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DIREITO DO TRABALHO

Profa. Raquel Neves (43 99151-8883; raquel.neves@pucpr.br)

AULA 1 – 3.3.2022
PLANO DE ENSINO E APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO


 Valor X Arte X Ausência de valor do trabalho ao longo dos anos, ganhando valor
recentemente; possibilidade de “voltar a perder valor” ¬ ¬
o Necessidade de manifestação/expressão – Algo significativo/de valor;
 O que possuía valor? – Caça – Alimento/sobrevivência.
 Trabalho
o COLETIVAMENTE/UNIÃO – O homem é um animal
social
 Ineficiência e fragilidade biológica/perante a
natureza. Produtos:
 Desenvolvimento da linguagem/
comunicação
 Ferramentas/materialidade/invenção
 Solidariedade
o Surgimento da propriedade
 Rousseau – Desigualdade social, “FIM” DA SOLIDARIEDADE
 Desenvolvimento de Estados/Império com o acúmulo de propriedade/terra
– Agrupamento de pessoas/coisas
 No lugar de melhores qualidades
 ACÚMULO DE CAPITAL POR ESPÓLIO DE GUERRA
 ESCRAVOS (trabalho) – Res
 Trabalho (por escravos) utilizado para retratar a soberania e riqueza
do senhor de terras
 Retratações egípcias; tumbas de Qin Chi Huang Di; afrescos romanos,
esculturas gregas...
o Idade Média
 União da identidade europeia ao redor da religião cristã – Monoteísmo,
regulação facilitada – Assimilação pelo direito profano, do direito
canônico que, ao seu turno, era baseado no direito civil romano.

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 Diversos reinos, respeitando a autoridade papal


 Início da divisão europeia, com a cisma causada pela reforma
protestante
 “Falta de desvalorização do trabalho” – Arte “simplificada” e “sem
autores/trabalhadores conhecidos”
 Escrituras/conhecimento vinculado à igreja
 Servidão/Sistema Feudal
 **Torto Arado (livro) – Abolição da escravidão no Brasil transformou os
escravos em servos**

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AULA 2 – 3.4.2022
INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO
 (...)
o Idade Moderna
 Comércio, aumento da aglomeração dos servos e demais transeuntes
 Desenvolvimento do comércio junto aos polos receptores de tais práticas
(principalmente áreas portuárias – Gênova, Veneza...)
 Comerciantes começam a enriquecer, propiciando o ascender dos artesãos
(que vendiam suas mercadorias).
 “Começa” a ser possível identificar artistas (entre os artesãos).
 O trabalho artesanal “começa” a ter valor – Artistas começam a
inserir seus nomes junto às suas obras/artesanatos
 Migração de jovens aprendizes em busca de artesãos, para aprenderem
 INÍCIO DAS OFICINAS DE ARTESÃOS
 “Trabalhadores sendo ‘referenciados’ de forma subjacente nas obras de
artesãos”
 Início da valorização dos trabalhadores (artesãos), mas não dos
trabalhadores braçais.
 Período Barroco/Romantismo/Impressionismo – Velásquez - Trabalho em
primeiro plano
 As Fiandeiras (que representam as PARCAS, fiandeiras do destino
– O trabalhador orienta o destino...)

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 OFICINAS DE ARTESÃOS – Cresceram e se uniram, formando as


 CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
o Mestres – Determinava(m) as regras
o Companheiros
o Aprendizes
 SEPARADAS DO ESTADO – PARAESTATAIS
 Enriquecimento dos artesãos; parte do poder passa às corporações,
por conta do dinheiro
o Consequência: PROIBIÇÃO DA CRIAÇÃO DAS
CORPORAÇÕES
 Dinheiro continuou com os artesãos
 “Financiamento da revolução francesa”
o Liberté, Egualité, Fraternité
 LIBERALISMO (humanismo)
 Desenvolvimento da ciência/tecnologia
o INDÚSTRIA – (Revolução Industrial)
 Aumento da mão de obra
 Aumento da exploração
o CAPITALISMO

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 CAPITALISMO – Abertura de mercado – Transformar dinheiro em mais


dinheiro
 Realismo
 “A produção é o que interessa”
 Livro – Germinal – Émile Zola
 Quem não trabalha não come – Dependência do trabalho para
sobreviver – Quanto mais dependente, melhor (maior aplicação ao
trabalho)
 Tela – Comedores de Batata – Van Gogh
 Criação de identificação entre os trabalhadores (em semelhança à
identificação entre os caçadores pré-históricos)
o “Reunião entre trabalhadores, pela busca de seus direitos”
o Morrer na indústria, ou morrer em busca de condições de
trabalho/vidas melhores
 MOVIMENTOS OPERÁRIOS
o SINDICATOS
o Greves, lutas, repressões
o Marx
o Revolução Russa
 Estado, com “medo” do movimento, cria
DIREITOS
 Ressalte-se que o direito é mecanismo de
controle/ordem e coesão social
o DIREITOS TRABALHISTAS SURGIRAM POR MEIO
DO PROTAGONISMO DOS OPERÁRIOS/
TRABALHADORES, REPRESENTADOS PELOS
SINDICATOS
 “Primeiro” movimento social de identidade
 ‘A classe trabalhadora’ ‘Sou operário’ ‘Não
sou burguês’
o MAIOR ECLOSÃO DE DIREITOS DURANTE E APÓS
A 2ª GUERRA MUNDIAL
 WELFARE STATE – Estado de Bem-estar social

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 DIREITOS SOCIAIS
o RETROCESSO NO MUNDO ATUAL
 “Desvalorização do trabalho”
 Empreendedorismo – Liberalismo – Liberdade
 Com o desvalorizar dos trabalhadores e da carteira assinada, menos
dinheiro é repassado ao Estado, e os direitos sociais retrocedem
 Sr. do mercado do Chile
o BRASIL/AMÉRICA LATINA
 Eduardo Galeano – As veias abertas da América Latina
 Atrasado/tardio (visto o colonialismo/extrativismo)
 Imigrantes trouxeram o sindicato e a política
 Anarco-sindicalistas, socialistas, comunistas...
 Governo Getúlio Vargas
 Código trabalhista brasileiro baseado no Código trabalhista italiano
o Justiça trabalhista
o Carteira de Trabalho
o Jornada de trabalho
o Salário-Mínimo
o 1943 – CLT
o 1943 – CLT
o 1969 – Constituição sob Regime do AI-5
o 1988 – Constituição Cidadã
 Direitos Sociais – Art. 6°1
 Direito do Trabalho – Art. 7°2

1
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.
Parágrafo único – Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar,
garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de
acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.
2
Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar,
que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

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 Direito das associações sindicais/profissionais; - Arts. 8°3


 Direito à greve – Art. 9°4
o **1917 – Constituição Mexicana – Previa direitos trabalhistas**
o **1919 – Constituição de Weimar – Previa direitos trabalhistas**

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;


III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às
de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e
pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho
a) (Revogada).
b) (Revogada).
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência;

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XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
Parágrafo único – São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI,
VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV
e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
3
Art. 8º: É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões
judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição
prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta
grave nos termos da lei.
Parágrafo único – As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
4
Art. 9º: É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§1º – A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis
da comunidade.
§2º – Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

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AULA 3 – 3.10.2022
EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
 EVOLUÇÃO ECONÔMICA
o Antiguidade
 Escravidão;
 Economia concentrada;
o Idade Média
 Igreja e Feudos;
 Economia agrícola;
 Servidão;
o Era Moderna
 Humanismo;
 Corporações de ofício (oficinas);
 Artesãos em ascensão;
 Economia – Mercantilismo;
o Idade Contemporânea
 Revolução Industrial – Maquinário à vapor;
 Operariado
 Economia:

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 Capitalismo
o 1ª Revolução Industrial – Vapor;
o 2ª Revolução Industrial – Fordismo;
 Fordismo – Alienação – O Capital;
o 3ª Revolução Industrial – Toyotismo;
 Década de 70;
 Computação/eletrônica;
 Produção por demanda;
 Terceirização;
o 4ª Revolução Industrial – Tecnologia de ponta, informática,
digitalização;
 Internet;
 Inteligência artificial;
 Empresas na nuvem;
 Robotização/veículos autômatos/Autoguiados;
 Impressoras 3D;
 Fórum econômico de Davos;
 Aqui nasce o direito do trabalho
 Trabalhadores criam uma solidariedade entre eles
o Gerou o movimento de classe/conquista de direitos!
o As mulheres se unem ao movimento operário;
 “O capitalismo excluiu a mulher”
 **“As sufragistas” – Filme**
 8 de março
o Identidade/modo de vida comum;
o Movimento Sindical;
o Não havia a mesma solidariedade no campo;
o Trabalho doméstico visto como improdutivos pois não
produzia/produz “riqueza”
o Normatização do Direito do Trabalho

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 Internacionalização do Direito do Trabalho – 1919 – O.I.T. –


Convenções trabalhistas;
 CLT – 1943
 1973 – Lei do Trabalhador Rural
 Constitucionalização – 1988 – Trabalhador rural e Trabalhador urbano
 Art. 6° – Direitos Sociais;
 Art. 7° – Rol mínimo;
 2015 – Lei complementar 150 – Trabalhadora doméstica;
 TDE – O FUTURO DO TRABALHO
o **Documentário: Vice – Reportagem especial – “O futuro do trabalho” **
o Amazon – Discussão sobre a renda mínima universal;
o 4ª Revolução Industrial
AULA 4 – 3.11.2022
PALESTRA DR. – JUÍZ DA 3ª VARA DO TRABALHO DE LONDRINA/PR
 Revolução 4.0 (mal contada/distorcida), blábláblá...

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AULA 5 – 3.17.2022
INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO
 FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
o Materiais – Construção e mudanças das normas jurídicas
 O contexto histórico de lutas, fundador do Direito do Trabalho
 Economia
 Filosofia
 Sociologia
 Psicologia
o Formais – Revelação da norma jurídica
 Heterônomas – A fonte emana de terceiro que não as próprias partes
envolvidas/formadores na/da relação jurídica
 Constituição
 Lei – Em sentido amplo (geral, coativa e emana de um processo
legislativo)
 Convenções O.I.T – Mesmo poder/equiparado à Tratado
Internacional
 MPs (Poder Executivo)

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 Ministério do Trabalho e Emprego (Poder Executivo) – Instruções


Normativas, NRs (preveem como atuar de forma preventiva a
preservar a saúde dos trabalhadores)
 Súmulas Vinculantes (Poder Judiciário) – STF
 Súmula (Poder Judiciário) - TST
 Tratados Internacionais
 Decretos
 Portarias, avisos, instruções, circulares
 Sentença Normativa (Poder Judiciário)
o TRTs – Dissídio Coletivo (os trabalhadores se posicionam
de forma coletiva, representados por seu sindicato – Isso
acontece anualmente – Assembleia coletiva do sindicato) –
Com início de ação pelo sindicato, a sentença, por sua
expressão/impacto, se torna normativa – Resolve um
instituto/problema coletivo, e não individual (como é na
maioria das sentenças comuns) – Em plano
estadual/regional
o TST – Dissídio Coletivo - Em plano nacional
 Autônomas – A fonte emana das próprias partes envolvidas/formadoras
na/da relação jurídica
 INDIVIDUAL
o Contrato de trabalho é fonte? – A LEI PROTEGE O
TRABALHADOR, INOBSTANTE ALGUMAS
CONDIÇÕES CONTRATUAIS – Se forem diversos da
previsão legal
 O contrato apenas é fonte quando ele for
maior/melhor que a Lei.
 Não existe a formalidade forte prevista em direito
civil
 COLETIVAS
o Convenção Coletiva de Trabalho – Pelo sindicato
 Possuem vigência máxima de 2 anos para cláusula
jurídica
 Vigência máxima de 1 ano para cláusula econômica

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 Buscam assegurar à categoria protegida,


coisas/benefícios além da Lei.
o Acordo Coletivo de Trabalho – Pelo sindicato
 Diretamente com uma empresa específica
 ESPECIAIS
o Regulamento de empresa – É especial porque é unilateral
 Código de postura da empresa, determinando a
forma com que a empresa se porta perante a
sociedade (externamente) e com seus
empregados/colaboradores (internamente)
 Regras que regulam a relação com o
colaborador
o Deve ser seguido o princípio da
razoabilidade
 Mais raso que a compliance
o Laudo arbitral
 Defeituoso/criticado vista a hipossuficiência do
empregado perante o empregador
 Somente para o empregado que aufere 2x o teto do
RGPS (Regime Geral de Previdência Social) (Em
2022, R$ 14.184,44 – o dobro)
o HIERARQUIA DAS FONTES
 RIGIDEZ DA ESTRUTURA - Kelsen
 FLEXIBILIDADE NO ÂMBITO TRABALHISTA
 NORMA MAIS FAVORÁVEL AO TRABALHADOR – Mesmo
diante da constituição
o Exemplo: Adicional de hora extra – Previsão CF – 50%;
Previsão do Sindicato dos Metalúrgicos – 65%;
 Constitucionalização do Direito do Trabalho e uma hierarquia
dinâmica pós constitucional – Art. 7° da CF/88 – “São direitos dos
trabalhadores, ALÉM DE OUTROS QUE VISEM À MELHORIA
DE SUA CONDIÇÃO SOCIAL”;
 A Reforma Trabalhista e os preceitos que se chocam com a
vertente constitucional

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AULA 6 – 3.18.2022
INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO
 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
o Princípio Protetor
 Américo Plá Rodrigues
 Norma mais favorável
 “In dubio pro operario”
 Está presente em todos os demais; ele identifica o que é o direito do
trabalho
 “Guarda Chuva protetor”
o Princípio da Continuidade
 Contrato de trabalho é um pacto feito para durar
 Originalmente, os contratos de trabalho da iniciativa privada
tinham cláusula/previsão de estabilidade
 O emprego é essencial para a vida do empregado

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 Sempre se presume que o empregado não quer/deseja se


desvencilhar/rescindir do/o contrato de trabalho
 O pedido de demissão precisa ser firmado formalmente
o Princípio da irrenunciabilidade
 Direitos trabalhistas são indisponíveis. Não podem ser renunciados
 Direitos processuais excepcionalmente podem ser renunciados, mas
materiais não podem.
o Princípio da Primazia da Realidade sob a forma (formalidade)
 Art. 9° da CLT5
 Tentar manipular a contratação para fins de fraudar os direitos do
trabalhador enseja em nulidade.
 PJotização (contratação por PJ – como autônomo – para fins de retirar
alguns direitos trabalhistas).
o Princípio da Cláusula/Condição mais benéfica
 Quando houver uma cláusula/condição mais benéfica concedida
ESPONTANEAMENTE em favor do funcionário, ela não pode ser
retirada, e se torna norma entre as partes. – Envolvendo salário condição
(adicional de insalubridade e noturno não se incluem nisso, uma vez que a
ideia é que não existam tais adicionais, vez que existem como espécies de
“taxas” sobre o empregador, por fazer o empregado trabalhar em
condições não ideais)
 Através da negociação coletiva, é possível que tal condição seja retirada
 Art. 62, II da CLT6
o Princípio da inalterabilidade contratual lesiva
 Não se pode alterar o contrato, se sair em prejuízo do empregado
o Princípio da imperatividade da lei trabalhista
 HERMENÊUTICA
o Interpretação
 Literal/gramatical – Significado claro

5
Art. 9º – Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a
aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
6
Art. 62: Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
(...)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do
disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.

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 Lógica sistemática
 Histórica
 Extensiva – Se uma norma é benéfica para um ramo muito específico de
trabalhadores, dentro do princípio da razoabilidade, ela pode ser
aplicada/levada para outros casos
 Restritiva – Se é prejudicial ao trabalhador, essa será a interpretação.
 Ab. rogante
o Integração
o Aplicação da Lei

AULA 7 – 3.24.2022
INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO
 HERMENÊUTICA
o (...)
o Integração – Art. 8°, CLT7
 Pressupõem a existência de lacunas na Lei, que impedem a aplicação da
própria Lei em casos concretos específicos
7
Art. 8º: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais,
decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de
direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§1º – O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
§2° – Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais
Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam
previstas em lei.
§3° – No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará
exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima
na autonomia da vontade coletiva.

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 “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de


disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia por equidade e outros princípios e
normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e,
ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular
prevaleça sobre o interesse público”
 Na fata de disposições legais ou contratuais
o ACT/CCT
o Jurisprudência à Súmulas/OJ - TST
 Analogia – Autointegração (uso de outras previsões análogas,
dentro do mesmo instituto legal).
o Exemplo: Previsão na CLT, de licença maternidade para
mulheres – Além de mera interpretação extensiva, por meio
de analogia, se equipara ao homem os direitos da licença
maternidade (quando a mãe não pode ficar, of course)
 Equidade
 Princípios e Normas Gerais (do Direito do Trabalho)
 Usos e costumes
o Dois intervalos de café no âmbito de trabalhadores rurais
 Direito comparado
o Organização internacional; práticas jurídicas
internacionais...
 §1° O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho
 Fonte subsidiária
o Aplicação da Lei
 Tempo
 Lei – Vigentes - Nova derroga lei anterior
o **Lei ab-rogante (não diz diretamente que revoga leis
anteriores, mas seu conteúdo por si estratifica esse revogar
(contraditório com leis anteriores)
o Se a vigência da lei antiga e da nova convergirem em casos
específicos, a mais benéfica ao trabalhador será aplicada

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 E CCT/ACT? – Vigência máxima de 2 anos (1 ano para cláusulas


econômicas e 2 anos para cláusulas obrigacionais e jurídicas)
 Espaço
 Lei – Aplicada em todo o território nacional
 CCT/ACT – Regional
o Convenções Bancárias tem efeito/abrangência nacional,
vista a formulação (nacional) diferenciada da(s)
organização(ões) bancária(s)
CONTRATO DE TRABALHO
 RELAÇÃO JURÍDICA
o Trabalhar à Ação humana individual destinada a outrem
Trabalhar
Estágio Ambulante
Servidor Público
Autônomo
Emprego

o Relações de trabalhar X Relações de emprego


 O DIREITO DE TRABALHO TRATA DAS RELAÇÕES DE
EMPREGO
o Relação Jurídica à Trabalhar como empregado
 Relação de emprego
o REQUISITOS/ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
 Cumulativos
 Pessoalidade – Seleção do empregado – Ele não será substituído –
Interesse na pessoa do empregado
 Se comunica com outros tipos de relações de trabalho
 Pessoa Física – O empregado não pode ser Pessoa Jurídica
 Também se comunica com outros tipos de relações de trabalho
 Em caso de Pjotificação, precisa ser provada a fraude por meio da
PJ, e anulada tal questão, para então ser reconhecida a pessoa física
empregada

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 Onerosidade
 SALÁRIO
o Acobertado por garantias (advindas do império da Lei)
 Não pode parcelar salário;
 Prazo máximo de pagamento – 5° dia útil
 Máximo de parcelamento - Mensal
 Também se comunica com outros tipos de relações de trabalho
 NÃO EVENTUALIDADE # EVENTUAL
 Eventual:
o Não se fixa em um empregador
o Trabalha por evento (com começo, meio e fim)
o Não tem fixação no objeto principal da empresa
 NÃO EVENTUAL:
o Se fixa a um número de empregadores
o Possui continuidade
o Tem fixação no objeto principal da empresa
 CONTINUIDADE - A doméstica corre por uma terceira via E PRÓPRIA
– Lei 150/15 – Trabalho mais de 2X por semana – Diarista X empregada
 Trabalho doméstico é um trabalho reprodutivo, ao invés de
produtivo
 É a base de todo o mercado de trabalho

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AULA 8 – 3.25.2022
CONTRATO DE TRABALHO
 RELAÇÃO JURÍDICA
o REQUISITOS/ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
 Cumulativos
 Subordinação: OBEDIÊNCIA
o Evolução histórica – De res (escravidão), à servo (regime
de servidão), à trabalhador.
o Possibilidade de demissão por insubordinação
o Posição subalterna (do funcionário)
o NÍVEIS/DIMENSÕES DE/A SUBORDINAÇÃO

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 Técnica – Superior possui maior especialização que


o funcionário – Assistente, Analista, Adv. Júnior,
Adv. Sênior...; Tecnologia/Ferramentas
 Subordinação técnica por conhecimento e
por meio(s) de produção
 Econômica – Óbvia/autoexplicativa
 Jurídica
 O próprio contrato é um vínculo que coloca
o funcionário como um subordinado ao
empregador
 Cláusula jurídica (implícita) de
subordinação
o Se o trabalhador não tiver algum desses níveis de
subordinação, ele não se configura como empregado
o EMPREGADO – Art. 3°, CLT
 Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
 Parágrafo único: Não haverá distinções relativas à espécie de
emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho
intelectual, técnico e manual.
o ISONOMIA
 Modalidades
 URBANO
o O trabalhado da indústria conseguiu direitos antes, visto
possuir mais força/comunidade de suporte para
TRABALHO
reivindicação; possuir mais conhecimentos e consciência de
PRODUTIVO
classe, entre outras, que os demais
o Indústria
 RURAL – Lei n° 5.889/73
o Trabalha para empregador rural – lucrativa
o Atividade agropecuária
 Atividade rural não transforma

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 Uma empresa pode ter atividade rural e industrial ao


mesmo tempo
o Propriedade Rural (trabalha em área que pode ser
identificada como rural)
 “Chácara” urbana – Prédio rústico – Desenvolvendo
atividades agrícolas ou pecuárias, com fins
TRABALHO lucrativos
REPRODUTIVO
 DOMÉSTICO – Lei complementar n° 150/15
o Demorou mais por não ser considerado trabalho produtivo,
mas sim Reprodutivo (entre aspas, improdutivo); visão
histórica de subordinação acentuada; machismo; não ser
trabalhador, mas sim “um membro da família” ...
o Continuidade
o Âmbito residencial
o Para a entidade familiar
o Atividade não lucrativa
 Se o empregado estiver incluído em algum
momento em atividade lucrativa, ele será
empregado urbano
 O caseiro se inclui nesse regime/modalidade
 Se ele produzir produtos agrícolas em
alguma parte do terreno e vender na feira,
ele é trabalhador rural
 EMPREGADO HIPER SUFICIENTE – Art. 444 e §único, CLT
o As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de
livre estipulação das partes interessadas em tudo
quanto não contravenha às disposições de proteção ao
trabalho, aos contratos coletivos que lhe sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
 Parágrafo Único: A livre estipulação a que se
refere o caput deste artigo aplica-se às
disposições previstas no art. 611-A desta
Consolidação8, com a mesma eficácia legal e
preponderância sobre os instrumentos coletivos,
8
Autonomia - Amplitude do poder de negociação do Sindicato - O empregado pode negociar com o empregador,
como se o sindicato fosse

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no caso de empregado portador de diploma de


nível superior e que perceba salário mensal igual
ou superior a duas vezes o limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.
o Possui autonomia para negociar com o Empregador
o Anomia jurídica com o parágrafo único do art. 3° da CLT

AULA 9 – 3.31.2022
CONTRATO DE TRABALHO
(...)
 RELAÇÃO JURÍDICA
o EMPREGADOR

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 Art. 2° da CLT9 – Considera-se empregador a empresa, individual ou


coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. – EMPREGADOR É A
EMPRESA
 Pessoa Jurídica (de forma geral)
 Atividade lucrativa
 Constituição patrimonial
o Detentora dos meios de produção
 Estabelecimento
 Função social
 Empresário
 INSTITUIÇÃO (além do conceito de empresa, de fim apenas lucrativo,
onde o lucro seria advindo apenas da produção)
 Compliance – Perfil/imagem ético social que a empresa cria e quer
passar
o Ex.: Natura – Além de uma atividade com fins lucrativos,
ela tem uma função social interna e externa de
sustentabilidade
 Empregador por equiparação - §1°
o Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos
da relação de emprego, os profissionais liberais, as
instituições de beneficência, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem
trabalhadores como empregados.
 Ex.: Entidades beneméritas, clubes, igrejas...

9
Art. 2º: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§1º – Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as
instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem
trabalhadores como empregados.
§ 2° – Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem
sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
§3° – Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas
dele integrantes.

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 APENAS PARA FINS TRABALHISTAS – Não se


aplicam outros fins, como empresariais,
tributários...
 Lucro não está associado apenas à produção
o Startups, UBER, Ifood, Amazon...
 Grupo econômico vertical - §2°
o Sempre que uma ou mais empresa, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, ou ainda
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
o Direção comum – Hierarquia à Grupo econômico vertical
 Patrimônio Unificado
 Se for demonstrada a direção comum, para a CLT, o
grupo de empresas se caracterizará como grupo
econômico, tendo uma empresa como
representante/dominante no cenário
 Necessidade de prova de existência de grupo
econômico
 Responsabilidade solidária entre todos os membros
do grupo
 Não afeta em termos de Acordo Coletivo de
Trabalho, e equiparação salarial
 Grupo econômico horizontal - §3°
o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de
sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a
demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão
de interesses e a atuação conjunta das empresas dele
integrantes.
 Trabalham em parceria; vinculadas; dependem
umas das outras
 Mesma consequência – Solidariedade
 Sucessão – empresarial – Compra e venda de empresas por outras
empresas, repasse de empresas – Pessoalidade

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 Art. 10 – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não


afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
 Art. 448 – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.
 Art 449 – Caracterizada a sucessão empresarial ou de
empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.
o Parágrafo único – A empresa sucedida responderá
solidariamente com a sucessora quando fica comprovada
fraude na transferência.
 Sócio retirante – Art. 10-A – O sócio retirante responde subsidiariamente
pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que
figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois
de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de
preferência:
 I – na empresa devedora;
 II – os sócios atuais; e
 III – os sócios retirantes
 Parágrafo único – O sócio retirante responderá solidariamente
com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração
societária decorrente da modificação do contrato.
 **Para tanto, é necessária, previamente, a desconsideração da
personalidade jurídica da empresa/instituição em questão
 **Utilizado para blindar o patrimônio do sócio retirante (quando
ele observa que a empresa está em caminho de falência)
o EMPREGADOR RURAL – Lei n° 5.889/73 – Art. 3°10
10
Art. 3º: Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não,
que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e
com auxílio de empregados.
§1° – Inclui-se na atividade econômica referida no caput deste artigo, além da exploração industrial em
estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
no 5.452, de 1° de maio de 1943, a exploração do turismo rural ancilar à exploração agroeconômica.
§2º – Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem
sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da
relação de emprego.

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 PJ ou PF
 Proprietário rural ou possuidor
 Atividade agro econômica (lucrativa)
 Permanente ou temporária
 Diretamente ou por meio de prepostos.
o EMPREGADOR DOMÉSTICO – Lei complementar 150/15
 Pessoa Natural ou Entidade Familiar
 Sem atividade lucrativa

AULA 10 – 4.1.2022
AVALIAÇÃO SOMATIVA 01

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AULA 11 – 4.7.2022
CONTRATO DE TRABALHO
(...)

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 Art. 442, CLT11 – Contrato de trabalho é o acordo tácito ou expresso correspondente à


relação de emprego
o No direito do trabalho, o contrato é a relação de emprego
o Princípio da realidade sobre a forma – Basta a existência dos requisitos da relação
de emprego (Subordinação, pessoalidade, pessoa física, onerosidade e não
eventualidade), para existir um acordo – Para além de qualquer formalidade ou
intencionalidade
 Verbal ou escrito – Tanto faz
 Subtendido, fático – Tácito
o A informalidade é a regra
 Necessidade de anotação da CTPS – Art. 29, CLT 12 – Prazo de 5 (cinco)
dias, do empregador
 RELAÇÃO JURÍDICA
o PODERES DO EMPREGADOR
 Art. 442, CLT – Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou
expresso correspondente à relação de emprego
o TIPOS DE CONTRATO
 Art. 443, CLT – O contrato individual de trabalho poderá ser acordado
tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
 Prazo Indeterminado
o Contrato regra
o Princípio da Continuidade
o In dubio pro operario
 Se não for possível provar que o contrato era de
prazo determinado, considerar-se-á como
contrato de prazo indeterminado
o A rescisão do contrato dá direito a indenizações
 Prazo Determinado
11
Art. 442: Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
Parágrafo único – Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício
entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.
12
Art. 29: O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que
admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema
manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia.

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o Contrato exceção
o Ao fim do período determinado, não se tem direito à
indenização
o Art. 443, §1° – Considera-se como de prazo determinado o
contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo
prefixado ou da execução de serviços especificados ou
ainda da realização de certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada.
 Termo ou Condição
o Art. 443, §2° – O contrato por prazo determinado só será
válido em se tratando:
 a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade
justifique a predeterminação do prazo;
 b) de atividades empresariais de caráter
transitório;
 c) de contrato de experiência.
o REQUISITOS DE VALIDADE
 Serviços transitórios;
 A atividade a ser realizada pelo
funcionário/empregado é transitória/
demarcada
 Atividade empresarial transitória;
 A atividade do empregador por si é
transitória
 Ou para contrato de experiência;
 Período de teste/prova para ser contratado
por prazo indeterminado
 Prazo de 90 dias (em regra/previsão legal;
pode ser menor, mas não maior);
 Passado um dia que seja do prazo
determinado, e não houver qualquer
manifestação por parte do empregador,
presume-se que ele aceitou a continuidade
do contrato, que se transforma em prazo
indeterminado;

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 Contratar estagiário - que já atua a 2 anos


(período legal de estágio) fazendo trabalho
normal – por contrato de experiência, é
NULO.
o CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO – Lei
6.019/74
 Serviços transitórios
 Demanda complementar de serviços
PÓS REFORMA TRABALHISTA
 Substituição de pessoal
 Art. 2°, Lei 6.019/74 – Trabalho temporário é
aquele prestado por pessoa física contratada por
uma empresa de trabalho temporário que a
coloca à disposição de uma empresa tomadora de
serviços, para atender à necessidade de
substituição transitória de pessoal permanente
ou à demanda complementar de serviços.
 A empresa de trabalho é a contratante –
Assalaria o funcionário
o CONTRATO DE TRABALHO
ENTRE A EMPRESA (de
temporário) E O FUNCIONÁRIO
o CONTRATO CÍVEL ENTRE AS
EMPRESAS
 A empresa tomadora de serviços é quem
dirige/gerencia o funcionário – Possui o
poder de subordinação
 Obrigatoriamente escrito

AULA 12 – 4.8.2022
CONTRATO DE TRABALHO
(...)
 ELEMENTOS DE VALIDADE DO CONTRATO

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o CAPACIDADE
 Absoluta – 18 anos
 Relativa – 16 anos
 Assistência
 Limitação de atividade – Objeto do contrato PROIBIDO
o Não pode trabalhar com certos objetos, serviços e
ambientes
 Venda de álcool, drogas lícitas...
 Caso realizado e denunciado, tem efeito ex nunc
 14 anos
 Aprendiz – Lei da aprendizagem – Lei n° 10.097/2000
 Estudo e trabalho unidos – Sistema “S” (Sesi, Sesc, Senai...)
 4 horas de trabalho
 Escola, ensino profissionalizante e trabalho
 Cotas – Empresas são obrigadas a contratar, em relação a
quantidade de empregados regulares
o FORMA
 Exceção
 Alguns contratos são obrigatoriamente escritos, porém.
o OBJETO LÍCITO
 Objeto - Prestação de serviços
 Ilícito – Principalmente no âmbito penal – Ex tunc
o Jogo do bicho, bingo, agiotismo...
 DIFERENTE DE PROIBIDO – Limitações dos menores – Ex
nunc
 RELAÇÃO JURÍDICA
o TIPOS DE CONTRATO
 (...)
 Intermitente

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o Art. 443, §3°, CLT13


o Empregado – Pessoa Física, Subordinação, Pessoalidade,
Oneroso e INTERMITENTE
o Não se define quando irá acontecer o momento de
prestação de serviço
o Um trabalhador sem garantia salarial
 Art. 7°, VI, X, CF/8814 – Direito ao salário
o Art. 452-A15:
13
Art. 443: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
§1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou
da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão
aproximada
§2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
§3° – Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com
subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e
do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.
14
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
(...)
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
(...)
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
15
Art. 452-A: O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o
valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário-mínimo ou àquele devido aos demais
empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.
§1° – O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando
qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§2° – Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se,
no silêncio, a recusa.
§3° – A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.
§4° – Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra
parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a
compensação em igual prazo.
§5° – O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador
prestar serviços a outros contratantes.
§6° – Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes
parcelas:
I – remuneração;
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III - décimo terceiro salário proporcional;
IV - repouso semanal remunerado; e
V - adicionais legais.
§7° – O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas
referidas no §6° deste artigo.

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 Forma do Contrato é Escrita


 Valor da hora
 Não pode ser inferior ao valor horário do
salário-mínimo ou àquele devido aos demais
empregados do estabelecimento que
exerçam a mesma função em contrato
intermitente ou não
 Forma de convocação – 3 dias antecedentes
 Aceite – Expresso
 Se não se responder à convocação, presume-
se a recusa
 Multa
 INSS
 Se o trabalho do mês não chegar no nível
mínimo de recolhimento do INSS, este não
será recolhido, e o mês não será contado
para fins de aposentadoria
DURAÇÃO DO TRABALHO
 LIMITES
 A partir do art. 5716 da CLT
 CF/88 – Art. 7°, XIII17
o 8 horas diárias e 44 horas semanais
AULA 13 – 4.14.2022
FERIADO – QUINTA-FEIRA SANTA

§8° – O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do


Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado
comprovante do cumprimento dessas obrigações.
§9° – A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias,
período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.
16
Art. 57: Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente excluídas,
constituindo exceções as disposições especiais, concernentes estritamente a peculiaridades profissionais constantes
do Capítulo I do Título III.
17
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
(...)
III - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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AULA 14 – 4.15.2022
FERIADO – SEXTA-FEIRA SANTA

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AULA 14 – 4.21.2022
FERIADO – TIRADENTES

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AULA 15 – 4.22.2022
DURAÇÃO DO TRABALHO

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 LIMITES
o Preservar a saúde do trabalhador – Equilíbrio – 8 horas de trabalho, 8 horas de
lazer e 8 horas de descanso
 A partir do art. 5718 da CLT
 CF/88 – Art. 7°, XIII19
o 8 horas diárias e 44 horas semanais – Jornada de trabalho padrão
 Engloba Tempo de trabalho efetivo e Tempo de trabalho à disposição
 Tempo à disposição – Art. 4°, CLT – Considera-se como de serviço efetivo o período
em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
o Tempo à disposição – Funcionário aguarda ou executa ordens de seu
empregador/superior – Princípio da subordinação
o Possui mesmo valor (monetária e efetivamente) o tempo à disposição, como
serviço
o Toda vez que estiver à disposição do empregador, o empregado auferirá renda por
isso – Hora extra
 Não se caracteriza tempo à disposição quando o for por escolha própria -
§2° do art. 4°, CLT
 §2° – Por não se considerar tempo à disposição do empregador,
não será computado como período extraordinário o que exceder a
jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos
previsto no § 1° do art. 58 desta Consolidação, quando o
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso
de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para
exercer atividades particulares, entre outras:
I – Prática religiosas;
II – Descanso;
III – Lazer;

18
Art. 57: Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente excluídas,
constituindo exceções as disposições especiais, concernentes estritamente a peculiaridades profissionais constantes
do Capítulo I do Título III.
19
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
(...)
III - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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IV – Estudo;
V – Alimentação;
VI – Atividades de relacionamento social;
VII – Higiene Pessoal;
VIII – Troca de roupa ou uniforme, quando não houver
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
 O que importa é avaliar se existe subordinação ou
não na prática; se inexistir liberdade de escolha pelo
empregado, CONSIDERA-SE COMO TEMPO À
DISPOSIÇÃO
 NA FGV a previsão legal é o que conta
 Tempo à disposição especial
o Art. 244, CLT – As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários,
de sobre-aviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para
substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
 §1° – Considera-se "extranumerário" o empregado não efetivo,
candidato efetivação, que se apresentar normalmente ao serviço, embora
só trabalhe quando for necessário. O extranumerário só receberá os dias de
trabalho efetivo.
 §2º – Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o
chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de
vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos,
serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
 §3º – Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas
dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será,
no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os
efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.
 §4º – Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o
empregado, houver facilidade de alimentação, as doze horas do prontidão,
a que se refere o parágrafo anterior, poderão ser contínuas. Quando não
existir essa facilidade, depois de seis horas de prontidão, haverá sempre
um intervalo de uma hora para cada refeição, que não será, nesse caso,
computada como de serviço.

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o SOBREAVISO – §2° – Escala de 24 horas; permanece em casa (é intimado pelo


celular – Súmula 428, TST20), onde aguarda intimação; Remuneração de 1/3 do
valor da hora normal
 Se o empregado for chamado para trabalhar, o tempo em que
trabalhar será de recebimento integral e com adicional de trabalho
extra
o PRONTIDÃO – §3° – Escala de 12 horas; aguarda nas dependências da empresa;
Remuneração de 2/3 do valor da hora normal
 Inobstante a previsão do artigo como se aplicando para trabalhadores de
estradas de ferro, esse artigo se aplica a todos os trabalhadores em casos
análogos.
 Não existe o termo “plantão” na legislação trabalhista – É um termo
genérico que não se aplica às relações trabalhistas
o Art. 235-C, §8° a §12°
 §8° – São considerados tempo de espera as horas em que o motorista
profissional empregado ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas
dependências do embarcador ou do destinatário e o período gasto com a
fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou
alfandegárias, não sendo computados como jornada de trabalho e nem
como horas extraordinárias.
 §9° – As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na
proporção de 30% (trinta por cento) do salário-hora normal.
 §10 – Em nenhuma hipótese, o tempo de espera do motorista empregado
prejudicará o direito ao recebimento da remuneração correspondente ao
salário-base diário.
 §11 – Quando a espera de que trata o §8° for superior a 2 (duas) horas
ininterruptas e for exigida a permanência do motorista empregado junto ao
veículo, caso o local ofereça condições adequadas, o tempo será
considerado como de repouso para os fins do intervalo de que tratam os §§
2° e 3°, sem prejuízo do disposto no §9°.
 §12 – Durante o tempo de espera, o motorista poderá realizar
movimentações necessárias do veículo, as quais não serão consideradas

20
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação alterada na sessão do
Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não
caracteriza o regime de sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos
telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o
chamado para o serviço durante o período de descanso.

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como parte da jornada de trabalho, ficando garantido, porém, o gozo do


descanso de 8 (oito) horas ininterruptas aludido no §3°.
o TEMPO DE ESPERA – Exclusivo para motorista de transporte de passageiros e
cargas.
 Aguarda no veículo;
 Remuneração de 30% do valor da hora
 Máximo de 2 horas
o Se ultrapassar será considerado como repouso

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AULA 16 – 4.28.2022
DURAÇÃO DO TRABALHO
 LIMITES
o Controle de Jornada
o Jornadas controladas
o Documento de controle – Apenas obrigatório quando a empresa tiver + de 20
empregados – Art. 74, CLT
 Registra horário de início e de fim de jornada
 Art. 74: O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.
§1° - Revogado
§2° - Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida
a pré-assinalação do período de repouso.
§3° - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos
empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu
poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo
§4° - Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à
jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho
 Caso o empregado não tenha registro de ponto, pagará multa (o
empregador) ao Ministério do Trabalho
o Formas de controle
 Manual – Não é bom para o empregador porque o empregado pode
falsificar
 Mecânico – Não é bom para o empregador porque pode ser batido por
colega
 Eletrônico – Não sujeito à fraude – Melhor para o empregador
 Súmula 338, TST - I - É ônus do empregador que conta com mais
de 1021 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na
forma do art. 74, §2º, da CLT. A não-apresentação injustificada
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade
da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em

21
Alterado para 20, em vista da atualização legislativa.

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contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ


21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que
prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em
contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e
saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o
ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do
empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se
desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
o Minutos Residuais - Art. 58: A duração normal do trabalho, para os empregados
em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que
não seja fixado expressamente outro limite.
§1° - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários.

 TRABALHADORES NÃO SUJEITOS A DURAÇÃO DE TRABALHO


o Jornadas não controladas – Art. 62, CLT
 I – Trabalhador Externo, incompatível com horário com controle
 Motorista não se inclui – É possível controlar, por GPS, celular...
 Vendedor pracista também não inclui – Possui roteiro para seguir;
pode ser contatado; tem GPS...
 Difícil ocorrer um caso de aplicação, hoje em dia, de trabalhador
nos moldes do inciso I;
 II – Gerente – Gestão – Cargo de confiança + 40% (gratificação de
função)
 NÃO É O MESMO QUE GERENTE BANCÁRIO – Art. 224, §2°
- As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem
funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou
que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor
da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do
cargo efetivo.
o Trabalha 8 horas e possui gratificação de 33%
 Pelo sindicato dos bancários, a gratificação é de
50%

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 Teletrabalho – Fora do estabelecimento do empregador usando meios


telemáticos/TICs (Internet)
 Na realidade teria como ter controle, pelos próprios meios
informáticos – Usar a hermenêutica para enquadrá-lo como externo
e, a partir disso, indicar que os requisitos do inciso I não foram
preenchidos
 Na FGV, o trabalhador não tem direito às horas extras
 Art. 2°, CLT – Empregador assume os riscos da atividade
econômica – Deve fornecer os equipamentos necessários
 Art. 62, CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a
fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na
Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos
quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e
chefes de departamento ou filial.
III - os empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por
produção ou tarefa.
Parágrafo único – O regime previsto neste capítulo será aplicável aos
empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do
cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver,
for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%
(quarenta por cento).
 CLÁUSULA LIMITE DE JORNADA/HORÁRIO
o Horário tem que estar registrado na ficha/registro de empregados – Art. 74,
CLT
 Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.
§1º - (Revogado).
§2º - Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida
a pré-assinalação do período de repouso.
§3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos
empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu
poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo.
§4º - Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada
regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

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o EXCESSO DE JORNADA
 Alteração contratual
 Princípio da inalterabilidade contratual lesiva – Horário a mais é
prejudicial
 ADICIONAL DE HORAS EXTRAS – Art. 59, CLT
 50% sobre o valor da hora normal
 Máximo de 2 horas
o Se passar disso, a empresa pagará multa
 Alguns sindicatos preveem aumento na
porcentagem de recebimento
 Hora extra demais recorrente pode dar causa a dano
existencial
 Art. 59, CLT: A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de
horas extras, em número não excedente de duas, por acordo
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§1° - A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50%
(cinquenta por cento) superior à da hora normal.
§2° - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de
acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro
dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
§3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha
havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma
dos §§ 2° e 5° deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento
das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da
remuneração na data da rescisão.
§5º - O banco de horas de que trata o §2° deste artigo poderá ser
pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação
ocorra no período máximo de seis meses.
§6° - É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por
acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo
mês.

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AULA 17 – 4.29.2022
DURAÇÃO DO TRABALHO
 LIMITES
o EXCESSO DA JORNADA – Altera o contrato
 Limite legal – 8 horas diárias/44 semanal – Ficha registro
 Hora extraordinária –Art 61, CLT22
o Inesperado, imprevisto - Força maior
o Na CLT o adicional é de 25% - Hoje é o mesmo da HORA
EXTRA
 Hora Suplementar
o Previsível
o Acordo de prorrogação – Boa-fé
o Na CLT o adicional é de 20% - Hoje é o mesmo da HORA
EXTRA
 HORA EXTRA – Art. 7°, XVI, CF/8823
o CONSEQUÊNCIA – Art. 59, CLT24
 Pagamento – Adicional de horas extras – 50%

22
Art. 61: Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços
inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
23
Art. 7°: (…)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
24
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por
acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§1° - A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
§2° - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias.
§3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma dos §§ 2° e 5° deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
§5º - O banco de horas de que trata o §2° deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses.
§6° - É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a
compensação no mesmo mês.

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 Limite do excesso – 2h diárias


o Valor da Hora Extra
 8h/44h = 220 horas = Total mês
 8h/40h = 200 horas = Total mês
 6h/36h = 186 horas = Total mês
 EXEMPLO:
o Salário – R$ 1.212,00
o Total de horas extras mês abril/2022
= 8h
o Valor da hora normal – R$
1.212,00/220 = R$ 5,51
o Valor da hora extra = R$ 5,51*1,5 =
8,26
o Total = 8 x 8,26 = R$ 66,08
o FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA – Art. 7°, XIII, CF/8825
 Art. 59, §2°, CLT – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de
maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das
jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias.
 VARIÁVEL
o Banco de horas
 Sistema de crédito e débito de horas
 Obrigatório acordo escrito com sindicato (CCT ou
ACT)
 Prazo de um 1 (um) ano para compensar
 Se não for compensado, terá que ser pago
 Respeitar máximo de 2 horas (extras) por dia
 Equívoco da lei ao dizer 10 horas (8+2),
pois abre interpretação para que o bancário

25
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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(que trabalha 6 horas) trabalhe 4 horas


extras por dia.
 Se ocorrer alteração de salário durante o ano, o
valor a ser pago é baseado no da última atualização
 §5° - Previsão de possibilidade de Acordo
individual escrito26
 Em contrapartida à Constituição, que prevê
que deveria ser por acordo coletivo
 Limite de 6 meses de compensação
 Problema: 1 hora extra vale apenas 1 hora de
compensação (e não 1,5)

26
Art. 59, § 5º - O banco de horas de que trata o §2° deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito,
desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.

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AULA 18 – 5.5.2022
DURAÇÃO DO TRABALHO
 LIMITES
o (...)
 ADICIONAL DE HORA EXTRA
 FIXA

 INTERVALOS
o Intrajornada
 Intervalo dentro da jornada de trabalho, prevista para o descanso
 Art. 71, CLT27
 3 situações
o Horário de trabalho de 4 horas – não há intervalo
o Horário de 4 a 6 horas – 15 minutos de intervalo
o Horário de mais de 6 horas – Mínimo de 1h e Máximo de
2h
 Se aplica mesmo que o que ultrapasse as 6 horas
sejam horas extras.
27
Art. 71: Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos
quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§3º - O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho,
Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o
estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§4° - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
§5° - O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser
fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada,
desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das
condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo
e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros,
mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.

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 Em regra, não se pode conceder um intervalo maior


que 2 horas
 Exceto se existir acordo escrito ou
Convenção Coletiva de Trabalho com
previsão diversa
o Pela questão do acordo escrito, existe
debate, vez que o TST possui súmula
que proíbe negociação em matéria de
saúde pelo empregado, enquanto na
reforma trabalhista é diferente
 A reforma trabalhista autorizou – Art. 611-A – a
redução do intervalo (nas jornadas superiores a 6
horas) para 30 minutos
 Clash com súmula 437 do TST28, que
determina que o mínimo, nesse caso, é de 1
hora.
 Serviços de mecanografia/digitadores – Art. 72, CLT29
 Datilografia, cálculo, escrituração contábil, digitadores
 A cada 90 minutos, é preciso conceder um período de 10 minutos
 Súmula 346, TST – DIGITADOR. INTERVALOS
INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72
DA CLT

28
INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT
(conversão das Orientações Jurisprudenciais n.º 307, 342, 354, 380 e 381 daSBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para
repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não
apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do
intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma
de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923,
de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para
repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada
mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído
como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. (TST, Publicado
em 27/07/1994)
29
Art. 72: Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90
(noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração
normal de trabalho

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Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT,


equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de
trabalho consecutivo.
 Trabalhadores de mina e subsolos – Art. 298, CLT30
 A cada 3 horas de trabalho no subsolo, o trabalhador tem direito a
15 minutos de intervalo
 Trabalhadores em câmaras frias – Art. 253, CLT31
 Intervalo de 20 minutos a cada 1h40m de trabalho
 Súmula 438, TST – INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO
TÉRMICA DO EMPREGADO. AMBIENTE
ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA
CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA.
O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente
artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da
CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao
intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.
 Trabalhador rural – Art. 5°, Lei 5.889/7332
 Trabalho contínuo de duração de 6 horas haverá um intervalo de
acordo com os usos e costumes do local
o CONSEQUÊNCIAS NA REDUÇÃO
 Em regra, se transforma em hora extra

30
Art. 298: Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze)
minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo.
31
Art. 253: Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos
de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como
de trabalho efetivo.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira,
segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze
graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).
32
Art. 5º: Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a seis horas, será obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação observados os usos e costumes da região, não se computando este intervalo
na duração do trabalho. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para
descanso.

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 Art. 71, §4°, CLT33 - Além da possibilidade de substituição, a


redução implicaria no pagamento do tempo que foi reduzido ao
suprimido (+ 50%); este pagamento é de caráter indenizatório.
o Suprimido (retirada a totalidade do intervalo) – Recebe a
hora + 50% de indenização
o Reduziu (retirou parte) – Recebe o restante + 50% de
indenização
o Regime de dupla pegada – Como o regime de professor universitário – Dois
micro períodos de trabalho – Intervalo maior que duas horas
 Interjornada
o Intervalo entre uma jornada e outra de trabalho – Art. 66 da CLT34
 Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas
para descanso.
o A não concessão gera pagamento de hora extra – OJ 381, SDI 1
 Descanso semanal remunerado
o É um descanso concedido como regra após 6 dias de trabalho, por 24 horas, sendo
remunerado
o Súmula 110, TST35 – Caso se trabalhe nesse período, será paga hora extra
o Juntando com o intervalo de interjornada, soma-se em 35 horas
o Art. 611-B – Não se negocia o descanso semanal
o O descanso semanal é concedido PREFERENCIALMENTE aos domingos
o Concedido o descanso depois do 7° dia, deve ser pago em dobro – OJ 410 da SDI
1

33
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
(...)
§4° - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
34
Art. 66: Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para
descanso.
35
Súmula 110, TST - JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do
intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como
extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.

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o É possível tirar o descanso semanal, desde que cumprido os requisitos –


Frequência e pontualidade do empregado – Lei 605/49
 Intervalo semanal  Obrigatório + Remunerado
 Tempo: 24 horas + 11 horas (interjornada) = 35 horas – MÍNIMO
 Direito à remuneração – Após trabalhar 44 horas semanais – Art.
6°, Lei 605/4936
 Art. 1°, Lei 605/4937 – Preferencialmente aos domingos
 Lei 9.029 – O empregador não pode atuar discriminatoriamente –
Adventistas e sábado, por exemplo
 Para os cargos/empregos que precisam trabalhar aos domingos,
deve ser dada uma folga compensatória na sequência – Somente
nas atividades que efetivamente precisam trabalhar aos domingos
 Se existir infringência ao domingo ou à folga compensatória, será
paga a remuneração em dobro – Art. 9°, Lei 605/49 38 – DOBRA39
(adicional de 100%)
o Se o trabalho não precisar ser feito ao domingo, mesmo que
compensada a folga, ainda assim ter-se-á por necessário
pagar a hora do domingo em dobro
 Em regime de 12/36 o dia de descanso é incorporado ao regime; logo, não
existe de forma direta/separada
o Feriado
 Aquilo que a lei dispõem como descanso relativo à data comemorativa ou
religiosa; não é, portanto, dia de descanso, mas sim dia determinado pela
legislação, onde não haverá atividade
 Feriado não se compensa, porque não é dia de descanso; por isso difere de
domingo
 Se se trabalhar em tal horário, deve ser pago em dobro.
 Não existe feriado em regimes de 12/36, onde é incorporado.

36
Art. 6º: Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante
toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.
37
Art. 1º: Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas,
preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de
acordo com a tradição local.
38
Art. 9º: Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do
trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar
outro dia de folga.
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Termo utilizado

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AULA 19 – 5.6.2022
DURAÇÃO DO TRABALHO
 LIMITES
o EXCESSO DE JORNADA
 Consequência
 1° - PAGAMENTO – Hora extra com adicional 50%
 2° - FLEXIBILIZAÇÃO/COMPENSÃO – Sem pagamento
o 2.1. Banco de horas – Compensação VARIÁVEL (...)
o 2.2. Compensação semanal – Compensação FIXA
 Distribuição das horas de sábado durante o decorrer
da semana, para não se precisar trabalhar no sábado
– Compensa-se as horas de sábado durante a
semana
 Exemplo: Trabalhar 8h48m nos dias da
semana, não se trabalhando, então, no
sábado
 Art. 59, §2° - Acordo escrito, coletivo e individual
 Após a reforma trabalhista, não se anula se
for tácito – em resumo  desnecessidade de
se fazer acordo escrito
 Limite  Não se pode ultrapassar duas horas
 Art. 59-B, CLT40  Se for ultrapassado o limite de
horas semanais com a compensação, o que
ultrapassar será pago como hora extra – Hora
normal X 1,50
 As horas planejadas a mais na semana serão
pagas apenas o adicional (0,50), vez que a
hora por si já foi paga como hora normal
S Q Q Q S S
9 9 9 9 8 4
40
Art. 59-B: O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida
mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
Parágrafo único - A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o
banco de horas.

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 Serão pagas horas extras no horário de


sábado (HN x 1,50)
 Será pago apenas o adicional nas 4 horas a
mais durante a semana (HN x 0,50)

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AULA 20 – 5.12.2022
DURAÇÃO DO TRABALHO
 LIMITES

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