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CARTILHA

Teoria Econômica e
Desenvolvimento
Nacional

Núcleo de Estudos e Práticas em


Desenvolvimento Nacional
Apresentação

Caros leitores,
A presente cartilha foi elaborada a partir das
formações realizadas no Núcleo de Estudos e Práticas
(NEP) em Desenvolvimento Nacional do Coletivo Arroz,
Feijão e Economia (CAFE). Ao longo de um semestre,
estudamos as diferentes concepções de desenvolvimento
nacional em algumas das escolas econômicas mais
relevantes no tema. Esperamos que os textos aqui
reunidos auxiliem estudantes da graduação em economia
e do Ensino Médio a se orientar pelas correntes de
pensamento econômico, a fim de entender melhor a
discussão sobre desenvolvimento econômico.
Iniciamos a cartilha com uma definição rápida do que
significa o desenvolvimento, e depois apresentamos
algumas escolas econômicas em seu escopo de estudo e
orientação sobre o tema, especialmente do campo
heterodoxo da economia, mais ligado ao pensamento da
esquerda.
Bons estudos!
SUMÁRIO

O que é desenvolvimento? -------------------04


Escola Cepalina ------------------------------05
Teoria Marxista da Dependência -------------07
Novo Desenvolvimentismo -------------------09
Desenvolvimento por Missões ---------------11
Escola Neoclássica --------------------------13
O que é desenvolvimento?
O desenvolvimento econômico é interpretado de diferentes maneiras por
diferentes autores e escolas do pensamento. Para Celso Furtado, economista e
grande nome no tema, o desenvolvimento pode ser definido como "aumento no fluxo
de renda real, isto é, incremento na quantidade de bens e serviços por unidade de
tempo à disposição de determinada coletividade" (Furtado, 1961, p. 115-116). Em
outras palavras, Furtado enxerga no desenvolvimento a elevação da renda e,
portanto, da qualidade de vida de uma sociedade. Ao longo de todo o século XX,
muitos economistas se debruçaram sobre o tema do desenvolvimento econômico e
buscaram respostas para sua realização. Até então, a ideia de desenvolvimento
estava muito conectada à riqueza material, pouco interessando os recursos que
fossem consumidos no processo. Atualmente, o paradigma do desenvolvimento se
direciona mais à utilização dos recursos naturais de forma inteligente e ecológica,
com menos ênfase na "industrialização à qualquer custo".
De toda a forma, para a maioria das escolas de pensamento econômico
heterodoxo, o desenvolvimento está intrinsecamente conectado à industrialização,
isto é, à internalização dos processos produtivos mais complexos. Assim, podemos
dizer que um país desenvolvido é um país que produz internamente a tecnologia de
que necessita, ou que exporta para outros países essa tecnologia de ponta. Os países
desenvolvidos, como a Inglaterra, os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão se
caracterizam por esse padrão tecnológico. Já os países subdesenvolvidos, como o
Brasil, se defrontam com a necessidade de traçar estratégias em busca de alcançar
tais padrões. Nesse sentido, reunimos nesta cartilha algumas teorias que sintetizam o
caminho para o desenvolvimento, sob diferentes perspectivas.
Escola Cepalina
Principais pensadores: Raul Prebisch e Celso Furtado

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) é uma omissão


econômica especial surgida após a criação da ONU. O pensamento cepalino
estabelece que o subdesenvolvimento não é um passo do desenvolvimento, é uma
condição dos países periféricos. A escola de pensamento foi fundada pelo argentino
Raul Prebisch, a fim de entender e estudar a realidade latino-americana. Tem como
frentes de análise a histórica econômica (estruturalismo histórico) e o debate do
desenvolvimento econômico (inserção internacional, condicionamentos internos e
ação estatal).
Partindo da análise de subdesenvolvimento econômico da América Latina e Caribe
como condição própria do capitalismo global, e não como um passo para o
desenvolvimento pleno de uma nação, a teoria cepalina leva em consideração a
análise do contexto histórico, e desenvolve as noções de desenvolvimento a partir da
inserção internacional, as condições estruturais internas e a ação e planejamento
estatal para cada devido período.
Tendo a comissão atuado mais incisivamente da década de 1950 até o final do
século XX, diversos temas inerentes à economia latino-americana foram abordados,
como a industrialização, as reformas, o estilo de crescimento, a dívida externa e a
transformação produtiva. Identificados estes, a posição de periferia dos países no
cenário internacional ajudaria a compreender o direcionamento das decisões que
deveriam ser tomadas sob a vanguarda do Estado para a garantia da superação de
tais dilemas.
A deterioração dos termos de troca e o desequilíbrio na balança de pagamentos
subsequente, combinadas com a heterogeneidade estrutural nas economias
nacionais e a crescente inflação e desemprego, exigiam na análise cepalina a
presença do Estado como encabeçador e condutor de políticas de industrialização
que reduzissem as desigualdades regionais e fossem capazes de fortalecer os
mercados internos frente à dependência dos processos de exportação que perdurou
e ainda se apresenta como alternativa à inserção na divisão internacional do
trabalho.
Outras questões como o endividamento, a insuficiência de exportações e a
vulnerabilidade aos movimentos de capitais também foram abordadas ao longo dos
anos de maior atividade da comissão, cabendo ao planejamento estatal iniciativas
que coordenasse os problemas estruturais e de atraso no capitalismo destes países
com as condições internas a fim de priorizar dentro das especificidades nacionais o
crescimento, o progresso técnico e a distribuição de renda.
Assim, a teoria do subdesenvolvimento da CEPAL fora eficiente principalmente nas
décadas de 1950, 1960 e 1970, pois se apoiava em características reconhecidas
como típicas da realidade latino-americana.

Recomendações de leitura
FURTADO, Celso. Desenvolvimento e
subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo
de Cultura, 1961.
FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento
econômico. São Paulo: Círculo do Livro, 1974.
FURTADO, Celso. Teoria e política do
desenvolvimento econômico. São Paulo: Ed.
Nacional, 1977
RODRÍGUEZ, O. Teoria do
subdesenvolvimento da Cepal Rio de Janeiro:
Forense Universitária. 1981.
Teoria Marxista da Dependência
Principais pensadores: Ruy Mauro Marini, Theotônio dos Santos e Vânia Bambirra

Na década de 1950, durante os anos de desenvolvimento brasileiro com JK,


surgia as bases para uma teoria que pensava o desenvolvimento sobre bases
diferentes. Nos períodos subsequentes, as ditaduras empurraram proeminentes
intelectuais brasileiros para o exílio no exterior. A reunião de pensadores da teoria
econômica no Chile dá nascimento à CEPAL, ao ILPES e à TMD. A teoria que com a
dialética marxista pretende analisar as condições estruturais da América Latina, bem
como propor soluções ligadas aos ideais bolivarianos é desenvolvida por Ruy Mauro
Marini, Theotônio dos Santos, Vânia Bambirra, e tantos outros estudantes que se
somaram ao projeto.
Partindo das análises do modelo de desenvolvimento de países centrais, os
teóricos da Teoria Marxista da Dependência vão a fundo para expor os problemas
estruturais pelos quais passa a América Latina.
O modelo de desenvolvimento dos países centrais não funciona para o
subdesenvolvimento da periferia global, as empresas que se instalam em busca de
mão de obra barata e mercado consumidor não estão necessariamente preocupados
com a geração de empregos e a dinamização da economia dos países se não aquele
que sedia a companhia, e pelo contrário passa a gerar a redução da produção, dos
níveis de postos de trabalho, bem como o aumento da inflação e das taxas básicas
de juros nestes lugares em que as multinacionais se estabelecem para minimizar os
custos e aumentar os ganhos.
A teoria da dependência destaca, como trazido pela CEPAL, a deterioração dos
termos de troca e com isso a transferência de renda que acontece no ciclo centro-
periferia, uma vez que as empresas internacionais repassam os lucros obtidos no sul
global para os países do norte capitalista. Estes movimentos causam ainda o
aumento do custo de vida, somada à diminuição dos salários, enquanto os Estados
vêem diminuir os recursos financeiros que passam ser destinados ao pagamento de
dívidas externas.
Tendo este balanço feito, a Teoria Marxista da Dependência identifica a existência
de uma relação dialética de transferência do valor do trabalho local materializado na
mercadoria para países centrais, via intercâmbio desigual e remessa de lucros e
juros, compondo um painel de dependência estrutural. Fatores como a super
exploração de trabalhadores da periferia, monopólios que reforçam a transferência
de renda, e a extração de mais-valia extraordinária para compensar a reprodução de
capital no centro e nas elites periféricas ameaçam diretamente a soberania estatal,
impedem o desenvolvimento nacional e minam a sustentabilidade das economias.
Dadas essas condições, o projeto de desenvolvimento da TMD envolve toda a
América Latina num projeto de integração para além da economia, que integre
cultura, trabalho e consumo, bem como passe a pensar os investimentos, a
educação, a saúde, a distribuição de renda coletivamente e visando o fim da super
exploração. Esta ideia supranacional contaria também com a integração política,
como no ideal bolivariano, já que não há perspectiva viável de sustentação dos
países latino-americanos frente ao centro capitalista sozinhos.
Por fim, os pensadores apontam para o destaque do papel das massas populares,
lideranças e movimentos sindicais, sociais, culturais, partidários e parlamentares,
que acima da burguesia nacional e do governo são os verdadeiros agentes da
revolução latino-americana.

Recomendações de leitura
BAMBIRRA, Vânia. O capitalismo dependente
latino-americano. Biblioteca do Pensamento
Crítico Latino-Americano. 2019
KATZ, Cláudio. A Teoria da Dependência: 50
anos depois. Expressão popular. 2020
WASSERMANN, Claudia. A Teoria da
Dependência: Do nacional-desenvolvimentismo
ao Neoliberalismo. Editora FGV. 2017
Novo Desenvolvimentismo
Principais pensadores: José Luis Oreiro e Nelson Marconi

O “Consenso de São Paulo” surge numa nova linha de pensamento da teoria


econômica, divergindo em aspectos centrais do pensamento desenvolvimentista
tradicional (também chamado de estruturalismo), e buscando através da proposição
de uma Nova Matriz Macroeconômica alcançar equilíbrio entre as políticas sociais e
as ações voltadas ao público investidor advindo do setor privado.
A partir do que Marconi e Oreiro (2016) apresentam como “Consenso de São
Paulo” surge uma nova linha de pensamento econômico no Brasil denominada Novo
Desenvolvimentismo, que tem como característica principal a centralidade na
dependência da poupança para promoção do desenvolvimento, sendo em algumas
escolas a poupança interna e em outros a poupança externa.
A teoria se basearia em soluções keynesianas a curto prazo para geração de
emprego e renda à população, que passaria então a movimentar naturalmente o
sistema de poupança interna já citado.
Para o desenvolvimento nacional, a nova matriz econômica deveria se basear
principalmente no consumo e demanda interna, o que é apontado pelos críticos
como um pilar perigoso no qual se apoiar, além de atrapalhar a formação de
poupança a partir do momento em que se depende muito do nível de consumo da
população para se sustentar. Assim, para os críticos, o desenvolvimentismo de
Oreiro e Marconi se basearia na baixa formação e investimentos em poupanças.
A partir do Novo Desenvolvimentismo surgem também duas correntes de
pensamento: o Desenvolvimento Exportador do setor Privado, e o Desenvolvimento
Distributivo Orientado pelo Estado, também chamado de Social-
Desenvolvimentismo. A primeira buscaria alternativas ligadas à valorização do setor
privado e criação de poupança externa, enquanto a segunda estaria mais ligada às
ações estatais para com a distribuição de renda e alocação de recursos.
O Novo Desenvolvimentismo, de Oreiro e Marconi, tem como princípios o
financiamento do desenvolvimento com poupança interna para impedir a
instabilidade cambial e problemas na conversão da moeda, a promoção de
importação de manufaturados com maior valor agregado (oposição a substituição de
importações), taxa de câmbio e taxa de juros operando para impedir que estas se
tornem um fator de atração rentista; salários crescendo juntamente com a
produtividade e não tornando os produtos nacionais caros internacionalmente;
política fiscal sadia, para impedir que a dívida pública torne o estado refém de
rentistas e bancos; Distribuição de renda voltada para investimento em educação e
capital humano e sempre incidindo sobre a transferência de riqueza entre gerações
procurando cortar o ciclo de pobreza e sem o risco de afastar investidores.

Recomendações de leitura

OREIRO, José Luis; MARCONI, Nelson. O Novo-


Desenvolvimentismo e seus críticos. CADERNOS
do DESENVOLVIMENTO, Rio de Janeiro, v. 11, n.
19, pp.167-179, jul.-dez. 2016
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Reflexões sobre
o Novo Desenvolvimentismo e o
Desenvolvimentismo Clássico. Revista de
Economia Política [online]. 2016, v. 36, n. 2, pp.
237-265.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Em busca do
desenvolvimento perdido: um projeto novo-
desenvolvimentista para o Brasil. Rio de Janeiro:
Editora FGV. 2018.
Desenvolvimento por Missões
Principal pensadora: Mariana Mazzucato

A teoria desenvolvimentista formulada por Mazzucato e exposta no livro “O Estado


empreendedor” surge a fim de repensar a atuação do Estado para superar grandes
desafios de modo inteligente. O debate gira em torno do reconhecimento dos
processos que levaram ao cenário atual como o avanço da mentalidade neoliberal
que fomenta o individualismo e reducionismo do Estado, além da necessidade de
revisão do que impossibilita as grandes missões do desenvolvimento de um país.
Desenvolvimento a partir do Estado empreendedor: Mariana Mazzucato, em 2014,
desenvolveu a teoria do desenvolvimento por missões, que coloca o setor público
como central no planejamento e tomadas de decisões a fim de fomentar o
crescimento econômico das nações. A partir de um diagnóstico dos limites e dilemas
estabelecidos pelo capital privado, bem como do avanço da mentalidade neoliberal,
apresenta-se uma única saída ao funcionamento do capitalismo: a coordenação
estatal de processos que podem integrar os interesses do setor privado.
Com vistas em desmentir os mitos do investimento de mercado, Mazzucato
também aponta para o setor público como a verdadeira liderança de projetos, e
investidor em áreas de risco que são normalmente atribuídas à iniciativa privada. O
investimento empresarial não é realmente corajoso e dinâmico como vem a ser o
financiamento público, pelo contrário, comporta-se como apostas seguras através
da compra e apropriação de estruturas que foram montadas a partir da aplicação de
capital estatal, reforçando sua característica de pouco se comprometer com áreas
de risco da economia.
Para tanto, é colocada a parceria entre setores público e privado como alternativa
para criação de novos mercados através dos mecanismos estatais de compra e
regulação, e a gestão empresarial.
Mais do que simplesmente pensar e propor etapas para o desenvolvimento por
missões, a teoria coloca como fundamental o papel do Estado na busca por inovação
que ultrapasse as noções de investimento apenas em P&D nos centros universitários
e laboratórios, e alcance a verdadeira posição de empreendedor a partir da escolha
de setores estratégicos e trajetórias tecnológicas que facilitem e ampliem a difusão
do conhecimento, bem como fomente o desenvolvimento industrial.
Por fim, a teoria apresenta também ao fim do ciclo de implantação do
desenvolvimento por missões, a instituição de reformas tributárias que criem fundos
de inovação que promovam o retorno dos investimentos iniciais para assim corrigir
as diferenças hoje existentes entre as aplicações na origem do processo e aquilo que
se obtém no final.

Recomendações de leitura

MAZZUCATO, Mariana. O Estado


Empreendedor. Editora Portifolio-
Penguin. 2014.

MAZZUCATO, Mariana.; PENNA,


Cateano. Estado vs. mercados: uma falsa
dicotomia. Revista Política Social e
Desenvolvimento, n. 21, jul. 2015
Escola Neoclássica
Principais pensadores: Franklin Serrano e Carlos Medeiros

A abordagem neoclássica a partir do excedente desenvolvida nos primeiros anos


do século XXI retoma as noções clássicas de excedente para compor uma análise a
respeito da capacidade de crescimento econômico da economia brasileira. Expondo
problemas das escolas de desenvolvimento tradicional e analisando as ideias que
regem o mercado, Serrano e Medeiros repensam o desenvolvimento brasileiro à luz
do excedente.
A escola apresenta logo em seu início a análise de dois problemas da economia do
desenvolvimento tradicional que deveriam ser corrigidos: primeiro a natureza de
adoção da análise e dimensão normativa muito rapidamente com intervenções por
meio de políticas públicas sem explicar como as economias em desenvolvimento se
comportam, e em segundo a falta de apropriação da discussão a respeito da
operação normal dos mecanismos de mercado, menosprezando assim as
dificuldades do planejamento no mercado de produtos.
Com isso, os organizadores da teoria mencionam as três ideias para o
funcionamento de mercado, sendo estas o conceito do excedente composto pelas
condições técnicas de produção e o salário de subsistência, o princípio da
substituição que coloca os preços relativos como índices de escassez, e o princípio
da demanda efetiva que expõe como o nível do valor agregado é determinado pela
oferta monetária do consumo.
Tendo a análise dos problemas das escolas de economia desenvolvimentista e dos
fatores de funcionamento do mercado, a essência da moderna abordagem clássica
do excedente se apóia nos seguintes pontos: na crítica interna ao princípio da
substituição, já que para eles não se pode ser deduzido em economias com meios de
produção produzidos, bem como não há fundamento nem para a tendência ao pleno
emprego de fatores, nem para a teoria do comércio internacional que deriva deste
princípio, no retorno à teoria geral do valor e distribuição para a visão baseada no
excedente, que leva à teoria objetiva dos preços relativos, onde os preços refletem
excedente, que leva à teoria objetiva dos preços relativos, onde os preços refletem
condições técnicas de produção e os mecanismos de distribuição de renda, e na
integração do princípio da demanda efetiva, uma vez que esta determina a produção
e que sua expansão acarreta o crescimento do investimento e da capacidade
produtiva, sendo ainda a demanda efetiva importante para a flutuação de curto
prazo e processos de acumulação de longo prazo.
Como o cerne das teorias neoclássicas é pensar o desenvolvimento combinado ao
crescimento econômico, a abordagem a partir do excedente não seria diferente.
Tendo a agricultura de alimentos se modernizado e seus preços relativos continuado
favoráveis, e ocorrido uma série de outros feitos como a transição demográfica, a
expectativa de redução do nível de pobreza e efeitos positivos na distribuição
pessoal da renda vem exclusivamente de uma retomada de crescimento econômico
com ênfase em investimentos em infraestrutura urbana e políticas de valorização do
salário mínimo.
O crescimento dos investimentos do setor privado só acontece quando apoiado no
simultâneo crescimento da demanda final que ocupe a capacidade produtiva criada,
uma vez que à elite que possui capital para investimentos interessa unicamente os
ganhos e a queda da capacidade produtiva ociosa.
Por fim, é apontado a necessidade de políticas macroeconômicas que estimulem e
administrem as divisas, que são vistas como os insumos escassos ao Estado para a
criação de demanda final interna.

Recomendações de leitura
BRESSR-PEREIRA, Luiz Carlos. Crescimento e Desenvolvimento
Econômico. Disponível em:
http://www.bresserpereira.org.br/Papers/2007/07.22.CrescimentoDese
nvolvimento.Junho19.2008.pdf
SERRANO, Franklin; MEDEIROS, Carlos. O Desenvolvimento Econômico e a
Retomada da Abordagem Clássica do Excedente. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rep/a/6GnPqL9c8CtBBVbS3RzwLZB/?lang=pt
A realização deste material só foi possível graças à
contribuição dos membros do Coletivo Arroz,
Feijão e Economia e do NEP Desenvolvimento
Nacional. Agradecimentos especiais aos redatores
Clara Saliba, José Bergamin e Lília Bombo.

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