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1 - Kayleen
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8 - Burke
9 - Kayleen
10 - Kayleen
11 - Kayleen
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13 - Chase
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48 - Kayleen
49 - Chase
50 - Kayleen
51 - Kayleen
52 - Kayleen
53 - Kayleen
54 - Kayleen
55 - Kayleen
56 - Kayleen
57 - Kayleen
Epilogo
Uma Esposa Secreta Para Forças Especiais
Sobre a Autora
~ O Contrato ~
Um Romance De
Harem Revérso
Krista Wolf
Copyright © 2019 Krista Wolf
Tradução: Moema Sarrapio
Revisão: Júlia Pessôa
(em inglês)
Quadruple Duty
Quadruple Duty II - All or Nothing
Snowed In
Unwrapping Holly
Three Alpha Romeo
What Happens in Vegas
Sharing Hannah
Unconventional
Saving Savannah
The Wager
Theirs To Keep
Corrupting Chastity
Stealing Candy
The Boys Who Loved Me
Three Christmas Wishes
Trading with the Boys
Surrogate with Benefits
The Vacation Toy
The Switching Hour
Given to the Mercenaries
Sharing Second Chances
Capítulo 1
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
NATHAN
KAYLEEN
PROCURA-SE:
NAMORADA PARA RELACIONAMENTO
EXCLUSIVO POLIAMOROSO COM TRÊS
HOMENS.
AVISO:
PODE SER QUE VOCÊ SEJA MIMADA PELO
RESTO DA VIDA
KAYLEEN
Tentei ser engraçadinha, mas saiu bem horrível. O que foi que
eu fiz para ser chamada de incrível?
Fiquei olhando para a tela um pouco mais, mas nada
aconteceu. Depois de dois minutos, presumi que nossa conversa
tinha acabado. Confesso que fiquei aliviada. Eu nunca soube como
terminar um assunto.
Mas quando eu estava prestes a colocar o telefone de lado:
Fodam-se as outras.
Eu quero ser entrevistada antes!
Combinado.
Sexta. 20h.
Você não?
KAYLEEN
BURKE
KAYLEEN
KAYLEEN
Não me mudei até segunda à noite. Era muita coisa para fazer.
Roupas para lavar, empacotar e deixar tudo pronto — mesmo que
fosse uma mala para uma semana só.
Bom, eu queria causar uma boa impressão.
Eu fiquei ocupada o fim de semana todo, me certificando de
fazer tudo o que eu podia para adiantar. Minha ideia era entrar
nesse relacionamento com a agenda limpa, mesmo que aquilo
significasse que eu ia chegar lá com os pés machucados.
Mas pensei nos meus três novos namorados. Na verdade, eu
estava pensando muito neles.
Chase e Nathan me mandaram várias mensagens no grupo e
individualmente. Seus textos e eram divertidos e sedutores no
começo, mas foram ficando mais insinuantes a medida em que o fim
de semana se aproximava. Aquilo era bom. Eu queria “quebrar o
gelo” o quanto antes, para prevenir estranhezas.
Burke, entretanto, ficou em silêncio.
Eu não tinha certeza se aquilo era bom ou ruim. Resolvi pensar
que era uma coisa dele mesmo e deixei para lá.
Ainda assim era difícil imaginar ter três amantes. Três homens
diferentes, com características próprias, escolhas, decisões e estilos
próprios. Três gostosos… e disponíveis para mim, absoluta e
completamente. E felizmente, que me queriam.
Você tem certeza de que quer isso?
Caralho, claro que eu queria!
Não é tarde demais para desistir…
Três bocas sedentas para me beijar, me lamber, me devorar.
Três nomes diferentes para você se lembrar durante o sexo.
Eu gargalhei. É, aquela parte realmente era difícil.
Eram quase onze horas quando estacionei. Eu não sabia que
vaga usar. Ainda havia muita coisa a ser discutida.
Mas naquela noite…
Naquela noite eu sabia exatamente o que eu queria.
Entrei em silêncio. As luzes estavam quase todas apagadas e
o silêncio deixava os corredores totalmente decorados ainda mais
bonitos. Caminhei pela cozinha vazia para o espaço onde a TV
indicava que começava a extensa sala de estar.
Chase estava espalhado no sofá, exatamente onde ele tinha
dito que estaria por mensagem. Ele parecia descansado e relaxado.
Lindo, lindo, de calça de moletom cinza e uma camiseta.
“Ei, linda.”
Ele sorriu e levantou os braços, eu me joguei sobre ele.
Nossas bocas se encontraram em câmera lenta, nossos lábios
retomando o movimento que tinha sido interrompido tão
abruptamente da última vez.
Meu Deus, que delícia…
Era a forma perfeita de terminar um dia tão longo. Beijar Chase
devagar e com movimentos suaves. Escalar seu colo, montando no
seu corpo firme e correndo minhas mãos para cima e para baixo nos
seus braços duros feito pedra.
Fazia só cinco minutos que tínhamos nos tornado namorados
mas parecia que estávamos juntos desde sempre ao mesmo tempo.
Tudo era novo, mas ao mesmo tempo familiar. Até mesmo a sala de
estar. Entrar naquela casa era diferente, era mais como um lar.
“Vem”, eu disse, ficando de pé. Segurei sua mão e o guiei na
direção dos quartos. “Temos negócios pra terminar.”
Chase me seguiu obedientemente, me permitindo que o
guiasse pelos cômodos silenciosos. Assim que chegamos no quarto,
ele assumiu o comando, me puxando para os seus braços
novamente. Me esmagando contra seu peito enquanto beijava
minha boca, meu pescoço, meus ombros… sua língua morna
causando arrepios de prazer em todo meu corpo.
“Oh!”
Em um único movimento, ele me inclinou para trás e juntos
caímos na cama. Era macia, mas ao mesmo tempo firme. Os
lençóis eram sedosos e suaves.
Finalmente…
Nossas bocas se conectaram de novo e nós dois nos beijamos
com o fogo e a paixão de um primeiro beijo. A forma como cada
nervo do meu corpo reagia ao seu toque era sensual e bruta — e
quase mágica.
“Muitas roupas”, sussurrei, beijando seu pescoço. Chase me
ajudou e em segundos estávamos sem blusa. Eu escalei seu corpo
de novo, me sentei no seu colo, sentindo aquele volume aumentar a
medida em que me abaixava pelo seu tórax para circular seu
mamilo com a ponta da minha língua.
Que volume!
Ele era bem-dotado. Fiquei positivamente surpresa pelo
tamanho enquanto me roçava nele. As mãos de Chase estavam na
minha bunda, se esfregando para baixo, pelas minhas pernas e pelo
meu quadril. Tremi de novo quando senti suas palmas agarrando
minha pele desnuda, então ele me virou de costas e tirou o restava
das nossas roupas.
Vi seu pau antes que pudesse tocá-lo — longo e rígido e
grosso. Eu ansiava para senti-lo dentro de mim.
“Merecemos isso”, suspirei com os lábios na sua orelha. “Eu e
você…”
Fechei minha mão em torno dele, esfregando-as para cima e
para baixo no meu sulco derretido. Eu não estava molhada, eu
estava absolutamente ensopada. Tudo no meio das minhas pernas
pulsava com vontade, necessidade, desejo.
“Achei que íamos pegar leve”, ele riu, roçando o nariz no meu
pescoço.
“Ninguém disse nada sobre pegar leve”, murmurei, “acho que
concordamos em fazer do meu jeito.”
Suspirei e rosqueei meu corpo para baixo, aproveitando cada
grama do seu peso. Ao mesmo tempo agarrei gentilmente aquela
vara enorme e enfiei a cabeça na minha boceta.
“Esse é meu jeito”, gargalhei com a voz rouca.
Capítulo 11
KAYLEEN
KAYLEEN
CHASE
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
BURKE
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
“Você quer?”
Os dedos de Nathan penteavam gentilmente meu cabelo,
ajeitando-o atrás da minha orelha enquanto eu o chupava. Eu fazia
aquilo devagar. Aproveitando. Arrastando meus lábios para cima e
para baixo nas laterais da sua vara antes de enfiá-lo totalmente até
o fim da minha garganta.
“Você vai ter que me dizer se quer ou não.”
Sua linda figura estava estirada sobre a cama. Eu estava de
barriga para baixo, entre as suas pernas de surfista. A vista dali
eram só músculos e abdômen… e lá no fim, aquele par de olhos
azuis me encarando permanentemente.
Eu ainda não tinha respondido. Estava concentrada em dar
prazer a ele, como ele tinha acabado de fazer comigo. Eu queria
que ele gozasse na minha boca. Queria sentir seu pau pulsar
poderosamente e esguichar seu leite no fundo da minha garganta.
Mas ele estava certo. Eu também queria aquilo.
“Eu quero”, murmurei, lambendo de baixo para cima. Fixei
meus olhos nos dele. Minha língua rodopiava na sua parte mais
sensível, debaixo da glande.
“Tem certeza?”
Eu assenti obedientemente. Só de pensar no que ele tinha
acabado de propor fazia o meio das minhas pernas ficar ainda mais
encharcado.
“Ok, então”, ele disse, pegando seu telefone sobre a mesa de
cabeceira e o entregando para mim. “Faça.”
Peguei o telefone, mas não sem antes passar meus dedos pela
sua barriga sarada. Minhas unhas fizeram marcas temporárias na
superfície da sua pele bronzeada.
Então digitei uma única palavra e enviei a mensagem:
Venha.
KAYLEEN
KAYLEEN
Ahhh…
Tudo derreteu. Tudo menos os braços fortes de Burke em volta
da minha cintura enquanto seus lábios carnudos pressionavam os
meus.
Sim, sim…
Embora sua pegada fosse forte seu beijo era lento construindo
camadas de prazer e intensidade. Meu abdômen se contraiu de
antecipação quando uma das suas mãos encontrou minha coxa.
Meu amado escorregou a mão por dentro da minha camiseta.
Depois desceu de novo e apertou uma das minhas nádegas
redondas com força.
“Quero você.”
Ele olhou para o relógio na parede. Já fazia muito tempo desde
a meia-noite.
“Eu posso ter você agora”, ele murmurou no meu pescoço. “Já
passou da meia-noite.”
Suspirei quando seus dedos invadiram minha calcinha. Tudo ali
estava extremamente molhado.
“Você sabe que pode estar comigo quando quiser”, respondi
com suavidade. Minha respiração estava curta e rápida. “Chase e
Nathan revezam o tempo todo, às vezes eles comp—”
Me engasguei quando ele escorregou um dedo para dentro de
mim. Meu Deus. Que delícia…
“É meu dia”, disse Burke novamente, quase que
mecanicamente. Ele me empurrou para trás, me colocando em cima
do balcão. “Está previsto no contrato.”
Sua calça tocou o chão e ele deu um passo para a frente, já
com uma ereção tremenda. Seu pau parecia tão cheio e grande, tão
quente e pulsante. Eu tentei tocá-lo, mas ele empurrou minha mão
para longe.
“Abra as pernas.”
Suas mãos escorregaram pelas minhas nádegas, me deixando
na borda do balcão. Pela primeira vez me dei conta de como suas
pernas eram longas. Então me dei conta do que ele estava prestes
a fazer.
“Eu disse abra as per—”
AHHHHHHH…
Burke abriu meus joelhos e enfiou o quadril para a frente. Ao
mesmo tempo ele usou as mãos para me puxar contra ele, se
enterrando dentro de mim.
Então ele começou a me foder e o mundo girou.
MEU DEUS…
Eu estava na borda do balcão, minhas pernas abraçavam seu
corpo pelas laterais. Eu não conseguia encostar meus calcanhares
um no outro — ele era muito largo — mas os cravei nos seus rins
enquanto empurrava meu corpo contra o dele.
Caralho.
A penetração por aquele ângulo era maravilhosa. Não. Melhor
do que maravilhosa. Sua altura era perfeita. Cada uma das suas
estocadas tinha uma curva distinta para cima e a cabeça do seu pau
encostava meu ponto G.
“Ah sim…”, ronronei descontroladamente. “Siiim!”
Não sei porque eu ainda segurava minha calcinha de um dos
lados, então simplesmente a deixei ir. Burke me brocava com força
e velocidade, me balançando enquanto eu me esforçava para não
ter cãibra. Minhas pernas estavam mais abertas do que nunca.
“SIM…”
Eu o agarrei com força o suficiente para puxar seu corpo para
dentro de mim. Minhas unhas cravaram a superfície das suas costas
largas de forma que eu não sabia se o estava machucando.
“Você tá molhadinha demais”, ele grunhiu no meu ouvido. “Tão
quente e melada e plena.”
Gritei quando ele começou a mover o quadril e me penetrar
profundamente. Minha resposta foi morder seu ombro.
“Quantas vezes?”
Me afastei para olhar para ele meio grogue. Eu não entendi a
pergunta, estava sexualmente entorpecida.
“Quantas vezes eles gozaram em você?”
Ele queria uma resposta então eu dei.
“Quatro”, eu gemi. “Não… cinco.”
“Vou ser o número seis então?”
Engoli e acenei. Meu Deus, aquilo era tão sacana. E eu não
podia mentir.
“Muito bem.”
Eu não conseguia acreditar na velocidade dele, ou no peso das
suas estocadas. Burke tinha me tirado do balcão, eu estava presa
ao seu torso, e ele segurava todo o meu peso com seus braços
fortes.
Um novo som preencheu a cozinha. Os tapas molhados dos
nossos corpos sem parar. Ele se inclinou para trás, me levantando,
e me beijou apaixonadamente enquanto me fodia por baixo. Eu me
contorcia e me agarrava nele.
Quando gozamos, foi abrupto e explosivo. Senti seu pau
tremendo dentro de mim, me preenchendo toda. Adicionando outra
carga aos depósitos que já tinham sido feitos por Chase e Nathan.
Durou um minuto, talvez dois. Nós dois nos agarrando, unidos
pela união física. Nossas línguas se moviam freneticamente no
silêncio da cozinha escura.
Burke me devolveu para o chão… e o cheiro de pão queimado
invadiu minhas narinas.
“Merda!”
Tirei meu lanche queimado da frigideira, lamentando mais o
estrago que podia ter causado a panela do que ter perdido comida,
na verdade. Depois de descartar o pão queimado, vi que era
possível salvar a panela.
“Você tem certeza que não que—”
Me virei e ele tinha ido da mesma forma que chegou. Em uma
fração de segundo. Seu notebook também não estava mais ali.
Fiquei ali, pingando na cozinha vazia, com as pernas trêmulas.
Vesti a camiseta de Nathan sobre meu corpo nu mais uma vez.
“Meu Deus, ele é rápido”, pensei, pegando mais duas fatias de
pão para reiniciar o processo.
Capítulo 24
NATHAN
KAYLEEN
KAYLEEN
“Reunião de condomínio.”
Foram as duas primeiras palavras proferidas por Chase na
manhã seguinte. As únicas duas coisas que ele disse durante o café
da manhã e que fez os outros dois se levantarem. Um por um, eles
cruzaram o portal para o solário. Disse ao Fera que ficasse lá,
peguei minha tigela de cereal e os segui.
Nós quatro nos sentamos nas cadeiras de carvalho, mas
Chase me lançou um olhar desconfortável quase imediatamente.
“Hm…”, ele me olhou, “Então…”
“O quê?”
“É que… bem, essa é uma reunião pros escritores.”
“Você disse reunião de condomínio”, ressaltei. “Não reunião
pra escritores”, então enfiei uma colherada de cereal na boca,
casualmente. “Eu moro nesse condomínio, não moro?”
“Sim, é claro”, ele sorriu.
“Posso ir se você qui—”
“Sem chance”, disse Nathan. Até Burke discordava com a
cabeça. “Ela fica.”
Me sentei quietinha enquanto eles começaram a falar sobre os
eventos do dia anterior. Aparentemente, eles tinham tido uma
reunião com os editores e, pela forma como eles falavam, não tinha
sido conforme eles esperavam.
“Os problemas de continuidade nós podemos resolver”, disse
Chase. “Mas o resto…”
“O resto é questão de preferência”, interrompeu Nathan.
“Foram sugestões, não correções. Opiniões pessoais.”
“Opiniões pessoais de três pessoas”, disse Burke,
cuidadosamente. “Não se esqueça disso.”
Eles continuaram falando de coisas mais genéricas, nada
muito específica. Fiquei com medo de dizer alguma coisa. Medo até
de levantar o olhar da minha tigela porq—”
“Kayleen, o que você acha?”
Eu olhei para Chase. Ele me olhava atentamente.
“Sobre o quê?”
“Sobre mudanças pelo bem da história.”
Eu estava confusa. “De que tipos de mudança estamos
falando?”
Chase suspirou. Ele estava tentando encontrar as palavras
corretas.
“Mudanças românticas”, Nathan disse abruptamente. “O editor
acha que os personagens são muito superficiais. Que precisam de
interesses amorosos pra se destacarem mais.”
“Ah.”
Eu estava dando o meu melhor para não falar nada.
“Bem, que tipo de interesses amorosos vocês tem agora?”
Eu já sabia a resposta, é claro. Mas eu tinha que bancar a
estúpida sem soar muito estúpida.
“Nenhum”, Chase admitiu. “Pelo menos até recentemente.”
Acenei, talvez um pouco rápido demais. Eles estavam criando
três personagens diferentes. Eu já sabia um pouco das histórias,
suas dificuldades e triunfos. Entretanto, eu não tinha lido nada sobre
interesses amorosos, de nenhum dos personagens.
“Eu… bem…”
Os livros eram interessantes, a escrita era muito boa. Mas
havia algo estranho na história. Algo sobre o qual eu podia dar
minha opinião. Que podia ser simplesmente consertado.
Os três estavam me encarando. A luz jorrava pelas janelas do
solário como se fosse um holofote. Minha expressão me entregou.
“Ela sabe.”
Foi Burke quem matou a charada. Suas palavras me fizeram
arrepiar quando ecoaram pela sala.
Chase parecia confuso. “O quê?”
“Ela sabe, cara”, ele disse. “Olha a cara dela. Ela leu.”
Nathan se ergueu na cadeira. “Nossa história?”
“Sim.”
Coloquei minha tigela no chão e afundei o rosto nas minhas
mãos.
“Puta merda”, Chase suspirou. “Você leu nossa história?”
Eu acenei, meio entorpecida.
“Quanto você leu?”, Nathan perguntou.
Decidi falar a verdade. “Tudo”, engoli seco. “Tudo que está no
computador central.”
“Quando?”
Não respondi. Alguns segundos se passaram.
“Ontem”, Burke respondeu por mim. “Enquanto estávamos
fora.”
Eu esperava que eles estivessem furiosos. Magoados e com
raiva porque eu os tinha traído, invadindo sua privacidade.
Ao invés disso, eles aproximaram suas cadeiras.
“Bem?”, Chase perguntou, animado. “Você gostou?”
Fiquei sem fôlego. Era a última coisa que eu esperava.
“Hmm… sim. Claro que sim.”
“Sério”, Nathan interrompeu. Sua expressão era uma mistura
de sorriso com entusiasmo. “Conta! O que você achou?”
“Achei bom.”
“Bom? Apenas bom?”
“Não”, eu disse rapidamente. “Achei ótimo, na verdade!
Verdadeiramente intrigante e interessante.”
Burke apertou os olhos. “Mas…”
Fiquei quieta e até aquele pequeno momento de hesitação
disse tudo. Eu vi a luz se esvair dos seus rostos e me senti uma
merda total.
“Mas?”, Chase perguntou de novo.
“Vamos, Kayleen”, Nathan pediu, “desembucha!”
Meus olhos viajaram entre eles. Eu nunca os tinha visto
daquele jeito durante aquele tempo em que estava lá.
“De verdade”, disse Burke. “Você pode dizer.”
Foi minha vez de apertar os olhos. “Sério?”, perguntei, ainda
cética. “Vocês não vão ficar bravos?”
Os três sacudiram a cabeça simultaneamente.
“Certo”, eu disse, ficando de pé de repente. “Mas preciso de
mais café.”
Capítulo 27
KAYLEEN
CHASE
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
BURKE
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
BURKE
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
NATHAN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
CHASE
KAYLEEN
KAYLEEN
“Entra.”
A porta se abriu gentilmente e eu senti Nathan entrar. Eu
estava deitada de barriga, minha cabeça pendia da parte de baixo
da minha cama. Eu sabia que era ele sem precisar olhar.
Fera pulou da cama no chão para cumprimentá-lo.
“Como vai minha garota das ondas?”
Era o apelido dele para mim e sempre soava fofo. Mesmo
naquele momento.
“Já tive dias melhores.”
“Concordo”, ele suspirou, coçando as orelhas do Fera. Meu
cachorrinho tremeu de alegria e até deixou Nathan o pegar no colo.
“Bom, não é todo dia que você tem que explicar para os seus
pais que você está em um relacionamento poliamoroso com três
homens”, eu disse. “Ei, a melhor parte é: eles descobriram porque
seus amigos leram uma matéria em um tabloidezinho de
supermercado…”
Nathan colocou o Fera sobre a cama antes de se deitar com a
cabeça posicionada ao lado da minha.
“Como eles reagiram?”
“Bom, minha mãe acha que eu sou completamente doida”, eu
disse. “Mas este é o melhor dos cenários porque na verdade ela
ainda está negando. Ela acha que é uma ‘aventura sexual’ e que eu
vou me entediar logo.”
Nathan gargalhou. “Se entediar? Ela não te conhece muito
bem, certo?”
“Pois é…”
“E seu pai?”
Demorei um pouco mais para responder. Enquanto minha mãe
ficou genuinamente surpresa, meu pai… bom, na verdade, ele ficou
magoado.
Que droga, me matava pensar nele daquele jeito.
“Quer ouvir algo engraçado?”
“Manda.”
“Ele acha que eu fiz isso como manobra publicitária. Como se
nós realmente tivéssemos produzido a foto pra chamar a atenção do
público para o lançamento do livro.”
Nathan refletiu sobre minhas palavras por um longo momento.
“Caralho, essa não é uma má ideia!”
Eu dei uma cotovelada na costela dele. “Para!”
“Seu pai está disponível para consultoria?”, ele continuou.
“Podemos contratá-lo pra fazer nosso marketing e—”
“Fala sério por um minuto”, eu disse. “Honestamente. O que
você acha?”
“Eu acho que sua posição é horrível”, ele disse. “Como você
consegue ficar deitada assim? Todo o meu sangue está indo pra a
minha cabeça e—AU!”
Ele se encolheu quando dei uma cotovelada ainda mais forte
nele. Então se sentou.
“Kayleen, olha. O que nós temos não é algo que podemos
explicar pra qualquer pessoa, menos ainda pra nossas famílias. Não
da forma que faria justiça, na verdade.”
Ele estava certo, é claro. A situação era tão complicada quanto
não-ortodoxa. É preciso estar em uma situação assim para entendê-
la. E mesmo assim…
“Olha por esse ângulo. Você pode realmente explicar como é
se apaixonar pra alguém que nunca se apaixonou?”
Chacoalhei a cabeça. “Claro que não.”
“Bom, é claro que você pode explicar o conceito. Mas pra
alguém que nunca se apaixonou pode soar maluquice. Pensar em
alguém o tempo todo? Esperar pra passar o tempo acordado com
aquela pessoa? Pra quem não está envolvido, soa como obsessão.
Mas pra quem está envolvido…”
“Quem está envolvido não troca isso por nada no mundo”,
completei a frase.
“Exatamente.”
Paramos de falar. Pude ouvir o vento uivar do lado de fora. Me
perguntei quanto tempo fazia que eu estava ali sentada no quarto. A
ligação para os meus pais parecia ter sido horas antes. Me dei conta
de que provavelmente foi.
“O que você acha que seu pai vai dizer?”, perguntei a Nathan.
“Quando vocês voltarem a se falar…”
“Não sei”, ele deu de ombros. “E não me importo. De uma
forma estranha, fiquei feliz por isso ter acontecido. E você também
sabe o porquê.”
“Porque você queria independência.”
Ele assentiu. “Eu precisava de independência”, disse Nathan,
“dependi dele por muito tempo para tudo. Foi muito fácil para mim.
Me fez me acomodar.”
“Filhinho de papai!”, eu ri, mas ele não. “Desculpa.”
“Ah, tudo bem.”
Nathan arrastou uma mão pelo seu cabelo que parecia uma
juba. Era tão grosso que voltou imediatamente para o lugar.
“Foi bom ter acontecido”, ele terminou. “Foi rápido e tudo de
uma vez só, mas tudo bem. Foi tipo arrancar um band-aid.”
Palavra por palavra, visitei a conversa que eu tinha tido com
meus pais mais uma vez. Tinha que acontecer em algum momento,
a voz na minha cabeça argumentou. Talvez seja melhor ter
acontecido mais cedo do que mais tarde.
Nathan colocou suas mãos sobre as minhas. Elas pareciam
incrivelmente fortes. Impossivelmente bronzeadas.
“Vamos passar por isso, garota das ondas”, ele me deu um
sorriso brilhante e incorrigível. “Prometo.”
Respondi com minha marca registrada, um suspiro-sorriso.
“Promessa de dedinho?”
“Dedinho onde você quiser”, ele deu uma piscadinha. “Os
meus e os dos outros. Falando niss—”
TOC-TOC.
A porta se abriu de supetão e Burke entrou. Fera deu uma
olhadinha da cama, mas não se mexeu.
“Ninguém dorme nessa casa mais?”, Nathan perguntou,
bocejando.
“Eu até poderia dormir”, disse Burke. “Mas temos dois
pequenos problemas pra resolver.”
Ótimo. Mais merda para a grande pilha de merda.
“Problema número um”, ele começou. “O Chase sumiu.”
Fiquei de pé. “Como assim sumiu?”
“Ele desapareceu um pouco depois que você chegou em
casa”, disse Burke. “O quarto está vazio. O carro dele não está na
garagem.”
Um sentimento horrível tomou conta de mim, seguido de uma
preocupação crescente. Será que ele estava passando pelo mesmo
que eu? Lutando com os próprios demônios?
Ou ele está arrependido?
De repente, senti que deveria falar com ele.
“Ok”, disse Nathan ao se levantar. “Chase sumiu. Mas antes de
irmos procurar por ele, qual é o segundo problema?”
Burke se moveu desconfortavelmente. Ele dobrou os braços…
mas não de forma confrontante. Na verdade, ele parecia quase…
empolgado?
“O segundo problema está logo ali”, ele disse, apontando para
o corredor. “Venham, vou mostrar.”
Ele se virou e caminhou para fora, eu e Nathan não nos
mexemos, ficamos nos encarando. Burke disse por cima do ombro.
“Não se preocupem tanto. Esse é um bom problema.”
Capítulo 52
KAYLEEN
“Santa mãe.”
Nathan estava espiando por cima do ombro de Burke, direto
para a tela. Sua cara de incredulidade foi coroada por um sorriso
que crescia constantemente.
“Santa mãe de Deus!”
Demorei um minuto para entender o que estávamos olhando. E
então eu vi.
“Isso não pode estar certo.”
“Ah, está certo”, respondeu Burke.
“Mas não faz sentido!”
“Faz todo sentido”, ele respondeu. “Se você pensar no que
aconteceu hoje.”
Na tela havia um gráfico indicando o número de vendas desde
o lançamento do livro. As barras dos outros dias pareciam
pequenas, minúsculas, comparadas às últimas duas barras…
“Ontem nós vendemos mais cópias do que vendemos nos
outros dias somados”, disse Burke. “Vezes vinte.”
Abri a boca, mas fechei em seguida. Eu não tinha palavras.
“Olhem”, ele disse, apontando. “Eles só começaram a
contabilizar as vendas de hoje uma hora atrás e já…”
“Já vendemos metade do que vendemos ontem”, Nathan disse.
Sua voz estava cheia de espanto.
“Dois terços”, Burke corrigiu. “Mas sim.”
“Como?”, perguntei alto. “Por que diabos—”
“Vamos lá”, Burke me interrompeu. “Você já sabe a resposta.”
O aperto na boca do meu estômago tinha virado um nó. Meu
coração parecia explodir. Eu queria celebrar o sucesso que eu
estava vendo na tela! Algo maravilhoso estava prestes a acontecer.
A acontecer com a gente. Prestes a acontecer com eles: os caras
que eu amava. Depois desse tempo todo, de todo o trabalho
árduo… eles finalmente colheriam os frutos.
“Quem diria que tantas pessoas leriam um tabloide?”, Nathan
suspirou.
“Bem. É um tabloide, não é?”
“Sim, mas…”
“Nossa história é interessante se você pensar bem”, eu disse.
“Com que frequência você vê três caras beijando a mesma mulher?
Em público? A foto por si só já chama a atenção. Mas eles ainda
mencionaram o livro…”
“E a trama reflete o que está na foto.”
“E na manchete”, adicionou Burke.
Foi uma loucura. Completamente absurdo. Como é que tantas
pessoas reagiram à história tão rápido?
E o tabloide era do dia anterior.
Nathan atualizou a página e a tela piscou rapidamente. A barra
de vendas aumentou de tamanho.
“Tudo isso de um jornaleco de fofoca”, Nathan comentou.
“Esse tipo de publicidade é incomprável.”
Burke acenou devagar. “E você acha que isso é bom?”, ele
sorriu. “Espera até amanhã.”
Eu não tinha certeza de que aguentaria muito mais, engoli a
seco e perguntei. “O que tem amanhã?”
“Todos os sites vão replicar…”, ele disse. “Compartilhamentos
nas redes sociais. Hashtags, tópicos mais comentados. Em vinte e
quatro horas, talvez trinta e seis… isso vai explodir. Viralizar. E…
bom… é isso.”
O nó no meu estômago se apertou. Eu pensei em todos os
meus amigos, minha família, até mesmo nos meus ex-namorados.
Todo mundo que eu conhecia vendo aquela única foto. A culpa me
invadiu novamente, da mesma forma que tinha feito enquanto eu
estava deitada na minha cama. Mas havia algo a mais junto com a
culpa naquele momento.
Algo tipo uma provocação.
“Isso muda tudo”, disse Nathan. “Dinheiro não é mais um
problema.”
“Não”, Burke concordou.
“Estamos safos.”
“Quer ouvir a melhor parte?”
Nathan ficou boquiaberto. “Melhor do que isso?”
Burke estendeu o braço e pegou uma cópia impressa do livro
de uma pilha que estava sobre a mesa. “Este é só o primeiro livro”,
ele disse, chacoalhando o exemplar em mãos. “Logo que as
pessoas terminarem de ler vão querer o dois e o três!”
“E muito mais livros depois”, eu disse. “Vocês vão ter que
escrever mais.”
“Exatamente.”
Comecei a ficar empolgada. Não era mais segredo. Toda a
pressão que senti porque precisei esconder meu relacionamento
tinha acabado de ser liberada de uma vez. Todo o conflito, o medo,
as conversas ensaiadas que eu sabia que teria que ter com a minha
família… tudo tinha passado. Sido levado para longe de forma rude
e abrupta, mas não existia mais.
Depois daquele dia, não havia mais motivos para mentir. Nada
a esconder de ninguém, independente da opinião das pessoas. O
que nós quatro tínhamos podia não ser ortodoxo, mas era nosso. E
o relacionamento era muito mais importante para mim do que a
aceitação de outras pessoas.
Nathan inclinou a cabeça para trás e de repente começou a
gargalhar alto e muito. Foi quase maníaco, na verdade. Eu e Burke
nos entreolhamos, preocupados.
“O quê?”
“Jay Summers fez isso tudo pra boicotar o lançamento do
nosso livro”, ele riu. “Mas ele só conseguiu nos enviar direto para o
topo.”
Burke não conseguiu conter um sorriso. “Tem razão, isso é
engraçado pra caralho.”
A alegria e a empolgação naquela sala estava se tornando
contagiante. De repente eu também comecei a rir com eles.
“O idiota passou a vida toda envolvido com marketing”, sorri. “E
não entende nada de marketing.”
Nathan atualizou a página de novo. A barra cresceu muito
daquela vez, o que fez o tom hilariante da sala aumentar também.
De repente estávamos nos segurando para não cair de tanto rir,
lágrimas escorriam pelos nossos rostos.
Nenhum de nós notou que Chase tinha voltado. Ele entrou na
cozinha e jogou um laptop estranho sobre a mesa. Ele ainda estava
mortalmente sério. Vermelho com a adrenalina.
“O que diabos é tão engraçado?”, ele perguntou.
Capítulo 53
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
KAYLEEN
“Pronta?”
Meus dedos se curvaram, cavando fundo, mas com cuidando
para não machucar a bela e imaculada pele do peito de Nathan.
“Acho que sim?”, foi o melhor que pude responder.
“Se incline para a frente um pouco mais”, Burke sussurrou no
meu ouvido. Eu já conseguia sentir a cabeça invadindo o espaço.
Escorregando com a ajuda de um mar de lubrificante…
vagarosamente abrindo espaço naquele duto…
Empurrando em direção ao meu rabo.
“Assim. Bem assim.”
Senti aquela parte se esticar, bem devagar, para acomodá-lo.
Era muito apertado! Quase não havia espaço. Especialmente
porque o pau de Nathan já estava enterrado na minha boceta.
“Ai!”
Eu soltei um meio-grito meio-gemido tentando respirar. Senti
um alívio bem-vindo em algum momento. Tudo pareceu um pouco
menor de repente.
“Pronto”, disse Burke. “A parte mais difícil já foi.”
“Você entrou?”, perguntei esperançosamente.
“A cabeça sim.”
Ouvi Nathan dar uma risadinha debaixo de mim. Considerando
a posição em que estávamos, aquilo chacoalhou meu corpo todo.
“Só a cabeça?”
Burke se deslocou um pouco mais e eu senti algo grosso
dentro de mim. Me preenchendo por trás com o seu calor.
“Mais alguns centímetros…”
“Jesus…”
“Ei, vamos lá”, Burke disse, resignado. “Trato é trato.”
Beirava a insanidade ter os dois dentro de mim ao mesmo
tempo. Nos meus dois buracos — uma dupla-penetração real. “Vai
ser bom”, eles disseram. “Você vai amar.”
Sim, claro. Pensei. Não são vocês que estão sendo fodidos por
trás.
Mas eu tinha prometido. E promessa é dívida. Alguma coisa
especial para quando eles finalmente voltassem para casa. E sim,
alguma coisa especial para mim também. Apenas mais uma fantasia
que eu finalmente realizaria. Mais um limite a ser cruzado.
Além disso, eles tinham que tirar o atraso. Nas semanas
anteriores eu e Chase nos divertimos destruindo um ao outro.
“Devagar, gostoso, devagar…”, implorei por cima do ombro,
apesar de Burke estar fazendo um trabalho primoroso lá atrás. Eu
sentia um prazer completo e apertado, com pressão mas sem dor
no meio da minha bunda.
Caralho…
E eu tinha que admitir. A pressão estava ficando boa.
Nathan estava parado dentro de mim. Fazendo uma pausa
enquanto meu corpo se ajustava para comportar os dois. Nos
minutos anteriores ele tinha me fodido alucinadamente. Eu tinha
gozado intensamente no seu pau, meu fluido tinha literalmente
banhado até suas bolas.
“Eeeeee… aqui estamos.”
O abdômen quente de Burke colidiu gentilmente com a minha
bunda. Nossos corpos se curvaram juntos, completando aquela
conchinha.
Ele estava completamente dentro de mim.
“Eu te disse que não seria ruim”, Nathan piscou.
“Não… você disse que seria bom”, meu corpo ainda estava
tenso, meu maxilar travado. “Na verdade, acho que você usou os
termos ‘vai ser bom’ e ‘você vai amar’.”
Ele se afastou para baixo e então apertou a bunda no seu
caminho de volta. A pulsação me fez sentir um choque de prazer
proibido na boceta.
“Ok”, suspirei. “Na verdade, não foi ruim.”
Nathan fez de novo, dessa vez mexendo o corpo.
Escorregando para dentro e para fora de mim com algumas
estocadas enquanto era a vez de Burke ficar parado.
DEUS…
“Ainda estamos no ‘não foi ruim’?”, ele perguntou
maliciosamente. “Ou estamos—”
“Cala a boca e continua.”
Minha voz era só um suspiro. Uma tentativa de inalar oxigênio
e exalar prazer. Sentir Burke enterrado tão profundamente enquanto
Nathan me comia estava me deixando completamente louca de
tesão.
“Essa é nossa garota”, Burke sussurrou de forma provocante
no meu ouvido. “Relaxa e aproveita.”
Seu conselho funcionou de certa forma. Relaxei o corpo, os
músculos cansados e até a mente. Me deixei levar e meu cérebro
abriu espaço para mais prazer. E sem a tensão de me preocupar
com a dor…
“Isso…”, eu me engasguei, lutando para me alavancar. “Bem
assim.”
“Bem assim como?”, Nathan provocou.
Arrastei minhas unhas pelo seu peito, provocando um gemido
alto.
“Querem saber…”, eu disse, sem ar. “Caladinhos os dois. Só
continuem me fodendo assim…”
Felizmente não precisei pedir duas vezes. Nathan me segurou
pela cintura, flexionando seus braços fortes para controlar a
velocidade e profundidade das suas estocadas. Burke fez a mesma
coisa por trás, com as mãos nos meus ombros. Ele me guiou em um
movimento de gangorra, me empurrando para a frente e para trás.
Ahhhhhhh…
Deve ter sido uma visão e tanto para ele, assistir seu pau
desaparecer e reaparecer no meio da minha bunda. Mas para mim
era uma sensação. E era absolutamente maravilhosa.
Aceleramos quando o momento certo surgiu. Comecei a mexer
meu quadril também. O movimento extra mudou a expressão de
Nathan. Ele foi da diversão para a contorção do prazer doloroso.
E para mim era ainda mais intenso. A sensação de ser tão
preenchida por eles… me elevou a outros níveis de excitação. Eu
estava entre dois corpos quentes, sentindo dois paus entrarem e
saírem ritmicamente de mim. Me perfurando profundamente. Me
arregaçando toda…
“Vocês…”, me engasguei. Era difícil falar, mas eu precisava dar
crédito a eles. “Ah… ah… isso…”
As mãos de Nathan escorreram para a minha bunda. Ele
apertou com tanta força que eu sabia que ia ficar marcada.
“Vocês estavam… certos… pra… caralho…”
Capítulo 57
KAYLEEN
KAYLEEN
DAKOTA
DAKOTA
DAKOTA
DAKOTA
Esposa...
A palavra caiu como uma bomba. Eu não poderia ter parecido
mais chocada se algo tivesse me atingido no topo da cabeça, mas
acho que foi mais ou menos isso.
ESPOSA?
Foi outro aperto de mão de Jace que me trouxe de volta à
realidade.
“Ummm, oi!” eu disse finalmente, tentando soar o mais casual
e alegre possível. “Muito prazer em conhecê-la. Meu nome é...
“Dakota”, a mulher interrompeu com um sorriso. Ela balançou
minha mão vigorosamente. “Ora, você não acha que já sabemos
tudo sobre você?”
Dakota. Bem, essa parte foi fácil, eu acho. Quaisquer que
fossem as ‘mentirinhas inocentes’ que Jace estava contando, pelo
menos o nome estava certo.
“Sou Zach e ela é Annie”, disse o marido, apertando minha
mão em seguida. Ele era jovem e forte, com cabelos curtos e
sobrancelhas escuras e espessas. Outro soldado, sem dúvida.
“Vocês dois precisam vir para tomarmos uns drinques. Sabe, depois
que você se acomodar.”
“Dakota está cansada, tenho certeza”, Jace interveio. “E
provavelmente com um pouco de jet lag.”
“Um pouco”, sorri.
“Vou deixá-la descansar um pouco, mas quem sabe amanhã
ou depois...”
“Com certeza amanhã ou depois”, Anne respondeu. “Mas sim,
tudo bem. Tão bom finalmente conhecê-la, Dakota!”
Zach sorriu, balançando a cabeça em concordância.
“Estávamos começando a pensar que você era apenas uma lenda.
Como o Pé Grande!”
Os vizinhos se afastaram, deixando-nos sob olhares estranhos
e com a bagagem pesada. Jace assumiu a maior parte dela, então
me entregou sua chave. Destranquei a casa e arrastamos tudo para
dentro, fechando a porta atrás de nós.
“O que está acont...”
“Dakota eu sinto muito!” Jace interveio, sua expressão cheia de
desculpas. “Eu não tinha ideia de que eles estariam em casa, muito
menos que viriam correndo assim que estacionássemos.”
“Sim”, eu ironizei, “bem, um aviso de marido teria sido bom.”
“Eu sei, eu sei.”
“Esposa, Jace?” eu disse sem acreditar. “Eu sou sua esposa?”
Por mais estranho que parecesse, a palavra também parecia
uma bolinha quente na boca do meu estômago. Jace ficou lá
olhando para mim, seu corpo firme e em forma não se movendo
nem um pouco pelo esforço de carregar todas as minhas quatro
malas. Eu ainda não conseguia acreditar em quão incrível ele
parecia.
Esposa...
Puta merda, a palavra parecia cada vez mais emocionante a
cada segundo que passava.
“Você quer café?”, ele perguntou. “Ou algo mais forte?”
Sorri para mim mesma pelo duplo sentido. “Os dois, eu acho”,
respondi. “Mas, por agora, café.”
Ele me conduziu por um portal em arco até a cozinha, que era
brilhantemente decorada e imaculadamente mantida. Para um
solteiro, sua casa certamente era grande. Mas Jace não era mais
um solteiro. Aparentemente, nós dois éramos casados.
“Sente-se e eu vou te contar tudo.”
Puxei uma cadeira enquanto sua gigantesca máquina de café
inox passava por um ciclo barulhento, mas com um cheiro delicioso.
Alguns minutos depois, eu estava segurando um café com leite
como os feitos por especialistas, com espuma e tudo.
“Uau”, eu disse. “Isso está muito bom.”
“Sim”, ele sorriu. “Nós levamos nosso café muito a sério por
aqui.”
“Nós?”
Ele soltou um assobio baixo. “Caramba, Dakota, há tanto que
você precisa saber. Tanta coisa aconteceu.”
Depois de preparar uma xícara para si mesmo, Jace cruzou os
braços e recostou-se no balcão. O que foi bom, porque me deu uma
desculpa para olhar para aqueles braços.
“Por que você não começa do início?” eu disse a ele. “A última
vez que te vi foi na minha casa, se você se lembra.”
Ele assentiu lentamente. “Minha festa de despedida.” O sorriso
sob sua barba se alargou. “Aquela noite inteira foi lendária pra
caralho.”
“Com certeza foi.”
“Eu desmaiei e vocês rasparam minha cabeça para que o Tio
Sam não precisasse fazer isso.”
Eu ri enquanto minha mente viajava no tempo com ele. “Ainda
me lembro de tocar a campainha”, murmurei. “Também me lembro
de estar muito chateada.”
“O quê? Por quê?”
“Porque você era muito divertido”, eu disse a ele, “durante todo
o ensino médio. E era uma pena que você não estaria mais por
perto.”
Jace respirou longa e profundamente e soltou algo como um
suspiro. “As coisas sempre mudam, não é?”
“Com certeza mudam.”
Ele sorriu novamente, e eu senti aquela pontada familiar de
saudade. Eu poderia dizer que ele sentiu também.
“Eu me lembro de você como a irmãzinha de Tyler, sempre por
perto. Sempre no caminho.”
“E eu me lembro de você como o garoto alto e pateta que
sempre colocava meu irmão em apuros”, respondi. “Fiquei chocada
quando você disse que havia assinado com um recrutador. Mas
também imaginei que o Exército iria endireitar você.”
“Ah, endireitou algumas coisas”, Jace assentiu. Enquanto ele
tomava um gole de sua xícara, pude ver que seus olhos ainda
estavam desligados, ainda distantes. “Meu Deus, o campo de
treinamento parece ter acontecido há mil anos.”
“Foi há mil anos”, concordei. “Ou por aí.”
O som da porta da frente se abrindo ecoou pelo hall de
entrada, seguido por vozes alegres que precederam seu caminho
para a cozinha. O primeiro homem que passou através do arco era
alto — ainda mais alto que Jace — e era marrento como um astro
do rock. Seu companheiro era igualmente alto e forte, com ombros
largos e um corpo em forma de V que só poderia ter sido
conseguido com longas e duras horas na academia.
Na verdade, os dois homens estavam cobertos de suor. Suas
camisas grudavam em seus corpos fortes em lugares que eu
adoraria passar mais tempo olhando, se já não estivesse sendo
apresentada por Jace.
“Dakota, conheça meus companheiros de casa: Aurelius e
Merrick.”
Merrick sorriu e acenou com a cabeça educadamente, então
começou a vasculhar a geladeira em busca de algo. Mas foi
Aurelius, o excepcionalmente alto e de cavanhaque, quem pegou
minha palma e deu um beijo nas costas da minha mão.
“Parabéns pelo casamento”, ele piscou.
Capítulo 5
JACE