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1- Historia e Historiografia

História:

Ciência que tem por objetivo a reconstituição intencional do passado humano.

Ciência que estuda a ação do homem no passado. É uma ciência do presente, interroga o passado,
mas com perspetivas e valores do nosso tempo.

Utilidade da História

Entendimento do passado

Compreender o presente

Iluminar o futuro (não serve para prever o futuro)

O entendimento do passado facilita a compreensão do presente e indiscutivelmente a projeção do


futuro.

Historiografia:

Arte de escrever a história.

Registo dos fatos hoje considerados históricos

História escrita pelos historiadores

“o passado não muda, mas a interpretação que temos deles pode ser alterada por diversas perspetivas,
cabe á historiografia debruçar, se sobre este problema.”

Só há uma historiografia se esta tiver um objeto especifico de estudo e uma prática de investigação.

 Um objeto especifico que a diferencie e individualiza (há uma historiografia açoriana se


encontrarmos uma especificidade que a distinga das demais historiografias)
 Ex. há uma historiografia açoriana se houver uma pratica de investigação continuada, traduzida na
constante publicação de estudos. (há publicações históricas açorianas desde o séc. XVI)

Historiografia Açoriana

“Há uma relativa identidade açoriana, que ´e objeto da historiografia açoriana.

A historiografia Açoriana não é um ramo totalmente independente:

 Estabelece correlações com a historiografia portuguesa e atlântica


 A sucessão dos seculos não acentuou as nossas diferenças (globalização atenua especificidades)
2-O conhecimento E a ocupação (até meados do séc. XVI)

2.1-O (re)descobrimento

1427 por Diogo de Silves. ☺

1432 por Gonçalo Velho Cabral/ capitão donatário

Os mitos envolvendo ilhas míticas ou mesmo divinas no atlântico é algo que vem desde a antiguidade,
advindos da dificuldade ou mesmo impossibilidade de as alcançar com os meios disponíveis nestas alturas, o
que lhes reforça o caracter divino, pois só os seres divinos as poderiam habitar e só os escolhidos por estes
as poderiam alcançar.

As noticias da chegada aos açores de povos da antiguidade (Fenícios) carecem de provas incontroversas,
provas estas que até á data a arqueologia refuta.

Os partidários da descoberta das ilhas antes da era Henriquina baseiam-se em evidencias do sec. XIV,
nomeadamente cartográficas e literárias.

No domínio da cartografia existem diversos mapas trecentistas com representação de ilhas a norte da
madeira com designações semelhantes ás futuras ilhas do arquipélago dos açores. Apesar da incorreta
orientação destas ilhas e mesmo a localização demasiado próximas da costa continental portuguesa, alguns
estudiosos creem que de facto são uma representação efetiva dos açores, resultantes da frequência destes
mares por navegantes porventura estrangeiros ou até mesmo pescadores, navegação esta em consequência
dos procedimentos náuticos da altura.

Esta possibilidade carece ainda de provas irrefutáveis, porem este “descobrimento” inusitado e acidental,
difere do procedimento português de procura organizada e estruturada destas ilhas destas ilhas.

Em relação a evidencias literárias podemos referir o “livro do conhecimento” de um frade castelhano que
descreve a realização de viagens por 25 ilhas do atlântico oriental com a eventual inclusão dos açores. A
refutar a hipótese deste descobrimento pré Henriquino, temos alguns historiadores que salientam a
necessidade da utilização de capacidades técnicas apenas disponível no sec. XV.

Independentemente de se concordar ou não com a hipótese de descoberta do arquipélago antes do sec. XV


ou facto é indiscutível; foi só no seculo XV e pela mão dos portugueses que os açores foram colocados e
admitidos na marcha da civilização. Qualquer eventual descobrimento anterior não resultou quer no
povoamento quer na utilização e aproveitamento destas ilhas.

A descoberta dos açores por Diogo de Silves em 1427, é uma consequência da expansão portuguesa na
Costa Africana Ocidental.
A falta de fontes documentais dificulta o estudo do descobrimento e do povoamento dos Açores. As
principais duvidas respeitam ao problema da descoberta, embora ressalte a primazia da iniciativa portuguesa
do sec. XV que coloca as ilhas na marcha da civilização, pois motiva a ocupação humana propiciadora da
arroteia e do desenvolvimento. Contudo admite-se a eventualidade de um conhecimento prévio.

2.2-O povoamento

A ocupação espacial das ilhas opera-se a partir do Sec. XV, processando-se por fases e ritmos variados de
ilha para ilha. Nasce em Sta. Maria e em S. Miguel e culmina com a ocupação quinhentista das Flores e
Corvo.

Apesar de descobertas em 1427, só em 1439, por carta régia de D. Afonso V, ainda em menoridade, é
concedida autorização para o Infante D. Henrique povoar estas ilhas, onde, entretanto já tinha sido largado
gado.

Até ao ultimo quartel do sec. XV, a colonização do arquipélago não era prioritária. Marrocos e a Madeira
demandavam maior atenção. Para alem disso, a ocupação das ilhas açorianas apresentou sérias
contrariedades; a inclemência do novo meio, a muita baixa densidade demográfica do país e a distancia, a
incerteza do lucro e fertilidade das terras, só para enumerar algumas.

Os ritmos de povoamento não foram idênticos em todas as ilhas, resultou das distintas datas das descobertas
das ilhas e da valorização destas em diferentes alturas. Estes determinantes motivam uma arroteia
descontinua e morosa que demora quase um seculo.

Na época Henriquina o povoamento centra-se essencialmente nas ilhas de santa Maria e S. Miguel, as
primeiras a serem descobertas e mais próximas da metrópole. Uma carta regia de 1443 outorga benefícios ou
isenções fiscais a produtos produzidos em S. Miguel e Sta. Maria, o que comprova que por esta altura
estavam já habitadas e suficientemente organizadas administrativamente para produzir e exportar.

Apesar de sempre haver um esforço da coroa para povoar o arquipélago, é no tempo de D. JoãoII que vemos
um maior impulso, decorrente de certo da absoluta prioridade da empresa de Além-Mar e do acréscimo da
importância do posicionamento geográfico dos açores nesta empresa (o aumento das viagens á costa africana
e a exploração sistemática do atlântico revelam a enorme utilidade das ilhas, devido ás condições de
navegação.

Por fim sob o domínio Manuelino, a rota do cabo consolida a preponderância geoeconómica dos açores
favorecendo deste modo o povoamento de todas as ilhas.

O povoamento do arquipélago é feito quase na totalidade por portugueses, provenientes de varias partes do
reino e de alguns poucos estrangeiros (flamengos) que são rapidamente assimilados pela maioria portuguesa.
Em referencia ao povoamento e ocupação das ilhas, releva a extrema morosidade do processo, devido á
exiguidade demográfica portuguesa e á prioridade dada á empresa marroquina.

2.3-O exercício do poder (até meados do séc. XVI)

A incapacidade da administração régia, a distancia e a descontinuidade geográfica assim como as incógnitas


potencialidades insulares determinam uma atitude de natural retração. Assim, e de acordo com a tradição
portuguesa, a coroa de modo a minimizar os seus riscos, opta por um sistema politico para a administração
das ilhas assente numa cedência de direitos, outorgando em donataria o arquipélago, ficando então o
donatário responsável pelo povoamento e exploração económica e assumindo também, os riscos de tal
empreendimento. Durante o período da donataria, numa delegação de poderes senhoriais/donatariais, ao
nível local foram criadas as capitanias, dirigidas por um capitão do donatário que prestava contas ao
donatário.

No decorrer do sec. XV, na administração civil açoriana predomina o mando Senhorial, a incipiência da
autoridade concelhia e a ausência de jurisdição régia (expeto nos domínios inalienáveis da justiça, finanças e
guerra). Na transição para o sec. XVI já ocorrem importantes alterações; a incorporação da donataria na
coroa permite a criação de uma rede administrativa monárquica, porem a incapacidade da realeza de se fazer
representar (muitos poucos oficiais régios e centrados apenas nos centros urbanos, distanciamento
geográfico) perpetua a alçada e poder dos senhores, para alem disso aumenta a influencia dos municípios,
muitas vezes a única face do poder laico principalmente nas zonas mais periféricas onde nem os senhores e
muito menos o rei se fazem representar.

2.4. A organização económica

Em matéria de economia, a historiografia sobrevaloriza as culturas predominantes, cuja comercialização


gera enriquecimento, deixando de fora uma pluralidade de pequenas produções que cumpre o indispensável
propósito da subsistência das gentes. Deste modo, S. Miguel e a Terceira surgem como principais geradoras
de riqueza, devido á sua extensão e terras férteis. Nas periferias, a influencia do isolamento determina a
diversificação da economia com o propósito da subsistência.

Por meados do sec. XVI o maior proveito advém da produção de cereais e tintureiras (trigo e pastel). A
preponderância da produção de cereais e pastel impede inclusive a criação de gado, reservando as terras para
a produção de recursos que geram arrecadação de impostos. A exportação regular de trigo (em circuito
interno – Madeira; Portugal e Norte de Africa) corresponde á melhor prova da relevância cerealífera. A
exportação de Pastel tem como destino os aglomerados têxteis do mediterrâneo e a Europa do Norte.
A função dos açores como encruzilhada do atlântico, suscita a participação no comercio euro-ultramarino,
apesar dos portos Açorianos não serem o destino final dos produtos provenientes dos territórios
ultramarinos, a escala em Angra sempre suscita algum proveito, umas vezes lícito outras tantas também não.
Como evidencia da lucratividade destas escalas, temos a afluência de mercadores estrangeiros a Angra
essencialmente, alguns destes mercadores de grande trato.

Ou seja; na economia, os homens lutam pela garantia de subsistência, obtida pela diversificação da cultura
(complementada pela pesca, pecuária e caça), no entanto, apesar desta necessária diversificação, ressaltam a
predominância de determinados produtos que propiciam a exportação e o lucro (trigo e pastel).

2.5- O préstimo da geografia

A prosperidade e utilidade dos Açores, advém, em conjunto com outros fatores obviamente, da sua
localização geográfica. O determinismo do mar e as condições da navegação da época quase obrigam á
escala em Angra (mantimentos e manutenção e ponto de reencontro das frotas) das rotas provenientes dos
mares do Sul (India e América espanhola, mais tarde também o Brasil). No sec. XV, arquipélago ampara a
exploração da costa africana, que demanda a utilização da escala insular nas rotas de retorno. Na época de
quinhentos, apos a descoberta da India e da América, os Açores garantem apoio ás rotas comerciais
portuguesas e espanholas. O arquipélago move também a ambição dos povos nórdicos, que consideram a
escala açoriana como meio de aproximação ao alem mar e aos carregamentos preciosos que dai veem.

A geografia confere aos Açores um papel determinante no domínio dos mares, principalmente depois da
assinatura do tratado de Tordesilhas em 1494. E se por um lado são um porto seguro e de projeção para as
potencias ibéricas, revelando-se um importante ponto estratégico, esta importância por outro lado é também
reconhecida pelas adversarias potências nórdicas que pelo corso e pirataria intentam apoderar-se das
valiosas cargas provenientes de alem mar.

Para alem da importância de Angra, é importante referir também a importância estratégica das Flores e do
Corvo, que são efetivamente a porta de entrada das embarcações de Alem Mar nos mares dos Açores (fruto
do determinismo da natureza e técnicas de navegação).

3-A afirmação e grandeza (séc. XVI/terceiro quartel do séc. XVII)

3.1-A administração (A revelação paradigma administrativo da modernidade)

Inversão da hierarquia do tempo do povoamento

1. Poder senhorial (donatário através dos seus capitães donatários)


2. Poder municipal
Modernidade:

1. Poder régio (poucos agentes, pouca presença principalmente nas ilhas periféricas, forte oposição
senhorial e municipal)
2. Poder senhorial
3. Poder municipal

No período moderno, após a incorporação da donataria na coroa em 1495, prevalece um sistema de


administração que se distingue pela partilha e concorrência de distintos poderes (senhorial, concelhio e
monárquico). Os sucessivos ímpetos da realeza (movidos pela crescente relevância geoeconómica das ilhas)
não resultam numa inequívoca superioridade da jurisdição régia.

Nos seculos XVI XVII e XVIII entre 1495 e 1766 identificamos um novo período da historia administrativa
dos açores.

O paradigma administrativo da modernidade.

 Caracterizado pelo equilíbrio/confronto/partilha de poderes entre o rei, os senhores e os


municípios.
o O poder régio regista um crescimento (sobretudo no sec. XVI com a incorporação da
donataria na coroa com D. Manuel I quando se regista a criação de instituições e a
nomeação de oficiais régios.)
o O poder senhorial assinala um decréscimo (sobretudo nos seculos XVII e XVIII,
resultante entre outros fatores do absentismo dos titulares.
o Nesta fase, o poder municipal é na pratica o mais importante já que é o único que se
encontra disseminado por todas as ilhas, mesmo as mais periféricas. (em virtude da
incapacidade dos poderes concorrentes – o régio servido por poucos agentes e o senhorial
minado pelo absentismo e falta de interesse)

Em resumo, há uma inexistência de uma burocracia central forte, capaz de projetar mando á distancia, que
obriga a um convívio/confronto/partilha de poderes e jurisdições.

3.2. A economia (Da opulência do séc. XVI à crise da 2ª metade do séc. XVII)

Em termos de economia, neste período, para alem da obvia diversificação para efeitos de subsistência, dois
produtos destacam-se no âmbito da produção para exportação com intento de obtenção de lucro, são estes os
cereais (trigo), comercializados em circuito interno e a preço regulado pela coroa, mas mesmo assim
bastante lucrativo devido ás quantidades que se conseguiam produzir, e o Pastel, produto extremamente
valorizado no comercio externo (mediterrâneo e sobretudo europa do Norte), fonte geradora de riqueza para
as elites mercantis do arquipélago (com maior preponderância nas ilhas maiores) assim como motor de
prosperidade do arquipélago, o Pastel inclusive competia com o trigo para obtenção de melhores terras
agrícolas, levando ás vezes a episódios de escassez de cereal nos açores. Em meados do sec. XVII o declínio
da cultura do pastel que sucumbe perante a forte concorrência do índigo americano, a preços muito mais
competitivos e em maiores quantidades.

Produção Açoriana

Trigo – cultura tradicional - inicialmente era para ser destinado á subsistência, mas devido ao excesso de
produção serviu também para exportação. ( Mercado reinol – Madeira, Norte de Africa e Lisboa)

Pastel – cultura nova, experimental- grande sucesso, disputava terras férteis com o trigo devido á sua alta
rentabilidade no comercio externo. (Mediterrâneo mas acima de tudo no mercado Norte Europeu)

Vinho – nesta altura o vinho era produzido em boa quantidade, mas de fraca qualidade, destinava-se apenas
a subsistência e comercio local e talvez inter-ilhas, o vinho de qualidade do pico surge mais tarde.

Pesca – atividade complementar de subsistência ou complemento (por estranho que pareça, os açorianos
nunca foram um povo “voltado” para o mar.

Caça – muito limitada e tal como a pesca era apenas um complemento.

Pecuária – atividade de subsistência, o gado destinava-se ao amanho das terras.

Comercio

Inter-ilhas

 Diminuição das assimetrias económicas inter-ilhas (vendiam o que tinham e compravam o que não
tinham)
 Concentração das exportações num local especifico (nomeadamente no porto de Angra de onde era
depois exportado, mais tarde o vinho era concentrado no porto do Faial, etc…)
 Redistribuição das importações (produtos como o sal e o azeite por exemplo chegavam aos grandes
portos açorianos e depois eram então distribuídos pelos periféricos.)

Nacional (circuito interno)

 Trigo (Madeira, Portugal Continental e Norte de Africa)

Internacional

 Exportação do Pastel (Mediterrâneo e Europa do Norte – Inglaterra e Flandres)


 Importação de manufaturas
Trafico ultramarino

 Apesar de não ser o destino final da sua carga, todas as armadas provenientes dos mares do Sul
passavam inevitavelmente pelos açores, propiciando algum contrabando ou ate mesmo algum
comercio licito como prova a presença de mercadores de grosso trato estrangeiros na terceira.

Essa generalização não reflete a realidade do arquipélago como um todo. Nas ilhas mais periféricas a
situação não é idêntica á de S Miguel ou Terceira por exemplo. Generalizamos estas produções d acordo
com a preponderância e capacidade produtiva e económica das ilhas mais proeminentes.

 S. Miguel e Terceira – relevância da agricultura de propósito mercantil


 Pico – vinho
 Restantes ilhas periféricas- Garantia de subsistência

Em resumo= Pluralidade de produções com vista ao equilíbrio entre a subsistência e o lucro

O comercio Açoreano, que já conhecera algumas dificuldades no período Filipino, veria a sua situação
agravada a partir de meados do sec. XVII devido á diminuição brusca da produção e comercialização do
Pastel. Deste modo os contatos comerciais com os países do norte da europa tornaram-se cada vez, mas
raros á medida que nos aproximamos do final do sec. XVII.

3.3. A estratégia

O privilegiado posicionamento geográfico, não constituindo móbil para a efetiva descoberta dos Açores,
revela-se fundamental, entretanto ainda na era de quatrocentos para o domínio do atlântico.

A par da sua importância económica, os açores foram bastante valorizados em termos estratégicos,
nomeadamente no apoio dado aos navios que circulavam no espaço Atlântico, nomeadamente portugueses e
espanhóis.

Ainda no Sec. XV, os navios portugueses que regressavam da costa africana, escalavam com frequência nos
açores afim de beneficiarem de correntes favoráveis (determinismos do mar) e procederem aos necessários
abastecimentos e reparações.

A sistemática exploração da costa africana impõe a rota pelo largo que invariavelmente toca nas ilhas e
alimenta a suspeita de terras mais a ocidente, levando a que os Açores se tornem numa espécie de base de
lançamento de expedições de reconhecimento e conquista cada vez mais para ocidente.

No entanto a proeminência estratégica dos Açores, consolida-se apenas na centúria de quinhentos por via da
abertura das carreiras comerciais entre as terras recém-descobertas da India e América e os portos Ibéricos
de Lisboa e Sevilha.
A valia do posicionamento geográfico confere aos Açores uma relevância extraordinária. Apos a assinatura
do tratado de Tordesilhas em 1494, que motiva divergências entre Ibéricos e Nórdicos. A frequência e posse
das ilhas serve os intentos de ambos os contendores porque o domínio do mar constitui o expediente de
engrandecimento de todos os estados envolvidos.

Esta valorização estratégica dos Açores fez-se acompanhar por um grave inconveniente: Os mares insulares
passaram a ser frequentados por piratas e corsários europeus na expectativa de intercetar os navios ibéricos
carregados de riquezas coloniais.

A geografia concede aos açores um papel determinante e indispensável no domínio dos mares pelos
Ibéricos. Os Nórdicos, adversários do monopólio ultramarino Ibérico, também reconhecem a mais valia
estratégica dos Açores e através do corso e pirataria intentam o aprisionamento das cargas exóticas e
valiosas provenientes do além-mar

Nos açores a cidade de Angra constitui o maior amparo á navegação peninsular.

 Fornecimento de mantimentos e agua


 Reparações
 Reagrupamento de frotas

Á margem da relevância de Angra avultam também a projeção estratégica das Flores e do Corvo

 Porta de entrada das embarcações de além-mar


 Determinismos da natureza e da técnica náutica

3.3.1. A defesa do primado dos ibéricos

A utilidade dos açores para o domínio do Atlântico, e a crescente ameaça do corso e pirataria das potencias nórdicas
aconselha á organização de um plano de defesa.

 Criação da Provedoria das Armadas


o Prover as Armadas
 Refresco das tripulações; abastecimento de agua e viveres
 Reparações

 A constituição da armada das ilhas


 que tinha a função de defender e escoltar as frotas provenientes do mar do Sul e dissuadir a
pirataria e o corso foi.
 Aguardava no extremo ocidental do arquipélago as naus da India para depois as acompanhar
até Lisboa (minimizando assim ou mesmo dissuadindo as ações de corso e pirataria contra
estas embarcações)
 Dotar as ilhas com meios de defesa capazes de responder com eficácia á ameaça do corso e pirataria.

Sob a pressão de corsários e piratas franceses e ingleses, que cobiçam as rotas transatlânticas e sobretudo as posições
ultramarinas peninsulares, D. João III esboça um plano de defesa dos Açores, reconhecendo que a preservação do
arquipélago equivale á resguarda do império.

No essencial o programa consiste na construção de fortificações nos principais portos e no recrutamento de milícias
nas maiores ilhas.

Apesar da falta de concretização do projeto de D. João III, este veio a ser concretizado na época de D. Sebastião
quando se procede á construção dos castelos de S. Braz em S. Miguel, o de S. Sebastião na Terceira e o de Sta. Cruz
no Faial, e ainda a organização das ordenanças. Estas defesas foram ainda aumentadas durante a época de domínio
Filipino que reconheceu desde logo a importância estratégica dos Açores como meio de assegurar a carreira das
Índias.

3.4. A sociedade

A organização da sociedade açoriana dos séc. XV a XVII consiste essencialmente numa transposição da sociedade de
Portugal continental para as ilhas.

Ou seja, uma estrutura social do antigo regime.

 Cristalização do modelo continental (influencia da honra e privilegio á nascença)


 Sociedade hierarquizada
 Diversidade de praticas (por ação da riqueza – nobilitação- e por ação da cultura –
necessidade de indivíduos cultos e educados devido a uma crescente burocratização
da sociedade)

Grupos sociais:

 Privilegiados
o Clero e nobreza
 Gentes de negócios
o Mercadores enriquecidos
 Camadas populares
o Camponeses
o Artífices
 Minorias
o Escravos
o Judeus/ Cristãos Novos
#Fundamentalmente mantem-se uma sociedade dos três estados.

3.5. A cultura/ Ensino

A arte açoriana segue os padrões da metrópole, com o atraso resultante da distancia e insularidade.

Em termos de especificidades encontram-se ocasionalmente influencias das províncias ultramarinas (estas por sua vez
influenciadas tb pela metrópole)

As principais variações estão mais relacionadas com os materiais utilizados do que com conceções artísticas em voga.

O clero era o responsável pelo ensino nos Açores até á era pombalina. Os jesuítas (que á data da descoberta dos açores
ainda não existiam) eram os responsáveis pelo que podemos designar de superior ou colegial e estavam localizados
nos grandes centros urbanos insulares. Os franciscanos eram os responsáveis pelo ensino primário ou de primeiras
letras e estavam amplamente disseminados pelo arquipélago.

3.6. As convulsões da história de Portugal

-Domínio Filipino

-Restauração

O domínio Filipino é implementado nos açores mais tardiamente – 1583

Causas da resistência açoriana ao domínio Filipino:

 Distanciamento espacial
 A conquista de Portugal por Filipe II deu-se no final do verão de 1580, e só no verão há
condições de navegabilidade segura para os Açores.
 Este distanciamento da metrópole garante pelo menos 1ano á resistência açoriana.
 Liderança capaz de Ciprião Figueiredo (corregedor da ilha terceira)
 Herói da batalha da Salga em 1581 em que os Espanhóis são derrotados pelos açorianos.
 Esta vitoria anima a causa independentista
 Anima a causa do Prior do Crato perante a comunidade internacional
 A partir da batalha da Salga começam a chegar contingentes militares estrangeiros
para apoiar a causa açoriana.
 O apoio internacional (França e Inglaterra – adversários de Espanha)

Mas o poderio militar espanhol nesta época é incontestável e acaba vencendo essa resistência.

Em 1582, ao largo de S. Miguel (Vila Franca) dá-se a primeira grande batalha naval do atlântico. A poderosa armada
espanhola contra a armada anglo francesa. A armada espanhola vence este confronto devido á superioridade do seu
comando e á disciplina dos seus militares.
Esta derrota desanimou totalmente os apoiantes da causa Açoriana.

Em 1583, na batalha da baia das mós – ou batalha da ilha terceira, os Espanhóis derrotam definitivamente os
Açorianos e seus aliados, acabando deste modo com a resistência ao domínio Filipino.

A ilha Terceira ficou de fora dos acordos de Tomar, pois foi conquistada pela força.

Inicialmente foi vitima de um governo tirânico de repressão e castigo. Mas normalizou-se rapidamente (em 10 anos
toda a vida administrativa tinha voltado ao normal pré-Filipino)

A restauração – 01 dezembro de 1640

 Só chega aos açores em 1641 – tal como em 1580 a distancia entre o continente e ilhas é a causa.
 A noticia é trazida para a Terceira por Francisco Ornelas da Camara e D. João IV é aclamado Rei.
 Na Fortaleza de S. João Baptista os Espanhóis resistiram por 11 meses ao cerco que lhes foi imposto pelas
forças sob o comando de Francisco Ornelas da Camara.
 Os Espanhóis rederam-se com honras em 04 de março de 1642

4. A decadência e a regeneração (finais do séc. XVII/início do séc. XIX)

4.1. A administração

4.1.1. A evolução do paradigma administrativo da modernidade

Inversão da hierarquia do tempo do povoamento, que era caracterizada por um forte poder senhorial,
exercido pelos capitães donatários, e um incipiente poder municipal.

O poder municipal ganha maior preponderância ao passo que o poder senhorial decresce, muito em causa do
absentismo dos capitães donatários que delegam as suas funções em terceiros (ouvidores) e estão mais
interessados nos confortos da metrópole do que nas suas tarefas nas ilhas.

O poder régio sente dificuldades em se fazer sentir na pratica, (a burocracia não tem ainda força suficiente
para projetar mando á distancia) os oficiais régios são poucos e localizados essencialmente nos maiores
centros urbanos, sendo as periferias relegadas para plano secundário ou mesmo esquecidas. A dinâmica de
poderes entre poder régio e senhorial, vem beneficiar o poder concelhio pois a coroa muitas vezes ao
assumir o papel de moderador entre os senhores e os municípios opta por uma estratégia de diminuir poder
aos senhores na expetativa de ampliar o seu.

Ao encaminharmos-mos para o séc. XVIII e XIX, apesar de ser ainda uma estrutura administrativa típica do
antigo regime, começa a surgir algumas instabilidades que não haviam em períodos anteriores.
O enriquecimento de uma burguesia mercadora leva á nobilitação de muitas famílias, quer por ação direta do
dinheiro, com a compra de títulos de nobilitação, quer pelo casamento entre burgueses ricos e nobres
empobrecidos, quer pela ascensão social por meio da cultura e educação, fenómeno que se começa a
verificar devido á complexificação da maquina burocrática estatal que requer “mão de obra” qualificada,
letrada e culta para a fazer funcionar.

Em 1766 com a criação da capitania geral dos açores e um conjunto de reformas pombalinas procede-se a
uma maior centralização do poder, a uma definição mais clara das jurisdições e dos seus limites, acabando-
se a sobreposição destas por vários agentes. (que a prazo vão ter o efeito antagónico semeando assim as
bases para a evolução de um ideal autonómico)

No sec. XIX entramos na contemporaneidade onde as pugnas liberais e o ideário republicano tomam
forma. Procede-se assim a uma descentralização (teórica) do poder, onde os deveres dos mandantes são
regulados por cartas constitucionais. Na realidade o estado nesta altura possui uma burocracia
suficientemente refinada e forte para projetar mando á distancia, é assim mais interventivo, mais
omnipresente, mais centralizado.

4.2. A economia
4.2.1. A recuperação do termo do séc. XVII e os ritmos do séc. XVIII

Neste domínio o facto mais importante a registar terá sido o rápido declínio (a partir de meados do sec.
XVII) da cultura do Pastel, que durante mais de um seculo fora um dos principais pilares da economia
Açoreana.

No decorrer do sec. XVII outras culturas terão sido introduzidas no arquipélago – a luta pela sobrevivência e
a busca de um substituto para o tao lucrativo Pastel levaram a que os agricultores Açoreanos realizassem nas
ilhas experiencias com produtos novos – caso do milho; batata; linho.

A cultura industrial do linho no sec. XVII iria atingir alguma notoriedade especialmente em S. Miguel sendo
o principal destinatário desta exportação a América do Norte.

A batata e o inhame são outras culturas divulgadas nesse período e destinavam-se á subsistência dos mais
pobres.

Mas das culturas divulgadas no sec. XVIII o milho terá sido a que maior projeção obteve na economia do
Arquipélago. No sec. XVIII o milho era já a base de alimentação das populações mais pobres e ao longo do
seculo seguinte ganhou a preferência da maioria da população Açoreana superiorizando-se ao trigo em
produção e espaço cultivado.

As leguminosas começaram também a ocupar um lugar importante na subsistência dos insulares.

Apesar de tudo a agricultura insular mantinha-se num relativo estado de subdesenvolvimento.


 Excetuando as ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial onde se estabeleceu uma
economia orientada para o mercado em paralelo com uma economia de
subsistência, as restantes ilhas dedicavam a sua produção maioritariamente á
subsistência e satisfazer as necessidades locais.

No essencial, a multiplicação das culturas e a proliferação de trocas, definem a evolução da economia


Açoreana, que intenta sempre em duas vertentes fundamentais, a garantia da subsistência e a demanda dos
mercados internacionais.

 Subsistência
 Cereais
 Milho que começa a ganhar terreno ao trigo
 Leguminosas
 Inhame
 Pecuária (mais para o amanho das terras)
 Pesca
 Exportação
 Vinho e aguardente (Pico)
 Laranja
 Linho (S. Miguel)

O comercio Açoreano, que já conhecera algumas dificuldades no período Filipino, veria a sua situação
agravada a partir de meados do sec. XVII devido á diminuição brusca da produção e comercialização do
Pastel. Deste modo os contatos comerciais com os países do norte da europa tornaram-se cada vez, mas
raros á medida que nos aproximamos do final do sec. XVII.

Em contrapartida e beneficiando da sua localização estratégica, procuram envolver-se comercialmente com


outras regiões do império ultramarino português, nomeadamente o Brasil. (apesar do monopólio da
companhia de comercio, os Açores tiveram oportunidade de participação) – vinho e aguardente.

A partir do séc. XVIII os arquipélagos iriam manter também contactos comerciais com a América do Norte
- panos de linho e milho, Vinho

Por esta altura o porto da Horta ganhava projeção internacional devido aos contactos que mantinha com
Inglaterra e América do Norte para onde exportava vinho e aguardente)

4.3. A estratégia
Com o declínio do império oriental português, é comum aos historiadores nacionais englobarem os Açores
nesse declínio, utilizando argumentos tais como a diminuição de armadas a passarem nos portos Açoreanos
quer por ter-se extinguido a carreira da India quer por avanços náuticos que conferiam maior autonomia ás
embarcações. Todavia no decorrer do Séc. XVII o relevo estratégico geográfico do arquipélago persiste, o
que se verifica é que agora são os nórdicos a beneficiar e reconhecer essa importância estratégica que no
passado era mais preponderantemente reconhecida pelos ibéricos.

O fortalecimento do império Britânico na era de setecentos valoriza a posição geográfica das ilhas nas rotas
que ligam os portos ingleses ás colonias americanas e aos entrepostos do Atlântico sul.

A proeminência estratégica dos Açores, situados entre a Africa, a América e a Europa beneficiam de um
comercio intercontinental bastante lucrativo. (cereais para Africa, Aguardente para o Brasil, Vinho para a
América e laranja para Inglaterra). Esta relevância estratégica é tão evidente para os Ingleses, que estes
chegam a sugerir a de os Açores constituírem um protetorado Britânico.

No âmbito da estratégia, o privilegiado posicionamento geográfico dos Açores no atlântico, interessa sempre
ás potencias que dominam o ultramar.

Com o decorrer do tempo e o consequente acréscimo das dificuldades coloniais portuguesas, incumbe ao
arquipélago um importante papel na defesa do nosso império que ultrapassa muito o tradicional amparo das
armadas comerciais nos portos insulares.

4.3.1. O préstimo na supremacia dos nórdicos

No passado o contrabando, o corso, afora o comercio do pastel, justificaram o empenhamento dos ingleses
pelo arquipélago. Porem na era de setecentos, o fortalecimento do império Britânico valoriza a posição
geográfica das ilhas nas rotas que ligam os portos ingleses ás colonias americanas e aos entrepostos do
atlântico Sul.

Da mesma forma, algumas das principais exportações açoreanas, como o vinho e o linho e mais tarde a
laranja, encontram ótima colocação nos mercados da América e Grã-Bretanha.

4.4. A sociedade

4.5. A cultura
Ensino- ainda monopolizado pelas ordens religiosas, franciscanos nas primeiras letras e jesuítas no ensino
colegial. No séc. XVII, com as reformas na educação do marques de Pombal, o estado começa a tomar em
suas mãos a responsabilidade do ensino.

4.6. A Capitania Geral dos Açores

Instituída no reinado de D. José I (pelo marques de Pombal) em 1766. Na ótica de centralização


administrativa do poder que caracterizou a época pombalina

Veio acabar com o anterior paradigma de vários poderes com jurisdições sobrepostas e organizar a
administração do arquipélago- definindo perfeitamente as jurisdições dos diversos poderes.

A segunda metade do sec. XVIII corresponde a um tempo caracterizado pelo reforço do poder central. Em
1766 a criação da Capitania Geral dos Açores origina a extinção das capitanias e uma intenção de controlo
dos municípios – medidas que são claro está uma ameaça ás elites locais habituadas ao exercício do poder.
Neste contexto ocorre a nomeação de um governador geral com alçada em todas as ilhas e em todos os
domínios, mas sobretudo nas finanças, na justiça e na guerra e a criação de uma capital Açoreana situada em
Angra (numa época em que Ponta Delgada é já a mais populosa e mais rica cidade dos Açores – este ato vai
levar á contestação das elites micaelenses que não admitem a dupla tutela de Lisboa e Angra.)

-Antecedentes:

Nos Açores a reivindicação de um governador geral remonta ao inicio da centúria de setecentos. Nesta altura
já transparecem os efeitos da ineficácia do governo tradicional dos capitães que primam pelo absentismo, as
aristocracias populares reivindicam uma administração mais transparente e eficaz. Por outro lado, a
persistência no arquipélago de uma organização politica própria contrasta com o propósito de centralização
do iluminismo que se verifica por todo o reino e ultramar.

- Razões

Deficiências do governo das capitanias.

Desordem da administração insular

Sobreposição de jurisdições

Estrutura politica feudal

Reorganização sob os princípios de racionalidade e centralização operada pelo Marquês de Pombal no


reinado de D. José I

- Oposição

Por um lado, os nobres receiam a perda das prerrogativas tradicionais.


Do mesmo modo as autoridades micaelenses contestam a criação da Capitania Geral por dar proeminência
politica a Angra enquanto que S. Miguel é a fonte de maior riqueza. Não aceitam a subordinação á Terceira.

4.6.1. A supremacia da jurisdição régia

A intervenção do poder régio neste período foi efetiva e decisiva, apesar de todas as limitações a que este
poder estava sujeito – distancia agravada pelo mar, dispersão das ilhas, fraca rede de agentes régios
disponíveis, a sua fraca preparação e a pouca eficaz burocracia. Apesar da dinâmica de poderes existente,
que devido á distancia e descontinuidade territorial impunha um convívio, partilha e confronto entre os
poderes presentes a verdade é que o poder régio se mostrou suficientemente forte para submeter os outros á
sua autoridade, o absentismo dos capitães para isso contribuiu e de resto as prerrogativas reais no sistema
senhorial prevaleceram (a sempre presente afirmação que as capitanias era doadas pela coroa e poderiam a
esta reverter a qualquer momento).

4.6.2. A extinção do poder senhorial

A sucessão dos seculos provoca a redução da influencia politica e administrativa e da eficácia social e
económica das primitivas capitanias. Com efeito transformam se em instituições triviais e obsoletas em
virtude do absentismo de muitos capitães.

A incorporação na coroa dos bens, das rendas e das jurisdições dos capitães em 1766 com a criação da
Capitania Geral dos Açores constitui a principal mudança operada por esta no paradigma administrativo
insular. Nesta conjetura as atribuições das capitanias transitam para os agentes do rei – facto que tranquiliza
a população insular, avessa ao despotismo dos capitães. O 1º Capitão General D. Antão de Almada publicita
em edital a abolição dos privilégios dos capitães e a liberdade dos moradores usarem fornos e moinhos
particulares.
5. Os Açores na Contemporaneidade (séculos XIX e XX)
5.1. A administração
Durante o antigo regime, da sec. XV ao XVIII o povo não intervém na governação. A capacidade politica na
altura era privilegio de uma minoria que se opunha ao poder central, mas em defesa de interesses próprios
ou de grupo.
No sec. XIX o liberalismo alarga a participação politica pelo menos aos mais abastados e aos mais
instruídos. É pela mão destes abastados e instruídos que em 1895 em S. Miguel se conquista a primeira
autonomia.
No séc. XX o sufrágio universal motiva a generalização da participação politica
Com a vitoria do liberalismo em 1834, a organização da periferia insular assentou na opção de transformar
os arquipélagos atlânticos em províncias do reino, e como tal sujeitas á mesma organização administrativa
nacional – os distritos açoreanos tinha a mesma orgânica dos distritos continentais e os cidadãos os mesmo
direitos e obrigações.
Nos açores a opção tomada pelas elites insulares, principalmente as micaelenses consistiu na criação de três
distritos – Ponta Delgada, Angra e Horta – em vez de um governo central que unisse o arquipélago – escolha
preferida por lisboa, mas que já tinha dado maus resultados no passado devido a rivalidades entre ilhas.

5.1.1. A era pré-autonómica (1836-1895)


Nos seculos XVIII e XIX encontramos um surto de fenómenos políticos que justificam o movimento
autonomista Açoreano.
 Na era de setecentos
o Centralização politica
o Emergência do estado moderno
o Redução do predomínio de particularismos firmado na partilha de jurisdições (paradigma
administrativo da modernidade)
 .
 Sec. XIX
o Difusão do ideal do liberalismo
o Alargamento da participação politica
o Abolição de privilégios
o Os pressupostos políticos de maior liberdade fundamentam o direito de contestação

Paradoxalmente esta maior liberdade coincide na pratica com uma muito maior centralização do poder,
especialmente no domínio fiscal, muito amparado pelo progresso das técnicas que permite agora o eficaz
mando á distancia. Este centralismo confere as velhas aristocracias e nascentes burguesias muitos pretextos
de insatisfação e no caso dos Açores, que se consideraram desprezados pelo estado central, inflama a chama
autonómica – livre administração dos Açores pelos Açoreanos “Aristides Sousa da Mota”

No sec. XIX o liberalismo alarga a participação politica pelo menos aos mais abastados e aos mais
instruídos. É pela mão destes abastados e instruídos que em 1895 em S. Miguel se conquista a primeira
autonomia.
No séc. XX o sufrágio universal motiva a generalização da participação politica.
Com a vitoria do liberalismo em 1834, a organização da periferia insular assentou na opção de transformar
os arquipélagos atlânticos em províncias do reino, e como tal sujeitas á mesma organização administrativa
nacional – os distritos açoreanos tinha a mesma orgânica dos distritos continentais e os cidadãos os mesmo
direitos e obrigações.
Nos açores a opção tomada pelas elites insulares, principalmente as micaelenses consistiu na criação de três
distritos – Ponta Delgada, Angra e Horta – em vez de um governo central que unisse o arquipélago – escolha
preferida por lisboa, mas que já tinha dado maus resultados no passado devido a rivalidades entre ilhas.

5.1.2. O tempo das autonomias (de 1895 aos nossos dias)


No passado a autonomia era a reação contra a desvalorização dos Açores na orgânica de Portugal.
Foi também um modo de subtrair os Açores ás convulsões politicas da historia de Portugal – so surgem
quando o estado central está em clara fragilidade
 Em 1895 dupla crise continental e insular (humilhação pelos ingleses e extinção da
monarquia)
 Na década de 1920 perante a agitação da 1º república
 Em 1974 devido ao radicalismo da revolução de Lisboa

5.1.2.1. 2 de março de 1895

1ª autonomia – estabelece o princípio da livre administração dos Açores pelos Açoreanos.


Surge num contexto de profunda crise nacional e económica, com a humilhação de Portugal perante a sua
velha aliada Inglaterra e o prenuncio do fim da monarquia. O sentimento generalizado dos Açoreanos é o de
convicção do desprezo que o governo de Portugal tem por estes.
Aristides Moreira da Mota foi uma das principais figuras deste impulso autonómico oitocentista

5.1.2.2. 16 de fevereiro de 1928


2ª autonomia – ressurge a ideia autonómica cujo motivos radicam na dificuldade de prosseguir com o
programa de fomento do termo de oitocentos. Na essência este diploma faz a apologia do sistema
autonómico contemplando a concessão de recursos financeiros por parte do estado central.
Contudo a ascensão de Salazar ao poder e a vigência do estado novo estrangulam este processo á nascença,
multiplicando os encargos financeiros da administração autonómica, ficando esta sem recurso para qualquer
investimento. O definhamento da autonomia nesta época decorre muito da acomodação dos próprios
regionalistas, apoiantes do totalitarismo de Salazar trocam a emancipação dos Açores pela estabilidade
financeira de Portugal.
“ a autonomia era boa antes de Salazar e má depois de Salazar.

5.1.2.3. A autonomia na Constituição de 1976


Resultante do 25 de Abril de 1974. Volvido o estado novo acontece o terceiro e ultimo – até a data-
movimento autonomista dos Açores. É uma consequência do desmoronamento do império colonial que
obriga o retorno de Portugal á Europa após mais de meio milénio de dependência do ultramar.
É também consequência do radicalismo da revolução de Lisboa, com contornos demasiado comunistas, visto
com maus olhos pelos grandes e que causa o receio de todos, ainda por cima perante a eventualidade de um
corte de relações com os Estados Unidos – apos uma imigração de gerações que faz com que haja mais
Açoreanos no novo mundo do que nos Açores.
É em 1976 que a autonomia administrativa se torna também em autonomia politica e com reconhecimento
constitucional.

5.2. A economia
O período em estudo é dos mais complexos da historia Açoreana, pois nele encontramos ciclos de expansão
e contração.
Ate meados de 1820 os açoreanos viveram sob a euforia dos elevados dividendos da exportação da laranja e
do vinho. No período seguinte, face á crise económica resultante da contração da venda da laranja e vinho,
resultante resultantes de uma serie de pragas que destruíram não só as culturas, mas os próprios vinhedos e
arvores, foram ensaiadas culturas alternativas na expectativa de proporcionarem idênticos lucros e
empregarem uma imensa população entretanto desocupada.
No entanto, a crise económica provocou um elevado surto de empreendedorismo patente na procura de
culturas alternativas entre as quais se relevam:
 O Chá
 O Ananás
 A Espadana
 A Batata doce
E mais tarde ainda a beterraba sacarina e o tabaco.

5.2.1. O vinho e a laranja: prosperidade e decadência.


Vinho:
 A cultura da vinha foi introduzida no arquipélago logo no inicio do povoamento – parte da dieta
mediterrânea – de inicio destinava-se ao consumo interno e não era tido como mercadoria pois
apesar de ser produzido em boa quantidade por todo o arquipélago, a sua qualidade não era das
melhores.
 Com a crise do sec. XVII – queda da importância e comercialização do pastel - a vinicultura
reanimou-se, em especial nas ilhas do grupo central, especialmente no Pico em que o seu vinho se
tonou internacionalmente conhecido e fonte de muita riqueza.
 No sec. XVIII o vinho adquire o estatuto de fonte de grande rendimento sendo exportado para o
Brasil – até ser impedido a sua entrada- mas essencialmente para as colonias Inglesas da américa do
Norte.
 No entanto em finais do séc. XVIII inícios de XIX, uma série de problemas se abateu sobre essa
cultura, afetando assim a sua produção/exportação e retorno económico. Maus anos climatéricos,
aliados a uma politica nacional desfavorável ao desenvolvimento das vinhas pois proibia a entrada de
vinhos açoreanos no brasil e mais grave as pragas que se abateram sobre os vinhedos

Laranja:

 A laranja já era cultivada nos açores desde o inicio do povoamento, mas sempre desempenhou um
papel de complemento á economia de subsistência. Só a partir do seculo XVIII adquiriu interesse
económico.
 Ao longo do séc. XVIII e XIX o mercado Britânico foi dominante
 A partir da década de 1840 são evidentes já os primeiros alertas contra a ausência de qualidade de
alguns carregamentos de laranja exportado. Nesta altura os laranjais açoreanos já estão severamente
afetados por um conjunto de pragas que em poucos anos dizima todas as arvores da região.

O período em analise tem a produção da laranja como produção eleita para exportação e obtenção de lucro,
no entanto, a vinicultura, principalmente nas ilhas menos férteis do grupo central – Pico – constitui também
uma importante fonte de rendimento para as famílias insulares e os seus vinhos eram internacionalmente
conhecidos e comercializados, sendo a Grã-Bretanha e os estados unidos os maiores compradores destes
produtos. Na sua época de expansão estas culturas contribuíram – foram de facto os pilares – para a
prosperidade açoreana. No entanto na época do seu declínio, que se deveu a uma serie de fatores, sendo os
mais pungentes as pragas que assolaram e destruíram estas culturas – mas também de referir decisões
politicas do governo central que dificultavam a obtenção do lucro, nomeadamente a proibição de exportação
de vinhos e aguardentes para o Brasil – causou grandes dificuldade para a economia açoreana – o que
acontece quando esta está assente na dependência dos mercados externos e das variantes que o afetam.

5.2.2. O ananás e o chá: as alternativas.


O ananás surgiu em finais do sec. XIX como cultura capaz de substituir a antiga prosperidade da laranja.
No ultimo quartel do sec. XIX encontravam-se construídas 600 estufas em S. Miguel, única ilha produtora
de ananás no arquipélago.
Inglaterra manteve-se durante muitos anos como o único mercado consumidor do ananás Açoreano, tendo a
Inglaterra entrado neste mercado apenas no s últimos anos do sec. XIX. Mas o período áureo do ananás foi
de curta duração pois acabou nas vésperas da grande guerra. Onde quer a Inglaterra quer a Alemanha
estavam fortemente envolvidas neste conflito.

O Chá produzido nos Açores remonta a meados do sec. XIX e tal como o ananás a sua produção tinha como
objetivo encontrar um substituto para a laranja em termos de obtenção de lucro. As vantagens da nova
cultura eram evidentes, emprega numerosos braços, não invade a área de cultura dos terrenos cerealíferos, a
produção é remuneradora apos poucos anos da plantação e não exigem maquinaria dispendiosa.
No início do século XX observou-se o aparecimento de novas fábricas, assim como a modernização das
existentes. Porém, o protecionismo oferecido pelo Estado Português ao chá oriundo da então África
portuguesa, entre outros fatores, levou a partir da década de 50 ao encerramento sucessivo das várias
fábricas da ilha, acabando por sobreviver o Chá Gorreana.

5.2.3. A “industrialização”
A industrialização nos açores surge essencialmente com a industria do tabaco. A Fabrica de Tabaco
Micaelense tornou-se o maior empreendimento industrial das ilhas a partir da sua fundação em meados do
sec. XIX. Surge no universo da industria tradicional e artesanal como a primeira fabrica moderna. Mais
tarde abriram-se outras fabricas de tabaco noutras ilhas, mas sem a dimensão e capacidade da fabrica de
tabaco micaelense. Mais tarde esta industrialização manifestou-se na industria conserveira insular, na
industria do álcool e do açúcar – transformação da batata doce e mais tarde da beterraba., mas de grosso
modo, até meados do sec. XX os açores eram muito pouco industrializados, sendo a agricultura tradicional e
a pecuária as áreas dominantes.

Apesar do claro crescimento e da modernização, a indústria açoreana sempre se caracterizou pela reduzida
dimensão. Ao longo do sec. XX regista-se um aumento no numero de estabelecimentos industriais até 1930,
a partir dai inicia-se um ciclo inverso.
S. Miguel sobressai no panorama industrial açoreano, não só pela quantidade, mas também pelo avanço
tecnológico de algumas industrias.
Ao longo do sec. XX registou-se um progressivo nível de industrialização, mas os impostos excessivos e a
incapacidade das mesmas suportarem a concorrência ditou o seu insucesso.

5.2.4. A criação de gado e a rarefação dos cereais


No decurso dos seculos, a pecuária constitui uma atividade constante no arquipélago, no entanto garante
apenas objetivos primários nomeadamente o amanho das terras e o sustento das gentes.
Apesar do otimismo relativamente ao ananás, ao tabaco e ao chá, a lavoura tornou-se a opção com interesses
e lucros mais duradouros revelando-se a “cultura” por excelência para substituir a laranja.
A lavoura caracterizou a economia açoreana ao longo do sec. XX tendo a industria dos lacticínios e a
exportação de carne transformado a pecuária num ramo lucrativo.

5.2.5. A caça à baleia


Só em plena contemporaneidade, sobretudo depois da crise económica resultante da decadência do vinho e
da laranja no ultimo quartel de oitocentos, é que a captura e a transformação dos cetáceos assumem o
caracter de atividade lucrativa. Neste particular, o proveito da baleação substitui, embora parcialmente, a
rentabilidade da viticultura especialmente nas ilhas mais pobres do centro do arquipélago.
Anteriormente, particularmente no séc. XVIII eram os ingleses da américa do Norte que dominavam a caça
dos cetáceos nos mares dos açores. Apesar das elites açoreanas terem percebido que se poderia tornar um
produto lucrativo, as limitações impostas pela coroa para proteger o monopólio brasileiro impediram os
açores de se aventurarem nesta empresa.

“Nos Açores só a maldição da terra suscita a atração do mar”

5.2.6. O turismo e a exploração do mar


As perspetivas para o desenvolvimento do turismo foram equacionadas desde os finais do sec. XIX mas os
resultados práticos foram quase nulos. Apesar de varias iniciativas e da propaganda quase todas as
iniciativas se goraram.
Só nos anos 60 do séc. XX é que o turismo começou a dar sinais de vida mais persistentes levando á
construção de vários hotéis pelo arquipélago. Associado ao turismo é importante relevar o papel dos navios
de cruzeiro que atracavam principalmente em ponta delgada que contribuíam para dinamizar o mercado
local.

5.3. A função estratégica


A idade contemporânea altera a funcionalidade dos Açores na correlação atlântica.
A primeira transformação ocorre da perda de hegemonia da Europa no mundo que cede lugar aos Estados
Unidos da América.
 As elites açoreanas, particularmente as micaelenses, ante as inconveniências da pequenez e
instabilidade do país solicitam a integração ou protecionismo dos Estados Unidos, em substituição do
velho amparo de Inglaterra.

a partir dos finais do sec. XIX a navegação á vela foi substituída pela navegação a vapor, já não
condicionada pelos regimes de ventos e marés e por isso facilmente prescindiam da escala nos Açores.

A navegação estrangeira em portos açoreanos variou com as diversas conjeturas da economia mundial, mas
a tendência geral foi de decréscimo o que reflete uma menor importância do arquipélago na navegação
atlântica.

Porem na contemporaneidade – séc. XX – em vez do controlo do mar, é agora o controlo dos céus que
demonstra uma vez mais a utilidade estratégica dos Açores. – as Lajes da terceira por exemplo jogam um
papel de grande influencia na expansão do ocidente desde a segunda guerra mundial até á atualidade.

As experiencias com a navegação aérea encontraram nos açores um importante ponto de apoio.

Em termos militares a abertura do aeroporto de Sta Maria e a da Base das Lajes voltou a evidenciar a
posição geoestratégica do arquipélago.

No sec XIX a tradição reconhece i declínio da relevância estratégica dos açores. Porem a averiguação dos
fatos evidencia o contrario. Podemos dividir em ação estratégica passiva e ativa a nova utilidade dos açores

 Ativa.
o No âmbito da guerra peninsular os Açores constituem a fronteira atlântica contra a aventura
napoleónica.
o Na era da emergência dos estados unidos são a base de ligação entre estes e a Europa
 Passiva
o Durante boa parte da centúria de oitocentos os Açores constituem uma espécie de reserva da
Inglaterra – impenetrável aos inimigos de Londres.

No séc. XX a 1º guerra mundial motiva a instalação de uma base naval Norte Americana em Ponta Delgada
e na II Guerra Mundial os Açores facultam o controlo do mar que garante a tradicional hegemonia Inglesa e
salvaguarda a futura projeção dos estados unidos. Para Lisboa os Açores constituem um local de refugio
caso a guerra chegue a Portugal.
5.3.1. As ilhas na encruzilhada das rotas transatlânticas: do predomínio da Inglaterra ao controlo dos
Estados Unidos.

5.3.2. O progresso da globalização e o declínio do Atlântico.

5.4. A população e a sociedade

5.4.1. Os homens
5.4.2. A distribuição das gentes
A distribuição das gentes nos açores a partir do sec. XVIII evidencia a preponderância de Miguel e da
Terceira – por razoes naturais de extensão territorial, relevância politica e económica.

5.4.3. A mobilidade
Crise generalizada leva ao aumento da imigração, ainda para o Brasil, mas essencialmente para a américa do
Norte.
Podemos também ter em conta alguma mobilidade insular, nomeadamente das ilhas mais periféricas e
pobres para os grandes centros como S. Miguel. De igual modo a saída de muitos açoreanos para Lisboa por
exemplo é também uma realidade. De relevar o projeto de Pina Manique de ocupação do Alentejo com
famílias açoreanas.

5.5. A cultura

Gaspar Frutuoso – saudades da terra – 1522-1591

Frei Diogo de Chagas – Espelho Cristalino – 1584-1661

Frei Agostinho Montalverne – cronica da província de S. João evangelista – 1630-1726

Padre António Cordeiro – história Insulana – 1641 – 1722

Padre Luís Manuel Maldonado – Fénix Angrense – 1644 – 1711

Francisco Afonso de Chaves e Melo – Margarita Animada – 1685 – 1741


Exemplo do que será a frequência:

Estabelece a correspondência entre os seguintes acontecimentos:

1. Elevação de Angra a Cidade. (d) 1534)


2. Morte do Infante D. Henrique (a)1460)
3. Rendição da Fortaleza do Monte Brasil* (e) 1642)
4. Embarque de Açorianos para a ilha de Sta Catarina (b) 1747)
5. Criação do distrito dos Açores (c) 1836)

a) 1460
b) 1747
c) 1836
d) 1534
e) 1642

*ter atenção o antes do domínio filipino (até 1580-83) e a restauração (1640)

Em que seculos se distinguiram as seguintes personalidades?

a) Ciprião de Figueiredo – seculo XVI, no âmbito da resistência Terceirense ao domínio Filipino


b) Gaspar Frutuoso* – Seculo XVI autor das cronicas “saudades da terra” nos finais do sec. XVI -1580
c) Francisco Ornelas da Camara – Sec. XVII- no contexto da restauração Francisco Ornelas aclamou D. João IV
como rei de Portugal, na praia da Vitória. Negociando também a rendição da fortaleza do Monte brasil.
d) José Bruno Carreiro – Sec. XX, fundou o “Correio dos Açores” meio pelo qual defendeu a causa autonómica
Açoriana.
e) Manuel Luís Maldonado* – sec. XVII - escritor da crónica “Fénix Angrense”

*Os cinco grandes cronistas Açorianos:

 Gaspar Frutuoso – sec. XVI (1586/90) – “Saudades da Terra”


 Frei Diogo das Chagas – sec. XVII (1646-1654) – “Espelho Cristalino em Jardim de Varias Flores”
 Manuel Luís Maldonado – sec. XVII (1683 e 1711) “Fénix Angrense”
 Frei Agostinho de Monte Alverne – Sec. XVII (1695) - “Crónicas da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos
Açores”
 António Cordeiro – sec. XVIII (1717) – “História Insulana Das Ilhas A Portugal Sujeitas No Oceano Ocidental

Em que anos ocorrem os seguintes acontecimentos:

a) Batalha de Vila Franca do Campo. – 1582 – (enquadrado na crise que levou ao domínio Filipino, açores resistiram de
1580 a 83, sendo de relevar 3 batalhas –Salga 1581 – Batalha de Vila Franca 1583 – batalha do porto de mós 1583)
b) Descoberta das Flores e do Corvo – 1452- (25 anos após a descoberta de Sta Maria e S. Miguel em 1427)
c) Conquista da autonomia. – 1895 (decreto de 02 de março de 1895)
d) Criação da diocese de Angra – 1534 (neste ano do reinado de D. João III são criadas uma série de diocese – Angra,
Cabo Verde, Goa, etc... do antecedente a diocese do funchal era a responsável por todo o atlântico e índias.
e) Criação do 1º Governo Regional dos Açores -1976 (na sequência do 25 de abril em 1974)

Estabeleça a correspondência entre as seguintes obras e autores:

a) “Espelho Cristalino em Jardim de Varias Flores.” – Frei Diogo de Chagas


b) “Anais da Ilha Terceira” - Francisco Freire Drummond
c) “Novas Paginas da História Micaelense” - Francisco Ataíde Faria e Maia
d) “A Margaritta Ammada” – Francisco Afonso Chaves e Melo
e) “História Insulana Das Ilhas A Portugal Sujeitas No Oceano Ocidental” - Padre António Cordeiro

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