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Introdução

Hematopoiese

Processo de produção, diferenciação e maturação de células sanguíneas.


Didacticamente separadas em:
 Eritropoese
 Granulopoese
 Monopoese
 Trombopoese

A palavra hematopoiese significa formação das células do sangue. Abrange o


estudo de todos os fenômenos relacionados com a origem, com a multiplicação e a
maturação das células primordiais ou precursora das células sanguíneas, à nível da
medula óssea.A hematopoiese se divide em dois períodos:

Período Embrionário e Fetal: Iniciando no primeiro mês de vida pré-natal,


surgem as primeiras células fora do embrião, são os eritroblastos primitivos.Na sexta
semana, tem início a hematopoiese no fígado; o principal órgão hematopoiético nas
etapas inicial e intermediária da vida fetal.

Na fase intermediária da vida fetal, o baço e os nodos linfáticos desempenham


um papel menor na hematopoiese, mas o fígado continua a dominar essa função. Na
segunda metade da vida fetal, a medula óssea torna-se cada vez mais importante para a
produção de células sanguíneas.

Período Pós-natal: Logo após o nascimento, cessa a hematopoiese no fígado, e a


medula passa a ser o único local de produção de eritrócitos, granulócitos e plaquetas. As
células-tronco e as células progenitoras são mantidas na medula óssea.
Os linfócitos B continuam a ser produzidos na medula e órgãos linfóides
secundários e os linfócitos T são produzidos no timo e também nos órgãos linfóides
secundários.

Ao nascer o espaço medular total é ocupado pela medula vermelha; na infância


apenas parte desse espaço será necessária para a hematopoiese; o espaço restante fica
ocupado pelas células de gordura. Mais tarde apenas os ossos chatos (crânio, vértebras,
gradil torácico, ombro e pelve) e as partes proximais dos ossos longos (fêmures e
úmeros) serão locais de formação de sangue.

Fases da Hematopoiese
Fase mesoblástica

A primeira evidência de formação de células sanguíneas surge por volta de duas


semanas de gestação, quando células mesodérmicas se agrupam no saco vitelínico do
embrião em desenvolvimento. O nome dessa fase faz referência ao mesoderma do saco
vitelínico, onde o processo ocorre. Esse período é conhecido também como fase extra-
embrionária da hematopoiese.

Os grupamentos celulares do saco vitelínico têm potencial para se diferenciar


em células vasculogênicas ou hematopoieticas, e por isso são chamadas
de hemangioblastos. As células mais periféricas se diferenciam em endotélio, formando
portanto vasos sanguíneos, enquanto as demais vão dar origem principalmente
a eritroblastos primitivos (células precursoras das hemácias). Esse processo prossegue
até a 6ª semana de vida intra-uterina.

Fase hepática

Migração dos megaloblastos para o fígado.


A partir do 2. mês de vida, o fígado assume a função hematopoética com produção dos
eritrócitos e megacariócitos.

Após o início dos batimentos cardíacos fetais, e consequentemente da circulação


sanguínea fetal, ocorre uma migração das células originadas dos vasos em
desenvolvimento para o fígado fetal. Esse processo acontece entre a 4ª e a 6ª semana de
vida intra-uterina, e marca o início da fase hepática da hematopoiese.

Nessa segunda etapa acontece principalmente o desenvolvimento de hemácias,


granulócitos e monócitos, e surgem as primeiras células linfoides e os primeiros
megacariócitos.

Alguns outros órgãos contribuem com a formação celular durante a fase


hepática, principalmente o baço, o timo e os linfonodos, que colaboram especialmente
com a produção de linfócitos.

A produção de células sanguíneas pelo fígado vai sofrendo declínio gradual


durante o restante da gestação, até que cessa completamente por volta do momento do
nascimento.
Fase medular

Por volta da 11ª semana gestacional ocorre a colonização da medula óssea pelas
células hematopoiéticas. À medida que avança a ossificação do esqueleto, esse local se
torna cada vez mais importante na produção de células sanguíneas, persistindo
como principal sítio de hematopoiese após o nascimento.

No período pós-natal todas as células sanguíneas são derivadas primariamente


da medula óssea. Os linfócitos T sofrem diferenciação no timo, mas são originados de
células da medula óssea que migraram para aquele órgão.
Proeritroblasto

É a primeira célula da série vermelha morfologicamente diferenciada e apresenta


citoplasma intensamente basofílico com halo claro ao redor do núcleo. Em geral, pode
exibir extrusões citoplasmáticas (setas). A cromatina é frouxa e pode apresentar
nucléolos. Normalmente, constitui 1% da medula óssea.

Eritroblasto basófilo: è a célula do segundo dia da eritropoese. O núcleo


apresenta condensação de cromatina, já sem nucléolos visíveis. O citoplasma é
basofílico. O tamanho é médio e constitui aproximadamente de 1% a 4% das células da
medula óssea.

Eritroblasto policromático: esta célula tem o diâmetro um pouco menor que o


eritroblasto basófilo, com citoplasma de cor acinzentada, resultante da acidofilia da
hemoglobina e da basofilia do rna. O núcleo apresenta cromatina condensada. Os
eritroblastos policromáticos constituem em média de 2% a 5% das células da medula
óssea.

Eritroblasto ortocromático: esta forma de maturação surge entre o 4º e o 5º dia


do início da eritropoese, apresentando um núcleo picnótico e geralmente excêntrico. O
citoplasma policromático indica a existência de acentuada síntese de hemoglobina. O
eritroblasto ortocromático constitui, em média, de 5% a 10% das células da medula
óssea.
Eritroblasto ortocromático expulsando o núcleo: antes de se transformar em
reticulócito, o eritroblasto ortocromático expulsa o núcleo...
Ortocromático

 Tamanho entre 8 a12 μm


 Presença de um núcleo picnótico e normalmente excêntrico.
 Incapaz de sintetizar DNA.
 Citoplasma alaranjado devido a acentuada síntese de hemoglobina.
 Constitui aprox.5 a 10% das células da medula óssea.

Anemias

A anemia é um problema de saúde que afecta uma grande parte da população.

Trata-se de uma diminuição do número de glóbulos vermelhos no sangue ou da


concentração de hemoglobina, que compromete o transporte de oxigénio aos órgãos e
tecidos do organismo.

Nas fases iniciais, a anemia pode ser assintomática, sendo apenas detetável
através de análises de rotina ao sangue.

A forma mais comum de anemia está associada à carência de ferro, embora


existam outras causas possíveis.
Embora não seja perigosa, pelo menos até que se torne grave, a anemia pode ser
um sinal de alerta para problemas de saúde sérios. Convém, por isso, estar vigilante.

Suas Fases

Nas fases iniciais, a anemia tende a passar despercebida, sendo confundida com
fadiga. Nas fases mais avançadas, à fadiga associa-se:

 Falta de força generalizada


 Palidez
 Dores de cabeça
 Irritabilidade
 Alterações do sono
 Tonturas
 Dificuldade de concentração
 Depressão
 Tensão arterial baixa
 Ritmo cardíaco acelerado
 Respiração acelerada com sensação de opressão
 Desmaios
 Unhas quebradiças
 Perda de apetite
 Extremidades frias

Se a anemia evoluir sem tratamento, tenderá a agravar outros problemas de


saúde, como a insuficiência cardíaca, por exigir um esforço acrescido ao coração.

Evolução a Longo Prazo

Se a anemia for provocada por carências nutricionais ou vitamínicas, o recurso a


suplementos adequados durante algumas semanas ou meses poderá ser suficiente para
resolver o problema.

No entanto, esta é uma situação que pode reincidir, pelo que pode ser necessário
fazer alterações no regime alimentar e manter uma suplementação regular. Noutros
casos, a anemia pode ser permanente, sendo necessário efectuar tratamento para o resto
da vida.
Conclusão

Com base as investigações feitas para a realização do presente trabalho, conclui


que a hematopoese estuda todos os fenómenos relacionados com a origem, com a
multiplicação e a maturação das células primordiais ou precursora das células
sanguínea, enquanto que proeritroblasto ortocromático é a primeira célula da série
vermelha morfologicamente diferenciada e apresenta citoplasma intensamente
basofílico com halo claro ao redor do núcleo e tem uma presença de um núcleo
picnótico e normalmente excêntrico.

Já as fases da anemia concentram-se em falta de força generalizada, palidez,


dores de cabeça, irritabilidade, alterações do sono etc.
Referências Bibliográficas

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