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O Pensamento Sociológico

Vanderlei José Vieira

Ricardo Scherer

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Pensamento Sociológico é poesia, autonomia, e prisão. Em meados do


século XVIII uma série de transformações exigem um esforço para a busca do
entendimento e consequentemente a superação e manutenção do equilíbrio social.
A modificação nas estruturas políticas, econômicas, culturais, e sociais causam uma
ruptura no tempo, criam-se novos entendimentos para tratar essas questões, e uma
nova ferramenta de pesquisa faz-se necessário para qualificar a discução. A
sociologia entra em campo, com diversos pensadores trabalhando, formulando e
elaborando seus conseitos. Veremos os principais autores e suas idéias que
fundaram o conceito de pensamento sociológico.

Damos início com o conceito Positivista de Auguste Comte. Considerado pai


da sociologia, Comte vivencia as transformações da sociedade do século XIX e
desenvolve estudos que buscam definir o movimento de mudança na sociedade
como positivo. Segundo ele o pensamento científico é o único a ser seguido, não
mais o pensamento metafísico, dogmático, e conforme a ciência avançasse ela
revelaria uma série de leis, chamadas por Comte de “Leis Positivas”, que trariam
ordem a sociedade e se seguidade levariam consequentemente ao progresso.

Uma das grandes preocupações de Comte era a crise de sua época,


causada, segundo ele, pela desorganização social, moral e de ideias. A
solução se encontraria na constituição de uma teoria apropriada - a
Sociologia – capaz de extinguir a anarquia científica vigente, origem do mal.
Esse seria, precisamente, o momento em que se atingiria o estado positivo,
o grau máximo de complexidade da ciência. Para isso, era indispensável
aperfeiçoar os métodos de investigação das leis que regem os fenômenos
sociais, ou seja, descobrir qual é a ordem contida na história humana,

1 Nome do acadêmico: Vanderlei José Vieira


2 Nome do Professor tutor externo: Ricardo Scherer.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC4184SOC) – Prática do Módulo IV
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lembrando que o princípio dinâmico do progresso deveria estar subordinado


ao princípio estático da ordem. (QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA,
2017, p.15-16).

Com Émile Durkheim sociólogo frances nascido em 1858 é definido a idéia de


fato social como principal elemento de abordagem para elaboração de um estudo
sociológico. “Os fatos sociais são coisas, e as coisas são tudo o que nos é dado,
tudo o que se oferece à observação. O fato social é toda a maneira de fazer,
suscetível de exercer uma coerção externa sobre o indivíduo” (LUCENA, 2010, p.
301). Tratando o fato social como coisa Durkheim eleva o estudo sociológico a um
patamar de conhecimento objetivo, cada vez mais o pensamento se afasta do
sobrenatural, do subjetivo. A sociologia de Émile Durkheim ganha estatos de ciência.

Durante seu curso histórico a sociologia vai sendo trabalhada e aprimorada


pelos diversos estudiosos que se debruçam sobre seus objetos de estudo. Max
Weber, importante intelectual do século XIX, com seus trabalhos em várias áreas
contribuiu para a disciplina, com o conceito de sociologia compreensiva. De origem
alemã, Weber nasceu em Erfurt no ano de 1864, suas principais influências são
Émile Durkheim, e Karl Marx. Segundo Gonçalves (2015) para Weber as ciências
naturais buscam explicar os fatos com leis específicas, e elas necessitam dessas
leis, enquanto as ciências da cultura tentam compreender o sentido da ação,
orientadas pela probabilidade. Weber não busca uma resposta para solucionar os
problemas existentes na sociedade e sim compreender explorando os motivos.

Karl Marx grande filósofo nascido em 1818, dedica parte de sua obra a crítica
do modelo econômico que se firma em sua época, o capitalismo. Essa medida faz
de seu pensamento um dos mais polêmicos e gerador de imenssa discução. Marx
expõe em sua obra o conceito de mais-valia ou mais-valor.

A abordagem de Karl oferecia uma nova forma de demonstrar o caráter


explorador do capital. Ao comprar força de trabalho, a capacidade de
trabalho do trabalhador, o capitalista era incentivado a aumentar o valor
criado pelo trabalho além do necessário para sustentar e reproduzir o
trabalhador (a teoria do salário de subsistência de Ricardo); em outras
palavras, extrair “mais-valia” dos trabalhadores. (JONES, 2016, p.460).

Em outras palavras o trabalhador passa a ser remunerado pelo tempo que ele
disponibiliza trabalhando, e não mais conforme o que ele produz. A diferença no

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valor do produto fabricado pelo trabalhador e o valor que ele recebe do burgues pelo
tempo que ele dispençou para produzir aquele mesmo bem, essa é a mais-valia. A
sociedade contemporânea de Marx passava por profundas transformações, a
revolução industrial é uma delas, e o surgimento das máquinas contribui para o
aumento exponencial dessa mais-valia, o que ele nomeia “mais-valor relativo”.

No livro III Marx introduz a noção de mais-valor relativo, aquele excedente


de que o capitalista se apropria antes que seus concorrentes consigam ter
acesso a novas tecnologias. Conforme se desenvolve, o capital se associa
ao desenvolvimento tecnológico e à transformação das ciências em forças
produtivas. Somente mantendo o pressuposto de que no final do processo
todos os capitalistas teriam acesso às inovações tecnológicas é que se cria
a tendência a uma redução da taxa de lucro. (MARX, 2013, p. 75).

Desde a definição deste termo que expõe a forma de exploração do


trabalhador pelo universo capitalista tem se buscado formas de eliminar os abusos
mas também de maquia-los, dicotomia que está longe do fim na sociedade moderna.

Considerando todo o processo histórico da sociologia, os diversos


pensadores que contribuiram para o aperfeiçoamento da ciência é inegável o
avanço que o pensamento sociológico trouxe a sociedade, dando respaldo as lutas
de classes e movimentos sociais nesse período. É interessante o jeito poético
quando passamos pelas teorias e vemos como ela se encaixam perfeitamente com
a realidade, presos ao sistema tendo que cumprir nosso papel entretanto temos a
altonomia para escolher nosso caminho e lutar pelos nossos sonhos.

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FIGURA 1 – PENSADORES CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

FONTE: Disponivel em http://sociologiasenatore.blogspot.com/2015/09/pensadores-


classicos-da-sociologia.html. Acesso em 26 Nov. 2022.

MATERIAIS E MÉTODOS

A elaboração do trabalho seguiu o modelo proposto da disciplina de prática


interdisciplinar, e contou com as orientações precisas do tutor de classe. A idéia
inicial do texto tem inspiração nos principais autores do pensamento sociológico,
diga-se de passagem, os quais foram estudados através de importantes autores
referenciados na sequência seguindo as regras do método científico, As informações
contidas foram compiladas após um trabalhos de leituras e estudos dos livros e
artigos científicos com uma abordagem qualitativa. A busca da neutralidade e foco
no assunto em questão foram um norte a ser seguido para melhor esclarecer o tema
e ter um maior entendimento do que é pensamento sociológico.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Falar sobre pensamento sociológico é muito gratificante e lidar com os


autores em questão acrescenta muito conteudo a um estudante da cadeira
sociologia. Caminhar através do período histórico vendo a construção do
pensamento sociológico nos leva a perceber a importância dos diversos atores do
palco da vida, que se debruçaram em temas variados na busca por compreende o
funcionamento da vida cotidiana. Eles nos exclarecem os diferentes métodos de
controle social mas também fornecem ferramentas para o seu combate e nos guião
num caminho de consensso buscando sempre o desenvolvimento da sociedade.

REFERÊNCIAS

GONÇALVES, Maria de Fátima da Costa. Sentido e Valor da Sociologia


Compreensiva de Max Weber. Portal de Periódicos Universidade Federal do
Maranhão UFMA, 2015.

JONES, Gareth Stedman. Karl Marx: Grandeza e Ilusão. Tradução de Berilo


Vargas. São Paulo: Editora Schwarcz S.A., 2016.

LUCENA, Carlos. O Pensamento Educacional de Émile Durkheim. Revista


HISTEDBR On-line n. 40, 2010.

MARX, Karl. O Capital: Livro I. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo,
2013.

QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia


Gardênia Monteiro. Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim, Weber. 2. ed.
Minas Gerais: Editora UFMG, 2017.

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