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Indice

Introdução.......................................................................................................................................... 2

Objectivos........................................................................................................................................... 2

2.1. Objectivo geral............................................................................................................................. 2

2.2. Objectivos específicos.................................................................................................................. 2

3. Metodologia de Pesquisa................................................................................................................ 2

A união Africana................................................................................................................................. 3

Objectivos da união Africana............................................................................................................... 5

Princípios da união Africana................................................................................................................ 6

Órgãos................................................................................................................................................ 7

União Europeia................................................................................................................................... 8
Os principais marcos da construção europeia........................................................................................8

Os grandes Objectivos da Uniao Europeia.......................................................................................... 10

Os Direitos Fundamentais................................................................................................................. 10
 Liberdade de Circulação:.............................................................................................................11
 Direitos Civis e Políticos:.............................................................................................................11

Duas uniões uma só visão................................................................................................................. 12

Conclusão......................................................................................................................................... 14

Referencias bibliográficas.................................................................................................................. 15

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Introdução

O presente trabalho apresenta o estudo comparado da união Africana da união Europeia,


numa abordagem que, para além de focar os principais aspetos desta cooperação que se
traduzem fundamentalmente nas vertentes política, económica e comercial, se estende
também, cada vez mais, a outros aspectos de âmbito social como, por exemplo, a
cooperação no domínio da educação, que ao longo dos anos tem vindo a ganhar
incremento, designadamente nesta área, constante dos acordos instituídos entre a União
Europeia, por se considerar que sem uma boa base social neste sentido, não é possível
obter uma verdadeira sustentabilidade para o desenvolvimento com vista ao alívio da
pobreza que, nestes países. É realçada a importância dos acordos instituídos desde logo
entre as partes, e a evolução que tem vindo a sofrer desde o seu início, nomeadamente
através da humanização posterior que se pretende consolidar por via deles com vista à
criação de um Estado de Direito que atenda aos Direitos Humanos e liberdades
fundamentais dos cidadãos. São igualmente referenciados os instrumentos de
cooperação que tornaram possível o relacionamento entre si, nas suas várias vertentes.

Objectivos

2.1. Objectivo geral

 Abordar sobre o estudo comparado da união Africana da união Europeia

2.2. Objectivos específicos

 Entender o que é união Europeia e união Africana


 Abordar sobre os tipos de fórmulas de integração utilizada por estes dois blocos
regionais
 Falar das diferenças e relações entre a união Europeia e união Africana
 Abordar sobre as vantagens e as desvantagens entre a união Africana e a união Europeia

3. Metodologia de Pesquisa

As etapas da elaboração deste trabalho compreendem a seguinte metodologia de


investigação científica:

 Revisão bibliográfica;

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 Enquadramento à legislação da (uniao Africana) e o (tratado da união Europeia)
 Pesquisa em artigos científicos.

A união Africana

O acto constitutivo da UA, adoptado na cimeira de Lomé em 2000, introduziu


profundas alterações no domínio da paz e segurança, nomeadamente a possibilidade de
uma intervenção da UA em caso de ocorrência de circunstâncias graves, como crimes
de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade, ou em caso de pedido de um EM
para restaurar a paz e segurança. Apesar do acto constitutivo relevar os princípios da
igualdade das soberanias e da não interferência nos assuntos internos dos EM, os líderes
africanos pretenderam prosseguir numa atitude mais preventiva e coerciva, baseada no
principio da “não indiferença” aos assuntos de segurança humana. (Aning, 2007; UA,
2000).

O acto constitutivo é um projecto social e económico em torno dos vectores dos direitos
humanos e democracia, da integração económica, mas também da paz e segurança. Os
primeiros passos nesta última área foram dados na primeira cimeira de Chefes de Estado
da UA, reunida em Durban em 2002 (onde foi formalmente lançada a UA), com a
adopção de um protocolo que visa a criação de uma “Arquitectura de Paz e Segurança
Africana” (APSA), com estruturas e mecanismos que permitam assegurar um maior
envolvimento africano nas questões relacionadas com a paz e segurança no continente
africano (UA, 2002).

Em África, a paz e a segurança têm sido essencialmente associadas à boa governação


das fronteiras e à realização do desenvolvimento sustentável das fronteiras. Problemas
políticos e sociais nas zonas fronteiriças muitas vezes impedem os esforços de
desenvolvimento e complicam as intervenções sobre a resiliência e a prosperidade das
comunidades nas periferias nacionais. O legado histórico de fronteiras coloniais da
África e suas implicações para a estabilidade foi claramente entendido e gerido de
forma prudente pelos antepassados na Cimeira, de Cairo de 1964, da Organização da
Unidade Africana (OUA), a precursora da União Africana (UA). Desde então, a
OUA/UA tem estado na vanguarda da liderança na governação de fronteiras e deu início
a várias iniciativas relacionadas com fronteiras. (UA, 2002).

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União Africana (UA) é a organização internacional que promove a integração entre os
países do continente africano nos mais diferentes aspectos. Fundada em 2002 e
sucessora da Organização da unidade Africana criada em 1963, é baseada no modelo
da União Europeia (mas atualmente com atuação mais próxima a da Comunidade das
Nações), ajuda na promoção da democracia, nos direitos humanos e o desenvolvimento
económico do continente Africano, especialmente no aumento dos investimentos
estrangeiros por meio do programa Nova parceria de desenvolvimento na África. Seu
primeiro presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki. Tal como a sua antecessora, a
Organização da Unidade Africana, a UA promove a integração regional como forma de
desenvolvimento económico. O objetivo final é a completa integração das economias de
todos os países da África, numa Comunidade econômica Africana Tal como a sua
antecessora, a Organização da Unidade Africana, a UA promove a integração
regional como forma de desenvolvimento económico. O objetivo final é a completa
integração das economias de todos os países da África, numa Comunidade Económica
Africana. (UA, 2002).

Neste momento, funcionam as seguintes organizações de integração regional:

 A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO);

 A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC);

 A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC);

 A Comunidade da África Oriental (EAC);

 O Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA); e

 A União Árabe do Magrebe (UMA).

Como cada bloco é autônomo, uma crise inicial em um pilar não afetará diretamente os
outros que sustentam o programa de integração continental.

Em 10 de junho de 2015, foi ratificado, em encontro da UA no Cairo, a união dos países


que formam a COMESA, EAC e SADC para a formação de uma zona de livre comércio
única, buscando um Mercado comum. Essa comunidade deve entrar em vigor em 2017,
a chamada.

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 Zona Tripartida de Livre Comércio (ZTLC)

Esse é, portanto, o primeiro passo de união dos pilares antes existentes, visando a
unificação geral dos mercados africanos.

Objectivos da união Africana

Segundo o artigo 3 do acto constitutivo da uniao africana, são objectivos da União:

a) Realizar maior unidade e solidariedade entre os países e povos da África,


b) Respeitar a soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados
Membros,
c) acelerar a integração política e sócio-económica do Continente,
d) promover e defender posições africanas comuns sobre as questões de interesse
para o Continente e os seus povos,
e) encorajar a cooperação internacional, tendo devidamente em conta a Carta das
Nações Unidas e a Declaração dos Direitos do Homem,
f) promover a paz, a segurança e a estabilidade no Continente,
g) promover os princípios e as instituições democráticas, a participação popular e a
boa governação,
h) promover e proteger os direitos do homem e dos povos, em conformidade com
a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e outros instrumentos
pertinentes relativos aos direitos do homem,
i) criar as necessárias condições que permitam ao Continente desempenhar o papel
que lhe compete na economia mundial e nas negociações internacionais,
j) promover o desenvolvimento duradoiro nos planos económico, social e cultural,
assim como a integração das economias africanas,
k) promover a cooperação em todos os domínios da actividade humana, com vista a
elevar o nível de vida dos povos africanos,
l) coordenar e harmonizar as políticas entre as Comunidades Económicas
Regionais existentes e futuras, para a gradual realização dos objectivos da
União,
m) fazer avançar o desenvolvimento do Continente através da promoção da
investigação em todos os domínios, em particular em ciência e tecnologia,

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n) trabalhar em colaboração com os parceiros internacionais relevantes na
erradicação das doenças susceptíveis de prevenção e na promoção da boa saúde
no Continente.

Contudo, A União Africana tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana.


Defende a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração
econômica, além da cooperação política e cultural no continente.

Princípios da união Africana

De acordo com o artigo 4 do acto constitutivo da uniao africana, a União Africana


funciona em conformidade com os seguintes princípios fundamentais:

a) igualdade soberana e interdependência entre os Estados Membros da União;


b) respeito das fronteiras existentes no momento da acessão à independência;
c) participação dos povos africanos nas actividades da União;
d) estabelecimento de uma política comum de defesa para o Continente Africano;
e) resolução pacífica dos conflitos entre Estados Membros da União através dos
meios apropriados que sejam decididos pela Conferência da União;
f) proibição do uso da força ou da ameaça do uso da força entre os Estados
Membros da União,
g) não ingerência de qualquer Estado Membro da União nos assuntos internos de
outro; h) direito da União intervir num Estado Membro em conformidade com
uma decisão da Conferência em situações graves nomeadamente, crimes de
guerra, genocídio e crimes contra a humanidade;
h) coexistência pacífica dos Estados Membros da União e seu direito de viver em
paz e em segurança e de procurar ajuda, através da Conferência da União, assim
como o direito de a União intervir para restaurar a paz e a segurança;
i) direito dos Estados Membros de pedirem a intervenção da União, com vista à
restauração da paz e segurança;
j) promoção da autonomia colectiva no quadro da União;
k) promoção da igualdade dos géneros;
l) respeito pelos princípios democráticos, pelos direitos humanos, pelo Estado de
direito e pela boa governação;

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m) promoção da justiça social para assegurar o desenvolvimento económico
equilibrado;
n) respeito pela santidade da vida humana, condenação e rejeição da impunidade,
dos assassinatos políticos, e dos actos de terrorismo e actividades subversivas;
o) Condenação e rejeição de mudanças inconstitucionais de governos.

Órgãos

A União Africana possui vários órgãos para regular o funcionamento da entidade e as


relações entre seus membros. Alguns exemplos são a Assembleia, o Conselho
Executivo e a Comissão da UA.

A Assembleia da União Africana é formada pelos chefes de estado e de governo dos


países membros, ou seus representantes devidamente acreditados; é o órgão supremo da
União; em 2010 é presidida pelo malawiano Bingu wa Mutharika. (UA, 2002).

Outros órgãos possuem importância secundária. O Conselho Executivo da União


Africana é composto por ministros ou outras autoridades designadas pelos governos dos
estados membros. A Comissão da União Africana é o órgão responsável pela execução
das decisões da Assembleia; é dirigido por um Presidente (em 2010, o gabonês Jean
Ping), um Vice-Presidente e composto por oito Comissários, cada um responsável por
uma área de actividade. O Comité de Representantes Permanentes da União Africana –
responsável pela preparação das sessões do Conselho Executivo, é composto por
Representantes Permanentes dos Estados-membros, acreditados perante a União. (UA,
2002).

O Comité de Paz e Segurança da União Africana foi estabelecido durante a Cimeira de


Lusaka (Julho de 2001), este comité encontra-se ainda (2008) em processo de
ratificação pelos Estados-membros. O Parlamento Pan-africano – é o órgão que
assegura a participação dos povos africanos na governação, desenvolvimento e
integração económica do continente, através do controlo e apoio aos parlamentos dos
Estados-membros; é composto por 265 parlamentares, eleitos pelas legislaturas dos 53
estados-membros. O Conselho Económico, Social e Cultural da União Africana é o

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órgão consultivo da organização; os seus estatutos serão submetidos à Cimeira de
Maputo.

Outros órgãos importantes são o Tribunal Judicial da União Africana, cujos estatutos
serão submetidos à Cimeira de Maputo, e os Comités Técnicos Especializados, que são
grupos de nível ministerial que estudam problemas em áreas específicas, como:

 Comité sobre Economia Rural e Agricultura;

 Comité sobre Assuntos Monetários e Financeiros;

 Comité sobre Comércio, Alfândegas e Imigração;

 Comité sobre Indústria, Ciência e Tecnologia, Energia, Recursos Naturais e


Ambiente;

 Comité sobre Transportes, Comunicações e Turismo;

 Comité sobre Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais; e

 Comité sobre Educação, Cultura e Recursos Humanos;

A UA também conta com algumas instituições financeiras, a exemplo da Zona do Euro.


Entretanto não há uma moeda única. O Franco CFA é utilizado em apenas alguns países
de colonização francesa. As instituições financeiras são o Banco Central Africano, o
Fundo Monetário Africano e o Banco Africano de Investimentos. Existem planos para a
criação futura de uma moeda única, a chamada Afro (moeda). (UA, 2002).

União Europeia

Os principais marcos da construção europeia

A União Europeia, conhecida até 1993 como Comunidade Europeia, é uma organização
intergovernamental constituída, até à data, por quinze Estados europeus - Bélgica,
Dinamarca, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países
Baixos, Áustria, Portugal, Finlândia, Suécia e Reino Unido -, que possui instituições e
uma estrutura decisória próprias. Os seus fundadores tinham como objectivo a
construção de uma Europa unida por meios pacíficos, criando condições propícias ao
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crescimento económico, à coesão social entre as diversas populações europeias e uma
maior integração política e cooperação entre os governos dos seus Estados-Membros.
(TUE, 1992).

As origens do processo de integração económica na Europa remontam aos anos que se


seguiram à II Guerra Mundial. É no contexto de destruição da Europa e de submissão às
duas superpotências que surgem (E.U.A - Estados Unidos da América e URSS - União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas) as primeiras ideias de integração europeia com o
objectivo de definir em comum os destinos dos povos europeus, de forma a conseguir
uma integração política e económica. Assim, em 1949, foi instituída a Organização
Europeia de Coordenação Económica (OECE), que visava assegurar a coordenação do
auxílio americano à Europa através do Plano Marshall. (TUE, 1992).

Esta organização tinha por objectivo a regularização dos pagamentos internacionais, a


liberalização do comércio de mercadorias e invisíveis, e tenta a realização de uma união
aduaneira entre os seus membros. Este último objectivo falha, porque, no âmbito da
OECE, se confrontam diferentes interesses protagonizados pela Grã-Bretanha e pela
França. A Grã-Bretanha pretendia manter a posição de aliada privilegiado dos E.U.A. e
conservar relações especiais com as nações da Commonwealth. Desta forma, a
construção europeia iniciou-se a 9 de Maio de 1950, quando o Ministro dos Negócios
Estrangeiros francês, Robert Schuman, proferiu a posteriormente denominada
Declaração Schuman. Esta foi preparada por Jean Monnet, apelidado de "pai da Europa"
e constituiu o lançamento dos primeiros pilares concretos do que é hoje a União
Europeia. (TUE, 1992).

Na Declaração Schuman era feito um apelo à paz, à reconciliação com a República


Federal Alemã, à abertura ao Leste e à solidariedade com África. Para além disso, o
Plano Schuman proponha a criação de uma associação para a produção e consumo do
carvão e do aço. Este projecto procurava não só a criação de um mercado comum em
dois importantes ramos de produção industrial, como também consolidar a paz pois
tratar-se-ia de integrar económica e politicamente a Alemanha. A Alemanha Federal vê
na aceitação do Plano Schuman a possibilidade de recuperar o respeito das outras
nações, e, assim, a 18 de Abril de 1951, é assinado o Tratado de Paris que cria a
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). São membros fundadores, para
além da França e da Alemanha, a Itália, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo (estes

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três últimos países tinham, em 1948, uma união aduaneira acordada que entrou em
pleno funcionamento em 1960, denominada por Benelux), sendo o seu primeiro
presidente Jean Monnet. (TUE, 1992).

A cooperação dos Estados-Membros no seio da CECA e o bom funcionamento dos


mercados comuns do carvão e do aço vieram demonstrar a utilidade do processo de
integração e o interesse de o levar mais longe, criando um mercado comum para todos
os produtos. Desta forma, em Junho de 1955, os Ministros dos Negócios Estrangeiros
dos Seis, reunidos em Messina, criam uma comissão encarregue de estudar a
possibilidade de criação de um mercado comum. Esta comissão, presidida pelo ministro
belga, Paul-Henri Spack, elaborou um relatório, denominado Spack, que veio a
constituir a base do Tratado de Roma criador da Comunidade Económica Europeia -
CEE - e do tratado que instituiu a Comunidade Europeia de Energia Atómica -
EURATOM. Assinados pelos seis Estados-Membros a 25 de Março de 1957 e,
posteriormente, ratificados, os tratados entraram em vigor a 1 de Janeiro de 1958. A
partir de 1 de Julho de 1967, a CECA, a CEE e a EURATOM passaram a ser geridas
por instituições comuns, utilizando-se, até 1993, a sigla CEE para as designar no seu
conjunto. Assim, a União Europeia traduz-se na aliança política e económica constituída
pela Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1952), pela Comunidade Económica
Europeia (CEE, geralmente designada como Mercado Comum, em 1957), e pela
Comissão Europeia da Energia Atómica (Euratom, em 1957). Aos seis Estados
Membros originais - Bélgica, França, Alemanha Ocidental, Itália, Luxemburgo e
Holanda - juntaram-se o Reino Unido, a Dinamarca e a República da Irlanda em 1973, a
Grécia em 1981, e a Espanha e Portugal em 1986.

Os grandes Objectivos da Uniao Europeia

De acordo com o Tratado da Uniao europeia são quatro os grandes objectivos da União
Europeia:

 Instituir uma cidadania europeia.


 Criar um espaço de liberdade, de segurança e de justiça.
 Promover o progresso económico e social.
 Afirmar o papel da Europa no mundo.

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Os Direitos Fundamentais

Os direitos fundamentais da união europeia não são muito diferentes dos direitos
atribuídos na união africana. No que diz respeito aos Direitos Fundamentais sublinha-se
a importância da assinatura do Tratado de Amesterdão, assinado a 2 de Outubro de 1997
e resultado da Conferência Intergovernamental para a Revisão dos Tratados que teve
lugar entre Março de 1996 e Junho de 1997. Este documento enfatiza o respeito pelos
Direitos Fundamentais, em particular os que são garantidos pela Convenção Europeia
dos Direitos do Homem adoptada em Roma em 1950 pelos membros do Conselho da
Europa, constituindo um verdadeiro avanço no que se refere aos interesses dos cidadãos
nas questões dos direitos fundamentais, liberdade, segurança, emprego e política social.

O Tratado prevê procedimentos destinados a assegurar os Direitos do Homem e as


liberdades fundamentais, confirmado claramente o apego da União Europeia aos
direitos sociais fundamentais. Para além de atribuir formalmente competência ao
Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, de forma a garantir o respeito em
matéria de direitos fundamentais e liberdades por parte das instituições europeias, o
Tratado de Amesterdão estabelece também que a UE pode tomar as medidas necessárias
para combater a discriminação, intervindo nos casos de discriminação baseada no sexo,
raça ou origem étnica, religião, crença, deficiência, idade ou orientação sexual, segundo
estabelece o Tratado.

 Liberdade de Circulação: Apesar de, inicialmente, a livre circulação das


pessoas ter um carácter essencialmente económico e abranger somente os
trabalhadores, o conceito foi-se alargando progressivamente, de modo a permitir
a todos os cidadãos da União circular e permanecer livremente no território dos
Estados-Membros. A livre circulação das pessoas inscreve-se, assim, num
contexto mais vasto: o do Mercado Único, que inclui ainda três outras
liberdades: a livre circulação de capitais, de mercadorias e de serviços.

 Direitos Civis e Políticos: A cidadania europeia garante a todos os cidadãos de


um Estado-Membro da União Europeia quatro direitos específicos: • a liberdade

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de circular e de permanecer no território dos Estados-Membros; • o direito de
eleger e de ser eleito nas eleições municipais e nas eleições para o Parlamento
Europeu no Estado-Membro de residência; • o direito de, no território de países
terceiros em que o Estado-Membro de que é nacional não se encontre
representado, beneficiar de protecção por parte das autoridades diplomáticas e
consulares de qualquer outro Estado-Membro; • o direito de petição ao
Parlamento Europeu e de recurso ao Provedor de Justiça

Duas uniões uma só visão

Os dirigentes da UE e da UA definiram uma visão conjunta para uma parceria renovada.


Os objetivos da parceria são a solidariedade, a segurança, a paz e o desenvolvimento e
prosperidade económicos sustentáveis e sustentados para os cidadãos das duas Uniões,
hoje e no futuro, reunindo pessoas, regiões e organizações.

A parceria visa promover prioridades comuns, valores partilhados e o direito


internacional, e bem assim preservar os interesses e os bens públicos comuns. Incluem-
se neste contexto a defesa dos direitos humanos para todos, a igualdade de género e o
empoderamento das mulheres em todas as esferas da vida, o Estado de direito, as ações
destinadas a preservar o clima, o ambiente e a biodiversidade, mas também o
crescimento económico sustentável e inclusivo e a luta contra as desigualdades.

Os dirigentes anunciaram um Pacote de Investimento África-Europa no valor de 150 mil


milhões de euros, que apoiará uma ambição comum para 2030 e a Agenda 2063 da UA.
O pacote de investimento ajudará a construir economias mais diversificadas, inclusivas,
sustentáveis e resilientes

O pacote de investimento visa impulsionar o investimento público e privado numa série


de domínios:

 Energia, transportes e infraestrutura digital:


 transição energética justa e equitativa, tendo em conta as orientações específicas
e diversificadas dos países africanos no que diz respeito ao acesso à eletricidade

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 transição ecológica, incluindo o apoio à execução dos planos nacionais dos
países africanos ao abrigo do Acordo de Paris
 transformação digital em prol da conectividade e de um acesso melhor e a
preços comportáveis à economia digital e dos dados
 crescimento sustentável e criação de emprego digno, nomeadamente através do
investimento na criação de empresas detidas por jovens em África
 facilitação dos transportes e eficiência da conectividade das redes de transportes
 mobilidade e empregabilidade dos estudantes, jovens diplomados e
trabalhadores qualificados.

Além disso, o pacote será complementado com instrumentos específicos que apoiarão

 o setor da saúde – apoio a iniciativas relacionadas com a preparação para


pandemias, a segurança sanitária e a igualdade de acesso a serviços de saúde
essenciais
 o sistema de ensino – investimento numa educação inclusiva e equitativa de
qualidade, nomeadamente através da promoção do ensino e da formação
profissionais, também a nível regional.

Para implementar este pacote, a UE e a UA farão uso de fundos públicos para estimular
os investimentos privados, mobilizando instrumentos de financiamento inovadores.
Procurarão igualmente melhorar o clima empresarial e de investimento através da
reforma da governação e apoiando o empreendedorismo africano. Para o efeito, serão
também mobilizadas instituições financeiras internacionais e nacionais – como o Banco
Europeu de Investimento e o Banco Africano de Desenvolvimento – e parcerias
público-privadas.

A UE e a UA trabalharão também no sentido de alavancar e facilitar a transparência das


remessas, nomeadamente atenuando os custos de transação.

Os dirigentes da UE e da UA irão também impulsionar a integração económica regional


e continental, em particular por meio da Zona de Comércio Livre Continental Africana.
Os acordos comerciais existentes entre a UE e alguns países africanos têm contribuído
para o reforço e o aprofundamento do comércio e do desenvolvimento económico entre
os dois continentes.

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Conclusão

Podemos concluir que a UE e a UA têm os mesmos objetivos de afirmar e promover os


seus valores e interesses, contribuir para a paz e a segurança e para o desenvolvimento
sustentável da Terra, contribuir para a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o
comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos humano,
assim como a melhoria de interesses econômicos dos blocos sub-regionais. Todavia,
estas diferem nos meios de aplicação destes princípios objetivos, ou seja a UE tem a
integração regional geral que abrange o continente inteiro apesar nos tempos actuais
alguns países Europeus não fazem mais parte desta união, países como, a Inglaterra,
Pais de Gales, Irlanda e a Escócia, estes países saíram da EU por motivos Políticos,
enquanto que a UA tem uma formula de integração regional econômica sub-regional,
esta reúne varias regiões a integração como a SADC, COMESA, CEEAC, CEDEAO,
UAM.

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Referencias bibliográficas

União Europeia. «Símbolos da União Europeia». Consultado em 11 de fevereiro de


2014.

O Tratado da União Europeia ou de Maastricht (1992)». Consultado em 25 de junho de


2009.

European Union». Encyclopædia Britannica. Consultado em 1 de julho de 2009.

Robert Schuman (1886-1963). El portal de la Unión Europea. 2007. Consultado em 29


de junho de 2007.

Presse, Da France (10 de junho de 2015). «Dirigentes de 26 países africanos assinam


Tratado de Livre Comércio». Economia. Consultado em 7 de julho de 2021.

Protocolo sobre emendas ao Acto Constitutivo da união Africana – Artigo (2020).

Acto Constitutivo da Uniao Africana.

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