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Sumário
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NOSSA HISTÓRIA
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Sociologia e as Teorias Clássicas
Caro aluno essa disciplina tem um caráter teórico e conceitual. Leia o texto do link
com bastante atenção pois, nesse caso trata-se do livro das Professoras Tânia
Quintaneiro, Maria Lígia de Oliveira Barbosa e Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira
que oferece forte base teórica. Assista aos vídeos, usando o link ou em pesquisa no
Google. Bons estudos!
http://perio.unlp.edu.ar/catedras/system/files/durkheim_webber_marx_-
_um_toque_de_classicos_0.pdf
A importância dos fundadores das ciências sociais para a constituição deste campo
científico justifica a necessidade de uma aula introdutória sobre estes clássicos.
1 - KARL MARX
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Karl Marx
Para Marx o homem somente pensa após a produção de trabalho, ou seja , o homem
terá que produzir suas condições de vida através do trabalho e só assim poderá
pensar ou filosofar. Esse processo Marx deu o nome de infraestrutura.
Para Marx não são os pensamentos que determinam a vida; é a vida que determina
os pensamentos: esta é a base do materialismo histórico em contraposição
ao idealismo hegeliano.
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“ É a produção da vida na história, qualitativamente. Vivemos de acordo
com a nossa época e produzimos os bens necessários para esse modo
de viver, a cada época.” Karl Marx (1818-1883)
DIVISÃO DO TRABALHO
CLASSES
Da divisão do trabalho surgem as classes. Para Marx, as classes não são constituídas
de agregados de indivíduos, mas são definidas estruturalmente: as classes são efeito
da estrutura. No modo de produção antigo as classes eram a dos patrícios e dos
escravos; no modo de produção feudal, havia senhores e servos; no modo de
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produção capitalista, burgueses e operários. Há sempre uma relação de oposição
entre duas classes, de modo que uma não existe sem a outra. Esta oposição ele
chamou de luta de classes.
LUTA DE CLASSES
FETICHISMO
MAIS-VALIA
ALIENAÇÃO
A alienação faz com que o trabalhador não se reconheça no produto de seu trabalho,
não percebendo a sua condição de explorado. A solução para o problema da
alienação passa por uma luta política do próprio proletariado e não pela educação.
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IDEOLOGIA
Marx não reconhece outros fatores de formação social além dos econômicos. Para
ele, a economia determina todas as relações sociais, o que foi amplamente apropriado
pelos economistas. Existem critérios não econômicos que as ideias de Marx não dão
conta na hora de analisar sociologicamente uma sociedade. Por exemplo, Marx
desconsidera a divisão técnica do trabalho. Para ele, a divisão do trabalho obedece
apenas fatores econômicos.
As ideias de Marx aproximam-se mais de uma filosofia moralista que de uma produção
científica. Talvez este seja o motivo de tento sucesso das idéias de Marx durante o
século XX, o que deu origem ao marxismo, que são interpretações dos escritos de
Marx. A verdade em Marx é uma verdade absoluta, moralista, doutrinária. Isso dá à
teoria marxista um caráter ilustrativo: como a “verdade” já foi descoberta (por Marx),
cabia aos cientistas ilustrar com exemplos a ‘verdade’ enunciada por Marx. Por muito
tempo os cientistas sociais aplicaram a teoria de Marx.
2 - DURKHEIM
ÉMILE DURKHEIM nasceu em 1858, em Épinal, no noroeste da França, próximo à
fronteira com a Alemanha. Era filho de judeus, porém, não seguiu o caminho da
família, optando por uma vida secular, ou seja, optou por uma vida sem vínculos
religiosos. Desde jovem, foi um opositor da educação religiosa e defendia o método
científico como forma de desenvolvimento do conhecimento. Em boa parte dos seus
trabalhos, procurou demonstrar que os fenômenos religiosos tinham origem em
acontecimentos sociais.
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Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da
Sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico,
tornando-se o primeiro professor universitário dessa disciplina. As referências
necessárias para situar seu pensamento são, por um lado, a Revolução Francesa e
a Revolução Industrial, e por outro, o manancial de ideias que vinham sendo formado
por Saint-Simon e Comte.
Émile Durkheim
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exemplo trabalhos diferentes, porém complementares, que precisam um do outro,
provocam um sentimento de união/integração do grupo de trabalhadores. Durkheim
defendia que os grupos compartilham valores, crenças e normas coletivas que os
mantêm unidos.
O social existe no plano ideal. Para Durkheim, é no social que está tudo aquilo que a
gente sabe, que os antepassados descobriram e que as futuras gerações irão
descobrir. O social é universal e, por isso, objetivo e racional.
REPRESENTAÇÕES COLETIVAS
O social cria representações coletivas, que são atitudes comuns de uma determinada
coletividade em uma determinada época. Esta representação coletiva independe dos
indivíduos, pois o indivíduo não tem poder criativo. Em Durkheim, o social que
determina o indivíduo. É como se cada indivíduo trouxesse em si a marca do social, e
esta marca determinasse suas ações.
SOLIDARIEDADE
A comunhão dessas representações coletivas é por ele chamado de solidariedade.
Não se trata de um sentimento de bondade, mas de uma comunhão de ideias. A
solidariedade é o partilhar de um mesmo conjunto de regras.
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o direito penal é um resíduo de solidariedade mecânica ainda existente nas
sociedades complexas.
Até o crime é considerado normal porque não há sociedade onde não haja crime e
também tem uma função social, a função de manter e gerar uma coesão
social. Quando acontece um crime, a consciência coletiva é atingida: o social é
agredido pelo indivíduo. Um ato não ofende a consciência coletiva porque seja
criminoso, mas é criminoso porque ofende a consciência coletiva. No entanto, o
Estado pode fortalecer a consciência coletiva através da punição do criminoso. É
através da punição do criminoso que a consciência coletiva mantém a sua vitalidade. A
pena impede um crescimento exagerado do crime, não permitindo que ele se torne
patológico.
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pensamento durkheimiano. Até a ideia de indivíduo, segundo ele, é construída pelo
social. Suas teorias sofrem muita influencia do positivismo e do evolucionismo social.
3 - WEBER
MAX WEBER foi um cientista social alemão, que viveu no século XX. Teve sua
formação intelectual, em um momento histórico onde existiam divergências sobre a
forma que as ciências sociais deveriam ser aplicadas. Desde cedo sempre teve a sua
educação voltada ao estudo das humanidades, graças ao seu pai que era um
conhecido advogado da época. Detinha o conhecimento de diversas línguas, historia
e literatura clássica. Foi professor de economia na universidade de Freiburg, no
entanto, dois anos depois, apresentou sérios distúrbios nervosos. Foi co-editor de
ciências sociais o que trouxe vários avanços para os estudos da sociologia em seu
país. No fim de suas atividades como professor, dava aulas particulares até falecer
em 1920.
Max Weber
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Diante da sociedade em que vivia Weber também teorizou diversos pontos de vista,
entre eles: O legal e o típico onde e questionou os conceitos impostos sobre a
sociedade, a qual fazia do individuo um instrumento de relações inter-sociais. Tais
ideais eram conceitos definidos conforme critérios sociais impostos pela classe
dominante da sociedade.
Dentre outras análises feitas pelo sociólogo, podemos citar seus estudos sobre a
sociologia da religião, de forma mais precisa a interpretação sobre as relações entre
as ideias e atitudes religiosas, que foram publicadas em três volumes no livro
Sociologia das Religiões. Além do caráter religioso, a obra também aborda questões
econômicas e o surgimento do capitalismo.
No âmbito político o autor possuía dois tipos de acepções, uma geral e outra restrita
no qual em seu sentido mais amplo era entendido por ele como “qualquer tipo de
liderança independente em ação”. No sentido restrito, ela seria a liderança de um tipo
de associação específica; em outras palavras o Estado, o qual só existiria se um
conjunto de pessoas se sujeitasse a autoridade alegada pelos detentores do poder no
Estado. Para tanto, é necessário que estes possuam uma autoridade reconhecida
como legítima. Em relação ao tipo de autoridade tradicional, Weber apresenta duas
formas; em relação ao desenvolvimento e ao corpo
administrativo: Gerontocracia e patriarcalismo. Em ambos os casos, nenhum individuo
ocupa autoridade independente do controle de um corpo administrativo, cujas funções
e status são fixadas
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AÇÃO SOCIAL
Para Weber há quatro tipos de ação social: ação social tradicional, ação social afetiva,
ação social racional quanto aos valores, ação social racional quanto aos fins.
Ação social tradicional é aquela que o indivíduo toma de maneira automática, sem
pensar para realiza-la.
Ação social afetiva implica uma maior participação do agente, mas são respostas mais
emocionais que racionais. Ex.: relações familiares. Segundo Weber, estas duas
primeiras ações sociais não interessam à sociologia.
Ação racional com relação a valores é aquela em que o sociólogo consegue construir
uma racionalidade a partir dos valores presentes na sociedade. Esta ação social
requer uma ética da convicção, um senso de missão que o indivíduo precisa cumprir
em função dos valores que ele preza.
Ação racional com relação aos fins é aquela em que o indivíduo escolhe levando em
consideração os fins que ele pretende atingir e os meios disponíveis para isso. A
pessoa avalia se a ação que ela quer realizar vale a pena, tendo em vista as
dificuldades que ele precisará enfrentar em decorrência de sua ação. Requer uma
ética de responsabilidade do indivíduo por seus atos.
RELAÇÃO SOCIAL
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ação. Relação social não é o encontro de pessoas, mas a consciência de ambas do
sentido da ação. A relação social é sempre probabilística, porque ela se fundamenta
na probabilidade de ocorrer determinado evento, o que inclui oportunidade e risco. A
vida social é totalmente instável: a única coisa estável da vida social é a possibilidade
(e necessidade) de escolha. Não há determinismos sobre a o que será a
sociedade. Por isso, as análises sociológicas são baseadas em probabilidades e não
em verdades.
DOMINAÇÃO
Como já dissemos a vida social para Weber é uma luta constante. Por conta disso,
ele não vê possibilidade de relação social sem dominação. Todas as esferas da ação
humana estão marcadas por algum tipo de dominação. Não existe e nem vai existir
sociedade sem dominação, porque a dominação é condição de ser da sociedade. A
dominação faz com que o indivíduo obedeça a uma ordem acreditando que está
realizando sua própria vontade. O indivíduo conforma-se a um padrão por sua própria
escolha e acha que está tomando uma decisão própria.
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ESFERAS SOCIAIS
A dominação pode ser exercida em diferentes esferas da vida social. As “esferas” são
mais analítico-teóricas que reais, e são criadas pela divisão social do trabalho. Uma
esfera não determina uma outra esfera, mas elas trocam influências entre si. As
esferas são autônomas, mas não independentes. A esfera é o lugar de luta por um
tipo de sentido para as relações sociais. Classes, estamentos e partidos são
fenômenos da disputa de poder nas esferas econômica, social e política,
respectivamente.
CLASSE E ESTAMENTO
Vamos falar um pouco mais de classe e estamento em Weber, até para diferencia-lo
de Marx. Classe para Weber é o conjunto de pessoas que tem a mesma posição
diante do mercado. Há dois tipos básicos de classe, as que têm algum tipo de bem e
as que não tem algum tipo de bem. Mas as classes também se diferenciam pela
qualidade dos bens possuídos. As classes, como já dissemos estão ligadas à esfera
econômica da vida social. Para Weber, a esfera econômica não tem capacidade de
produzir um sentimento de pertencimento que seja capaz de gerar uma comunidade.
Estamento está ligado à esfera social, que é capaz de gerar comunidade. Estamento
é um grupo social cuja característica principal é a consciência do sentido de
pertencimento ao grupo .A luta por uma identidade social é o que caracteriza um
estamento. A luta na esfera social é para saber qual estamento vai dominar. As
profissões podem ser analisadas como estamentos.
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a possibilidade de ser um instrumento de democratização, mas que frequentemente
funciona de maneira contrária, servindo apenas como instrumento de dominação.
A principal importância de Marx para hoje é que podemos dizer que ele ao enunciar
que tudo vira mercadoria, acertou (ou contribuiu para isso). A prevalência da economia
hoje em dia, representada pela força dos próprios economistas na sociedade
(funcionando como gurus), dá uma ideia da importância de Marx para as ciências
sociais. Outro aspecto importante é que o uso da teoria marxista hoje não precisa se
preocupar com a análise da realidade política, uma vez que o socialismo real chegou
ao fim.
Weber talvez seja o mais atual dos autores clássicos da sociologia com importantes
contribuições para a teoria antropológica, devido ao seu individualismo metodológico,
para a sociologia das profissões, para a análise das relações de dominação e dos
processos de racionalização das sociedades. Mas sem dúvida a grande contribuição
de Weber foi a necessidade de pesquisas empíricas para afirmar alguma coisa
científica. Isso porque sua teoria não aceita determinismos.
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Referência Bibliográfica
Durkheim, Marx e Weber. Os Clássicos da Sociologia, São Paulo, Editora Ática, 1999
HTTP://CLASSICOSDASOCIOLOGIA.BLOGSPOT.COM.BR/2012/04/CLASSICOS-
DA-SOCIOLOGIA-AUGUSTE-COMTE.HTML
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