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CIÊNCIAS

HUMANAS E
NATURAIS
Processos Histórico e Geográfico diante
da Problemática Mundial

Livro Eletrônico
Ciências Humanas e Naturais
Processos Histórico e Geográfico diante da Problemática Mundial
Júlio Santos

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
O Processo Histórico e Geográfico diante da Problemática Mundial. ...............................................4
A Velha Ordem Mundial ou Guerra Fria................................................................................................................4
Guerra Fria – Antecedentes.. ......................................................................................................................................4
1947: Desanexação da Iugoslávia...........................................................................................................................8
1948: Divisão da Alemanha. . .......................................................................................................................................9
1949: Macarthismo e Revolução Chinesa. .........................................................................................................11
1950: Guerra das Coreias.. ..........................................................................................................................................12
1953: Morte de Stalin...................................................................................................................................................14
1955: Conferência de Bandung. . ..............................................................................................................................14
1956: Guerra do Canal de Suez................................................................................................................................15
1959: Revolução Cubana.. ...........................................................................................................................................17
1962: Crise dos Mísseis na Baía dos Porcos. ...................................................................................................18
1962 A 1974: Guerra do Vietnã................................................................................................................................19
1972: Caso Watergate.. ................................................................................................................................................22
1979: Invasão do Afeganistão. . ...............................................................................................................................25
1979: Revolução Islâmica. . ........................................................................................................................................26
1980 a 1987: Guerra do Irã x Iraque.....................................................................................................................27
1991: Desintegração da URSS. . ...............................................................................................................................29
Exercícios.............................................................................................................................................................................31
Gabarito...............................................................................................................................................................................44
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................45

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Júlio Santos

Apresentação
Olá, caro(a) aluno(a)!
É com uma satisfação imensurável que o recebo e convido para adentrarmos em mais
um encontro e discutirmos sobre o processo histórico e geográfico diante da problemática
mundial. E, para isso, é necessário um estudo pormenorizado em busca de um excelente
aprendizado, uma vez que é um assunto recorrentemente cobrado em diversas provas e
concursos. O processo histórico e geográfico diante da problemática mundial tem como
principal aspecto o estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial, que é um tema bastante
interessante. E, para termos um aprendizado otimizado, devemos compreender sua origem,
os conflitos indiretos e a conexão existente com a ordem anterior, a globalização e os blocos
econômicos. É importante termos em mente que destacarei nesse momento a antiga ordem
mundial e sua transição com a solidificação dos blocos e do fenômeno de globalização bas-
tante presente em nosso cotidiano.
Enfim, devemos ter foco, disciplina, motivação e muito treino, que devem ser pilares em
sua rotina diária para seu sucesso e, com isso, criar condições para que você alcance os seus
objetivos. O tempo urge! É improtelável iniciar os estudos o quanto antes, mas fique calmo, já
que o conteúdo a seguir foi confeccionado de acordo com seu edital e com diversos exercícios
comentados. A principal dica é ler, reler e fazer o máximo possível de exercícios, uma vez que “a
repetição é a mãe da aprendizagem, o pai da ação, o que a torna o arquiteto da concretização”.
Após essa conversa inicial, vamos colocar a mão na massa!
Mas não se esqueça que foco, disciplina, motivação devem te acompanhar. Então vamos
ao trabalho!
Júlio Santos

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O PROCESSO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DIANTE DA


PROBLEMÁTICA MUNDIAL

A Velha Ordem Mundial ou Guerra Fria


É a expressão jornalística para designar o período compreendido entre 1945 e 1991. Essa
guerra teve início em 1945, após os episódios de Hiroshima e Nagasaki, e seu fim foi em 1991,
com a formação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes). A Nova Ordem Mundial é um
sistema caracterizado pelo equilíbrio das forças e do poder das potências globais, envolvendo a
disputa por áreas de influência nos campos diplomático, econômico, militar, cultural e político.

Obs.: Ordem: organização, ordem no sentido de imposição.

Guerra Fria – Antecedentes


É o fim da Segunda Grande Guerra, em que existe a disputa de dois grupos, estando de
um lado o eixo formado por Itália, Japão e Alemanha (Eixo alemão) e, de outro, os aliados,
formados por EUA, Inglaterra, França e URSS (Aliados). Os EUA têm um papel fundamental
na guerra centrado em fortalecer os Aliados e levar à derrota o Eixo. Logo após a Segunda
Guerra, ocorre o fortalecimento dos EUA e da URSS, que iniciam os atritos por possuírem sis-
temas econômicos antagônicos. O capitalismo americano e o socialismo soviético, ambos
buscavam a expansão dos mercados.
A Guerra Fria é caracterizada por quatro pilares:
• Bipolarização;
• Conflitos indiretos;
• Corrida espacial;
• Corrida armamentista.

Em relação ao movimento de bipolarização, de um lado, há o capitalismo americano e,


do outro, o socialismo soviético em busca de áreas de expansão. Sobre os conflitos indire-
tos, nunca houve conflito entre soldados americanos e soviéticos, porque, a partir de 1949,
eles tiveram em comum o fato de serem detentores de armas nucleares, o que promoveu a
possibilidade do fim de qualquer forma de manifestação de vida do planeta, gerando apenas
conflitos indiretos. Ainda sobre as características da Guerra Fria, podemos citar a corrida
espacial, em busca de novas tecnologias, e a corrida armamentista, fruto da possibilidade de
mais um conflito de ordem global.
É importante salientar que algumas conferências foram marcantes durante o período da Se-
gunda Guerra Mundial, culminando na ocorrência da Guerra Fria. Dentre elas, podemos destacar:

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• Conferência de Teerã (dezembro de 1943): reunião dos Aliados contra a política do eixo;
• Conferência de Breton Woods (julho de 1944): estabelece o gerenciamento econômico
mundial;
• Conferência de Yalta (fevereiro de 1945): os Aliados discutem o futuro do planeta já
acreditando em sua vitória;
• Conferência de Potsdam (julho de 1945): a URSS passa a influenciar o Leste Europeu;
• Conferência de São Francisco (1945): as grandes potências buscavam substituir a Liga
das Nações pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O fim da Segunda Guerra ocorre a partir dos episódios dos ataques nucleares ao Japão
pelos Estados Unidos visando demonstrar o poder bélico e a vingança em função do episó-
dio de Pearl Harbor, além de promover o fim da Segunda Grande Guerra. A Guerra Fria inicia
a partir do fim da Segunda Guerra quando o Japão é derrotado em 15 de agosto de 1945.
Contudo as conferências realizadas durante o conflito já demonstravam o enfraquecimento
do Eixo alemão. Lembre-se que, em fevereiro de 1945, ocorre uma reunião em que estavam
presentes Franklin Roosevelt (EUA), Winston Churchill (Grã-Bretanha) e Stalin (URSS), onde
discutiram o futuro do mundo pós-guerra, tamanha a crença na vitória dos Aliados.
Veja a foto do encontro:

Fonte: https://ospyciu.wordpress.com/2016/07/28/segunda-guerra-mundial-as-conferencias-de-yalta-e-pots-

dan-texto-e-videos/

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Roosevelt morre dia 12 de abril de 1945, de um derrame cerebral, assumindo Harry Truman
(anticomunista). No mês seguinte, em maio de 1945, a Alemanha é derrotada, ocorrendo,
em seguida, em julho do mesmo ano, um novo encontro na cidade de Potsdam (Alemanha),
onde as três grandes potências se encontraram para discutir o futuro da Alemanha, ficando
estabelecida a sua divisão, assim como de Berlim, em quatro zonas militarizadas – fato que
seria implementado em 1948.
Veja a foto do encontro:

Fonte: https://twitter.com/fotosdefatos/status/768913591013695489?lang=da

A guerra ainda estava a todo vapor quando, em 06 de agosto de 1945, os Estados Unidos
atacam a cidade japonesa de Hiroshima com a Little boy, e a resistência japonesa promove um
novo ataque em 09 de agosto de 1945, em Nagasaki, com a bomba denominada de Fat man,
levando os japoneses a um armistício em 15 de agosto de 1945. A rendição oficial ocorreu
somente em 2 de setembro de 1945.
Veja a bomba Little boy, que matou cerca de 95 mil pessoas, e a bomba Fat man, que
ceifou 65 mil vidas. É claro que não existia intensa precisão quanto às mortes fruto desses
ataques, que, originalmente, seriam em Tóquio, mas o reforço das tropas japonesas na cidade
realinhou os planos americanos para Hiroshima e Nagasaki.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fat_Man

Após o fim da Segunda Guerra, diversos conflitos indiretos, corridas armamentista, nuclear e
espacial caracterizaram os anos seguintes em um momento da história denominado de Guerra Fria.

No dia 5 de março de 1946, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill proferiu um famoso


discurso em Fulton, no Missouri (EUA), em que usou a expressão “iron curtain”, ou “cortina de ferro”.
O termo foi usado para definir a divisão da Europa em duas partes, Oriental e Ocidental. Enquanto
a primeira estava sob controle da União Soviética, a segunda era zona de influência dos Estados
Unidos. O período relacionado a esta divisão política e econômica é chamado de Guerra Fria. Em seu
discurso, em uma livre tradução para o português Churchill disse: “De Estetino, no (mar) Báltico, até
Trieste, no (mar) Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Atrás dessa linha, estão
todas as capitais dos antigos estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia, Berlim, Praga, Viena,
Budapeste, Belgrado, Bucareste e Sofia; todas essas cidades famosas e suas populações estão
no que chamo de esfera soviética, e todas estão sujeitas, de uma forma ou de outra, não somente
à influência soviética, mas também a um forte, e em certos casos crescente, controle de Moscou.1

A partir do inflamado discurso de Churchill, Harry Truman estabelece a Doutrina Truman, que
foi o nome dado a uma política externa direcionada ao bloco de países capitalistas onde qualquer
país que sofresse ameaça externa ou interna do socialismo teria o apoio dos Estados Unidos.

Mas o que seria uma ameaça externa? E uma ameaça interna?

A ameaça externa consiste na imposição da URSS de seu socialismo sobre um país capi-
talista, e a interna consiste no crescimento exagerado de partidos de esquerda.

Obs.: Partidos de esquerda!!!!!!!!!!

Sim, isso mesmo. O governo americano defendia a democracia, contudo esta era vigiada
para o controle da ordem social. É durante a introdução da Doutrina Truman que o secretário
de estado, George C. Marshall, propõe a implantação de um plano voltado à ajuda econômica
para reconstruir os países europeus.

1
Fonte: https://history.uol.com.br/hoje-na-historia/churchill-usa-expressao-cortina-de-ferro-para-definir-divisao-da-europa

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O Plano Marshall, desenvolvido pelo general estadunidense George C. Marshall, consistiu


na aplicação de medidas de política econômica para reconstrução da Europa após a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945) – o que passou a ser feito a partir de 1947. O nome oficial do pla-
no era European Recovery Program (Programa de Recuperação Europeia). De 1948 a 1952, os
Estados Unidos aplicaram cerca de 12, 6 bilhões de dólares nos países europeus, sobretudo na
Grã-Bretanha, França e Holanda. A ideia original do general Marshall era incluir todos os países
da Europa no programa, mesmo aqueles pertencentes à União Soviética. Mas, em 1947, Josef
Stalin, que, durante os anos finais da guerra, havia lutado ao lado dos Aliados (comandados por
Inglaterra e Estados Unidos) contra Alemanha, Itália e Japão, negou-se a aceitar a ajuda dos
EUA. A recusa se deu por motivos ideológicos e estratégicos e acabou por desencadear o início
da Guerra Fria. Como forma de rivalizar com o Plano Marshall, a URSS criou seu próprio plano
de reconstrução econômica dos países do Leste Europeu que estavam sob a sua influência: o
Comecon (Conselho de Assistência Econômica Mútua). Alguns desdobramentos importantes
do Plano Marshall foi a criação da OECE (Organização para Cooperação Econômica Europeia)
e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A primeira entrou em vigor em 16 de
abril de 1948 e teve o objetivo de coordenar a distribuição dos fundos empregados pelos EUA
e integrar os países europeus diretamente envolvidos com os investimentos.
Entre os principais conflitos da Guerra Fria, podemos destacar:
• 1947: Desanexação da Iugoslávia;
• 1948: Divisão da Alemanha;
• 1949: Macarthismo, Revolução Chinesa;
• 1950: Guerra das Coreias;
• 1953: Morte de Stalin;
• 1955: Conferência de Bandung;
• 1956: Guerra do Canal de Suez;
• 1962: Crise dos mísseis;
• 1963: Guerra do Vietnã;
• 1979: Invasão do Afeganistão e Revolução Islâmica.

1947: Desanexação da Iugoslávia


O dia 7 de março de 1945 marca a proclamação de Tito como presidente do conselho de
ministros e ministro da defesa do novo governo instaurado na Iugoslávia. No mês seguinte, visita
oficialmente a ex-União Soviética. Após um período de tensão em suas relações com o Ocidente –
quando os iugoslavos tentam tomar Trieste e derrubam um avião norte-americano –, Tito afasta-se
da ex-União Soviética e, em 28 de junho de 1948, efetiva o rompimento. Do ponto de vista interno,
a Iugoslávia adota, então, medidas mais próximas do capitalismo do que do socialismo: o lucro
não é proibido e a socialização, tanto na cidade como nos campos, é feita moderadamente. Em
termos internacionais, o país aproxima-se do Ocidente, tendo recebido ajuda dos EUA.

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Com a morte de Stalin, os novos dirigentes soviéticos tentam uma reaproximação; vão a
Belgrado e suspendem os ataques ao governo iugoslavo. Tito retribui a visita e, durante algum
tempo, tem-se a impressão de que voltaria a se filiar ao grupo socialista. Mas, sem jamais ter
se aliado completamente ao lado ocidental, não se une completamente ao lado comunista.
Tito prefere se juntar à chamada “corrente neutralista”, da qual participam Nehru (Índia) e
Nasser (Egito), que, durante algum tempo, parece reunir o chamado Terceiro Mundo. As dis-
sensões internas nos países desse grupo, a morte de Nehru e, depois, a de Nasser, acabam
deixando Tito sozinho e voltado exclusivamente à Iugoslávia.
Foi graças à sua política de não alinhamento durante a Guerra Fria e de divisão dos poderes
entre as repúblicas que formavam a Iugoslávia (Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia- Herzegovina,
Montenegro e Macedônia) que Tito conseguiu manter a paz nos Balcãs. Ainda que ele seja acu-
sado de executar, no início de seu governo, croatas e bósnios anticomunistas, também é verdade
que, instituindo um sistema federalista – no qual diminuiu a influência de sérvios e croatas e deu
maior representatividade aos outros grupos –, ele inaugurou um período de paz para a região.
Com a morte de Tito, em 1980, o cargo de presidente da Iugoslávia passou a ser rotativo
entre as repúblicas. Contudo, por volta de 1989, o sistema começou a expor suas fragilidades
– e os velhos ódios entre as diferentes etnias e religiões renasceram. Além disso, a profunda
crise econômica gerada pelo desmoronamento do Leste Europeu e o surgimento de partidos
ultranacionalistas contribuíram para, primeiro, jogar o país no caos e, depois, desintegrar a
Iugoslávia (fonte: https://educacao.uol.com.br/biografias/tito.jhtm).

1948: Divisão da Alemanha


No ano de 1948, foi colocada em ação a divisão tanto da Alemanha quanto de Berlim em
quatro zonas militarizadas diante de uma proposta já discutida anteriormente na conferência
de Potsdam em 1945. Isso acarretou, entre outras coisas, a formação da República Democrá-
tica da Alemanha (RDA ou Alemanha Oriental) e da República Federativa da Alemanha (RFA ou
Alemanha Ocidental). Já havia sido discutida, na região da Alemanha, a ideia da sua divisão
em quatro zonas militarizadas, que seriam de controle dos Estados Unidos, França (bonifica-
da por sua atuação na Segunda Grande Guerra), Grã-Bretanha e União Soviética. Da mesma
forma, Berlim seria dividida em quatro zonas militarizadas, pertencentes à União Soviética,
Estados Unidos, França e Grã-Bretanha.

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Veja um desenho esquemático:

É importante salientar que uma zona militarizada é uma região onde é estabelecida a ordem
e depois entregue para seu proprietário legal, que, nesse caso, seria o povo alemão. No entanto,
Josef Stalin era um ditador e resolveu introduzir o socialismo em sua região, criando a Repúbli-
ca Democrática da Alemanha, também conhecida como Alemanha Oriental. Ele também criou
Berlim Oriental. Por outro lado, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França uniram-se e formaram a
República Federativa da Alemanha ou Alemanha Ocidental. Da mesma forma, a parte de Berlim
que caberia aos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha ficou conhecida como Berlim Ocidental.
A Berlim Oriental era abastecida pela Alemanha Oriental, mas o grande problema era abas-
tecer a Berlim Ocidental, pois esta não fazia fronteira com a Alemanha Ocidental. A solução
encontrada em um primeiro momento coube ao presidente americano Harry S. Truman, que
promoveu o deslocamento de caminhões da Alemanha Ocidental que entravam nas estradas
da Alemanha Oriental até chegar na Berlim Ocidental. A facilidade de acesso nas áreas con-
troladas por Stalin faz com que o governo americano envie, além de alimentos e suprimentos,
grandes somas de dinheiro voltadas a investir na região como forma de propaganda ideológica.
O governo de Stalin nada fez, já que, nesse momento, os EUA possuíam armas nucleares, fato
que será acessível à URSS somente no ano de 1949.
O envio de alimentos e de recursos financeiros fez com que a Berlim Ocidental tivesse
intensa prosperidade em detrimento da falta de investimentos na Berlim Oriental. No momento
em que a Berlim Ocidental tem prosperidade, é natural que comece a ocorrer deslocamento
de berlinenses orientais para a Berlim Ocidental. Diante disso, Stalin resolveu reagir e fechou
as rotas terrestres que davam acesso à entrada de suprimentos da Alemanha Ocidental em
direção à Berlim Ocidental passando pela Alemanha Oriental. Ele queria desabastecer a Ber-
lim Ocidental e, dessa maneira, a partir do momento em que esses indivíduos começassem
a passar necessidades, eles pediriam para ser anexados à Berlim Oriental. Porém Harry S.
Truman era sagaz e resolveu abastecer a Berlim Ocidental por via aérea, enchendo um car-
gueiro de suprimentos e chamando dois pilotos de caça que teriam a função de escoltar esse
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cargueiro com suprimentos, com a ordem de atacar qualquer aeronave que se aproximasse
mesmo em espaço aéreo controlado pelos soviéticos. Eles sairiam da Alemanha Ocidental,
passando pelo espaço aéreo da Alemanha Oriental, que era controlado por Stalin, até chegar
na Berlim Ocidental. Stalin foi massacrado pela mídia, uma vez que o governo americano
estava invadindo o espaço aéreo que, em tese, era controlado pelo ditador. Durante meses,
Truman enviou suprimentos por via aérea, que foram escoltados por aviões caça.
Diante de tal situação, Stalin encontra uma solução que consiste em reabrir as rotas
terrestres e iniciar um movimento caracterizado pela construção do muro de Berlim, a qual
tinha como objetivo evitar o deslocamento de berlinenses orientais em direção à Berlim Oci-
dental. Essa foi uma das maiores crises na história da Guerra Fria – a denominada Crise de
Berlim. Mesmo em momentos extremamente complicados, nunca mais houve o fechamento
das rotas que ligavam a Alemanha Ocidental à região da Alemanha Oriental. Porém houve
uma separação de famílias durante mais de 50 anos, fruto da política desenvolvida durante
a Guerra Fria, caracterizada pela bipolarização.

1949: Macarthismo e Revolução Chinesa


Em 1949, a União Soviética fez os primeiros testes nucleares, o que causou grande alarde
dentro dos Estados Unidos, pois a União Soviética não tinha tecnologia para a realização de
testes nucleares. O governo americano instaurou, então, um Comitê de Atividades Antiameri-
canas e começou a haver um movimento em que qualquer americano era um potencial espião
da União Soviética. Esse movimento foi chamado de “Caça às Bruxas” ou “Macarthismo”, em
razão da presidência do Comitê de Atividades Antiamericanas estar centrada na figura do
presidente Joseph McCarthy. O casal Julius e Ethel Rosenberg, americanos de origem judaica
que, ao que tudo indica, vendiam planos secretos ao governo de Stalin, foi acusado de crime
de traição. Foi a primeira vez na história norte-americana que, em tempos de paz, indivíduos
foram acusados por crimes de guerra. Isso aconteceu no ano de 1949. Este ano não foi bom
para os Estados Unidos, pois foi o ano em que aconteceu também a Revolução Chinesa, no dia
1º de outubro de 1949, quando ocorre a derrubada de Chiang Kai-shek e a subida ao coman-
do da China de Mao Tsé-Tung. Chiang tinha boas relações com o governo norte-americano,
sendo um agente político dos Estados Unidos dentro do governo chinês. Porém aconteceu
uma revolta liderada por Mao Tsé-Tung, quando os camponeses promoveram a derrubada de
Chiang Kai-shek. A subida de Mao Tsé-Tung foi caracterizada pelo processo de aproximação
com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o que promoveu o fortalecimento do mo-
delo econômico socialista, logo não foi bem-visto pelos Estados Unidos. O ano de 1949 foi
o momento do “equilíbrio do terror”, pois tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética
passaram a ser detentores de armas nucleares.

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Mao Tsé-tung - https://www.dw.com/pt-br/1976-morre-mao-ts%C3%A9-tung/a-625152

1950: Guerra das Coreias


Logo após a subida de Mao Tsé-Tung ao comando da China, foram iniciados atritos entre
a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, atritos estes estimulados pela China, que deu suporte
à Coreia do Norte para invadir a Coreia do Sul, culminando em um conflito entre os anos de
1950 e 1953: a denominada Guerra das Coreias.
É importante lembrar que as duas Coreias foram separadas pelo Paralelo 38, nos meados da
Primeira Grande Guerra. A China faz fronteira com a Coreia do Norte, e há uma divisão entre as
Coreias por meio do Paralelo 38. Com a vitória chinesa e com o estímulo da China, a Coreia do
Norte resolveu invadir a Coreia do Sul, por mágoas causadas durante o processo de fragmentação
das duas Coreias. A Coreia do Norte queria anexar a Coreia do Sul e a Coreia do Sul queria anexar
a Coreia do Norte, porém, nesse momento, a Coreia do Norte teve o apoio chinês, no sentido de
dar o suporte necessário à invasão da Coreia do Sul, que ocorreu no ano de 1950. Assim, a Coreia
do Norte invadiu a Coreia do Sul de forma tão bem-sucedida que todos acreditavam na vitória da
Coreia do Norte sobre a Coreia do Sul. Na invasão, a Coreia do Norte pressionou os sul-coreanos
ao sul do território. Nesse momento, entrou no conflito o governo norte-americano, que tinha, desde
o final da Segunda Guerra Mundial, bases militares localizadas no Japão. O governo americano,
na figura do General Douglas MacArthur, resolveu dar apoio à Coreia do Sul.
Douglas utilizou uma estratégia bastante inusitada. Posicionou navios na porção ao leste
da península, enquanto fez um ataque na porção ao oeste, promovendo um deslocamento
dos norte-coreanos que acreditavam numa invasão ao leste da península. Douglas MacArthur
começou a pressionar o presidente Harry S. Truman para invadir e derrotar a Coreia do Norte e
depois a China. Porém invadir a China era declarar guerra ao seu principal aliado, a União das

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Repúblicas Socialistas Soviéticas. Aconteceram, então, vários atritos entre o General Douglas
MacArthur e o presidente Truman. Muitas vezes, a imprensa aproveitou, de maneira extrema-
mente desonrosa, o atrito entre Douglas MacArthur e Harry S. Truman a tal ponto que ele foi
obrigado a exonerar MacArthur. Os generais que entraram não tiveram o mesmo sucesso, o
mesmo controle de tropas e a mesma estratégia, fazendo com que a Coreia do Norte, que
estava suprimida para o final do território acreditando na vitória da Coreia do Sul, retomasse os
territórios até o ponto da localização do Paralelo 38. Portanto, com a exoneração de Douglas
MacArthur, a Coreia do Sul, em cuja vitória todos acreditavam, começou a perder territórios e
voltou à situação inicial de antes da guerra. Todo esse processo durou um ano (1950 a 1951)
e os anos seguintes (1951 a 1953) foram chamados de Guerra de Latência. Existia o conflito,
porque não tinha o cessar-fogo nem tratado de paz, mas era um conflito amenizado. Porém
o ano de 1953 alterou todo esse cenário, pois ocorreu a morte de Stalin.
Veja a evolução do conflito:

https://www.todamateria.com.br/guerra-da-coreia/

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1953: Morte de Stalin


No ano de 1953 ocorreu a morte de Stalin. Quando Stalin morreu, a China, que era um dos
grandes aliados da União Soviética, voltou suas atenções totalmente para a União Soviética
em relação àquele que promoveria a sucessão de Stalin. Todo o suporte que estava vinculado
à Coreia do Norte foi perdido. Os norte-coreanos tiveram uma preocupação de que, se os Es-
tados Unidos e a Coreia do Sul se unissem mais uma vez, eles poderiam derrotar facilmente
a Coreia do Norte, que não tinha mais o apoio que antes era promovido pela China, uma vez
que as atenções chinesas estavam voltadas para a sucessão em relação a Stalin. Diante dis-
so, os norte-coreanos iniciaram os primeiros passos à assinatura de um armistício no ano de
1953. Atualmente, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul não têm um tratado de paz. Há uma
fragilidade que está vinculada à assinatura apenas de um cessar-fogo, ou seja, apenas de um
armistício. Portanto a guerra foi de 1950 a 1953 e não houve vitoriosos, voltando à situação
inicial na qual a Coreia do Norte e a Coreia do Sul foram divididas por meio do Paralelo 38.

Stalin - https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-stalin-uniao-sovietica-morte.phtml

1955: Conferência de Bandung


A morte de Stalin gerou um processo de sucessão, entre 1953 e 1956, por parte do parti-
do comunista da União Soviética (PCUS). O partido comunista promoveu uma sucessão de
maneira provisória até a indicação de Nikita Kruschev no ano de 1956. Os anos de 1953 a
1956 foram anos de grande piora no processo econômico atrelado à União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas. Houve uma pressão popular devido à decadência ostensiva da quali-
dade de vida da população, e Nikita Kruschev foi indicado ao comando da União Soviética. Ele
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iniciou o movimento conhecido como desestalinização da economia. Porém, no governo do


partido comunista de 1953 a 1956, ocorreu uma nova conferência chamada de Conferência
de Bandung, na Indonésia. Ela também foi chamada de Conferência dos Países Neutros ou
Não Alinhados. Eram países capitalistas e socialistas que não queriam apoiar a política capi-
talista sugerida pelo governo norte-americano nem a política socialista sugerida pela União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Eles permaneceram neutros durante a Guerra Fria.

Na Conferência de Bandung, também conhecida como Conferência dos Países Não Alinhados,
havia países capitalistas e socialistas, porém eles não eram seguidores nem das percepções
ideológicas defendidas pelos Estados Unidos, com seu capitalismo, nem das percepções ideo-
lógicas defendidas pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, com o socialismo.

1956: Guerra do Canal de Suez


Em 1956, durante o governo de Kruschev, ocorreu a Guerra do Canal de Suez, que é um
canal artificial que faz a ligação da região do Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Ele está locali-
zado no Egito e foi projetado pelo engenheiro francês Ferdinand de Lesseps com o objetivo
de facilitar as transações comerciais. A Guerra do Canal de Suez foi uma crise política no
ano de 1956, quando a França e o Reino Unido, com o apoio de Israel, que utilizavam o canal,
declararam guerra ao Egito. O presidente até então era Gamal Abdel Nasser, que nacionalizou
o Canal de Suez após promover a derrubada do rei Farouk. Nasser tinha duas características
que eram extremamente complicadas: era xenófobo e ufanista. Ou seja, ele tinha aversão
aos estrangeiros e um nacionalismo exacerbado. Começou a haver um conflito, pois, quando
Gamal derrubou o rei Farouk, ele iniciou um movimento caracterizado pela nacionalização do
Canal de Suez. De um lado estava a França e o Reino Unido, que eram controladores do Canal
de Suez, e aliado a eles estava o Estado de Israel. Do outro lado estava o Egito. Israel apoiava
a França e o Reino Unido, pois, no ano de 1917, aconteceu a Declaração de Balfour, em que o
Reino Unido, na figura principalmente da Inglaterra, se comprometeu a apoiar a formação de
Israel, que ocorreu no ano de 1949, após a Guerra da Independência contra o Mundo Árabe.
Nesse momento, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, na figura de Nikita Kruschev,
viu uma grande oportunidade. Nikita assumiu o governo em 1956 e começou o movimento
conhecido como desestalinização da economia. Ele revogou tudo aquilo que lembrava direta
ou indiretamente o governo de Stalin. E essa revogação muitas vezes levou a uma piora da
qualidade de vida da população, que começou a questionar as ações de Nikita. A população
não o via com bons olhos nem os militares que davam suporte à manutenção de Nikita no
comando do país. Nikita perdeu o suporte e viu, na Guerra do Canal de Suez, uma possibilidade
de se fortalecer junto aos militares e à população. Ele ofereceu ajuda ao Egito, ameaçando
lançar mísseis em Londres e Paris caso a França e a Inglaterra não retirassem suas tropas

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do Canal de Suez. Imediatamente a França e a Inglaterra pediram ajuda ao seu principal


aliado, os Estados Unidos. Nessa época, o presidente americano era Dwight D. Eisenhower,
que buscava reeleição e não se interessou pelo conflito. Nesse momento havia um total de-
sequilíbrio nuclear entre Reino Unido, França, Israel e a União Soviética, esta última que tinha
armas nucleares desde o ano de 1949. Ocorreu a vitória de Gamal Abdel Nasser. Na verdade,
o grande vitorioso foi Nikita Kruschev, que voltou aclamado pelo povo e pelos militares. Pelo
povo, pois ele demonstrou para o mundo inteiro naquele momento que a União Soviética era
a grande potência militar. Já para os militares, ele mostrou o poder de expansão da União
Soviética. Isso acabou gerando uma estabilidade que durou até 1964, quando este saiu do
comando da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Gamal Nasser alcançou os seus objetivos e, em seguida, fez um movimento chamado de
Pan-arabismo – convocação do mundo árabe para derrubar o Estado de Israel. O discurso
dele era de que já havia derrubado as grandes potências da Europa (Reino Unido e França)
e que agora caberia jogar “o grande inimigo” ao mar. Isso acabou culminando na Guerra dos
Seis Dias (1967) – o Estado de Israel venceu, o que culminou, posteriormente, na crise do
petróleo e na Guerra de Yom Kippur em 1973.
A Guerra de Suez indica duas vertentes: de um lado, a estabilização em parte da União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas e, de outro lado, os conflitos da modernidade que ca-
racterizam o Oriente Médio – entre eles a Guerra dos Seis Dias, a crise do petróleo, a Guerra
do Yom Kippur e, posteriormente, as chamadas Primeira e Segunda Intifada.
Veja:

http://www.clebinho.pro.br/wp/?p=2522
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1959: Revolução Cubana


Três anos depois, em 1959, a Guerra Fria mudou o foco da Europa para a região da Amé-
rica, particularmente em Cuba, que era governada até o dia 1º de janeiro de 1959 por Fulgên-
cio Batista, um agente político dos Estados Unidos. Ele fez um discurso veemente, no dia
31/12/1958, desejando um feliz 1959 para a população cubana. Ao mesmo tempo em que
ele fez o discurso, na passagem do dia 31/12 para o dia 1º de janeiro, fugiu da Ilha Caribenha
com o apoio do governo norte-americano, e as tropas aliadas a Fidel Castro, Che Guevara e
Camilo Cienfuegos tomaram, sem qualquer resistência, a capital de Cuba, Havana. Fidel Castro
tomou o comando da região e começou a introduzir aos poucos uma doutrina mais aliada ao
movimento socialista, que tinha características da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Uma das grandes medidas de Fidel Castro foi caracterizada pelo processo de estatização da
economia, o que não foi visto com bons olhos pelo governo norte-americano. É importante
lembrar que Cuba era o “quintal” dos Estados Unidos. Os grandes investimentos em Cuba
eram de norte-americanos, e, de repente, Fidel Castro tomou o comando da região e iniciou
uma política caracterizada pela estatização, com o confisco de bens privados, de dinheiro e
a introdução de um regime caracterizado pelo socialismo e, mais do que isso, a promoção
do movimento de reforma agrária, o que acabou impactando os grandes latifundiários, sendo
que parte deles eram de origem norte-americana.

Em 1º de janeiro de 1959 ocorreu a Revolução Cubana, movimento armado que culminou na


destituição de Fulgêncio Batista e na subida de Fidel Castro, movimento este que acabou pro-
movendo uma insatisfação do governo norte-americano.

Então Fidel, dentro de suas medidas, confiscou os bens, adotou o socialismo e promoveu
a reforma agrária. Na época, John F. Kennedy era o presidente dos EUA e houve um processo
de retaliação por parte do governo americano, que se deu através da expulsão de Cuba da
Organização dos Estados Americanos (OEA). Porém isso não teve impacto na vida dos cuba-
nos. Diante disso, o governo americano resolveu promover o bloqueio econômico (proibindo
que ocorresse comércio entre Cuba e os países aliados aos Estados Unidos). Com o bloqueio
econômico, os Estados Unidos promoveram uma dificuldade na chegada de insumos e, princi-
palmente, de gêneros alimentícios (Cuba produzia basicamente banana e tabaco) como forma
de desestabilizar o governo de Fidel através da escassez de alimentos. O desabastecimento
seria uma forma de pressionar o Governo de Fidel Castro. O bloqueio econômico, que ainda
está em vigor atualmente, provocou um efeito extremamente nocivo para os Estados Unidos,
pois gerou uma aproximação entre Cuba e a União Soviética, que já estava extremamente
incomodada com os mísseis americanos localizados na Turquia, apontados para as principais
cidades soviéticas. Diante dessa situação, a União Soviética propôs apoio financeiro para Cuba,
que foi muito bem utilizado pelo país. Cuba investiu na educação e na saúde e, em troca, ha-
veria a permissão para a instalação de mísseis nucleares soviéticos que estariam, da mesma

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forma que acontecia na Turquia, apontados para as principais cidades norte-americanas. No


dia do transporte dos mísseis acordado entre Fidel Castro e o governo soviético, os Estados
Unidos já tinha conhecimento desse transporte, ocasionando talvez o momento mais crítico
de toda a Guerra Fria: a chamada Crise dos Mísseis na Baía dos Porcos.

1962: Crise dos Mísseis na Baía dos Porcos


Os Estados Unidos, já cientes da chegada desses mísseis em Cuba, posicionou navios
americanos no acesso à baía de Cuba (baía dos Porcos). E esses navios americanos tinham
a orientação de afundarem as embarcações soviéticas caso tentassem desembarcar. Nesse
momento fica claro o equilíbrio nuclear, o equilíbrio do terror, e Nikita recuou, pois percebeu
que havia uma grande possibilidade de haver o afundamento das embarcações e, automati-
camente, teria que reagir e haveria uma guerra nuclear (não significa que não houve o deslo-
camento de tais mísseis para a ilha cubana; tal fato ocorreu em um momento posterior). Esse
episódio ficou conhecido como Crise dos Mísseis na Baía dos Porcos, em 1962.
No ano seguinte, em 1963, John F. Kennedy foi assassinado em um passeio em carro
aberto em Dallas, quando foi alvejado por diversos tiros.
Veja:

https://istoe.com.br/o-fim-das-teorias-conspiratorias/

Um pouco antes de ele ser assassinado, Kennedy havia percebido que a área com menor
influência do capitalismo global era a região da Ásia, havendo a necessidade de disseminação
das ideias capitalistas. Nesse momento, a Ásia passava por um conflito entre dois países:
Vietnã do Norte, de característica socialista, e Vietnã do Sul, de característica capitalista. Ele
resolveu apoiar o Vietnã do Sul, pois a percepção era de que ele daria tal apoio fortalecendo o
capitalismo na região, anexando o Vietnã do Norte e disseminando o modo de vida capitalista
para as regiões adjacentes do Vietnã. Esse episódio ficou conhecido como escalada do Vietnã.
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Entretanto Kennedy acabou sendo assassinado, não dando prosseguimento a esse pro-
jeto, cabendo ao vice-presidente Lyndon B. Johnson essa responsabilidade após assumir a
presidência, e ele, que era um político que até então não tinha grande espaço dentro da mídia
internacional, incorporou a ideia da escalada do Vietnã, que consistia no envio de 500 mil sol-
dados no intervalo de três a cinco anos. Acreditava-se que o Vietnã do Norte seria facilmente
derrotado pelo Vietnã do Sul, uma vez que este tinha o apoio dos Estados Unidos. Porém,
quando o governo americano começou a enviar soldados, estes voltavam mortos ou mutilados.
Se, no primeiro momento, a sociedade americana apoiava plenamente a ida desses soldados
com o discurso de levar a paz aos povos oprimidos, em um segundo momento, quando essa
sociedade viu seus soldados voltarem mutilados ou mortos, começou a questionar os verda-
deiros motivos atrelados à Guerra do Vietnã.

1962 A 1974: Guerra do Vietnã


O Vietnã, na realidade a região chamada de Indochina, localizada entre a Índia e a China,
era fruto do controle da França até o ano de 1954, pois entre 1946 e 1954 eclodiu um conflito
na região. Nesse conflito houve a vitória dos indochineses, muito mais devido ao desinteresse
francês do que de fato à virtude desses indivíduos no conflito. Até porque a superioridade
bélica da França era notória. Quando houve a independência da Indochina, formaram-se quatro
países: Laos, Camboja, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. O Vietnã do Norte era socialista, já o
Vietnã do Sul era capitalista. Dentro do Vietnã do Sul, existia um grupo de guerrilha do Vietnã
do Norte – os Vietcongues.

https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-fotografo-que-deu-vida-a-morte/

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Os soldados americanos, embora bem-preparados, não tinham treinamento para o tipo


de terreno do Vietnã. Além disso, seus equipamentos, sua alimentação e seu vestuário eram
inadequados. Eles começaram a ser acometidos por doenças tropicais. Tudo isso fez com
que os soldados americanos se tornassem extremamente fragilizados dentro do Vietnã. Os
soldados vietnamitas do Norte tinham conhecimento de terreno, técnicas de guerrilha e um
nacionalismo extremamente ufanista, pois eles preferiam morrer a perder o seu território para
os Estados Unidos e para o Vietnã do Sul. Além disso, o Vietnã do Norte não respeitava os
tratados militares, entre eles o de se identificar como civil ou como militar, o que muitas vezes
levava a confusão e à morte de inúmeros soldados norte-americanos. Um conflito que era
para durar pouco tempo começou a perdurar de dias, semanas, meses para anos. A sociedade
americana realizou uma série de manifestações questionando a permanência dos Estados
Unidos no conflito. Essas manifestações ganharam cunho ideológico e se fortaleceram como
forma de pressão em relação aos grandes governantes. Esse conjunto de manifestações
recebeu o nome de Movimento Hippie.
Veja:

https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/s%C3%A9rie-documental-explora-como-a-m%C3%BAsica-aju-
dou-a-moldar-a-hist%C3%B3ria-1.229139

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O movimento teve como pilares o sexo, as drogas e o rock n´roll. O sexo estava atrelado
à liberdade. Era a manifestação sexual nua e crua, inclusive em ambientes públicos, uma for-
ma de chocar a sociedade americana, que era extremamente conservadora. As drogas eram
uma forma de desconexão do sofrimento, uma vez que as pessoas perdiam entes queridos,
amigos e familiares. O rock n´roll era a forma da manifestação de toda essa insatisfação de
permanência dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Em um primeiro momento a sociedade
americana apoiava o envio pleno de soldados, contudo, com o Movimento Hippie, houve um total
questionamento da permanência dos Estados Unidos dentro desse conflito. Porém o governo
americano não aceitou sair da guerra como derrotado. Surgiu, então, a figura de um político
de grande importância para o estabelecimento do fim da Guerra do Vietnã: Richard Nixon.

https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/memorando/
mentir-foi-a-ruina-do-presidente-richard-nixon-260498/

Este conflito foi iniciado durante o governo de John F. Kennedy, nos EUA, que pretendia ampliar a
influência do capitalismo nas nações asiáticas. Em um primeiro momento, a sociedade norte-ame-
ricana apoia plenamente essa guerra; contudo, por conta do grande número de soldados mortos
ou mutilados, principalmente jovens, a sociedade começa a se questionar sobre os verdadeiros
objetivos desse conflito. Esses questionamentos vieram na forma de diversas manifestações,
que logo ganharam cunho ideológico e tornam-se o “embrião” para o Movimento Hippie.

Entre os principais fundamentos dos hippies estão a proteção ao meio ambiente e o re-
púdio a qualquer forma de violência.

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Os ideais do Movimento Hippie ultrapassaram as fronteiras dos EUA e se espalharam para


diversos países ao redor do mundo. Além disso, esse movimento pressionou alguns setores
do governo norte-americano até atingir um ponto em que alguns membros do governo pas-
sam a defender essa bandeira. É o caso das eleições de 1968, quando foi eleito o Presidente
Richard Nixon, que retirou os EUA da Guerra do Vietnã em 1973.
Quando as tropas dos EUA são retiradas do Vietnã, um acordo de paz é firmado entre as
partes norte e sul do país. Contudo o Vietnã do Norte, este totalmente socialista, não respei-
tou esse acordo e invadiu o Vietnã do Sul de modo a unificar o Vietnã. O governo dos EUA
não tomou nenhuma atitude, pois esse conflito gerava um enorme desgaste para a sociedade
norte-americana em termos econômicos, humanos e políticos.

1972: Caso Watergate


Mesmo sendo considerado um herói inicialmente, Nixon passou a ser visto como um vilão
em seguida por conta de acusações formais de que ele havia sido conivente com um assalto,
anos antes, na sede do Partido Democrata, situada no edifício Watergate.
Em 18 de junho de 1972, o jornal Washington Post noticiava, na primeira página, o assalto
do dia anterior à sede do Comitê Nacional Democrata, no Complexo Watergate, na capital dos
Estados Unidos. Durante a campanha eleitoral, cinco pessoas foram detidas quando tentavam
fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório do Partido Democrata.
Bob Woodward e Carl Bernstein, dois repórteres do Washington Post, começaram a
investigar o então já chamado Caso Watergate. Durante muitos meses, os dois repórteres
estabeleceram as ligações entre a Casa Branca e o assalto ao edifício de Watergate. Eles
foram informados por uma pessoa conhecida apenas por Garganta Profunda (Deep Throat),
que revelou que o presidente sabia das operações ilegais.
Richard Nixon foi eleito presidente em 1968, sucedendo a Lyndon Johnson, tornando-se
o terceiro presidente dos Estados Unidos a ter de lidar com a Guerra do Vietnã. Nixon voltou
a se candidatar em 1972, tendo como opositor o senador democrata George McGovern, e
obteve uma vitória esmagadora, ganhando em 49 dos 50 estados. McGovern venceu apenas
em Massachusetts, além do Distrito de Columbia.
Foi durante essa campanha de 1972 que se verificou o incidente na sede do Comitê Na-
cional Democrático. Durante a investigação oficial que se seguiu, foram apreendidas fitas
gravadas que demonstravam que o presidente tinha conhecimento das operações ilegais
contra a oposição, porém estas haviam sido editadas, com trechos removidos. Seu advogado
argumentou que o presidente tinha prerrogativas de cargo e não estaria obrigado a apresentar
informações confidenciais. Em 24 de julho de 1974, Nixon foi julgado pela Suprema Corte dos
Estados Unidos e obrigado, por veredicto unânime, a apresentar as gravações originais, que
comprovariam, de forma inequívoca, o seu envolvimento na ação criminosa contra a sede
do Comitê Nacional Democrata e levariam, consequentemente, à abertura de um processo
de impeachment. Dezesseis dias depois, em 9 de agosto, Nixon renunciou à presidência. Foi
substituído pelo vice Gerald Ford, que assinou uma anistia, retirando-lhe as devidas respon-
sabilidades legais perante qualquer infração que tivesse cometido.
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Por muitos anos a identidade de “Garganta Profunda” permaneceu desconhecida, até


que, em 31 de maio de 2005, o diretor-assistente do FBI, W. Mark Felt, foi revelado como o
informante. Bob Woodward e Carl Bernstein confirmaram o fato.
Em suma, a pressão sobre Nixon era tão grande que a sua única opção foi renunciar ao
cargo de Presidente dos EUA no ano de 1974. No mesmo ano, Gerald Ford assume a presi-
dência. Apesar de tentar a reeleição, Ford é derrotado por Jimmy Carter, que já assumiu o
cargo tendo, posteriormente, que resolver dois grandes problemas: a invasão do Afeganistão
(1979) e a Revolução Islâmica (1979), esta última caracterizando a segunda crise do petróleo.

DICA
Caro(a) concurseiro(a), entre os anos de 1967 a 1969 é funda-
mental destacar três episódios:
1967: Revolução Verde
Esta revolução surge durante o Movimento Hippie nos EUA,
país que atribuía a maior parcela da culpa pela fome global
aos países em desenvolvimento, tais como o Brasil. Segundo o
governo norte-americano, as técnicas rudimentares de cultivo
de alimentos nesses países é que causavam a fome global.
Contudo existem três fatores que promovem a fome global: o
desperdício, a má distribuição e o interesse econômico.
O Brasil, por sua vez, acaba comprando a ideia dos EUA e pro-
move a mecanização de seus campos, a compra de insumos,
fertilizantes e pesticidas. Tudo isso faz com que a produção au-
mente, porém a mecanização do campo acaba potencializando
o movimento de êxodo rural e contaminando o solo com um
grande volume de metais pesados. Além disso, vários outros
problemas surgem no âmbito das cidades, que não estavam
preparadas para receber o grande volume de migrantes.

https://www.estudopratico.com.br/revolucao-verde/

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1968: Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares


Desde o ano de 1949, quando houve um equilíbrio nuclear, há
um receio de uma terceira grande guerra que pode ser marcada
pelo uso de armas nucleares. Assim, o Tratado de Não Prolife-
ração das Armas Nucleares – do qual o Brasil faz parte – tem
justamente o objetivo de minimizar a possibilidade de uma
guerra nuclear.

Membros

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_N%C3%A3º_Prolifera%C3%A7%C3%A3º_de_
Armas_Nucleares

1969: Chegada do homem na lua


É um episódio que acaba demonstrando uma certa superiori-
dade dos EUA em termos tecnológicos, isso em comparação
à URSS, que, nessa época, começa a demonstrar traços de
grande esgotamento.

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http://portalmakingof.com.br/
smithsonian-channel-celebra-50-anos-da-chegada-do-homem-a-lua

1979: Invasão do Afeganistão


É importante destacar que o Afeganistão foi invadido pela URSS. Como se trata de um país
com grandes reservas de petróleo, seu domínio estava no rol de pretensões dos soviéticos.
Assim, é travada uma guerra na região, em que um grupo guerrilheiro denominado Mujahidins
recebe o apoio dos EUA para lutar contra o domínio dos soviéticos. Nesse contexto, pode-se
dizer que os Mujahidins venceram o conflito, pois naquela época a URSS já demonstrava in-
tensos traços de esgotamento por conta de diversos fatores.
As primeiras forças soviéticas entraram no Afeganistão em 24 de dezembro de 1979, sob
a liderança do premier Leonel Brejnev, que via no controle do Afeganistão uma possibilidade
para o escoamento do petróleo pelo mar da Arábia. A retirada deu-se quase uma década mais
tarde, em 15 de maio de 1988, completando-se em 15 de fevereiro de 1989, já com Mikhail
Gorbatchov no cargo de líder da União Soviética. Devido à própria natureza dessa guerra, o
conflito travado no Afeganistão é chamado de “armadilha de urso”, e alguns estudiosos acre-
ditam que o custo econômico e militar desse conflito contribuiu consideravelmente para o
colapso da URSS em 1991.

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https://www.todamateria.com.br/guerra-do-afeganistao/

1979: Revolução Islâmica


O ano de 1979 também foi marcado pela Revolução Islâmica. Nesse ano, o então xá do
Irã, Mohammad Reza Pahlavi, foi derrubado do poder por conta de escândalos envolvendo
corrupção, enriquecimento ilícito e, ainda, por contrariar os princípios descritos no Alcorão,
livro sagrado do Islã. Com a saída de Reza Pahlavi, Aiatolá Khomeini assume o poder no Irã
e começa a estabelecer uma política com base no pan-arabismo, cujos objetivos envolviam
lançar Israel ao mar e boicotar as relações comerciais com o governo dos EUA. Contudo, no
ano seguinte, começam a surgir atritos entre os vizinhos Irã e Iraque.

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https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/02/reacao-a-revolucao-iraniana-desembocou-em-extremismo.shtml

1980 a 1987: Guerra do Irã x Iraque


Envolveu a disputa pelo domínio do canal Shatt Al-Arab, considerado um ponto estratégi-
co para o escoamento de mercadorias. Nesse conflito, os EUA resolvem dar apoio ao Iraque,
que, na época, era governado por Saddan Hussein. Após sete anos de conflitos, ocorre um
armistício por esgotamento das duas nações. Logo, não houve um vencedor.
Se, por um lado, o Irã não venceu o conflito, por outro o Iraque contraiu enormes dívidas
com os EUA.

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https://www.infoescola.com/historia/guerra-ira-iraque/

Vale lembrar que a década entre 1980 e 1990 é um período de estagnação econômica (conhecida
como “década morta”). Esse movimento de estagnação faz com que o governo norte-americano,
logo após a Guerra dos Sete Anos, comece a pressionar Saddan Hussein a pagar a sua dívida,
seja por meio de armamentos ou de empréstimos fornecidos pelo governo norte-americano.
O Iraque é um dos membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo),
logo sua principal fonte de renda era a extração desse recurso. Por conta das pressões vindas
dos EUA, o Iraque resolve invadir o Kuwait, alegando que o país tinha vendido mais petróleo
do que o permitido pela OPEP, fato que poderia gerar o desequilíbrio da relação entre oferta e
procura. O governo norte-americano procurou o Conselho de Segurança da ONU para solicitar
permissão para apoiar o Kuwait na luta contra Saddan Hussein. Um dos motivos dessa decisão
foi para evitar que o Iraque monopolizasse a maior parte dos poços de petróleo da região, fato
que era extremamente nocivo ao mercado mundial. Contudo, mesmo sem a autorização do
Conselho de Segurança, os EUA resolvem, por conta própria, apoiar o Kuwait em uma guerra
que durou aproximadamente 11 meses. Nesse conflito, a população do Iraque sofreu grandes
perdas. Trata-se da chamada Guerra do Golfo (1991).

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https://conhecimentocientifico.r7.com/guerra-do-golfo-historia/

1991: Desintegração da URSS


A partir de 1979, fica clara a total instabilidade da economia soviética, que não possuía
mais condições de manter o socialismo. Isso aconteceu por conta de vários processos, como,
por exemplo, o forte endividamento, a russificação e a gerontocracia.
Motivos que levaram à desintegração da URSS:
• Endividamento devido à invasão do Afeganistão e às corridas armamentista e espacial;
• Movimento de russificação – tentativa de impor valores russos em detrimento dos cos-
tumes regionais, fato que acaba gerando a busca por autonomia dos países;
• Ocorrência de movimentos nacionalistas dentro do bloco socialista;
• Divergências e contradições do sistema econômico;
• O movimento de gerontocracia – indivíduos com idade avançada no comando do bloco
socialista, com atitudes mais conservadoras em um momento em que há a necessidade
de ações mais extremas;
• Excessiva burocracia.

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Tudo isso faz com que Mikhail Gorbatchov se torne o novo governante da União Soviética,
não com o objetivo de salvá-la, mas de promover um processo de transição.
Esse processo será dividido em duas parcelas:
• Perestroika: reestruturação econômica;
• Glasnost: abertura política.

O fim simbólico da URSS ocorre em 1989 com a queda do muro de Berlim. Já seu fim
de fato ocorre em 1991 com a formação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes),
composta por 15 repúblicas.

https://aulazen.com/historia/as-republicas-socialistas-da-uniao-sovietica/

É o fim da ordem bipolar e o estabelecimento de uma ordem multipolar que possui como
pilares a solidificação dos blocos econômicos, a disseminação da globalização e a introdução
do modelo econômico neoliberal.
Meu caro(a) concurseiro(a), agora que trabalhamos, diga-se de passagem, de forma bastan-
te detalhada a parte teórica, façamos, como nas aulas anteriores, a divisão de exercícios em:
• Questões comentadas.
• Questões de fixação.
• Questões de concursos.
É importante salientar novamente que a divisão em três módulos de questões visa abarcar
as diversas formas que o conteúdo poderá ser cobrado nos mais variados concursos.

Obs.: VOLTO A TE LEMBRAR QUE O TREINAMENTO É MOMENTO CRUCIAL.

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EXERCÍCIOS
001. Guerra Fria foi o nome dado a um conflito após a Segunda Guerra Mundial (1945) en-
volvendo dois países que adotavam sistemas político-econômicos opostos: capitalismo e
socialismo. Os dois países protagonistas da Guerra Fria são:
a) Estados Unidos e Japão.
b) Inglaterra e União Soviética.
c) União Soviética e Itália.
d) Alemanha e França.
e) Estados Unidos e União Soviética.

002. A “Guerra Fria” foi a expressão utilizada para caracterizar um tipo de política externa
decorrente da:
a) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, entre as duas guerras mundiais.
b) Polarização do mundo em blocos interessados na exploração e posse da Sibéria.
c) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, após a Segunda Guerra Mundial.
d) Polarização do mundo em dois blocos liderados pela Alemanha, Itália e Japão de um lado, a
Inglaterra, Rússia, Estados Unidos e França de outro.
e) A disputa das áreas árticas e antárticas após a Segunda Guerra Mundial.

003. Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética
não foram um período homogêneo único na história do mundo. [...] Dividem-se em duas me-
tades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste
período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou
até a queda da União Soviética.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

O período citado no texto e conhecido por Guerra Fria pode ser definido como aquele momento
histórico em que houve:
a) corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira
Guerra Mundial.
b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos 1930.
d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais,
como a China e o Japão.
e) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.

004. Na última Copa do Mundo, nos surpreendemos com a declaração do técnico da seleção
alemã Jurgen Klinsmann, diante da possibilidade de a Alemanha ganhar aquela Copa e ser
tetracampeã. Na verdade, a Alemanha estaria ganhando o seu primeiro título de Copa do
Mundo, afirmou Jurgen Klinsmann.
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Assinale a opção que explica corretamente a afirmação do técnico alemão.


a) A Alemanha Oriental, fruto dos tratados do pós-Segunda Guerra Mundial, foi vitoriosa nas três
copas disputadas no período de domínio nazista e esses títulos não foram reconhecidos pela FIFA.
b) A Alemanha unificada, vencedora de três copas mundiais, não teve reconhecida a sua condi-
ção de nação porque, na época das vitórias, estava ocupada pelas forças da OTAN.
c) Os títulos mundiais ganhos pela Alemanha, no período da Guerra Fria, foram atribuídos ape-
nas à parte oriental.
d) A Alemanha Ocidental ganhou apenas dois dos três títulos, o outro título foi ganho pela parte
oriental, ocupada por forças soviéticas.
e) A Alemanha, derrotada na Segunda Guerra Mundial, teve o seu território dividido em duas
partes e apenas a Ocidental foi vitoriosa nas três copas mundiais.

005. Leia o trecho do discurso a seguir. “Que toda nação saiba… que pagaremos qualquer
preço, suportaremos qualquer fardo, enfrentaremos qualquer privação, apoiaremos qualquer
amigo, obstaremos qualquer inimigo, para assegurar a sobrevivência e o triunfo da liberdade.”
John F. Kennedy, Discurso de Posse. Citado por NEVINS, A. e COMMAGER, H.S. Breve História dos Estados
Unidos, S.P.: Alfa-Omega, 1986, p. 591.

Baseando-se na citação e na política externa do governo norte-americano na década de 1960,


assinale a alternativa INCORRETA.
a) No início do governo Kennedy, ocorreram intervenções e conflitos envolvendo Cuba e União
Soviética. Os Estados Unidos apoiaram a invasão da Baía dos Porcos, promoveram o bloqueio
naval e aéreo à ilha e exigiram a retirada dos foguetes soviéticos instalados em Cuba.
b) Ao enfatizar a aplicação do Plano Marshall e da Doutrina Truman, o governo Kennedy foi
marcado pelas negociações com a União Soviética e a China, que objetivaram solucionar os
conflitos envolvendo a Coreia e o Vietnã e evitaram a expansão do comunismo na Ásia.
c) Em relação à América Latina, o governo norte-americano formulou a Aliança para o Progres-
so, cuja proposta era conceder ajuda e financiamentos para o desenvolvimento econômico, a
fim de evitar o crescimento da influência comunista sobre as populações latino-americanas.
d) O governo norte-americano organizou iniciativas de treinamento das forças armadas e dos
serviços de repressão da América Latina, a fim de reprimir manifestações populares e opositores
aos governos favoráveis à influência norte-americana.

006. Nas décadas de 1960 e 1970, a relação dos EUA com a América Latina
a) caracterizou-se pela ausência de investimentos econômicos significativos, uma vez que a
região oferecia menores oportunidades de lucro do que os chamados tigres asiáticos.
b) alterou-se quando os norte-americanos condicionaram a ajuda financeira aos relatórios de
organizações internacionais que avaliavam o respeito aos direitos humanos e à democracia.
c) desenvolveu-se de acordo com o programa do Departamento de Estado Norte-americano,
com o objetivo de suplantar o domínio político e cultural dos países europeus na região.
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d) particularizou-se pela aplicação da “política da boa vizinhança”, que objetivava industrializar


e desenvolver o sul do continente, ainda que sob o controle dos norte-americanos.
e) pautou-se por um clima tenso, sobretudo depois da subida ao poder de Fidel Castro e da crise
dos mísseis na baía dos Porcos.

007. Leia o texto a seguir.


Tornava-se claro que toda a tecnologia em desenvolvimento na corrida pela conquista do espaço
não seria só utilizada para viagens espaciais, ou em proveito da humanidade. Atrás do cenário
da “odisséia do espaço”, ocultavam-se fins bélicos. […] os foguetes desenvolvidos poderiam
servir tanto para transportar cargas pacíficas (satélites) como armas atômicas. O progresso da
humanidade trazia consigo o princípio do fim. Um incidente internacional, ocorrido em 1962, é
exemplar para demonstrar a permanente tensão vivida pelo mundo.
(MILDER, Saul. A conquista da lua. São Paulo: FTD, 1997.)

Assinale a alternativa que apresenta o incidente a que o texto se refere.


a) Invasão da Baía dos Porcos por castristas.
b) Argumento do Muro de Berlim.
c) A invasão da Hungria pela URSS.
d) O não alinhamento da Iugoslávia.
e) A crise dos mísseis soviéticos em Cuba.

008. A Queda do Muro de Berlim, em 1989, significou, SIMBOLICAMENTE,


a) a vitória do comunismo na República Democrática Alemã.
b) a alteração nas relações político-ideológicas entre Estados Unidos e União Soviética.
c) o início da globalização econômica, com a criação do Mercado Comum Europeu.
d) o isolamento da Alemanha Oriental no cenário europeu e internacional.
e) a fuga de mão de obra da parte ocidental para a parte oriental da Alemanha.

009. Na década de 1950, nos Estados Unidos, eram comuns livros, panfletos, informativos
no cinema, palestras em escolas, entrevistas com cientistas em meios de comunicação de
massa, com o objetivo de ensinar a população como se proteger de um ataque atômico vindo
da União Soviética. O temor de uma guerra nuclear assolou o mundo durante 45 anos. Assi-
nale a alternativa que apresenta o termo como ficaram conhecidas as tensões nas relações
internacionais entre as duas potências políticas e militares.
a) Guerra do Vietnã.
b) Guerra das Duas Rosas.
c) Guerra Fria.
d) Guerra das Coreias.
e) Guerra dos Dois Mundos.

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010. (MACKENZIE/2018) Leia o texto abaixo.


“Crescimento econômico contínuo exigia estabilidade política nacional e internacional. O go-
verno democrata chefiado por Truman (1945-1952), sob a pressão dos seus partidários do Sul,
dos republicanos, e do empresariado, abandonou suas intenções de empreender mais reformas
sociais, favorecendo uma aliança entre empresas, governo e Forças Armadas com concessões
limitadas à classe trabalhadora. Comentou Charles E. Wilson, presidente da General Motors,
que o melhor cenário seria uma ‘economia permanente de guerra”.
Sean Purdy, “O século americano”. In: Leandro Karnal (org.) História dos Estados Unidos. 3ª ed. São Paulo:
Editora Contexto, 2017, p. 227.

Sobre o contexto retratado pelo excerto, assinale a alternativa correta.


a) A Segunda Guerra Mundial abriu oportunidades de crescimento econômico aos Estados
Unidos. Com o intuito de manter tal crescimento, e diante da nova realidade da Guerra Fria, o
governo adotou uma política de militarização da economia americana.
b) O envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial abriu a possibilidade de
investimentos em países europeus. A presença marcante de empresas estadunidenses na
Alemanha, no imediato pós-Guerra, é o principal exemplo desses investimentos.
c) Fundado em 1944, o FMI passou a ser o meio pelo qual os Estados Unidos dominaram os
países após a Segunda Guerra Mundial. Exemplo disso foram os vultosos empréstimos conce-
didos pelo órgão a nações do sudeste asiático, resultando no surgimento dos “Tigres Asiáticos”.
d) A Guerra Fria abriu oportunidades de desenvolvimento bélico e tecnológico aos Estados Uni-
dos. Por isso, conflitos diretos entre o país e a União Soviética, além de constantes, se mostra-
ram extremamente eficientes para a continuidade da estabilidade da economia estadunidense.
e) Os esforços, movidos para a vitória na Segunda Guerra Mundial, resultaram em um cresci-
mento acelerado da economia estadunidense. Para mantê-la, o governo adotou, após o conflito,
uma política de juros altos, concessão de empréstimos facilitados e intervenções militares em
países da América Latina.

011. (UNESP/2018) A participação norte-americana na Guerra do Vietnã, entre 1961 e 1973,


pode ser interpretada como
a) uma ação relacionada à defesa da liberdade, num contexto de expansão do anarquismo nos
continentes asiático e africano.
b) um recuo na política de boa vizinhança que caracterizou a ação diplomática e comercial dos
Estados Unidos após a Segunda Guerra.
c) a busca de recursos naturais e fontes de energia que ampliariam a capacidade de produção
de armamentos nos Estados Unidos.
d) o esforço de contenção da influência soviética sobre a China, o Japão e os países do Sul e
Sudeste asiático.
e) um movimento dentro da lógica da Guerra Fria, voltado ao fortalecimento da posição geoes-
tratégica dos Estados Unidos.
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012. (UECE/2018) No ano de 1963, John F. Kennedy proferiu um discurso na cidade de Berlim.
Com um charmoso sotaque americano, ele disse a frase que entrou para a História:
“Há dois mil anos o maior orgulho era poder dizer-se: Civis Romanus Sum [Sou cidadão romano].
Hoje, no mundo livre, o maior orgulho é poder dizer-se Ich bin ein Berliner [Sou um berlinense]”.
A visita do presidente americano a essa cidade ocorreu em um contexto difícil, iniciado em
1961, com a construção do muro que significou a
a) materialização da Guerra Fria em Berlim.
b) idealização do desenvolvimento capitalista alemão.
c) efetivação da expansão comunista europeia em Berlim.
d) marca da superioridade expansionista alemã.

013. (PUCPR/2018) Leia a notícia abaixo e assinale a alternativa que elenca CORRETAMEN-
TE os motivos que levaram à separação da Alemanha em dois países diferentes (Alemanha
Oriental e Alemanha Ocidental) durante o século XX.
“Helmut Kohl, que morreu na manhã desta sexta-feira aos 87 anos em sua casa de Ludwigsha-
fen, [...] foi o chanceler da unificação alemã. [Sem ele], esse acontecimento fundamental para a
história da Europa não se teria produzido no curto espaço de onze meses entre 9 de novembro
de 1989, dia da queda do Muro de Berlim, e 3 de outubro de 1990, quando os seis landers da
antiga República Democrática da Alemanha foram incorporados à República Federal e direta-
mente integrados à então chamada Comunidade Europeia.”
Fonte: Bassets, Luís. Morre Helmut Kohl, o europeísta em estado puro que unificou a Alemanha. El País –
edição Brasil. 16 de junho de 2017. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/16/internacional/14
97626619_312475.html. Acesso em 12 de junho de 2017.

a) A separação da Alemanha em dois países (República Democrática e República Federal) con-


solidou a divisão política do povo alemão durante o domínio nazista: no lado oriental, concen-
traram-se os partidários do Partido Nacional-Socialista após 1945, enquanto o lado ocidental
reunia a democracia cristã e os partidos liberais.
b) A separação política do território alemão foi um desdobramento da Segunda Guerra Mundial,
que criou duas zonas de influência no território europeu: uma, de domínio soviético, englobava
a República Democrática da Alemanha, e outra, liderada por Reino Unido, França e Estados
Unidos, da qual fazia parte a República Federal.
c) A cisão política do território alemão é uma consequência do impasse militar gerado pela
invasão de Berlim pelas tropas soviéticas ao Leste e pelo exército norte-americano a Oeste da-
quela cidade; como nenhum dos lados conseguiu a hegemonia do território, a solução política
foi a separação entre duas Alemanhas.
d) A vitória dos Aliados na Segunda Grande Guerra levou à concentração do que restou do
exército nazista na porção oriental do território alemão, reconhecido como país independente
na conferência de Potsdam em 1948.
e) A separação das duas Alemanhas reflete a polarização existente na sociedade germânica
sobre a integração ou isolacionismo frente à União Europeia pós-Segunda Grande Guerra, co-
locando, do lado oriental, os partidários da adesão ao bloco europeu e, no bloco ocidental, os
defensores da soberania do estado alemão.
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014. (PUCRJ/2018) Sobre o impacto da Revolução Cubana nas relações entre os EUA e a
América Latina na década de 1960, assinale a alternativa correta:
a) A América Latina tornou-se o foco principal de preocupações militares para os norte-ameri-
canos no panorama da Guerra Fria neste período.
b) Os EUA passaram a investir também em programas que garantissem a expansão da influência
norte-americana por via pacífica, como a Aliança para o Progresso.
c) Houve momentos de enfrentamento e tensão, como a bem-sucedida invasão da baía dos
Porcos, em abril de 1961, por forças anticastristas.
d) A crise dos mísseis cubanos, em 1962, resultou de testes realizados com armas nucleares
soviéticas em território cubano.
e) Os EUA abandonam a política praticada até então, que consistia na necessidade de exportar
a democracia para os demais povos do continente.

015. (UPF/2018) Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União
Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em
duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a histó-
ria deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o
dominou até a queda da URSS.”
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996).

O autor está se referindo ao período conhecido como Guerra Fria, cuja origem pode ser atribuída à
a) construção de um discurso inglês e norte-americano, que procurou mostrar os perigos do
expansionismo soviético.
b) doutrina Truman, que incentivou os soviéticos a ampliarem seu domínio político nos países
do Leste europeu.
c) divisão do território alemão pelas potências vencedoras da II Guerra Mundial e as divergências
quanto à sovietização do Oriente Médio.
d) assinatura do Pacto de Varsóvia, que proibiu a Iugoslávia de receber ajuda econômica e
militar dos Estados Unidos.
e) declaração unilateral da URSS da “Détente”, que exprimia o desejo de buscar a coexistência
pacífica entre os dois sistemas ideológicos.

016. (UFRGS/2018) Considere as afirmações abaixo sobre a Guerra do Vietnã.


I – Os Estados Unidos envolveram-se no conflito entre o Vietnã do Norte e o Vietnã do Sul após
o chamado “incidente do golfo de Tonkin”, em que um de seus navios militares foi atacado pela
marinha norte-vietnamita.
II – Uma das justificativas para a intervenção norte-americana na região era a chamada “Teoria
do Dominó”, que postulava que uma possível vitória comunista no conflito levaria à propagação
do comunismo por todo o Sudeste Asiático.

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III – O conflito encerrou-se com a vitória das tropas norte-americanas diante dos norte-vietna-
mitas e, consequentemente, com a divisão entre Vietnã do Sul e Vietnã do Norte que perdura
até os dias de hoje.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

017.

A tirinha acima, escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino, que teve o ápice de suas
produções entre 1964 e 1973, nos apresenta Mafalda, uma menina defensora da humanidade
e da paz mundial, famosa por seu inconformismo em relação aos valores do tempo presente.
Considerando a época em que foi elaborado, o conteúdo da tirinha nos remete a um período
histórico de
a) fortalecimento do neoliberalismo.
b) expansão do multilateralismo.
c) polarização política e ideológica.
d) ascensão da ordem mundial multipolar.
e) aceleração do processo de globalização.

018. (ENEM/2018) Os soviéticos tinham chegado a Cuba muito cedo na década de 1960,
esgueirando-se pela fresta aberta pela imediata hostilidade norte-americana em relação ao
processo social revolucionário. Durante três décadas os soviéticos mantiveram sua presença
em Cuba com bases e ajuda militar, mas, sobretudo, com todo o apoio econômico que, como
saberíamos anos mais tarde, mantinha o país à tona, embora nos deixasse em dívida com os
irmãos soviéticos – e depois com seus herdeiros russos – por cifras que chegavam a US$ 32
bilhões. Ou seja, o que era oferecido em nome da solidariedade socialista tinha um preço definido.
PADURA, L. Cuba e os russos. Folha de São Paulo, 19 jul. 2014 (adaptado).

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O texto indica que durante a Guerra Fria as relações internas em um mesmo bloco foram mar-
cadas pelo(a)
a) busca da neutralidade política.
b) estímulo à competição comercial.
c) subordinação à potência hegemônica.
d) elasticidade das fronteiras geográficas.
e) compartilhamento de pesquisas científicas.

019.

Sabendo-se que o “Quarteto Fantástico” foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em
1965, o episódio reproduzido acima ocorre no contexto do(s)
a) enfrentamento conhecido como a crise dos mísseis de Cuba.
b) confrontos armados envolvendo a União Soviética e os Estados Unidos.
c) conflito diplomático entre o programa espacial chinês e o estadunidense.
d) embates tecnológicos protagonizados pelas maiores potências da Guerra Fria.

020. (ESPCEX/2018) Após a 2ª Guerra Mundial, iniciou-se um período de fortes tensões po-
líticas que duraram até 1989, conhecido como “Guerra Fria”. Durante esse período, diversos
conflitos foram travados, realçando a disputa entre o comunismo e o capitalismo. Dentre esses
conflitos, o de maior duração, que representou uma séria derrota militar para o capitalismo, foi a
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a) Guerra do Vietnã.
b) Guerra da Coreia.
c) Guerra do Iraque.
d) Guerra do Afeganistão.
e) Guerra do Pacífico.

021. (ESPM/2018) “Nessa ofensiva, o exército do Vietnã do Norte atacaria as províncias do


Norte do Vietnã do Sul, enquanto os vietcongues tentariam atacar todas as cidades e cen-
tros administrativos, principalmente Saigon. Ela ocorreu em 31 de janeiro de 1968, durante
os feriados do primeiro dia do ano lunar vietnamita – O Tet – daí ter ficado conhecida como
ofensiva do Tet.” (Nelson Bacic Olic. A Guerra do Vietnã)
Em linhas gerais, os objetivos da famosa ofensiva do Tet eram:
a) provocar o colapso do exército do Vietnã do Sul, abalar a determinação política de os EUA se
manterem na guerra e contribuir para a intensificação de movimentos contrários à guerra nos
EUA e em outras partes do mundo;
b) liquidar definitivamente com o conflito, pois, quando da ofensiva, as forças norte-americanas já
haviam deixado o território do Vietnã e a vitória dos norte-vietnamitas e vietcongues era inevitável;
c) obter repercussão internacional e assim convencer o governo da URSS a apoiar, diretamente,
o Vietnã do Norte e o Vietcong, com o envio de tropas;
d) obter repercussão internacional e com isso conseguir o apoio direto da China por meio do
envio de tropas que auxiliariam o Vietnã do Norte e o Vietcongue;
e) convencer a ONU a acelerar a aplicação do Tratado de Paris que já havia determinado a reti-
rada dos EUA da guerra e o final do conflito.

022. (UNESP/2018) Analise o trecho da letra do samba “Brasil pandeiro”, de Assis Valente,
composto em 1940.
Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor! [...] eu quero ver O Tio Sam tocar
pandeiro Para o mundo sambar O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada anda
dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato Vai entrar no cuscuz acarajé e abará Na
Casa Branca já dançou a batucada [...]
(Assis Valente. Brasil Pandeiro, 1940. Apud Antônio Pedro Tota. O imperialismo sedutor, 2000.)
Esse samba pode ser considerado um exemplo
a) da falta de criatividade da cultura brasileira, quando comparada com padrões e ritmos mu-
sicais da tradição cultural popular norte-americana.
b) da aproximação cultural entre Brasil e Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial e
no âmbito da chamada política da boa vizinhança.
c) do esforço de divulgação da música brasileira no exterior durante o Estado Novo e em con-
formidade com a política varguista de rejeição a produtos culturais estrangeiros.

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d) da difusão da música brasileira no exterior, após o sucesso mundial da Bossa Nova e em


meio ao esforço norte-americano de afastar a ameaça comunista da América.
e) do reconhecimento internacional da importância cultural do Brasil no conjunto do Ocidente,
no contexto da bipolaridade estratégica da Guerra Fria.

023. (IMED/2018) Leia o fragmento textual abaixo.


“Naquele início dos anos 60, Paris vivia a febre da Revolução Cubana e fervilhava de jovens dos
cinco continentes que, como Paul, sonhavam repetir em seus países a saga de Fidel Castro e
seus barbudos, e para isso se preparavam, a sério ou nem tanto, em conspirações de bar”.
Fonte: VARGAS LLOSA, Mario. Travessuras de menina má. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006, p. 21.

A partir do texto e de seus conhecimentos sobre a Revolução Cubana (1959), marque a alter-
nativa correta:
a) A Revolução Cubana (1959), mencionada no texto, contou com o apoio dos Estados Uni-
dos, país que tinha interesse no término do domínio espanhol da Ilha, o qual durou até o fim
da década de 1950.
b) Fidel Castro, citado no fragmento textual, foi o principal líder da Revolução Cubana (1959),
porém abandonou Cuba em 1960, deixando Che Guevara como presidente do país.
c) Cuba, país que fica no istmo da América Central, ainda possui um governo comandado por
um partido comunista, o que não a impediu de reatar relações diplomáticas com os Estados
Unidos à época do governo de Barack Obama.
d) No início, a Revolução Cubana (1959) não tinha orientação abertamente socialista. Entretan-
to, em 1961, o governo revolucionário declarou a Ilha seguidora dessa doutrina, o que levou às
tentativas de intervenções norte-americanas para derrubar o regime de Fidel Castro.
e) Atualmente, não há qualquer relação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, pois este não
possui embaixadas em países com governos autoritários.

024. (UERJ/2018)

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Star Trek ou “Jornada nas Estrelas”, um clássico da ficção científica, completou 50 anos de
existência em 2016. A série mostrava as aventuras da tripulação da nave USS Enterprise no
século XXIII, com mundos e raças alienígenas convivendo. Ao fazer analogias com situações
da época, abordava questões sociais contemporâneas em um contexto futurista.
O elenco era bem diferenciado, apresentando uma mulher negra, um asiático e um russo, que
trabalhavam juntos e com papéis de destaque. O monólogo de introdução em cada episódio
afirmava: “Estas são as viagens da nave estelar Enterprise. Em sua missão de cinco anos, para
explorar novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo
aonde nenhum homem jamais esteve”.
Adaptado de gamehall.uol.com.br.

O desenvolvimento dos conhecimentos no campo da astronomia amplia a visão cósmica, como


lembra o texto do físico Marcelo Gleiser, e as novas possibilidades de intervenção humana
repercutem na produção de textos e filmes de ficção científica, a exemplo da série televisiva
“Jornada nas Estrelas”.
De acordo com a reportagem, os episódios da série fizeram analogias com situações das dé-
cadas de 1960 e 1970 ao tematizar os seguintes tópicos:
a) avanço científico e controle territorial
b) corrida espacial e diversidade étnica
c) uniformização cultural e expansionismo militarista
d) globalização econômica e dominação imperialista

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES:

Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.

“Na passagem para o século XX, o mundo já era praticamente tal como o conhecemos. O oti-
mismo, a expansão das conquistas europeias e a confiança no progresso pareciam ter atingido
o seu ponto mais alto. E, então, num repente inesperado, veio o mergulho no vácuo, o espasmo
caótico e destrutivo, o horror engolfou a história: a irrupção da Grande Guerra descortinou um
cenário que ninguém previra. (...) Essa escalada destrutiva inédita só seria superada por seu
desdobramento histórico, a Segunda Guerra Mundial, cujo clímax foram os bombardeios aéreos
de varredura e a bomba atômica. Após a guerra, houve uma retomada do desenvolvimento
científico e tecnológico, mas já era patente para todos que ele transcorria à sombra da Guerra
Fria, da corrida armamentista, dos conflitos localizados nas periferias do mundo desenvolvido,
dos golpes e das ditaduras militares no chamado Terceiro Mundo. Quaisquer que fossem os
avanços, o que prevalecia era a sensação de um apocalipse iminente.”
SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o século XXI. No loop da montanha russa. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001, p. 15-16.

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025. (PUCCAMP/2018) Nas décadas de 1960 e 1970, no auge da Guerra Fria, os Estados Unidos
a) patrocinaram o estabelecimento de regimes militares nos países latino-americanos com a
tarefa de combater o avanço do comunismo e manter suas áreas de influência na região.
b) fortaleceram a ideia de que as forças populares seriam capazes de vencer um exército re-
gular nos países latino-americanos e incentivaram a criação de focos de insurreição na região.
c) foram responsáveis pela difusão de focos de guerrilheiros no continente latino-americano,
que tinham a função de combater e derrubar os governos ditatoriais através de luta armada.
d) procuraram enfraquecer instituições militares financiadas por empresários e a estruturação
de uma máquina repressora, cujo objetivo era combater a oposição ao autoritarismo.
e) apoiaram os países marcados pela defesa dos ideais democráticos, pela garantia da liberdade
de imprensa e pelo respeito às instituições e partidos políticos de oposição.

026. (UNESP/2017) Em 1955 foi realizada, na Indonésia, a Conferência de Bandung, que


lançou as bases do chamado Movimento dos Não Alinhados. Considerando o contexto do
Pós-Segunda Guerra Mundial, a Conferência de Bandung expressava
a) uma manifestação pelo reconhecimento internacional da hegemonia asiática sobre a eco-
nomia do pós-guerra.
b) uma ruptura com os padrões socioculturais preconizados pela Tríplice Aliança e pela Trípli-
ce Entente.
c) a resistência política contra os confrontos armados entre os Países Aliados e os Países do Eixo.
d) a consolidação da influência socialista no hemisfério oriental, com a redefinição de antigas
fronteiras políticas.
e) a tentativa de alguns países de se manterem neutros diante da bipolaridade estabelecida
pela Guerra Fria.

027. (ESPM/2017) Um mês depois de Donald Trump causar alarme ao reafirmar seu apoio
à decisão britânica de sair do bloco, insinuando que outros países podem seguir o exemplo,
seu vice, Mike Pence, visitou Bruxelas, onde se reuniu com Donald Tusk, presidente do Conse-
lho Europeu, nesta segunda (20), com a mensagem de compromisso. (...) Pence também se
reuniu com o secretário-geral da OTAN e reiterou o apoio do governo Trump à aliança. (Folha
de São Paulo, 21/02/2017)
Surgida no contexto da Guerra Fria, em 1949, a OTAN é:
a) um programa de ajuda econômica que os EUA direcionam para a Europa;
b) um programa de incentivo cultural norte-americano aos europeus;
c) um programa de intercâmbio científico entre EUA e Europa Ocidental;
d) uma aliança político-militar dos países ocidentais;
e) uma aliança entre partidos políticos liberais atuantes nos EUA e Europa.

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028. (PUCRJ/2017) Ao final da Segunda Guerra Mundial, o antifascismo, que unira os aliados,
foi rapidamente se esfacelando. Em pouco tempo, uma nova ordem política e ideológica sur-
giu, baseada na polarização entre americanos e soviéticos. Nesse contexto, diversas crises
políticas e tensões sociais foram desencadeadas.
Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre esse período:
a) A vitória dos revolucionários cubanos liderados por Fidel Castro, em 1959, foi favorecida
pelos soviéticos, que enviaram armas e tropas de apoio aos guerrilheiros contrários à ditadura
de Fulgêncio Batista.
b) A revolução comunista chinesa, iniciada em 1949, derrubou o regime imperial e unificou o
país, expulsando as diversas potências europeias que mantinham o país dividido em “áreas de
influência” autônomas.
c) A intervenção militar da ONU, entre 1950 e 1953, na Coreia, impediu que uma crise política se
transformasse em uma guerra, e a solução de consenso foi dividir a península em dois países:
Coreia do Sul e Coreia do Norte.
d) Uma série de reformas políticas na Hungria, em 1956, que ameaçavam retirar o país da área
de influência socialista, fez com que a União Soviética deslocasse tropas para a capital, Buda-
peste, restabelecendo o controle político sobre o país.
e) O regime comunista implantado na Iugoslávia pelo Marechal Tito alinhou-se, em 1944, às
propostas políticas e econômicas chinesas, formando, junto com a Albânia, o núcleo do socia-
lismo maoísta na Europa.

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GABARITO

1. e
2. c
3. e
4. e
5. b
6. e
7. e
8. b
9. c
10. a
11. e
12. a
13. b
14. b
15. a
16. c
17. c
18. c
19. d
20. a
21. a
22. b
23. d
24. b
25. a
26. e
27. d
28. d

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GABARITO COMENTADO
001. Guerra Fria foi o nome dado a um conflito após a Segunda Guerra Mundial (1945) en-
volvendo dois países que adotavam sistemas político-econômicos opostos: capitalismo e
socialismo. Os dois países protagonistas da Guerra Fria são:
a) Estados Unidos e Japão.
b) Inglaterra e União Soviética.
c) União Soviética e Itália.
d) Alemanha e França.
e) Estados Unidos e União Soviética.

a) Errada. Os Estados Unidos foram um dos países envolvidos na Guerra Fria, no entanto o
Japão não era seu adversário.
b) Errada. A União Soviética era o país que liderava o bloco socialista, porém a Inglaterra não
era o país que liderava o bloco capitalista.
c) Errada. A União Soviética participou ativamente da Guerra Fria liderando o bloco socialista,
porém a Itália não encabeçava o bloco capitalista.
d) Errada. Nenhum desses dois países lideravam os blocos.
e) Certa. Após a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socia-
lista) travaram uma disputa pela hegemonia mundial, tentando expandir suas zonas de influência.
O período da Guerra Fria ficou marcado pela corrida armamentista entre as duas superpotên-
cias. Esses dois países não chegaram a um confronto armado diretamente, no entanto vários
conflitos em outros países foram financiados por essas duas nações.
Letra e.

002. A “Guerra Fria” foi a expressão utilizada para caracterizar um tipo de política externa
decorrente da:
a) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, entre as duas guerras mundiais.
b) Polarização do mundo em blocos interessados na exploração e posse da Sibéria.
c) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, após a Segunda Guerra Mundial.
d) Polarização do mundo em dois blocos liderados pela Alemanha, Itália e Japão de um lado, a
Inglaterra, Rússia, Estados Unidos e França de outro.
e) A disputa das áreas árticas e antárticas após a Segunda Guerra Mundial.

a) Errada. Realmente a Guerra Fria desencadeou a formação de dois blocos político-militares,


entretanto sua ocorrência não foi entre as duas guerras mundiais, e sim após a Segunda Guerra
Mundial (1945).
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b) Errada. A Guerra Fria foi muito além do interesse pela Sibéria. Consistiu numa corrida pela
hegemonia mundial na tentativa de expansão de zonas de influência.
c) Certa. Após a Segunda Guerra Mundial, os principais países envolvidos no confronto (França,
Inglaterra, Alemanha, Itália e Japão) estavam com suas economias extremamente fragilizadas,
apenas Estados Unidos e União Soviética conseguiram manter uma boa estrutura financeira
após os confrontos. Os dois países exerceram grande influência na geopolítica global, com
Estados Unidos liderando o bloco capitalista e a União Soviética liderando o bloco socialista.
Esse período ficou conhecido como mundo bipolar.
d) Errada. A Guerra Fria foi marcada pela disputa por zonas de influência entre Estados Unidos
e União Soviética. Itália, Japão, Inglaterra e França estavam em péssimas condições econômi-
cas. Em consequência da guerra, a Alemanha teve seu território dividido em zonas de influência
entre EUA e URSS.
e) Errada. A disputa não teve como principal objetivo a anexação das áreas árticas e antárticas.
Letra c.

003. Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética
não foram um período homogêneo único na história do mundo. [...] Dividem-se em duas me-
tades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste
período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou
até a queda da União Soviética.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

O período citado no texto e conhecido por Guerra Fria pode ser definido como aquele momento
histórico em que houve:
a) corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira
Guerra Mundial.
b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos 1930.
d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais,
como a China e o Japão.
e) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.

a) Errada. A Guerra Fria ocorreu após a Segunda Guerra Mundial e envolveu um país europeu e
um americano.
b) Errada. Essa divisão entre países socialistas do Sul e países capitalistas do Norte não é cor-
reta, além de não ter havido domínio de um sobre o outro.
c) Errada. A Guerra Fria ocorreu de 1945 a 1989, portanto após os anos de 1930. Também não
foi um choque ideológico entre Alemanha e União Soviética.
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d) Errada. Não consistiu numa disputa pela hegemonia mundial envolvendo Japão e China.
e) Certa. Com o término da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos (capitalista) e União Sovié-
tica (socialista) tentaram ampliar suas áreas de influência, pois os dois países se apresentavam
como as duas superpotências mundiais em virtude de suas estruturas financeiras, bem como
eram dotadas de armas nucleares, entre outros fatores.
Letra e.

004. Na última Copa do Mundo, nos surpreendemos com a declaração do técnico da seleção
alemã Jurgen Klinsmann, diante da possibilidade de a Alemanha ganhar aquela Copa e ser
tetracampeã. Na verdade, a Alemanha estaria ganhando o seu primeiro título de Copa do
Mundo, afirmou Jurgen Klinsmann.
Assinale a opção que explica corretamente a afirmação do técnico alemão.
a) A Alemanha Oriental, fruto dos tratados do pós-Segunda Guerra Mundial, foi vitoriosa nas três
copas disputadas no período de domínio nazista e esses títulos não foram reconhecidos pela FIFA.
b) A Alemanha unificada, vencedora de três copas mundiais, não teve reconhecida a sua condi-
ção de nação porque, na época das vitórias, estava ocupada pelas forças da OTAN.
c) Os títulos mundiais ganhos pela Alemanha, no período da Guerra Fria, foram atribuídos ape-
nas à parte oriental.
d) A Alemanha Ocidental ganhou apenas dois dos três títulos, o outro título foi ganho pela parte
oriental, ocupada por forças soviéticas.
e) A Alemanha, derrotada na Segunda Guerra Mundial, teve o seu território dividido em duas
partes e apenas a Ocidental foi vitoriosa nas três copas mundiais.

A Alemanha, derrotada na Segunda Guerra Mundial, teve o seu território dividido em duas partes
e apenas a Ocidental foi vitoriosa nas três copas mundiais.
Letra e.

005. Leia o trecho do discurso a seguir. “Que toda nação saiba… que pagaremos qualquer
preço, suportaremos qualquer fardo, enfrentaremos qualquer privação, apoiaremos qualquer
amigo, obstaremos qualquer inimigo, para assegurar a sobrevivência e o triunfo da liberdade.”
John F. Kennedy, Discurso de Posse. Citado por NEVINS, A. e COMMAGER, H.S. Breve História dos Estados
Unidos, S.P.: Alfa-Omega, 1986, p. 591.

Baseando-se na citação e na política externa do governo norte-americano na década de 1960,


assinale a alternativa INCORRETA.

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a) No início do governo Kennedy, ocorreram intervenções e conflitos envolvendo Cuba e União


Soviética. Os Estados Unidos apoiaram a invasão da Baía dos Porcos, promoveram o bloqueio
naval e aéreo à ilha e exigiram a retirada dos foguetes soviéticos instalados em Cuba.
b) Ao enfatizar a aplicação do Plano Marshall e da Doutrina Truman, o governo Kennedy foi
marcado pelas negociações com a União Soviética e a China, que objetivaram solucionar os
conflitos envolvendo a Coreia e o Vietnã e evitaram a expansão do comunismo na Ásia.
c) Em relação à América Latina, o governo norte-americano formulou a Aliança para o Progres-
so, cuja proposta era conceder ajuda e financiamentos para o desenvolvimento econômico, a
fim de evitar o crescimento da influência comunista sobre as populações latino-americanas.
d) O governo norte-americano organizou iniciativas de treinamento das forças armadas e dos
serviços de repressão da América Latina, a fim de reprimir manifestações populares e opositores
aos governos favoráveis à influência norte-americana.

Ao enfatizar a aplicação do Plano Marshall e da Doutrina Truman, o governo Kennedy foi marca-
do pelas negociações com a União Soviética e a China, que objetivaram solucionar os conflitos
envolvendo a Coreia e o Vietnã e evitaram a expansão do comunismo na Ásia.
Letra b.

006. Nas décadas de 1960 e 1970, a relação dos EUA com a América Latina
a) caracterizou-se pela ausência de investimentos econômicos significativos, uma vez que a
região oferecia menores oportunidades de lucro do que os chamados tigres asiáticos.
b) alterou-se quando os norte-americanos condicionaram a ajuda financeira aos relatórios de
organizações internacionais que avaliavam o respeito aos direitos humanos e à democracia.
c) desenvolveu-se de acordo com o programa do Departamento de Estado Norte-americano,
com o objetivo de suplantar o domínio político e cultural dos países europeus na região.
d) particularizou-se pela aplicação da “política da boa vizinhança”, que objetivava industrializar
e desenvolver o sul do continente, ainda que sob o controle dos norte-americanos.
e) pautou-se por um clima tenso, sobretudo depois da subida ao poder de Fidel Castro e da crise
dos mísseis na baía dos Porcos.

Pautou-se por um clima tenso, sobretudo depois da subida de Fidel Castro ao poder e da crise
dos mísseis na Baía dos Porcos.
Letra e.

007. Leia o texto a seguir.


Tornava-se claro que toda a tecnologia em desenvolvimento na corrida pela conquista do espaço
não seria só utilizada para viagens espaciais, ou em proveito da humanidade. Atrás do cenário
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da “odisséia do espaço”, ocultavam-se fins bélicos. […] os foguetes desenvolvidos poderiam


servir tanto para transportar cargas pacíficas (satélites) como armas atômicas. O progresso da
humanidade trazia consigo o princípio do fim. Um incidente internacional, ocorrido em 1962, é
exemplar para demonstrar a permanente tensão vivida pelo mundo.
(MILDER, Saul. A conquista da lua. São Paulo: FTD, 1997.)

Assinale a alternativa que apresenta o incidente a que o texto se refere.


a) Invasão da Baía dos Porcos por castristas.
b) Argumento do Muro de Berlim.
c) A invasão da Hungria pela URSS.
d) O não alinhamento da Iugoslávia.
e) A crise dos mísseis soviéticos em Cuba.

Refere-se à crise dos mísseis soviéticos em Cuba no ano de 1962, quando navios americanos
e soviéticos ficaram frente a frente, quase ocasionando um conflito mundial.
Letra e.

008. A Queda do Muro de Berlim, em 1989, significou, SIMBOLICAMENTE,


a) a vitória do comunismo na República Democrática Alemã.
b) a alteração nas relações político-ideológicas entre Estados Unidos e União Soviética.
c) o início da globalização econômica, com a criação do Mercado Comum Europeu.
d) o isolamento da Alemanha Oriental no cenário europeu e internacional.
e) a fuga de mão de obra da parte ocidental para a parte oriental da Alemanha.

Significa uma alteração nas relações político-ideológicas entre Estados Unidos e União Soviética,
uma vez que a última não mais está no centro das decisões mundiais.
Letra b.

009. Na década de 1950, nos Estados Unidos, eram comuns livros, panfletos, informativos
no cinema, palestras em escolas, entrevistas com cientistas em meios de comunicação de
massa, com o objetivo de ensinar a população como se proteger de um ataque atômico vindo
da União Soviética. O temor de uma guerra nuclear assolou o mundo durante 45 anos. Assi-
nale a alternativa que apresenta o termo como ficaram conhecidas as tensões nas relações
internacionais entre as duas potências políticas e militares.
a) Guerra do Vietnã.
b) Guerra das Duas Rosas.
c) Guerra Fria.
d) Guerra das Coreias.
e) Guerra dos Dois Mundos.
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Somente a proposição c está correta. Entre 1945 e 1989, o mundo viveu sob a égide da Guerra
Fria, um conflito ideológico entre as duas potências políticas e militares, URSS e EUA.
Letra c.

010. (MACKENZIE/2018) Leia o texto abaixo.


“Crescimento econômico contínuo exigia estabilidade política nacional e internacional. O go-
verno democrata chefiado por Truman (1945-1952), sob a pressão dos seus partidários do Sul,
dos republicanos, e do empresariado, abandonou suas intenções de empreender mais reformas
sociais, favorecendo uma aliança entre empresas, governo e Forças Armadas com concessões
limitadas à classe trabalhadora. Comentou Charles E. Wilson, presidente da General Motors,
que o melhor cenário seria uma ‘economia permanente de guerra”.
Sean Purdy, “O século americano”.
In: Leandro Karnal (org.) História dos Estados Unidos. 3ª ed. São Paulo: Editora Contexto, 2017, p. 227.

Sobre o contexto retratado pelo excerto, assinale a alternativa correta.


a) A Segunda Guerra Mundial abriu oportunidades de crescimento econômico aos Estados
Unidos. Com o intuito de manter tal crescimento, e diante da nova realidade da Guerra Fria, o
governo adotou uma política de militarização da economia americana.
b) O envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial abriu a possibilidade de
investimentos em países europeus. A presença marcante de empresas estadunidenses na
Alemanha, no imediato pós-Guerra, é o principal exemplo desses investimentos.
c) Fundado em 1944, o FMI passou a ser o meio pelo qual os Estados Unidos dominaram os
países após a Segunda Guerra Mundial. Exemplo disso foram os vultosos empréstimos conce-
didos pelo órgão a nações do sudeste asiático, resultando no surgimento dos “Tigres Asiáticos”.
d) A Guerra Fria abriu oportunidades de desenvolvimento bélico e tecnológico aos Estados Uni-
dos. Por isso, conflitos diretos entre o país e a União Soviética, além de constantes, se mostra-
ram extremamente eficientes para a continuidade da estabilidade da economia estadunidense.
e) Os esforços, movidos para a vitória na Segunda Guerra Mundial, resultaram em um cresci-
mento acelerado da economia estadunidense. Para mantê-la, o governo adotou, após o conflito,
uma política de juros altos, concessão de empréstimos facilitados e intervenções militares em
países da América Latina.

Somente a alternativa a está correta. O Partido Democrata nos EUA, ao longo da História, de-
fendeu uma maior atuação do Estado no âmbito social e na economia, basta observar o New
Deal elaborado por F. D. Roosevelt na década de 1930 e o Fair Deal implantado no governo do
presidente Harry Truman, 1945-1952. O Partido Republicano, por sua vez, defendia o Liberalismo,
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ou seja, menor atuação do Estado. Conforme o texto do historiador Leandro Karnal, ocorreu
uma pressão dos republicanos sobre o presidente democrata Truman, que acabou adotando
uma “economia permanente de guerra”.
Letra a.

011. (UNESP/2018) A participação norte-americana na Guerra do Vietnã, entre 1961 e 1973,


pode ser interpretada como
a) uma ação relacionada à defesa da liberdade, num contexto de expansão do anarquismo nos
continentes asiático e africano.
b) um recuo na política de boa vizinhança que caracterizou a ação diplomática e comercial dos
Estados Unidos após a Segunda Guerra.
c) a busca de recursos naturais e fontes de energia que ampliariam a capacidade de produção
de armamentos nos Estados Unidos.
d) o esforço de contenção da influência soviética sobre a China, o Japão e os países do Sul e
Sudeste asiático.
e) um movimento dentro da lógica da Guerra Fria, voltado ao fortalecimento da posição geoes-
tratégica dos Estados Unidos.

A Guerra do Vietnã, assim como a Guerra da Coreia, a construção do Muro de Berlim e a Cor-
rida Espacial, faz parte da lógica de disputa pela hegemonia mundial, entre EUA e URSS, no
contexto da Guerra Fria.
Letra e.

012. (UECE/2018) No ano de 1963, John F. Kennedy proferiu um discurso na cidade de Berlim.
Com um charmoso sotaque americano, ele disse a frase que entrou para a História:
“Há dois mil anos o maior orgulho era poder dizer-se: Civis Romanus Sum [Sou cidadão romano].
Hoje, no mundo livre, o maior orgulho é poder dizer-se Ich bin ein Berliner [Sou um berlinense]”.
A visita do presidente americano a essa cidade ocorreu em um contexto difícil, iniciado em
1961, com a construção do muro que significou a
a) materialização da Guerra Fria em Berlim.
b) idealização do desenvolvimento capitalista alemão.
c) efetivação da expansão comunista europeia em Berlim.
d) marca da superioridade expansionista alemã.

Somente a alternativa a está correta. A construção do Muro de Berlim foi um grande marco den-
tro da Guerra Fria, 1945-1989. Na madrugada de 13 de agosto de 1961, o governo da República

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Democrática Alemã (Alemanha Oriental) iniciou a construção de um muro de arame farpado


para separar a Berlim Ocidental da Oriental. O objetivo era impedir a saída dos profissionais
qualificados do mundo oriental comunista para o mundo ocidental capitalista.
Letra a.

013. (PUCPR/2018) Leia a notícia abaixo e assinale a alternativa que elenca CORRETAMEN-
TE os motivos que levaram à separação da Alemanha em dois países diferentes (Alemanha
Oriental e Alemanha Ocidental) durante o século XX.
“Helmut Kohl, que morreu na manhã desta sexta-feira aos 87 anos em sua casa de Ludwigsha-
fen, [...] foi o chanceler da unificação alemã. [Sem ele], esse acontecimento fundamental para a
história da Europa não se teria produzido no curto espaço de onze meses entre 9 de novembro
de 1989, dia da queda do Muro de Berlim, e 3 de outubro de 1990, quando os seis landers da
antiga República Democrática da Alemanha foram incorporados à República Federal e direta-
mente integrados à então chamada Comunidade Europeia.”
Fonte: Bassets, Luís. Morre Helmut Kohl, o europeísta em estado puro que unificou a Alemanha. El País –
edição Brasil. 16 de junho de 2017. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/16/internacional/14
97626619_312475.html. Acesso em 12 de junho de 2017.

a) A separação da Alemanha em dois países (República Democrática e República Federal) con-


solidou a divisão política do povo alemão durante o domínio nazista: no lado oriental, concen-
traram-se os partidários do Partido Nacional-Socialista após 1945, enquanto o lado ocidental
reunia a democracia cristã e os partidos liberais.
b) A separação política do território alemão foi um desdobramento da Segunda Guerra Mundial,
que criou duas zonas de influência no território europeu: uma, de domínio soviético, englobava
a República Democrática da Alemanha, e outra, liderada por Reino Unido, França e Estados
Unidos, da qual fazia parte a República Federal.
c) A cisão política do território alemão é uma consequência do impasse militar gerado pela
invasão de Berlim pelas tropas soviéticas ao Leste e pelo exército norte-americano a Oeste da-
quela cidade; como nenhum dos lados conseguiu a hegemonia do território, a solução política
foi a separação entre duas Alemanhas.
d) A vitória dos Aliados na Segunda Grande Guerra levou à concentração do que restou do
exército nazista na porção oriental do território alemão, reconhecido como país independente
na conferência de Potsdam em 1948.
e) A separação das duas Alemanhas reflete a polarização existente na sociedade germânica
sobre a integração ou isolacionismo frente à União Europeia pós-Segunda Grande Guerra, co-
locando, do lado oriental, os partidários da adesão ao bloco europeu e, no bloco ocidental, os
defensores da soberania do estado alemão.

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Somente a alternativa b está correta. Com o término da Segunda Guerra Mundial em 1945,
surgiu um novo contexto histórico caracterizado pela Guerra Fria, que acabou dividindo vários
países como Coreia, Vietnã e Alemanha. A Conferência de Potsdam, em julho de 1945, dividiu
a Alemanha em quatro zonas: uma para a URSS, outra para os EUA, além de outras duas para
a Inglaterra e a França. Ainda teve a construção do famoso “muro de Berlim” na madrugada
do dia 13 de agosto de 1961, erguido pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental).
Letra b.

014. (PUCRJ/2018) Sobre o impacto da Revolução Cubana nas relações entre os EUA e a
América Latina na década de 1960, assinale a alternativa correta:
a) A América Latina tornou-se o foco principal de preocupações militares para os norte-ameri-
canos no panorama da Guerra Fria neste período.
b) Os EUA passaram a investir também em programas que garantissem a expansão da influência
norte-americana por via pacífica, como a Aliança para o Progresso.
c) Houve momentos de enfrentamento e tensão, como a bem-sucedida invasão da baía dos
Porcos, em abril de 1961, por forças anticastristas.
d) A crise dos mísseis cubanos, em 1962, resultou de testes realizados com armas nucleares
soviéticas em território cubano.
e) Os EUA abandonam a política praticada até então, que consistia na necessidade de exportar
a democracia para os demais povos do continente.

Visando frear a influência soviética e comunista no continente americano (materializada pela


Revolução Cubana), os EUA desenvolveram a Aliança para o Progresso, um programa que
contava com uma série de medidas econômicas e sociais que pretendiam ajudar os países
latino-americanos a se desenvolverem.
Letra b.

015. (UPF/2018) Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União
Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em
duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a histó-
ria deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o
dominou até a queda da URSS.”
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996).

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O autor está se referindo ao período conhecido como Guerra Fria, cuja origem pode ser atribuída à
a) construção de um discurso inglês e norte-americano, que procurou mostrar os perigos do
expansionismo soviético.
b) doutrina Truman, que incentivou os soviéticos a ampliarem seu domínio político nos países
do Leste europeu.
c) divisão do território alemão pelas potências vencedoras da II Guerra Mundial e as divergências
quanto à sovietização do Oriente Médio.
d) assinatura do Pacto de Varsóvia, que proibiu a Iugoslávia de receber ajuda econômica e
militar dos Estados Unidos.
e) declaração unilateral da URSS da “Détente”, que exprimia o desejo de buscar a coexistência
pacífica entre os dois sistemas ideológicos.

Em 1946 ficou famoso o discurso de Wilston Churchill, Primeiro-Ministro britânico, que afir-
mava que “uma cortina de ferro descia sobre a Europa” e precisava ser combatida, em alusão
ao crescimento soviético no continente. Tal posicionamento foi adotado, também, pelos EUA,
dando início à Guerra Fria.
Letra a.

016. (UFRGS/2018) Considere as afirmações abaixo sobre a Guerra do Vietnã.


I – Os Estados Unidos envolveram-se no conflito entre o Vietnã do Norte e o Vietnã do Sul após
o chamado “incidente do golfo de Tonkin”, em que um de seus navios militares foi atacado pela
marinha norte-vietnamita.
II – Uma das justificativas para a intervenção norte-americana na região era a chamada “Teoria
do Dominó”, que postulava que uma possível vitória comunista no conflito levaria à propagação
do comunismo por todo o Sudeste Asiático.
III – O conflito encerrou-se com a vitória das tropas norte-americanas diante dos norte-vietna-
mitas e, consequentemente, com a divisão entre Vietnã do Sul e Vietnã do Norte que perdura
até os dias de hoje.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

A afirmativa III está incorreta, porque os EUA foram derrotados pelos vietcongues na Guerra
do Vietnã.
Letra c.

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017.

A tirinha acima, escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino, que teve o ápice de suas
produções entre 1964 e 1973, nos apresenta Mafalda, uma menina defensora da humanidade
e da paz mundial, famosa por seu inconformismo em relação aos valores do tempo presente.
Considerando a época em que foi elaborado, o conteúdo da tirinha nos remete a um período
histórico de
a) fortalecimento do neoliberalismo.
b) expansão do multilateralismo.
c) polarização política e ideológica.
d) ascensão da ordem mundial multipolar.
e) aceleração do processo de globalização.

Somente a alternativa c está correta. A tirinha do cartunista Quino, através de Mafalda, remete
ao contexto da Guerra Fria, caracterizado por uma bipolarização política e ideológica. De um
lado, o capitalismo liderado pelos Estados Unidos e, de outro, o comunismo liderado pela URSS.
Letra c.

018. (ENEM/2018) Os soviéticos tinham chegado a Cuba muito cedo na década de 1960,
esgueirando-se pela fresta aberta pela imediata hostilidade norte-americana em relação ao
processo social revolucionário. Durante três décadas os soviéticos mantiveram sua presença
em Cuba com bases e ajuda militar, mas, sobretudo, com todo o apoio econômico que, como
saberíamos anos mais tarde, mantinha o país à tona, embora nos deixasse em dívida com os
irmãos soviéticos – e depois com seus herdeiros russos – por cifras que chegavam a US$ 32
bilhões. Ou seja, o que era oferecido em nome da solidariedade socialista tinha um preço definido.
PADURA, L. Cuba e os russos. Folha de São Paulo, 19 jul. 2014 (adaptado).

O texto indica que durante a Guerra Fria as relações internas em um mesmo bloco foram mar-
cadas pelo(a)
a) busca da neutralidade política.
b) estímulo à competição comercial.
c) subordinação à potência hegemônica.
d) elasticidade das fronteiras geográficas.
e) compartilhamento de pesquisas científicas.
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As potências hegemônicas da Guerra Fria eram EUA, pelo lado capitalista, e URSS, pelo lado so-
cialista. Todos os demais países, aliados desses citados, estavam numa posição de subordinação
a eles, seja política ou economicamente. Isso fica claro pelo texto que acompanha a questão.
Letra c.

019.

Sabendo-se que o “Quarteto Fantástico” foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em
1965, o episódio reproduzido acima ocorre no contexto do(s)
a) enfrentamento conhecido como a crise dos mísseis de Cuba.
b) confrontos armados envolvendo a União Soviética e os Estados Unidos.
c) conflito diplomático entre o programa espacial chinês e o estadunidense.
d) embates tecnológicos protagonizados pelas maiores potências da Guerra Fria.

Somente a alternativa d está correta. A história narrada no quadrinho aponta para o embate
ocorrido no contexto da Guerra Fria entre EUA (liderando o bloco capitalista) e a URSS (liderando
o bloco comunista). No quadrinho fica evidente a corrida espacial entre os dois países.
Letra d.
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020. (ESPCEX/2018) Após a 2ª Guerra Mundial, iniciou-se um período de fortes tensões po-
líticas que duraram até 1989, conhecido como “Guerra Fria”. Durante esse período, diversos
conflitos foram travados, realçando a disputa entre o comunismo e o capitalismo. Dentre esses
conflitos, o de maior duração, que representou uma séria derrota militar para o capitalismo, foi a
a) Guerra do Vietnã.
b) Guerra da Coreia.
c) Guerra do Iraque.
d) Guerra do Afeganistão.
e) Guerra do Pacífico.

Apesar de a Guerra Fria ser caracterizada como um conflito ideológico, ocorrido longe dos cam-
pos de batalha, alguns conflitos periféricos marcaram indiretamente a disputa hegemônica entre
capitalismo e socialismo mundo afora. O mais significativo desses conflitos foi a Guerra do Viet-
nã. EUA e URSS apoiaram lados opostos da população vietnamita e, após longo conflito, os EUA
foram derrotados pelos vietcongues, tendo o Vietnã adotado o socialismo como forma de governo.
Letra a.

021. (ESPM/2018) “Nessa ofensiva, o exército do Vietnã do Norte atacaria as províncias do


Norte do Vietnã do Sul, enquanto os vietcongues tentariam atacar todas as cidades e cen-
tros administrativos, principalmente Saigon. Ela ocorreu em 31 de janeiro de 1968, durante
os feriados do primeiro dia do ano lunar vietnamita – O Tet – daí ter ficado conhecida como
ofensiva do Tet.” (Nelson Bacic Olic. A Guerra do Vietnã)
Em linhas gerais, os objetivos da famosa ofensiva do Tet eram:
a) provocar o colapso do exército do Vietnã do Sul, abalar a determinação política de os EUA se
manterem na guerra e contribuir para a intensificação de movimentos contrários à guerra nos
EUA e em outras partes do mundo;
b) liquidar definitivamente com o conflito, pois, quando da ofensiva, as forças norte-americanas já
haviam deixado o território do Vietnã e a vitória dos norte-vietnamitas e vietcongues era inevitável;
c) obter repercussão internacional e assim convencer o governo da URSS a apoiar, diretamente,
o Vietnã do Norte e o Vietcong, com o envio de tropas;
d) obter repercussão internacional e com isso conseguir o apoio direto da China por meio do
envio de tropas que auxiliariam o Vietnã do Norte e o Vietcongue;
e) convencer a ONU a acelerar a aplicação do Tratado de Paris que já havia determinado a reti-
rada dos EUA da guerra e o final do conflito.

Dentro do desenvolvimento da Guerra do Vietnã, as ações dos vietcongues ajudaram a abalar


a participação estadunidense na guerra, provocando, também, a intensificação da formação da
opinião pública contrária ao conflito.
Letra a.
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022. (UNESP/2018) Analise o trecho da letra do samba “Brasil pandeiro”, de Assis Valente,
composto em 1940.
Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor! [...] eu quero ver O Tio Sam tocar
pandeiro Para o mundo sambar O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada anda
dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato Vai entrar no cuscuz acarajé e abará Na
Casa Branca já dançou a batucada [...]
(Assis Valente. Brasil Pandeiro, 1940. Apud Antônio Pedro Tota. O imperialismo sedutor, 2000.)

Esse samba pode ser considerado um exemplo


a) da falta de criatividade da cultura brasileira, quando comparada com padrões e ritmos mu-
sicais da tradição cultural popular norte-americana.
b) da aproximação cultural entre Brasil e Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial e
no âmbito da chamada política da boa vizinhança.
c) do esforço de divulgação da música brasileira no exterior durante o Estado Novo e em con-
formidade com a política varguista de rejeição a produtos culturais estrangeiros.
d) da difusão da música brasileira no exterior, após o sucesso mundial da Bossa Nova e em
meio ao esforço norte-americano de afastar a ameaça comunista da América.
e) do reconhecimento internacional da importância cultural do Brasil no conjunto do Ocidente,
no contexto da bipolaridade estratégica da Guerra Fria.

A música mostra um esforço pela associação entre a cultura americana e a cultura brasileira.
Tal esforço fez parte da chamada “Política da Boa Vizinhança”, adotada pelos EUA para com a
América Latina nas décadas de 1950 e 1960.
Letra b.

023. (IMED/2018) Leia o fragmento textual abaixo.


“Naquele início dos anos 60, Paris vivia a febre da Revolução Cubana e fervilhava de jovens dos
cinco continentes que, como Paul, sonhavam repetir em seus países a saga de Fidel Castro e
seus barbudos, e para isso se preparavam, a sério ou nem tanto, em conspirações de bar”.
Fonte: VARGAS LLOSA, Mario. Travessuras de menina má. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006, p. 21.

A partir do texto e de seus conhecimentos sobre a Revolução Cubana (1959), marque a alter-
nativa correta:
a) A Revolução Cubana (1959), mencionada no texto, contou com o apoio dos Estados Unidos,
país que tinha interesse no término do domínio espanhol da Ilha, o qual durou até o fim da dé-
cada de 1950.
b) Fidel Castro, citado no fragmento textual, foi o principal líder da Revolução Cubana (1959),
porém abandonou Cuba em 1960, deixando Che Guevara como presidente do país.
c) Cuba, país que fica no istmo da América Central, ainda possui um governo comandado por
um partido comunista, o que não a impediu de reatar relações diplomáticas com os Estados
Unidos à época do governo de Barack Obama.
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d) No início, a Revolução Cubana (1959) não tinha orientação abertamente socialista. Entretan-
to, em 1961, o governo revolucionário declarou a Ilha seguidora dessa doutrina, o que levou às
tentativas de intervenções norte-americanas para derrubar o regime de Fidel Castro.
e) Atualmente, não há qualquer relação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, pois este não
possui embaixadas em países com governos autoritários.

Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos e os demais guerrilheiros cubanos iniciaram a
Revolução Cubana para derrubar o governo do ditador Fulgêncio Batista, que governava com
apoio dos EUA, o que atrelava a economia cubana à economia estadunidense. Por conta disso,
ao longo da Revolução, Castro e seus seguidores decidiram, num contexto de Guerra Fria, se
alinhar com a URSS e adotar o socialismo como forma de organização.
Letra d.

024. (UERJ/2018)

Star Trek ou “Jornada nas Estrelas”, um clássico da ficção científica, completou 50 anos de
existência em 2016. A série mostrava as aventuras da tripulação da nave USS Enterprise no
século XXIII, com mundos e raças alienígenas convivendo. Ao fazer analogias com situações
da época, abordava questões sociais contemporâneas em um contexto futurista.
O elenco era bem diferenciado, apresentando uma mulher negra, um asiático e um russo, que
trabalhavam juntos e com papéis de destaque. O monólogo de introdução em cada episódio
afirmava: “Estas são as viagens da nave estelar Enterprise. Em sua missão de cinco anos, para
explorar novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo
aonde nenhum homem jamais esteve”.
Adaptado de gamehall.uol.com.br.

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O desenvolvimento dos conhecimentos no campo da astronomia amplia a visão cósmica, como


lembra o texto do físico Marcelo Gleiser, e as novas possibilidades de intervenção humana
repercutem na produção de textos e filmes de ficção científica, a exemplo da série televisiva
“Jornada nas Estrelas”.
De acordo com a reportagem, os episódios da série fizeram analogias com situações das dé-
cadas de 1960 e 1970 ao tematizar os seguintes tópicos:
a) avanço científico e controle territorial
b) corrida espacial e diversidade étnica
c) uniformização cultural e expansionismo militarista
d) globalização econômica e dominação imperialista

[Resolução do ponto de vista da disciplina de História] As décadas de 1960 e 1970 fazem parte
do contexto global da Guerra Fria. Esta, por sua vez, apresentou ao mundo, durante a chamada
coexistência pacífica, a Corrida Espacial, momento no qual EUA e URSS duelaram para provar
qual lado tinha mais desenvolvimento tecnológico, através da tentativa de chegar ao espaço.
Além disso, nos EUA, especificamente, as décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pela luta
da população negra pela ampliação dos seus direitos civis. Por isso, o filme citado tratou dos
assuntos apresentados na alternativa b.
[Resolução do ponto de vista da disciplina de Geografia] A alternativa b está correta, porque, ao
retratar as viagens espaciais sob a liderança de uma equipe multiétnica, o seriado abordava as
questões da corrida espacial e da diversidade étnica, reportando respectivamente à questão da
Guerra Fria e a temas notáveis da época, como o racismo e o feminismo, contemporâneos nas
discussões da atualidade. As alternativas incorretas são: a, porque embora o avanço científico
e o controle territorial sejam temas abordados na série, estes não correspondem ao comando
do enunciado, que é a diversidade étnica; c, porque a série aborda a diversidade cultural, e não
a uniformização; d, porque a série não aborda a globalização.
Letra b.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES:


Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.
“Na passagem para o século XX, o mundo já era praticamente tal como o conhecemos. O oti-
mismo, a expansão das conquistas europeias e a confiança no progresso pareciam ter atingido
o seu ponto mais alto. E, então, num repente inesperado, veio o mergulho no vácuo, o espasmo
caótico e destrutivo, o horror engolfou a história: a irrupção da Grande Guerra descortinou um
cenário que ninguém previra. (...) Essa escalada destrutiva inédita só seria superada por seu
desdobramento histórico, a Segunda Guerra Mundial, cujo clímax foram os bombardeios aéreos
de varredura e a bomba atômica. Após a guerra, houve uma retomada do desenvolvimento
científico e tecnológico, mas já era patente para todos que ele transcorria à sombra da Guerra
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Fria, da corrida armamentista, dos conflitos localizados nas periferias do mundo desenvolvido,
dos golpes e das ditaduras militares no chamado Terceiro Mundo. Quaisquer que fossem os
avanços, o que prevalecia era a sensação de um apocalipse iminente.”
SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o século XXI. No loop da montanha russa. São Paulo: Companhia das

Letras, 2001, p. 15-16.

025. (PUCCAMP/2018) Nas décadas de 1960 e 1970, no auge da Guerra Fria, os Estados Unidos
a) patrocinaram o estabelecimento de regimes militares nos países latino-americanos com a
tarefa de combater o avanço do comunismo e manter suas áreas de influência na região.
b) fortaleceram a ideia de que as forças populares seriam capazes de vencer um exército re-
gular nos países latino-americanos e incentivaram a criação de focos de insurreição na região.
c) foram responsáveis pela difusão de focos de guerrilheiros no continente latino-americano,
que tinham a função de combater e derrubar os governos ditatoriais através de luta armada.
d) procuraram enfraquecer instituições militares financiadas por empresários e a estruturação
de uma máquina repressora, cujo objetivo era combater a oposição ao autoritarismo.
e) apoiaram os países marcados pela defesa dos ideais democráticos, pela garantia da liberdade
de imprensa e pelo respeito às instituições e partidos políticos de oposição.

As ditaduras militares estabelecidas na América Latina entre as décadas de 1960 e 1970, incluindo
a brasileira, foram incentivadas e financiadas pelos EUA, numa clara tentativa de impedir que parti-
dos e políticos aliados ou simpatizantes do socialismo chegassem ou permanecessem no poder.
Letra a.

026. (UNESP/2017) Em 1955 foi realizada, na Indonésia, a Conferência de Bandung, que


lançou as bases do chamado Movimento dos Não Alinhados. Considerando o contexto do
Pós-Segunda Guerra Mundial, a Conferência de Bandung expressava
a) uma manifestação pelo reconhecimento internacional da hegemonia asiática sobre a eco-
nomia do pós-guerra.
b) uma ruptura com os padrões socioculturais preconizados pela Tríplice Aliança e pela Trípli-
ce Entente.
c) a resistência política contra os confrontos armados entre os Países Aliados e os Países do Eixo.
d) a consolidação da influência socialista no hemisfério oriental, com a redefinição de antigas
fronteiras políticas.
e) a tentativa de alguns países de se manterem neutros diante da bipolaridade estabelecida
pela Guerra Fria.

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[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] No contexto do mundo bipolar da Guerra


Fria (Estados Unidos capitalista versus União Soviética socialista), vários países, em sua maioria
subdesenvolvidos, lançaram o Movimento dos Não Alinhados. Isto é, um grupo de nações sem
alinhamento com os Estados Unidos e a União Soviética, mantendo uma política externa mais
independente. A primeira conferência dos não alinhados foi em Bandung, Indonésia, em 1955.
Na prática, a ideia teve pouco êxito e, no final das contas, a maioria dos países subdesenvolvidos
teve influência soviética ou americana.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] A Conferência de Bandung tratou de dois
temas: (1) o não alinhamento no contexto da Guerra Fria e (2) o questionamento da coloniza-
ção das potências europeias sobre África e Ásia. A partir dela, vários países, principalmente
africanos, se posicionaram contra o alinhamento e a colonização.
Letra e.

027. (ESPM/2017) Um mês depois de Donald Trump causar alarme ao reafirmar seu apoio
à decisão britânica de sair do bloco, insinuando que outros países podem seguir o exemplo,
seu vice, Mike Pence, visitou Bruxelas, onde se reuniu com Donald Tusk, presidente do Conse-
lho Europeu, nesta segunda (20), com a mensagem de compromisso. (...) Pence também se
reuniu com o secretário-geral da OTAN e reiterou o apoio do governo Trump à aliança. (Folha
de São Paulo, 21/02/2017)
Surgida no contexto da Guerra Fria, em 1949, a OTAN é:
a) um programa de ajuda econômica que os EUA direcionam para a Europa;
b) um programa de incentivo cultural norte-americano aos europeus;
c) um programa de intercâmbio científico entre EUA e Europa Ocidental;
d) uma aliança político-militar dos países ocidentais;
e) uma aliança entre partidos políticos liberais atuantes nos EUA e Europa.

Somente a proposição d está correta. Quando findou a Segunda Guerra Mundial em 1945,
começou a Guerra Fria, um conflito ideológico entre duas potências econômicas e militares,
EUA (liderava o bloco capitalista) e a URSS (liderava o bloco socialista). Neste sentido, foram
estabelecidos alguns tratados e alianças por esses países. É o caso da OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), criada em 1949, uma aliança política e militar dos países capitalistas
ocidentais cujo principal objetivo era inibir o avanço do bloco socialista.
Letra d.

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028. (PUCRJ/2017) Ao final da Segunda Guerra Mundial, o antifascismo, que unira os aliados,
foi rapidamente se esfacelando. Em pouco tempo, uma nova ordem política e ideológica sur-
giu, baseada na polarização entre americanos e soviéticos. Nesse contexto, diversas crises
políticas e tensões sociais foram desencadeadas.
Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre esse período:
a) A vitória dos revolucionários cubanos liderados por Fidel Castro, em 1959, foi favorecida
pelos soviéticos, que enviaram armas e tropas de apoio aos guerrilheiros contrários à ditadura
de Fulgêncio Batista.
b) A revolução comunista chinesa, iniciada em 1949, derrubou o regime imperial e unificou o
país, expulsando as diversas potências europeias que mantinham o país dividido em “áreas de
influência” autônomas.
c) A intervenção militar da ONU, entre 1950 e 1953, na Coreia, impediu que uma crise política se
transformasse em uma guerra, e a solução de consenso foi dividir a península em dois países:
Coreia do Sul e Coreia do Norte.
d) Uma série de reformas políticas na Hungria, em 1956, que ameaçavam retirar o país da área
de influência socialista, fez com que a União Soviética deslocasse tropas para a capital, Buda-
peste, restabelecendo o controle político sobre o país.
e) O regime comunista implantado na Iugoslávia pelo Marechal Tito alinhou-se, em 1944, às
propostas políticas e econômicas chinesas, formando, junto com a Albânia, o núcleo do socia-
lismo maoísta na Europa.

Somente a alternativa d está correta. Na década de 1950, o modelo socialista prevalecia no


Leste Europeu devido à forte intervenção estimulada pelos representantes soviéticos e locais
do stalinismo. Tal situação definia a instalação de governos interessados em proteger o inte-
resse das classes trabalhadoras de cada uma dessas zonas de influência. No entanto, o próprio
regime de base popular fora questionado nas ruas de Budapeste, em 1956, durante a conhecida
“Revolução Húngara”. A Polônia manifestava crítica à influência da URSS dentro do país e a
Hungria também estava insatisfeita com a forte ingerência dos soviéticos na política interna.
Apesar da luta dos húngaros, a URSS restabeleceu o controle político sobre o país.
Letra d.

Caro(a) concurseiro(a), você já é um vencedor. Chegou aqui com muito esforço, perse-
verança, foco, motivação e, é claro, suor e numerosas horas de estudo. É mais uma etapa
que se encerra, mas não é o fim. Estamos em uma longa caminhada e você, com seu estudo
e dedicação, venceu mais uma barreira. Lembre-se que estamos juntos nessa luta que é o
mundo dos concursos e, nesse momento, só tenho a agradecer o empenho e a confiança
depositada em mim. Finalizo nosso encontro com a frase de Sun Tzu, que diz: “Não é preciso
ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para
ser vitorioso você precisa ver o que não está visível”.
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Então somente posso desejar que enxergue as diversas oportunidades, busque com afin-
co seus sonhos, lute diariamente, tenha motivação, foco, determinação e disciplina, e treine
bastante que logo colherá os louros da vitória. Agradeço profundamente seu empenho e deixo
meu abraço e desejo de sucesso em seus objetivos.
Abraços e até o próximo encontro.
Júlio Santos.

Júlio Santos
Professor de geografia com quase 20 anos de docência. Graduado em História e Geografia. Professor de
cursos preparatórios para concursos e vestibulares.

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