temporário ou um empregado público.
88. A letra “E” está certa. Os órgãos são compartimentos (centros de
competência). Fazem parte das pessoas de direito público, ou mesmo
de direito privado.
89. Gabarito: alternativa E.
90. Fixação
91. Quanto à sua posição estatal, o órgão que possui atribuições de direção,
controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao controle hierárquico
de uma chefia mais alta, não tem autonomia administrativa nem
financeira, denomina-se:
92. a) órgão subalterno. b) órgão autônomo. c) órgão singular. d) órgão
independente. e) órgão superior
93. Comentários:
94. As informações fundamentais são que o órgão em questão não tem
autonomia financeira e tem funções diretivas.
95. Pela primeira parte (sem autonomia financeira), podem ser eliminadas
as alternativas “B” e “D”, afinal órgãos autônomos e independentes
gozam de autonomia financeira.
96. Pela última parte (atribuições de direção), pode ser descartada a letra
“A”, isso porque órgãos subalternos não têm poder decisório.
97. Restam, assim, as alternativas “C” e “E”. A Presidente da República é
órgão singular, porque a decisão final decorre da vontade de um único
agente [presidente da República]. E classificado como órgão
independente. Voilà! Chegamos à alternativa “E”.
98. Gabarito: alternativa E.
99. Fixação
100. Cespe – AGU - 2012
101. Com referência à classificação dos órgãos da administração
pública, julgue o item a seguir.
102. Os órgãos da administração são classificados, quanto à estrutura,
como simples, ou unitários, e compostos; quanto à atuação funcional
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104. ou à composição, classificam-se como colegiados, ou coletivos, e
singulares. (Certo/Errado).
105. Comentários: O gabarito preliminar foi CERTO.
106. Para parte da doutrina, quanto à estrutura, os órgãos são
classificados como simples e compostos; e, quanto à atuação funcional,
coletivos e singulares.
107. Ocorre que não há indicação bibliográfica, e, como sobredito, o
autor Celso Antônio nomina “singular” no lugar de “simples”. Daí decidiu-
se pela anulação.
108. Razões da banca:
109. Deferido. Segundo Hely Lopes Meirelles, na obra Direito
Administrativo Brasileiro, 36ª edição, Malheiros Editores, São Paulo, 73
e 74, “quanto à estrutura, os órgãos podem ser simples ou compostos”.
E acrescenta: “quanto à atuação funcional, os órgãos podem ser
singulares ou colegiados”. Segundo também Maria Sylvia Zanella Di
Pietro, na obra Direito Administrativo, 23ª edição, Editora Atlas, São
Paulo, 508 e 509, “quanto à estrutura, os órgãos podem ser simples ou
unitários (constituídos por um único centro de atribuições, sem
subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos
maiores) e compostos (constituídos por vários outros órgãos, como
acontece com os Ministérios, as Secretarias de Estado, que
compreendem vários outros, até chegar aos órgãos unitários, em que
não existem mais divisões)”. E acrescenta: “quanto à composição,
classificam-se em singulares (quando integrados por um único agente) e
coletivos (quando integrados por vários agentes)”. Contudo,
efetivamente existem conceituações diversas na doutrina, a exemplo de
Celso Antônio Bandeira de Mello, na obra Curso de Direito
Administrativo, 28ª edição, Malheiros Editores, São Paulo, 141, segundo
o qual “os órgãos, quanto à estrutura, podem ser divididos em (a)
simples e (b) colegiados...” Também há o posicionamento de Diógenes
Gasparini, na obra Direito Administrativo, 16ª edição, Editora Saraiva,
São Paulo, 104, para quem os órgãos públicos, quanto à composição,
são classificados em simples e compostos. Diante da divergência
doutrinária sobre a matéria, há que se deferir o recurso, para anular o
item.
Fixação
Coluna I Coluna I
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( ) São também denominados unipessoais, são órgãos em que a atuação ou as
decisões são atribuições de um único agente.
Comentários:
Coluna I
Coluna I
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conjunta de seus membros.
Gabarito: alternativa B.
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Fixação
Comentários:
Só quem tem legitimidade processual para movimentar ações são órgãos
independentes e autônomos.
Gabarito: ERRADO.
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2.2.4. Teorias
Registra-se, ainda, que essa teoria foi construída pelo jurista alemão OTTO
GIERKE, sendo, atualmente, universalmente aceita pela doutrina. Teve o papel
de substituir as teorias do mandato e da representação, as quais, igualmente,
pretendiam explicar a atuação do Estado por intermédio de seus agentes.
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relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha investidura
legítima. Bastam a aparência da investidura e o exercício da atividade pelo
órgão” [por José dos Santos Carvalho Filho].
Representação
Críticas à Teoria
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
3. Administração Indireta
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Nos termos da CF, de 1988 [inc. XIX do art. 37], a Administração
Descentralizada do Estado é composta por: autarquias, sociedades de
economia mista, empresas públicas e fundações públicas.
Fixação
CESPE - DPF/2004
Comentários:
Gabarito: CERTO.
3.1. Autarquias
3.1.1. Conceito
Sobre o tema, vejamos a definição constante no Decreto Lei 200, de 1967 (inc.
I, do art. 5º):
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requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
A definição é de 1967, mas é razoável. Omitiu-se, todavia, quanto à natureza
da personalidade, no caso, é pessoa jurídica de Direito Público. E não poderia
ser diferente, afinal autarquias desempenham atividades exclusivas do Estado,
sendo a personalidade de Direito Público garantia de tratamento diferenciado.
Para ser mais claro: o que hoje é visto como atividade típica da Administração
pode não o ser daqui a alguns anos. Um exemplo serve para ilustrar: em nosso
país, prisões são administradas pelo Estado, pois, na média, as pessoas
creditam essa atividade a um ente público. Bom, nos Estados Unidos da
América, os estabelecimentos prisionais são verdadeiras empresas. Será que o
nosso país um dia também fará isso? Isso dependerá do que se veja por
atividade típica de Estado, percebeu?
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“comercializar” um imóvel de sua propriedade, mas não seria isso (vender
imóveis) que justificaria a criação do INSS.
Sim. As fundações públicas podem ser de Direito Público. Peço que aguarde
um pouco, já vamos trabalhar com riqueza de detalhes a polêmica em torno
das fundações. Antecipa-se, todavia, que, para o STF, as fundações de Direito
Público equiparam-se às autarquias para todos os efeitos.
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De modo geral, o foro, ou seja, a justiça competente para julgar as causas em
que as autarquias FEDERAIS sejam partes é a justiça FEDERAL (inc. I do art.
109 da CF). Três coisas devem ser anotadas, a partir daí:
(Parte 5 de 7)
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6. 6
7. 7
3ª - Caso uma autarquia federal, em ação de execução que tramita na Justiça
Estadual, postule preferência de crédito, a competência será de tal alçada, não
sendo o feito, consequentemente, deslocado para a Justiça Federal.
Fixação
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Há, também, a questão dos débitos judiciais das autarquias: o pagamento será
feito por precatórios, em regra, com raras exceções, como os débitos definidos
como de pequeno valor. E prazo prescricional é de CINCO ANOS, para essas
dívidas PASSIVAS – o que é devido pela autarquia.
De toda forma, cumpre destacar que tais prerrogativas processuais não são
absolutas. O duplo grau, por exemplo, sofre restrição quando a condenação em
desfavor da autarquia não ultrapassar 60 salários mínimos (§ 2º do art. 475 do
Código de Processo Civil) e ou quando a decisão estiver fundamentada em
jurisprudência do plenário do STF ou em súmula de qualquer tribunal superior
competente (art. 475, § 3º, CPC). Em tais hipóteses, a autarquia, caso deseje,
terá que interpor recurso voluntário, se quiser ver suas razões apreciadas na
instância superior.
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Como a intenção aqui não é traçar, a fundo, a feição processual das entidades
autárquicas, vamos seguir adiante, ok?
As autarquias contam, também, com imunidade com relação aos impostos que
porventura incidam sobre seu patrimônio, renda e serviços (§ 2º do art. 150 da
CF/1988) vinculados a suas atividades essenciais. Nota que tal imunidade não
se refere à totalidade de TRIBUTOS, mas sim aos IMPOSTOS ligados às
atividades ESSENCIAIS das autarquias.
1 Gabarito: CERTO.
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civil objetiva, típica dessas pessoas, por determinações constitucionais (art. 37,
§ 6º)
Por fim, no que diga respeito ao patrimônio, bens e rendas, como qualquer
entidade da Indireta, a autarquia os têm em seu nome, dado possuírem
personalidade jurídica própria. Os bens pertencentes às autarquias, aliás, são
públicos, ante o que estabelece o Código Civil (art. 98). E sendo bens públicos,
contam com as características inerentes a estes, como a impenhorabilidade e
imprescritibilidade.
Bens públicos não sujeitos à usucapião: qualquer bem público (especial, uso
comum, ou dominial) não está sujeito à aquisição prescritiva, ou seja, em razão
do tempo de permanência;
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Determinada autarquia foi condenada em processo judicial movido por
empresa contratada para execução de obra. Em face do não pagamento
espontâneo no curso da execução do processo, esta autarquia a) poderá ter
seus bens e rendimentos penhorados.
b) poderá ter sua receita penhorada, porém não os bens imóveis afetados ao
serviço público. c) poderá ter sua receita penhorada, apenas em montante que
não afete a prestação do serviço público a cargo da entidade. d) não poderá ter
seu patrimônio penhorado, exceto os rendimentos auferidos com atividade
financeira. e) não poderá ter suas receitas e patrimônio penhorados,
sujeitando-se ao regime de execução próprio da Fazenda Pública.
Comentários:
de
precatórios
Os bens das autarquias são impenhoráveis, lembre-se! Assim, para a
execução das dívidas de uma autarquia, em regra, será utilizado o regime
Gabarito: alternativa E.
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O regime jurídico a que se submetem as autarquias a) determina a sua criação
por lei, com as mesmas prerrogativas e sujeições das pessoas públicas
administrativas, exceto no que diz respeito ao regime de execução processual.
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determina sua imunidade com relação a IMPOSTOS atinentes a suas
atividades essenciais).
Gabarito: alternativa E.
3.1.3. Classificação
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generis”, afinal desempenham atividade típica de Estado [Poder de Polícia],
mas não se vinculam a qualquer órgão Ministerial.
Nota que a Suprema Corte não chega a ponto de dizer que a Ordem não é um
Conselho, mas diz com clareza que a OAB é ímpar, isto é, não há ninguém que
se ponha ao lado da Ordem, a qual, então, deve ser compreendida como um
serviço público independente. E, portanto, na visão do STF, a OAB não é
autarquia.
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exemplo, Sebrae, Senai, APEX e ABDI. Tal Sistema integra o Terceiro Setor.
(Parte 6 de 7)
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7. 7
g) autarquias administrativas: esta é uma categoria residual, a ser composta
pelas entidades que se destinam a várias atividades administrativas, inclusive
de fiscalização, quando essa atribuição for da pessoa federativa a que estejam
vinculadas. É o caso do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial) e BACEN (Banco Central do Brasil).
Fixação
FCC - DP MA/2009
Comentários:
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- Letra C: ERRADA. As entidades da Administração Indireta, no que se incluem
as autarquias, se sujeitam à fiscalização pelo Tribunal de Contas. Entretanto,
os limites para tal atividade estarão na Lei da própria Corte de Contas (será a
Lei Orgânica da instituição) e mesmo na Constituição. Não será na Lei que
instituiu um pretenso ‘controle’ da autarquia.
Gabarito: alternativa A.
O destaque não consta do original, servindo para que você perceba que podem
existir outras empresas controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público
e que não são enquadráveis no conceito de empresa pública ou sociedade
mista. Enfim, o gênero ‘empresa estatal’ é bastante abrangente, envolvendo
toda e qualquer empresa controlada pelo Estado.
José dos Santos Carvalho Filho aponta, ainda, empresas nas quais o Estado
participa de modo minoritário, por questões afetas à política
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econômica. Nesse caso, não se tem uma empresa estatal, mas uma mera
participação. Assim, pode-se concluir que nem toda empresa que o Estado
venha a participar do capital integrará a Administração Pública.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
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atividade econômica em sentido estrito, empreendida por agentes econômicos
privados. A exclusividade da prestação dos serviços públicos é expressão de
uma situação de privilégio. Monopólio e privilégio são distintos entre si; não se
os deve confundir no âmbito da linguagem jurídica, qual ocorre no vocabulário
vulgar. A Constituição do Brasil confere à União, em caráter exclusivo, a
exploração do serviço postal e o correio aéreo nacional [artigo 21, inciso X]. O
serviço postal é prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos –
ECT, empresa pública, entidade da Administração Indireta da União, criada
pelo decreto-lei n. 509, de 10 de março de 1.969. É imprescindível
distinguirmos o regime de privilégio, que diz com a prestação dos serviços
públicos, do regime de monopólio sob o qual, algumas vezes, a exploração de
atividade econômica em sentido estrito é empreendida pelo Estado. A Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos deve atuar em regime de exclusividade na
prestação dos serviços que lhe incumbem em situação de privilégio, o privilégio
postal. Os regimes jurídicos sob os quais em regra são prestados os serviços
públicos importam em que essa atividade seja desenvolvida sob o privilégio,
inclusive, em regra, o da exclusividade. Arguição de descumprimento de
preceito fundamental julgada improcedente por maioria. O Tribunal deu
interpretação conforme a Constituição ao artigo 42 da Lei n. 6.538 para
restringir a sua aplicação às atividades postais descritas no artigo 9º desse ato
normativo.”
Fixação
2012 – Cespe – Câmara dos Deputados
(Parte 7 de 7)
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7. 7
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aula 05
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AULA 05: Agentes Públicos – Aspectos Constitucionais
E aí pessoal? Tudo bem?
No mais, vamos estudar! Grande abraço e boa aula a todos! Cyonil Borges.
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1. Definição de Agentes Públicos 3
2. Classificação de Agentes Públicos 6
3. Organização Funcional 13
3.1. Cargos, Empregos e Funções 13
3.2. Cargos Vitalícios, Efetivos e Comissionados 16
3.3. Criação e Extinção de Cargos Públicos 19
3.4. Padrão, Classe, Carreira, Cargos Isolados, e
20
Quadro
4. Acessibilidade 21
4.1. Concursos Públicos 21
4.2. Acumulação de cargos 39
4.3. Contratação Temporária 48
5. Estabilidade X Estágio Probatório 54
6. Associação sindical e direito de greve 58
7. Direitos Sociais dos Servidores Públicos 60
8. O Sistema Remuneratório dos Agentes Públicos 63
8.1. Figuras Pecuniárias Básicas 63
8.3. Tetos Remuneratórios6
Sumário 8.2. Fixação da Remuneração dos Servidores e Revisão Geral . 64
8.4. Equiparações e Vinculações .......................................... 69
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1. Definição de Agentes Públicos
Reputa-se agente público, para efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
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Apenas uma crítica ao conceito: os terceirizados (contratados em regime de
locação civil de serviços) não devem ser considerados agentes públicos. A
doutrina majoritária, da qual discorda o autor, não aponta terceirizados como
agentes públicos pelo fato de estes manterem vínculo com uma empresa que
os contratou, e não com o Estado.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa C.
Fixação
Comentários:
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é amplo, é gênero, que, portanto, comporta espécies, como, por exemplo, os
servidores estatutários, regidos, na esfera federal, pela Lei 8.112, de 1990.
Gabarito: ERRADO.
Fixação
(1) Servidor Público ( ) Toda pessoa física que manifesta, por algum tipo de
vínculo, a vontade do Estado, nas três esferas de governo, os três poderes do
Estado.
a) 2 / 3 / 1 b) 1 / 2 / 3 c) 3 / 2 / 1 d) 2 / 1 / 3 e) 1 / 3 / 2 Comentários:
Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil Borges –
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Nessa questão, utilizou-se dos conceitos RESTRITOS de cada um das figuras
acima.
Gabarito: alternativa A.
Fixação
Comentários:
Os Agentes Políticos são aqueles incumbidos das mais altas diretrizes
estabelecidas pelo Poder Público, em outros termos, são aqueles que
desenham o destino da nação, como, por exemplo, o auxiliar direto do chefe do
Executivo Federal, os Ministros de Estado.
Gabarito: CERTO.
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Há discussão doutrinária sobre a inclusão, na categoria dos agentes políticos,
dos Magistrados, membros do Ministério Público, e dos Tribunais de Contas.
Alguns autores mostram-se a favor; outros se apresentam contrários.
Fixação
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(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Não podem ser considerados agentes
públicos os detentores de mandatos eletivos, pois, além de serem investidos
nos cargos mediante eleição, e não por nomeação, eles desempenham
funções por prazo determinado.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Fixação
CESPE - TA (ANATEL)/2012
Gabarito: ERRADO.
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Professor, os temporários são agentes públicos administrativos?
Por sua vez, os Agentes Honoríficos são cidadãos que, em razão de sua
condição cívica, sua honorabilidade ou de sua reconhecida capacidade
profissional, são convocados para colaborar transitoriamente com o Estado,
sem vínculos empregatícios ou estatutários, e, no mais das vezes, não
recebendo remuneração por tal atividade. Esta, aliás, é a principal
característica dos honoríficos: não são, de regra, remunerados em espécie.
Todavia podem receber compensações, como, por exemplo, folgas por terem
trabalhado nas eleições como mesários.
Público. E, apesar de não serem servidores públicos, são agentes públicos que
exercem função pública, sendo, por consequência, considerados funcionários
públicos, ao menos para fins penais. Sobre o tema, dispõe o art. 327 do Código
Penal:
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sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
1. 1
2. 2
3. 3
4. 4
5. 5
6. 6
7. 7
(Parte 2 de 8)
Fixação
CESPE - TA (ANATEL)/2012
Comentários:
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Lembre-se de que nem todos agentes públicos são investidos em cargo
público. Exemplo disso são os empregados das empresas delegatárias de
serviços públicos.
Gabarito: CERTO.
Mais ou menos!
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A primeira delas é sobre os militares. Estes também são agentes públicos, mas
de uma categoria específica, com regras que lhe são próprias. Não são
considerados, pela doutrina, servidores públicos, mas são, induvidosamente,
agentes públicos. Não serão estudadas aqui as peculiaridades do regime
militar.
Outra questão pertinente diz respeito aos agentes de fato. São aqueles que se
investem da função pública de forma emergencial ou irregular. Nesse contexto,
a doutrina costuma distingui-los em necessários e putativos. Os primeiros
exercem a função em razão de situações excepcionais, como, por exemplo,
auxílio durante calamidades públicas [alguém que atue como “bombeiro
militar”, socorrendo vítimas em um deslizamento]. Já os putativos são os que
têm aparência de agente público, sem o ser de direito. É o caso de um servidor
que fora aprovado em concurso público anulado posteriormente.
Fixação
Comentários:
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Os detentores de mandato eletivo também são agentes públicos. Não são
servidores. Mas agentes públicos são.
Gabarito: ERRADO.
3. Organização Funcional
Esta definição alinha-se, por exemplo, com o disposto na Lei Federal 8.112, de
1990, enfim, o regime jurídico dos servidores públicos da União, na
Administração Direta, bem como nas Autarquias (inclusive as de regime
especial) e nas fundações públicas.
I) A Lei 8.112, de 1990, não abrange os servidores dos demais entes políticos,
uma vez que Estados e Municípios têm autonomia para tanto, devendo, assim,
estabelecerem seus próprios regimes jurídicos de servidores; e,
servido
r
O conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um
O conceito da Lei é criticado pela doutrina, por ser extremamente evasivo. Não
fosse a parte final do dispositivo, a qual consigna a expressão ‘servidor’, o
disposto pelo diploma legal serviria para designar quase tudo, de cargos a
funções, afinal todos possuem atribuições e responsabilidades.
Por isso, parte da doutrina prefere conceituar cargo público como um lugar
inserido na organização do serviço público, regido por norma
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própria (no caso federal, a Lei 8.112, de 1990) a ser preenchido por servidor
público, efetivo ou em comissão, com funções próprias e remuneração fixada
em lei.
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Em tal julgado, o Supremo deferiu liminar para suspender a vigência do
dispositivo, em razão de aparente inconstitucionalidade no rito formal de sua
aprovação. Assim, por conta das nuances do processo de controle de
constitucionalidade [efeitos repristinatórios], com a suspensão da vigência do
caput do art. 39, voltou a vigorar a redação anterior, que dispunha:
Guardem então para a prova que com a ADI 2135, a Lei 8.112, de 1990, voltou
a ser chamada de Regime Jurídico Único.
Por outro lado, é digno de registro que a Lei 8.112/1990 não abrange, por
exemplo, os agentes políticos (presidente da República, Deputados e
Magistrados, por exemplo), tampouco os particulares que colaboram com o
poder público (Leiloeiros, tradutores, por exemplo), ou, ainda, os empregados
públicos (conhecidos, vulgarmente, como celetistas).
Com a cautelar proferida nos autos da ADI 2135, não cabe mais a contratação
de empregados públicos na Administração Direta, Autárquica e Fundacional.
Portanto, reforça-se a conclusão: no âmbito federal, o Regime Jurídico Único
dos servidores públicos é o estabelecido pela Lei 8.112/1990, a qual, contudo,
não se aplica às sociedades mistas, empresas públicas e demais empresas
controladas direta ou indiretamente pela União.
Por fim, temos a Função pública, a qual pode ser definida como o conjunto de
atribuições que não corresponde a cargo ou a emprego públicos. Não se pode
dizer que as funções sejam excludentes em relação aos cargos ou empregos
públicos. De fato, na clássica assertiva de Hely Lopes Meirelles, todo cargo tem
função, mas pode haver função sem cargo. Por isso se diz ser possível que a
função não corresponda a cargo, porém, todo cargo deve ter funções. Nesse
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contexto, quando se fala em funções públicas, têm-se claras, pelo menos, três
situações:
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7. 7
(Parte 3 de 8)
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vitaliciedade não deixa de ser “estabilidade”, pois a expressão “estabilidade”
refere-se à proteção, segurança. Ocorre que o Constituinte, para divisar com
nitidez a diferença entre os institutos, nomeou um de “vitaliciedade” e outro de
“estabilidade”, e conferiu aos vitalícios um plus em relação aos estáveis, já que
a estabilidade não protege, por exemplo, contra a perda do cargo na esfera
administrativa.
Professor, efetividade é sinônimo para estabilidade?
Por sua vez, a estabilidade é uma proteção no serviço público adquirida pelos
servidores detentores de cargos efetivos, depois de cumpridos requisitos
constitucionais necessários, como, por exemplo, três anos de efetivo exercício.
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações
públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos
cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada
no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.
Para que o assunto fica ainda mais claro, façamos a leitura do inc. V do art. 37
da CF/1988:
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efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
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quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo
legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do
impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.
Como a criação de cargos públicos dá-se por lei, a extinção ocorre, igualmente,
por lei, como decorrência do princípio da simetria jurídica ou paralelismo das
formas. É dizer, como se faz, desfaz-se. Se o cargo público é criado por lei, por
lei deve ser extinto.
Autônomo, cargos públicos sejam extintos, com o detalhe de que devem estar
vagos.
Por fim, esclareça-se que a competência para a criação de cargos é dos chefes
do Executivo [art. 61, §1o, inciso I, “a”, da CF/1988], mas se os cargos forem
da estrutura do Executivo. Ante a independência dos Poderes [art. 2o da
CF/1988], o Judiciário tem competência para a iniciativa de leis para a criação
de seus próprios cargos.
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3.4. Padrão, Classe, Carreira, Cargos Isolados, e Quadro
Essa passagem é para que a(o) amiga(o) possa ter uma breve noção a
respeito de como se organizam os quadros de pessoal da Administração
Pública. Vamos lá.
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provimento deverá ser originário (a ocorrer por nomeação), devendo ser
precedido, sob a égide da atual Constituição Federal, de concurso público
(nesse ponto, uma paradinha, e leiam ao art. 37, inc. I, CF).
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em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Várias observações podem ser feitas em relação a este inciso. Primeiro ponto.
Sem entrar em detalhes, um item assim estaria ERRADO, uma vez que, por
exemplo, cargos em comissão não demandam concurso.
Nesse primeiro ponto, ressalta-se que o inc. I do art. 37 da CF, com redação
dada pela EC 19/98, dispõe:
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei.
Segundo ponto.
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cabendo, no entanto, conforme o caso, processo seletivo simplificado mediante
provas, provas e títulos, ou análise curricular. De forma idêntica, alerta-se para
a inexigibilidade de concurso público para o preenchimento de determinados
cargos vitalícios, tais como os de Ministros do STF e do Tribunal de Contas da
União, dentre outros.
Terceiro ponto.
Fixação
Na doutrina, boa parte dos autores tem entendido que a aprovação gera ao
candidato expectativa de direito à investidura no cargo ou emprego em
questão. Com outras palavras, o aprovado em concurso público teria mera
expectativa de direito à nomeação. Contudo, esse entendimento doutrinário foi
superado pela jurisprudência do STJ e do STF.
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6. 6
7. 7
(Parte 4 de 8)
1 Gabarito: Certo.
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Pois é, se não há vagas previstas no edital, não haveria como que se falar de
direito à nomeação. Essa é, provavelmente, a razão de concurso com cadastro
de reserva. Entretanto, isso também vem mudando. Mesmo quando não haja
vagas previstas em um edital, ou, havendo, e o candidato seja aprovado fora
delas, caso demonstre que há necessidade de sua nomeação, também passa
a ter direito de ser nomeado. Nesse contexto, vejamos decisão do STJ (MS
18881):
Perceba que, no caso concreto, a candidata não passou nas vagas previstas,
originariamente, no edital. Porém, com a abertura de novas vagas,
considerando que o edital mencionava a possibilidade de nomeação para as
vagas que viessem a abrir durante a validade do certame, restaria
demonstrada a necessidade de nomeação, a qual, insista-se, mesmo não
passando nas vagas previstas no concurso, passou a ter o direito de ser
nomeada.
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serem providas, isso passa a vincular sua atuação, determinando que haja os
provimentos, até o número de vagas previsto no edital.
Claro que esse dever de nomeação não há de se cumprir ‘a ferro e fogo’, isto é,
há situações em que o dever de nomear aqueles que tenham sido aprovados
em vagas previstas em um edital pode ser posto de lado. Nesse contexto,
dispõe a jurisprudência do STF (RE 598.099):
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d) Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do
dever de nomeação deve ser extremamente necessária. Isso quer dizer que a
Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não
existirem outros meios menos gravosos para a lidar com a situação
excepcional e imprevisível. Em outros termos, pode-se dizer que essa medida
deve ser sempre a ultima ratio da Administração Pública.
Enfim, é possível que a Administração Pública não nomeie alguém que tenha
sido aprovado em vagas previstas em um edital, desde que se cumpram
determinadas condicionantes.
I) o concurso só pode ter seu prazo de vigência prorrogado caso ainda esteja
em vigor. Assim, concursos vencidos não podem ser prorrogados; e,
Quinto ponto.
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De pronto, perceba que o dispositivo constitucional não isenta os portadores de
deficiência de prestar concurso para ingresso nos quadros da Administração. O
dispositivo não fixa, ainda, qual é o percentual. O que se preserva, contudo, é o
direito de tais pessoas de participarem de concursos públicos, para cargos que
sejam compatíveis com as deficiências que portem. A propósito, a Lei
8.112/1990, ao regulamentar a matéria, previu:
Interessante notar que, a partir de decisões judiciais, pode-se afirmar que nem
todo concurso precisa reservar vagas para deficientes. Nesse contexto, o STF,
no Mandado de Segurança 26310, considerou legítimo o edital de concurso
para o preenchimento de duas vagas que não reservou nenhuma para
deficientes. Entendeu a Corte Suprema que reservar uma vaga, ou seja,
cinquenta por cento das vagas existentes, implicaria majoração indevida dos
percentuais legalmente estabelecidos.
A partir do entendimento do STF, pode-se dizer que nem todo concurso público
reservará vagas para deficientes.
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o portador a concorrer às vagas especiais nos concursos
públicos
No caso, os ministros da Turma concordaram com o entendimento do relator
de que visão monocular é uma necessidade especial e legitima
Sexto ponto.
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tema, dispõe o Recurso Extraordinário 184.432-RS, apreciado pelo STF:
O edital de concurso não é instrumento idôneo para o estabelecimento de limite
de idade para a inscrição em concurso público; para que seja legítima tal
exigência é imprescindível a previsão em lei.
Nada impede que o edital mencione ou reproduza o que dispõe a Lei, a título
de exigência. O que se veda é realização de exigências exclusivamente por
meio de edital.
Por fim, a questão da exigência dos exames psicotécnicos, que pode ser
entendida, em certa medida, como uma espécie de limitação.
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Fixação
Sétimo ponto.
(Parte 4 de 8)
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3. 3
4. 4
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6. 6
7. 7
(Parte 5 de 8)
Fixação
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Oitavo ponto.
2 Gabarito: Errado.
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isso, não pode mais haver dúvidas a essa hora, ok? A questão é saber qual o
instrumento que deve ser utilizado para divulgá-lo, e, sobretudo, as
convocações dos candidatos aprovados. Quanto ao edital, afirma a Lei 8.112,
de 1990 (art. 12):
Para a doutrina, o ideal seria que o próprio edital informasse datas prováveis
de realização das provas, de divulgação dos resultados, de convocação para a
posse e tudo o mais. Só que isso muitas vezes não é possível, uma vez que a
Administração, como todos nós, pode sofrer contingências. Daí, cumpre aos
candidatos acompanhar as divulgações de resultado. Mas, por onde, não é?
Seria o caso de ler o Diário Oficial todos os dias? Sobre o tema, vejamos
trecho de decisão do STJ (AgRg/RMS 37.227):
A decisão acima cuida dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no
edital. Quanto aos candidatos aprovados dentro do número de vagas, o STJ
(RMS 2.508) assim se manifestou:
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Estado é obrigado a intimar pessoalmente nomeado em concurso público
ato relativo ao
concurso
para a
posse
publicidade e
razoabilidade
convocação. A decisão foi
unânime
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu restabelecer o
prazo para que uma mulher nomeada em concurso público apresente os
documentos necessários e realize os exames médicos exigidos para a posse
no cargo de assistente administrativo do estado de Roraima. A mulher afirmou
que mora numa cidade que não tem acesso ao Diário Oficial e, por isso, não
tomou conhecimento de sua nomeação. Por isso, perdendo o prazo para
apresentar a documentação. No STJ, o recurso em mandado de segurança foi
impetrado contra a decisão do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) que, ao
negar o pedido, afirmou que não há no edital qualquer previsão de convocação
pessoal dos candidatos para qualquer A defesa da candidata alega que a
manutenção da posição do TJRR ofende o direito individual líquido e certo dela
ser empossada no cargo para o qual conseguiu aprovação em concurso
público. Para tanto, citou a Súmula 16 do Supremo Tribunal Federal (STF), que
afirma que todo funcionário nomeado por concurso público tem direito à posse.
Afirmou, ainda, que o Estado tem a obrigação de promover sua intimação
pessoal, ainda mais porque ela é servidora efetiva do estado de Roraima, não
devendo ser reconhecida sua responsabilidade pelo prejuízo causado, uma vez
que tal intimação não ocorreu. Por fim, solicitou a restituição do prazo Para a
relatora, ministra Laurita Vaz, mesmo que no edital não haja norma prevendo a
intimação pessoal de candidato, a administração pública tem o dever de intimar
pessoalmente quando há o decurso de tempo razoável entre a homologação
do resultado e a data da nomeação – nesse caso, mais de um ano –, em
atendimento aos princípios constitucionais da Os ministros da Quinta Turma
seguiram o voto da relatora para que seja restituído o prazo para a
apresentação dos documentos. Eles levaram em consideração que, mesmo
com as dificuldades de acesso à informação, a nomeada protocolou pedido
administrativo de nomeação e posse no cargo, aproximadamente 60 dias após
a publicação do edital de Precedentes O caso não é inédito, mas reforça a
nova jurisprudência que o STJ está firmando sobre o tema. A relatora do
recurso, ministra Laurita Vaz, citou dois precedentes do STJ. Em 2008, a
Quinta Turma decidiu que um candidato aprovado em concurso para escrivão
da Polícia Civil do Estado da Bahia teria direito a nova
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ministro Arnaldo Esteves Lima (RMS
22508)
convocação para posse. Ele foi informado da nomeação apenas por publicação
no Diário Oficial do estado. O relator foi o Este ano, a Sexta Turma aderiu ao
mesmo entendimento. Seguindo voto da ministra Maria Thereza de Assis
Moura, o órgão considerou uma violação aos princípios da publicidade e da
razoabilidade a efetivação do ato de nomeação somente mediante publicação
no diário oficial. No caso analisado, também não havia previsão expressa de
intimação pessoal do candidato. O concurso era para procurador do estado de
Minas Gerais e a nomeação se deu mais de três anos da data de homologação
do concurso (RMS 21554).
Nono ponto.
Décimo ponto.
um
concurso
O controle judicial das questões formuladas para as provas de
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dos princípios constitucionais da isonomia, da impessoalidade e da eficiência.
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de direito subjetivo lesado a apurar, é cabível o acesso à jurisdição (CF, art 5º,
XXXV). Precedentes citados: RE 192568/PI (DJU de 7.2.97) e RE 268244/CE
(DJU de 30.6.2000).
Fixação
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e) admissão de servidor já submetido a concurso anterior para outro cargo.3
Fixação
(2012/FEMPERJ/VALEC/Advogado) - Antonio de Tal prestou concurso público
de provas e títulos para o preenchimento de cargo no âmbito da estrutura do
Poder Executivo do Estado. O edital ofertava 50 vagas, sendo que a
Administração Pública não procedeu à nomeação de nenhum dos aprovados,
optando por efetivar a contratação temporária de outras pessoas, sob o
fundamento de ser tal procedimento menos oneroso ao erário, já que os
servidores ocupantes de cargos públicos gozam de vantagens não extensivas
aos temporários. Inconformado, Antonio pretende recorrer ao Judiciário,
procurando orientação. Nessa circunstância, é possível esclarecer a Antonio
que o candidato aprovado em concurso público:
(A) tem sempre direito líquido e certo à nomeação, ainda que fora do número
de vagas do edital, porque ao publicar o edital do concurso oferecendo vagas,
a Administração Pública vincula-se a ele;
(B) tem sempre direito líquido e certo à nomeação dentro do número de vagas
do edital, porque ao publicar o edital e receber a inscrição do interessado, a
Administração Pública celebra verdadeiro contrato administrativo, obrigando-se
a cumprir suas cláusulas;
(C) fora do número de vagas do edital jamais pode opor qualquer direito à
Administração Pública, razão pela qual, na hipótese, deve conformar-se com a
decisão administrativa, até porque não pode preterir a ordem de classificação.
(D) ainda que fora do número de vagas do edital, pode reclamar sua nomeação
para o cargo oferecido, desde que a requeira dentro do prazo de validade do
certame;
E) ainda que fora do número de vagas do edital, tem direito líquido e certo à
nomeação quando a Administração Pública procede à contratação temporária
de terceiros para preenchimento dos mesmos cargos ofertados no edital,
durante o prazo de validade do concurso.
pens
a
De imediato, são eliminadas as alternativas “A”, “B” e “C”. E, ainda, nota que o
examinador pede o ESCLARECIMENTO a ser dado a Antônio. Por isso, o item
mais completo é a Letra “E”, já que a letra D não é bem o que STF 3 Gabarito:
letra C.
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Para arrematar, agora veja o julgado do STF: AG. REG. NO RMS N. 29.915-DF
RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI
(Parte 5 de 8)
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3. 4
4. 5
5. 6
6. 7
7. 8
(Parte 6 de 8)
Gabarito: alternativa E.
Fixação
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certame. Considerando a situação hipotética acima apresentada, assinale a
opção correta com base na jurisprudência do STF acerca da matéria.
Gabarito: Letra A
Comentários:
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confiança no Estado-administrador, que deve atuar de forma responsável
quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como
guia de comportamento.
>> Guerras;
>> Necessidade - a administração somente pode adotar tal medida quando não
existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional
e imprevisível.
Gabarito: alternativa A.
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sociedades
empresariais)
Perceba que o texto constitucional veda a acumulação de atribuições públicas,
por consequência, a presente regra não é impeditiva de ocupações privadas
por parte do servidor público, desde que, obviamente, tais ocupações não
sejam incompatíveis com o cargo exercido pelo servidor (p. ex.: a Lei
8.112/1990 veda a gerência de
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d) A acumulação de cargos dar-se-á com a posse de João no cargo de TFC
sem a vacância do cargo ocupado no GDF.
Comentários:
Porém, o bom senso jurídico está com o TCU e o STF, ao entenderem ser
incabível a acumulação de cargos mesmo em licença para tratar de interesses
particulares. Vejamos:
SÚMULA/TCU 246
Logo, esqueça o gabarito ‘B’. A banca alterou para item ‘D’. Gabarito:
alternativa D.
Outro ponto a ser levado em consideração diz respeito à observância dos tetos
constitucionais remuneratórios, estabelecidos no art. 37, XI, da CF, os quais,
no caso de acumulação de cargos e empregos públicos, não poderão ser
superados.
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De acordo com o inc. XVI do art. 37 da CF é permitida a acumulação de cargos
e empregos públicos nas seguintes situações:
a) dois cargos de professor; b) um cargo de professor com outro técnico ou
científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas.
(Parte 6 de 8)
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2. 3
3. 4
4. 5
5. 6
6. 7
7. 8
I) cargos em comissão.
Excelente quesito!
Dispõe a CF: “É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria decorrente do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração
(...)”. Perceba que não há menção ao art. 201 da CF, que cuida do Regime
Geral de Previdência Social. A vedação alcança apenas os Regimes Próprios
dos Servidores Públicos e o sistema especial dos Militares. Logo, os
aposentados pelo RGPS, como é o caso dos empregados públicos das
empresas governamentais, podem retornar à ativa, e, por conseguinte,
acumularem, regularmente, os proventos com a remuneração do cargo,
emprego ou função.
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Fixação
Gabarito: CERTO.
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c) Magistrado com uma função de magistério (art. 95, parágrafo único, I, da
CF/1988); e, d) Membro do Ministério Público com outra função pública de
magistério (art. 128, § 5º, I, d, da CF/1988).
- Há regra específica para aqueles que acumulavam cargo ativo com proventos
de aposentadoria antes da promulgação da EC 19/1998. Para os inativos
daquele tempo que houvessem ingressado antes da Emenda, garantiu-se o
direito à acumulação, mesmo que se tratasse de cargos inacumuláveis na
atividade. Entretanto, isso é uma situação de transição – quando o servidor em
questão fosse se aposentar, teria de fazer opção, isto é, não poderia ficar
recebendo as duas aposentadorias, mesmo que, na atividade, viesse recendo
a remuneração pelo cargo ativo mais aos proventos correspondentes ao cargo
da inatividade. A acumulação só seria possível caso se tratasse de cargos
acumuláveis na atividade; e
Fixação
d) A legislação pátria não admite que o servidor que acumule dois cargos
efetivos possa investir-se de cargo de provimento em comissão.
Gabarito: Letra A
Comentários:
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A resposta é letra A. É o que chamamos de interinidade. Vejamos: Art. 9o A
nomeação far-se-á: (...)
Na letra C, o art. 119 da Lei 8.112, de 1990, dispõe que o servidor não poderá
ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. Vejamos:
Na letra D, o art. 120 da Lei 8.112, de 1990, admite que o servidor, quando
investido em cargo de provimento em comissão, acumule dois cargos efetivos.
Nesse caso, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em
que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles,
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
Gabarito: alternativa A.
Fixação
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economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e
dos Municípios.
Está correto o que se afirma em (A) I, I e II. (B) I, apenas. (C) I e I, apenas. (D) I
e II, apenas. (E) I e I, apenas.
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente
dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão,
ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada
pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
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4.3. Contratação Temporária
A CF, de 1988, exige concurso público para cargos e empregos públicos (inc. I
do art. 37), por isso não há necessidade de concurso para os temporários.
Fixação
CESPE - EPF/2004
Nelson foi recentemente contratado pela União para exercer função pública
mediante contrato por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
Comentários:
Como dito, temporários não ocupam cargos ou empregos públicos. Diferente
disso, tais agentes ocupam funções.
Gabarito: ERRADO.
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O caso mais clássico é o relacionado às atividades da Defensoria Pública.
Vejamos parte do teor da ADIN 3700, apreciada em 2008:
Por vislumbrar ofensa ao princípio do concurso público (CF, art. 37, I), o
Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, para declarar a
inconstitucionalidade da Lei 8.742/2005, do Estado do Rio Grande do Norte,
que dispõe sobre a contratação temporária de advogados para o exercício da
função de Defensor Público, no âmbito da Defensoria Pública do referido
Estado-membro. Considerou-se que, em razão de desempenhar uma atividade
estatal permanente e essencial à jurisdição, a Defensoria Pública não convive
com a possibilidade de que seus agentes sejam recrutados em caráter
precário. Asseverou-se ser preciso estruturá-la em cargos de provimento
efetivo, cargos de carreira, haja vista que esse tipo complexo de estruturação é
que garante a independência técnica das Defensorias, a se refletir na boa
qualidade da assistência a que têm direito as classes mais necessitadas.
Precedente citado: ADI 2229/ES (DJU de 25.6.2004).
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pode-se caracterizar como temporário, razão pela qual não assiste razão à
Administração estadual capixaba ao contratar temporariamente servidores para
exercer tais funções.
Fixação
NCE (UFRJ) - Ag Exec (CVM)/Suporte Administrativo/2008
(Parte 7 de 8)
« anterior
1. 2
2. 3
3. 4
4. 5
5. 6
6. 7
7. 8
8. (Parte 1 de 7)
9. Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil
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10. AULA 06: Agentes Públicos – Lei 8.112, de 1990
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16. Sumário
8.112, de 1990 3
2. Provimento de Cargos Públicos 7
3. Posse X Exercício 2
4. Remoção, Redistribuição e
26
Substituição
5. Vacância 31
6. Sistema Remuneratório 32
6.1. Vencimento e remuneração 32
6.2. Indenizações 34
6.3. Gratificações e Adicionais 41
17. 1. Introdução: Aspectos Preliminares e Campo de Abrangência da Lei
afastamentos e
48
concessões
18. 6.4. Outros direitos e vantagens dos servidores públicos – férias,
licenças,
da Lei 8.1112/1990) 48
6.4.2. Licenças (arts. 81 a 92 da Lei) 49
6.4.3. Afastamentos 54
6.4.4. Concessões 58
6.5. Limites de Despesa com
59
Pessoal
19. 6.4.1. Férias (inc. XVIII do art. 7º da Constituição Federal e arts. 7 a 80
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22. 1. Introdução: Aspectos Preliminares e Campo de Abrangência da Lei
8.112, de 1990
23. A primeira parte do tópico “agentes públicos” foi reservada ao estudo
dos aspectos constitucionais. Tais diretrizes serão válidas para
quaisquer concursos públicos, em âmbito Nacional. Hoje, no entanto,
teremos contato com os pormenores da Lei 8.112, de 1990, e, portanto,
regras e princípios restritos aos servidores civis Federais.
24. A Lei Federal 8.112/1990 trata do chamado Regime Estatutário dos
servidores públicos civis da União. Mais especialmente, a Lei é válida
para as pessoas jurídicas de Direito Público da União. É um sistema
legal/institucional, e não de natureza contratual (exemplo da
Consolidação das Leis Trabalhistas), por se tratar de uma Lei, à qual os
ocupantes de cargos, em nível federal, aderirão.
25. Professor, então quer dizer que a Lei 8.112, de 1990, não se aplica aos
demais entes políticos (E, DF e M)?
26. Verdade. O campo de abrangência é restrito à União. Os Estados e
Municípios detêm competência para editar suas próprias leis referentes
aos servidores de sua esfera, em razão da autonomia concedida pelo
art. 18 da CF/1988. E, como decorrência da autonomia, não haveria
óbice de o ente político, por exemplo, editar Lei e recepcionar,
facultativamente, a Lei 8.112, de 1990. É o caso do
27. Distrito Federal, que adotou a redação da Lei 8.112, de 1990. Mas,
cuidado! A Lei do DF é Distrital e não Federal, logo as alterações da Lei
8.112, de 1990, na esfera federal, não se estenderão ao Distrito Federal.
28. Interessante questão é saber a quem compete o encaminhamento do
projeto de Lei para se estabelecer o regime jurídico dos servidores
públicos.
29. Na União, ao Presidente da República. Nos demais entes federativos,
por simetria, a competência para se estabelecer o regime próprio
aplicável aos servidores públicos, ou mesmo alterar o que já fora
estabelecido, é do respectivo Chefe do Poder Executivo. Nesse
contexto, já decidiu o STF (ADI 3167):
30. EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
COMPLEMENTAR N. 792, DO ESTADO DE SÃO PAULO. ATO
NORMATIVO QUE ALTERA PRECEITO DO ESTATUTO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS ESTADUAIS. OBSERVÂNCIA DOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO PROCESSO LEGISLATIVO
ESTADUAL. PROJETO DE LEI VETADO PELO GOVERNADOR.
DERRUBADA DE VETO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA
EXCLUSIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. AFRONTA AO
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32. DISPOSTO NO ARTIGO 61, § 1º, I, C, DA CONSTITUIÇÃO DO
BRASIL.
33. 1. A Constituição do Brasil, ao conferir aos Estados-membros a
capacidade de auto-organização e de autogoverno [artigo 25, caput],
impõe a observância obrigatória de vários princípios, entre os quais o
pertinente ao processo legislativo, de modo que o legislador estadual
não pode validamente dispor sobre as matérias reservadas à iniciativa
privativa do Chefe do Executivo. Precedentes.
34. 2. O ato impugnado versa sobre matéria concernente a servidores
públicos estaduais, modifica o Estatuto dos Servidores e fixa prazo
máximo para a concessão de adicional por tempo de serviço.
35. 3. A proposição legislativa converteu-se em lei não obstante o veto
aposto pelo Governador. O acréscimo legislativo consubstancia
alteração no regime jurídico dos servidores estaduais.
36. 4. Vício formal insanável, eis que configurada manifesta usurpação da
competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo [artigo 61, § 1º,
inciso I, alínea “c”, da Constituição do Brasil]. Precedentes.
37. 5. Ação direta julgada procedente para declarar inconstitucional a Lei
Complementar n. 792, do Estado de São Paulo.
38. Assim, não cabe a Deputados e Senadores o encaminhamento de
projetos para alterar o regime jurídico aplicável a servidores públicos,
ainda que para a melhoria das condições aplicáveis a estes.
39. Por oportuno, relembre-se a expressão “Regime Jurídico” constante do
art. 1o da Lei 8.112/1990. Regime jurídico é um conjunto de regras e
princípios que regem determinado instituto jurídico. No caso, a Lei
8.112/1990 cuida da “vida funcional” do servidor público, de seu ingresso
originário até o rompimento da relação jurídico-funcional, com ou sem
extinção definitiva do vínculo.
40. Houve a referência de que a abrangência da Lei é restrita aos cargos
públicos existentes na estrutura das pessoas de Direito Público. Então
quer dizer que todos os cargos, na esfera federal, serão regidos pela Lei
8.112, de 1990?
41. Não é bem assim! A Lei 8.112/1990 não abrange a totalidade dos
agentes públicos, mas somente os servidores públicos ocupantes de
cargos públicos das pessoas jurídicas de Direito Público (Administração
Direta e Indireta de Direito Público, inclusive, agências especiais). Os
cargos públicos estatutários são efetivos ou
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43. comissionados. O diploma não abrange, por exemplo, os agentes
políticos (Presidente da República, Deputados, Magistrados), tampouco
os particulares em colaboração (Leiloeiros e tradutores, por exemplo),
ou empregados públicos (celetistas).
44. Professor, e a história de quebra de regime jurídico? Há ou não a
flexibilidade para que, por exemplo, as Agências Reguladoras
(Autarquias em Regime Especial) contratem servidores sob o regime
celetista?
45. Então, com a cautelar proferida nos autos da ADI-STF 2135, não cabe
mais a contratação de empregados públicos na Administração Direta,
Autárquica e Fundacional. Portanto, reforça-se a conclusão de que, em
âmbito federal, o Regime Jurídico Único dos servidores públicos é o
estabelecido pela Lei 8.112/1990, a qual, contudo, não se aplica às
sociedades mistas, empresas públicas e demais empresas controladas
direta ou indiretamente pela União.
46. Fixação
47. (CESPE-AUDITOR FEDERAL DE C. EXTERNO-AUDITORIA DE
OBRAS PÚBLICAS-TCU- JUL-2009)
48. Acerca da administração pública, julgue os itens que se seguem.
49. Atualmente, em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal, a
União, os estados, o Distrito Federal (DF) e os municípios devem
instituir, no âmbito de suas competências, regime jurídico único e planos
de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.
50. Comentários:
51. O Regime Jurídico deve ser único, porém no âmbito das pessoas
jurídicas da Federação. O item sugere que TODOS os entes teriam um
só regime jurídico, para o universo dos servidores. Isso está ERRADO.
52. Gabarito: ERRADO.
53. Fixação
54. (CESPE-JUIZ-TRT-1aR-2010) Em 2007, o STF deferiu medida cautelar,
com efeitos retroativos, restabelecendo a eficácia da redação original do
art. 39, caput, da CF, que previa o regime jurídico único. Com essa
decisão, não mais se admite a criação de empregos públicos no âmbito
da administração direta, autárquica e fundacional, devendo ser
invalidadas as situações constituídas anteriormente a 2007 que ignorem
a existência do regime único.
55. Comentários:
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modulasse os
efeitos
58. O erro está em dizer que as situações anteriores à prolação da ADI 2135
deveriam ser desconstituídas. Desnecessário! Em sede de cautelar, os
efeitos são ex nunc, isto é, efeitos proativos, a não ser que o STF
Gabarito: ERRADO.
59. Fixação
60. (CESPE-TÉCNICO ADM.-TRE-GO-FEV-2009) Tendo em vista o regime
jurídico aplicável aos servidores públicos federais, assinale a opção
correta.
61. A) O regime estatutário é o regime jurídico aplicável aos servidores da
administração direta, mas não aos das autarquias e fundações públicas,
pois estas, como entidades que integram a administração indireta,
submetem-se ao regime celetista.
62. B) Com a Emenda Constitucional n.º 19/1998, não mais se exige, para
os servidores da administração direta, autárquica e fundacional, que seja
observado unicamente o regime estatutário, podendo esses servidores,
além do disposto nos estatutos, ter suas relações laborais norteadas
também pela CLT.
63. C) Os órgãos da administração direta têm de observar unicamente o
regime estatutário, no qual constam todos os requisitos necessários para
investidura, remuneração, promoção, aplicação de sanções
disciplinares, entre outros.
64. D) A Lei n.º 8.112/1990 é aplicável tanto aos servidores da
administração direta quanto aos empregados das empresas públicas.
Estão sujeitos ao regime geral das empresas privadas apenas os
servidores das sociedades de economia mista, que têm a natureza de
pessoa jurídica de direito privado.
65. Comentários:
66. O interessante dessa questão foi a alteração do gabarito de letra “B”
para letra “C”.
67. A opção “B” está, de fato, errada, pois o STF deferiu medida cautelar na
ADI 2135, para o fim de suspender a eficácia do caput do art. 39 da
Constituição, fazendo voltar a valer a redação anterior do dispositivo,
pelo qual havia sido instituído o regime jurídico único.
68. E a opção “C” está certa, uma vez que os órgãos da Administração
Direta têm de observar unicamente o regime estatutário. É bem provável
que a expressão “TODOS” tenha chamado a atenção. A Lei 8.112/1990
estabelece, de modo geral, TODOS os requisitos necessários à
investidura, remuneração, promoção, etc., o não impede que, de modo
mais específico, normas cuidem de outros requisitos.
69. Gabarito: alternativa “C”.
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71. Fixação
72. No que se refere ao chamado Regime Jurídico Único, atinente aos
servidores públicos federais, é correto afirmar que:
73. a) tal regime nunca pôde ser aplicado a estatais, sendo característico
apenas da Administração direta.
74. b) tal regime, a partir de uma emenda à Constituição Federal de 1988,
passou a ser obrigatório também para as autarquias.
75. c) consoante decisão exarada pelo Supremo Tribunal Federal, a
obrigatoriedade de adoção de tal regime não mais subsiste, tendo-se
extinguido com a chamada Reforma Administrativa do Estado Brasileiro,
realizada por meio de emenda constitucional.
76. d) tal regime sempre foi aplicável também às autarquias.
77. e) tal regime, que deixou de ser obrigatório a partir de determinada
emenda constitucional, passou a novamente ser impositivo, a partir de
decisão liminar do Supremo Tribunal Federal com efeitos ex nunc.
78. Comentários:
79. Como sobredito, o efeito da cautelar na ADI 2135 foi ex nunc, isto é,
efeitos proativos.
80. Gabarito: alternativa “E”.
81. 2. Provimento de Cargos Públicos
82. O início da relação do candidato com o cargo público e com a
Administração Pública se dá com o provimento.
83. Provimento é o ato administrativo mediante o qual uma pessoa passa
agrega ao cargo público, ou seja, é o ato de “preenchimento” de “lugar”
na estrutura da Administração. O provimento pode ser originário ou
derivado. A forma originária de provimento é a nomeação. Antes dela, a
pessoa é mera pretendente a um cargo, é dizer, um concursando.
84. Observa-se que os cargos em comissão também têm provimento, porém
apenas originário (nomeação). Não há aplicação das demais formas de
provimento (derivado, no caso) aos detentores de cargos
comissionados.
85. Todas as formas de provimento serão explicadas. Abaixo as formas de
provimento previstas na Lei:
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88. Nomeação Provimento Originário
89. Aproveitamento
90. Promoção
91. Reintegração Provimento Derivado
92. Recondução
93. Readaptação
94. Reversão
95. Portanto, são sete as formas de provimento: nomeação, aproveitamento,
promoção, reintegração, recondução, readaptação, e reversão. Guarda
a expressão: NAP + 4 RE. O que é isso? As iniciais de cada uma das
formas de provimento. Fazer o quê? Tem que dar um jeito de lembrar!
96. Veremos que, para cada uma das formas de provimento que começam
com RE, há uma palavra-chave para memorização. Exemplo:
reintegração – palavra chave: DEMISSÃO.
97. Voltando ao quadro acima, nota que APENAS A NOMEAÇÃO é
chamada de provimento originário. Pois é. As demais são DERIVADAS,
isto é, dependem que, primeiro, a nomeação ocorra.
98. Professor, a Lei 8.112, de 1990, previa a transferência e a ascensão
como formas de provimento. Por que foram revogadas?
99. Sobre o tema, veja a questão a seguir.
100. (2013/CESPE/TRE-MS/Analista Judiciário) De acordo com a
legislação vigente, a ascensão e a transferência são consideradas
formas de provimento de cargo público.
101. Comentários: O item está ERRADO.
102. Não há previsão de ascensão ou transferência como formas de
provimento. Na realidade, essas duas figuras já foram tratadas pela
norma como formas de provimento. Entretanto, por ofenderem o
princípio do concurso público,
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104. permitindo o ingresso a cargo público diverso do qual se
concorreu, foram declaradas inconstitucionais pelo STF, e, bem por isso,
revogadas da Lei 8.112/1990.
105. Gabarito: ERRADO.
106. Vejamos, abaixo, os detalhes das principais formas de
provimento.
107. A nomeação é a única forma de provimento originário, é com ela
que se inaugura o vínculo do pretenso servidor com a Administração.
108. Há bons concursandos que confundem a nomeação com a posse.
Isso não pode acontecer, afinal são coisas distintas. NOMEAÇÃO é o
primeiro provimento. POSSE é o ato formal em que o candidato
nomeado firma o compromisso de exercer o cargo, ou seja, é o ato
solene em que o candidato declara “aceitar o cargo”.
109. Como sobredito, há nomeação e posse para cargos efetivos e
comissionados. Sobre o tema, vejamos o teor da Lei 8.112/1990:
110. Art. 9o A nomeação far-se-á:
111. I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
provimento efetivo ou de carreira;
112. I - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de
confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
113. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou
de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela
remuneração de um deles durante o período da interinidade.
114. (Parte 1 de 7)
(Parte 2 de 7)
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d) caráter transitório, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo
ou de carreira.
Por fim, esclareça-se que os requisitos para a promoção devem estar dispostos
em Lei. Não há impedimento de a Administração regulamente o instituto por
meio de atos normativos próprios.
Vejamos o aproveitamento.
Nota que foi destacado no parágrafo acima o estável. Pois é. De acordo com a
Lei, apenas os servidores já estáveis têm direito de serem postos em
disponibilidade, e, por conseguinte, de serem aproveitados.
1 Gabarito: Letra C.
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E se o servidor não for estável?
Para boa parte da doutrina, caberá exoneração do servidor. De toda forma,
admitida a exoneração, deverão ser observados os critérios objetivos para
tanto, isto é, o ato, além de motivado, deve contar com amparo em razões
plausíveis (Recurso Extraordinário 378041). Durante o período de
disponibilidade, o servidor fará jus à remuneração proporcional ao tempo de
serviço (§ 3º do art. 41 da CF, de 1988).
Fixação
Comentários:
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Então, está resolvida a questão – o gabarito é a Letra “E”. Gabarito: alternativa
E.
Professor, e se o cargo do sujeito que foi demitido estiver ocupado? Vai ser
reintegrado onde?
É fato que o servidor demitido não pediu para sair do cargo. Retiraram-lhe da
função. Por isso, se o cargo do reintegrado estiver ocupado, o ocupante, se
estável, deverá ser reconduzido ao seu cargo de origem (se ainda estiver
vago), aproveitado em outro cargo, ou mesmo posto em disponibilidade, sem
direito a qualquer indenização.
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Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
Vamos à recondução.
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Fixação
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Fixação
2 Gabarito: Letra D.
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haveria o rompimento do regime jurídico aplicável (não será mais a Lei
8.112/1990), e, com isso, o elo do servidor com o cargo anterior se quebra, não
permitindo seu retorno.
Fixação
Vejamos a readaptação.
A readaptação é a possibilidade de recolocação do servidor que tenha sofrido
limitação (que é nossa palavra-chave para esta forma de provimento), física ou
sensível (mental), em suas habilidades, impeditiva do exercício das atribuições
do cargo que ocupava. Portanto, pela readaptação, o servidor será remanejado
para um cargo compatível com sua nova situação laboral.
3 Gabarito: letra B.
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Para que possa ocorrer a readaptação, o novo cargo terá que ser compatível
com o anterior, é dizer, com atribuições afins, nível de escolaridade compatível.
Desse modo, não pode, por exemplo, um auditor do INSS (cargo de atribuição
de nível superior) ser readaptado na condição de motorista (cargo de nível
médio, com atribuições nitidamente diferenciadas).
Fixação
Comentários:
Nas letras “B” e “C”, temos apenas formas de vacância. Na Letra “D”, formas
de deslocamento.
(Parte 2 de 7)
« anterior
1. 1
2. 2
3. 3
4. 4
5. 5
6. 6
7. 7
(Parte 3 de 7)
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Gabarito: alternativa A.
Fixação
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VII - aproveitamento; VIII - reintegração; X - recondução.
Como o examinador pede formas que também são de vacância, deve-se fazer
a leitura do seguinte dispositivo:
Gabarito: alternativa B.
Fixação
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(2011/FCC/TÉCNICO/TRE-RN) A investidura do servidor em cargo de
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica,
denomina-se:
(A) readaptação. (B) recondução. (C) reversão. (D) reintegração. (E) remoção.4
4 Gabarito: Letra A.
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Enfatiza-se que, embora preenchidos todos os requisitos legais, não há direito
adquirido à reversão, ficando a decisão a critério da Administração.
Enfim, não há, na opinião do STJ, prazo prescricional para a reversão de ofício.
Por fim, é digno de nota que o servidor que retornar à atividade por interesse
da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria,
a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. Ou seja, ao ser
revertido, o servidor fica recebendo APENAS a remuneração ou o subsídio
correspondente ao desempenho do cargo, deixando de receber os proventos
de aposentadoria.
Fixação
Comentários:
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Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente
ocupado e decorrerá de:
Então, a situação de Maria é de reversão. Com isso, está certa a Letra “D”.
Gabarito: alternativa D.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
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Nomeação Provimento originário
OBSERVAÇÃO: remoção/redistribuição
3. Posse X Exercício
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2ª - É possível a posse mediante procuração específica (§ 3º do art. 13, Lei
8.112/1990);
Existem circunstâncias que, caso incorridas por alguém que seja servidor,
prorrogam sua posse. São elas (art. 12, §3º, da Lei 8.112/1990):
VI- júri e outros serviços obrigatórios por lei VIII- licença: "a" à gestante, à
adotante e à paternidade
"b" para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,
cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo
de provimento efetivo
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X participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar
representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto
em lei específica.
Fixação
a) a despeito de estar de férias, terá que tomar posse no novo cargo, se não
quiser perder tal direito, em 30 dias a contar da referida publicação de
nomeação.
b) a despeito de estar de férias, terá que tomar posse no novo cargo, se não
quiser perder tal direito, em 15 dias a contar da referida publicação de
nomeação.
d) tem direito a que o prazo para sua posse seja contado somente a partir do
término de suas férias.
e) tem direito a que seja feita nova publicação do ato de nomeação, após o
término de suas férias.
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
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Fixação
Acerca do tema, assinale a opção correta. a) O servidor não poderia ter sido
designado em gozo de licença.
c) A designação para o exercício da função deverá ser tornada sem efeito caso
o servidor não entre em exercício imediatamente.
Comentários:
Item bastante difícil, mas em exata conformidade com o que diz a Lei
8.112/1990: a licença não pode passar de 30 dias, sob pena de a designação
de confiança ser tornada sem efeito.
Gabarito: alternativa D.
Fixação
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.
(Parte 4 de 7)
Gabarito: ERRADO.
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4. Remoção, Redistribuição e Substituição
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A remoção a pedido, por sua vez, ocorre: a critério da Administração ou
independente do interesse da Administração.
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- Por motivo de doença do servidor, cônjuge, ou dependente que viva às suas
expensas, sendo que deverá constar do assentamento funcional do servidor;
Fixação
(E) igual ao número de vagas, de acordo com normas estabelecidas pelo órgão
público independentemente do local da respectiva designação5.
5 Gabarito: Letra A.
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jus à remoção para a sede do TRE/PB, visto que o casal não residia na mesma
localidade antes da remoção da esposa. Portanto, o Estado não se omitiu do
seu dever de proteger a unidade familiar, que ocorre quando há o afastamento
do convívio familiar direto e diário de um dos seus integrantes.
Fixação
(CESPE-ANA_ADM-STM-JAN-2011) Considere que um servidor público tenha
sido removido, de ofício, como forma de punição. Nessa situação, o ato de
remoção é nulo, visto que configura desvio de finalidade.6
Por fim, fica o registro de que a remoção pode ocorrer sem mudança de sede.
Por exemplo: servidor lotado no posto fiscal em Recife, em Pernambuco, é
removido para a Delegacia da Receita Federal, também no Recife.
Fixação
6 Gabarito: Certo.
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servidor público, removido, em decorrência de aprovação em concurso de
remoção, para unidade de lotação em outro estado da Federação. Nessa
situação hipotética, a servidora não preenche os requisitos legais necessários à
obtenção da remoção, visto que ainda cumpre estágio probatório, circunstância
essa que condiciona sua remoção ao interesse da administração pública.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Assinale a opção incorreta acerca da
remoção
Fixação a) Pode implicar, ou não, mudança na cidade de exercício. b) Pode
ocorrer de ofício, ou a pedido.
Comentários:
- Letra A: CERTA. Veja no art. 36 abaixo que a remoção pode implicar, ou não,
a mudança de sede. Exemplo de remoção, sem mudança de sede: você
trabalha em uma área da Receita Federal, em Brasília, e é movimentado para
outra, também em Brasília. Pronto. Está sendo removido, e sem mudança de
sede!
- Letra C: CERTA. Veja o que diz a Lei 8.112/1990 (art. 36), com o destaque
feito:
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Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por
modalidades de remoção:
I - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
Administração:
Gabarito: alternativa D.
5. Vacância
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I - a pedido do próprio servidor.
Fixação
Comentários:
Gabarito: CERTO.
Fixação
(2012/CESPE/STJ/Técnico/ Telecomunicações e Eletricidade) Se o servidor
que ocupa determinado cargo público tomar posse em outro cargo
inacumulável, haverá vacância do cargo de origem8.
6. Sistema Remuneratório
O tema foi objeto da aula anterior. Hoje é só para informar que os ocupantes de
cargo público não recebem salário estrito senso, que é
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7. 7
(Parte 5 de 7)
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figura pecuniária própria para quem ocupa emprego, regido pela CLT, ok?
Releia o assunto na aula anterior.
De toda forma, para não se perder a prática, seguem algumas questões, para
treino:
Fixação
(a) subsídio, constituído de parcela única e pertinente, como regra, aos agentes
políticos;
Prontos?
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A remuneração, em sentido amplo, além dos vencimentos, vencimentos,
subsídio, salário, abrange, também, os proventos.
O soldo é pago aos militares, exemplo dos recrutas, que, na visão do STF,
pode ser inferior ao salário-mínimo.
Gabarito: alternativa C.
6.2. Indenizações
a) Ajuda de custo:
Esta verba de caráter indenizatório também é devida àquele que, não sendo
servidor da União, for nomeado para cargo em comissão (com mudança de
domicílio). Por exemplo: o sujeito mora no Rio de Janeiro, não é servidor
público, mas é nomeado para um cargo em comissão em Brasília. Terá direito
à ajuda de custo.
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pessoais. A ajuda de custo é, portanto, um ‘plus’. É como se fosse uma
compensação, decorrente do desgaste da mudança, ocorrida no interesse da
Administração.
b) Diárias:
Essa, sem dúvida, é a indenização mais conhecida. As diárias destinam-se a
indenizar as despesas extraordinárias com alimentação, pousada e locomoção
urbana e deve ser paga ao servidor que se afastar de seu local de lotação
(sede) em caráter eventual/transitório (o deslocamento pode ser para
localidades no Brasil ou exterior).
Fixação
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a União custear, por meio diverso do das diárias e para cada deslocamento do
servidor, as despesas que seriam tradicionalmente cobertas por estas. À luz de
tais fatos, e considerando o que dispõe a Lei n. 8.112/1990, assinale a opção
correta.
a) Não é possível o custeio, pela União, por outras formas que não a de
concessão de diárias, fazendo o servidor jus ao recebimento destas.
b) É possível o pretendido custeio, pela União, por outras formas que não a de
concessão de diárias, sendo, não obstante, devida ao menos meia diária por
dia de deslocamento.
c) É possível o pretendido custeio, pela União, por outras formas que não a de
concessão de diárias, realizado a cada deslocamento, e caso tal ocorra, o
servidor perderá o direito à percepção destas.
Comentário:
Gabarito: alternativa D.
Não é bem assim! Há diferença entre os valores das diárias pagas aos
servidores, conforme o Poder do qual façam parte. Isso decorre do que dispõe
o art. 52 da Lei 8.112/1990. Vejamos:
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Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a I do art. 51,
assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em
regulamento.
Os incisos citados são os que falam de ajuda de custo, diárias e transporte. Por
isso, possível diferenciação de valores entre Poderes.
c) Transporte:
Município, nos últimos doze meses, onde for exercer o cargo em comissão ou
função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro
desse período; e
Já o art. 60-C estabelece que “o auxílio-moradia não será concedido por prazo
superior a oito anos dentro de cada período de doze anos, ainda que o servidor
mude de cargo ou de Município de exercício do cargo”. Assim, a cada doze
anos, independente do município de sua lotação, o servidor só faz jus ao
auxílio-moradia por um período máximo de oito anos. Após o transcurso do
período citado (doze anos), o pagamento do auxílio moradia pode ser
retomado, desde que cumpridos, reitere-se, os requisitos do art. 60-B da Lei.
Fixação
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De acordo com a Lei n. 8.112/1990, conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor
se atendidos, dentre outros, os requisitos mencionados APENAS em
Fixação
C) ele ter recebido auxílio-moradia durante os dois anos em que ocupou cargo
em comissão no TRE-RJ.
Comentários:
9 Gabarito: Letra C.
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moradia ou habitam no imóvel da Câmara colocado a sua disposição. Lembre-
se de que para os servidores públicos (agentes administrativos) a história é
outra.
A letra C está certa. Ter recebido auxílio moradia por apenas dois anos não
impede o servidor de receber tal valor. Haveria o impedimento se o servidor
tivesse recebido por 8 anos no período de 12 anos.
(Parte 5 de 7)
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7. 7
(Parte 6 de 7)
Gabarito: alternativa C.
Fixação
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
Fixação
Comentários:
Boa! É a literalidade da Lei 8.112/1990, que diz exatamente isso no §2º do art.
49 da Lei. Mas serve para reforçar que as indenizações não são incorporáveis.
Gabarito: ERRADO.
Fixação
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destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada,
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento.
Gabarito: ERRADO.
Vejamos um a um.
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radioativas ou com risco de vida. Sobre o tema, interessante decisão do
Tribunal de Contas da União (Acórdão 2769/1ª Câmara):
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8.112/90 proíbe é a cumulação dos adicionais de insalubridade e
periculosidade, nada prevendo quanto à cumulação de gratificações e
adicionais, vantagens que não podem ser confundidas. Precedentes do STJ.
e) Adicional noturno:
f) Adicional de férias:
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I - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para
análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de
questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;
essas
atividades
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou
de concurso público ou supervisionar
A ideia é retribuir ao servidor que, além de suas atribuições decorrentes do
cargo, participa desses importantes eventos de seleção, treinamento e
desenvolvimento. Isso, claro, fora da jornada de expediente. Portanto, para que
a referida gratificação seja paga, não serão computados tais trabalhos na
jornada habitual do servidor (deve fazer fora da jornada de trabalho habitual).
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando das situações
em que ele atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou
de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública
federal e componente de banca examinadora ou de comissão para exames
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para
elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados
por candidatos;
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b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de participação
da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo
atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação
de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas
atribuições permanentes ou participação na aplicação, fiscalização ou
avaliação de provas de exame vestibular ou de concurso público ou
supervisionar essas atividades.
Fixação
(2012/FCC/TRE-SP/Analista-Contabilidade) - Mariana, servidora pública
federal, participa de uma Comissão para a elaboração de questões de provas,
enquanto Lucas, também servidor público federal, supervisiona a aplicação,
fiscalização e avaliação de provas de concurso público para provimento de
cargos no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral. Ambos os servidores têm
direito à gratificação por encargo de concurso, sendo que o valor máximo da
hora trabalhada corresponderá a valores incidentes sobre o maior vencimento
básico da Administração Pública Federal, respectivamente, nos seguintes
percentuais:
a) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) e 2,2% (dois inteiros e dois
décimos por cento). b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) e 2,5%
(dois inteiros e cinco décimos por cento). c) 2,1% (dois inteiros e um décimo
por cento) e 1,1% (um inteiro e um décimo por cento). d) 2,2% (dois inteiros e
dois décimos por cento) e 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento). e) 2,5%
(dois inteiros e cinco décimos por cento) e 1,5% (um inteiro e cinco décimos
por cento).
Comentários:
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IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou
de concurso público ou supervisionar essas atividades.
Gabarito: alternativa D.
Por fim, registre-se que a Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não
se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não
poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens,
inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.
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Borges
Fixação
Correlacione as colunas abaixo a respeito dos tipos de vantagens previstas na
Lei n. 8.112/90:
Fixação
10 Gabarito: Letra A.
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Comentários:
(Parte 6 de 7)
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7. 7
Gabarito: alternativa B.
O pagamento do terço de férias deve ser efetuado ATÉ dois dias antes do
início do respectivo período. No caso de exoneração de servidor (efetivo ou em
comissão), este fará jus ao pagamento do período completo (vencidas) e ao
período incompleto (em aquisição). Neste último caso, na proporção de 1/12
avos por mês trabalhado.
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Em âmbito federal, não é mais possível a conversão de 1/3 das férias em
abono (diz-se que não é mais possível “vender” as férias). Contudo, é permitido
o parcelamento em até 3 parcelas, desde que requerido pelo servidor e
autorizado pela Administração.
Por fim, mas não menos importante, a situação daqueles que operam,
habitualmente, com Raio “X”: tem direito a 20 dias de férias a cada semestre.
Tais férias são inacumuláveis, ok?
Por oportuno, cita-se que o item “tempo de serviço” refere-se à forma como
este deverá ser contado, bem como os efeitos decorrentes dessa contagem.
São licenças que podem ser concedidas ao servidor: a) Por motivo de doença
em pessoa da família; b) Por motivo de afastamento do cônjuge ou do
companheiro; c) Para o serviço militar; d) Para atividade política; e) Para
capacitação; f) Para tratar de interesses particulares; g) Para desempenho de
mandato classista; h) Licença para tratamento da própria saúde (arts. 202 a
206 da Lei); i) Licença à gestante, à adotante e à paternidade (arts. 207 a 210
da Lei); e j) Licença por acidente em serviço (arts. 211 a 214 da Lei)
Nota
Profº. Cyonil
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Borges
- Limite de tempo: máximo de 150 dias
- Observações Gerais:
Fixação
Julgue os itens a seguir, de acordo com a Lei n.º 8.112/1990 e suas alterações.
Em caso de doença de padrasto ou madrasta de servidor, esse servidor não
faz jus à concessão de licença por motivo de doença em pessoa da família,
ainda que o doente viva sob suas expensas.
Gabarito: ERRADO.
(Parte 7 de 7)
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7. 7
(Parte 1 de 6)
Prof. Cyonil
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AULA 07 – Processo Administrativo Federal
Prof. Cyonil
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1. Introdução: O Campo de Abrangência da Lei 9.784, de 1999 3
2. Princípios do Processo Administrativo 6
3. Trâmite do Processo– Lei 9.784, de 1999 12
3.1. Competência Para a Apreciação 16
3.2. Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo 20
3.3. Intimação e Direitos dos Administrados 21
3.4. Revelia 23
4. Impedimento e Suspeição (arts. 18 a 21 da Lei 9.784/1999) 23
5. Desistência e Extinção do Processo 26
6. Anulação, Revogação e Convalidação dos Atos
27
Administrativos
7. Recursos e Revisão 30
Sumário 8. Disposições
Finais .............................................................................................................. 37
Prof. Cyonil
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Borges
1. Introdução: O Campo de Abrangência da Lei nº 9.784, de 1999
Nas lições preliminares do Direito Constitucional, aprendemos que os entes da
federação, dentro de sua tríplice autonomia, possuem competência para se
auto-organizar, ou seja, são autônomos nesse aspecto, nos termos da CF/1988
(art. 18).
Assim, cada um dos entes federativos tem competência para legislar sobre
algumas matérias referentes ao seu próprio funcionamento, como servidores
públicos e processos administrativos, por exemplo.
Em razão disso, a União, quando cria, por exemplo, sua própria norma a
respeito de servidores, esta não se estenderá, automaticamente, aos Estados e
aos Municípios da Federação. Os entes políticos estabelecem suas próprias
normas a respeito de servidores.
É o que ocorre, por exemplo, com a Lei 8.112/1990, a qual vale tão só para
servidores civis federais. Nessa mesma linha, a Lei 9.784/1999 só é válida,
obrigatoriamente, para a UNIÃO, não se estendendo aos demais integrantes da
Federação. O que não impede, é claro, que o Estado-membro adote,
facultativamente, a Lei 9.784/1999, como já entendeu o STJ. O Distrito Federal,
por exemplo, recepcionou, integralmente, a Lei 9.784, de 1999.
Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo
e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.
Prof. Cyonil
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Borges
administrativos federais, não se aplicando automaticamente para os Estados,
Distrito Federal e Municípios.
Fixação
1 Gabarito: Certo
Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil Borges –
Aula 07
Prof. Cyonil
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parte e “juiz”. De fato, lembrando os Processos Administrativos Disciplinares,
recordemos que nestes (os PADs), a Administração Pública, a qual integra a
relação como parte interessada, é que “dirá o direito”, ou seja, tomará a
decisão quanto à responsabilidade do servidor potencialmente infrator.
Prof. Cyonil
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Borges
Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito
da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração.
Gente, olha só: esse trecho é só para lembrar que a Lei 9.784, de 1999,
enumera vários princípios em seu art. 2º.
Boa parte deles inclusive já foi objeto de estudo em outras disciplinas, como a
de Direito Constitucional. Porém, para fixação, não custa nada ler na íntegra o
artigo citado. Abaixo:
Prof. Cyonil
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Borges
O parágrafo único do artigo em referência estabelece vários “critérios” a serem
observados nos processos administrativos federais.
Comentário: a divulgação das ações do Estado deve ser impessoal, para evitar
essa confusão que muitas vezes se faz entre o público e privado. Isso,
inclusive, encontra-se em linha com o que estabelece a CF/1988 (§ 1º do art.
37), a qual proíbe o uso de símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de agentes públicos.
Prof. Cyonil
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Borges
Comentário: motivação é regra, mas com exceções. Ou seja: há atos que não
precisam ser motivados. Mas são poucos esses atos que não precisam de
motivação, pois o rol do art. 50 da Lei 9.784/1999 tem um número razoável de
hipóteses em que a motivação é necessária.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
Prof. Cyonil
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Borges
natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das
decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
Observe-se que não são todos os atos que exigem motivação, ainda que seja
desejável a realização desta. De fato, certos atos discricionários não
necessitam de motivação. O mais clássico exemplo é a nomeação e
exoneração de servidor detentor de cargo em comissão. Contudo afirme-se
que, a despeito de nem sempre exigirem motivação, todos os atos
administrativos, vinculados ou discricionários, não dispensam a existência de
motivo, que é diverso da motivação.
(Parte 1 de 6)
1. 1
2. 2
3. 3
4. 4
5. 5
6. 6
(Parte 2 de 6)
Prof. Cyonil
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Borges
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação
dos interessados;
Fixação
Conforme o art. 5° da Lei 9.784, de 1999, o processo pode ser iniciado pela
Administração ou em razão de provocação do interessado, sendo que o
requerimento feito por este último deve ser formulado por escrito e conter os
seguintes dados:
Prof. Cyonil
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Borges
De maneira sintética, então, o trâmite de um processo administrativo pode ser
assim ser resumido: INSTAURA, INSTRUI e DECIDE.
Fixação
Julgue os itens a seguir de acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito da administração pública federal. Pedidos de
vários interessados com conteúdo e fundamentos idênticos devem ser
formulados em requerimentos separados, com vistas à maior agilidade dos
processos administrativos e à diminuição dos seus volumes.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
I - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que
possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
Prof. Cyonil
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Borges
Abaixo, vamos “brincar” de misturar dois importantes tópicos: o processo e o
ato administrativo. Vamos lá.
Prof. Cyonil
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Borges
De acordo com a Lei 9.784, de 1999, o interessado poderá, na fase instrutória
e antes da tomada da decisão, juntar documentos (os memoriais) e pareceres,
requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à
matéria objeto do processo.
c) Parecer não obrigatório: a lei não trata especificamente dessa situação, mas
neste caso o processo segue, podendo ser proferida a decisão. Aquele que der
causa ao descumprimento da emissão do parecer, claro, deverá ser
responsabilizado.
Caso o órgão responsável pela instrução não seja competente para decidir,
deverá elaborar um relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases
do procedimento e, ainda, formular proposta de decisão, objetivamente
justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.
Prof. Cyonil
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3.1. Competência Para a Apreciação
Esse esclarecimento tem que ser feito, pois, pela redação do dispositivo,
muitos têm impressão que seria possível a renúncia de competências. Jamais!
O que a Lei admite é a delegação e avocação de competência. Mas
prossigamos.
Prof. Cyonil
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política e sequer
moral!)
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica, ou territorial (não é
Duas observações:
I) não pode haver delegação de toda competência. Veja que o primeiro trecho
negritado fala em delegação de parte. Só não diz qual o tamanho dessa
“parte”, o que pode levar a problemas no cotidiano do mundo real.
Por exemplo: Tício é diretor de uma área do órgão “X”, e deve realizar
determinada tarefa administrativa. Mévio é Diretor de outra área, no mesmo
nível hierárquico de Tício, que está muito ocupado e não tem tempo para
promover as diligências e outros atos necessários para resolver a tarefa
administrativa que tem que fazer. Zás, trás! Tício delega os atos para Mévio, e
não há nenhuma irregularidade nisso, dado que a Lei permite a delegação,
mesmo que não haja hierarquia direta entre Tício e Mévio.
Todavia, não são todos os atos administrativos que podem ser delegados. O
art. 13 da Lei 9.784/1999 estabelece a indelegabilidade de competência para
alguns atos.
Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil Borges –
Aula 07
Prof. Cyonil
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O primeiro desses atos indelegáveis é a apreciação de recursos
administrativos.
Aliás, essa é uma das boas passagens da Lei, pela seguinte razão: imagina
que uma autoridade qualquer tome uma decisão que tenha sido potencialmente
prejudicial a um particular. Este então recorre. O recurso administrativo é
encaminhado, então, pela via hierárquica para a autoridade.
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(Parte 3 de 6)
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial.
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§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade
delegante.
Os negritados não constam do original. Vamos lá.
I) caráter excepcional: a avocação não deve ser prática, mas exceção. Não é
desejável que a norma atribua competência a um órgão/agente e o superior
hierárquico, então, retire tal competência. Além disso, imagina a situação do
sujeito que tem sua competência avocada. Acabaria sendo marcado em seu
local de trabalho. Mais ou menos assim: olha, lá vai ele. O sujeito que teve sua
competência avocada...
Segue a norma apontando que os atos do processo devem ser produzidos por
escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da
autoridade responsável. O processo deve ter, ainda, suas folhas numeradas
sequencialmente e rubricadas.
Julgue os itens a seguir de acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito da administração pública federal. Os atos do
processo administrativo devem ser produzidos por escrito, com a assinatura
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da autoridade que os pratica. Essa assinatura deve ser submetida ao
reconhecimento de firma, afastando-se qualquer dúvida sobre a sua
autenticidade.
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
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Outros aspectos que merecem realce sobre a intimação, a seguir:
Fixação
Comentários:
Nessa, vamos partir direto para o que diz a Lei 9.784/1999. Vejamos o que diz
o art. 27 da norma de referência:
Gabarito: alternativa D.
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3.4. Revelia
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Logo, com a tentativa de se evitar o desvio de finalidade, a ofensa ao princípio
da impessoalidade, a Lei 9.784/1999 trouxe regras sobre os impedimentos e as
suspeições.
Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
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Diferentemente do impedimento (o qual deve ser informado pelo servidor, sob
pena de incidir em falta grave), a suspeição não será, necessariamente,
declarada pelo próprio servidor, podendo, inclusive, ser arguida pelas partes
interessadas, ocasião que indeferida a alegação, poderá ser objeto de recurso,
sem efeito suspensivo.
Fixação
a) pode dar-se por suspeito se alguém arguir sua suspeição. b) não está
impedido, mas pode dar-se por suspeito, por razões de foro íntimo. c) deve,
necessariamente, dar-se por suspeito. d) está impedido de atuar no feito.
e) não está impedido de atuar no feito nem obrigado a dar-se por suspeito,
ainda que alguém argua a sua suspeição.
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
Bom, antes que alguém pergunte o que é amizade íntima...O conceito não vem
ao caso, sinceramente. Será ter jogado bola de gude no carpete da sala? Ter
soltado pipas, com linha chilena, no ventilador? Dormir no mesmo quarto? Não
sabemos! O examinador, claro, é cuidadoso com as afirmativas em prova, em
não entrará em controvérsias com relação a este assunto.
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(Parte 4 de 6)
Daí entra com um processo administrativo junto ao órgão de lotação para ver
reconhecido o direito. Só que, noutro bate-papo, alguém passa o bizu: rapaz,
sabe aquela gratificação que nós estamos pleiteando, o pessoal do órgão “X”
perdeu em um processo igualzinho ao nosso! Você, então, pensa: será que é
para desistir do recurso?
Fixação
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Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da administração
pública federal, o interessado não poderá desistir do pedido.
Gabarito: ERRADO.
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retirada de um ato administrativo por razões de conveniência e oportunidade.
Como fica fácil de ver, a revogação tem íntima correlação com atos produzidos
no exercício do Poder Discricionário. Entretanto, como o que importa acerca da
revogação já foi tratado na aula de atos, não tornaremos ao assunto aqui, para
não o tornar enfadonho.
Destaque-se que nem todos os vícios são sanáveis. Só o são os vícios quanto
à competência e forma, como vimos na aula de atos administrativos, lembram-
se?
podem ser
convalidados
- Expressa (art.5): as decisões administrativas que não acarretarem lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos
sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. O grifo feito no
vocábulo “sanáveis” é exatamente para fazer o alerta – vícios insanáveis não
Duas últimas notas podem ser registradas aqui, em razão do que dispõe o art.
54 da Lei:
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Caso clássico, relativo à aposentadoria, que é um ato que efeitos patrimoniais
contínuos (paga-se mês a mês). Nesse caso (de aposentadoria), o prazo para
decadência é contado do primeiro mês de pagamento.
Fixação
Comentários:
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Vamos direto para a análise dos itens, com atenção para o fato de que o
examinador pede o item incorreto. -Letra A: CORRETA. Pela autotutela,
consagrada na Súmula 473, a Administração Pública pode anular um ato, no
caso de ilegalidade, ou revogá-lo, no caso de inconveniência ou
inoportunidade. A Administração deve, portanto, zelar pelo seu correto
funcionamento. Bem por isso, a criação do grupo de trabalho vem a atender a
tal princípio. - Letra B: INCORRETA. De fato, há prazo decadencial na Lei
9.784/1999 (ART. 54). Entretanto, isso não se aplica à situação exposta, já que
referido prazo de decadência da norma se aplica aos atos que tenham
resultado em sanções para o Administrado, informação que não foi
mencionada no comando da questão. Para esclarecer, veja o artigo da norma
de referência:
processos
administrativos
- Letra E: CORRETA. Cumpre à Administração, de modo geral, a condução de
ofício de seus processos administrativos. Noutras palavras: na via
administrativa, o Poder Público não precisa ser demandado, para que possa
instaurar, e conduzir, seus Gabarito: alternativa B.
7. Recursos e Revisão
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prazos recursais contidos no art. 109 da Lei 8.6/1993, que cuida
especificamente de recursos em processos licitatórios (5 dias úteis, em regra).
Então, ficamos assim quanto aos prazos para recursos administrativos: é de
dez dias, salvo se lei específica estabelecer prazo diverso.
Também, por regra, o recurso não tem efeito suspensivo, isto é, não suspende
a execução da decisão recorrida. Costuma-se dizer, então, que os recursos
administrativos possuem efeito apenas devolutivo, mas não suspensivo. Ah –
como funcionam um e outro? Vejamos.
O efeito suspensivo é como se fosse um efeito “para tudo”, o que deve ser
entendido como exceção para os recursos administrativos. De fato, a
Administração Pública deve empreender, dentro do possível, celeridade à sua
atuação. Daí, fato raro o efeito suspensivo aos recursos administrativos, uma
vez que tal situação acabaria obstando dita celeridade.
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6. 6
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Em alguns casos, o recurso administrativo não deve ser conhecido. É o que
acontece quando os recursos são interpostos:
Interessante regra está contida no art. 64, que estabelece o órgão competente
para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. O §1°
do mesmo artigo estabelece a possibilidade de agravamento da situação inicial,
no caso de RECURSO intentado.
sua
situação
Já o art. 57 estabelece o limite máximo de três instâncias administrativas, salvo
se a lei dispuser de forma contrária. Ou seja, caso não haja nenhuma outra
disposição de lei, o recurso caminhará por, no máximo, três instâncias
administrativas. Passadas estas três instâncias, a matéria não poderá mais ser
discutida na via administrativa. O destaque é para lembrar que nada impede o
inconformado com a decisão de recorrer à via judicial, claro. Na VIA
ADMINISTRATIVA É QUE, SUPERADAS AS TRÊS INSTÂNCIAS, NÃO
CABERÁ DISCUSSÃO NA VIA DE RECURSO. A doutrina denomina de
princípio da pluralidade de instâncias, como decorrência do princípio da
autotutela. Assim, é permitido que nas ações de recurso o administrado se
utilize de fundamento diverso para tentar reverter
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§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe
de caução.
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A revisão é possível a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, ocorrendo
quando há fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada, não podendo resultar em agravamento da
sanção inicial, como já mencionado.
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§ 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só
será admitido após esgotamento das vias administrativas.
Fixação
- Letra D: CERTA . Para recordar, vejamos o que diz a Lei 9.784/1999: Art. 58.
Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: I - os titulares de direitos
e interesses que forem parte no processo;
Fixação
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d) A competência para decidir acerca da licença capacitação era da DRH,
unidade organizacional de menor nível na hierarquia, não sendo admissível em
nenhuma hipótese, a avocatória.
Gabarito: alternativa E.
8. Disposições Finais
De acordo com o art. 69, os processos administrativos específicos continuarão
a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os
preceitos desta Lei.
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Bom, chega de teoria. E, para fechar, segue, logo a seguir, quadro-resumo com
tudo que você tem de lembrar acerca de processo administrativo, de modo bem
rápido.
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É um conjunto de atos coordenados e interdependentes necessários a produzir
uma decisão final a respeito de alguma função ou atividade administrativa.
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(Parte 6 de 6)
- Legalidade - Finalidade
- Motivação
- Razoabilidade e proporcionalidade
- Moralidade
- Ampla defesa
- Contraditório,
- Segurança jurídica
- Interesse público
- Eficiência
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I – não agir de modo temerário; IV – prestar as informações que lhe forem
solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
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os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. -
O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem
efeito suspensivo.
- Instauração - Instrução
- Relatório
- Decisão
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tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor
atuações probatórias. - São inadmissíveis no processo administrativo as provas
obtidas por meios ilícitos. -Quando a matéria do processo envolver assunto de
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado,
abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da
decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. - Cabe ao
interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever
atribuído ao órgão competente para a instrução - Quando deva ser
obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no
prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada
necessidade de maior prazo. -Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de
ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva
apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. - Se um
parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o
processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem
prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
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I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; I – aqueles
cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão
recorrida; I – as organizações e associações representativas, no tocante a
direitos e interesses coletivos; IV – os cidadãos ou associações, quanto a
direitos ou interesses difusos. Salvo disposição legal em contrário, o recurso
não tem efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente
superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. - O
recurso não será conhecido quando interposto: I – fora do prazo; I – perante
órgão incompetente; I – por quem não seja legitimado; IV – após exaurida a
esfera administrativa. - Na hipótese do item I, será indicada ao recorrente a
autoridade competente, sendolhe devolvido o prazo para recurso. - O não
conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato
ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. - Da revisão: os
processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando: I – neguem, limitem ou afetem direitos ou
interesses; I – imponham ou agravem deveres, encargos
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ou sanções; I – decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública; IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V
– decidam recursos administrativos; VI – decorram de reexame de ofício; VII –
deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII – importem anulação,
revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
Art. 56
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Para todos os atos do órgão ou entidade
5 dias, salvo força maior, podendo ser dilatado até o dobro se justificado
Art. 24
Art. 42
Decisão após a instrução
Decisão de recurso
Art. 59
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6. 6
(Parte 1 de 8)
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AULA 08: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
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1. Responsabilidade Civil do
3
Estado
Sumário 1.1. Evolução Doutrinária das Teorias de Responsabilidade Civil do
Estado 3
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1. Responsabilidade Civil do Estado
IV) A alteridade, no sentido de o prejuízo ter sido provocado por outrem e que
não tenha se dado por culpa exclusiva do paciente (a possível vítima).
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a) pode decorrer de atos ou comportamentos que, embora lícitos, causem a
pessoas determinadas ônus maior que o imposto aos demais membros da
coletividade.
b) só incide quando o agente público pratica algum ato ilícito.
Comentários
O erro da letra B é que o Estado responde civilmente por atos lícitos e ilícitos.
O erro da letra C é que o Estado responde mesmo que haja apenas culpa, em
sentido estrito. O erro da letra D é que o Estado responde também por atos
omissivos, sendo, neste caso, a responsabilidade subjetiva. O erro da letra E é
que o Estado responde objetivamente como regra.
Gabarito: alternativa A.
Não há que se falar, necessariamente, de ação ilícita por parte do Estado para
que este seja responsabilizado civilmente. Inclusive, a regra constitucional
registra a correlação: fato lícito X responsabilização civil do Estado.
Pois bem. Superada essa rápida introdução para delinearmos o que se deve
entender quanto à expressão “Responsabilidade Civil da Administração
Pública”, passemos à questão sobre a evolução histórico-doutrinária.
O conceito e a fundamentação da responsabilidade civil do Estado são
extremamente dinâmicos e não podem ser encarados, por exemplo, à luz dos
fundamentos jurídicos do século XIX. Diversas são as concepções doutrinárias
a respeito da evolução do instituto ora tratado, a qual se apresenta,
resumidamente, indo da irresponsabilidade do Estado (fase das regalias, do
feudalismo) até a Teoria do Risco Integral (o Estado como segurador
universal).
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No princípio, civilmente o Estado não era responsabilizado pelos danos
causados por seus agentes. Valia, então, a máxima: The King can do no wrong
(o rei não erra), ou, ainda, le roi ne peut mal faire (o rei não pode fazer mal).
Há quem diga que mesmo nos países em que se resistiu com intensidade ao
abandono desta teoria (Inglaterra e EUA, até meados do séc. X), ela não mais
se sustenta.
No sentido ora em estudo, por incrível que possa parecer, o Estado Brasileiro
nunca foi irresponsável! Durante o Império, vigorou a dupla personalidade do
Estado. Para a prática de atos de império (unilaterais, praticados com
coercibilidade, com império, Poder Extroverso), tínhamos a irresponsabilidade.
Porém, tratando-se de atos de gestão, na qualidade de quase particulares, o
Estado respondia pelos atos dos funcionários.
Pela teoria baseada na culpa civil (teoria civilista), como dito, o Estado
responde pelos danos causados por seus agentes, ao praticarem atos de
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gestão, porém, só no caso de culpa ou dolo destes. Ao particular prejudicado,
além de individualizar o causador do dano (identificar, nominalmente, o
funcionário do Estado), incumbiria demonstrar a existência dos elementos de
culpa em sentido amplo do agente. Exatamente por esse motivo a doutrina
afirma ser uma teoria de natureza subjetiva, ou seja, em que devem ser
discutidos os aspectos intencionais (dolo) ou não intencionais (culpa). Com
outras palavras, o particular prejudicado tinha de discutir o que o agente
pensou ou deixou de pensar, para que fizesse jus à reparação.
Não há dúvida de que essa teoria é comparativamente melhor do que a
anterior (a da irresponsabilidade). Contudo os preceitos da Teoria da
Responsabilidade com Culpa Civil são, por vezes, de difícil aplicação, em razão
da impossibilidade de fazer separação entre atos de império ou de gestão do
Estado ou, ainda, de o particular identificar o agente público causador do dano
e mais: de provar culpa ou dolo.
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majoritariamente aponte-a como de natureza subjetiva, em razão da
necessidade de demonstração de culpa ou de dolo.
O dispositivo será esmiuçado nas linhas a seguir, mas já é possível trazer duas
importantes observações:
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Com relação aos prestadores de serviço público, o que se percebe é que as
entidades assumem o RISCO da atividade estatal, em contrapartida aos
rendimentos que auferirão em decorrência da prestação dos serviços. Em
síntese: para todo ‘bônus’ há um correspondente ‘ônus’. Como exemplo: a
teoria do risco administrativo vale para concessionárias e permissionárias de
transporte coletivo, pois estas retiram dos usuários seu bônus’ (tarifas,
essencialmente). Logo responderão objetivamente (assumirão o ‘ônus’) perante
os usuários.
Anote-se que o STF, mudando posição mantida até então, entende que a
responsabilidade objetiva das concessionárias deve ser estendida também aos
terceiros NÃO USUÁRIOS dos serviços, afinal o texto constitucional não
separou, em nenhum instante, usuários ou terceiros não usuários dos serviços
públicos, os quais, caso prejudiciais a um particular, gerará, objetivamente, o
dever de o prestador promover a indenização correspondente ao dano
causado.
Ainda que a teoria do risco administrativo não exija que o particular comprove a
culpa da Administração, é possível que o Poder Público demonstre a culpa da
vítima para excluir ou atenuar a indenização. Essa é a fundamental diferença
com relação ao risco integral, como veremos a seguir. Assim, permite-se que a
Administração possa comprovar a culpa do pretenso lesado no evento danoso,
de forma a eximir o erário, integral ou parcialmente, do dever de indenizar.
Fixação
Comentários:
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São elementos da responsabilidade objetiva do Estado: conduta, dano e nexo
de causalidade. Pouco importa se a conduta do agente público foi lícita ou
ilícita (dolosa ou culposa – culpa em sentido amplo).
Gabarito: alternativa B.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa C.
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(Parte 2 de 8)
A maior parte da doutrina brasileira entende não ser aplicável o risco integral
no Direito Administrativo, em razão do exagero contido em sua construção
conceitual. Essa, inclusive, é a posição tida por correta pelas bancas
organizadoras mais tradicionais, que, portanto, deverá ser adotada em provas
de Direito Administrativo.
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Mais ou menos! Em provas de concursos, não há indicação bibliográfica, e,
bem por isso, não existem verdades absolutas. Há doutrinadores que
sustentam, com unhas e dentes, hipóteses de risco integral (no acidente
nuclear, no atentado terrorista e nos danos ambientais). Então, cabe o ‘jogo-de-
cintura’.
Por exemplo: imagina um servidor público que tenha, em razão de seu cargo, a
atribuição de transportar material radiativo. Insatisfeito com a vida, o dito
servidor resolve por fim a sua própria vida. Daí derrama garganta abaixo o
produto que transporta e acaba se suicidando. Pergunta-se: ainda assim, o
Estado estaria obrigado a indenizar a família?
Entretanto, como dito, todo o cuidado é pouco com este assunto. Veremos, ao
final da aula de hoje, que já houve questão formulada pelo CESPE em que o
examinador se valeu de posição doutrinária para admitir a adoção do risco
integral.
Fixação
(B) os atos lesivos praticados por agente público no exercício de sua função
geram responsabilidade da Administração Pública sem, contudo, autorizar o
direito de regresso desta contra o responsável pelo dano nos casos de dolo ou
culpa.
Comentários:
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O erro da letra A é que a indenização abrange os danos morais. A CF/1988 (§
6o do art. 37) autoriza, sim, o direito de regresso contra o responsável direto
pelo dano. Por isso, errada a letra B. No caso da letra C, a responsabilidade é
do Estado, não propriamente do servidor. Este, poderá ser responsabilizado,
mas mediante ação regressiva. Na letra E, responsabilidade objetiva não
dispensa a existência do dano a terceiro. Sem dano, não há que se falar de
responsabilidade civil. Além disso, a responsabilidade objetiva está pautada no
risco administrativo, e não no risco integral, o qual, para a maior parte da
doutrina, não é adotada no ordenamento jurídico pátrio. A letra D está
absolutamente amparada pelo § 6o do art. 37 da CF/1988, estando correta,
portanto.
Gabarito: alternativa D.
Comentários:
Gabarito: alternativa C.
Fixação
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Vamos direto para os comentários aos itens, lembrando que o examinador
pede o INCORRETO nesta questão:
Gabarito: alternativa E.
Fixação
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d) passou, com a Constituição federal de 1988, a adotar a teoria da
responsabilidade objetiva para as hipóteses de erro judiciário, exigindo a
demonstração da culpa do agente pela prática de atos lícitos.
Comentários:
O erro da letra D é que o Estado, de regra, não responde civilmente por erro
judiciário. Trataremos disso mais adiante.
Gabarito: alternativa A.
O dano, em si, é prejuízo, que pode ser material ou moral (o “preço da dor”, por
assim dizer). Já o fato lesivo diz respeito à ação/omissão por parte do causador
do dano. Por fim, o nexo de causalidade, que pode ser entendido como o liame
(o elo) entre a ação/omissão do Estado (ou de seus representantes, em
algumas situações) com o prejuízo causado, ou seja, o vínculo direto entre as
duas pontas para a responsabilidade civil: a ação e o dano.
Se tivermos algo que rompa com tal relação de causalidade, não ocorrerá a
responsabilidade civil da Administração. O rompimento do nexo de causalidade
será estudado mais à frente, quando se tratar das excludentes da
responsabilidade do Estado.
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Entretanto, agora, é útil se esclarecer o sentido de “agente público” e de
terceiros, expressões que constam do §6º do art. 37 da CF, de 1988.
Para o conceito de agente público, será utilizado o art. 2º da Lei 8.429, de 1992
(a Lei de Improbidade Administrativa). Vejamos:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no
artigo anterior.
Nesse caso, o Estado não será responsabilizado, pois o policial, apesar de ser
agente público, não atuou nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser
imputada ao Ente Público, portanto.
(Parte 2 de 8)
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7. 7
. Ocorrência de relação causal entre a omissão, consubstanciada no dever de
vigilância do patrimônio público ao se permitir a saída de
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policial em dia de folga, portando o revólver da corporação, e o ato ilícito
praticado por este servidor.
d) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não
atuou nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser imputada ao Ente
Público.
Fixação
A teoria do risco administrativo costuma ser associada pela doutrina pátria à
seguinte teoria de responsabilidade civil do Estado:
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a) teoria da irresponsabilidade do Estado. b) teoria da culpa anônima. c) teoria
da culpa administrativa. d) teoria da responsabilidade subjetiva.
Comentários:
E, por fim, sinalizo que a teoria do risco administrativo não exige que o
particular comprove a culpa da Administração, mas é possível que o Poder
Público demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização.
Gabarito: letra E.
Fixação
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Comentários: Questão bem interessante!
Gabarito: alternativa C.
Comentários:
A questão foi, inicialmente, anulada pela ilustre organizadora. Assim, adaptou-
se a aresta do enunciado, para esclarecer que a regra é para atos comissivos.
E, tratando-se de atos comissivos, vigora, de regra, a responsabilidade objetiva
do Estado, pautada no risco administrativo.
Gabarito: alternativa D.
Fixação
Comentários:
Gabarito: alternativa A.
Fixação
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(2008/FCC – DPE-SP – Oficial de Defensoria) Durante tentativa de resgate de
refém, o atirador de elite da Polícia Militar do Estado terminou por causar a
morte da mesma, não obstante tenha possibilitado a prisão do sequestrador. A
família da refém falecida a) poderá pleitear indenização do Estado, desde que
comprove a culpa do atirador, servidor do Estado.
Comentários:
O atirador de elite agiu licitamente, porém isso não é óbice para que o
particular prejudicado [ou família] ajuíze ação em desfavor do Estado, afinal
vigora a responsabilidade civil de natureza objetiva, conforme previsto no §6º
do art. 37 da CF, de 1988, a qual, como enfatizado, independe de dolo ou de
culpa do agente público. O elemento volitivo [culpa ou dolo] só será oportuno a
favor do Estado, para permitir-lhe a ação regressiva.
Gabarito: alternativa B.
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Federal (CEF). O segundo diz respeito à prestação de serviços públicos, com
base no art. 175 da CF/1988, exemplo do que fazem a Infraero e a ECT, típicas
prestadoras de serviços públicos.
Fixação
a) Petrobras.
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b) Instituto Nacional da Seguridade Social. c) União. d) Banco Central do Brasil.
e) Infraero.
Comentários:
Gabarito: alternativa A.
Bom, na questão acima, vale registrar que BNDES, que constava da redação
original da letra E, é um Banco, e, portanto, atua no mercado bancário, que
gera excedentes contábeis (lucros). Por isso a anulação da questão, afinal o
BNDES explora, em certa medida, atividades econômicas.
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que adotam a responsabilidade subjetiva, prevalece na jurisprudência a teoria
subjetiva do ato omissivo, de modo a só ser possível indenização quando
houver culpa do preposto.
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(Parte 4 de 8)
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inexiste, e, portanto, não pode haver a incidência da responsabilidade prevista
no artigo 107 da Emenda Constitucional n. 1/69, a que corresponde o parágrafo
6. do artigo 37 da atual Constituição. Com efeito, o dano decorrente do assalto
por uma quadrilha de que participava um dos evadidos da prisão não foi o
efeito necessário da omissão da autoridade pública que o acórdão recorrido
teve como causa da fuga dele, mas resultou de concausas, como a formação
da quadrilha, e o assalto ocorrido cerca de vinte e um meses após a evasão.
Recurso extraordinário conhecido e provido.
Fixação
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e) Responsabilidade pela atuação omissiva do Estado no seu dever de
assegurar a integridade de pessoas ou coisas.
Na letra C, nos termos da CF, de 1988, em seu art. 37, §6º, da CF, a
responsabilidade do Estado, de natureza objetiva (risco administrativo),
estende-se, igualmente, às pessoas jurídicas de direito privado, desde que
prestadoras de serviços públicos. E, na visão atual do STF, a responsabilidade,
que independe da comprovação de dolo ou de culpa, é aplicável, também,
àqueles que não ostentam a qualidade de usuários (os terceiros).
Na letra D, o erro é que, no caso de acidente nuclear, a CF, de 1988, prevê que
a responsabilidade do Estado independe de culpa, ou seja, está-se diante da
responsabilidade objetiva do Estado (sendo que alguns doutrinadores
consideram que é hipótese de risco integral, o que as bancas de concurso
refutam).
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materiais, morais e estéticos, cumuláveis, conforme o caso, causados a quem,
no momento do fato lesivo, achava-se sob guarda, vigilância e proteção das
autoridades e dos funcionários escolares.
Gabarito: alternativa A.
Eis que pode ter, para alguns, surgido a seguinte dúvida: Como pode, na
passagem anterior não foi falado que a responsabilidade seria SUBJETIVA, no
caso de OMISSÃO estatal? Não é isso o que ocorre no caso de pessoas e
coisas sob a guarda do Estado? Omissão deste?
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Morte de detento por colegas de carceragem. Indenização por danos morais e
materiais. Detento sob a custódia do Estado. Responsabilidade objetiva. Teoria
do Risco Administrativo. Configuração do nexo de causalidade em função do
dever constitucional de guarda (art. 5º, XLIX). Responsabilidade de reparar o
dano que prevalece ainda que demonstrada a ausência de culpa dos agentes
públicos." (os grifos não estão no original).
Fica a lição:
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I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários
do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal.
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
Fixação
Comentários:
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(Parte 5 de 8)
exemplo
)
Na letra B, segundo atual jurisprudência do STF, o particular deve ajuizar a
ação diretamente contra a Fazenda Pública. O direito de acionar o agente
público é uma prerrogativa do Estado, que a exercitará mediante ação de
regresso ou regressiva. Na letra C, a responsabilidade civil do Estado recai
sobre todas as pessoas exercem função pública. No caso, os notários são
pessoas físicas, que assumem atividade tipicamente pública, por delegação do
Estado, escolhidos a partir de concurso público de provas e títulos. E, por
exercerem funções públicas, fazem as vezes do Estado, e, bem por isso, são
alcançados pelo art. 37, §6º, da CF, que fixa a responsabilidade civil objetiva
do Estado. Nesse sentido é a jurisprudência do STJ (REsp 1163652, por
Gabarito: alternativa D.
Curso Teórico de Direito Administrativo para a TRT-GO Profº Cyonil Borges –
aula 08
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(2010/FCC – PGE/AM – Procurador) O regime de responsabilidade previsto no
art. 37, § 6o, da Constituição Federal brasileira
(C) não se aplica aos particulares, mesmo aos que prestam serviços públicos,
visto que esses têm sua responsabilidade regulada pelo Código Civil.
(E) adota a teoria do risco integral, em que não se admitem causas excludentes
ou mitigadoras da responsabilidade estatal.
Comentários:
Gabarito: alternativa A.
Fixação
(B) subjetiva, pois a vítima do dano é terceiro não usuário do serviço público,
afastando, assim, a incidência da responsabilidade objetiva fundada na teoria
do risco administrativo.
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(C) objetiva, uma vez que o dano foi causado por agente de pessoa jurídica de
direito privado prestadora de serviço público, sendo indiferente ser a vítima
usuária ou não usuária do serviço público.
Comentários:
O entendimento do STF é de que a responsabilidade das prestadoras de
serviços públicos é objetiva em relação aos usuários e àqueles que não
ostentem esse qualificativo, daí a correção da letra C.
Gabarito: alternativa C.
Todavia, no que diz respeito aos atos legislativos típicos do Estado, a doutrina
e a jurisprudência brasileiras têm admitido (por exceção) a responsabilização
do Estado em duas hipóteses:
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procedente. O Estado indeniza, repartindo o ônus entre A, B, “D” e toda a
coletividade. Sabe o que acontece no final? Isso mesmo. Jogo de soma zero! O
R$ não é do Estado, o dinheiro é de toda a coletividade administrado pelo
Estado. Daí não ser lógica a responsabilização do Estado por erros do
Legislativo.
Leis de efeitos concretos são aquelas que não possuem caráter normativo, não
detêm generalidade, impessoalidade, e abstração. São leis exclusivamente
formais, provindas do Legislativo, mas que possuem destinatários certos,
determinados.
No caso de lei que lhe atinja, fica assegurado ao administrado, então, o direito
à reparação do prejuízo, configurando-se a responsabilidade da pessoa jurídica
federativa da qual haja emanado a norma.
A razão para que tais Leis determinem o dever de o Estado arcar com os
prejuízos causados ao particular é que tais instrumentos (leis de efeitos
concretos) são apenas FORMALMENTE Leis, mas, MATERIALMENTE,
aproximam-se, bastante, de atos administrativos, proporcionando, portanto, os
mesmos efeitos de atos desta natureza (administrativos).
O poder de criar o direito por parte do Estado, então, deve respeitar tal
premissa exposta, cujo desrespeito poderá levar à responsabilização do ente
público, a qual dependerá da declaração de inconstitucionalidade da norma por
parte do STF, tanto no controle concentrado, como no difuso1.
De início, registre-se que os atos que ora se tratam são os jurisdicionais típicos,
praticados pelos magistrados no exercício de sua função de judicatura, tais
como despachos, sentenças, e decisões interlocutórias. Deve ser feito tal
registro, porque os atos administrativos praticados no âmbito da atividade
judiciária sujeitam-se às regras de responsabilização normais do Estado (do
tipo objetivo, com base no risco administrativo).
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Podem ser distinguidas, contudo, duas situações específicas que podem levar
à responsabilização do Estado por conta dos atos jurisdicionais: aqueles
praticados pelo magistrado com intenção de causar prejuízo à parte ou a
terceiro (conduta dolosa ou fraudulenta) e os praticados com erro (conduta
culposa).
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admitida
I - quando, após a sentença, se descobrirem novas
:
do art. 621 do CPP ("Art. 621. A revisão dos processos findos será provas de
inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize
diminuição especial da pena.").
Fixação
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(2010/FCC - TRF/4ª - Área Judiciária) Em matéria de responsabilidade civil da
Administração Pública, é correto afirmar:
Comentários:
A letra B está errada porque o risco integral não é adotado entre nós.
Gabarito: alternativa E.
Fixação
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para ressarcimento do prejuízo consubstanciado nos danos que indenizou.
Essa medida, de acordo com o que dispõe a Constituição Federal, é
(A) inconstitucional, pois somente o Estado responde objetivamente pelos
danos causados.
(E) inconstitucional, pois o servidor teria que ter sido demandado pessoalmente
pela vítima, já que provocou o acidente.
Comentários:
Gabarito: alternativa B.
Alguns esclarecimentos.
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determinado ato administrativo que prejudica certa empresa. O chefe imediato,
então, não acata a proposta formulada. Ato contínuo, a empresa entra com um
pedido judicial de indenização contra o servidor, alegando “danos morais”, em
razão do processo instruído anteriormente. Imaginou?
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Por mais que seja criticável, essa é a posição que levaremos para a prova:
Fixação
(A) o Estado responde pelo ato lesivo praticado por seu agente, ainda que este
não tenha agido com dolo ou culpa.
naturez
a
(E) o Estado somente responde se agiu com culpa nos danos causados por
fenômenos da
Comentários:
Na Lei, existe a referência de que a ação regressiva deve ser ajuizada assim
que houver o trânsito em julgado da sentença cível. Porém a doutrina
majoritária sustenta que a ação de regresso dá-se quando do efetivo
pagamento por parte do Estado, ou seja, quando, de fato, o Estado é
prejudicado pelo ato danoso do agente público. Perceba que a FCC seguiu o
entendimento doutrinário, daí a correção da letra C. Se não houver referência à
lei, pede-se que, para as demais bancas, o candidato acompanhe o
entendimento doutrinário.
Gabarito: alternativa C.
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Difícil aceitar como corretas assertivas que digam diferente do que é
consignado pelo STF, não é? Entretanto, vejam o que, na questão, conseguiu-
se atribuir como certa:
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E, como já se sabe, nos processos judiciais que se refiram à responsabilidade
civil objetiva tratada no §6º do art. 37 da CF/1988 figurarão no polo passivo do
processo (respondendo, sendo processado) a pessoa jurídica de direito público
ou prestador de serviço público, independente da natureza de sua
personalidade.
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irrelevante para o eventual ressarcimento do particular. Ademais, o direito de
regresso do ente público em relação ao servidor, nos casos de dolo ou culpa, é
assegurado no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, o qual permanece
inalterado ainda que inadmitida a denunciação da lide.
(Parte 6 de 8)
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7. 8
O cidadão prejudicado pelo evento danoso poderá mover ação contra pessoa
jurídica de direito público e contra o agente do Poder Executivo responsável
pelo fato danoso em litisconsórcio facultativo, já que são eles ligados por
responsabilidade solidária.
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Sobre o tema, no MS 26.210, o STF denegou o pleito de ex-bolsista do CNPq,
que alegava a prescrição da ação de ressarcimento. Na oportunidade, a
Suprema Corte salientou que o §5º do art. 37 da Constituição Federal de 1988
prevê a imprescritibilidade das ações de ressarcimento ao erário.
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1. É de cinco anos o prazo para a pretensão de reparação civil do Estado.
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Hamilton Carvalhido, consolidou o entendimento de que o art. 1º do Decreto n.
20.910/32 deve ser aplicado a todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda Pública, seja ela federal, estadual ou municipal, independentemente
da natureza da relação jurídica.
De outro lado, há situação em que o dano decorre da culpa exclusiva por parte
do executor da obra, quando este for um terceiro alheio à estrutura estatal e
que tenha recebido a incumbência de levar a efeito uma obra, em decorrência
de contrato administrativo.
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Por fim, há possibilidade de que tanto o empreiteiro quanto o Poder Público
terem contribuído para o fato que resultou em prejuízo ao administrado. Nessas
situações, ambos têm responsabilidade pelo dano ocorrido, devendo arcar, de
modo proporcional, com a eventual indenização devida.
Fixação
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c) No âmbito de ação indenizatória pertinente e após o seu trânsito em julgado,
Caio nunca poderá ser responsabilizado, regressivamente, caso receba menos
de dois salários mínimos.
Vejamos. João, servidor público, vem dirigindo, com cautela, viatura do Estado.
Daí, um particular qualquer avança o sinal e se joga contra o carro. Será que o
Estado teria o dever de indenizar essa “vítima”?
Fixação
2 Letra E.
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b) o Estado não pode ser responsabilizado, nem diretamente, nem em caráter
subsidiário, pelos danos causados por entidade autárquica a ele vinculada.
(Parte 7 de 8)
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7. 8
(Parte 8 de 8)
Por outro lado, ainda no que se refere a ferrovia, caso ficasse comprovada a
culpa exclusiva da vítima, o Estado deixaria de ter o dever de indenizá-la.
Nesse sentido, vejam o seguinte trecho de julgado do STJ (REsp 1210064):
3 Gabarito: letra C.
4 Gabarito: letra C.
5 Letra D.
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férreas, a responsabilização da concessionária é uma constante, passível de
ser elidida tão somente quando cabalmente comprovada a culpa exclusiva da
vítima. Para os fins da sistemática prevista no art. 543-C do CPC, citam-se
algumas situações: (i) existência de cercas ao longo da via, mas caracterizadas
pela sua vulnerabilidade, insuscetíveis de impedir a abertura de passagens
clandestinas, ainda quando existente passarela nas imediações do local do
sinistro; (i) a própria inexistência de cercadura ao longo de toda a ferrovia; (i) a
falta de vigilância constante e de manutenção da incolumidade dos muros
destinados à vedação do acesso à linha férrea pelos pedestres; (iv) a ausência
parcial ou total de sinalização adequada a indicar o perigo representado pelo
tráfego das composições.
6. No caso sob exame, a instância ordinária, com ampla cognição fático-
probatória, consignou a culpa exclusiva da vítima, a qual encontrava-se deitada
nos trilhos do trem, logo após uma curva, momento em que foi avistada pelo
maquinista que, em vão, tentou frear para evitar o sinistro. Insta ressaltar que a
recorrente fundou seu pedido na imperícia do maquinista, que foi afastada pelo
Juízo singular, e na responsabilidade objetiva da concessionária pela culpa de
seu preposto. Incidência da Súmula 7 do STJ.
Notem que, no caso logo acima, não haveria razão para se imputar
responsabilidade à concessionária, dado que a vítima é única causadora de
seu prejuízo, incidindo-se, portanto, na culpa exclusiva da vítima. Por isso, não
há por que se cogitar de responsabilidade da concessionária.
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a força maior. Tem toda razão a autora, mas façamos algumas observações,
tendo em conta, agora, outro doutrinador de peso: José dos Santos Carvalho
Filho, que, de modo recente, vem sendo bastante utilizado por todas as Bancas
examinadoras.
Para este último autor, tanto o caso fortuito como a força maior constituem
fatos imprevisíveis, não imputáveis à Administração. Daí, entende
desnecessária essa “bifurcação” entre eventos, naturais ou humanos, que são
imprevisíveis e que rompem a necessária causalidade entre a ação do Estado
e o dano causado.
Rompido o nexo causal, não há que se falar em indenização. Muito bem, tanto
o caso fortuito quanto a força maior podem levar à exclusão da
responsabilidade civil do Estado.
Mas se deve alertar para uma situação. É preciso, na prova, analisar com
atenção as variáveis lançadas pelo examinador, para chegarmos à conclusão
se o Estado responderá ou não por prejuízos causados no caso de eventos
naturais ou decorrentes da manifestação da vontade humana. Vejamos com
exemplos.
Fixação
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a) atos de gestão. b) atos de império. c) culpa do paciente. d) culpa do agente.
e) defeito em obra pública.7
c) não será responsabilizado, uma vez que o dano foi causado por pessoa
física que não faz parte dos quadros funcionais do Estado.
(A) não será responsável face à culpa exclusiva dos moradores por eventual
depósito de lixo no local.
(B) responderá pelos danos causados por culpa objetiva concorrente. (C) não
será responsável porque o fato não ocorreu pela conduta de seus agentes. (D)
deverá indenizar os moradores por força da responsabilidade objetiva. (E)
responderá pelos danos causados face à responsabilidade subjetiva.9
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(A) afirmar que responde sempre que verificada a ocorrência de danos,
prescindindo da demonstração de nexo causal ou de culpa do servidor.
(E) dizer que o Estado responde sempre e por qualquer ato de seus agentes,
sejam atos comissivos lícitos ou ilícitos.10
(2010/FCC – TRT/8R – Analista/Judiciária) Um motorista dirigindo em uma
estrada estadual cai com o veículo em um buraco próximo a uma obra de
recapeamento do asfalto, do que resulta danos de grande monta no veículo e
lesões graves no motorista. O acidente ocorreu por deficiência de sinalização,
que era de responsabilidade de funcionário do Estado, responsável pela obra.
Nesse caso,
(A) o Estado responde pelos danos causados ao veículo, mas não pelas lesões
corporais suportadas pela vítima.
(B) a vítima pode acionar judicialmente o Estado para reparação dos danos
porque ele responde, objetivamente, pelos atos dos seus agentes.
(C) a vítima não pode acionar o Estado porque está evidente a culpa do
agente, que é quem deve ser acionado.
(D) se o Estado for acionado e pagar os danos, ele não pode processar o
agente que deu causa ao acidente porque este estava no cumprimento do seu
dever.
(E) não cabe ação para reparação dos danos porque a estrada estava sendo
recapeada e o motorista deveria tomar cuidado, mesmo sem existência de
sinalização adequada.1
Deve-se verificar, mais uma vez, se o Estado foi omisso. Não adotando as
medidas necessárias, acabará sendo responsabilizado, ao menos
10 Gabarito: letra B.
1 Gabarito: letra B.
Curso Teórico de Direito Administrativo para a TRT-GO Profº Cyonil Borges –
aula 08
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Borges
parcialmente.
Fixação
(Parte 8 de 8)
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5. 6
6. 7
7. 8
Curso de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil Borges – aula 09
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AULA 09: CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
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Parte I – Controle da Administração
1. Fundamento
Pública, que trabalha para garantir que a sua atuação corresponda ao que
espera o titular do patrimônio público: o povo. Por esse motivo a atuação da
administração deve ser pautada pela indisponibilidade do interesse público,
pelos princípios da administração pública, pela eficiência, pela legalidade, pela
legitimidade dos atos, entre outros, e são esses aspectos que são observados
pelo controle. Afinal, há de se dar conta ao titular da coisa pública, o povo, para
que esse possa verificar se a coisa pública está sendo administrada da forma
mais eficiente.
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equilíbrio entre os Poderes estruturais do Estado e, por conseguinte, para a
melhoria dos serviços prestados pelo Estado.
2.1. Conceito
2.2. Finalidade
2.3. Abrangência
O controle pode vir sob as mais variadas formas, sob os enfoques interno e
externo. Um bom exemplo de controle interno é o efetuado pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), art. 103-B da CF, de 1988. Já o controle externo,
em que a verificação ocorre por órgão ou Poder estranho à Administração,
pode ser realizado pelo Ministério Público, Poder Judiciário, Congresso
Nacional e por cidadãos.
Curso de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil Borges – aula 09
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3. Espécies
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
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controle interno podemos citar os CNJ e CNMP, respectivamente, Conselho
Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público.
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Apenas um adendo. Coloco o controle finalístico dentro do item controle interno
porque é assim a classificação de Antônio Bandeira de Mello (se bem que o
autor chama de internoexterno!), entretanto, autores respeitados, como a
professora Di Pietro, classificam o controle sobre entes da administração
indireta como controle externo. A classificação do autor Celso Antônio foi objeto
de concurso de acesso aos quadros do Superior Tribunal Militar (STM), logo
atentos, afinal não existem verdades absolutas nos atuais concursos.
O controle externo é feito fora do âmbito do poder que praticou o ato, p. ex., o
Tribunal de Contas da União controlando um ato do poder Executivo. O
controle nesse caso é de legalidade, pode ainda ser de mérito – entretanto, é
bom que fique claro que o controle de mérito é limitado, afinal a conveniência e
oportunidade é aspecto inerente à atuação do administrador. Há quem defenda
que, quanto aos quesitos da legitimidade e economicidade, há certa
discricionariedade por parte dos Tribunais de Contas. Fiquem de olho!
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(Parte 1 de 5)
1. 1
2. 2
3. 3
4. 4
5. 5
(Parte 2 de 5)
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X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
Mais uma vez vamos retomar o que foi dito até agora: Controle tem objetivo de
corrigir e fiscalizar a atuação da administração pública para garantir o interesse
coletivo. Ele pode ser externo ou interno, tem como objeto a verificação de
legalidade e, com limitações, o mérito. Pode ser hierárquico ou finalístico. Pode
ser prévio, concomitante ou posterior.
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3.4. Quanto à natureza
Por fim, esclareço que tais classificações não devem ser consideradas
isoladamente. Por exemplo, o controle judicial, em sede de MS repressivo, é,
concomitantemente, posterior/corretivo, externo, de legalidade e judicial.
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4. Controle Administrativo
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A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Subordinação
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pessoal ou patrimonial por atos ou fatos administrativos.” (Hely Lopes)
Ainda devemos nos lembrar da revisão de processo que entra em cena quando
há fato superveniente, algo desconhecido até o julgamento do primeiro
processo. A revisão pode acontecer de ofício ou a pedido e não pode resultar
em agravamento da sanção. No entanto, o instituto do “reformatio in pejus” não
é vedado em sede de recursos, fiquem atentos a isso!
A partir de agora, vamos aprofundar, um pouco mais, a disciplina sobre os
recursos administrativos.
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Os recursos podem ser interpostos por razões de legalidade e de mérito. De
rega, o prazo a interposição de recursos administrativos é de dez dias, salvo
disposição legal específica em sentido diverso. O prazo é contado a partir da
ciência ou da divulgação oficial do ato.
Agora, prestem atenção: vejam que são possíveis recursos administrativos com
outros prazos, desde que lei específica assim estabeleça. Exemplo disso: os
prazos recursais contidos no art. 109 da Lei 8.6/1993, que cuida
especificamente de recursos em processos licitatórios. Então, ficamos assim
quanto aos prazos para recursos administrativos, É DE DEZ DIAS, SALVO SE
LEI ESPECÍFICA ESTABELECER PRAZO DIVERSO.
Também por regra, o recurso não tem efeito suspensivo, isto é, não suspende
a executoriedade da decisão recorrida. Costuma-se dizer, então, que, em
regra, os recursos administrativos possuem efeito apenas devolutivo, mas não
suspensivo. Ah – como funcionam um e outro? Vejamos.
O efeito suspensivo é como se fosse um efeito “para tudo”, o que deve ser
entendido como exceção para os recursos administrativos. De fato, a
Administração Pública deve empreender, dentro do possível, celeridade à sua
atuação. Daí, fato raro o efeito suspensivo aos recursos administrativos, uma
vez que tal situação acabaria obstando dita celeridade. Todavia, a autoridade
competente (ou aquela imediatamente superior) para apreciação do recurso
administrativo poderá, de ofício ou a pedido, de modo excepcional, conceder
efeito suspensivo ao expediente recursal, se houver justo receio de prejuízo de
difícil ou incerta reparação decorrente da decisão recorrida.
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de habilitação e julgamento, os quais têm efeitos suspensivos por
determinação expressa da Lei 8.6/93 (§ 2º do art. 109 da Lei 8.6/93).
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Dessa forma, devemos levar para a prova que, de acordo com o STF, É
INCONSTITUCIONAL A EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO DE RECURSOS
FINANCEIROS OU ARROLAMENTO DE BENS PARA QUE ALGUÉM POSSA
APRESENTAR UM RECURSO ADMINISTRATIVO.
(Parte 2 de 5)
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§ 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só
será admitido após esgotamento das vias administrativas.
A ilustre FCC, por exemplo, em prova para APO SP, no ano de 2010, trouxe a
aplicação do habeas data. Eu não concordo que o habeas data seja uma
aplicação de instância administrativa de curso forçado, porém, depois do
entendimento firmado pela banca, rendo-me à orientação da banca. Portanto,
doravante, marquem que, para o ingresso de habeas data, existe a
necessidade de esgotamente das vias administrativas.
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5. Controle Legislativo
É o controle a cargo do Poder Legislativo, sendo exercido pelo
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Tribunal de Contas, ele é especialista em fiscalizar, em auditar contas públicas,
e por isso aqui é a bola da vez.
Não nos resta dúvida de que todos estão nesse balaio: administração direta e
indireta, Estados, Municípios, Distrito Federal, estes últimos (E, M, DF) quando
recebem recursos repassados através de convênios, acordos, ou outros
instrumentos.
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Ah! O Tribunal pode multar! É verdade! Caso o Tribunal opte por multar ou por
imputar débito ao fiscalizado, a multa ou débito imputado terá eficácia de titulo
executivo extrajudicial.
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Com relação aos controles interno, externo, parlamentar, administrativo e
judicial, julgue o item subsequente.
Comentários:
Não há qualquer espécie de vínculo entre os tribunais de contas estaduais, de
municípios, municipais, e, no caso do item, do Distrito Federal, e o TCU.
De fato, por conta da autonomia de cada uma dessas Cortes, não se cogita de
tal tipo de relação (hierarquizada).
Evidentemente, o TCU, por ser federal, serve, muitas vezes, de inspiração para
os demais Tribunais de Contas. Mas, insista-se, não existe nenhum tipo de
hierarquia entre os Tribunais de Contas, ok?
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Com relação aos controles interno, externo, parlamentar, administrativo e
judicial, julgue o item subsequente.
Comentários:
Alguns alunos não perceberam a singeleza do item: por mais que seja admitido
o controle judicial das políticas públicas (o Supremo Tribunal Federal vem
dizendo ser possível - vide Ação de Descumprimento Fundamental 45), ele não
ocorrerá DE OFÍCIO (leia o item com atenção). Deverá haver PROVOCAÇÃO
do Poder Judiciário, para que isso possa ocorrer.
Mais uma questão direta. Abaixo, façamos a leitura do parágrafo único do art.
70 da CF, de 1988:
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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto
à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo
único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.
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e) obrigação de reparar Comentários: Questão bem formulada.
Referência doutrinária:
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b) fiscalizar a execução de convênio, acordo, ajuste, ou outros instrumentos
congêneres, com a União e o Estado para a aplicação de programas comuns c)
permitir o processamento e julgamento dos crimes comuns praticados pelo
Chefe do Poder Executivo Municipal perante o Superior Tribunal de Justiça d)
determinar ao Ministério Público Estadual o ajuizamento de ação penal por
ilícito praticado pelo Chefe do Poder Executivo em prejuízo ao erário e) impedir
qualquer pagamento de firma contratada pelo Poder Executivo submetida à
investigação por Comissão Parlamentar de Inquérito
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privativa do Tribunal de Contas. A fiscalização não pode ser efetuada pela
Câmara Municipal, para tanto conta com o auxílio do Tribunal de Contas, que
detém competência exclusiva, e, portanto, indelegável.
Os demais itens estão mais incorretos. O erro da letra A é que o Município não
tem Poder Judiciário.
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pagamento indevido, a executoriedade autorizava-lhe a suspender o referido
pagamento sem o devido processo legal.
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imprescindível a instauração do contraditório e observância do direito de ampla
defesa para se subtrair direitos concedidos aos servidores públicos. 3. O
exercício do poder de autotutela, sedimentado na Súmula 473 do STF, urge se
dar de forma consentânea à garantia prevista art. 5º, inciso LV, da Constituição
da República de 8, sob pena de nulidade. Precedentes. 4. Recurso provido.
Assim, embora a Administração Pública possa anular seus próprios atos, deve
sempre se orientar nos princípios constitucionais do devido processo legal, do
contraditório e da ampla defesa, especialmente quando seus atos afetam
situações jurídicas já consolidadas, como é o caso das vantagens
remuneratórias concedidas aos servidores.
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Comentários:
Como a revisão se faz por fato novo, não há que se cogitar de decadência, em
tal circunstância. Importante anotar, ainda, que a revisão administrativa não
pode levar ao agravamento da situação inicial do sujeito que a pleiteia, ainda
conforme com a Lei 9.784 (art. 65, parágrafo único).
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9. A respeito do controle da administração e da prescrição na administração
pública federal, assinale a opção correta. a) As normas a respeito de
fiscalização contábil, financeira e orçamentária previstas na CF aplicam-se à
esfera federal, mas não aos estados, ao DF e aos municípios, pois estes
podem, no exercício de sua autonomia político-legislativa, estabelecer normas
próprias acerca da organização das suas cortes de contas. b) A legislação
estabelece prazo peremptório de dez anos para a administração pública anular
seus próprios atos quando deles decorram efeitos favoráveis para os
administrados. c) A ação punitiva da administração pública, no exercício do
poder de polícia, com o propósito de apurar infração à legislação, prescreve em
cinco anos. d) O Poder Legislativo exerce controle político sobre os atos
ligados à função administrativa e de organização do Poder Executivo, mas não
sobre os atos praticados no âmbito do Poder Judiciário. e) O controle judicial
sobre os atos da administração, além de ser exclusivamente de legalidade, é
sempre a posteriori, pois o Poder Judiciário somente pode atuar depois da
produção desses atos e de seu ingresso no mundo jurídico.
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Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.
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Julgue o item seguinte, referente ao controle da administração pública.
Não é difícil perceber que é impossível a Lei prever todas as condutas a serem
adotadas pelo administrador em face das situações concretas que se lhe
apresentam e que exigem pronta solução. Dessa maneira, por vezes, a Lei
faculta ao administrador a possibilidade de adotar uma dentre várias (ou pelo
menos mais de uma) condutas possíveis, a qual deve estar alinhada ao melhor
atendimento do interesse público, o que resulta num juízo discricionário por
parte do responsável pelo ato.
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agentes incompetentes e informados por finalidades estranhas ao interesse
público, por arbitrários, são nulos e ilegítimos. Assim, a discricionariedade
administrativa não é ilimitada, havendo restrições advindas dos princípios
gerais do Direito e das regras de boa administração, as quais deságuam nos
preceitos da moralidade administrativa.
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Por sua vez, a reclamação “é a oposição expressa a atos da Administração que
afetem direitos ou interesses legítimos do administrado. O direito de reclamar é
amplo e se estende a toda pessoa física ou jurídica que se sentir lesada ou
ameaçada de lesão pessoal ou patrimonial por atos ou fatos administrativos.”
(Hely Lopes)
Ora, se a ONG não tiver qualquer vínculo com o Estado, qual é a lógica de
estar jurisdicionada ao TCU? Nesse caso, o TCU, obviamente, não fiscalizará a
aplicação dos recursos privados.
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AULA 10: IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Ah! Se nunca viu nada sobre improbidade, faz o seguinte. Nas páginas finais,
postei a lei de forma esquematizada. Faça a leitura da lei seca e vai perceber
que 9% das questões serão resolvidas.
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Das disposições gerais
c) Ocorrendo lesão ao patrimônio público, ainda que por ato culposo, haverá o
integral ressarcimento do dano.
a) não poderá ser punido criminalmente porque ninguém pode ser punido duas
vezes pelo mesmo fato.
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por improbidade administrativa.
d) poderá ser punido criminalmente, também, mas, não, por ato de improbidade
administrativa.
a) Para os efeitos da Lei nº 8.429/92, reputa-se agente público todo aquele que
exerce função em entidade privada que receba subvenção do Poder Público,
correspondente a pelo menos 50% de seu patrimônio.
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6) (2008/FGV – TCM/PA – Auditor) A sanção patrimonial, na hipótese de atos
de improbidade administrativa praticados em detrimento de entidade cujo erário
público haja concorrido para a criação do respectivo patrimônio, pressupõe
uma participação anual de:
a) mais de cinquenta por cento. b) menos de cinquenta por cento. c) mais de
quarenta por cento. d) menos de quarenta por cento. e) mais de vinte por
cento.
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d) I e I, apenas. e) I, I e II.
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erário; e atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios
da Administração Pública; e) atos de improbidade administrativa dos quais
decorre enriquecimento sem causa; atos de improbidade administrativa que
atentam contra a hierarquia e a disciplina administrativa; e atos de improbidade
administrativa que atentam contra os princípios gerais de Direito.
mercad
o
c) permitir a aquisição de bem público por valor superior ao de d) frustrar a
licitude de processo licitatório.
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e) Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento.
Das penas
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c) ressarcimento integral do dano, se houver. d) pagamento de multa civil. e)
proibição de contratar com o Poder Público.
a) de cinco a oito anos b) de seis a oito anos c) de oito a dez anos d) de três a
cinco anos e) de dois a três anos
(A) três a cinco anos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente.
(B) cinco a oito anos e pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
dano.
(C) cinco a dez anos e pagamento de multa civil de até cinquenta e três vezes
o valor da remuneração percebida pelo agente.
(D) oito a doze anos e pagamento de multa civil de até duzentas vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente.
(E) de quatro a dez anos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente.
a) suspensão dos direitos políticos por até dez anos. b) pagamento de multa
civil de até duas vezes o valor do dano. c) suspensão da função pública. d)
proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de cinco anos.
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e) perda da nacionalidade brasileira.
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(2002/Cespe – DPF) Julgue os itens abaixo, relativos à improbidade
administrativa, conforme disciplinada na Lei nº 8.429, de 2/6/1992.
23) O MP pode efetuar transação ou acordo com o réu, desde que não
dispense a integral reparação do dano. (Certo/Errado)
V. a lei deve estabelecer a gradação das penas a serem aplicadas, por ato de
improbidade administrativa;
37) (2007/Esaf – PGDF) Com relação aos aspectos penais da Lei n. 8.249/92,
marque a opção correta.
d) A Lei n. 8.249/92 não contém disposição própria que defina como crime a
representação por ato de improbidade, relativamente ao terceiro apontado
como beneficiário do agente público, quando o autor da denúncia o sabe
inocente.
Da Prescrição
Comentários:
“Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo
anterior”.
Enfim, a lei atinge todos aqueles que, com ou sem remuneração, com ou sem
caráter de permanência nos quadros da Administração, sejam responsáveis
pela execução dos fins da Administração, daí a correção do item “A”.
Gabarito: item A.
c) Ocorrendo lesão ao patrimônio público, ainda que por ato culposo, haverá o
integral ressarcimento do dano.
Comentários:
“As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta”.
Gabarito: item A.
3) (2005/Esaf – AFRE/MG) Um servidor público do Estado de Minas Gerais
praticou um ato que configura infração disciplinar grave, punível com a pena de
demissão. Esse mesmo ato está previsto na Lei nº 8.429/92 como ato de
improbidade administrativa e, no Código Penal, como crime contra a
Administração Pública. Ele foi punido administrativamente, com a pena de
demissão. Nessa hipótese:
a) não poderá ser punido criminalmente porque ninguém pode ser punido duas
vezes pelo mesmo fato.
d) poderá ser punido criminalmente, também, mas, não, por ato de improbidade
administrativa.
Gabarito: item C.
a) Para os efeitos da Lei nº 8.429/92, reputa-se agente público todo aquele que
exerce função em entidade privada que receba subvenção do Poder Público,
correspondente a pelo menos 50% de seu patrimônio.
Gabarito: item A.
Gabarito: item D.
O art. 1º, caput, da LIA, estabelece quais são as entidades submetidas à Lei de
Improbidade, alcançando, inclusive, aquelas em que o Estado haja concorrido
com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual. Nessas
entidades e órgãos, temos os agentes públicos, logo, além da repercussão
patrimonial, poderá haver perda da função pública.
Gabarito: alternativa B.
Comentários:
Gabarito: alternativa D.
Direitos Políticos
Não haverá perda ou cassação dos direitos políticos, mas sim suspensão
destes, por um período que pode variar de três a dez anos, conforme a
gravidade da conduta do infrator.
Indisponibilidade de bens
Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT GO Profº Cyonil Borges –
Aula 10
Ressarcimento ao Erário
Não é demais repetir que improbidade não é crime. Tanto assim que no trecho
final do dispositivo constitucional, menciona-se “sem prejuízo da ação penal
cabível...’. Assim, deve-se buscar na legislação penal a capitulação
(enquadramento) da conduta do agente em nos tipos de crime previstos por lá.
Enriquecimento
Ilícito
Prejuízo ao erário
Lesão a princípios
Perda da
Multa civil
Comentários:
Gabarito: item E.
O agente, nesses casos, não pode alegar que o dinheiro caiu do céu, isso não
vai, provavelmente, colar!
Item E – CORRETO. Nos termos do inciso I do art. 1 (atos que firam princípios
da Administração).
Gabarito: item A.
Comentários:
Gabarito: item D.
Comentários:
Gabarito: item B.
merca
do
c) permitir a aquisição de bem público por valor superior ao de d) frustrar a
licitude de processo licitatório.
Item D – INCORRETO. De acordo com inciso VIII do art. 10, é ato que causa
prejuízo ao erário. Ah! Peço sua atenção nesse quesito: frustrar a licitude de
concurso público é ato que fere princípios, já frustrar a licitude de licitação, é
ato que causa prejuízo ao erário (um dia isso vai ser solicitado!).
Certamente, o dinheiro que gerou o aumento de seu patrimônio não deve ter
caído do céu, logo, responderá por enriquecimento ilícito.
Gabarito: item E.
A banca foi “maldosa”. Nos itens “A” e “D”, perceba que a organizadora fez
resgate de hipóteses previstas na LIA que iniciam com idêntico verbo. A priori,
um bom candidato ficaria em dúvida, afinal deixar de licitar fere,
induvidosamente, o princípio da isonomia.
Administração Pública
Gabarito: item A.
Das penas
Comentários:
Gabarito: item B.
Comentários:
Gabarito: item B.
17) (2000/Esaf – AFRF) Tratando-se de atos de improbidade administrativa que
causam prejuízo ao erário, a pena prevista de suspensão dos direitos políticos
está fixada:
Comentários:
Enriquecimento
Ilícito
Prejuízo ao erário
Lesão a princípios
Gabarito: item A.
(A) três a cinco anos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente.
(B) cinco a oito anos e pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
dano.
(C) cinco a dez anos e pagamento de multa civil de até cinquenta e três vezes
o valor da remuneração percebida pelo agente.
(D) oito a doze anos e pagamento de multa civil de até duzentas vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente.
(E) de quatro a dez anos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente.
Isso mesmo. A suspensão dos direitos políticos varia de três a cinco anos. E o
pagamento da multa civil é de até 100 X o valor da R$.
Gabarito: alternativa A.
a) suspensão dos direitos políticos por até dez anos. b) pagamento de multa
civil de até duas vezes o valor do dano. c) suspensão da função pública. d)
proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de cinco anos. e) perda
da nacionalidade brasileira.
Comentários:
Gabarito: item A.
Tudo bem que as provas devem conter questões fáceis, médias e difíceis. No
entanto, com todo o respeito que merece a banca, ops..., que merece os
candidatos que se preparam para concursos públicos, uma questão como esta
desafia a classificação acima.
Acrescento que, além das penalidades previstas na CF, a LIA faz destaque,
ainda, à multa civil e à suspensão do direito de licitar e contratar e de receber
benefícios e incentivos fiscais.
Gabarito: alternativa C.
2) (2010/FCC – TRE/AL – Analista Judiciário-Administrativa) Dentre as
penalidades previstas na Lei no 8.429/92, para o administrador público que
pratica ato de improbidade administrativa NÃO se incluem:
Agora o rol está completo. Perceba que a banca, em uma única questão, fez
destaque a todas as sanções previstas na CF e na LIA.
23) O MP pode efetuar transação ou acordo com o réu, desde que não
dispense a integral reparação do dano. (Certo/Errado)
Comentários:
Gabarito: item A.
Item I – INCORRETO. Essa palavra parece mágica, qual seja: apenas! O uso
de apenas, especialmente no ramo do Direito, garante certa margem de
exclusão nos concursos, pois, sempre existe um caminho viável.
O que isso quer dizer? Quer significar que o juiz é quem medirá o grau de
reprovação, é o juiz quem dosará a penalidade, podendo entender pela
aplicação alternativa e, por vezes, cumulativa, de acordo com o princípio do
livre convencimento e da proporcionalidade.
Item IV – INCORRETO. O art. 37, §4º, da CF/1988, em sua parte final, fala
sobre as consequências dos atos de improbidade e faz menção expressa às
ações penais cabíveis, daí a incorreção do quesito. Essa passagem, inclusive,
serve-nos para apagar a lamentável informação de que a improbidade é crime!
Por repetitivo: improbidade não é crime, mas infração contra a ordem civil e
política, e, por vezes, pode configurar crime ou infração administrativa.
Gabarito: alternativa D.
a) 20 dias. b) 10 dias.
O que se mede com isso? Conhecimento? Penso que não. No entanto, nós
(cão)didatos temos que conviver com também com esse modelo de questão.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação
da medida cautelar.
Gabarito: alternativa C.
I. reputa-se agente público a pessoa que exercer um cargo público, ainda que
sem remuneração.
Estão corretas