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Economia Industrial de
Empresas Farmacêuticas
Lia Hasenclever
Beatriz Fialho
Helena Klein
Carla Zaire
Este exemplar está registrado para uso exclusivo de MARCELO GUIMARAES - 17608505
© Lia Hasenclever, Beatriz Fialho, Helena Klein e Carla Zaire/E-papers
Serviços Editoriais Ltda., 2010.
Todos os direitos reservados a Lia Hasenclever, Beatriz Fialho, Helena Klein
e Carla Zaire/E-papers Serviços Editoriais Ltda. É proibida a reprodução
ou transmissão desta obra, ou parte dela, por qualquer meio, sem a prévia
autorização dos editores.
Impresso no Brasil.
ISBN 978-85-7650-269-2
Revisão
Helô Castro
E22
Economia industrial de empresas farmacêuticas / Lia
Hasenclever... [et al.]. - Rio de Janeiro: E-papers, 2010.
194p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7650-262-3
1. Indústria farmacêutica. 2. Indústria farmacêutica - Brasil. I.
Hasenclever, Lia.
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Agradecimentos
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Sumário
11 Introdução
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95 3. A indústria farmacêutica no Brasil
96 3.1. Características da oferta
100 3.2. Características da demanda
111 3.3. Estrutura de mercado
162 3.4. Conduta
164 3.5. Desempenho
167 3.6. Políticas públicas brasileiras
185 Bibliografia
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Lista de Figuras
19 Figura1. Modelo estrutura-conduta-desempenho
30 Figura 2. Escala eficiente mínima (EEM)
48 Figura 3. A abordagem estática tradicional do Modelo ECD:
análise de dois mercados hipotéticos
49 Figura 4. Relações mais complexas entre estrutura, conduta e
desempenho
Lista de Gráficos
132 Gráfico 1. Preço médio dos medicamentos, 04/2000 a 04/2001
134 Gráfico 2. Média da relação entre o preço médio dos
medicamentos de referência e genéricos, 05/2000 a 04/2001
141 Gráfico 3. Percentual de participação de medicamentos genéricos
no mercado brasileiro
151 Gráfico 4. Setor farmacosmético brasileiro – cadeias x
independentes, 1993-2000
152 Gráfico 5. Setor farmacosmético brasileiro – estabelecimentos e
participação no faturamento, 1998-2000
153 Gráfico 6. Evolução por tipo de estabelecimento do setor
farmacosmético, 1992-2000
153 Gráfico 7. Setor farmacosmético por tipo de estabelecimento,
1998-2000
154 Gráfico 8. Setor farmacosmético brasileiro por área –
estabelecimentos e participação no faturamento, 1998-2000
155 Gráfico 9. Concentração do setor farmacosmético em termos de
faturamento, 1997-2000
Lista de Quadros
63 Quadro 1. Formas de proteção patentária na indústria
farmacêutica
68 Quadro 2. Etapas que envolvem P&D na criação e
desenvolvimento de medicamentos
70 Quadro 3. Atividades de P&D de novos princípios ativos de
empresas norte-americanas, 1999
77 Quadro 4. Regulação dos mercados farmacêuticos
78 Quadro 5. Funções essenciais do Estado nos mercados
farmacêuticos
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79 Quadro 6. Sistemas de financiamento e distribuição de
medicamentos
80 Quadro 7. Critérios para avaliar mecanismos de financiamento de
medicamentos
81 Quadro 8. Esquemas de distribuição pública de medicamentos
84 Quadro 9. Controle de preços sobre os produtores e sobre os
distribuidores
85 Quadro 10. Argumentos a favor e contra o monitoramento de
preços
89 Quadro 11. Método de fixação de preços com total controle
estatal nos países da América, 1994
90 Quadro 12. Método de fixação de preços com controle
intermediário nos países da América, 1994
108 Quadro 13. A demanda pública por medicamentos, programa de
assistência farmacêutica
145 Quadro 14. A distribuição de medicamentos no Brasil, 1998
147 Quadro 15. Perfil de alguns dos principais distribuidores, 1999
150 Quadro 16. Margens de comercialização de medicamentos no
varejo brasileiro, 2001
157 Quadro 17. Perfil de algumas redes de farmácias e drogarias no
Brasil, 1999
179 Quadro 18. Principais características dos subprogramas do
Profarma
Lista de Tabelas
58 Tabela 1. Vendas de medicamentos no varejo, principais
mercados do mundo, 1997-2008 (US$ milhões)
59 Tabela 2. Vendas globais, indústria farmacêutica (US$ bilhões)
59 Tabela 3. Maiores empresas da indústria farmacêutica mundial,
faturamento, 2004 e 2008
61 Tabela 4. Participação nos gastos de P&D por doença e
participação no mercado mundial, 1997
69 Tabela 5. Estrutura de custos de uma empresa farmacêutica que
realiza P&D
70 Tabela 6. Maiores empresas da indústria farmacêutica mundial,
vendas e gastos em P&D, 2007
71 Tabela 7. Gastos em P&D por etapa da pesquisa, companhias
associadas à PhRMA, 2009 (US$ milhões)
72 Tabela 8. Principais parcerias de colaborações em P&D
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74 Tabela 9. Número de novos produtos lançados no mercado por
países e por regiões, 1961-1990
97 Tabela 10. Faturamento líquido da indústria química brasileira,
1990-2008 (US$ bilhões)
98 Tabela 11. Importação de produtos químicos selecionados no
Brasil, 1999
99 Tabela 12. Importação de fármacos humanos superior a US$ 10
milhões FOB, 1999
99 Tabela 13. Mercado brasileiro total em valor, 1996-1999
100 Tabela 14. Mercado brasileiro total em unidades, 1996-1999
101 Tabela 15. Distribuição dos serviços públicos e privados de
atenção à saúde no Brasil, 1990
101 Tabela 16. Serviços de saúde no Brasil por faixa de renda,
população coberta, 2003
102 Tabela 17. Consumo de medicamentos por faixa de renda, 1996
103 Tabela 18. O sistema privado de atenção à saúde no Brasil, 2007
104 Tabela 19. A automedicação no Brasil por principais grupos
terapêuticos
105 Tabela 20. A automedicação no Brasil por princípios ativos
107 Tabela 21. Principais gastos do Ministério da Saúde com
medicamentos, 2002-2005 (R$)
110 Tabela 22. Óbitos por ocorrência e internações hospitalares
segundo causa, CID-10, 1998
111 Tabela 23. Estrutura da indústria farmacêutica, 1996-2007
112 Tabela 24. Número de estabelecimentos da indústria
farmacêutica por porte, 2000-2008
112 Tabela 25. Número de empregados na indústria farmacêutica por
porte, 2000-2008
113 Tabela 26. Produção dos laboratórios públicos no Brasil, 1999
114 Tabela 27. Participação de mercado das duas maiores empresas
por princípio ativo e origem de capital, 1999 (%)
115 Tabela 28. Brasil: P&D interno das empresas sobre receita líquida
de vendas, 2001-2003 e 2003-2005 (%)
115 Tabela 29. Brasil: atividades inovativas sobre receita líquida de
vendas, 2001-2003 e 2003-2005 (%)
116 Tabela 30. Medicamentos mais vendidos no Brasil nas farmácias
e drogarias, 05/2000 a 05/2001 (US$ e %)
116 Tabela 31. Medicamentos mais vendidos no Brasil, nas farmácias
e drogarias, unidades, 05/2000 a 05/2001 (%)
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117 Tabela 32. As 10 maiores empresas farmacêuticas no Brasil,
2006
118 Tabela 33. Principais companhias da indústria farmacêutica,
mercado ético, 10/1999 a 10/2000
118 Tabela 34. Principais companhias da indústria farmacêutica,
mercado não ético, 10/1999 a 10/2000
119 Tabela 35. Participação dos 20 principais laboratórios no Brasil
(venda às farmácias), 1979-1999
122 Tabela 36. Faixas de concentração e poder de monopólio dos
mercados relevantes, 10/1999 a 10/2000
124 Tabela 37. Regressão mínimos quadrados ordinários – variável
dependente: IHH
127 Tabela 38. Quantidade e crescimento das vendas de genéricos
130 Tabela 39. Evolução do IHH para os princípios ativos em que
genéricos foram introduzidos, 04/2000 a 04/2001
131 Tabela 40. Regressão painel, por efeitos fixos e aleatórios
132 Tabela 41. Regressão painel, por efeitos fixos
136 Tabela 42. Evolução das quantidades vendidas de medicamentos
por status do produto, 05/2000 a 04/2001
137 Tabela 43. Regressão painel com efeitos fixos
140 Tabela 44. Número de registros de medicamentos genéricos por
empresa detentora
146 Tabela 45. Principais distribuidores de medicamentos no Brasil,
2001
164 Tabela 46. Preço médio por tempo de mercado no Brasil, 1996-
1999 (US$)
165 Tabela 47. Margens de rentabilidade da indústria farmacêutica*
brasileira, 1988-2000 (US$ mil 1994)
166 Tabela 48. Importação da indústria farmacêutica brasileira, 10
principais países, 2000 e 2006 (US$ FOB)
167 Tabela 49. Exportação da indústria farmacêutica brasileira, 10
principais países, 2000 e 2006 (US$ FOB)
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Introdução
Introdução 11
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da economia industrial para alunos de economia, administração e
engenharia de produção.
Sua concepção foi iniciada a partir da cooperação realizada
entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-
cia e a Cultura (Unesco), a Fundação Universitária José Bonifácio
(FUJB) e o Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), através do projeto número 914BRZ58, durante
os anos de 2000 e 2001, e recebeu a contribuição de toda a equipe
do projeto, mas principalmente de Beatriz Fialho, que, por essa
contribuição destacada, passa a ter co-autoria neste livro. O resul-
tado foi a publicação Diagnóstico da Indústria Farmacêutica Brasileira.
Esse texto tem sido utilizado, desde 2002, data de sua publicação
original, como bibliografia básica da disciplina Economia e Adminis-
tração de Empresas Farmacêuticas – disciplina do Instituto de Econo-
mia ministrada como disciplina obrigatória para os alunos da área
de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da UFRJ.
O texto que ora apresentamos foi acrescido de mais um capí-
tulo, o Capítulo 1, e atualizado no que diz respeito às informações
sobre a indústria farmacêutica2 e aos estudos sobre o impacto da
introdução dos genéricos no mercado. O propósito do Capítulo 1
é acrescentar alguma noção sobre a disciplina Economia Industrial
e, ao mesmo tempo, explicitar o método utilizado para analisar as
indústrias farmacêuticas internacional e nacional, objetos dos capí-
tulos 2 e 3, respectivamente.
O livro está estruturado em três capítulos. No primeiro, apre-
senta-se o modelo de análise a ser utilizado para o estudo da indús-
tria farmacêutica. No segundo capítulo, caracteriza-se a indústria
farmacêutica em geral no contexto internacional. No terceiro, o
foco é a indústria farmacêutica brasileira. Os capítulos 2 e 3 estão
subdivididos em seções relativas às características da oferta e da
demanda, à estrutura da indústria, às principais condutas adotadas
pelas empresas, ao desempenho dessa indústria e às principais polí-
ticas públicas tradicionalmente utilizadas para monitorar e garantir
o desempenho do setor.
2. Ainda que não tenha sido possível atualizar todos os dados, acredita-se que a
dinâmica da indústria farmacêutica internacional e nacional tenha sido adequada-
mente capturada, conforme os leitores poderão constatar ao longo da leitura.
12 Introdução
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A contribuição mais importante deste livro, além dos concei-
tos sobre economia industrial e da revisão atualizada da literatu-
ra sobre o setor, é apresentar, na Seção 3.3, as características da
estrutura da indústria farmacêutica brasileira desde a produção de
medicamentos até sua distribuição. Como será visto, a estrutura da
produção é muito mais concentrada do que a estrutura de distribui-
ção, sugerindo distintos papéis de regulação para o setor público.
Utilizou-se para segmentar o mercado e analisar a sua estrutura
de produção uma metodologia própria da legislação antitruste,
aplicando-a às particularidades do setor farmacêutico. Trata-se da
definição denominada mercado relevante, espaço de competição real
entre as empresas, definição extremamente difícil de ser operacio-
nalizada no mercado farmacêutico devido à falta de informação
leiga sobre o grau de substitutibilidade dos produtos. Dessa forma,
foi necessário agregar a contribuição de especialistas em farmácia.
Destaca-se ainda a análise realizada sobre os impactos da introdu-
ção dos medicamentos genéricos na estrutura da indústria farma-
cêutica brasileira, localizada na Seção 3.3.1.1, e a sua atualização a
partir de novos estudos, exemplo ideal para realizar uma análise
da política regulatória do setor a partir da abordagem da disciplina
Economia Industrial.
Introdução 13
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1. A organização industrial e o estudo
das indústrias
1.1. Introdução
A disciplina economia industrial, posteriormente denominada de or-
ganização industrial, nasce basicamente de uma insatisfação com a
explicação das teorias neoclássicas de equilíbrio parcial e geral sobre
a natureza e o funcionamento real das empresas, e os mecanismos
de coordenação de suas atividades, incluindo o funcionamento dos
mercados. É um ramo da teoria microeconômica e seus autores fun-
dadores foram os professores Edward Mason e Joe Bain por volta
dos anos 1940 e 1950.3 A partir de observações empíricas, esses auto-
res formularam a hipótese da existência de uma relação direta entre
estrutura de mercado, conduta no mercado e desempenho. Essa hi-
pótese também está presente nos modelos de competição e mono-
pólio da teoria neoclássica, apesar de nunca ter sido explicitada.
Seus autores questionaram principalmente a falta de realismo
das teorias microeconômicas neoclássicas. A partir desses questio-
namentos uma primeira corrente de pensamento se torna autônoma
e denomina-se, nos Estados Unidos, de organização industrial e, na
Europa, de economia industrial. Esta corrente, em seus primórdios,
era essencialmente empírica. Estudava várias empresas e indústrias
para tentar explicar as causas dos comportamentos desviantes das
predições feitas pelo modelo neoclássico tradicional.
O seu foco é principalmente o estudo da estrutura das indús-
trias. Entende-se por indústria ou mercado o conjunto de empre-
sas produzindo bens e serviços substitutos4 entre si e, portanto,
em concorrência em um mercado. Por estrutura, entende-se não
Políticas Governamentais
Conduta Política Nacional de Medicamentos
Estratégia de Preço Regulação: registro de produtos,
Estratégia de Produto produção, comercialização e
Propaganda fiscalização
Estratégia de Pesquisa e Desenvolvimento Políticas de defesa da concorrência
Estratégia de Licenciamento Lei de patentes
Colusão Lei de genéricos
Fusões Controle de preços
Estratégias legais Regulação de salários
Incentivos a investimentos
Políticas macroeconômicas
Desempenho
Eficiência Alocativa
Eficiência Produtiva
Taxa de Avanço Tecnológico
Qualidade e Serviço
Equidade Legenda:
Regulação pública
A regulação pode ter um caráter genérico, quando é voltada para
a economia como um todo, ou específico, quando voltada apenas
para algumas indústrias. Um exemplo do primeiro tipo é o contro-
Antitruste
Essa é uma forma específica de regulação também conhecida como
‘regulação do comércio’. As principais diferenças, em relação a
outros tipos de regulação, são o caráter episódico da regulação
antitruste e o escopo mais bem definido das intervenções. Entre as
principais intervenções estão: proibição de contratos, combinações
e conspirações para restringir o comércio; proibição de monopo-
lização; proibição de discriminação de preços; e, no nível multi-
nacional, o Tratado de Roma, de 1957, contém uma política de
competição explícita.
Entrada
Teoricamente, em uma indústria com livre entrada há estímulos
para as empresas operarem sempre de forma eficiente. Novos pro-
dutos e novas tecnologias também podem ser introduzidos atra-
vés da entrada. É necessário considerar os fatores que impedem a
entrada e os fatores que incentivam a entrada. Iniciemos com os
fatores que impedem a entrada.
Existem várias definições de barreiras à entrada na literatura
de organização industrial. Entretanto, de forma literal, barreira à
entrada é qualquer fator que previne a entrada instantânea; ora,
mas como somente no longo prazo há entrada de novas empresas,
essa não é uma definição operacional. As barreiras à entrada só
podem ser percebidas considerando-se o longo prazo, porque no
curto prazo até os mercados competitivos podem apresentar lucros
positivos, sem induzir a entrada de novas empresas que para se
instalarem levarão certo tempo.
Vejamos algumas definições correntemente adotadas. A defini-
ção de J. Bain pode ser enunciada da seguinte forma: condições de
mercado que permitem as empresas estabelecidas fixarem preços
acima dos custos marginais sem atrair a entrada de outras empresas
podem ser consideradas barreiras à entrada. Outra explicação do
mesmo autor: existem barreiras à entrada quando uma empresa
11. Regra de bolso é uma expressão utilizada na literatura econômica para indicar que
a informação não tem explicação teórica, mas foi obtida a partir da experiência.
12. Fatores fixos são aqueles que levam tempo para serem construídos. Exemplos
são: o aumento de capacidade de produção de uma empresa que envolve obras civis
e encomendas de máquinas e equipamentos.
Economias de escopo
Desenvolvimentos recentes em economia industrial indicam a im-
portância das economias de escopo. Chandler (1990) a explica da
seguinte forma: a maior parte das empresas produz mais de um
produto, logo, deve haver uma razão para isto, ou seja, deve ser
menos custoso produzir vários produtos do que apenas um produ-
to. A isto denominamos de economias de escopo: há vantagens em
produzir vários produtos conjuntamente ao invés de especializar
uma empresa na produção de um único produto.
Suponhamos que q1 e q2 representem as quantidades produzi-
das de dois produtos. As economias de escopo estarão presentes se
C(q1,q2) < C(q1) + C(q2)
As principais fontes de economia de escopo são: a existên-
cia de fatores fixos altamente especializados e fatores intangíveis
também específicos a determinados negócios. A existência de um
fator fixo, como, por exemplo, uma máquina especializada. Essa
máquina, para ser eficiente, deverá produzir a um nível de produto
compatível com o custo médio mínimo. Entretanto, se o mercado
não comportar esse nível de produto, seria interessante ocupá-la
com a produção de outro produto. Exemplos são: linha de trem
usada para passageiros e para carga; escalas em voos; partilha de
um insumo físico ou intangível (conhecimento dos pesquisadores
ou dos engenheiros sobre a produção). O uso partilhado de ativos
intangíveis reduz os custos porque reduz os custos de obtenção das
informações, uma das fontes de custos de transação.13
13. Custos de transação é uma expressão utilizada pela literatura econômica para
indicar que existe um custo de transacionar, ou seja, de obter informações sobre o
preço e a qualidade do bem, administrar a compra – incluindo a organização de
contratos de compra –, e administrar as incertezas decorrentes, como, por exemplo,
a não entrega do bem no prazo estipulado.
14. Patentes que são depositadas e concedidas, mas que não são utilizadas para
lançar novos produtos no mercado, ficando apenas como uma garantia da empresa
proprietária para impedir a entrada de novas empresas utilizando a mesma tecno-
logia.
Custos de capital
As vantagens de custo de capital poderiam estar incluídas entre as
barreiras decorrentes das vantagens absolutas de custo, mas prefe-
rimos separá-las, porque as anteriores não eram dependentes da
escala de produção. As vantagens de custo de capital requerido
aqui estão relacionadas com economias de escala.
Iremos supor que quanto maior a escala eficiente mínima,
maior será a quantidade de capital requerida. Quanto maiores os
custos de capital associados com a entrada, menos as empresas en-
trantes poderão se autofinanciar com poupança prévia, e maior a
necessidade de que as empresas entrantes recorram ao mercado de
empréstimo de fundos de longo prazo.
Cabe uma importante ressalva: os custos de capital variam
também conforme a reputação da empresa entrante. Por exemplo,
se a empresa entrante for a Shell atuando na indústria de explora-
ção de petróleo e querendo entrar na produção, por exemplo, de
energia eólica, os custos que ela terá serão inferiores aos de uma
empresa desconhecida. Logo, eles talvez não sejam uma barreira à
entrada para a Shell, mas poderão representar uma fonte de barrei-
ra à entrada para uma empresa desconhecida.
Se as novas empresas têm que pagar taxas de juros mais altas
pelos empréstimos do que as firmas estabelecidas para realizarem
o mesmo investimento, então, elas se defrontarão com uma barrei-
ra à entrada. E esse diferencial de custo será tanto maior quanto
maior for a escala eficiente mínima e a necessidade de recorrer ao
mercado de empréstimos.
Diferenciação de produtos
Os consumidores veem os produtos como substitutos imperfeitos
entre si por uma série de razões:
diferenças na qualidade;
diferenças no desempenho;
diferenças na reputação;
diferenças por estarem associados a uma marca.
A diferenciação de produtos pode atuar como uma barreira à
entrada, pois permite ao produtor individual algum poder de mer-
cado, porque cada empresa pode aumentar seus preços sem perder
todos os seus consumidores. Entretanto, esse poder de mercado
é limitado pela entrada de novas empresas. Se as taxas de lucro
crescerem muito acima do normal e induzirem a entrada de no-
vas empresas, então, os lucros se reduzirão, como pode ocorrer no
mercado de competição imperfeita ou competição monopolística.
Mesmo que as empresas entrantes não possam imitar perfeitamen-
te os produtos das empresas estabelecidas, essas estão permanente-
mente ameaçadas pela entrada de outras empresas.
Entretanto, apesar de a teoria nos mostrar a quase impossibili-
dade de que as empresas que diferenciam produtos tenham poder
de mercado, a evidência empírica nos mostra que isto sempre ocor-
re. São exemplos os trabalhos de Bain e de autores mais recentes.
A diferenciação de produtos pode adquirir muitas formas:
propaganda;
esforços de venda com representantes;
oferecimento de contratos de serviço e garantias;
mudanças no estilo;
introdução de mudanças tecnológicas.
Evidência empírica
Os principais resultados dos estudos realizados sobre a economia
americana indicam, em resumo, que:
a evidência da relação entre baixa lucratividade e saída é mis-
ta, alguns encontram essa evidência outros não;
indústrias com taxas de crescimento mais baixo apresentam
um maior número de saída de empresas do que indústrias com
taxas mais altas;
ativos duráveis tangíveis e específicos tais como investimentos
em fábricas atuam como barreiras à saída;
ativos duráveis intangíveis e específicos podem impedir a saída.
CR(k) = ∑ Si ,
i =1
sendo Si a participação relativa de cada uma das k maiores empre-
sas no mercado.
O indicador mais comum para se medir o CR de uma indústria
é o montante de vendas, mas também poderemos utilizar valor agre-
gado, número de empregos ou ativos patrimoniais das empresas.
A taxa de concentração ou CR tem um significado simples:
para indústrias competitivas seu valor está próximo de zero e para
indústrias monopolistas está próximo de um. Sua mensuração é
facilitada devido à disponibilidade de dados, pelo menos para os
principais setores industriais, da participação relativa das maiores
empresas.
Entretanto, essa medida também tem limitações. Em primei-
ro lugar, na medida em que ela considera apenas o somatório da
participação relativa de algumas empresas, as maiores, se houver
modificação na participação relativa das demais empresas não con-
sideradas, a medida não captará essa mudança. Em segundo lugar,
ela não indica adequadamente o grau de competição da indústria
porque, dependendo do número de empresas consideradas, a taxa
de concentração pode ser distinta.
15. Nesse caso, encontra-se na literatura internacional outra distinção feita entre
o primeiro medicamento introduzido para tratar uma determinada enfermidade,
geralmente denominado medicamento inovador ou original, e o medicamento que
apresenta mecanismos de atuação semelhantes ao original, mas com algumas dife-
renças que o permitem ser patenteado e é introduzido no mercado após o inovador,
geralmente denominado como “me too” (Congressional Budget Office, 1998).
16. Essa distinção segue a encontrada na literatura internacional, correspondendo
à denominação em inglês de branded product (medicamento protegido por patente e
comercializado sob um nome de marca), branded generics (medicamento cuja patente
expirou, mas que é vendido sob um nome comercial) e generics (comercializado pela
denominação genérica do princípio ativo).
17. Estima-se apenas um emprego por elevação anual de US$ 300.000,00 das vendas.
58
América do
101.429 74.095 130.000 97.385 138.708 154.476 170.878 184.573 196.190 211.521 218.538 225.200
Norte
EUA 101.429 74.095 130.000 97.385 132.464 147.380 162.302 174.525 184.196 197.802 204.098 208.700
Canadá ND ND ND ND 6.245 7.096 8.577 10.049 11.994 13.719 14.440 16.800
Europa – 5
65.360 52.427 65.100 50.920 53.783 60.018 75.655 86.724 91.586 105.536 102.199 114.600
maiores
Alemanha 22.122 15.470 18.500 14.424 15.316 17.482 22.725 25.097 26.733 27.668 29.534 35.200
França 18.212 14.165 17.700 13.283 13.766 14.744 18.432 21.248 24.520 35.630 27.599 30.700
Reino Unido 8.427 8.385 11.000 8.888 9.614 10.409 12.981 15.628 14.985 15.666 16.963 16.000
Itália 10.580 9.123 11.300 9.035 9.430 10.832 12.756 14.468 14.496 14.943 15.315 17.200
Espanha 6.019 5.284 6.600 5.290 5.657 6.551 8.761 10.283 10.852 11.629 12.788 15.300
Japão¹ 46.887 38.764 53.400 51.434 47.517 46.892 53.109 57.627 60.273 56.675 56.542 66.700
China 3.437 ND 6.200 ND ND ND ND ND ND ND ND ND
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Índia 3.300 ND 3.400 ND ND ND ND ND ND ND ND ND
América
Latina – 3 16.434 17.130 15.100 13.480 12.906 11.113 11.932 13.289 16.277 18.747 20.297 24.400
maiores
Brasil 8.946 10.310 6.200 5.153 5.571 6.099 6.202 6.448 6.760 8.366 9.318 12.500
México 3.600 3.263 4.000 4.905 4.153 3.875 4.173 5.035 7.481 8.096 8.451 8.600
Argentina 3.888 3.557 4.900 3.422 3.182 1.139 1.557 1.806 2.037 2.285 2.528 3.200
Austrália/
Nova Zelân- ND ND ND ND 2.883 3.312 4.314 5.284 5.688 5.803 6.396 7.900
dia
Total dos
países sele- 236.847 182.416 273.200 213.219 255.797 275.811 315.888 347.497 370.014 398.282 403.972 438.800
cionados
2004 2008
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2. Indústria farmacêutica internacional
Faturamento (US$ Participação no Faturamento (US$ Participação no
Rk Companhia Rk Companhia
milhões) mercado (%) milhões) mercado (%)
1 Pfizer 50.516 9,04 1 Pfizer 43.363 5,99
2 GlaxoSmithKline 47.348 8,47 2 Johnson & Johnson 36.506 5,04
3 Novartis 37.318 6,68 3 GlaxoSmithKline 36.172 4,99
4 Sanofi-Aventis 31.615 5,66 4 Sanofi-Aventis 35.642 4,92
5 AstraZeneca 28.247 5,05 5 Novartis 32.516 4,49
6 Hoffmann – La Roche 25.163 4,50 6 Hoffmann-La Roche 30.336 4,19
7 Johnson & Johnson 22.939 4,10 7 Merck 29.425 4,06
8 Merck 21.427 3,83 8 AstraZeneca 26.191 3,62
9 Abbott Laboratories 19.680 3,52 9 Abbott Laboratories 19.466 2,69
10 Eli Lilly and Company 19.380 3,47 10 Bristol-Myers Squibb 19.140 2,64
Total 10 maiores 303.633 54,32 308.757 42,62
Total mercado mundial 559.000 100 724.465 100
59
Fonte: Elaboração do Grupo Economia da Inovação, baseado em IMS Health Market Prognosis.
O número de compradores na indústria está fortemente ligado aos
esquemas de financiamento e de distribuição de medicamentos.
Em alguns países, o fato de o sistema público de saúde fornecer
os medicamentos ou praticar alguma forma de reembolso, ou de
existirem organizações privadas que compartilham as despesas
com medicamentos com seus segurados, mas que realizam a com-
pra como um único grande comprador, dá origem a formação de
grandes monopsônios. Essa é uma forte tendência, principalmente
nos países mais desenvolvidos. Nos países menos desenvolvidos,
predominam os sistemas de financiamento e distribuição privados,
em que as despesas com medicamentos são por desembolso direto,
existindo, dessa forma, um grupo bastante heterogêneo e com poder
de barganha quase inexistente em relação aos produtores, exceto no
caso em que os governos procuram intervir junto aos fabricantes.
Em termos de segmentação do mercado, a indústria pode ser
segmentada de diferentes maneiras, conforme apontado nas carac-
terísticas de oferta (ver p.8). Via de regra, o segmento de medi-
camentos éticos (vendidos sob prescrição) é aquele que apresenta
maior faturamento nos principais mercados. Mas, a principal for-
ma de segmentação é pelas classes terapêuticas.
Observa-se, inclusive, certa concentração de esforços por
parte das empresas líderes em algumas classes terapêuticas, princi-
palmente naquelas de maior prevalência nos mercados dos países
desenvolvidos, que têm maior atratividade. Em geral, as empre-
sas farmacêuticas se especializam em pesquisas de determinadas
classes terapêuticas, principalmente devido à variedade e comple-
xidade de processos e conhecimento envolvidos, e o espectro va-
riado de doenças. Isto pode ser bem observado a partir dos dados
mundiais sobre a participação dos gastos em P&D por doença e o
mercado mundial de medicamentos relacionados a cada grupo de
doenças, conforme Tabela 4.
18. Esse tempo de validade das patentes aplica-se a todos os países signatários do
acordo Trips (Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights), desde sua vigência
em 2005.
19. Entretanto, existe muita controvérsia acerca da estrutura de custos do setor. Ainda
segundo esse estudo (OTA, 1993), uma forma alternativa utilizada para calcular a
estrutura de custos do setor é a comparação com as informações a respeito do segmen-
to de medicamentos genéricos, que poderia ser considerado como um limite superior
para o custo marginal de longo prazo envolvendo produção, distribuição e custos
administrativos. Considerando-se o impacto da competição via preços no segmento
de genéricos, os preços refletiriam os custos para permanecer no mercado, incluindo
os custos de capital. Dessa forma, se poderia tomar a diferença entre o preço do gené-
rico e do medicamento de marca como representativo do mark-up do medicamento
de marca sobre os custos marginais (de produção, distribuição e operacional).
2.4. Conduta
As empresas farmacêuticas comportam-se de maneira diferenciada
em cada país ou grupo de países, seja no tocante à estratégia de
preços, nos esforços de propaganda e marketing, na definição das
estratégias de localização da produção e das atividades de pesqui-
sa e desenvolvimento e de patentes como estratégia de exclusão
20. Essa afirmação baseia-se em informações analisadas por OTA (1993) sobre da-
dos contábeis de três empresas produtoras de genéricos. Essas empresas reportaram
gastos com P&D e marketing em torno de 6% das vendas, para o ano de 1990.
2.5. Desempenho
O setor farmacêutico está entre os setores industriais mais dinâmicos,
observando-se não só um bom desempenho em termos de fatu-
ramento, como também de margem de lucro, em comparação com
outros segmentos. De 1960 a 2000, a mediana dos lucros como
proporção da receita das maiores empresas farmacêuticas listadas
na Fortune 500 situou-se bastante acima da mediana dos lucros de
toda a lista. Observa-se um desempenho bastante oscilatório, entre
8% e 11%, para as empresas farmacêuticas no período 1960-1985;
entre 11% e 13% no período 1985-1990; e um crescimento de 11%
em 1991 para cerca de 19% em 2000 (EGA, 2000).
Além disso, destaca-se que as empresas que passaram por pro-
cessos de fusão e aquisição, entre 1994 e 1998, apresentaram uma
taxa de retorno anual para os shareholders de 5%, enquanto para
Controle de Preços
Existem diferenças de preços em diversos países e que estão
relacionadas aos condicionantes da dinâmica da indústria e do fun-
cionamento dos mercados farmacêuticos. Da mesma forma, exis-
tem diferentes mecanismos de controle de preços tanto sobre pro-
dutores quanto sobre a distribuição, conforme o Quadro 9.
Quadro 9. Controle de preços sobre os produtores
e sobre os distribuidores
Sobre os produtores
preços baseados no custo (cost-plus pricing): preços negociados entre o fabri-
cante e a autoridade nacional, baseados no custo da matéria-prima, produção,
marketing e outros custos do produtor, e uma margem razoável para lucro
preços de referência (reference pricing): também conhecidos como yardstick
ou benchmarking, leader pricing – fixa-se um limite para o preço de um medi-
camento individual por comparação ao preço de outros medicamentos. Preços
de referência interna baseiam-se na comparação com medicamentos já exis-
tentes no mercado nacional e que possuem efeitos terapêuticos semelhantes.
Preços de referência externa consideram o preço de medicamentos idênticos
ou comparáveis em outros mercados
preços baseados no lucro (profit-based pricing): controle sobre os lucros ou
sobre o retorno do capital investido é feito em uma base empresa por empre-
sa, com níveis de lucros fixados, em parte, sobre o risco que a empresa corre.
Dentro dos limites de lucro gerais, as empresas são livres para fixar os preços
dos produtos individuais
Sobre os distribuidores
É preciso considerar que parte dos preços dos medicamentos ao consumidor
final embute as margens dos distribuidores e das farmácias, e que, portanto,
podem ser vislumbrados quatro métodos básicos para determinar a margem da
distribuição para medicamentos
Custo + percentagem fixa
Custo + percentagem decrescente
Custo + taxa diferencial sobre dispensação
Preço máximo permitido
21. Quando os preços são comparados, no entanto, uma distinção maior deve ser
feita entre países que fixam preços pela “caixa padrão” do medicamento e países
que utilizam métodos sofisticados para obterem um preço apropriado correspon-
dente aos miligramas ou doses diárias do princípio ativo. No primeiro caso, o me-
canismo de fixação de preços é altamente vulnerável à manipulação da indústria:
pequenas mudanças na embalagem ou recomposições na fórmula química ajudam
a fazer com que o produto pareça novo. O novo produto pode ter aumentado de
preço e as propriedades terapêuticas terem sido mantidas. Essa substituição resulta
numa inflação “disfarçada”, não mensurada pelos índices usuais. Estratégias de pre-
ços de referência têm sido desenvolvidas por esses motivos. O preço de referência
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2 2 2 2,8 3,1 2,3 2,1 2,1 2,7 3,9 4,6 5,5 6,3 11,8
detergentes¹
Defensivos agrícolas 1,1 0,9 1,4 1,8 2,6 2,5 1,9 3,4 4,9 4,2 3,9 5,4 6,9 20,9
Tintas, esmaltes e
1,7 1,7 1,8 2 2 1,5 1,1 1,3 1,5 1,9 2,1 2,4 3 6,3
vernizes
Outros 1,4 1,5 1,6 1,5 1,7 1,4 1,5 1,6 1,8 2 2,2 2,7 2,8 6,4
TOTAL 31,8 29,9 35,6 42,8 43,8 43,6 37,3 45,5 60,2 72,3 82,6 103,5 122,0 12,7
(1) O faturamento de 1990 a 1994 foi estimado pela Abiquim em US$ 2 bilhões.
Fonte: Página da Abiquim na internet.
97
Tabela 11. Importação de produtos químicos
selecionados no Brasil, 1999
Importação
Produtos % Volume (t)
(US$ mil FOB)
Fármacos humanos 12 194.249 7% 6.708
Fármacos veterinários 5 137.813 5% 33.192
Subtotal 17 332.062 12% 39.900
Outros 76 2.197.036 78% 9.237.964
TOTAL 93 2.861.160 100% 9.317.764
Fonte: Elaboração própria a partir de Abiquim (2000).
105
Fonte: Arrais et al. (1997).
Em relação à demanda pública de medicamentos, com a extin-
ção da Central de Medicamentos (CEME), que foi a principal ins-
tituição fornecedora de medicamentos para o sistema de saúde nas
décadas de 1970 a 1990, em 1997, e com o processo de descentrali-
zação da assistência à saúde com o Sistema Único de Saúde (SUS),
aí incluída a assistência farmacêutica e o estabelecimento da Política
Nacional de Medicamentos (Ministério da Saúde, 1998), novas res-
ponsabilidades dos três níveis de governo nessa área começaram a
ser definidas. De maneira que a demanda pública por medicamen-
tos encontra-se divida entre os subprogramas do Programa de Assis-
tência Farmacêutica do Sistema Único de Saúde, com responsabili-
dades diferenciadas em cada esfera de governo (Federal, Estadual
e Municipal), denominadas gestoras do SUS. São eles: assistência
farmacêutica básica; medicamentos essenciais para saúde mental;
medicamentos estratégicos; medicamentos excepcionais.
Os gastos com medicamentos do Ministério da Saúde aumenta-
ram de US$ 384 milhões em 1996 para US$ 689 milhões em 1999.
Desse total, apenas 10% representaram compra dos medicamentos
produzidos por laboratórios públicos. É importante observar que
a produção de medicamentos pelos laboratórios públicos não tem
como propósito substituir a produção dos laboratórios privados, mas
dar suporte às políticas nacionais de saúde de combate e controle
de doenças e promoção do acesso a medicamentos pela população,
principalmente a de baixa renda (OPAS, 1998; ENSP, 2000).
Já na década de 2000, os principais gastos com medicamentos
do Ministério da Saúde aumentaram de R$ 2,48 bilhões em 2002
para R$ 4,26 bilhões em 2005. A Tabela 21 apresenta os gastos, no
período 2002-2005, relativos às ações de Assistência Farmacêutica
sob responsabilidade do Ministério.
O Quadro 13 apresenta, de maneira esquemática, o funciona-
mento de cada um dos quatro programas de assistência farmacêuti-
ca que caracterizam a demanda pública de medicamentos.
107
Quadro 13. A demanda pública por medicamentos, programa de assistência farmacêutica
Programa Funcionamento
Tem por objetivo incentivar a descentralização da assistência farmacêutica dentro do SUS relacionada ao abastecimento de
108
medicamentos básicos essenciais que são demandados por uma comunidade e são dispensados na rede ambulatorial do
SUS sob prescrição médica. Essa descentralização é financiada pelos três gestores do SUS, onde a transferência de recur-
sos federais é condicionada à contrapartida dos estados, municípios e do Distrito Federal. Nesse programa, o Ministério
da Saúde repassa para estados e municípios o equivalente a R$ 1,00/ habitante/ ano para que os mesmos estruturem
Assistência Farma-
programas próprios de assistência farmacêutica, devendo ainda complementar os valores com pelo menos mais R$ 1,00/
cêutica Básica
habitante/ ano. Em valores correntes, o repasse de recurso federal está estipulado em R$ 163.947.554,00, que somados
às contrapartidas dos estados e municípios totalizam um valor mínimo de R$ 327.895.108,00. Até março de 2000, esse
programa atingiu 2.367 municípios através de repasses fundo a fundo e 2.057 municípios através de repasses via secre-
tarias estaduais. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Programa de Assistência Farmacêutica Básica cobre atual-
mente 97% dos municípios e 90% da população.
Esse programa tem por objetivo fornecer medicamentos dentro da rede de assistência do SUS, para pessoas que sofrem de
transtornos mentais. Os recursos destinados ao programa são somados aos recursos do Programa de Assistência Farma-
Medicamentos cêutica Básica repassados para estados e municípios, de forma que, o financiamento desse programa é de responsabilida-
Essenciais para de do Ministério da Saúde e das unidades da federação, cabendo ao primeiro o repasse de 80% do total de recursos, de R$
Saúde Mental 0,22/ habitante /ano, respectivamente. A lista de medicamentos incluídos no programa é composta de 22 medicamentos
constantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. A distribuição aos municípios é de responsabilidade de cada
Secretaria Estadual de Saúde.
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Esse programa envolve a aquisição de medicamentos constantes dos programas de pneumologia sanitária (tuberculose),
composto por 13 medicamentos; dermatologia sanitária (hanseníase), composto por 10 medicamentos; DST/Aids, com-
posto por 12 medicamentos para o coquetel de combate à Aids e outros medicamentos de combate às infecções oportu-
nistas; endemias focais (malária, leishmaniose, esquistossomose, tracoma, peste e filariose); diabetes; e hemoderivados.
Os medicamentos são adquiridos pelo próprio Ministério da Saúde e depois distribuídos a estados e municípios.
Medicamentos
No tocante aos programas DST/Aids e diabetes, o MS é responsável pelo fornecimento de um conjunto de antiretrovirais
Estratégicos
(que se convencionou chamar de “coquetel”) e de insulina, respectivamente, ficando a cargo de estados e municípios a
aquisição de medicamentos para a terapia complementar nos dois casos. A forma de distribuição desses medicamentos
consiste no repasse às Secretarias Essaduais de Saúde, que por sua vez são responsáveis pela distribuição às Secretarias
Municipais de Saúde, sendo exceção a distribuição de antirretrovirais do programa de Aids para o município do Rio de
Janeiro, que os recebe diretamente do MS.
Os medicamentos constantes desse programa são destinados ao tratamento de determinadas condições especiais, sendo
geralmente produtos de alto custo, incluindo, entre outros, o tratamento medicamentoso de pacientes renais crônicos,
certos tipos de câncer, nanismo hipofisário, endometriose etc. O MS repassa aos estados recursos financeiros até um teto
Medicamentos
específico estabelecido dentro do teto financeiro global do estado no SUS, contrafaturamento através de procedimento
Notas:
(1) Ciba+Geigy (9) Hoechst+Merrel Lepetit+Sarsa+Rhodia
(2) Merrel+Lepetit+Richter (10) Biogalênica+Sandoz
(3) Produtos MSD (parcial) (11) Bristol-Meyers+Squibb
(4) Laborterápica Bristol+Mead Johnson (12) Boehringer Ing.+De Angeli
(5) Janssen+Cilag+prod. Johson & Johnson parc. (13) Sanofi+Winthrop+Synthelabo
(6) Byk+Lorenzini (14) Glaxo+Wellcome
(7) Wyeth+Prod. Ayerst parc. (15) SmithKline+ prod. Beecham (éticos)
(8) Wellcome+ICI (16) Astra+Zeneca (ex-ICI)
Fonte: Grupemef (2000).
24. Conforme visto acima, a indústria farmacêutica local quase não realiza pesquisa
de novos produtos, tendendo a introduzir produtos pesquisados pelas empresas líde-
res em outros países. Logo, o efeito desse impacto se dará em nível internacional.
Dados
Os dados utilizados são da base de dados do IMS referentes a ven-
das do comércio atacadista entre abril de 2000 e abril de 2001.
O uso de dados do comércio atacadista tem deficiências por não
captar as vendas realizadas diretamente da empresa farmacêutica
para o poder público e para o comércio varejista. Esse tipo de defi-
ciência pode gerar dois tipos de vieses para a análise. Primeiro, se
as compras de genéricos, do governo e/ou do comércio varejista,
representar um percentual das vendas totais de genéricos diferen-
te daquele representado pela sua participação no total das vendas
dos demais medicamentos, haverá uma tendência a subestimar (em
caso de participação superior) ou superestimar (em caso de partici-
pação inferior) a importância dos genéricos. É razoável supor que a
participação do governo nas compras totais de genéricos seja supe-
rior a sua participação nas compras dos demais medicamentos. O
governo pode alterar suas compras para genéricos por intermédio
de ordens administrativas, enquanto o setor privado dependerá da
eficiência do sistema de informações para conhecer a existência
dos genéricos. Ademais, a ordem para alterar a prescrição médica
no caso governamental é imediata, ao passo que o setor privado
dependerá do médico e de sua autonomia para prescrever o me-
dicamento. Quanto à venda direta ao comércio varejista, poderá
haver um possível viés em razão da formação de preços no setor
atacadista, normalmente associada a algum tipo de mark-up. Como
a margem de comercialização é um percentual fixo do preço e o
custo da comercialização não difere quando se trata de comercia-
lizar medicamentos genéricos e com marca, a venda de medica-
mentos de marca, em razão de seu preço superior, passa a ser mais
vantajosa para os intermediários atacadistas frente aos genéricos.
A base de dados fornecida pela Anvisa, diferentemente da
base de dados do IMS, registra as vendas de genéricos diretamente
junto ao produtor.
25. Está se supondo que, como a política de genéricos é uma política pública, haverá
uma maior aderência dos tratamentos propostos pelo setor público aos medicamen-
tos genéricos.
26. Deve-se destacar que, nesse caso, a preocupação central estaria voltada para a
falta de garantia de bioequivalência e biodisponibilidade. Provavelmente, a adoção
dessa medida criará incentivos para a realização desses testes para os medicamentos
excluídos do mercado.
Preços de Medicamentos
Os preços dos medicamentos, em dólar, no período, de uma ma-
neira geral decresceram, em razão do controle de preços exercido
pelo governo. Isto pode ser observado no Gráfico 1, que mostra
que o preço médio dos 75 princípios ativos analisados caiu de cerca
de US$ 9,00 para cerca de US$ 7,00.
Variação da quantidade
O principal objetivo da política de genéricos era aumentar o acesso
do público a medicamentos por intermédio de preços mais bara-
tos. Essa questão deve ser examinada com cuidado, visto que o
mercado de medicamentos no período apresentou uma contração
de 15,3% das unidades vendidas. Os mercados em que genéricos
foram introduzidos no período apresentaram uma contração ainda
maior de cerca de 17,3%, ainda que os produtos genéricos tenham
crescido cerca de 612%. Em parte, o baixo crescimento registrado
pode ser atribuído à qualidade dos dados utilizados. Conforme já
destacado, tendo sido obtidos a partir dos registros na venda ata-
cadista, eles podem deixar de captar importantes percentuais das
vendas que são dirigidas a órgãos oficiais, compras diretamente re-
alizadas ao produtor ou que fazem parte do processamento interno
de empresas distribuidoras integradas ao varejo (conforme sugeri-
do acima). A Tabela 42 mostra o decréscimo das vendas totais dos
75 princípios ativos analisados e o crescimento da participação dos
genéricos no total das vendas.
Produção de genéricos
As empresas produtoras de medicamentos genéricos focam seus
gastos na produção, distribuição e marketing. Entretanto, os custos
no segmento podem ser altos, devido ao grande número de concor-
rentes e também à necessidade de adequação a padrões de quali-
dade estipulados e a exigências das agências reguladoras (Marinho,
2008).
No início de 2000, chegaram ao mercado os dez primeiros me-
dicamentos genéricos (ampicilina, ranitidina, cefalexina, cloridrato
de metoclopramida, oxacilina sódica, cloridrato de lincomicina,
claritromicina, salbutamol, furosemida e cetoconazol) de uma série
que, no início de 2003, atingiu um montante de 635 produtos com
1.111 apresentações (Barros, 2004, p. 65).
Segundo a Progenéricos (2009), existem, no mercado brasi-
leiro, medicamentos genéricos para o tratamento de doenças do
sistema cardiocirculatório, anti-infecciosos, aparelho digestivo/
metabolismo, sistema nervoso central, antiinflamatórios hormo-
nais e não hormonais, dermatológicos, doenças respiratórias, sis-
tema urinário/sexual, oftalmológicos, antitrombose, anemia, anti-
helmíntico-parasitários, oncológicos e contraceptivos. Ou seja, já
é possível tratar com medicamentos genéricos a maior parte das
doenças conhecidas.
Até o final de 2008, conforme dados da Anvisa, 334 fármacos
estavam registrados, sendo 2.572 medicamentos genéricos regis-
trados com 14.130 apresentações (Anvisa, 2009a). A comparação
Perspectivas futuras
O surgimento dos medicamentos genéricos atraiu investimentos
de empresas nacionais e estrangeiras. Muitas empresas estrangeiras
entraram no novo mercado por associação com empresas nacio-
nais, pela compra de pequenas empresas já existentes, pelo arren-
damento da capacidade ociosa de laboratórios já instalados ou pela
construção de novas plantas (Marinho, 2008).
27. A Lei 10.213, de março de 2001, estabeleceu uma fórmula de reajustes de preços
dos fabricantes de medicamentos, que passaram a ficar congelados até dezembro de
2001. A Medida Provisória 2.230, de 06/09/2001, estendeu esse congelamento de
preços até dezembro de 2002.
Autosserviço
Autosserviço
Autosserviço
Nota: Área I (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Bahia); Área II (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro excetuando-se municípios
da Área III); Área III (Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nilópolis,
São Gonçalo e São João de Meriti); Área IV (São Paulo, Santo André, São Bernardo
do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Guarulhos, Osasco, Embu, Taboão
da Serra); Área V (Interior do Estado de São Paulo excluindo municípios da Área IV);
Área VI (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ); Área VII (Mato Grosso do Sul,
Goiás e Distrito Federal).
Fonte: ACNielsen (2000).
3.5. Desempenho
O faturamento da indústria farmacêutica brasileira, em 1998, foi de
aproximadamente US$ 10,31 bilhões, cerca de 3,38% do mercado
mundial. A queda do faturamento da indústria farmacêutica brasi-
leira, em 1999, deve-se em grande parte à desvalorização da moeda
nacional frente ao dólar americano. A partir daí, cresceu, alcançan-
do um faturamento de US$ 12,5 bilhões em 2008.
Em relação à evolução da balança comercial do setor farma-
cêutico, observa-se que, no período de 1982 a 1998, com a abertura
do mercado, iniciou-se um processo de aceleração do volume de
importação que ultrapassou, em 1993, a faixa dos US$ 200 milhões
FOB, atingindo aproximadamente US$ 1.400 milhões FOB, em
1997, e reduzindo-se para aproximadamente US$ 1.200 milhões
FOB, em 1998 (Bermudez et al., 2000).
No tocante a preços, podem ser distinguidos dois momentos
no período 1989 e 1998. Antes do Plano Real (1994), entre 1989 e
32. Para uma discussão mais detalhada da questão, ver Mello (2001b).
33. É, por isso, considerada uma forma de ação menos intervencionista do Estado
do que outras, como, por exemplo, a regulação ativa.
Subpro-
Principais características
grama
Objetivos: Primeira fase – contratação de um estudo com o intuito de
elaborar um plano estratégico de inserção dos produtores públicos no
Sistema Nacional de Saúde, de promover aumento na eficácia e eficiência
no sistema público de compras e distribuição de produtos relacionados
à saúde, bem como dos produtores públicos individualmente e no seu
conjunto. Segunda fase – apoiar a implementação de planejamento estra-
tégico visando à inserção dos produtores públicos no Sistema Nacional
de Saúde; apoiar os investimentos dos Produtores Públicos para a cons-
trução, expansão e modernização de capacidade produtiva de reagentes
e dispositivos para diagnósticos, hemoderivados, imunobiológicos, inter-
Produtores Públicos
se uma análise que não se limite à abordagem tradicional do direito desde uma
perspectiva formal e individualista, mas que busque determinar “... a finalidade ou a
destinação que o direito subjetivo possui no ambiente social” (Bruna, 1997:161). Ademais,
deve-se notar que, sendo essa uma regra analítica – que não tipifica atos que, em si,
sejam abusivos –, a abusividade só pode ser apurada caso a caso, mediante análise
dos efeitos provocados pelo ato, cotejando tais efeitos com aquelas finalidades sociais
visadas pela instituição do direito.
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outras providências.
Lei 9.787/99 de 11 de fevereiro de 1999. Altera a Lei no 6.360, de 23 de
setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o
medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em
produtos farmacêuticos e dá outras providências.
Lei 10.147, de 21 de dezembro de 2000. Dispõe sobre a incidência da
contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público – PIS/Pasep, e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – Cofins, nas operações de venda dos
produtos que especifica.
Lei 10.213 de 27 de março de 2001. Transforma a Medida Provisória 2.063
em Lei.
Lei 10.742 de 6 de outubro de 2003. Define normas de regulação para o
setor farmacêutico, cria a Câmara de Regulação do Mercado de Medica-
mentos – CMED e altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá
outras providências.
Medida Provisória 2.063. Define normas de regulação para preços de me-
dicamentos e criou a Câmara de Medicamentos.
Medida Provisória 2.190-34 de 23 de agosto de 2001. Acrescenta às atri-
buições da Agência a tarefa de monitorar a evolução dos preços de me-
dicamentos, equipamentos, componentes, insumos e serviços de saúde,
podendo, para isso, requisitar informações, fazer vistorias etc.
Medida Provisória 2.230 de 06 de setembro de 2001. Estende o prazo de
controle de preços até 31 de dezembro de 2002.
Medida Provisória 123, de 26 de junho 2003. Define normas de regulação
para o setor farmacêutico, cria a Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos – CMED, altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976,
e dá outras providências.
Portaria 3.916, de 30 de outubro de 1998 do Ministério da Saúde. Aprova
a Política Nacional de Medicamentos.
Resolução da Anvisa RE n. 391 de 9 de agosto de 1999. Aprovar o Regu-
lamento Técnico para Medicamentos Genéricos
Resolução da Anvisa RDC nº 92 de 23 de outubro de 2000. Regulamenta
as características, condições e proibições das embalagens e propagandas
de medicamentos.
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cialização de medicamentos similares registrados com nome do princípio
ativo, a partir de 15/09/2001.
Resolução da Anvisa RDC nº 51 de 15 de agosto de 2007. Altera o item
2.3, VI, do Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 2007 e o
Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007.
Resolução da Câmara de Medicamentos nº 9 de 13 de setembro de 2001.
Disciplina as margens de comercialização dos medicamentos e dá outras
providências.
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Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica
194 Bibliografia
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