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Ponto 08 [ÚLTIMO]. Tópicos avançados. Direito Internacional da Integração Econômica. Integração regional.

Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).

1. SISTEMAS REGIONAIS DE INTEGRAÇÃO. MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL)

INTRODUÇÃO

Vontade dos países = Integrar-se = Relacionamento pautado em normas internacionais que visam garantir benefícios
recíprocos para os membros do grupo = Alinhamento de política + direito + objetivos.

1.1 CRIAÇÃO, EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS MEMBROS E NATUREZA JURÍDICA

- CRIAÇÃO  Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram, em 26 de março de 1991, o Tratado de Assunção,
com vistas a criar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
2
- OBJETIVOS DO TRATADO DE ASSUNÇÃO  O objetivo primordial do Tratado de Assunção é a integração dos
Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa
Externa Comum (TEC), da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas
e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes.

- PERSONALIDADE JURÍDICA = ÚNICA:

A configuração atual do MERCOSUL encontra seu marco institucional no Protocolo de Ouro Preto [Tratado
Internacional], assinado em dezembro de 1994.

O Protocolo reconhece a personalidade jurídica de direito internacional do bloco, atribuindo-lhe, assim,


competência para negociar, em nome próprio, acordos com terceiros países, grupos de países e organismos
internacionais. O MERCOSUL caracteriza-se, ademais, pelo regionalismo aberto, ou seja, tem por objetivo não só o
aumento do comércio intrazona, mas também o estímulo ao intercâmbio com outros parceiros comerciais.

São Estados Associados do MERCOSUL a Bolívia (em processo de adesão ao MERCOSUL), o Chile (desde 1996), o
Peru (desde 2003), a Colômbia e o Equador (desde 2004). Guiana e Suriname tornaram-se Estados Associados em
2013.

Com isso, todos os países da América do Sul fazem parte do MERCOSUL, seja como Estados Parte, seja como
Associado.

O aperfeiçoamento da União Aduaneira é um dos objetivos basilares do MERCOSUL. Como passo importante nessa
direção, os Estados Partes concluíram, em 2010, as negociações para a conformação do Código Aduaneiro do
MERCOSUL. Elimina a bitributação de produtos que circulam pelos países do bloco. TEC (Tarifa Externa Comum) é
paga somente uma vez (antes ela era paga toda vez que saísse de um país para outro).

Na última década, o MERCOSUL demonstrou particular capacidade de aprimoramento institucional. Entre os


inúmeros avanços, vale registrar a criação do Tribunal Permanente de Revisão (2002), do Parlamento do MERCOSUL
(2005), do Instituto Social do MERCOSUL (2007), do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos (2009), bem
como a aprovação do Plano Estratégico de Ação Social do MERCOSUL (2010) e o estabelecimento do cargo de Alto
Representante-Geral do MERCOSUL (2010).

Merece especial destaque a criação, em 2005, do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL, por meio do
qual são financiados projetos de convergência estrutural e coesão social, contribuindo para a mitigação das
assimetrias entre os Estados Partes. Em operação desde 2007, o FOCEM conta hoje com uma carteira de projetos de
mais de US$ 1,5 bilhão, com particular benefício para as economias menores do bloco (Paraguai e Uruguai). O fundo
tem contribuído para a melhoria em setores como habitação, transportes, incentivos à microempresa,
biossegurança, capacitação tecnológica e aspectos sanitários.

O Tratado de Assunção permite a adesão dos demais Países Membros da ALADI ao MERCOSUL. Em 2012, o bloco
passou pela primeira ampliação desde sua criação, com o ingresso definitivo da Venezuela como Estado Parte. No
mesmo ano, foi assinado o Protocolo de Adesão da Bolívia ao MERCOSUL, que, uma vez ratificado pelos congressos
dos Estados Partes, fará do país andino o sexto membro pleno do bloco.

Com a incorporação da Venezuela, o MERCOSUL passou a contar com uma população de 270 milhões de habitantes
(70% da população da América do Sul); PIB de US$ 3,2 trilhões (80% do PIB sul-americano); e território de 12,7
milhões de km² (72% da área da América do Sul). O MERCOSUL passa a ser, ainda, ator incontornável para o
tratamento de duas questões centrais para o futuro da sociedade global: segurança energética e segurança
alimentar. Além da importante produção agrícola dos demais Estados Partes, o MERCOSUL passa a ser o quarto
produtor mundial de petróleo bruto, depois de Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos.

Em julho de 2013, a Venezuela recebeu do Uruguai a Presidência Pro Tempore do bloco. A Presidência Pro Tempore
venezuelana reveste-se de significado histórico: trata-se da primeira presidência a ser desempenhada por Estado
Parte não fundador do MERCOSUL. 2
Na Cúpula de Caracas, realizada em julho de 2014, destaca-se a criação da Reunião de Autoridades sobre Privacidade
e Segurança da Informação e Infraestrutura Tecnológica do MERCOSUL e da Reunião de Autoridades de Povos
Indígenas. Uma das prioridades da Presidência venezuelana, o foro indígena é responsável por coordenar discussões,
políticas e iniciativas em benefício desses povos. Foram também adotadas, em Caracas, as Diretrizes da Política de
Igualdade de Gênero do MERCOSUL, bem como e o Plano de Funcionamento do Sistema Integrado de Mobilidade do
MERCOSUL (SIMERCOSUL). Criando em 2012, durante a Presidência brasileira, o SIMERCOSUL tem como objetivo
aperfeiçoar e ampliar as iniciativas de mobilidade acadêmica no âmbito do Bloco.

No segundo semestre de 2014, a Argentina assumiu a Presidência Pro Tempore do MERCOSUL. Entre os principais
resultados da Cúpula de Paraná, Argentina, destacam-se: a assinatura de Memorando de Entendimento de Comércio
e Cooperação Econômica entre o MERCOSUL e o Líbano; a assinatura de acordo-quadro de Comércio e Cooperação
Econômica entre o MERCOSUL e a Tunísia; e a aprovação do regulamento do Mecanismo de Fortalecimento
Produtivo do bloco.

1.2 DADOS GERAIS

A) Composição do Bloco
Todos os países da América do Sul participam do MERCOSUL, seja como Estado Parte, seja
como Estado Associado.

Estados Partes ou Países-membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (desde 26 de março


de 1991) e Venezuela (desde 12 de agosto de 2012 – Suspensa desde 2016).

Estado Parte em Processo de Adesão: Bolívia (Tratado de Adesão assinado em 2015, falta a
ratificação).

Estados Associados: Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde 2004),
Guiana e Suriname (ambos desde 2013).

A presidência pro-tempore do MERCOSUL, cumprindo a determinação do Tratado de Assunção


de que o cargo seria exercido pelos países-membros, pelo período rotativo de seis meses,
seguindo a ordem alfabética do nome de cada nação parte do bloco.

Em 13/09/2016, os chefes de Estado do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai decidiram que a


Venezuela não assumirá a presidência rotativa do Mercosul como estava previsto no
cronograma do bloco.
O prazo para que a Venezuela cumprisse com essa obrigação encerrou-se em 12 de agosto de
2016 e entre os importantes acordos e normas que não foram incorporados ao ordenamento
jurídico venezuelano estão o Acordo de Complementação Econômica nº 18, o Protocolo de
Assunção sobre Compromisso com a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos do
MERCOSUL e o Acordo sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do Mercosul.
Com a medida, nos seis meses seguintes a presidência do bloco foi exercida conjuntamente
por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Em 14 de dezembro de 2016 a Argentina assumiu a Presidência, sendo que em 21 de julho de


2017 o Brasil a sucedeu, por meio da representação na pessoa de seu presidente. Desde 21 de
dezembro de 2017 o Paraguai exerce a presidência pro tempore do MERCOSUL.

B) Fundo Comum
Merece especial destaque a criação, em 2005, do Fundo para a Convergência Estrutural do
MERCOSUL, por meio do qual são financiados projetos de convergência estrutural e coesão
social, contribuindo para a mitigação das assimetrias entre os Estados Partes. Em operação
2
desde 2007, o FOCEM conta hoje com uma carteira de projetos de mais de US$ 1,5 bilhão, com
particular benefício para as economias menores do bloco (Paraguai e Uruguai). O fundo tem
contribuído para a melhoria em setores como habitação, transportes, incentivos à
microempresa, biossegurança, capacitação tecnológica e aspectos sanitários.

C) Objetivos
O MERCOSUL tem por objetivo consolidar a integração política, econômica e social entre os
países que o integram, fortalecer os vínculos entre os cidadãos do bloco e contribuir para
melhorar sua qualidade de vida.

D) Princípios  Base jurídica do bloco


O MERCOSUL visa à formação de mercado comum entre seus Estados Partes. De acordo com o
Art. 1º do Tratado de Assunção, a criação de um mercado comum implica:
 livre circulação de bens, serviços e fatores de produção entre os países do bloco;
 estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial
conjunta em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de
posições em foros econômico-comerciais regionais e internacionais;
 coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes;
 compromisso dos Estados Parte em harmonizar a legislação nas áreas pertinentes, a fim
de fortalecer o processo de integração.
Atenção: União Europeia  Harmonização legislativa  Parlamento da União Europeia [Europeu]  Supranacional
 Estados transferem parcela de sua soberania para um órgão centralizado [Parlamento Europeu] e deixam de ter
competência sobre o tema/matéria.

1.3. DADOS BÁSICOS

A. Território
O MERCOSUL responde por 71,8%
(12.789.558 km²) do território da América do
Sul. Possui cerca de 3 vezes a área da
União Europeia.

Fonte: IBGE países


(http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php)
B. População
Somada, a população do MERCOSUL chega
a 275 milhões de habitantes. A população
do MERCOSUL corresponde a 69,78% da
população da América do Sul e conta com
variadas etnias e origens.

Fonte: FMI
(http://www.imf.org/external/index.htm)

C. Produto Interno Bruto (PIB) 2


O MERCOSUL tem PIB nominal de US$ 3,2 trilhões e ocuparia a posição de quinta economia
mundial se fosse considerado como um único país (Fonte: World Economic Outlook Database -
FMI)

D. Comércio
O comércio dentro do MERCOSUL multiplicou-se por mais de 12 vezes em duas décadas,
saltando de US$ 4,5 bilhões (1991) para US$ 59,4 bilhões (2013). Oitenta e sete por cento
(87%) das exportações brasileiras para o bloco é composta de produtos industrializados.

E. Produção Agrícola

O MERCOSUL é uma potência agrícola. Ressaltam suas capacidades de produção das cinco
principais culturas alimentares globais ( trigo, milho, soja, açúcar e arroz ). O MERCOSUL é o
maior exportador líquido mundial de açúcar, o maior produtor e exportador mundial de soja, 1º
produtor e 2º maior exportador mundial de carne bovina, o 4º produtor mundial de vinho, o 9º
produtor mundial de arroz, além de ser grande produtor e importador de trigo e milho.

F. Energia
O MERCOSUL é uma das principais potências energética do mundo. O bloco detém 19,6% das
reservas provadas de petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas
de gás recuperáveis de xisto.
O MERCOSUL é detentor da maior reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de
barris de petróleo em reservas certificadas pela OPEP. Desse montante, a Venezuela concorre
com uma reserva de 296 milhões de barris.
A Venezuela detém 92,7% das reservas de petróleo do MERCOSUL. O Brasil tenderá a ampliar
sua participação nas reservas de petróleo do Bloco à medida que os trabalhos de certificação
das reservas do pré-sal brasileiro progridam. Estimativas conservadoras calculam essas
reservas em torno de 50 bilhões de barris.

1.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

A) ÓRGÃOS DE CARÁTER DECISÓRIO

Artigo 2 – Protocolo de Ouro Preto

São órgãos com capacidade decisória, de natureza intergovernamental, o Conselho do Mercado Comum, o Grupo
Mercado Comum e a Comissão de Comércio do Mercosul.

A.1) Conselho do Mercado Comum


O Conselho do Mercado Comum é o órgão superior do Mercosul ao qual incumbe a condução política do processo
de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Tratado de
Assunção e para lograr a constituição final do mercado comum.

O Conselho do Mercado Comum será integrado pelos Ministros das Relações Exteriores e pelos Ministros da
Economia, ou seus equivalentes, dos Estados Partes  PODER EXECUTIVO DOS ESTADOS-MEMBROS.

As reuniões do Conselho do Mercado Comum serão coordenadas pelos Ministérios das Relações Exteriores e
poderão ser convidados a delas participar outros Ministros ou autoridades de nível ministerial.

A Presidência do Conselho do Mercado Comum será exercida por rotação dos Estados Partes, em ordem alfabética,
pelo período de seis meses.

Art. 9º. O Conselho do Mercado Comum manifestar-se-á mediante Decisões, as quais serão obrigatórias para2 os
Estados Partes.

O Conselho do Mercado Comum reunir-se-á quantas vezes estime oportuno, devendo fazê-lo pelo menos uma vez
por semestre com a participação dos Presidentes dos Estados Partes.

Art. 8º. São funções a atribuições do Conselho do Mercado Comum: I - vela pelo cumprimento do Tratado de
Assunção, de seus Protocolos e dos acordos firmados em seu âmbito; II - formular políticas e promover as ações
necessárias à conformação do mercado comum; III - exercer a titularidade da personalidade jurídica do
Mercosul. IV - negociar e firmar acordos em nome do Mercosul com terceiros países, grupos de países e
organizações internacionais. Estas funções podem ser delegadas ao Grupo Mercado Comum por mandato expresso,
nas condições estipuladas no inciso VII do artigo 14; V - manifestar-se sobre as propostas que lhe sejam elevadas
pelo Grupo Mercado Comum; VI - criar reuniões de ministros e pronunciar-se sobre os acordos que lhe sejam
remetidos pela mesmas; X - adotar Decisões em matéria financeira e orçamentária; XI - homologar o Regimento
Interno do Grupo Mercado Comum.

Ponto 08 [ÚLTIMO]. Tópicos avançados. Direito Internacional da Integração Econômica. Integração regional.
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)

1.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

A) ÓRGÃOS DE CARÁTER DECISÓRIO

A.1) Conselho do Mercado Comum [aula passada]  Ministros dos Estados  Poder Executivo  Tomada de
decisão

A.2) Grupo Mercado Comum

O Grupo Mercado Comum será integrado por quatro membros titulares e quatro membros alternos por país,
designados pelos respectivos Governos, dentre os quais constar necessariamente representantes do Ministérios das
Relações Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou equivalentes) e dos Bancos Centrais. O Grupo Mercado comum
será coordenado pelos Ministérios das Relações Exteriores.

O Grupo Mercado Comum reunir-se-á de forma ordinária ou extraordinária, quantas vezes se fizerem necessárias,
nas condições estipuladas por ou Regimento Interno.

O Grupo Mercado Comum manifestar-se-á mediante Resoluções, as quais serão obrigatórias para os Estados Partes.

Art. 14. São funções e atribuições do Grupo Mercado Comum: I - velar, nos limites de suas competências, pelo
cumprimento do Tratado de Assunção, de seus Protocolos e dos Acordos firmados em seu âmbito; II - propor
projetos de Decisão ao Conselho do Mercado Comum; VIII - aprovar o orçamento e a prestação de contas anual
apresentada pela Secretaria Administrativa do Mercosul; XIII - supervisionar as atividades da Secretaria
Administrativa do Mercosul;

A.3) Secretaria Administrativa ou Secretaria Técnica do MERCOSUL


A Secretaria se compõe também, de um Setor de Normativa e Documentação (SND), cujas atividades compreendem
o apoio ao processo de elaboração e implementação das normas no MERCOSUL, o registro, o arquivo e a
comunicação das incorporações de normas pelos Estados Parte, assistência ao sistema de solução de controvérsias,
além da organização do arquivo e a divulgação da normativa MERCOSUL.

O terceiro setor é a Administração e Apoio (SAA), responsável pela administração dos recursos humanos, dos
serviços de informática, e a manutenção da Secretaria.

Para isso, deve editar o boletim oficial do MERCOSUL, facilitar a guarda e transmissão de documentos, organizar a
logística de reuniões e informar a lista de árbitros e especialistas.

B) FOROS DE CARÁTER LEGISLATIVO? 2


B.1) Parlamento do MERCOSUL

Considerando o objeto de análise do presente tópico, observando a estrutura organizacional original do


MERCOSUL, não se evidencia a presença do Parlamento do MERCOSUL, isto porque sua criação se deu somente em
2005, para substituir a Comissão Parlamentar Conjunta 1, que figurou como órgão embrião do PARLASUL
(DRUMMOND, 1994), sendo constituído somente em 14 de dezembro de 2006, em Brasília, com a respectiva
ocorrência da sessão de instalação em Montevidéu, no Uruguai, em 07 de maio de 2007 (MARTINS, 2016, p. 108).
As atribuições e prerrogativas do PARLASUL se encontram definidas no Protocolo Constitutivo (internalizado no
ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto nº 6.105, de abril de 2007), enquanto às normas de funcionamento e
procedimento foram instituídas pelo Regimento Interno do órgão. Quanto ao processo de criação do Parlamento,
destaca-se que:
Resolvidos os problemas circunstanciais no Paraguai e no Uruguai, em fevereiro de 2005 os
presidentes das Seções Nacionais da Comissão Parlamentar Conjunta decidem criar o Grupo Técnico
de Alto Nível (GTAN) para assessorar a CPC na criação do Parlamento do MERCOSUL, dividindo as
ações do grupo em dois aspectos: o primeiro relativo a redação do projeto do Protocolo Constitutivo
e o segundo sobre as questões vinculadas às ações de tipo operativo, de infraestrutura e
orçamentária necessárias para a instalação física da futura Casa Parlamentar. A partir da
conformação do Grupo Técnico de Alto nível, o processo negociador do Protocolo Constitutivo
acelerou-se e no fim do mesmo ano foi assinado o Protocolo Constitutivo do Parlamento do
MERCOSUL pelos Estados-membros. (PIETRAFESA, 2009, p. 120)

Após a sua instalação, conforme previsto no Protocolo Constitutivo do Parlamento do MERCOSUL, tomaram
posse os parlamentares dos quatro países-membros à época, sendo os cargos ocupados por 18 (dezoito)
parlamentares de cada país, indicados pelos seus respectivos Parlamentos Nacionais. Nesse primeiro momento,
depreende-se uma formação similar ao modelo da Comissão Parlamentar Conjunta do MERCOSUL, órgão que foi
sucedido pelo PARLASUL, pois os membros da Comissão também eram representantes do Poder Legislativo interno
de cada país.
Porém, esta composição do PARLASUL passa a sofrer alterações, tanto na quantidade de representantes por país
quanto na previsão de realização de eleições diretas para escolha destes representantes. No ano de 2009, se
celebrou o Acordo Político que optou pela proporcionalidade atenuada, que aumentou a participação dos Estados-
Partes. Neste formato, vigente até que cada Estado-Parte programasse sua eleição direta, o número de
parlamentares do PARLASUL ficou constituído da seguinte maneira: Argentina 26, Brasil 37, Paraguai 18, Uruguai 18
e Venezuela 23.
O Acordo também estabeleceu normas de modificação do quantum para que os Estados-Partes sejam
representados, a partir da realização das eleições diretas dos parlamentares, quando o órgão terá a seguinte
composição:

1
No que diz respeito às reflexões dos possíveis desdobramentos quanto ao papel desempenhado pela Comissão
Parlamentar Conjunta, ganham destaque os ensinamentos de Maria Claudia Drummond em Considerações acerca
da dimensão parlamentar das experiências de integração latino-americanas. Boletim da Sociedade Brasileira de
Direito Internacional. Brasília, n. 93, p. 97-106, jul./dez.1994.
Argentina 43 parlamentares, Brasil 75, Paraguai 18, Uruguai 18 e Venezuela 33.
Dentre os Estados-Partes, atualmente, somente Paraguai e Argentina realizam eleições diretas para
Parlamentares do PARLASUL. O Paraguai foi o primeiro, pois em 23 de maio de 2008, o Tribunal Superior de Justiça
Eleitoral emitiu a Resolução nº 58/2008, pela qual validou os resultados da eleição que ocorrera no mês anterior e
que elegeu diretamente, pela primeira vez, seus 18 representantes do Parlamento do MERCOSUL (SILVA, 2015, p.
38).
Por sua vez, o Congresso Argentino em 2014, aprovou a Lei Eleitoral para a eleição direta dos 43 Parlamentares
para o PARLASUL, conforme o critério de representação cidadã. Em outubro de 2015, se celebraram as eleições
diretas na Argentina onde foram eleitos os 43 Parlamentares. Tomando compromisso de suas bancas no organismo
regional em 14 de dezembro de 2015.
Quanto ao tema, verifica-se que o processo eleitoral para eleição dos parlamentares do PARLASUL se encontra
2
em etapas diferenciadas em cada Estado-parte do MERCOSUL. Até o presente momento, o Paraguai realizou, em
2008 e 2013, as eleições diretas para a escolha de seus dezoito Parlamentares e a Argentina em 2015, enquanto os
demais Estados-partes buscam a aprovação de uma legislação nacional que regulamente o referido pleito (MARTINS,
2016, p. 120).

C) FOROS DE CARÁTER JUDICIÁRIO

C.1) Conflitos interestatais

A solução de controvérsia se inicia com um período obrigatório de tentativas de negociações diretas entre as partes,
por no mínimo 15 (quinze) dias.

Após este prazo, as partes podem escolher entre ingressar com um contencioso perante o TRIBUNAL ARBITRAL ou,
então, de comum acordo, solicitar a intervenção do GRUPO MERCADO COMUM, que terá 30 (trinta) dias para fazer
recomendações sobre o litígio.

Caso a conciliação não seja possível, o Estado interessado pode iniciar um contencioso arbitral, de acordo com o
Protocolo de Olivos. Existem 02 (duas) instâncias:

- Tribunal arbitral ad hoc: É formado a cada disputa. Cada Estado escolhe 02 (dois) árbitros, sendo um titular e um
suplente, em uma lista de nomes previamente indicadas por todos os Estados-membros do MERCOSUL, mas não
pode escolher um nacional. O Tribunal ad hoc tem 60 (sessenta) dias para analisar e proferir uma decisão, que deve
utilizar normas do MERCOSUL, princípios gerais do direito e equidade.

- Tribunal Permanente de Revisão: É possível recorrer para este tribunal de 2ª instância. Os árbitros são
permanentes, e, cada Estado-membro tem 01 (um) titular e 01 (um) suplente. A decisão do tribunal é definitiva e
não comporta modificação. Após o trânsito em julgado, a parte responsável deve implementar a decisão em até 30
(trinta) dias. Se não o fizer, abre a possibilidade para retaliações comerciais pelo demandante, que podem ser
aplicadas sobre qualquer setor, até um ano após o prazo de implementação.

C.2) Conflitos entre um particular e um Estado

Há possibilidade de uma pessoa física ou jurídica acionar o sistema. Qualquer particular pode reclamar perante a
Seção Nacional do Mercosul em virtude de sanção ou de aplicação, por qualquer dos Estados-membros, de medidas
legais ou administrativas de efeito restritivo, discriminatórias ou de concorrência desleal, em ofensa ao tratado de
Assunção, ao Protocolo de Ouro Preto, aos protocolos e acordos celebrados no marco daquele Tratado, às Decisões
do Conselho do Mercado Comum, às Resoluções do grupo Mercado Comum e às Diretrizes da Comissão de Comércio
do Mercosul.

A Seção Nacional realiza uma espécie de juízo de pré-admissibilidade. Se considerar procedente o pedido, envia-o ao
Grupo Mercado Comum. O GMC realiza um novo exame e, caso, concorde que existe a violação ao direito do
Mercosul, forma um grupo com seis especialistas para preparar um laudo sobre a existência da violação. Os
especialistas são escolhidos entre 30 (trinta) nomes indicados previamente pelos Estados-membros, sendo cinco de
cada Estado. Devem ser unânimes quanto ao entendimento de que houve violação.

Após a unanimidade, é necessário que 01 (um) Estado-membro solicite a punição do Estado em situação irregular.

D) FORO DE PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE

D.1) Foro consultivo econômico-social é composto por representantes da sociedade civil organizada (ONGs,
empresas, etc) e tem como objetivo subsidiar os demais órgãos sobre possíveis avanços que poderiam ser adotados.
Cada Estado tem o mesmo número de representantes.

PONTO 8.Direito da Integração Econômica. Integração regional. União Europeia.


2
INTRODUÇÃO

No centro da UE estão os Estados-Membros — os 28 países que pertencem à União — e os seus cidadãos. O caráter
único da UE resulta do facto de, não obstante serem todos soberanos e independentes, estes países terem
congregado parte da sua «soberania» para ganhar força e aproveitar os benefícios da dimensão. Congregar
soberania significa, na prática, que os Estados-Membros delegam alguns dos seus poderes de decisão nas
instituições comuns que criaram, de modo a assegurar que as decisões sobre assuntos do interesse comum possam
ser tomadas democraticamente a nível europeu. A UE situa-se assim entre o sistema federal rígido existente nos
Estados Unidos e o sistema flexível de cooperação intergovernamental existente nas Nações Unidas.

A UE conseguiu muito desde a sua criação em 1950. Construiu um mercado único de bens e de serviços que abrange
28 países e mais de 500 milhões de cidadãos com liberdade para circular e se fixar onde quiserem. A UE criou a
moeda única — o euro — atualmente uma das principais moedas mundiais, o que torna o mercado único mais
eficiente. A UE é também o maior fornecedor de programas de ajuda humanitária e ao desenvolvimento no mundo.
Estes são apenas alguns dos resultados alcançados até à data. Numa perspectiva de futuro, a UE está empenhada em
libertar a Europa da crise económica. Está na vanguarda da luta contra as alterações climáticas e suas consequências;
apoia os países vizinhos e prossegue as negociações com vista aos alargamentos; além disso, está a construir uma
política externa comum que contribuirá para tornar os valores europeus extensivos ao mundo. O êxito destas
ambições depende da capacidade para tomar decisões eficazes e para aplicá-las corretamente.

1.1 CRIAÇÃO, EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS MEMBROS E NATUREZA JURÍDICA

Quando, em 1950, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, propôs a integração das indústrias
do carvão e do aço da Europa Ocidental, as suas ideias foram consagradas no Tratado de Paris no ano seguinte, e
assim nasceu a precursora da UE — a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Desde então, a UE procedeu
regularmente a atualizações e aditamentos aos tratados, com vista a garantir a adoção de decisões e de políticas
eficazes.

O Tratado de Paris – Tratado CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço


Assinatura: 18 de abril de 1951. Entrada em vigor: 23 de julho de 1952. Termo de vigência: 23 de julho de 2002
Finalidade: tornar os setores do carvão e do aço interdependentes para que um país deixasse de poder mobilizar as
suas forças armadas sem que os restantes tivessem conhecimento, dissipando assim a desconfiança e a tensão
existentes entre os países europeus depois da Segunda Guerra Mundial; o Tratado CECA atingiu o termo de vigência
em 2002.

Os Tratados de Roma
Assinatura: 25 de março de 1957. Entrada em vigor: 1 de janeiro de 1958. Finalidade: instituir a Comunidade
Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom)
Principais mudanças: aprofundamento da integração europeia, que passa a abranger a cooperação económica.

O Ato Único Europeu (AUE) foi assinado em fevereiro de 1986 e entrou em vigor em 1987. Alterou o Tratado CEE e
preparou o terreno para a realização do mercado único.
Assinatura: 17 de fevereiro de 1986 (Luxemburgo)/28 de fevereiro de 1986 (Haia). Entrada em vigor: 1 de julho de
1987. Finalidade: proceder à reforma das instituições para preparar a adesão de Portugal e de Espanha e simplificar
a tomada de decisões na perspectiva do mercado único. Principais mudanças: extensão da votação por maioria
qualificada no Conselho (tornando assim mais difícil que um único país possa vetar uma proposta legislativa),
introdução de processos de cooperação e de comum acordo que conferiram maior peso ao Parlamento.

O Tratado da União Europeia (TUE) — o Tratado de Maastricht


Assinatura: 7 de fevereiro de 1992
Entrada em vigor: 1 de novembro de 1993. Finalidade: preparar a União Monetária Europeia e introduzir elementos
para uma união política (cidadania, política comum em matéria de relações externas e assuntos internos).
Principais mudanças: Criação da União Europeia e introdução do procedimento de codecisão, que confere mais peso
ao Parlamento no processo de tomada de decisão; novas formas de cooperação entre os governos dos países da UE,
nomeadamente no quadro da defesa, da justiça e dos assuntos internos. 2
O Tratado de Amsterdã
Assinatura: 2 de outubro de 1997. Entrada em vigor: 1 de maio de 1999. Finalidade: proceder à reforma das
instituições para preparar a adesão de mais países à EU. Principais mudanças: alteração, renumeração dos artigos e
consolidação dos Tratados UE e CEE, reforço da transparência do processo de tomada de decisão (utilização mais
frequente do processo legislativo ordinário)

O Tratado de Nice
Assinatura: 26 de fevereiro de 2001. Entrada em vigor: 1 de fevereiro de 2003. Finalidade: proceder à reforma das
instituições por forma a que UE pudesse continuar a funcionar eficazmente após o seu alargamento a 25 países.
Principais mudanças: métodos para alterar a composição da Comissão e redefinição do sistema de votação do
Conselho
O Tratado de Lisboa
Assinatura: 13 de dezembro de 2007. Entrada em vigor: 1 de dezembro de 2009
Finalidade: tornar a UE mais democrática e eficaz e mais apta a fazer face a problemas mundiais, como as alterações
climáticas, permitindo-lhe falar a uma só voz
Principais mudanças: reforço dos poderes do Parlamento Europeu, alteração dos processos de votação no Conselho,
introdução da iniciativa de cidadania europeia, criação dos cargos de Presidente do Conselho Europeu e de Alto
Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política e Segurança, bem como de um novo serviço diplomático da
EU.
O Tratado de Lisboa clarifica a repartição de competências: - competências da EU - competências dos países da UE
- competências partilhadas

NORMAS SUPRANACIONAIS – PARLAMENTO EUROPEU [ÓRGÃO FIXO EM UMA SEDE  REPRESENTANTES DOS
PAÍSES-MEMBROS = FORO PERMANENTE DE DEBATE, DISCUSSÃO E CRIAÇÃO DE NORMAS]  NÃO SE TRATA MAIS
DE CRIAÇÃO DE NORMAS POR MEIO DE TRATADO INTERNACIONAL.

1.2 DADOS GERAIS

A) VALORES

Artigo 1º A União funda-se nos valores do respeito pela dignidade humana, da liberdade, da democracia,
da igualdade, do Estado de Direito e do respeito pelos direitos do Homem, incluindo os direitos das
pessoas pertencentes a minorias.
Estes valores são comuns aos Estados-Membros, numa sociedade caracterizada pelo pluralismo, a não
discriminação, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a igualdade entre homens e mulheres.

B) Objetivos

Artigo 2º: 1. A União tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos. 2.
A União proporciona aos seus cidadãos um espaço de liberdade, segurança e justiça sem fronteiras
internas, em que seja assegurada a livre circulação de pessoas, em conjugação com medidas adequadas
em matéria de controlos na fronteira externa, de asilo e imigração, bem como de prevenção da
criminalidade e combate a este fenómeno. 3. A União estabelece um mercado interno. Empenha-se no
desenvolvimento sustentável da Europa, assente num crescimento económico equilibrado e na
estabilidade dos preços, numa economia social de mercado altamente competitiva que tenha como meta
o pleno emprego e o progresso social, e num elevado nível de proteção e de melhoramento da qualidade
do ambiente. A União fomenta o progresso científico e tecnológico.

A União combate a exclusão social e as discriminações e promove a justiça e a proteção sociais, a


igualdade entre homens e mulheres, a solidariedade entre as gerações e a proteção dos direitos da
criança.
A União promove a coesão económica, social e territorial, e a solidariedade entre os Estados-Membros.
A União respeita a riqueza da sua diversidade cultural e linguística e vela pela salvaguarda e pelo
desenvolvimento do património cultural europeu.
4. A União estabelece uma união económica e monetária cuja moeda é o euro .
5. Nas suas relações com o resto do mundo, a União afirma e promove os seus valores e interesses 2 e
contribui para a proteção dos seus cidadãos. Contribui para a paz, a segurança, o desenvolvimento
sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo,
a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos do Homem, em especial os da criança, bem como
para a rigorosa observância e o desenvolvimento do direito internacional, incluindo o respeito dos
princípios da Carta das Nações Unidas.
6. A União prossegue os seus objetivos pelos meios adequados, em função das competências que lhe
são atribuídas nos Tratados.

A União Europeia é uma união económica e política de características únicas, constituída por
28 países europeus que, em conjunto, abarcam grande parte do continente europeu.

A UE foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial. A intenção inicial era incentivar a
cooperação económica, partindo do pressuposto de que se os países tivessem relações
comerciais entre si se tornariam economicamente dependentes uns dos outros, reduzindo
assim os riscos de conflitos.

Dessa cooperação económica resultou a criação da Comunidade Económica Europeia (CEE)


em 1958, então constituída por seis países: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e
Países Baixos. Desde então, assistiu-se à criação de um enorme mercado único em
permanente evolução.

C) Composição do Bloco

Países da UE (ano de adesão): A União Europeia é formada por 27 países**: Alemanha (1958); Áustria (1995); Bélgica
(1958); Bulgária (2007); Chipre (2004); Croácia (2013); Dinamarca (1973); Eslováquia (2004); Eslovénia (2004); Espanha
(1986); Estónia (2004); Finlândia (1995); França (1958); Grécia (1981); Hungria (2004); Irlanda (1973); Itália (1958);
Letónia (2004); Lituânia (2004); Luxemburgo (1958); Malta (2004); Países Baixos (1958); Polónia (2004); Portugal
(1986); Reino Unido (1973)  BREXIT**SAÍDA EM JAN/2020; República Checa (2004); Roménia (2007); Suécia (1995);

1.3 ESTRUTURAS ADMINISTRATIVAS COMUNS

A) FOROS DE CARÁTER LEGISLATIVO

Há três grandes instituições da UE envolvidas no processo legislativo.

Em conjunto, estas três instituições adoptam, através do processo legislativo ordinário (a antiga co-decisão), as
políticas e a legislação que se aplicam em toda a UE. Em princípio, a Comissão Europeia propõe nova legislação e o
Parlamento e o Conselho adotam-na. A Comissão e os Estados-Membros são os responsáveis pela sua execução. A
Comissão vela também pela correta transposição da legislação da UE para as ordens jurídicas nacionais.

A.1) Parlamento Europeu, diretamente eleito, que [representa os cidadãos da UE];

O Parlamento Europeu, que representa 446 milhões de pessoas, é o expoente máximo da democracia na União
Europeia. Funções: órgão da UE diretamente eleito, com responsabilidades legislativas, orçamentais e de supervisão.

O Parlamento tem três funções principais:


1. Partilha com o Conselho da União Europeia a competência para legislar — para aprovar projeto de legislação
indicado pela Comissão da União Europeia. O fato de ser um órgão diretamente eleito pelos cidadãos garante a
legitimidade democrática da legislação europeia.

2. Exerce um controle democrático sobre todas as instituições da UE, especialmente a Comissão. Tem poderes para
aprovar ou rejeitar as nomeações do presidente e dos membros da Comissão, e tem o direito de adotar uma moção
de censura da Comissão.

3. Partilha com o Conselho a autoridade sobre o orçamento da UE, o que significa que pode influenciar as despesas
da União. No final do processo orçamental, incumbe-lhe adotar ou rejeitar a totalidade do orçamento.

Membros: 705 deputados (membros do Parlamento Europeu). Presidente: David-Maria Sassoli [2020]. Criado em
1952 como Assembleia Comum da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, 1962 como Parlamento Europeu,
primeiras eleições diretas em 1979. Sede: Estrasburgo (França), Bruxelas (Bélgica), Luxemburgo (Luxemburgo) 2

A.2) Conselho da União Europeia [REPRESENTA OS ESTADOS DA UNIÃO EUROPEIA]

Representa os governos nacionais e cuja presidência é assumida rotativamente pelos Estados-Membros.

No Conselho da UE, também conhecido informalmente como Conselho, os ministros dos governos de cada país da
UE reúnem-se para debater, alterar e aprovar legislação, bem como para coordenar políticas. Os ministros estão
habilitados a assumir compromissos em nome dos respetivos governos em relação às medidas aprovadas nas
reuniões.

O Conselho da UE é, juntamente com o Parlamento Europeu, o principal órgão de decisão da UE. Funções: Voz dos
governos dos países EU [PODER EXECUTIVO], aprova a legislação e coordena as políticas. Membros: Ministros dos
governos de cada país da UE, em função da matéria agendada. Presidente: a presidência é exercida rotativamente
pelos países da UE, por períodos de 6 meses. Instituído em 1958 (como Conselho da Comunidade Económica
Europeia). Sede: Bruxelas (Bélgica)

A.3) Comissão Europeia [REPRESENTA A UE]

A Comissão Europeia é o órgão da UE, sendo politicamente independente. É responsável pela elaboração de
propostas de novos atos legislativos europeus e pela execução das decisões do Parlamento Europeu e do Conselho
da UE.

Defende os interesses gerais da UE, mediante a apresentação de propostas legislativas e a execução da legislação,
das políticas e do orçamento da UE, que vela pela defesa dos interesses da UE no seu todo.

Funções: Defende os interesses gerais da UE, mediante a apresentação de propostas legislativas e a execução da
legislação, das políticas e do orçamento da UE. - Propõe novas leis: A Comissão é a única instituição da UE que
apresenta legislação para adoção pelo Parlamento e pelo Conselho com o objetivo de: - proteger os interesses da UE
e dos seus cidadãos em questões que podem ser tratadas com maior eficácia ao nível europeu do que ao nível
nacional; - resolver questões técnicas específicas mediante consulta de peritos e do púbico em geral.

Representa a UE a nível internacional: - É a voz de todos os países da UE nas instâncias internacionais,


designadamente nas áreas da política comercial e da ajuda humanitária; - Negoceia acordos internacionais em nome
da UE. Membros: Uma equipe («colégio») de Comissários, um por cada país da EU. Presidente: Ursula von der Leyen

Instituída em 1958. Sede: Bruxelas (Bélgica)


NORMAS SUPRANACIONAIS  TRANSFERÊNCIA DE SOBERANIA [PARCELA]  APLICAÇÃO DIRETA + IMEDIATA +
VERTICAL + INDEPENDENTE DE PROCEDIMENTO FORMAL DE NACIONALIZAÇÃO/DOMESTICAÇÃO PELOS PAÍSES-
MEMBROS.

NORMAS INTERNACIONAIS  NÃO HÁ TRANSFERÊNCIA DE SOBERANIA  HÁ POSSIBILIDADE DE CRIAR FILTROS OU


OBSTÁCULOS PARA NÃO APLICAR AS NORMAS NO PLANO INTERNO OU NACIONAL  MENOS EFICAZ  POIS,
DEPENDE DE UM 2º ATO PARA QUE SEJA POSSÍVEL DE SER EXECUTADO PELOS DESTINATÁRIOS [ESTADOS + POVO
DOS ESTADOS]

B) Outras instituições e organismos da UE

Outras instituições desempenham tarefas fundamentais. Os poderes e as responsabilidades de todas estas 2


instituições são definidos nos Tratados, nos quais se baseia toda a ação da UE. Os Tratados consagram igualmente as
regras e os procedimentos que as instituições da UE devem observar. Os Tratados são aprovados pelos Presidentes
e/ou Primeiros-Ministros de todos os Estados-Membros da UE e são ratificados pelos Parlamentos nacionais.

B.1) Foros judiciais

B.1.1) Tribunal de Justiça da União Europeia

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) é composto por 2 jurisdições:

O Tribunal de Justiça

Que trata dos pedidos de decisões a título prejudicial provenientes das jurisdições nacionais, bem como de certas
ações de anulação e de recursos.

Funções: Velar por que a legislação da UE seja interpretada e aplicada da mesma forma em todos os países da UE;
garantir que as instituições e os países da UE respeitam a legislação da UE.

São os seguintes os tipos de processos mais comuns:

i. Interpretação da legislação (decisões prejudicais) - os tribunais nacionais dos países da UE devem velar pela correta
aplicação da legislação da UE, mas esta pode ser interpretada de maneira diferente consoante o país. Se uma
jurisdição tem dúvidas sobre a interpretação ou a validade de um ato legislativo europeu, pode pedir
esclarecimentos ao Tribunal. O mesmo mecanismo pode ser utilizado para determinar se uma dada lei ou prática
nacional é compatível com o direito europeu.

ii. Aplicação da legislação (ações por incumprimento) – processo desencadeado quando um país da UE não respeita
o direito europeu. Este tipo de ação pode ser iniciado pela Comissão Europeia ou por um país da UE. Se o
incumprimento é constatado, o país deve imediatamente corrigir a situação, caso contrário corre o risco de lhe ser
intentada uma segunda ação e de lhe ser imposta uma multa.

iii. Anulação de atos legislativos europeus (recurso de anulação) - se considerarem que um ato legislativo viola os
tratados da UE ou os direitos fundamentais, o Conselho da UE, a Comissão Europeia ou, em certos casos, o
Parlamento Europeu, podem solicitar ao Tribunal a anulação do ato em questão.

iv. Obrigação de ação (ações por omissão) - o Parlamento, o Conselho e a Comissão são instados a agir em
determinadas circunstâncias. Se não o fizerem, os governos nacionais, as outras instituições europeias ou (em certos
casos) os particulares podem recorrer ao Tribunal.

Membros: 1 juiz de cada país da UE e 11 advogados-gerais


Os juízes e os advogados-gerais são nomeados pelos governos dos países da UE por períodos renováveis de seis
anos. Em cada uma das jurisdições, os juízes escolhem um Presidente que é investido no cargo por um período
renovável de três anos. Procedimento:

No Tribunal de Justiça, para cada processo é designado um juiz (juiz-relator) e um advogado-geral. Os processos são
tratados em duas fases:

Fase escrita

As partes envolvidas começam por entregar uma declaração escrita Tribunal, podendo as observações ser também
remetidas às autoridades nacionais, às instituições europeias e por vezes aos cidadãos individualmente. Todas estas
informações são reunidas e resumidas pelo juiz-relator e analisadas durante a sessão plenária do Tribunal que
decide:
2
O número de juízes que irão tratar do processo e que será de três, cinco ou 15 (todo o Tribunal), consoante a
importância e a complexidade do assunto. A maior parte dos processos são entregues a cinco juízes, sendo
raras as situações em que um processo é tratado por todo o Tribunal.

Da necessidade de uma audição (fase oral) e do parecer do advogado-geral.

Fase oral – audição pública

Durante a audição, os advogados de ambas as partes apresentam as suas alegações aos juízes e ao advogado-geral,
que podem fazer as perguntas que entenderem pertinentes. Quando o Tribunal considera que é necessário o
parecer do advogado-geral, o mesmo é emitido algumas semanas após a audição. Os juízes deliberam e pronunciam
a sentença.

O Tribunal geral

O Tribunal Geral é composto por dois juízes por Estado-Membro [54 Juízes]. Os juízes são nomeados de comum
acordo pelos Governos dos Estados-Membros, após consulta de um comité encarregado de dar parecer sobre a
adequação dos candidatos à função de juiz. O mandato dos juízes, renovável, é de seis anos. Designam de entre si,
por um período de três anos, o presidente do Tribunal Geral. Nomeiam um secretário para um mandato de seis
anos.

Competências

O Tribunal Geral é competente para conhecer: - dos recursos de anulação interpostos pelas pessoas singulares ou
coletivas contra os atos das instituições, dos órgãos ou dos organismos da União Europeia de que sejam
destinatárias ou que lhes digam direta e individualmente respeito (trata-se, por exemplo, do recurso interposto por
uma empresa contra uma decisão da Comissão que lhe aplica uma coima), bem como contra os atos regulamentares
que lhes digam diretamente respeito e não necessitem de medidas de execução, e das ações intentadas por essas
mesmas pessoas com vista a obter o reconhecimento de uma abstenção destas instituições, órgãos e organismos; -
das ações que tenham por objeto a reparação dos danos causados pelas instituições, órgãos ou organismos da União
Europeia ou dos seus agentes;

B.1.3) Tribunal da Função Pública [Extinto em 2016]

Tendo o Tratado de Nice previsto em 2003 a possibilidade de criar tribunais de competência especializada a nível da
União Europeia, o Conselho da UE decidiu, em 2 de novembro de 2004, instituir o Tribunal da Função Pública, ao
qual foi atribuída a missão, até então assegurada pelo Tribunal Geral da União Europeia, de resolver os litígios entre
a União Europeia e os seus agentes. Em 2015, atendendo ao aumento do contencioso e à duração excessiva de
tratamento dos processos no Tribunal Geral da UE, o legislador da União decidiu aumentar progressivamente o
número de juízes no Tribunal Geral para 56 e integrar as competências do Tribunal da Função Pública no Tribunal
Geral. O Tribunal da Função Pública foi dissolvido em 1 de setembro de 2016.

O Tribunal da Função Pública era composto por sete juízes nomeados pelo Conselho, por um período de seis anos
renovável, após convite para a apresentação de candidaturas e parecer de um comité instituído para o efeito. Ao
nomear os juízes, o Conselho procurava uma composição equilibrada do Tribunal da Função Pública com uma base
geográfica e uma representação dos sistemas jurídicos nacionais tão ampla quanto possível. Os juízes do Tribunal da
Função Pública designavam de entre si o respetivo presidente, por um período de três anos renovável. O Tribunal da
Função Pública funcionava em secções de três juízes ou, quando a dificuldade ou a importância das questões de
direito o justificavam, em tribunal pleno. Os juízes nomeavam um secretário por um mandato de seis anos.

Durante a sua existência, o Tribunal da Função Pública acolheu, para além do secretário de nacionalidade alemã, um
total de 14 juízes nacionais de 14 Estados-Membros diferentes e proferiu 1549 acórdãos. 2

B.1.4) Tribunal de Contas, que fiscaliza os gastos com as atividades da UE.

Os tratados institutivos das Comunidades Europeias não previam a existência de um Tribunal de Contas. É em 22 de
Julho de 1975, pelo Tratado de Bruxelas que reforça os poderes orçamentais do Parlamento Europeu que é criado
um Tribunal de Contas31, com entrada em vigor em 1 de Junho de 1977. Em 25 de Outubro de 1977 ocorre a
reunião inaugural do Tribunal de Contas das Comunidades Europeias, no Luxemburgo, instituição que substitui a
Comissão de Fiscalização da CEE e da Euratom e o Comissário de Contas da CECA.

Funções: controlar a cobrança e a utilização dos fundos da UE e ajudar a melhorar a gestão financeira da UE

Presidente: Vítor Manuel da Silva Caldeira. Membros: 1 de cada país da EU. Instituído em 1977. Sede: Luxemburgo.

B.2. CONSELHO EUROPEU

Funções: define as orientações e prioridades políticas gerais da União Europeia [P. EXECUTIVO]

O Conselho Europeu reúne os Chefes de Estado e de Governo dos Estados-Membros para definir a agenda política da
UE.

Representa o nível mais elevado de cooperação política entre os países da UE.

O Conselho Europeu, que é uma das sete instituições oficiais da UE, reveste a forma de cimeiras dos dirigentes da UE
(geralmente trimestrais), que são presididas por um presidente permanente.

O Presidente do Conselho Europeu, eleito pelo próprio Conselho Europeu com um mandato renovável de dois anos e
meio, convoca e preside às reuniões. Entre outras funções, o Presidente do Conselho Europeu representa a UE no
exterior.

Membros: Chefes de Estado ou de Governo dos países da UE, Presidente do Conselho Europeu, Presidente da
Comissão Europeia . Presidente: Charles Michel. Instituído em 1974 (instância informal), 1992 (estatuto formal),
2009 (instituição da UE). Sede: Bruxelas (Bélgica)

B.2) Comitê Económico e Social Europeu (CESE)

Funções: órgão consultivo que representa as organizações de empregadores e de trabalhadores, bem como outros
grupos de interesse

Presidente: Christa Schweng. Membros: 329 (de todos os países da UE). Criado em 1957. Sede: Bruxelas (Bélgica).

O Comité Económico e Social Europeu (CESE) é uma instância consultiva composta de representantes de
organizações de trabalhadores e de empregadores e de outros grupos de interesse. O Comité emite pareceres sobre
temáticas europeias dirigidos à Comissão Europeia, ao Conselho e ao Parlamento Europeu, fazendo a ponte entre as
instâncias de decisão da UE e os cidadãos.

O Comité dá voz aos grupos de interesse sobre as propostas legislativas da UE. Tem 3 funções principais:

velar por que política e a legislação da UE atendam às condições económicas e sociais, tentando chegar a um
consenso favorável ao interesse geral

promover uma UE participativa dando voz às organizações de trabalhadores e de empregadores e a outros grupos de
interesse e mantendo o diálogo com todos os intervenientes

defender os valores da integração europeia e a causa da democracia participativa e das organizações da sociedade
civil

B.3) Comitê das regiões 2

Funções:

O Comité das Regiões Europeu é um órgão consultivo composto por representantes eleitos de autoridades regionais
e locais dos 27 países da UE. O Comité das Regiões Europeu proporciona um espaço de partilha de opiniões sobre a
legislação europeia com impacto direto nas regiões e nas cidades.

Através do Comité das Regiões Europeu as regiões e as cidades têm voz ativa no processo legislativo europeu,
garantindo esta instância que os interesses e as necessidades das autoridades regionais e locais são devidamente
considerados.

A Comissão Europeia, o Conselho da UE e o Parlamento Europeu devem consultar o Comité das Regiões Europeu
quando elaboram textos legislativos sobre matérias em que as autoridades regionais e locais têm uma palavra a
dizer, como é o caso do emprego, da política social, da coesão económica e social, dos transportes, da energia e das
mudanças climáticas.Se tal não acontecer, o Comité das Regiões Europeu pode interpor uma ação junto do Tribunal
de Justiça. Uma vez recebida a proposta legislativa, o Comité das Regiões Europeu elabora e aprova um parecer que
envia às outras instituições europeias. O Comité das Regiões Europeu emite também pareceres de sua própria
iniciativa.

O Comité das Regiões Europeu (CR) é composto por 329 membros que representam os órgãos de poder local e
regional dos 27 Estados-Membros da UE. Reúnem-se em reunião plenária 5 a 6 vezes por ano, em Bruxelas, para
debater prioridades políticas e adotar pareceres sobre a legislação da UE. Existem até seis sessões plenárias por ano,
durante as quais são aprovados pareceres sobre entre 50 a 80 projetos legislativos. Os membros devem ser eleitos
democraticamente e/ou titulares de um mandato político no seu país de origem. Cada governo nacional propõe os
seus representantes locais e regionais (membros efetivos e suplentes) – delegações nacionais –, que devem ser
aprovados pelo Conselho da UE. Presidente: Apostolos Tzitzikostas. Criado em: 1994. Sede: Bruxelas (Bélgica)

B.4) Banco Central Europeu

Funções: gerir o euro, assegurar a estabilidade dos preços e conduzir a política económica e monetária da UE

O Banco Central Europeu (BCE) é responsável pela gestão do euro e pela condução da política económica e
monetária da EU. O seu objetivo é manter a estabilidade dos preços e, desta forma, apoiar o crescimento económico
e a criação de emprego.

O que faz o BCE? - Fixa as taxas de juro dos empréstimos que concede aos bancos comerciais da zona euro,
controlando, desta forma, a oferta monetária e a inflação. - Gere as reservas de divisas da zona euro, assim como a
compra e venda de divisas para equilibrar as taxas de câmbio; - Garante uma supervisão adequada das instituições e
mercados financeiros pelas autoridades nacionais e o bom funcionamento dos sistemas de pagamento; - Preserva a
segurança e a solidez do sistema bancário europeu; - Autoriza a emissão de notas de euro pelos países da zona euro

- Acompanha a evolução dos preços e avalia os riscos para a estabilidade dos preços
Presidente: Christine Lagarde. Membros: Presidente e Vice-Presidente do BCE e governadores dos bancos centrais
de todos os países da EU. Criado em 1998. Sede: Frankfurt (Alemanha)

B.5) Banco Europeu de Investimentos

Funções: financiamento de projetos que contribuam para a realização dos objetivos da UE, tanto dentro como fora
da UE.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é detido conjuntamente pelos países da UE. Os seus objetivos são: -
melhorar o potencial da Europa em termos de emprego e crescimento; - apoiar ações para atenuar as alterações
climáticas; - promover as políticas europeias no exterior da UE

O BEI levanta dinheiro nos mercados de capitais e empresta-o em condições favoráveis a projetos que apoiem2 os
objetivos da UE. Cerca de 90 % dos empréstimos são concedidos para investimentos dentro da UE. Nenhum do
dinheiro emprestado pelo BEI provém do orçamento da UE.

O BEI disponibiliza 3 tipos principais de produtos e serviços:

- Empréstimos – cerca de 90 % do total das suas autorizações financeiras. O Banco empresta a clientes grandes e
pequenos para apoiar o crescimento e o emprego e o seu apoio contribui frequentemente para atrair outros
investidores. - Financiamento misto («blending») - permite aos clientes combinar o financiamento do BEI com
investimento adicional. - Aconselhamento e apoio técnico para que o dinheiro seja utilizado da melhor forma.

Os empréstimos de valor superior a 25 milhões de euros são concedidos diretamente pelo BEI. Quando se trata de
empréstimos mais pequenos, o BEI abre linhas de crédito para instituições financeiras que, por sua vez, emprestam o
dinheiro aos interessados.

Presidente: Werner Hoyer. Conselho de Administração: composto por um membro de cada país da União Europeia,
mais um da Comissão Europeia. Criado em 1958. Sede: Luxemburgo

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