Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O segundo:
i DI
contrário. Leia-se: em vez de em tudo ver o que lá não está, trata-se de
atentar exatamente para tudo aquilo que lá se dá de barato; seus restos,
por assim dizer.
Nesses termos, uma resposta afirmativa ao que, no presente,
intercepta-nos implica desinflacionar o que já se pensa em prol de
outras formas de efetuação de pensamento, empenhadas, quiçá, em uma
estetização microfisica do mundo, essa baseada apenas nas contingências
deste. Toca-nos, pois, ter olhos o bastante para abraçar a beleza sempre
renovada, porque insuspeita, das coisas ordinárias que se agitam ao redor,
as quais nada pedem de nós. Arremata o poeta aldeão: "[. .. ] o espírito
contemplativo que nunca saiu da sua aldeia tem contudo à sua ordem o
universo inteiro. Numa cela ou num deserto está o infinito. Numa pedra
dorme-se cosmicamente" (PESSOA, l982a, p. 425)
Estar à altura da grandeza proporcionada pelas coisas
desprovidas de significações herdadas requer um arranjo intelectivo
específico e, simultaneamente, um princípio de ação incontornável. Isto
é, para que se possa deixar encharcar pelo esplendor trágico do mundo,
é preciso cultivar uma recusa à gana edificante da história, alguma
recalcitrância do agir e, acima de tudo, uma solidão ansiada.
Se isso não for possível, que prospere o ódio, então.
Não: não quero nada I Já disse que não quero nada. I Não
me venham com conclus<les! I A única conclusão é morrer.
I Não me tragam estéticas! I Não me fa lem em moral! I
Tirem-me daqui a metaflsica! I Não me apreg-oem sistemas
completos, não me enfileirem conquistas I Das ciências
(das ciências, Deus meu, das ciências!) - I Das ciências,
das artes, da civilização moderna! I Que mal fiz eu aos
deuses todos? I Se têm a verdade, guardem-na! (PESSOA,
I~HWa, p. :l!JG-:lé!7).
***
A 1.400 quilômetros de Lisboa, no centro-oeste francês, nascia,
em 1926, um de seus habitantes mais ilustres: Michel Foucault. O
pensador provavelmente não conheceu a obra de Fernando Pessoa. Do
nascimento do segundo ao desaparecimento do primeiro, em 1984, duas
fatias distintas do século foram testemunhadas por cada um deles; um
século cujas turbulências resultaram em um ceticismo cortante quanto
aos universalismos e suas utopias redentoras.
A descrença em relação às grandes metanarrativas modernas
fez com que as artes, as filosofias, as ciências sociais e também a educação
- esta "um campo minado de metanarrativas" (SILVA, 1994, p. 256) -
ganhassem feições controversas, conflitantes e, no limite, fraturadas,
instaurando o que alguns autores vêm denominando a em da suspeita.
Pessoa ( 1982b, p. 49.'3) talvez o pressentisse:
IB.111
estandardizados, não obstante proclamem-se autoarbitrados, resultantes
de uma alardeada atividade autorreflexiva.
O plano teórico foucaultiano revela-se, por assim dizer, um
divisor de águas no que se refere a um tipo de perspectivação analítico-
crítica capaz de proporcionar uma mirada em nada abstracionista ou
laudatória do papel e da função das práticas educacionais no presente
democrático nas sociedades ocidentais.
Mais especificamente, os estudos foucaultianos na educação
lograram oferecer instrumentos para dimensionar um sem-número de
pontos nevrálgicos das práticas educacionais contemporâneas, incluindo,
algumas vezes, aquelas que se desdobram para além do quadrante escolar:
desde os investimentos psicologizantes na autonomização gestionária
discente sob o mantra do empreendedorismo/ empresariamento, passando
pelo clima reinante de desqualificação (hetero e autoimpingida, por sinal)
da autoridade docente, até o incontornável impacto de uma miríade de
demandas sociais nos afazeres pedagógicos, dentre outros. O que aí se pode
vislumbrar são certas mutações concretas das pautas do co nvívio escolar,
as quais descrevem uma rápida reconfiguração de uma forma escolar que,
no caso brasileiro, tão logo se pretendeu democrática, aliou-se aos ditames
daquilo que alguns autores têm chamado capltallsmo cognitivo.
Se, no ideário das teorias pedagógicas dominantes, sejam
elas desenvolvimentistas, sejam afiliadas ao pensamento progressista,
a educação escolar figura como condição slne gua non de passagem
para uma presumida maioridade do sujeito e, por conseguinte, para
uma também presumida transformação social (tenha ela um sentido
evolucionista, reformador ou revolucionário, tanto faz), no escopo da
teorização foucaultiana, por sua vez, a escola firma-se como propulsora
de mecanismos de incitação e conformação das novas gerações ao nexo
subjetividade-verdade em voga. Trata-se de um intrincado engenho
empenhado em um tipo de regulação de amplo espectro das condutas dos
viventes, estas intrinsecamente imantadas à norma .
Entende-se, desse ponto de vista, que tanto a escola pública
quanto a particular (do segmento infantil ao universitário, indistintamente)
atuariam, cada qual a seu modo, em prol de um mundo sob a batuta de uma
regulação ininterrupta e autoarbitrada da liberdade dos e pelos cidadãos.
Daí o esmorecimento da noção de educação como fator político decisivo para
a construção de um mundo minimamente comum, doravante fragmentado
em grupos identitários próprios digladiando pela fatia maior do bolo social.
Nessa perspectiva, o contato com as ideias foucaultianas
oportuniza uma pedagogia sem mistificação de nenhum tipo, já que
refratária aos binarismos ideológicos que designam a discursividade aí
em circulação. Isso significa que o efeito principal das ideias foucaultianas
na educação consiste na materialização de um horizonte intelectivo que,
longe de qualquer ensejo prescritivo ou dogmático, perfaz-se por meio
do usufruto de um tipo de gesto ético-político não contingenciado nem
pela grandiloquência, nem pela inércia decorrentes das ideias pedagógicas
salvacionistas da época.
Sendo assim, a tarefa dos estudos foucaultianos passa a ser o
desconfinamento cognitivo de enquadres interpretativos saturantes,
demonstrando que o que hoje nos soa verdadeiro, ou mesmo necessário,
abriga uma enorme porção de contingência e de arbitrariedade. Daí,
inclusive, a recusa a qualquer espécie de rendição seja ao plano das
representações, seja ao das mentalidades, abdicando-se, assim, da busca
por uma essencialidade universal ou por uma lei única capaz de reger os
modos de vida aí em curso. Trata-se, ao contrário, de se voltar à massa das
coisas ditas- aquilo do que a educação escolar ln toturn deveria se ocupar
- à moda de um acontecimento de cunho descontínuo e em constante
deslocamento. Uma educação do e pelo arquivo, em suma.
Impossível não fazer coro a Deacon e Parker ( 1998, p. 151 ),
quando afirmam que
iN:I
Na contramão dos discursos pedagógicos correntes e seus slogans
típicos, os quais redundam amiúde numa espécie de subalternização do
professor como intelectual, lograr-se-ia fazer operar o âmbito escolar
como uma arena ficcional- de natureza precisamente laboratorial, frise-se
- calcada em experiências, de uma parte, de imersão vertical no passado e,
de outra parte, de fomento a respostas imprevistas e dissonantes daquelas
apropriações obtusas desse mesmo passado que pululam nos manuais de
ensino; independentemente de sua afiliação teórica ou ideológica, aliás.
Ensinar, ao gosto arquivístico foucaultiano, exige, portanto, um
convívio intensivo com os mortos, a matéria única de uma aula que mereça
seu nome, a fim de que nos constituamos como viventes igualmente
dignos de um futuro que, não obstante, não será usufruído por nós. Trata-
se, assim, de uma interlocução sempre em delay, a qual só se efetiva com
e pelo outro, não obstante anônimo, rarefeito, sempre tardio (AQUINO,
2016) . Solidão, mais uma vez. Uma solidão grávida de encontros, porém.
Algo semelhante faz - em outro contexto, obviamente - o
escritor Valter Hugo Mãe (2014, p. 15) afirmar o seguinte:
***
A título de encerramento, oferece-se uma espécie de guia prático
para iniciantes na docência, à moda da iniciativa de Rainer Maria Rilke
(2009)- resguardadas as devidas proporções e, claro es tá, a es pecificidade
dos diferentes usos e fins. Ei-lo.
A cada novo ano, milhares de novos professores pisam pela
primeira vez em uma sala de aula. És apenas mais um entre eles, não te
esq ueças. E, por seres apenas mais um, mas também, quiçá, diferente de
todos os demais, seguem algumas recomendações de caráter eminentemente
prático, sem, contudo, qualquer intenção prescritiva.
Caso não sejas parente ou conhecido de algum proprietário,
diretor ou coordenador de escola particular, ou não tenhas sido selecionado
em nenhum concurso público, prepara-te para o péripl o das substituições,
contratos temporários e, eventualmente, o desemprego sazonal. Supondo
que es tejas iniciando tua carreira nesse momento, precisas saber que, se,
por um lado, serás obrigado a enfrentar, de supetão, as circunstâncias
pedagógicas mais esdrúxulas e desgastantes, por outro, terás a chance
única de conhecer os intestinos da história recente do país, tramada
paulatinamente por seus protagonistas comuns. Laboratório antropológico
melhor não há.
Imagino que tu, pela opção que fizeste, cultives expectativas de
um mundo melhor, de uma vida mais digna tanto para ti quanto mais aos
outros. Mas não. Teus próximos meses ou, talvez, anos não serão prósperos,
nem venturosos. Testemunharás iniquidades das mais diferentes ordens, é
certo. O desrespeito e o preconceito grassarão. Em breve, esquecerás por
completo as certezas inabaláveis que tinhas sobre igualdade, direitos e
quetais. Tuas ideias herdadas se tornarão bastante turvas. Saibas de uma
vez por todas: transformações substanciais do cenário educacional não serão
testemunhadas por tua geração. Tudo permanecerá como agora e antes.
Respira.
O mundo pedagógico se tornará cada vez mais complexo e
confuso, porém. As demandas burocráticas recrudescerão. Avaliarás e
serás avaliado no limite do fastio. Ao final do ano letivo, terás despendido
as melhores horas de tua evanescente juventude a corrigir provas e
trabalhos, a preencher relatórios, a convencer o mund o de que mereces
estar onde está ou, rnutatis mutandis, a sentenciar a pertença alheia.
Esquece tudo o que imaginaste ou ouviste dizer sobre a
profissão. Leva contigo apenas teus cinco sentidos, acompanhados de
nenhum alarmismo ou maledicência. A despeito das tantas convocações
em contrário, permanece atento apenas a que se passa r a teu redor e suas
frestas de oportunidade. Arrisca-te ao máximo, semp1·e tendo em mente
que uma aula não transforma o mundo, mas tampouco o espelha. Lá não
11:1•1
há heróis, nem malfeitores, tampouco vítimas. Contudo, no raio daquelas
quatro paredes, vidas menos ordinárias podem ser compartilhadas e, quem
sabe, esculpidas.
Se não, só te restarás, caso estejas empregado na escola pública,
ensinar os alunos pobres a rezar e, na escola privada, os ricos a trapacear.
Com tua anuência explícita ou tua revolta velada- tanto faz-, milhões de
alunos permanecerão, aqui e acolá, alheios à leitura, tanto mais à escrita.
Desterrados de um possível mundo comum, eles jamais poderão dizer do
que seus olhos aqui presenciaram. E passarão como se não tivessem havido.
Passarão em silêncio. Outros farão ruído, tanto e tanto. Em vão. Não serão
ouvidos. E contra todos e cada um deles tu te insurgirás, transferindo-lhes
o ônus daquele mundo comum outrora sonhado, o qual não mais terás
disposi ção para habitar.
Respira.
Nos dias cinzentos que apontam no horizonte, todos os teus
colegas, salvo um ou outro lobo solitário desgarrado da turba lamurienta,
encarnarão rotinas estereotipadas, mas sempre embaladas pela evocação
de um futuro promissor ou catastrófico- tanto faz- que, dessa e mais uma
vez, não virá. Em sua mão esquerda, certezas grandiloquentes; na direita,
a primeira pedra. Anestesiados pela crueza imediata do que insistirão em
nomear "a realidade", eles se alimentarão de um pão mirrado, sovado pela
falta de coragem de mudar traves tida em indignação. E tu farás o mes mo,
provavelmente. Ou não. Não se sabe.
Alguns de teus colegas iniciantes, mais afoitos, tombarão no
meio do ca minho; a maioria sobreviverá acabrunhada. Uma prostração
diuturna será a reação dominante ante os clamores da matéria humana
bruta que pede expressão e, ao mes mo tempo, talhe nas salas de aula.
Ali, os dias prosseguirão sem nenhum arrebatamento. Machado persistirá
ignorado; Guimarães, desconhecido; Drummond, negligenciado. Nenhuma
perplexidade, nenhum inconformismo, nenhum regozijo.
Respira.
Nas horas de insegurança, vale recorrer à companhia imaginária
de teus antigos professores, mas não a seus conselhos. Isso porque eles
não são portadores de nenhum saber excepcional sobre as entranhas do
ofício. Também para um professor tarimbado, as inquietações primeiras
permanecem em aberto. Somos órfãos de luz sempre, todos e cada um.
Soma-se a isso o fato de que toda aula que se preze nunca deixa de ser
enigma. Ali, as leis de causa e efeito simplesmente não fun cionam. Só se
saberá de fato o que ali se forjou muito tempo depois; décadas, talvez.
Previne-te contra a toxicidade premonitória de teus colegas
veteranos. Eles zombarão de tua inocência e de teu entusiasmo, atribuindo
a uma tal "experiência" por eles acumulada o ônus inconteste da prova.
Não confia em seus argumentos, já que não há evidências de segunda mão.
Afortunadamente, a vida não se repete. E, se ela ameaçar se repetir, algo
de embuste estará ali pedindo passagem.
Apesar disso, os sinais continuarão a bater, os pátios a ensurdecer,
os portões e grades a esconder. Indiferente ao passo arrastado dos dias,
a vida continuará explodindo a cada manhã, cada tarde e cada noite na
forma de empurrões, alaridos, palavrões. Estirões desenfreados. Do outro
lado do balcão, todos- tu incluído- alegarão cansaço, um cansaço secular
e irreparável. E obterão certa indulgência de seu respeitável e entediado
público. Mas algo penderá no ar, à espera de uma resposta tímida ou
extravagante que seja.
Respira.
Acostuma-te ao isolamento intrínseco. Ninguém virá em teu
socorro. Alunos parceiros haverá, mas sempre de modo contingente. Não
te iludas ao querê-los como iguais; eles estão sempre de passagem. Não te
atrevas a querê-los como rivais; eles são infinitamente mais fortes do que
tu. Esforça-te por estabelecer com eles uma lida precisamente intelectual,
corporificada na aventura de pensar juntos, em ato e in loco. Lembra-
te: fora de uma aula, um professor nada vale; é lá seu habitat exclusivo.
Cumpre tua parte, mas não esperes a exata contrapartida deles. Eles
estarão ocupados com um sem-número de apelos outros, mais atraentes e,
lógico, mais urgentes.
Se, ao cabo do primeiro ano de exercício profissional, tiveres
certeza de que teu destino deveria ser outro, mas não te sentires
confortável em nenhum outro espaço além daquele abismal entre carteiras,
lousa e cadernos, estarás pronto para te tornares um professor. Ou quase.
Compreenderás, então, que a escolha desse oficio não se define como um
projeto de vida, mas como a incapacidade de evitar um modo de existir em
que algo de mais-vida pede passagem todo o tempo, o tempo todo.
Com sorte, encontrarás, passados os anos, alguma alegria
incrustada nas intermitências do dia a dia. Para conhecê-la, será obrigatório
exercitares a arte da desesperança e, por conseguinte, a solidão necessária
que precede os grandes encontros. Talvez te dês conta deles apenas
quando fores velho. Justo o bastante.
Respira. E vai.
11:1'1
Referências
AQUINO, Julio Groppa. Da autoridade pedagógica à amizade intelectual: uma
plataforma para o éthos docente. São Paulo: Cortez, 2014.
______ . Dos usos de Vigiar e Punir na pesquisa educacional brasileira . In: CARVALHO,
Alexandre Filordi de; GALLO, Silvio. (Orgs.) Repensar a educação: 40 anos após Vigiar
e Punir. São Paulo : Livraria da Física, 2015. p. 137-171.
______ . Diálogos em delay: especulações em torno de uma temporalidade outra
do encontro pedagógico. Educação e Pesquisa, São Paulo, 2016 [ahead of print] .
Disponível em : <http://www.scielo.br/ scielo .php?script=sci_arttext&pid=S1517-
97022016005005103&1ng=pt&nrm=iso>. Acesso em : 10 abr. 2017.
CORAZZA, Sandra Mara. Currículo e didática da tradução : vontade, criação e crítica .
Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 41 , n. 4, p. 1313-1335, out./dez. 2016.
DEACON, Roger; PARKER, Ben. Escolarização dos cidadãos ou civilização da
sociedade? In: SILVA, Luiz Heron da (Org.). A escola cidadã no contexto da globalização.
2. ed . Petrópolis: Vozes, 1998. p. 138-153.
FOUCAULT, Michel. Vigiare punir: nascimento da prisão. 14. ed. Tradução de Raquel
Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987.
______ . Polêmica , política e problematizações. In: ______ . Ética, sexualidade, política.
Ditos & escritos V. Organização e seleção de textos por Manoel Barros da Motta ;
tradução de Elisa Monteiro e Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2004a . p. 225-233 .
______ . O cuidado com a verdade. In: ______ . Ética, sexualidade, política. Ditos &
escritos V. Organização e seleção de textos por Manoel Barros da Motta; tradução de
Elisa Monteiro e Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2004b. p. 240-251.
______ . A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: ______ . Ética,
sexualidade, política. Ditos & escritos V. Organização e seleção de textos por Manoel
Barros da Motta; tradução de Elisa Monteiro e Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2004c. p. 264-287.
MÃE, Valter Hugo. A desumanização . São Paulo: Cosac Naify, 2014.
PESSOA, Fernando. Textos de crítica e de intervenção. Lisboa : Ática , 1980.
______ . Livro do desassossego por Bernardo Soares. Vol. I. Lisboa: Ática , 1982a.
______ . Livro do desassossego por Bernardo Soares. Vol. 11. Lisboa : Ática, 1982b.
______ . Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986a.
______ . Escritos íntimos, cartas e páginas autobiográfrcas. Lisboa: Europa -América,
1986b.
RANCIERE, Jacques. A herança difícil de Foucault. Folha de S. Paulo, caderno Mais!,
p. 10, 27 jun. 2004. Tradução de Paulo Neves. Disponível em : <http://wwwl.folha.
uol.com.br/fsp/mais/fs2706200407.htm> . Acesso em: 20 jul. 2011 .
RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta. Tradução de Pedro Süssekind. Porto
Alegre : L&PM, 2009 .
SILVA, Tomaz Tadeu. O adeus às metanarrativas educacionais. In: ______ (Org.). O
sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 24 7-258.
II:JIII