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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA

CURSO DE ADMINISTRAÇAO DE EMPRESAS

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS – ATIVIDADE BLOCOS ECONÔMICOS –


BENILTON SOARES

São Luís - MA

2022
Mercado Comum do Sul

Mercado Comum do Sul é uma organização intergovernamental regional


fundada a partir do Tratado de Assunção em 26 de março de 1991. Estabelece uma
integração regional, inicialmente econômica, configurada atualmente em uma união
aduaneira, na qual há livre-comércio intrazona e política comercial comum entre os
países-membros. Situados todos na América do Sul, sendo atualmente quatro
membros plenos. Em sua formação original, o bloco era composto por Argentina,
Brasil, Paraguai e Uruguai; mais tarde, a ele aderiu a Venezuela, que no momento
se encontra suspensa. O bloco se encontra em fase de expansão, uma vez que a
Bolívia aguarda a ratificação parlamentar de seu protocolo de adesão como membro
pleno, documento que necessita ainda para sua vigência das aprovações legislativas
no Brasil, os demais parlamentos já o aprovaram.

As origens do Mercosul estão ligadas às discussões para a constituição de


um mercado econômico regional para a América Latina, que remontam ao tratado
que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre-Comércio (ALALC) desde
a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação Latino-Americana
de Integração (ALADI) na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil fizeram
progressos na matéria, assinando a Declaração do Iguaçu (1985), que estabelecia
uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano
seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre
ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado
comum, ao qual outros países latino-americanos poderiam se unir. Aderiram o
Paraguai e o Uruguai ao processo e os quatro países se tornaram signatários do
Tratado de Assunção (1991), que estabeleceu o Mercado Comum do Sul, uma
aliança comercial visando a dinamizar a economia regional, movimentando entre si
mercadorias, pessoas, força de trabalho e capitais.

Inicialmente foi estabelecida uma zona de livre-comércio, em que os países


signatários não tributariam ou restringiriam as importações um do outro. A partir de
1° de janeiro de 1995, esta zona converteu-se em união aduaneira, na qual todos os
signatários poderiam cobrar as mesmas quotas nas importações dos demais países
(tarifa externa comum). No ano seguinte, a Bolívia e o Chile adquiriram o estatuto de
associados. Outras nações latino-americanas manifestaram interesse em entrar para
o grupo. Em 2004, entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o
Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul, com sede na cidade de
Assunção (Paraguai), por conta da insegurança jurídica no bloco sem a existência
de um tribunal permanente. Dentre acordos econômicos firmados entre o Mercosul e
outros entes, estão os tratados de livre-comércio (TLC) com Israel assinado no dia
17 de dezembro de 2007 e com o Egito assinado em 2 de agosto de 2010.

Em 23 de maio de 2008 foi assinado o Tratado Constitutivo da União de


Nações Sul-Americanas (UNASUL), composta pelos doze Estados da América do
Sul e fundada dentro dos ideais de integração sul-americana multissetorial. A
organização conjuga as duas uniões aduaneiras regionais: o Mercosul e a
Comunidade Andina (CAN). O cargo de secretário-geral da Unasul fornece à
entidade uma liderança política definida no cenário internacional, sendo um primeiro
passo para a criação de um órgão burocrático permanente para uma união
supranacional, que eventualmente substituirá os órgãos políticos do Mercosul e da
CAN.

Vantagens Para o Brasil

A união de diferentes mercados permite que cada área se especialize no que


faz melhor, gerando ganhos de produtividade para todos. Por exemplo, o Brasil pode
exportar livremente eletrodomésticos para a Argentina e importar vinhos do Chile,
um país associado. O comércio aumenta a variedade para os consumidores e torna
as empresas mais produtivas, impactando positivamente nos empregos e nos
salários. Em conjunto, os países do Mercosul representam um peso importante do
mercado internacional, aumentando seu poder de barganha. Assim, podem negociar
acordos mais favoráveis com outros blocos ou potências. Além disso, a livre
circulação de pessoas também beneficia o setor de turismo em todos os países que
compõem o Mercosul. O bloco é o que mais proporciona resultados econômicos e
sociais para o Brasil. Para se ter uma ideia, entre 2011 e 2020, o saldo comercial do
país com o Mercosul foi de US$ 54,9 bilhões, com a pauta mais diversificada entre
todos os grandes destinos de exportações. O saldo fica atrás apenas da China (US$
158,3 bilhões), mas a pauta exportadora com o país asiático é concentrada em
poucos produtos.
Além disso, o comércio do bloco resulta na maior massa salarial por R$ bilhão
exportado – R$ 670 milhões ante R$ 450 milhões no caso da China – e produz o
maior impacto em cadeia no Brasil por R$ bilhão exportado: R$ 4,12 bilhões. Em
relação a empregos, é o segundo destino em que as exportações brasileiras geram
mais empregos, perdendo apenas para os Estados Unidos. O Mercosul, Bolívia e
Chile estabeleceram que todo esse território constitui uma Área de Livre
Residência com direito ao trabalho para todos seus cidadãos, sem exigência de
outro requisito além da própria nacionalidade. A Área de Livre Residência foi
estabelecida na reunião de cúpula de Presidentes em Brasília, mediante o "Acordo
sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do Mercosul, Bolívia e Chile"
assinado em 6 de dezembro de 2002.

Cidadãos de quaisquer países do Mercosul, natos ou naturalizados há pelo


menos cinco anos, terão um processo simplificado na obtenção de residência
temporária por até dois anos em outro país do bloco, tendo como exigências
o passaporte válido, certidão de nascimento, certidão negativa de antecedentes
penais e, dependendo do país, certificado médico de autoridade migratória. De
forma igualmente simples, sem necessidade de vistos ou emaranhadas burocracias,
a residência temporária, no decurso do prazo, pode se transformar em residência
permanente com a mera comprovação de meios de vida lícitos para o sustento
próprio e familiar.

A simplicidade visa salientar um intercâmbio entre os países, para uma real


formação comunitária, tendo assim expresso, além da facilidade de entrada, a
garantia de direitos fundamentais de todos os que migrarem de um país a outro.
Além das liberdades civis - direito de ir e vir, ao trabalho, à associação, ao culto e
outros, do direito de reunião familiar de transferência de recursos, o Acordo faz
avanços em duas áreas importantes: a trabalhista e a educacional.

Desvantagem para o Brasil

A principal desvantagem do Mercosul é a perda de certa autonomia


comercial. Como o bloco aplica uma tarifa externa comum, qualquer rodada de
abertura passa pela negociação entre todos os membros, o que pode dificultar o
processo, seja pela burocracia ou por pressão de grupos de interesse em outros
países.

NAFTA

Tratado Norte-Americano de Livre Comércio é um tratado


envolvendo Canadá, México e Estados Unidos, numa atmosfera de livre comércio,
com custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países. O NAFTA entrou
em vigor em 1 de janeiro de 1994. Em 1988, os Estados Unidos e o Canadá
assinaram um Acordo de Liberalização Econômica, formalizando o relacionamento
comercial entre aqueles dois países. Em 1994, o bloco recebeu a adesão dos
mexicanos. O NAFTA entrou em vigor em 1994 e sua vigência expirou oficialmente
em 27 de agosto de 2018, sendo substituído pelo Acordo Estados Unidos-México-
Canadá após ratificação final pelos países membros. Este comércio regional
na América do Norte beneficiou a economia mexicana e ajudou-a a enfrentar a
concorrência representada pelo Japão e pela União Europeia. Restrições também
deviam ser removidas de várias categorias neste acordo, incluindo veículos
automóveis e peças para estes, computadores, tecidos e agricultura. O tratado
também protegeu os direitos de propriedade intelectual (patentes, copyrights, e
marcas registradas) e esboçou a remoção de restrições de investimento entre os
três países. Medidas relativas à proteção do trabalhador e do meio ambiente foram
adicionadas mais tarde em consequência de acordos suplementares assinados
em 1993. Diferentemente da União Europeia, o NAFTA não cria um conjunto de
corpos governamentais supranacionais, nem cria um corpo de leis que seja superior
à lei nacional. O NAFTA é um tratado sob as leis internacionais. Sob as leis dos
Estados Unidos ela é classificada melhor como um acordo congressional-executivo
do que um tratado, refletindo um sentido peculiar do termo "tratado" na lei
constitucional dos Estados Unidos que não é seguida pela lei internacional ou pelas
leis de outros estados.

As finalidades deste bloco econômico eram:

 Eliminar as barreiras alfandegárias (imposto de importação), e facilitar o


movimento de produtos e serviços entre os territórios dos países-membros;
 Promover condições para uma competição justa dentro da área de livre
comércio;
 Aumentar substancialmente oportunidades de investimento dos países
participantes;
 Oferecer proteção efetiva e adequada e garantir os direitos de propriedade
intelectual no território de cada um dos participantes;
 Criar procedimentos efetivos para a implementação e aplicação deste tratado,
para sua administração conjunta e para a resolução de disputas;
 Estabelecer uma estrutura para futura cooperação trilateral, regional e
multilateral para expandir e realçar os benefícios deste acordo.

Em suma, a finalidade era de ampliar os horizontes de mercado dos países


membros e maximizar a produtividade interna. Tal maximização é obtida por meio da
liberdade organizacional das empresas, o que as permite que se instalem, de acordo
com suas especializações, nos países que apresentarem menores custos dos
fatores de produção. Tornar o dólar a moeda única nas transações comerciais entre
os parceiros do NAFTA encontra sérias resistências da sociedade mexicana e até de
certos setores do governo onde há o temor da perda da identidade nacional.

No dia 27 de agosto de 2018, o então presidente norte-americano Donald


Trump anunciou um novo acordo com o México. O novo acordo comercial entre os
três países foi assinado ainda no mesmo ano, denominado USMCA (sigla para
Acordo Estados Unidos, México e Canadá em inglês), a assinatura se deu em razão
das fortes críticas ao acordo anterior que Trump julgava desde a campanha
presidencial americana de 2016 de ser desfavorável para os Estados Unidos. Em
dezembro de 2019, foi aprovado na Câmara dos Representantes. O USMCA
modernizou várias provisões assinadas vinte e cinco anos antes no NAFTA,
especialmente no que diz respeito à propriedade intelectual e comércio digital e
utilizou muito do linguajar contido no RCEP, dos quais Canadá e México são
signatários. As principais mudanças em relação ao seu antecessor incluem aumento
das regulamentações ambientais e de trabalho; maiores incentivos à produção de
automóveis nos Estados Unidos (com cotas para a produção automotiva canadense
e mexicana); mais acesso a indústria de laticínios canadense; e um maior limite de
isenção de impostos para canadenses que compram produtos online dos Estados
Unidos. No geral, contudo, o USMCA é bem similar ao NAFTA, transportando muitas
das mesmas disposições e fazendo apenas mudanças modestas, principalmente
cosméticas, e deve causar apenas um pequeno impacto econômico.

UNIÃO EUROPEIA

A União Europeia (UE) é uma união econômica e política de 27 Estados-


membros independentes situados principalmente na Europa. A UE tem as suas
origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na Comunidade
Econômica Europeia (CEE), formadas por seis países em 1957. Nos anos que se
seguiram, o território da UE foi aumentando de dimensão através da adesão de
novos Estados-membros, ao mesmo tempo que aumentava a sua esfera de
influência através da inclusão de novas competências políticas. O Tratado de
Maastricht instituiu a União Europeia com o nome atual em 1993. A última revisão
significativa aos princípios constitucionais da UE, o Tratado de Lisboa, entrou em
vigor em 2009. Bruxelas é a capital de fato da União Europeia. A UE atua através de
um sistema de instituições supranacionais independentes e de decisões
intergovernamentais negociadas entre os Estados-membros. As instituições da UE
são a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia, o
Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia, o Tribunal de Contas
Europeu e o Banco Central Europeu. O Parlamento Europeu é o único órgão
diretamente eleito, a cada cinco anos, pelos cidadãos da UE.

A UE instituiu um mercado comum através de um sistema harmonizado de


leis aplicáveis a todos os Estados-membros. No Espaço Schengen (que inclui 22
estados-membros e 4 estados não membros da UE) foram abolidos os controles de
passaporte. As políticas da UE têm por objetivo assegurar a livre circulação de
pessoas, bens, serviços e capitais, legislar assuntos comuns na justiça e manter
políticas comuns de comércio, agricultura, pesca e desenvolvimento regional. A
Zona Euro, a união monetária, foi criada em 1999 e é atualmente composta por 19
Estados-membros. Através da Política Externa e de Segurança Comum, a UE
exerce um papel nas relações externas e de defesa. A UE tem em todo o mundo
missões diplomáticas permanentes, estando representada nas Nações Unidas, na
Organização Mundial do Comércio (OMC), no G8 e no G-20.
Os Estados-membros da UE mantêm todos os poderes não explicitamente
entregues à União Europeia. Em algumas áreas, a UE goza de competência
exclusiva. Estas são áreas em que os países-membros renunciaram a qualquer
capacidade de legislar. Em outras áreas, a UE e os seus Estados-membros
partilham a competência para legislar. Embora ambos possam legislar, os membros
só podem legislar em assuntos em que a UE não tem esse poder. Em outras áreas
políticas, a UE só pode coordenar, apoiar e complementar a ação do Estado-
membro, mas não pode aprovar uma legislação com o objetivo de harmonizar as
legislações nacionais.

Quando uma área política específica cai em uma determinada categoria de


competência não é necessariamente indicativo de qual o procedimento legislativo é
usado para promulgar legislação dentro dessa área política. Procedimentos
legislativos diferentes são usados dentro da mesma categoria de competência e até
mesmo em uma mesma área política.

A distribuição de competências em diversas áreas políticas entre os Estados-


Membros e a União é dividida nas três categorias seguintes:

Competência exclusiva Competência partilhada Competência apoiada

A UE tem competência
exclusiva para formular A União Europeia pode
Os Estados-membros não
diretrizes e celebrar tomar medidas para apoiar,
podem exercer
acordos internacionais coordenar ou completar a
competência em áreas
quando está contemplada ação dos Estados-
onde a União tem.
num ato legislativo da membros.
União.

 A união aduaneira  O mercado interno  A proteção e a melhoria


 O estabelecimento de  A política social para os da saúde humana
regras de concorrência aspectos definidos no  Indústria
necessárias ao presente Tratado  Cultura
funcionamento do  Economia, coesão  Turismo
mercado interno social e territorial  Educação, juventude,
 A política monetária dos  A agricultura e pescas,
Estados-membros cuja com exceção da desporto e formação
moeda seja o euro conservação dos profissional
 A conservação dos recursos biológicos  A proteção civil
recursos biológicos do marinhos (prevenção de
mar no âmbito da  Ambiente desastres)
Política Comum das  A proteção dos  A cooperação
Pescas consumidores administrativa
 A política comercial  Transportes
 Redes Transeuropeias
 Energia
 O espaço de liberdade,
segurança e justiça
 Normas comuns de
segurança para a saúde
pública, nos aspectos
definidos no presente
Tratado

APEC

A Cooperação Econômica Ásia-Pacífico é um fórum de 21 países-membros


localizado no Círculo do Pacífico, que visa promover o livre comércio e a cooperação
econômica em toda a região da Ásia-Pacífico. A organização foi criada em 1989, em
resposta à crescente interdependência das economias da região Ásia-Pacífico e do
advento dos blocos comerciais regionais em outras partes do mundo e aos temores
de que o Japão (que é altamente industrializado e um membro do G8) passasse a
dominar a atividade econômica na região. Tem o objetivo de estabelecer novos
mercados para os produtos agrícolas e matérias-primas para além da Europa (onde
a demanda tinha vindo a diminuir).

A APEC trabalha para elevar os padrões de vida e os níveis de ensino de


seus membros através de um crescimento econômico sustentável e para fomentar
um sentimento de comunidade e uma valorização de interesses compartilhados
entre os países da região Ásia-Pacífico. O fórum inclui algumas das economias
recém-industrializadas e seus membros são responsáveis por aproximadamente
40% da população, cerca de 54% do produto interno bruto (PIB) e aproximadamente
44% do comércio de todo o mundo.

A APEC é dividida em quatro grupos ou comitês, cada um responsável por


determinada seção. O BMC é responsável pelos orçamentos e administração. O CTI
comanda a facilitação e liberalização dos investimentos e do comércio. O EC conduz
pesquisas e discussões que dizem respeito à economia. E o ESC auxilia os líderes
dos países membros na administração e coordenação das agendas. Cada país
membro deve entregar, anualmente, um IAP (Individual Action Plan), no qual irá
traçar seus objetivos individuais quanto à abertura do comércio e os investimentos.
Simultaneamente ao IAP é desenvolvido o CAP (Collective Action Plan). Este traça
as ações que deverão ser seguidas por todos os países membros quanto à abertura
do comércio e os investimentos.

Todos os anos acontecem as seguintes reuniões:

 Reunião dos líderes da APEC: Decidem a agenda política da APEC.


 Reunião dos ministros da APEC: Ocorre logo a seguir da primeira reunião,
ministros da economia dos países decidem as atividades econômicas que
serão tomadas pelos países.
 Reunião dos ministros setoriais: Especialistas em vários setores se reúnem
para aconselhar as medidas que cada país pode tomar em cada setor.
 Reunião dos conselheiros econômicos: Estes conselheiros providenciam a
APEC relatórios sobre a sua perspectiva de negócios e fazem
recomendações para aumentar os negócios e os investimentos na região da
APEC.

A criação da APEC contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da


região pacífico-asiática. Em sua primeira década de existência, 195 milhões de
empregos foram criados, sendo 174 milhões nos países em desenvolvimento. O PIB
da região triplicou e o dos países em desenvolvimento cresceu cerca de 70%.
Investimentos internacionais aumentaram em 210% em toda a região e em 475%
nos países em desenvolvimento. As exportações cresceram 113%, passando para
mais de US$25 bilhões. A segurança contra o terrorismo e contra doenças
infecciosas também aumentou.
A APEC é formada por países muito distintos, econômica, política, social e
culturalmente. Temos a maior potência mundial, o Japão e a China lado a lado com
diversos países subdesenvol
subdesenvolvidos.
vidos. Para os EUA, a área de livre comércio é muito
vantajosa, já que os principais produtos que importa são primários e matéria
matéria-prima,
e exporta produtos industrializados. Já para os países subdesenvolvidos, a
vantagem não é tão grande, já que eles aumen
aumentam
tam a exportação, mas continuam
dependentes da economia de países desenvolvidos.

Alguns países do leste africano questionam o objetivo da APEC, que acaba


atuando como um mecanismo para abrir mercados e aumentar os lucros de países
desenvolvidos, sem necess
necessariamente
ariamente beneficiar o conjunto da região.

Segundo estudos, quanto maior é o progresso do país nos setores baseados


no conhecimento, (informática, comunicações e pesquisa) maiores são seus índices
econômicos gerais e mais seguro é seu crescimento. A ciênci
ciência universitária e
corporativa, a compra e venda de informações e propriedade intelectual, a aplicação
de conhecimentos na atividade empresarial formam um sistema que foi chamado de
“produção de conhecimentos”. E esta é uma produção que, como se torna agora
evidente, muda os destinos de países inteiros e promove o desenvolvimento de toda
a região. Vale destacar a situação da Rússia perante esse novo sistema, que
apresentou um crescimento de 6% e que graças ao seu potencial da “economia do
conhecimento” pode depositar esperanças no prosseguimento deste crescimento.

Membro (nome usado na APEC) Data de adesão

Austrália Novembro de 1989

Brunei Darussalam Novembro de 1989

Canadá Novembro de 1989


Membro (nome usado na APEC) Data de adesão

Estados Unidos Novembro de 1989

Indonésia Novembro de 1989

Japão Novembro de 1989

Coreia do Sul Novembro de 1989

Malásia Novembro de 1989

Nova Zelândia Novembro de 1989

Filipinas Novembro de 1989

Singapura Novembro de 1989

Tailândia Novembro de 1989

Taipei Chinesa Novembro de 1991

Hong Kong Novembro de 1991

República Popular da China Novembro de 1991


Membro (nome usado na APEC) Data de adesão

México Novembro de 1993

Papua Nova-Guiné Novembro de 1993

Chile Novembro de 1994

Peru Novembro de 1998

Rússia Novembro de 1998

Novembro de 1998
Vietnã

Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)

A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é uma organização


intergovernamental regional que compreende dez países do sudeste asiático, que
promove a cooperação intergovernamental e facilita a integr
integração econômica,
política, de segurança, militar, educacional e sociocultural entre seus membros e
outros países da Ásia. A ASEAN também envolve regularmente outros países da
região Ásia-Pacífico
Pacífico e além. Principal parceira da Organização de Cooperação de
Xangai, a ASEAN mantém uma rede global de alianças e parceiros de diálogo e é
considerada por muitos como uma potência global, a união central para cooperação
na Ásia-Pacífico
Pacífico e uma organização importante e influente. Ela está envolvida em
vários assuntos internacionais e hospeda missões diplomáticas em todo o mundo. O
Secretariado da ASEAN está localizado em Jacarta, na Indonésia.
No dia em que ocorreu a primeira conferência da ASEAN, em Fevereiro de
1976, foi assinado o Tratado de Amizade e Cooperação, onde vinham descritos os
princípios a ser seguidos pelas nações aderentes. Entre eles constam o respeito
mútuo pela independência, soberania, igualdade, integridade territorial e identidade
nacional e o direito de cada nação de se guiar livre de interferência, subversão ou
coerção exterior. Ficou também definido nesse tratado que nenhuma nação deve
interferir nos assuntos internos dos restantes, que os desentendimentos devem ser
resolvidos de forma pacífica, que deve haver uma renúncia ao uso da força e uma
efetiva cooperação entre todos. Em 1992, os países participantes decidiram
transformá-la em zona de livre-comércio, a ser implantada gradativamente até 2008.
Foi fundada originalmente pela Tailândia, Indonésia, Malásia, Singapura e Filipinas.

A nível econômico, desde a fundação da ASEAN e através de vários tratados,


cresceram as trocas comerciais entre os estados membros. Em 1992 foi criada a
uma zona de comércio livre de modo a desenvolver a competitividade da região, que
assim passou a funcionar como um bloco unido. O objetivo foi o de promover uma
maior produtividade e competitividade. Em nível de relações externas, a prioridade
da ASEAN é fomentar o contato com os países da região Ásia-Pacífico, mas foram
também estabelecidos acordos de cooperação com o Japão, China e Coreia do Sul.
Atualmente a organização é patrocinada por 134 empresas multinacionais e tem
acordos militares e econômicos com os EUA.

ALADI

ALADI é o maior grupo latino-americano de integração. É formado por treze


países membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México,
Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, representando, em conjunto, 20
milhões de quilômetros quadrados e mais de 510 milhões de habitantes.

O Tratado de Montevidéu 1980 (TM80), âmbito jurídico global, constitutivo e


regulador da ALADI, foi assinado em 12 de agosto de 1980, estabelecendo os
seguintes princípios gerais: pluralismo em matéria política e econômica,
convergência progressiva de ações parciais para a criação de um mercado comum
latino-americano, flexibilidade, tratamentos diferenciais com base no nível de
desenvolvimento dos países-membros e multiplicidade nas formas de concentração
de instrumentos comerciais. A ALADI promove a criação de uma área de
preferências econômicas na região, objetivando um mercado comum latino-
americano, através de três mecanismos:

 Uma preferência tarifária regional, aplicada a produtos originários dos países-


membros frente às tarifas em vigor para terceiros países;
 Acordos de alcance regional (comuns a todos os países-membros); e
 Acordos de alcance parcial, com a participação de dois ou mais países da
área.

Tanto os acordos regionais como os de alcance parcial podem abranger


matérias tais como: redução tarifária e promoção do comércio, complementação
econômica, comércio agropecuário, cooperação financeira, tributária, aduaneira,
sanitária, preservação do meio-ambiente, cooperação científica e tecnológica,
promoção do turismo, normas técnicas e muitos outros campos previstos
expressamente ou não no TM 80.

Os países qualificados como de menor desenvolvimento econômico relativo


da região (Bolívia, Equador e Paraguai) gozam de um sistema preferencial. Através
das listas oferta de abertura de mercados de programas especiais de cooperação
(rodadas de negócios, pré-investimento, financiamento, apoio tecnológico) e de
medidas compensatórias em favor dos países mediterrâneos busca-se que esses
países participem plenamente do processo de integração.

O Tratado de Montevidéu 1980 está aberto à adesão de qualquer país latino-


americano. A ALADI abre, também, seu campo de ação para o resto da América
Latina através de vínculos multilaterais ou acordos parciais com outros países e
áreas de integração do Continente. Contempla, igualmente, a cooperação horizontal
com outros movimentos de integração do mundo e ações parciais com terceiros
países em via de desenvolvimento ou suas respectivas áreas de integração. Na
estrutura jurídica da ALADI, cabem os mais vigorosos acordos sub-regionais,
plurilaterais e bilaterais de integração, que surgem, cada vez mais, no continente.
Por conseguinte, cabe à Associação, como âmbito institucional e normativo da
integração regional, apoiar e fomentar estes esforços a fim de que confluam
progressivamente para a criação de um espaço econômico comum.
BIBLIOGRAFIA

ALBUQUERQUE, JOSÉ AUGUSTO GUILHONO Brasil e os chamados blocos


regionais. São Paulo em Perspectiva [online]. 2002, v. 16, n. 1 [Acessado 22 Abril
2022] , pp. 30-36. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-
88392002000100004>. Epub 24 Out 2002. ISSN 1806-9452.
https://doi.org/10.1590/S0102-88392002000100004.

Classificação dos Blocos Econômicos. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/classificacao-dos-blocos-
economicos.htm>. Acesso em: 22 abr. 2022

O que é Aladi. Disponível em :<https://www.aladi.org/sitioaladi/language/pt/o-que-e-


a-aladi/>. Acesso em: 22 abr. 2022

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