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Índice
Introdução...................................................................................................................................2
Situação africana entre 1960 e os anos 80..................................................................................3
Neoliberalismo e Programas de Ajustamento Estrutural............................................................3
Programas de Ajustamento Estrutural........................................................................................6
Implementação dos PAE na África Subsariana..........................................................................6
Os grandes princípios do Plano de Acção de Lagos (PAL)........................................................7
Programa de Ajustamento Estrutural em Moçambique..............................................................8
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.........................................................................................................11
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Introdução
Anos 80, pode ser considerado para is africanos uma nova era para este continentes,
visto que nesse período muitos dos países já tinham alcançado a sua independência do jugo
colonial, e com a independência vêm a questão de reorganização dar seguimento com
políticas próprias para o desenvolvimento desta região.
Nesse período também, é notório não somente para os africanos mas para o mundo no
geral a ser assolado por uma crise económica, crise essa que teve um maior impacto para os
africanos.
Neste presente trabalho de pesquisa pretende-se fazer uma análise da situação económica
do continente africano nesse período, identificar e descrever as razões da emergência do
surgimento do programa de Reajustamento Estrutural em África.
Este estudo irá relacionar a relevância assumida pelo mercado financeiro, ao final do
século XX, na determinação dos níveis de produção e crescimento econômico, e na
recuperação dos volumes de trabalho.
Dessa forma, esta pesquisa estará voltada à análise da retomada das políticas liberais no
período e das suas novas formas de manifestação, bem como ao exame dos instrumentos
utilizados para a reabilitação do crescimento econômico e do emprego.
O aumento de despesas por parte do Estado agravou-se ainda mais com a crise do
petróleo em 1979. Deixou-se de financiar em larga escala, a procura por matérias-primas
baixou significativamente e a importação de bens e serviços aumentou de forma drástica, o
que contribuiu para agravar a balança comercial e tornar insustentável a dívida externa.
Neto acredita que depois da independência dos países africanos os povos africanos
tiveram a oportunidade de almejar boas condições de vida:
Neto (2017, p. 20) ainda diz que acumulação de capital era um dos fatores primordiais
para alcançar o desenvolvimento e, na época, justificava-se o recurso ao empréstimo, por
causa das baixas taxas de juros que eram aplicadas no mercado internacional.
Como resultado, houve um aumento significativo de despesas por parte do Estado, o que
agravou o défice orçamental;
Uma vez que todos os ramos de atividade económica estavam dependentes de subsídios
estatais: subsídios para manter e expandir a agricultura, subsídios para pequenas e médias
empresas e para empresas estatais estas últimas eram as preferidas dos financiadores, que
elegiam os Estados como parceiros e assim minimizavam os riscos (ALVES, 2002, p. 9).
Na área económica esta intervenção faz-se através de subsídios aos diversos sectores de
atividade social e económica. Os defensores do neoliberalismo consideravam que uma
sociedade desigual era o ideal para que o capitalismo pudesse triunfar.
Segundo Neto, (2017, p.18) diz que os defensores viam com maus olhos a igualdade
promovida e defendida pelo Estado do bem-estar, uma vez que, de acordo com as premissas
neoliberais, este tipo de sociedade permitiria a passividade, a dependência e o conformismo.
A lógica deste tipo de sociedade reside na ideia de que o mercado (trocas, compras e
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vendas, transações, etc.) não está acima de tudo. Por meio do poder dos sindicatos, permite-se
que, através das negociações com os dirigentes, seja possível obrigá-los a ser e ter um papel
mais ativo e intervencionista na sociedade, nomeadamente através das políticas sociais
(LEWIS, 1963, p. 15).
Os PAE têm na sua base o pensamento neoclássico, defensor das trocas comerciais e um
mercado livre, além da “não intervenção” do Estado nas políticas económicas. São, assim,
programas de reforma económica, que visam um conjunto de medidas para controlar as
despesas do Estado, consolidar e liberalizar a economia (Giovanni, 1999, p. 77).
Segundo Neto (2017, p.23) para fazer face à crise económica no continente africano,
liberalizar e dinamizar a economia e estimular os mercados, os PAE introduziram as seguintes
medidas:
Despedir funcionários públicos como uma das medidas para reduzir as despesas do
Estado;
Contudo, estas medidas foram consideradas insatisfatórias, uma vez que os resultados
das reformas efetuadas ficaram aquém do esperado no que tange a melhoria do défice
orçamental, além de todo o efeito negativo derivado destas restrições ao orçamento do Estado,
condicionado pelas regras do PAE.
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Posto isto, é bem visível o papel das instituições de Bretton Woods, nomeadamente do
FMI e do BM, na constituição da realidade social, económica e política das sociedades em
que estão presentes. A importância não é apenas sentida em suas intervenções aonível estatal,
mas também no quotidiano, onde os efeitos apresentam-se de forma ainda mais impactante.
Este Plano pretende fazer o balanço dos vinte anos que decorreram entre 1960 e 1980 e,
sobretudo, delinear perspectivas para o período 1980 à 2000.
Segundo a Organização da União Africana, o quadro desenhado pelo PAL não era
optimista sobre a obra realizada no período 1960-1980: estagnação das produções,
agravamento dos défices das balanças de pagamentos, deterioração dos termos de trocaem
prejuízo das economias africanas, desemprego.
Mas o que talvez melhor defina o PAL é o seu carácter por assim dizer geral. Traçam-se
grandes linhas de acção, mas não há uma avaliação concreta das situações ou uma reflexão
sobre, por exemplo, os meios de financiamento autocentrado.
Mas por outro lado a mesma organização pouco se diz sobre as responsabiidades do
Estado na situação actual ou sobre o tipo de reformas (políticas) estruturais que deveriam ser
tomadas para conseguir os desejados melhoramentos na produção agrícola.
Neste sentido, os mercados e as lojas começaram a ter bens para a venda e muitos
produtos que, até então apenas existiam no mercado paralelo, passaram a ser vendidos; os
preços dos mercados paralelos e oficial aproximaram-se, incluindo no mercado de divisas
(MOSCA, 2005, p. 346).
Porém, mesmo com esta nova realidade, Moçambique não rompeu o vínculo de
cooperação bilateral que vinha mantendo com os “velhos amigos” socialistas. Contudo, a
relação de Moçambique no contexto da Política Externa caracterizou-se fundamentalmente na
cooperação bilateral e multilateral.
causa de uma certa oposição nacional ao plano, motivada pela concepção partidária que se
teria em relação ao mesmo, bem como das mudanças políticas operadas.
Tomada uma série de medidas com o objetivo de adaptar a Constituição da República de Moçambique
de 1990 ao ajustamento e liberalização da economia, bem como ao multipartidarismo, acontecimentos
que marcaram grande transformação política (interna e externa), econômica e social, antecedida pelo
retrocesso econômico de 1978 a 1990, caracterizado pela guerra de 16 anos. (ANTONIO, 2008: 16).
Conclusão
O desenvolvimento africano depara, sobretudo desde os anos 70, com crescentes
dificudades económicas. Os obstáculos a esse desenvovimento de ordem externa e interna.
Referências bibliográficas