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Tema:

Disciplina: História
Classe: 11ª
Turma: CCSA
Sala: 10
Nomes:

Sérgio José Manuel


Docente: Charles
Henriques Raul Luís

Chimoio, Fevereiro de 2023


Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo geral ........................................................................................................................ 3
1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................................. 3
2.1. Contexto histórico dos finais do século XVIII ........................................................................... 4
2.2. Historiografia do Romantismo ou Corrente Romântica ............................................................. 5
2.2.1. Características ......................................................................................................................... 5
2.2.2. Romantismo Conservador ....................................................................................................... 6
2.2.3. Romantismo Socialista ............................................................................................................ 6
3. A historiografia na 2ª Metade do século XIX................................................................................. 7
3.1. Historiografia Positivista ............................................................................................................ 7
3.2. Contexto histórico ....................................................................................................................... 7
3.3. Características ............................................................................................................................. 8
3.4. Outros representantes da historiografia positivista ..................................................................... 9
3.5. Historiografia Historicista ........................................................................................................... 9
3.6. Características do historicismo ................................................................................................... 9
Outros representantes do Historicismo: ............................................................................................... 10
3.7. Críticas ...................................................................................................................................... 10
3.8. Semelhanças com o positivismo ............................................................................................... 10
3.9. Diferenças ................................................................................................................................. 10
3.10. A Historiografia Marxista ou Materialismo Histórico .......................................................... 11
3.11. Características ....................................................................................................................... 12
3.12. Críticas ............................................................................................................................... 12
A historiografia marxista apresenta os seguintes modos de produção: ............................................... 12
3.13. Influência do Marxismo na Historiografia contemporânea................................................... 13
4. Conclusão ..................................................................................................................................... 14
5. Referencia Bibliográfica ............................................................................................................... 15
1. Introdução

O presente trabalho abordar A Historiografia do século XIX, é diferenciada por quatro (4)
correntes ou tendências historiográficas distintas como o Romantismo ou corrente Romântica na
primeira metade; Positivismo ou corrente Positivista; Historicismo ou corrente Historicista e o
Marxismo ou Materialismo histórico na segunda metade. Esta historiografia mergulha as suas raízes
nas transformações económicas, sociais e políticas ocorridas entre 1789 e 1848.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 A historiografia na 1ª e 2ª metade do século XIX.
1.1.2. Objectivos específicos
 Conhecer A historiografia na 1ª e 2ª metade do século XIX.
 Identificar os factores da historiografia na 1ª e 2ª metade do século XIX.
 Analisar A historiografia na 1ª e metade do século XIX.

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2. Historiografia na 1ª Metade do Século XIX

A Historiografia do século XIX, é diferenciada por quatro (4) correntes ou tendências


historiográficas distintas como o Romantismo ou corrente Romântica na primeira metade;
Positivismo ou corrente Positivista; Historicismo ou corrente Historicista e o Marxismo ou
Materialismo histórico na segunda metade. Esta historiografia mergulha as suas raízes nas
transformações económicas, sociais e políticas ocorridas entre 1789 e 1848.

Neste período, decorre o processo final da destituição do sistema feudal e a estruturação do poder
burguês que tem como termo a passagem do absolutismo ao liberalismo. Portanto, o liberalismo no
campo político vai defender a igualdade e liberdade aos direitos do Homem perante a lei, a soberania
do povo e a divisão dos poderes opondo-se ao absolutismo. No plano económico, o liberalismo vai
defender a liberdade da iniciativa económica, livre circulação da riqueza e o valor do trabalho
humano.

Porém, nela decorre ainda o processo pelo qual se passa do velho antagonismo entre o terceiro
estado e a nobreza, para um novo antagonismo resultante agora da oposição entre o proletariado e a
burguesia, ou por outra o antagonismo antes girou à volta da aristocracia-povo e nesta época passa a
girar á volta da Burguesia-proletariado.

Esta deslocação do centro da gravidade dos antagonismos sociais foi graças as transformações
económicas e sociais provocadas pela revolução industrial e pela valorização crescente do
pensamento científico. São lançadas as primeiras pedras que irão servir de base ao edifício das
ciências sociais.

2.1.Contexto histórico dos finais do século XVIII

Pese embora esta Historiografia tem a França como cenário principal ou palco, estas
transformações repercutem amplamente através duma Europa marcada pelos mesmos problemas e
envolvida por idênticos fluxos e refluxos do movimento liberal. Há que ter em conta que a identidade
dos problemas europeus não se afirma apenas ao nível da evolução social e política, mas também
estava-se já em plena Revolução Industrial gerada pela máquina a vapor.

Do ponto de vista político, pôs-se termo o absolutismo, passando a França a ser governada por
uma monarquia constitucional, legitimada pela soberania popular. O poder legislativo fora confiado a

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uma assembleia legislativa constituída por deputados eleitos e o poder judicial fora confiado a Juízes
igualmente eleitos, pondo-se em prática a teoria e ideologia de Montesquieu, a da separação de
poderes. Socialmente foi assegurada a igualdade dos cidadãos perante a lei, a igualdade religiosa e a
liberdade de culto.

Todavia, com excepção da abolição dos direitos feudais que beneficiou particularmente os
camponeses pobres, as outras conquistas da revolução nunca lhes beneficiou tendo continuado na
miséria e a passar de fome.

2.2.Historiografia do Romantismo ou Corrente Romântica

Romantismo: foi um movimento literário que de desenvolveu na primeira metade do século


XIX, reagindo com os valores do classicismo, colocando os valores da burguesia e acima dos outros
estores da população, valorizando o sentimento, paixão e a tradição. A teoria e a prática do princípio
da soberania popular trouxeram a historiografia romântica, uma nova resposta para a velha questão
de saber quem é o sujeito da História.

A historiografia tradicional antiga costumava apontar como sujeito da História quer a providência
divina, quer os reis, os grandes chefes militares e os grandes líderes religiosos. Agora, no
Romantismo, a História tem como verdadeiro sujeito o povo.

2.2.1. Características

 O interesse pelo passado, sobretudo pela idade média, isto porque foi na idade média em
que a Burguesia aparece como classe social;
 No trabalho do historiador dá-se uma grande importância das massas populares (povo),
pois considera o povo como responsável pelo progresso histórico;
 A tendência de escrever uma história Total ou Global, isto é, o alargamento da temática
histórica, pois já não se fala apenas dos aspectos políticos e militares, como também se
preocupa com as massas e em escrever fenómenos psíquicos (mentalidade), estudos das
grandes civilizações, não somente europeias como também africanas e americanas.
Em suma, o romantismo foi uma corrente que defendia uma história voltada para o passado,
particularmente a idade média, o alargamento da temática histórica ao povo e não tratar apenas os
reis, os chefes militares, os líderes religiosos ou a providência divina.

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Representantes:

François Guizot (1781-1874), demonstra que o facto histórico não é apenas o conhecimento,
mas também a relação entre os conhecimentos, não somente o facto político, mas ainda o facto da
civilização.

August Thierry (1795-1856), procura substituir a história das grandes figuras políticas, dos
príncipes pela história das massas populares. Só que este peca porque não põe em rigor a crítica das
suas fontes, por exemplo, coloca na mesma perspectiva todos os testemunhos relativos a idade
média, mesmo que sejam contemporâneas, uns dos outros ou ainda, separados por vários séculos.

Jules Michelet (1798-1874), procura ressuscitar integralmente o passado nos seus


organismos, interesses e profundos, dando um lugar importância aos factos económicos, sociais,
culturais e religiosos.

Alexandre Hefulano (1810-1877) seguiu o caminho de Guizot, dando mais importância a


sociedade e ao povo trabalhador. Procurou no lugar da história da colectividade através de
instituições de direito, sentimento colectivo, relação entre diversas classes sociais. A história era obra
da sociedade, isto é, dos homens socialmente organizados. Mora neste historiador, a atenção prestada
ás origens da burguesia. Com isto, Herculano afirmava que devia-se procurar buscar a História da
Sociedade e deixar um pouco da História dos indivíduos.

Todavia, a revolução Francesa vai imprimir três dimensões do romantismo a saber:

2.2.2. Romantismo Conservador

 Romantismo conservador: defende os fenómenos da antiguidade, classes aristocráticas,


clero e a nobreza. Defende em suma a imposição do antigo regime.

2.2.3. Romantismo Socialista

 Romantismo progressista ou liberal: era defendido pela burguesia, defendendo os ideais


da revolução francesa no que refere a fraternidade e igualdade dos direitos perante a lei. A
burguesia pretendia politicamente edificar sobre as ruínas do regime deposto, um novo
regime liberal. Teve como representante Victor Hugo.

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Romantismo socialista, também conhecido por socialismo utópico, nascido da falência das
aspirações que os sans-cultores depositavam na revolução francesa. Foi defendido pelo povo,
concretamente pelos agricultores, pois o povo estava desiludido com a revolução francesa, pois que
no seu triunfo não foram tomadas medidas radicais a favor do povo ou da massa camponesa. Este foi
defendido por Saint-Simon.

3. A historiografia na 2ª Metade do século XIX


3.1.Historiografia Positivista

O positivismo foi uma corrente filosófica que se desenvolveu na 2ª metade do século XIX, sendo
o seu fundador Augusto Comte (1798-1857).

3.2.Contexto histórico

O positivismo tem em Augusto Comte (1798-1857) não só o seu fundador, mas também o seu
principal intérprete. Este tem a sua origem com o triunfo da burguesia aquando da Revolução
Industrial, cujo ideal político da Burguesia é então o regime parlamental confiado a uma elite. O
critério mais simples é o da fortuna, calculada segundo o montante do imposto directo. Esta corrente
surge no período em que tinham chegado os idealistas que defendiam com pés juntos a evolução
autónoma do espírito em relação a uma natureza estática e imutável.

Contrariamente ao que se poderia deduzir da sua teoria, Comte considera a razão como uma
espécie de lógica natural e imutável quer individualmente através da interacção entre o sujeito e o
objecto, quer historicamente através da interacção entre o Homem e a Natureza. Ela progride
efectivamente na proporção em que a acumulação dinâmica da experiência individual e da espécie
contribuem para desenvolver a capacidade de compreensão da realidade e de intervenção sobre a
mesma. Assim, o conhecimento é mais um processo do que um Estado.

Augusto Comte, considera que o pensamento passou por três fases ou doutrinas de evolução a saber:

1. Teológica: cuja explicação causal dos fenómenos era atribuída aos deuses ou ao Deus;

2. Metafísica: cuja explicação dos fenómenos era obtida a causas vagas ou imaginárias;

3. Positiva: cuja explicação dos fenómenos era atribuída a causas naturais e compete ao
Homem descobrir tais causas.

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A cada uma destas fases, corresponde a um estádio político. Teológica politicamente
corresponde ao estado Teocrático. Metafísica politicamente corresponde ao estado anárquico
e Positiva politicamente corresponde ao estado sociocrático. Estes estádios eram na ideia de Comte
uma consequência do desenvolvimento interno do próprio espírito ou seja de uma espécie de
autodesenvolvimento, independentemente de qualquer relação dialéctica com a natureza.

3.3.Características

 Defesa dos métodos das ciências naturais para uma investigação histórica;
 Defesa de que a História é só feita com base em documentos;
 Defende o estabelecimento das leis da História;
 Privilégio dos factos políticos, militares e diplomáticos (os reis, guerras, líderes
diplomáticos e religiosos);
 Defesa dos factos únicos, isto é, deve-se narrar as coisas como aconteceram;
 Defesa da Objectividade Absoluta;
 Defende que o conhecimento histórico é relativo e não absoluto;
 O positivismo concebia a História não em termos de evolução, mas sim em termos de
sucessão;
 Comte considerava a razão como uma espécie de lógica natural e imutável e está em
constante progresso;
 A historiografia positivista tinha uma noção atomista dos factos históricos, na medida em
que supunha que eles podiam ser analisados um a um, separadamente uns aos outros,
como se constituíssem unidades autónomas;
 Partindo do princípio de que os factos já se encontravam elaborados nos documentos, a
historiografia positivista reduzia o historiador ao modesto papel de mero recolector de
factos. O seu trabalho consistia apenas em averiguar a autenticidade do texto documental
e em restituí-lo a sua redacção original. Quanto a tarefa de estabelecer a relação de causa e
efeito entre os factos, Comte atribuía ao Sociólogo;
 O positivismo considera a fonte escrita como a única para resgatar a História do povo.

A verdade porém, é que na prática da investigação, a quantidade e qualidade da informação


são fundamentais para a reconstituição dos factos. Documentos são testemunhos e testemunhos, são
versões mais ou menos parciais, mais ou menos coincidentes, dos acontecimentos que o investigador

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pretende reconstituir. Quanto mais documentos, mais testemunhos e quanto mais testemunhos mais
probabilidades de reconstituir os factos.

Comte partia do princípio de que os factos históricos podiam ser objecto de percepção directa
e imediata e de que a percepção dos factos e a percepção das respectivas relações causais
correspondiam a dois momentos distintos e independentes da investigação histórica. Não é assim que
as coisas se passam. Em primeiro lugar um facto histórico não é um dado directo e imediato, mas
uma construção feita pelo historiador a partir dos elementos de informação fornecidos pelos
testemunhos interrogados. Em segundo lugar não podemos exigir do historiador que pense os factos
abstraindo-os das suas causas ou das relações que os prendem aos seus contextos.

3.4.Outros representantes da historiografia positivista

 Ernest Renan (1823-1892);


 Hippolyte Taine (1828-1893);
 Fustel de Coulanges (1830-1889).

3.5.Historiografia Historicista

Historicismo: é uma corrente historiográfica que veio como reacção ao positivismo, que se
desenvolveu na segunda metade do século XIX. Defende a subjectividade e a relatividade do
conhecimento histórico. O seu representante foi o alemão Leopord Van Range (1795-1886). A sua
principal ideia foi a de estabelecer uma história positiva de origem filosófica.

3.6.Características do historicismo

 Defende maior intervenção do historiador e a valorização como deve compreender, como


é que as coisas aconteceram;
 Defende que o conhecimento histórico é subjectivo (porque há maior intervenção do
historiador) e relativo (porque nega a utilização dos métodos das ciências naturais);
 Defende que no conhecimento histórico, o sujeito e o objecto constituem uma totalidade
orgânica agindo um sobre o outro.

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Outros representantes do Historicismo:

Dilthey; Benedetto Croce e Collingwood.

Ao historiador historicista não basta o estabelecimento rigoroso de relações causais entre os


factos históricos, como acontecia no positivismo, mais do que descrever era preciso intuir e
compreender os factos históricos. Portanto, o conhecimento histórico não era mais uma aceitação
passiva dos testemunhos, mas uma avaliação e interpretação deles. Preconizava-se assim a crítica
total, pelo recurso a crítica de interpretação, a hermenêutica.

O conhecimento histórico acabaria sendo o conhecimento daquilo que o espírito realizou no


passado e ao mesmo tempo é a reconstituição disto, a perpetuação de acções passadas no presente. O
seu objectivo não é um mero objecto, algo que está fora do espírito que conhece, é uma acção do
pensamento, que só pode ser conhecida na medida em que o espírito conhecedor a reconstitua e a
conheça simultaneamente.

Desta maneira, pode-se dizer que a investigação história revela ao historiador as faculdades
do seu espírito, uma vez que tudo quanto pode conhecer historicamente são pensamentos que podem
reconstitui para si, pois, o facto de ele chegar a conhecê-los mostra que o seu espírito é capaz de
pensar assim.

3.7.Críticas

 Valorização dos eventos políticos, militares e diplomáticos;


 Proclamação ou valorização excessivo do sujeito.

3.8.Semelhanças com o positivismo

 Ambos privilegiam os factos políticos, militares e diplomáticos;


 Ambos privilegiam os documentos históricos.
3.9.Diferenças

 Os positivistas defendem o objectivismo e objectividade absoluta;


 Os historicistas defendem o relativismo e o subjectivismo do conhecimento histórico;

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 O positivismo defende a ausência da contribuição do historiador na construção histórica.
Para estes o sujeito é um sujeito passivo na produção do conhecimento;
 O historicismo defende uma maior intervenção do historiador na construção historiador,
defendendo que o historiador é um sujeito activo.

3.10. A Historiografia Marxista ou Materialismo Histórico

O materialismo histórico consiste na luta entre o capital e o trabalho. Surgiu em 1848, no período
de expansão da primeira revolução industrial e do capitalismo. Foi também a época do processo de
desenvolvimento do sindicalismo e do movimento nacionalista na Europa. Os representantes desta
corrente foram: Friedrish Engels e Karl Marx.

A sua base encontra-se no modo de produção que se divide em duas partes fundamentais:

 Infra-estruturas de produção: constituído por dois elementos fundamentais: força


produtiva: força de trabalho do homem e sua energia e meios de produção, infra-
estruturas: terras, indústrias, oficinas, manufactureiras;
 Superestruturas: representação pela política jurídica e ideológica.

Partindo do princípio de que a importância histórica das actividades humanas deve ser
avaliada de acordo com a importância do papel que essas actividades desempenham nos processos de
sobrevivência e de construção do Homem e que as demais importantes, sob este aspecto, eram as
actividades produtivas, fazendo que os homens se identifiquem aquilo que eles são com que
produzem e o modo como produz.

Marx procede uma divisão geral da História da humanidade tomando como critério a
evolução dos modos de produção, isto porque os modos de produção designam as condições em que
é realizada a produção, particularmente as maneiras como nela intervém dois elementos
fundamentais: a força de trabalho e os meios de produção. A força de trabalho ou seja o elemento
que entra com a energia necessária á execução do acto produtivo é fundamentalmente representada
pelo trabalhador, com a sua energia física e mental. Por sua vez, os meios de produção são
constituídos por tudo aquilo de que o trabalhador necessita para produzir: a terra, as alfaias agrícolas,
as sementes, os animais de tracção, se, se trata de produção agrícola; as matérias-primas para as
oficinas, as indústrias ou manufacturas.

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Com base no carácter evolutivo e transitório dos modos de produção, Marx prevê a extinção do
capitalismo e a sua substituição por um outro modo de produção que eliminaria a contradição de
classes entre a burguesia e o proletariado. Este modo seria o socialismo.

3.11. Características

 Divide a História da humanidade com base nos modos de produção (primitivo,


esclavagista, feudal, capitalista e comunista);
 Defende que em cada modo de produção a infra-estrutura se impõe. A superestrutura a
economia é a base do processo histórico;
 A evolução da sociedade depende da infra-estrutura económica;
 A luta de classes é o motor da História (passagem de um modo de produção para o outro,
resultante da contradição entre as forças produtivas e as relações de produção;
 Maior valorização das massas camponesas como fazedoras da História de um povo e não
dos indivíduos;
 Atribuía maior importância da História estrutural e da longa duração em detrimento dos
aspectos particulares e factuais;
 A descontinuidade do processo histórico a subsistir a tradicional linearidade;
 O interesse ao estudo da luta de classes na transformação das sociedades humanas.

3.12. Críticas

 Peca por estabelecer primórdio a economia na explicação da História, valorizando as


estruturas económicas;
 A tendência de colocar na infra-estrutura como ponto essencial a evolução histórica;
 O facto de valorizar mais massas no lugar das figuras mais importantes e políticas.

A historiografia marxista apresenta os seguintes modos de produção:

 Modo de produção primitiva: foi caracterizado pela propriedade colectiva de propriedade


d Terra e pela divisão do trabalho apenas com base no sexo e idade.
 Modo de produção esclavagista: em que a relação de produção tomou a forma de relação
senhor-escravo, como resultado das guerras destinadas a conquista de terras férteis ou ao
recrutamento da mão-de-obra, nas quais os vencedores transformam os vencidos em

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escravos, dando origem a uma sociedade diferenciada em classes distintas e de interesses
antagónicos.
 Modo de produção feudal: em que a relação de produção tomou a forma de relação
senhor-servo. Derivou da forma típica de exploração da grande propriedade feudal, onde o
servo devia pagar impostos e prestar serviços gratuitos ao senhor.
 Modo de produção capitalista: em que a relação de produção tomou a forma de relação
patrão-assalariado, proletariado-burguesia. Este modo de produção surgiu com as
transformações surgidas com a revolução industrial e comercial, procura da mão-de-obra e
a consequente passagem dos servos á condição de assalariados.

3.13. Influência do Marxismo na Historiografia contemporânea

 Incentivou o estudo das transformações económicas, tecnológicas e sociais e as suas


consequências;
 Estimulou o estudo das classes sociais e o papel das massas camponesas no processo
histórico;
 O interesse para os mecanismos da evolução das sociedades e a sua interpretação.

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4. Conclusão

Depôs d explanação do trabalho concluímos que Romantismo foi um movimento literário que de
desenvolveu na primeira metade do século XIX, reagindo com os valores do classicismo, colocando
os valores da burguesia e acima dos outros estores da população, valorizando o sentimento, paixão e
a tradição. A teoria e a prática do princípio da soberania popular trouxeram a historiografia
romântica, uma nova resposta para a velha questão de saber quem é o sujeito da História. A
historiografia tradicional antiga costumava apontar como sujeito da História quer a providência
divina, quer os reis, os grandes chefes militares e os grandes líderes religiosos. Agora, no
Romantismo, a História tem como verdadeiro sujeito o povo.

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5. Referencia Bibliográfica

REINATO, Eduardo José. A Escola dos Annales e a “Nouvelle Histoire, In: “A História da
História”. Ed. Da UCG, 2002;

SILVA, A.A., PERREIRA, G.M.M., SEREN, M.C., Introdução a historia 12ª Ano de Escolaridade,
Edições, ASA, 1978.

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