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História:
Ciência que estuda a ação do homem no passado. É uma ciência do presente, interroga o passado,
mas com perspetivas e valores do nosso tempo.
Utilidade da História
Entendimento do passado
Compreender o presente
Historiografia:
“o passado não muda, mas a interpretação que temos deles pode ser alterada por diversas perspetivas,
cabe á historiografia debruçar, se sobre este problema.”
Só há uma historiografia se esta tiver um objeto especifico de estudo e uma prática de investigação.
Historiografia Açoriana
2.1-O (re)descobrimento
Os mitos envolvendo ilhas míticas ou mesmo divinas no atlântico é algo que vem desde a antiguidade,
advindos da dificuldade ou mesmo impossibilidade de as alcançar com os meios disponíveis nestas alturas, o
que lhes reforça o caracter divino, pois só os seres divinos as poderiam habitar e só os escolhidos por estes
as poderiam alcançar.
As noticias da chegada aos açores de povos da antiguidade (Fenícios) carecem de provas incontroversas,
provas estas que até á data a arqueologia refuta.
Os partidários da descoberta das ilhas antes da era Henriquina baseiam-se em evidencias do sec. XIV,
nomeadamente cartográficas e literárias.
No domínio da cartografia existem diversos mapas trecentistas com representação de ilhas a norte da
madeira com designações semelhantes ás futuras ilhas do arquipélago dos açores. Apesar da incorreta
orientação destas ilhas e mesmo a localização demasiado próximas da costa continental portuguesa, alguns
estudiosos creem que de facto são uma representação efetiva dos açores, resultantes da frequência destes
mares por navegantes porventura estrangeiros ou até mesmo pescadores, navegação esta em consequência
dos procedimentos náuticos da altura.
Esta possibilidade carece ainda de provas irrefutáveis, porem este “descobrimento” inusitado e acidental,
difere do procedimento português de procura organizada e estruturada destas ilhas destas ilhas.
Em relação a evidencias literárias podemos referir o “livro do conhecimento” de um frade castelhano que
descreve a realização de viagens por 25 ilhas do atlântico oriental com a eventual inclusão dos açores. A
refutar a hipótese deste descobrimento pré Henriquino, temos alguns historiadores que salientam a
necessidade da utilização de capacidades técnicas apenas disponível no sec. XV.
A descoberta dos açores por Diogo de Silves em 1427, é uma consequência da expansão portuguesa na
Costa Africana Ocidental.
A falta de fontes documentais dificulta o estudo do descobrimento e do povoamento dos Açores. As
principais duvidas respeitam ao problema da descoberta, embora ressalte a primazia da iniciativa portuguesa
do sec. XV que coloca as ilhas na marcha da civilização, pois motiva a ocupação humana propiciadora da
arroteia e do desenvolvimento. Contudo admite-se a eventualidade de um conhecimento prévio.
2.2-O povoamento
A ocupação espacial das ilhas opera-se a partir do Sec. XV, processando-se por fases e ritmos variados de
ilha para ilha. Nasce em Sta. Maria e em S. Miguel e culmina com a ocupação quinhentista das Flores e
Corvo.
Apesar de descobertas em 1427, só em 1439, por carta régia de D. Afonso V, ainda em menoridade, é
concedida autorização para o Infante D. Henrique povoar estas ilhas, onde, entretanto já tinha sido largado
gado.
Até ao ultimo quartel do sec. XV, a colonização do arquipélago não era prioritária. Marrocos e a Madeira
demandavam maior atenção. Para alem disso, a ocupação das ilhas açorianas apresentou sérias
contrariedades; a inclemência do novo meio, a muita baixa densidade demográfica do país e a distancia, a
incerteza do lucro e fertilidade das terras, só para enumerar algumas.
Os ritmos de povoamento não foram idênticos em todas as ilhas, resultou das distintas datas das descobertas
das ilhas e da valorização destas em diferentes alturas. Estes determinantes motivam uma arroteia
descontinua e morosa que demora quase um seculo.
Na época Henriquina o povoamento centra-se essencialmente nas ilhas de santa Maria e S. Miguel, as
primeiras a serem descobertas e mais próximas da metrópole. Uma carta regia de 1443 outorga benefícios ou
isenções fiscais a produtos produzidos em S. Miguel e Sta. Maria, o que comprova que por esta altura
estavam já habitadas e suficientemente organizadas administrativamente para produzir e exportar.
Apesar de sempre haver um esforço da coroa para povoar o arquipélago, é no tempo de D. JoãoII que vemos
um maior impulso, decorrente de certo da absoluta prioridade da empresa de Além-Mar e do acréscimo da
importância do posicionamento geográfico dos açores nesta empresa (o aumento das viagens á costa africana
e a exploração sistemática do atlântico revelam a enorme utilidade das ilhas, devido ás condições de
navegação.
Por fim sob o domínio Manuelino, a rota do cabo consolida a preponderância geoeconómica dos açores
favorecendo deste modo o povoamento de todas as ilhas.
O povoamento do arquipélago é feito quase na totalidade por portugueses, provenientes de varias partes do
reino e de alguns poucos estrangeiros (flamengos) que são rapidamente assimilados pela maioria portuguesa.
Em referencia ao povoamento e ocupação das ilhas, releva a extrema morosidade do processo, devido á
exiguidade demográfica portuguesa e á prioridade dada á empresa marroquina.
No decorrer do sec. XV, na administração civil açoriana predomina o mando Senhorial, a incipiência da
autoridade concelhia e a ausência de jurisdição régia (expeto nos domínios inalienáveis da justiça, finanças e
guerra). Na transição para o sec. XVI já ocorrem importantes alterações; a incorporação da donataria na
coroa permite a criação de uma rede administrativa monárquica, porem a incapacidade da realeza de se fazer
representar (muitos poucos oficiais régios e centrados apenas nos centros urbanos, distanciamento
geográfico) perpetua a alçada e poder dos senhores, para alem disso aumenta a influencia dos municípios,
muitas vezes a única face do poder laico principalmente nas zonas mais periféricas onde nem os senhores e
muito menos o rei se fazem representar.
Por meados do sec. XVI o maior proveito advém da produção de cereais e tintureiras (trigo e pastel). A
preponderância da produção de cereais e pastel impede inclusive a criação de gado, reservando as terras para
a produção de recursos que geram arrecadação de impostos. A exportação regular de trigo (em circuito
interno – Madeira; Portugal e Norte de Africa) corresponde á melhor prova da relevância cerealífera. A
exportação de Pastel tem como destino os aglomerados têxteis do mediterrâneo e a Europa do Norte.
A função dos açores como encruzilhada do atlântico, suscita a participação no comercio euro-ultramarino,
apesar dos portos Açorianos não serem o destino final dos produtos provenientes dos territórios
ultramarinos, a escala em Angra sempre suscita algum proveito, umas vezes lícito outras tantas também não.
Como evidencia da lucratividade destas escalas, temos a afluência de mercadores estrangeiros a Angra
essencialmente, alguns destes mercadores de grande trato.
Ou seja; na economia, os homens lutam pela garantia de subsistência, obtida pela diversificação da cultura
(complementada pela pesca, pecuária e caça), no entanto, apesar desta necessária diversificação, ressaltam a
predominância de determinados produtos que propiciam a exportação e o lucro (trigo e pastel).
A prosperidade e utilidade dos Açores, advém, em conjunto com outros fatores obviamente, da sua
localização geográfica. O determinismo do mar e as condições da navegação da época quase obrigam á
escala em Angra (mantimentos e manutenção e ponto de reencontro das frotas) das rotas provenientes dos
mares do Sul (India e América espanhola, mais tarde também o Brasil). No sec. XV, arquipélago ampara a
exploração da costa africana, que demanda a utilização da escala insular nas rotas de retorno. Na época de
quinhentos, apos a descoberta da India e da América, os Açores garantem apoio ás rotas comerciais
portuguesas e espanholas. O arquipélago move também a ambição dos povos nórdicos, que consideram a
escala açoriana como meio de aproximação ao alem mar e aos carregamentos preciosos que dai veem.
A geografia confere aos Açores um papel determinante no domínio dos mares, principalmente depois da
assinatura do tratado de Tordesilhas em 1494. E se por um lado são um porto seguro e de projeção para as
potencias ibéricas, revelando-se um importante ponto estratégico, esta importância por outro lado é também
reconhecida pelas adversarias potências nórdicas que pelo corso e pirataria intentam apoderar-se das
valiosas cargas provenientes de alem mar.
Para alem da importância de Angra, é importante referir também a importância estratégica das Flores e do
Corvo, que são efetivamente a porta de entrada das embarcações de Alem Mar nos mares dos Açores (fruto
do determinismo da natureza e técnicas de navegação).
1. Poder régio (poucos agentes, pouca presença principalmente nas ilhas periféricas, forte oposição
senhorial e municipal)
2. Poder senhorial
3. Poder municipal
Nos seculos XVI XVII e XVIII entre 1495 e 1766 identificamos um novo período da historia administrativa
dos açores.
Em resumo, há uma inexistência de uma burocracia central forte, capaz de projetar mando á distancia, que
obriga a um convívio/confronto/partilha de poderes e jurisdições.
3.2. A economia (Da opulência do séc. XVI à crise da 2ª metade do séc. XVII)
Em termos de economia, neste período, para alem da obvia diversificação para efeitos de subsistência, dois
produtos destacam-se no âmbito da produção para exportação com intento de obtenção de lucro, são estes os
cereais (trigo), comercializados em circuito interno e a preço regulado pela coroa, mas mesmo assim
bastante lucrativo devido ás quantidades que se conseguiam produzir, e o Pastel, produto extremamente
valorizado no comercio externo (mediterrâneo e sobretudo europa do Norte), fonte geradora de riqueza para
as elites mercantis do arquipélago (com maior preponderância nas ilhas maiores) assim como motor de
prosperidade do arquipélago, o Pastel inclusive competia com o trigo para obtenção de melhores terras
agrícolas, levando ás vezes a episódios de escassez de cereal nos açores. Em meados do sec. XVII o declínio
da cultura do pastel que sucumbe perante a forte concorrência do índigo americano, a preços muito mais
competitivos e em maiores quantidades.
Produção Açoriana
Trigo – cultura tradicional - inicialmente era para ser destinado á subsistência, mas devido ao excesso de
produção serviu também para exportação. ( Mercado reinol – Madeira, Norte de Africa e Lisboa)
Pastel – cultura nova, experimental- grande sucesso, disputava terras férteis com o trigo devido á sua alta
rentabilidade no comercio externo. (Mediterrâneo mas acima de tudo no mercado Norte Europeu)
Vinho – nesta altura o vinho era produzido em boa quantidade, mas de fraca qualidade, destinava-se apenas
a subsistência e comercio local e talvez inter-ilhas, o vinho de qualidade do pico surge mais tarde.
Pesca – atividade complementar de subsistência ou complemento (por estranho que pareça, os açorianos
nunca foram um povo “voltado” para o mar.
Comercio
Inter-ilhas
Diminuição das assimetrias económicas inter-ilhas (vendiam o que tinham e compravam o que não
tinham)
Concentração das exportações num local especifico (nomeadamente no porto de Angra de onde era
depois exportado, mais tarde o vinho era concentrado no porto do Faial, etc…)
Redistribuição das importações (produtos como o sal e o azeite por exemplo chegavam aos grandes
portos açorianos e depois eram então distribuídos pelos periféricos.)
Internacional
Apesar de não ser o destino final da sua carga, todas as armadas provenientes dos mares do Sul
passavam inevitavelmente pelos açores, propiciando algum contrabando ou ate mesmo algum
comercio licito como prova a presença de mercadores de grosso trato estrangeiros na terceira.
Essa generalização não reflete a realidade do arquipélago como um todo. Nas ilhas mais periféricas a
situação não é idêntica á de S Miguel ou Terceira por exemplo. Generalizamos estas produções d acordo
com a preponderância e capacidade produtiva e económica das ilhas mais proeminentes.
O comercio Açoreano, que já conhecera algumas dificuldades no período Filipino, veria a sua situação
agravada a partir de meados do sec. XVII devido á diminuição brusca da produção e comercialização do
Pastel. Deste modo os contatos comerciais com os países do norte da europa tornaram-se cada vez, mas
raros á medida que nos aproximamos do final do sec. XVII.
3.3. A estratégia
O privilegiado posicionamento geográfico, não constituindo móbil para a efetiva descoberta dos Açores,
revela-se fundamental, entretanto ainda na era de quatrocentos para o domínio do atlântico.
A par da sua importância económica, os açores foram bastante valorizados em termos estratégicos,
nomeadamente no apoio dado aos navios que circulavam no espaço Atlântico, nomeadamente portugueses e
espanhóis.
Ainda no Sec. XV, os navios portugueses que regressavam da costa africana, escalavam com frequência nos
açores afim de beneficiarem de correntes favoráveis (determinismos do mar) e procederem aos necessários
abastecimentos e reparações.
A sistemática exploração da costa africana impõe a rota pelo largo que invariavelmente toca nas ilhas e
alimenta a suspeita de terras mais a ocidente, levando a que os Açores se tornem numa espécie de base de
lançamento de expedições de reconhecimento e conquista cada vez mais para ocidente.
No entanto a proeminência estratégica dos Açores, consolida-se apenas na centúria de quinhentos por via da
abertura das carreiras comerciais entre as terras recém-descobertas da India e América e os portos Ibéricos
de Lisboa e Sevilha.
A valia do posicionamento geográfico confere aos Açores uma relevância extraordinária. Apos a assinatura
do tratado de Tordesilhas em 1494, que motiva divergências entre Ibéricos e Nórdicos. A frequência e posse
das ilhas serve os intentos de ambos os contendores porque o domínio do mar constitui o expediente de
engrandecimento de todos os estados envolvidos.
Esta valorização estratégica dos Açores fez-se acompanhar por um grave inconveniente: Os mares insulares
passaram a ser frequentados por piratas e corsários europeus na expectativa de intercetar os navios ibéricos
carregados de riquezas coloniais.
A geografia concede aos açores um papel determinante e indispensável no domínio dos mares pelos
Ibéricos. Os Nórdicos, adversários do monopólio ultramarino Ibérico, também reconhecem a mais valia
estratégica dos Açores e através do corso e pirataria intentam o aprisionamento das cargas exóticas e
valiosas provenientes do além-mar
Á margem da relevância de Angra avultam também a projeção estratégica das Flores e do Corvo
A utilidade dos açores para o domínio do Atlântico, e a crescente ameaça do corso e pirataria das potencias nórdicas
aconselha á organização de um plano de defesa.
Sob a pressão de corsários e piratas franceses e ingleses, que cobiçam as rotas transatlânticas e sobretudo as posições
ultramarinas peninsulares, D. João III esboça um plano de defesa dos Açores, reconhecendo que a preservação do
arquipélago equivale á resguarda do império.
No essencial o programa consiste na construção de fortificações nos principais portos e no recrutamento de milícias
nas maiores ilhas.
Apesar da falta de concretização do projeto de D. João III, este veio a ser concretizado na época de D. Sebastião
quando se procede á construção dos castelos de S. Braz em S. Miguel, o de S. Sebastião na Terceira e o de Sta. Cruz
no Faial, e ainda a organização das ordenanças. Estas defesas foram ainda aumentadas durante a época de domínio
Filipino que reconheceu desde logo a importância estratégica dos Açores como meio de assegurar a carreira das
Índias.
3.4. A sociedade
A organização da sociedade açoriana dos séc. XV a XVII consiste essencialmente numa transposição da sociedade de
Portugal continental para as ilhas.
Grupos sociais:
Privilegiados
o Clero e nobreza
Gentes de negócios
o Mercadores enriquecidos
Camadas populares
o Camponeses
o Artífices
Minorias
o Escravos
o Judeus/ Cristãos Novos
#Fundamentalmente mantem-se uma sociedade dos três estados.
A arte açoriana segue os padrões da metrópole, com o atraso resultante da distancia e insularidade.
Em termos de especificidades encontram-se ocasionalmente influencias das províncias ultramarinas (estas por sua vez
influenciadas tb pela metrópole)
As principais variações estão mais relacionadas com os materiais utilizados do que com conceções artísticas em voga.
O clero era o responsável pelo ensino nos Açores até á era pombalina. Os jesuítas (que á data da descoberta dos açores
ainda não existiam) eram os responsáveis pelo que podemos designar de superior ou colegial e estavam localizados
nos grandes centros urbanos insulares. Os franciscanos eram os responsáveis pelo ensino primário ou de primeiras
letras e estavam amplamente disseminados pelo arquipélago.
-Domínio Filipino
-Restauração
Distanciamento espacial
A conquista de Portugal por Filipe II deu-se no final do verão de 1580, e só no verão há
condições de navegabilidade segura para os Açores.
Este distanciamento da metrópole garante pelo menos 1ano á resistência açoriana.
Liderança capaz de Ciprião Figueiredo (corregedor da ilha terceira)
Herói da batalha da Salga em 1581 em que os Espanhóis são derrotados pelos açorianos.
Esta vitoria anima a causa independentista
Anima a causa do Prior do Crato perante a comunidade internacional
A partir da batalha da Salga começam a chegar contingentes militares estrangeiros
para apoiar a causa açoriana.
O apoio internacional (França e Inglaterra – adversários de Espanha)
Mas o poderio militar espanhol nesta época é incontestável e acaba vencendo essa resistência.
Em 1582, ao largo de S. Miguel (Vila Franca) dá-se a primeira grande batalha naval do atlântico. A poderosa armada
espanhola contra a armada anglo francesa. A armada espanhola vence este confronto devido á superioridade do seu
comando e á disciplina dos seus militares.
Esta derrota desanimou totalmente os apoiantes da causa Açoriana.
Em 1583, na batalha da baia das mós – ou batalha da ilha terceira, os Espanhóis derrotam definitivamente os
Açorianos e seus aliados, acabando deste modo com a resistência ao domínio Filipino.
A ilha Terceira ficou de fora dos acordos de Tomar, pois foi conquistada pela força.
Inicialmente foi vitima de um governo tirânico de repressão e castigo. Mas normalizou-se rapidamente (em 10 anos
toda a vida administrativa tinha voltado ao normal pré-Filipino)
Só chega aos açores em 1641 – tal como em 1580 a distancia entre o continente e ilhas é a causa.
A noticia é trazida para a Terceira por Francisco Ornelas da Camara e D. João IV é aclamado Rei.
Na Fortaleza de S. João Baptista os Espanhóis resistiram por 11 meses ao cerco que lhes foi imposto pelas
forças sob o comando de Francisco Ornelas da Camara.
Os Espanhóis rederam-se com honras em 04 de março de 1642
4.1. A administração
Inversão da hierarquia do tempo do povoamento, que era caracterizada por um forte poder senhorial,
exercido pelos capitães donatários, e um incipiente poder municipal.
O poder municipal ganha maior preponderância ao passo que o poder senhorial decresce, muito em causa do
absentismo dos capitães donatários que delegam as suas funções em terceiros (ouvidores) e estão mais
interessados nos confortos da metrópole do que nas suas tarefas nas ilhas.
O poder régio sente dificuldades em se fazer sentir na pratica, (a burocracia não tem ainda força suficiente
para projetar mando á distancia) os oficiais régios são poucos e localizados essencialmente nos maiores
centros urbanos, sendo as periferias relegadas para plano secundário ou mesmo esquecidas. A dinâmica de
poderes entre poder régio e senhorial, vem beneficiar o poder concelhio pois a coroa muitas vezes ao
assumir o papel de moderador entre os senhores e os municípios opta por uma estratégia de diminuir poder
aos senhores na expetativa de ampliar o seu.
Ao encaminharmos-mos para o séc. XVIII e XIX, apesar de ser ainda uma estrutura administrativa típica do
antigo regime, começa a surgir algumas instabilidades que não haviam em períodos anteriores.
O enriquecimento de uma burguesia mercadora leva á nobilitação de muitas famílias, quer por ação direta do
dinheiro, com a compra de títulos de nobilitação, quer pelo casamento entre burgueses ricos e nobres
empobrecidos, quer pela ascensão social por meio da cultura e educação, fenómeno que se começa a
verificar devido á complexificação da maquina burocrática estatal que requer “mão de obra” qualificada,
letrada e culta para a fazer funcionar.
Em 1766 com a criação da capitania geral dos açores e um conjunto de reformas pombalinas procede-se a
uma maior centralização do poder, a uma definição mais clara das jurisdições e dos seus limites, acabando-
se a sobreposição destas por vários agentes. (que a prazo vão ter o efeito antagónico semeando assim as
bases para a evolução de um ideal autonómico)
No sec. XIX entramos na contemporaneidade onde as pugnas liberais e o ideário republicano tomam
forma. Procede-se assim a uma descentralização (teórica) do poder, onde os deveres dos mandantes são
regulados por cartas constitucionais. Na realidade o estado nesta altura possui uma burocracia
suficientemente refinada e forte para projetar mando á distancia, é assim mais interventivo, mais
omnipresente, mais centralizado.
4.2. A economia
4.2.1. A recuperação do termo do séc. XVII e os ritmos do séc. XVIII
Neste domínio o facto mais importante a registar terá sido o rápido declínio (a partir de meados do sec.
XVII) da cultura do Pastel, que durante mais de um seculo fora um dos principais pilares da economia
Açoreana.
No decorrer do sec. XVII outras culturas terão sido introduzidas no arquipélago – a luta pela sobrevivência e
a busca de um substituto para o tao lucrativo Pastel levaram a que os agricultores Açoreanos realizassem nas
ilhas experiencias com produtos novos – caso do milho; batata; linho.
A cultura industrial do linho no sec. XVII iria atingir alguma notoriedade especialmente em S. Miguel sendo
o principal destinatário desta exportação a América do Norte.
A batata e o inhame são outras culturas divulgadas nesse período e destinavam-se á subsistência dos mais
pobres.
Mas das culturas divulgadas no sec. XVIII o milho terá sido a que maior projeção obteve na economia do
Arquipélago. No sec. XVIII o milho era já a base de alimentação das populações mais pobres e ao longo do
seculo seguinte ganhou a preferência da maioria da população Açoreana superiorizando-se ao trigo em
produção e espaço cultivado.
Subsistência
Cereais
Milho que começa a ganhar terreno ao trigo
Leguminosas
Inhame
Pecuária (mais para o amanho das terras)
Pesca
Exportação
Vinho e aguardente (Pico)
Laranja
Linho (S. Miguel)
O comercio Açoreano, que já conhecera algumas dificuldades no período Filipino, veria a sua situação
agravada a partir de meados do sec. XVII devido á diminuição brusca da produção e comercialização do
Pastel. Deste modo os contatos comerciais com os países do norte da europa tornaram-se cada vez, mas
raros á medida que nos aproximamos do final do sec. XVII.
A partir do séc. XVIII os arquipélagos iriam manter também contactos comerciais com a América do Norte
- panos de linho e milho, Vinho
Por esta altura o porto da Horta ganhava projeção internacional devido aos contactos que mantinha com
Inglaterra e América do Norte para onde exportava vinho e aguardente)
4.3. A estratégia
Com o declínio do império oriental português, é comum aos historiadores nacionais englobarem os Açores
nesse declínio, utilizando argumentos tais como a diminuição de armadas a passarem nos portos Açoreanos
quer por ter-se extinguido a carreira da India quer por avanços náuticos que conferiam maior autonomia ás
embarcações. Todavia no decorrer do Séc. XVII o relevo estratégico geográfico do arquipélago persiste, o
que se verifica é que agora são os nórdicos a beneficiar e reconhecer essa importância estratégica que no
passado era mais preponderantemente reconhecida pelos ibéricos.
O fortalecimento do império Britânico na era de setecentos valoriza a posição geográfica das ilhas nas rotas
que ligam os portos ingleses ás colonias americanas e aos entrepostos do Atlântico sul.
A proeminência estratégica dos Açores, situados entre a Africa, a América e a Europa beneficiam de um
comercio intercontinental bastante lucrativo. (cereais para Africa, Aguardente para o Brasil, Vinho para a
América e laranja para Inglaterra). Esta relevância estratégica é tão evidente para os Ingleses, que estes
chegam a sugerir a de os Açores constituírem um protetorado Britânico.
No âmbito da estratégia, o privilegiado posicionamento geográfico dos Açores no atlântico, interessa sempre
ás potencias que dominam o ultramar.
Com o decorrer do tempo e o consequente acréscimo das dificuldades coloniais portuguesas, incumbe ao
arquipélago um importante papel na defesa do nosso império que ultrapassa muito o tradicional amparo das
armadas comerciais nos portos insulares.
No passado o contrabando, o corso, afora o comercio do pastel, justificaram o empenhamento dos ingleses
pelo arquipélago. Porem na era de setecentos, o fortalecimento do império Britânico valoriza a posição
geográfica das ilhas nas rotas que ligam os portos ingleses ás colonias americanas e aos entrepostos do
atlântico Sul.
Da mesma forma, algumas das principais exportações açoreanas, como o vinho e o linho e mais tarde a
laranja, encontram ótima colocação nos mercados da América e Grã-Bretanha.
4.4. A sociedade
4.5. A cultura
Ensino- ainda monopolizado pelas ordens religiosas, franciscanos nas primeiras letras e jesuítas no ensino
colegial. No séc. XVII, com as reformas na educação do marques de Pombal, o estado começa a tomar em
suas mãos a responsabilidade do ensino.
Veio acabar com o anterior paradigma de vários poderes com jurisdições sobrepostas e organizar a
administração do arquipélago- definindo perfeitamente as jurisdições dos diversos poderes.
A segunda metade do sec. XVIII corresponde a um tempo caracterizado pelo reforço do poder central. Em
1766 a criação da Capitania Geral dos Açores origina a extinção das capitanias e uma intenção de controlo
dos municípios – medidas que são claro está uma ameaça ás elites locais habituadas ao exercício do poder.
Neste contexto ocorre a nomeação de um governador geral com alçada em todas as ilhas e em todos os
domínios, mas sobretudo nas finanças, na justiça e na guerra e a criação de uma capital Açoreana situada em
Angra (numa época em que Ponta Delgada é já a mais populosa e mais rica cidade dos Açores – este ato vai
levar á contestação das elites micaelenses que não admitem a dupla tutela de Lisboa e Angra.)
-Antecedentes:
Nos Açores a reivindicação de um governador geral remonta ao inicio da centúria de setecentos. Nesta altura
já transparecem os efeitos da ineficácia do governo tradicional dos capitães que primam pelo absentismo, as
aristocracias populares reivindicam uma administração mais transparente e eficaz. Por outro lado, a
persistência no arquipélago de uma organização politica própria contrasta com o propósito de centralização
do iluminismo que se verifica por todo o reino e ultramar.
- Razões
Sobreposição de jurisdições
- Oposição
A intervenção do poder régio neste período foi efetiva e decisiva, apesar de todas as limitações a que este
poder estava sujeito – distancia agravada pelo mar, dispersão das ilhas, fraca rede de agentes régios
disponíveis, a sua fraca preparação e a pouca eficaz burocracia. Apesar da dinâmica de poderes existente,
que devido á distancia e descontinuidade territorial impunha um convívio, partilha e confronto entre os
poderes presentes a verdade é que o poder régio se mostrou suficientemente forte para submeter os outros á
sua autoridade, o absentismo dos capitães para isso contribuiu e de resto as prerrogativas reais no sistema
senhorial prevaleceram (a sempre presente afirmação que as capitanias era doadas pela coroa e poderiam a
esta reverter a qualquer momento).
A sucessão dos seculos provoca a redução da influencia politica e administrativa e da eficácia social e
económica das primitivas capitanias. Com efeito transformam se em instituições triviais e obsoletas em
virtude do absentismo de muitos capitães.
A incorporação na coroa dos bens, das rendas e das jurisdições dos capitães em 1766 com a criação da
Capitania Geral dos Açores constitui a principal mudança operada por esta no paradigma administrativo
insular. Nesta conjetura as atribuições das capitanias transitam para os agentes do rei – facto que tranquiliza
a população insular, avessa ao despotismo dos capitães. O 1º Capitão General D. Antão de Almada publicita
em edital a abolição dos privilégios dos capitães e a liberdade dos moradores usarem fornos e moinhos
particulares.
5. Os Açores na Contemporaneidade (séculos XIX e XX)
5.1. A administração
Durante o antigo regime, da sec. XV ao XVIII o povo não intervém na governação. A capacidade politica na
altura era privilegio de uma minoria que se opunha ao poder central, mas em defesa de interesses próprios
ou de grupo.
No sec. XIX o liberalismo alarga a participação politica pelo menos aos mais abastados e aos mais
instruídos. É pela mão destes abastados e instruídos que em 1895 em S. Miguel se conquista a primeira
autonomia.
No séc. XX o sufrágio universal motiva a generalização da participação politica
Com a vitoria do liberalismo em 1834, a organização da periferia insular assentou na opção de transformar
os arquipélagos atlânticos em províncias do reino, e como tal sujeitas á mesma organização administrativa
nacional – os distritos açoreanos tinha a mesma orgânica dos distritos continentais e os cidadãos os mesmo
direitos e obrigações.
Nos açores a opção tomada pelas elites insulares, principalmente as micaelenses consistiu na criação de três
distritos – Ponta Delgada, Angra e Horta – em vez de um governo central que unisse o arquipélago – escolha
preferida por lisboa, mas que já tinha dado maus resultados no passado devido a rivalidades entre ilhas.
Paradoxalmente esta maior liberdade coincide na pratica com uma muito maior centralização do poder,
especialmente no domínio fiscal, muito amparado pelo progresso das técnicas que permite agora o eficaz
mando á distancia. Este centralismo confere as velhas aristocracias e nascentes burguesias muitos pretextos
de insatisfação e no caso dos Açores, que se consideraram desprezados pelo estado central, inflama a chama
autonómica – livre administração dos Açores pelos Açoreanos “Aristides Sousa da Mota”
No sec. XIX o liberalismo alarga a participação politica pelo menos aos mais abastados e aos mais
instruídos. É pela mão destes abastados e instruídos que em 1895 em S. Miguel se conquista a primeira
autonomia.
No séc. XX o sufrágio universal motiva a generalização da participação politica.
Com a vitoria do liberalismo em 1834, a organização da periferia insular assentou na opção de transformar
os arquipélagos atlânticos em províncias do reino, e como tal sujeitas á mesma organização administrativa
nacional – os distritos açoreanos tinha a mesma orgânica dos distritos continentais e os cidadãos os mesmo
direitos e obrigações.
Nos açores a opção tomada pelas elites insulares, principalmente as micaelenses consistiu na criação de três
distritos – Ponta Delgada, Angra e Horta – em vez de um governo central que unisse o arquipélago – escolha
preferida por lisboa, mas que já tinha dado maus resultados no passado devido a rivalidades entre ilhas.
5.2. A economia
O período em estudo é dos mais complexos da historia Açoreana, pois nele encontramos ciclos de expansão
e contração.
Ate meados de 1820 os açoreanos viveram sob a euforia dos elevados dividendos da exportação da laranja e
do vinho. No período seguinte, face á crise económica resultante da contração da venda da laranja e vinho,
resultante resultantes de uma serie de pragas que destruíram não só as culturas, mas os próprios vinhedos e
arvores, foram ensaiadas culturas alternativas na expectativa de proporcionarem idênticos lucros e
empregarem uma imensa população entretanto desocupada.
No entanto, a crise económica provocou um elevado surto de empreendedorismo patente na procura de
culturas alternativas entre as quais se relevam:
O Chá
O Ananás
A Espadana
A Batata doce
E mais tarde ainda a beterraba sacarina e o tabaco.
Laranja:
A laranja já era cultivada nos açores desde o inicio do povoamento, mas sempre desempenhou um
papel de complemento á economia de subsistência. Só a partir do seculo XVIII adquiriu interesse
económico.
Ao longo do séc. XVIII e XIX o mercado Britânico foi dominante
A partir da década de 1840 são evidentes já os primeiros alertas contra a ausência de qualidade de
alguns carregamentos de laranja exportado. Nesta altura os laranjais açoreanos já estão severamente
afetados por um conjunto de pragas que em poucos anos dizima todas as arvores da região.
O período em analise tem a produção da laranja como produção eleita para exportação e obtenção de lucro,
no entanto, a vinicultura, principalmente nas ilhas menos férteis do grupo central – Pico – constitui também
uma importante fonte de rendimento para as famílias insulares e os seus vinhos eram internacionalmente
conhecidos e comercializados, sendo a Grã-Bretanha e os estados unidos os maiores compradores destes
produtos. Na sua época de expansão estas culturas contribuíram – foram de facto os pilares – para a
prosperidade açoreana. No entanto na época do seu declínio, que se deveu a uma serie de fatores, sendo os
mais pungentes as pragas que assolaram e destruíram estas culturas – mas também de referir decisões
politicas do governo central que dificultavam a obtenção do lucro, nomeadamente a proibição de exportação
de vinhos e aguardentes para o Brasil – causou grandes dificuldade para a economia açoreana – o que
acontece quando esta está assente na dependência dos mercados externos e das variantes que o afetam.
O Chá produzido nos Açores remonta a meados do sec. XIX e tal como o ananás a sua produção tinha como
objetivo encontrar um substituto para a laranja em termos de obtenção de lucro. As vantagens da nova
cultura eram evidentes, emprega numerosos braços, não invade a área de cultura dos terrenos cerealíferos, a
produção é remuneradora apos poucos anos da plantação e não exigem maquinaria dispendiosa.
No início do século XX observou-se o aparecimento de novas fábricas, assim como a modernização das
existentes. Porém, o protecionismo oferecido pelo Estado Português ao chá oriundo da então África
portuguesa, entre outros fatores, levou a partir da década de 50 ao encerramento sucessivo das várias
fábricas da ilha, acabando por sobreviver o Chá Gorreana.
5.2.3. A “industrialização”
A industrialização nos açores surge essencialmente com a industria do tabaco. A Fabrica de Tabaco
Micaelense tornou-se o maior empreendimento industrial das ilhas a partir da sua fundação em meados do
sec. XIX. Surge no universo da industria tradicional e artesanal como a primeira fabrica moderna. Mais
tarde abriram-se outras fabricas de tabaco noutras ilhas, mas sem a dimensão e capacidade da fabrica de
tabaco micaelense. Mais tarde esta industrialização manifestou-se na industria conserveira insular, na
industria do álcool e do açúcar – transformação da batata doce e mais tarde da beterraba., mas de grosso
modo, até meados do sec. XX os açores eram muito pouco industrializados, sendo a agricultura tradicional e
a pecuária as áreas dominantes.
Apesar do claro crescimento e da modernização, a indústria açoreana sempre se caracterizou pela reduzida
dimensão. Ao longo do sec. XX regista-se um aumento no numero de estabelecimentos industriais até 1930,
a partir dai inicia-se um ciclo inverso.
S. Miguel sobressai no panorama industrial açoreano, não só pela quantidade, mas também pelo avanço
tecnológico de algumas industrias.
Ao longo do sec. XX registou-se um progressivo nível de industrialização, mas os impostos excessivos e a
incapacidade das mesmas suportarem a concorrência ditou o seu insucesso.
a partir dos finais do sec. XIX a navegação á vela foi substituída pela navegação a vapor, já não
condicionada pelos regimes de ventos e marés e por isso facilmente prescindiam da escala nos Açores.
A navegação estrangeira em portos açoreanos variou com as diversas conjeturas da economia mundial, mas
a tendência geral foi de decréscimo o que reflete uma menor importância do arquipélago na navegação
atlântica.
Porem na contemporaneidade – séc. XX – em vez do controlo do mar, é agora o controlo dos céus que
demonstra uma vez mais a utilidade estratégica dos Açores. – as Lajes da terceira por exemplo jogam um
papel de grande influencia na expansão do ocidente desde a segunda guerra mundial até á atualidade.
As experiencias com a navegação aérea encontraram nos açores um importante ponto de apoio.
Em termos militares a abertura do aeroporto de Sta Maria e a da Base das Lajes voltou a evidenciar a
posição geoestratégica do arquipélago.
No sec XIX a tradição reconhece i declínio da relevância estratégica dos açores. Porem a averiguação dos
fatos evidencia o contrario. Podemos dividir em ação estratégica passiva e ativa a nova utilidade dos açores
Ativa.
o No âmbito da guerra peninsular os Açores constituem a fronteira atlântica contra a aventura
napoleónica.
o Na era da emergência dos estados unidos são a base de ligação entre estes e a Europa
Passiva
o Durante boa parte da centúria de oitocentos os Açores constituem uma espécie de reserva da
Inglaterra – impenetrável aos inimigos de Londres.
No séc. XX a 1º guerra mundial motiva a instalação de uma base naval Norte Americana em Ponta Delgada
e na II Guerra Mundial os Açores facultam o controlo do mar que garante a tradicional hegemonia Inglesa e
salvaguarda a futura projeção dos estados unidos. Para Lisboa os Açores constituem um local de refugio
caso a guerra chegue a Portugal.
5.3.1. As ilhas na encruzilhada das rotas transatlânticas: do predomínio da Inglaterra ao controlo dos
Estados Unidos.
5.4.1. Os homens
5.4.2. A distribuição das gentes
A distribuição das gentes nos açores a partir do sec. XVIII evidencia a preponderância de Miguel e da
Terceira – por razoes naturais de extensão territorial, relevância politica e económica.
5.4.3. A mobilidade
Crise generalizada leva ao aumento da imigração, ainda para o Brasil, mas essencialmente para a américa do
Norte.
Podemos também ter em conta alguma mobilidade insular, nomeadamente das ilhas mais periféricas e
pobres para os grandes centros como S. Miguel. De igual modo a saída de muitos açoreanos para Lisboa por
exemplo é também uma realidade. De relevar o projeto de Pina Manique de ocupação do Alentejo com
famílias açoreanas.
5.5. A cultura
a) 1460
b) 1747
c) 1836
d) 1534
e) 1642
a) Batalha de Vila Franca do Campo. – 1582 – (enquadrado na crise que levou ao domínio Filipino, açores resistiram de
1580 a 83, sendo de relevar 3 batalhas –Salga 1581 – Batalha de Vila Franca 1583 – batalha do porto de mós 1583)
b) Descoberta das Flores e do Corvo – 1452- (25 anos após a descoberta de Sta Maria e S. Miguel em 1427)
c) Conquista da autonomia. – 1895 (decreto de 02 de março de 1895)
d) Criação da diocese de Angra – 1534 (neste ano do reinado de D. João III são criadas uma série de diocese – Angra,
Cabo Verde, Goa, etc... do antecedente a diocese do funchal era a responsável por todo o atlântico e índias.
e) Criação do 1º Governo Regional dos Açores -1976 (na sequência do 25 de abril em 1974)