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ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

DELEGAÇÃO DE PEMBA

Culturalismo

Nome do Estudante: Mário Agostinho

Pemba, Maio de 2022


ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

DELEGAÇÃO DE PEMBA

Culturalismo

Trabalho de carácter avaliativo Cadeira de


História do Pensamento Jurídico, a ser submetido
na Escola Superior de Economia e Gestão.

Ano: Iº Ano, Iº Semestre,

Período Pós-Laboral
Dr. Fernando Alegre

Pemba, Maio de 2022


Índice
1. Introdução..............................................................................................................................1
1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................1
1.2. Objectivos específicos.........................................................................................................1
1.3. Metodologias......................................................................................................................1
2. Culturalismo...........................................................................................................................2
2.1. Definição.............................................................................................................................2
3. Evolução Histórica.................................................................................................................3
3.1. O primeiro ciclo e seu desfecho..........................................................................................4
3.2. Intuições precursoras do culturalismo de Tobias Barreto...................................................5
3.3. Cultura e História................................................................................................................6
3.4. Culturalismo, para além do Direito.....................................................................................7
Conclusão...................................................................................................................................9
Referências Bibliográficas.......................................................................................................10
1. Introdução

O presente trabalho cinge-se na abordagem de Culturalismo. Dentro desta abordagem


encontram-se também outros aspectos relacionados com o tema em destaque.

Chama-se culturalismo à postura da vertente da psicologia e das ciências sociais em geral que
destaca o papel da cultura na explicação dos fenómenos psicológicos individuais e dos
fenómenos colectivos. No campo da psicologia, o culturalismo atribui à cultura o papel
determinante no desenvolvimento do carácter e da personalidade, enquanto que nas ciências
sociais em geral o culturalismo se traduz no destaque do papel da cultura na organização das
condutas e dos fenómenos colectivos.

O Culturalismo busca recuperar a história como fonte real e viva do Direito, ultrapassando a
ancestral oposição entre natureza e positividade, entre os apelos de Antígona e as decisões de
Creonte, e sobretudo compreendendo o Direito como momento privilegiado da realidade
cultural, a um tempo pensada e a outro vivida, imaginada e experienciada.

1.1. Objectivo Geral

 Analisar o culturalismo;

1.2. Objectivos específicos

 Conhecer a Evolução Histórica do Culturalismo;


 Definir o Culturalismo e descrever as intuições precursoras do culturalismo de Tobias
Barreto;
 Identificar o primeiro ciclo do culturalismo e o seu fecho.

1.3. Metodologias

O presente estudo segue uma metodologia qualitativa. Neste caso, as metodologias usadas na
pesquisa deste trabalho são as seguintes: Pesquisa bibliográfica; Pesquisa documental e
Revistas.
O trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira: elementos pré-textuais, capa, folha
de rosto, índice. Elementos textuais, introdução, análise e discussão da problemática,
conclusão e finalmente os elementos pós-textuais, referências bibliográficas.

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2. Culturalismo

2.1. Definição

Chama-se culturalismo à postura da vertente da psicologia e das ciências sociais em geral que
destaca o papel da cultura na explicação dos fenómenos psicológicos individuais e dos
fenómenos colectivos. No campo da psicologia, o culturalismo atribui à cultura o papel
determinante no desenvolvimento do carácter e da personalidade, enquanto que nas ciências
sociais em geral o culturalismo se traduz no destaque do papel da cultura na organização das
condutas e dos fenómenos colectivos.

É um ponto de vista que encarreira pelo determinismo cultural entendendo que todas as
realidades estudadas são explicáveis através da análise de factores culturais, isto é, através da
rede de significados que constitui a cultura. O mesmo será dizer que o conjunto composto,
entre outros, por instituições, códigos de conduta, sistemas de crenças, arte, religião, rituais,
costumes, normas, valores e linguagem (isto é, a cultura) é a causa preexistente dos
fenómenos psicológicos individuais e dos fenómenos coletivos.

Na perspectiva do Martins (1995):

˝A escola Americana de antropologia ou simplesmente culturalismo, enquanto o evolucionismo


florescia na antropologia inglesa em meados do século XIX, não obstante tenha também tido expoentes
americanos como Morgan, na América surgia a formação da escola de antropologia americana,
sobejamente conhecida por culturalismo”.

O culturalismo tenta fazer uma descrição de sociedade sobre a perspectiva combinada da


antropologia e de psicanálise. O culturalismo constitui um dos ramos da sociologia que
dominou a sociologia americana de 1930 a 1950. Emprestando o conceito de cultura dos
antropólogos, ele, procura dar conta da integração social.

Segundo Reale (2000), o culturalismo é “uma concepção do Direito que se integra no


historicismo contemporâneo e aplica, no estudo do Estado e do Direito, os princípios
fundamentais da Axiologia, ou seja, da teoria dos valores em função dos graus de evolução
social”.

O Culturalismo busca recuperar a história como fonte real e viva do Direito, ultrapassando a
ancestral oposição entre natureza e positividade, entre os apelos de Antígona e as decisões de
Creonte, e sobretudo compreendendo o Direito como momento privilegiado da realidade
cultural, a um tempo pensada e a outro vivida, imaginada e experienciada.
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O Culturalismo leva, no entanto, evidente vantagem em relação ao Positivismo e ao
Naturalismo, uma vez que realiza a suprassunção de ambos (o termo é hegeliano, e faz
menção à especificidade dos movimentos da dialética especulativa, que ao mesmo tempo
nega, conserva e eleva).

3. Evolução Histórica

O culturalismo é uma corrente que emerge do neokantismo por divergir da feição que veio a
assumir através da obra de Cohen e da chamada Escola de Marburgo (Natorp, Cassirer etc.).
Trata-se de movimento muito complexo e que teve vida relativamente longa na Alemanha,
onde se mantém atuante apesar das tragédias vivenciadas pelo país neste século, espraiando-
se para outros países, entre os quais o Brasil.

Na pátria de origem experimentou sucessiva ampliação de sua esfera de interesses, o que é


perfeitamente compreensível. Assumindo a perspectiva transcendental e propondo-se
solucionar os problemas que Kant deixara em abeto – e não enfrentados pelo neokantismo –
acabou criando a possibilidade de reestudar toda cultura, a partir daquele ponto de vista
último.

Duas circunstâncias interferiram em seu curso histórico, correspondendo a primeira à


situação política vivida pelo país.

A Alemanha envolveu-se na primeira guerra mundial e dela saiu derrotada em 1918. Seguiu-
se um longo ciclo de instabilidade representada pela República de Weimar, que, não obstante,
registrou notável florescimento cultural, sobretudo na literatura. A ascensão do nazismo ao
poder em 1933 virtualmente destroçou os principais centros culturais, com a emigração em
massa de professores e pesquisadores.

Terminada a segunda guerra, o país teve que se reconstruir, com o agravante de que a cortina
do totalitarismo desabou sobre parcela significativa de seu território, inclusive metade de
Berlim, na qual justamente se encontrava a sua tradicional Universidade. Nessa vasta região,
o marxismo tornou-se a filosofia e a religião oficiais.

A guerra fria levou a que a própria Alemanha Ocidental não escapasse da circunstância de
movimentos filosóficos exclusivamente a serviço de objetivos políticos, como é o caso típico
da chamada Escola de Frankfurt, em torno da qual montou-se em todo o Ocidente máquina de
propaganda que não se explica nem se justifica por razões de ordem filosófica.

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Embora todo esse conjunto de fatos desfavoráveis haja levado, no último pósguerra, a um
certo isolamento da filosofia alemã voltada para as suas próprias tradições, a influência de
Kant manteve-se inalterada, como esperamos demonstrar no curso da exposição.

A segunda circunstância decorre da própria tradição filosófica do país, desde Leibniz e


Wolff, valorativa do sistema. De sorte que mesmo os culturalistas não resistiram a
semelhante tentação, o que equivale à violação significativa do essencial de seu espírito.

De todos os modos, a Escola Culturalista marca uma grande presença, desde a década de
noventa do século passado, experimentando pelo menos três grandes ciclos, perfeitamente
caracterizados, nos quais sobressaem distintas personalidades. Ao último desses ciclos acha-
se associado o nome de Nicolai Hartmann, falecido em 1950.
3.1. O primeiro ciclo e seu desfecho

O primeiro ciclo do culturalismo dura aproximadamente até a época da primeira guerra


mundial. Nessa fase o interesse predominante consiste em estabelecer princípios seguros,
capazes de fixar a singularidade das ciências culturais e da história. Na década de noventa, as
figuras catalisadoras são Wilhelm Windelband (1848/1915) e Heinrich Rickert (1863/1936).

Windelband considerava que existiriam dois tipos de ciências. Denominou as primeiras de


nomotéticas e as segundas de idiográficas.

As ciências nomotéticas ocupam-se de formular leis capazes de reflectir o comportamento de


fenômenos individuais agrupados sob determinada classe. As ciências idiográficas têm a ver
com os fenômenos particulares. As primeiras são a física, a química, a biologia etc. e as
segundas, as culturais (historiografia, direito etc.).

Entende que se trata de uma divisão epistemológica e metodológica. Os dois tipos de ciências
têm uma base comum desde que ambas constituem criações culturais.

Enquanto manifestações culturais incorporam valores e valorações. Nessa altura propõe um


novo objecto para a metafísica: a descoberta dos valores de validade universal. Na sua visão,
os valores têm um caráter transcendental, no sentido kantiano do termo, isto é, estabelecem as
condições de possibilidade de todo conhecimento, tanto nomotético como idiográfico.
3.2. Intuições precursoras do culturalismo de Tobias Barreto

Barreto (1990), afirmava que a cultura correspondia ao sistema de forças erigidas para
humanizar a luta pela vida. Esta tinha lugar tanto na escala animal como no meio humano.
Contudo, se o homem organizou-se em sociedade como uma forma de sobrevivência, mesmo

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esse impulso inicial nada tem a ver com o que se pudesse invocar de equiparável entre os
animais.
A vida social, que é a verdadeira vida do homem, se constitui de formas conscientes de
eliminação das anomalias. Se tais formas pudessem igualmente ser chamadas de seleção,
caberia falar de “uma seleção jurídica, a que se pode adicionar a religiosa, moral, intelectual e
estética, todas as quais constituem um processo geral de depuramento, o grande processo da
cultura humana. E, destarte, a sociedade, que é o domínio de tais seleções, pode bem se
definir: um sistema de forças que lutam contra a própria luta pela vida”.

A cultura assim definida permitiria identificar a especificidade do humano, cujos


fundamentos, equivocadamente, se pretendeu pudessem ser encontradas na natureza. Escreve:

Nada, porém, mais desponderado. Ser natural não livra de ser ilógico, falso e inconveniente.
As coisas que são naturalmente regulares, isto é, que estão de acordo com as leis da natureza,
tornam-se pela maior parte outras tantas irregularidades sociais; e como o processo geral da
cultura, inclusive o processo do direito, consiste na eliminação destas últimas, daí o
antagonismo entre a seleção artística e as leis da sociedade natural.

Maudsley disse uma vez que o ladrão é como o poeta: – nasce, não se faz. Subscrevo esta
opinião, mas pondo-a em harmonia com a minha doutrina. Sim, senhor, a existência de
ladrões é um produto da natureza; que eles, porém, não existam, é um esforço, um produto da
cultural social, sob a forma ética e jurídica.

Do mesmo modo, é um resultado natural da luta pela vida que haja grandes e pequenos, fortes
e fracos, ricos e pobres, em atitude hostil uns aos outros; o trabalho cultural consiste na
harmonização dessas divergências, medindo a todos por uma só bitola.

A sociedade é pois um sistema de regras e normas que não se limitam ao mundo da ação mas
chegam até os domínios do pensamento. Tais normas e regras comportam uma hierarquia: “O
direito é o fio vermelho, e a moral o fio de ouro, que atravessa todo o tecido das relações
sociais”.
Pode-se concluir que Tobias Barreto não só propugnou pela abordagem da cultura de um
ponto de vista filosófico, como a considerou numa relação superadora da natureza – e
portanto dialética –, ainda que não o formulasse com clareza. Adquirem este caráter, contudo,
uma das seguintes descobertas de Tobias Barreto:

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O processo geral da cultura consiste em gastar e desbastar o homem da natureza, adaptando-
se à sociedade. Mas a sociedade não se constitui num todo homogêneo “porquanto dentro da
humanidade, diferenciam-se as raças dentro da mesma raça... os povos, dentro do mesmo
povo... as classes, terminando sempre a luta, que acompanha essas diferenças, pelo
predomínio de um dos contendores, que se encarrega do trabalho cultural e imprime-lhe o seu
caráter”. Dessa forma pode-se falar “de uma cultura militar, de uma cultura religiosa ou
sacerdotal, de uma industrial,... mas não ainda de uma cultura moral, que seria sinônima de
cultura humana.
3.3. Cultura e História

Desde meados do séc. XX, o Culturalismo representa o núcleo dos esforços nacionais, como
dito, na busca por superação das limitações impostas pelo modo positivista de encarar o
conhecimento jurídico (quer em matiz normativista, quer em matiz realista). Isso se dá tanto
por ser o Culturalismo a corrente de pensamento jurídico que maior estabilidade obteve - em
termos de continuidade dos estudos, de número e distribuição geográfica de seus
componentes e da propagação e notoriedade das idéias ali discutidas - quanto por ser a
corrente que melhor realiza, no Brasil, o projecto de suprassunção dialética tanto do
positivismo formalista, imperante no Direito, quanto do jusrealismo, ao tempo em que
igualmente ultrapassa os moralismos vagos e imprecisos do legado jusnaturalista.
Lima Vaz (1973), adverte que o Culturalismo transborda os limites da reflexão jurídica para
ocupar posto junto às grandes correntes da Filosofia brasileira15, o que é justificável, como
lembra Antonio Severino, já que:

“A temática culturalista é centrada na questão da criação humana, no campo da atividade criadora do


espírito, que é responsável pela história. Daí, do ponto de vista de suas preocupações antropológicas, é
levada a tratar dos critérios éticos e políticos dessa atividade levantando a questão da eticidade, da
liberdade e dos valores. Ora, no plano da ação político-social, o direito é a área propícia para essa
reflexão [...] Assim, quase todos os pensadores culturalistas são jusfilósofos”.

O Culturalismo, a par de abranger amplo espectro de intelectuais e tendências, possui uma


visão em comum acerca do fenômeno jurídico: vê o Direito enquanto resultado da
processualidade histórica da cultura.

No amálgama entre Direito, Cultura e História, o pensamento jurídico resolve o impasse


proposto por Hegel entre os dois termos que sua obra opõe e concilia: Razão e História.
Descobrir racionalidade na História e revelar a historicidade da Razão é tarefa do nosso
tempo, reconciliando Espírito e Tempo e reconhecendo, com Hegel, que “o espírito se
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manifesta necessariamente no tempo” e “o tempo se manifesta, portanto, como o destino e a
necessidade do espírito”.

Assim, parece estar correto Saldanha (1986), que afirma:


“A viabilidade do culturalismo como posição filosófica nos parece restrita e incompleta se ela não se
apóia sobre o historicismo ou mesmo não se identifica com ele”.
3.4. Culturalismo, para além do Direito

O Culturalismo é uma corrente de pensamento com preocupações essencialmente voltadas


para o fenômeno jurídico. Por entendê-lo como muito mais amplo do que a mera realidade
dos factos ou a normatividade formal, acaba transcendendo o interesse meramente jurídico e
alçando condição de produzir uma reflexão totalizante sobre o homem.
A partir da reabertura de velhos diálogos, e da retomada de pensadores da Cultura, é possível
construir em um sentido genuinamente diltheyano - uma compreensão filosófica e cultural do
Direito, na qual possamos romper algumas das muitas rupturas que aquele mesmo século
XIX, pelas mãos do positivismo, imporia ao Direito.

Reforçam-se os elos do Direito com a Cultura, e assim igualmente com os saberes das
Humanidades. Abrem-se perspectivas interdisciplinares, alargam-se horizontes de
especulação. Uma refilosofização do Direito, pensando na Filosofia como saber de totalidade,
nos leva a uma rica reaproximação com as demais Humanidades, recuperando a noção do
Direito como parte das Kulturwissenschaften — que nos permita falar em um campo comum
de Recht- Staats- und Kulturwissenschaften. (Ciências da Cultura, do Estado e do Direito).

Afinal, como lembrava Reale (2000):


“Quando o homem se põe a estudar a cultura, não faz senão estudar a si mesmo, na riqueza
imprevisível de suas energias criadoras, como se o espírito se reencontrasse ou se reconhecesse
espelhando-se nos feitos da História” (p. 199).

A expressividade do Culturalismo jurídico como mais importante corrente da Filosofia do


Direito na actualidade pode ser inferida tanto pela representatividade e densidade da presença
de seus cultores no cenário jusfilosófico nacional, como pela importância e alcance de seus
resultados teóricos. Wolkmer reconhece no Culturalismo Jusfilósofico uma reorientação das
“diversas tradições filosóficas nacionais rumo a uma interlocução centrada nos valores, na
pluralidade e no mundo da cultura”, que exerce uma certa hegemonia e uma incisiva
influência na formação de várias gerações de juristas.
De acordo com Neto (1969), traduz a força do Culturalismo:

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“Se necessitássemos de uma rubrica doutrinal para rotular o mais actual movimento intelectual, que
resumisse todas as tendências justeoréticas do Brasil de hoje, não vacilaríamos em escolher o
culturalismo como tal rubrica, nela condensadas todas as tentativas de superação do positivismo do
século XIX, incluindo ali todas as vertentes justeoréticas derivadas, desde o idealismo neokantiano à
filosofia da existência. [...] Não se pode negar que em torno da obra de Miguel Reale se reúne um
grupo de pensadores culturalistas das mais variadas tendências”.

A corrente culturalista recebe essa denominação por considerar que a cultura configura uma
esfera especial de objectos, os quais passam a ser inquiridos no âmbito metafísico, ou
segundo Miguel Reale, sob o aspecto ontognoseológico.

Deste modo, o culturalismo aborda o homem em sua realidade circundante, uma vez que nela
esta inserido, e segundo uma teoria dos objectos. Assim, segundo o culturalismo jurídico o
Direito pertence ao reino da Cultura e não da Natureza. Ele está no mundo criado pelo
homem, integrado na cultura, a qual lhe dá sentido. Por tal motivo, o seu conhecimento
depende de metodologia própria, diversa da aplicada às ciências físico-naturais, interessadas
em explicar os fenômenos por suas causas, uma vez que as ciências culturais objetivam
compreendê-lo por seus sentidos e valores.

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Conclusão

De acordo com os objectivos alcançdos, concluiu-se que todo o exposto, afirma-se que o
Culturalismo jurídico nasce como uma forma de contestação ao positivismo, propondo que o
homem deixe de ser visto sob o prisma do determinismo e passe a figurar como parte
integrante do mundo cultural.
Contudo, culturalismo é uma corrente de pensamento com preocupações essencialmente
voltadas para o fenômeno jurídico. Por entendê-lo como muito mais amplo do que a mera
realidade dos factos ou a normatividade formal, acaba transcendendo o interesse meramente
jurídico e alçando condição de produzir uma reflexão totalizante sobre o homem.

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Referências Bibliográficas

Barreto, T. (1990). Estudos de filosofia. (Ed. de Luiz Antonio Barreto), Rio de Janeiro:
Lima, V. (1973). O Pensamento Filosófico no Brasil de Hoje. In: FRANÇA, Leonel. Noções
de História da Filosofia. 21. ed. Rio de Janeiro: Agir.
Machado, N. & Antonio, L. (1969). História das Idéias Jurídicas no Brasil. São Paulo:
Grijalbo, EdUSP.
Martins, C. (1985). Culturalismo e experiência no novo Código Civil, in Revista dos
Tribunais – 819, São Paulo: Revista dos Tribunais.
Reale, M. (2000). Cinco Temas do Culturalismo, São Paulo: Saraiva. Record/INL.
Saldanha, N. (1986). Historicismo e Culturalismo. Recife, Rio de Janeiro: FUNDARPE,
Tempo Brasileiro.

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