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Não se justifica que com tantos recursos hídricos, o país não possa explorar a capacidade de
explorar esses recursos em benefício da sua população e do País; o efeito das calamidades
naturais no País, ainda não está suficientemente entendido como uma questão endógena do
processo de desenvolvimento, que precisa de soluções douradoras, de médio e longo prazos;
não se pode continuamente andar a correr com água atrás do fogo, como se bombeiros se
tratasse.
O maior potencial agrário das zonas Centro e Norte de Moçambique não é ainda devidamente
explorado; além das infra-estruturas, há características e dinâmicas sociais e económicas que
afectam e constrangem, ou impulsionam, a capacidade de aproveitamento e desenvolvimento
do potencial agrário natural dessas zonas.
a área mediana4 cultivada per capita varia de 0.3 (Norte e Centro) a 0.4 (Sul), isto é
uma indicação de que a utilização regional da terra é desigual; no Sul as famílias
possuem maior área cultivada per capita, do que no Centro e Norte do país.
Nesta ordem de ideia, o quadro teórico que aqui focamos apresenta diferenças em relação às
características da agricultura nas distintas zonas/regiões do país; é importante realçar que
dentro duma zona há diferenças que às vezes não são captadas por estes inquéritos; o sector
familiar não é homogéneo.
Do ponto de vista do potencial agro-ecológico para agricultura, Moçambique possui dez (10)
zonas agro-ecológicas com diferentes aptidões, as quais em geral, são definidas
principalmente pela precipitação e tipo de solos.
As distintas zonas agro - ecológicas podem ser agrupadas em três macro-zonas: Norte, Centro
e Sul1.
A zona Sul é caracterizada por solos arenosos pobres e por um regime de precipitação
irregular e de baixas quantidades. Estas condições não são favoráveis para agricultura
de sequeiro. A presença de barragens e sistemas de regadio nesta zona potencia a
agricultura regada.
1
Este agrupamento não corresponde literalmente à divisão tradicional entre províncias do Norte, Centro e Sul de
Moçambique.
O desenvolvimento da agricultura e agro-indústria pode e deve contribuir para gerar
ligações necessárias entre sectores e agentes, assentes na diversificação da produção;
melhoria da produtividade do trabalho, rendimentos agrários e qualid ade dos
produtos; e aumento do valor acrescentado nas cadeias produtivas e de valor intra e
inter -sectoriais.
Embora a maior parte da população se dedique à agricultura, este sector tem beneficiado de
recursos do Estado bastante reduzidos. Paralelamente a este aspecto, a componente de
recursos humanos qualificados, o fraco acesso à tecnologia2, são alguns dos constrangimentos
que afectam com certa severidade o sector da agricultura.
Outro constrangimento é que, apesar de todas previsões contidas na política, nas estratégias e
nos planos, o potencial agrícola do país ainda não está a ser devidamente convertido na
geração de receitas e na criação de emprego.
2
Importa referir que quase a totalidade da agricultura familiar não está mecanizada, utilizando, assim, técnicas
de cultivo rudimentares, concretamente, o uso da enxada de cabo curto para as lavouras, dependência, por parte
dos camponeses, das condições naturais do clima, não utilização de fertilizantes, dentre outros factores.
Bibliografia