Você está na página 1de 5

Síntese do capítulo 1 do livro “FUNDAMENTOS DE

SOCIOLOGIA”

Grupo: 09 - JURISTAS VIRTUOSOS

Alunos:
Caio Vinicius Cassiano da Silva
Lucas Teixeira Cavalcante Pacheco
Maria Beatriz Alves de Souza
Maria Clara Virgínio de França

1) O que é sociologia?

No primeiro tópico o autor discorre sobre uma importante questão da disciplina,


“o que é sociologia?'' que ele define como o estudo científico do comportamento
social e dos grupos humanos. Em seguida, Richard T. Schaefer, para embasar sua
linha de raciocínio, cita o estadunidense C. Wright Mills o qual idealizou o conceito
de “Imaginação Sociológica", que seria a capacidade dos indivíduos de se
relacionarem com a sociedade tanto no presente quanto no passado. A imaginação
sociológica tem como um de seus pontos chave a capacidade de olhar a sociedade
de fora, com outras lentes, além do prisma das vivências pessoais, a fim de
entender as questões públicas e de alcance mais geral. O autor esclarece que a
sociologia é uma ciência social visto que ela se baseia no método da observação
sistemática do comportamento humano, com ênfase em como a sociedade
influencia no comportamento dos indivíduos e como os mesmos moldam a
sociedade. Ao fim do tópico, Schaefer explica que os sociólogos não se baseiam
no senso comum para estudar os fenômenos sociais. Sendo assim, a sociologia
precisa de um estudo científico para entender um contexto social, testando,
registrando e analisando as informações.
2) O que é teoria sociológica?

Por conseguinte, neste tópico, o sociólogo explica “o que é a teoria sociológica”.


Ele a conceitua como a tentativa de fornecer uma explicação abrangente para os
acontecimentos, deixando evidente que uma teoria eficaz, tem o poder de conseguir
explicar e prever, ou seja, busca sempre uma explicação geral para os problemas
sociais. Para exemplificar, ele utiliza a questão do suicídio e as justificativas
baseadas no senso comum da época para esse acontecimento - que seria um
desejo hereditário-. Em contrapartida, a teoria sociológica não procura exatamente o
motivo que levou um idivíduo a cometer o suicídio e sim em analisar as “forças
sociais" que levam as pessoas a tomar determinadas atitudes, nesse caso, a tirar a
própia vida . Richard deixa claro que uma teoria, mesmo na melhor delas, não é uma
afirmação definitiva sobre o comportamento humano. Assim, para embasar essa
afirmação o autor cita o livro escrito por Durkheim “o suicídio” que mesmo sendo
baseado em dados e análises sistemáticas, as ideias continuam sendo estudadas e
questionadas pelos sociólogos até os dias atuais, pois a sociedade está sempre em
constante mudança.

3) O desenvolvimento da sociologia

Em sequência, o autor aborda como ocorreu o desenvolvimento da sociologia.


Em meio ao caos vivido pela sociedade francesa no final do século XVIII e começo
do século XIX, por uma sequência de acontecimentos, dentre eles a Revolução
Francesa e a derrota de Napoleão na conquista da Europa, os filósofos pensavam
em como poderiam melhorar a sociedade, sendo o mais influente desses filósofos o
francês Auguste Comte. Nesse contexto, Comte achou necessário a existência de
uma ciência sistemática para o progresso da sociedade e para que houvesse mais
racionalidade nas relações sociais, assim determinou o termo “sociologia” para
designar a ciência que estuda os comportamentos da sociedade. Só foi possível que
os especialistas tomassem ciência das obras de August Comte através das
traduções realizadas pela socióloga Harriet Martineau, a qual teve extrema
importância nos primeiros passos dessa nova ciência, a sociologia. Na época a
Inglesa colocou em pauta nas suas obras assuntos relevantes que perduram até os
dias atuais, tais como: o feminismo, a escravidão e intolerância religiosa. Martineau
estudava e defendia assuntos que contribuíssem para a melhora da sociedade. Em
contrapartida, outra contribuição importante para a sociologia, mas que não era de
acordo com os mesmos métodos de pensamentos e ideologias de Harriet, é Herbert
Spencer, pois ele não buscava corrigir ou melhorar a sociedade, procurava apenas
entendê-la.
No texto fica evidente de uma maneira geral os pensamentos dos principais
teóricos clássicos da sociologia sendo eles: Émile Durkheim o qual enfatizou que a
única forma de compreender o comportamento humano é analisando-o em um
contexto social mais amplo, e não de maneira individualista; Max Weber, que por
sua vez afirmava que para entender plenamente o comportamento, precisamos
conhecer os significados subjetivos que as pessoas atribuem às suas próprias
ações, ou seja, o modo como elas explicam o seu próprio comportamento; Karl
Marx, que em sua ideologia, afirmava haver divisão de classes da sociedade na
defesa dos seus próprios interesses, para ele, havia todo um sistema de
relacionamentos econômicos, sociais e políticos que mantinham o poder dos
proprietários sobre os trabalhadores; Subsequente é citado W.E.B du Bois, o qual
insistia que os sociólogos precisavam aplicar os princípios científicos ao estudo de
problemas sociais como os vivenciados pelos negros nos Estados Unidos.
Schaefer também cita alguns sociólogos modernos que tiveram abordagens
relevantes para o desenvolvimento da sociologia, como Charles Horton Cooley, Jane
Addams, Robert Merton e o francês Pierre Bourdieu.

4) As principais perspectivas teóricas

Os sociólogos têm concepções diferentes da sociedade, mas existem três que


estão mais presentes na discussão sociológica. São elas: A perspectiva
funcionalista que favorece o modo como as partes da sociedade estruturam-se
para estabelecer o equilíbrio social como um todo. Entretanto, esses pensadores
admitem a ideia de que nem todas as peças da sociedade contribuem o tempo todo
para sua estabilidade, o que eles denominam de disfunção, ou seja, um elemento ou
um processo da sociedade capaz de desestruturar;: o sistema social ou danificar a
sua estabilidade. essa perspectiva é dividida em função manifesta e latente, a
primeira se caracteriza pelas manifestações explícitas das instituições enquanto a
segunda pela manifestações implícitas; A perspectiva do conflito que tem os
ideais opostos aos dos funcionalistas, pois o melhor entendimento dos
comportamentos sociais, se faz da tensão entre grupos pelo poder ou pela
distribuição de recursos. Os teóricos do conflito se interessam pela forma a qual as
instituições sociais - como a família e o estado- contribuem para manter o privilégio
de uns e manter outros em posições subordinadas; A perspectiva interacionista,
que surgiu nos Estados unidos com George Herbert Mead, generaliza formas
corriqueiras de interação social buscando o entendimento da sociedade como um
todo. O autor define o interacionismo como um “enquadramento sociológico em que
os seres humanos são vistos habitando um mundo de objetos investidos de
significados”
.

5) Método Científico.

Nesta parte do capítulo, o autor define o método científico como uma série
sistemática e organizada de etapas que visa a maior objetividade e consistência na
investigação de um problema.Dessa forma, afirma que o sociólogo tem a obrigação
de aplicar o método científico ao seu estudo, pois ele tem que procurar sempre o
viès da razão e da comprovação de teorias. O método científico utilizado pelos
sociólogos apresenta 5 passos básicos, são eles: definir o problema, rever a
bibliografia, formular a hipótese, selecionar a estratégia experimental antes de
coletar e analisar os dados e elaborar a conclusão.

6) As principais estratégias de pesquisa

Estratégia de pesquisa é um método ou abordagem detalhada para obtenção

de dados de maneira científica. As mais utilizadas regularmente incluem: Surveys:


definido como o estudo geral via questionário ou entrevista que fornecem aos
pesquisadores informações sobre o modo de agir e pensar das pessoas. Os surveys
são caracterizados por apresentar uma amostra representativa e possuir questões
bem formuladas, além de possuir um caráter quantitativo e/ou qualitativo.
Etnografia: definida por ser o Estudo de todo um contexto social mediante um
trabalho de campo sistematizado. Caracteriza-se por se utilizar da técnica de
observação e coleta de informações históricas com participação direta, com o
objetivo de alcançar a óptica de mundo do grupo estudado, para atingir uma
plenitude na compreensão do objeto de estudo. Experimento: Estudo no qual uma
situação é criada artificialmente, permitindo ao pesquisador manipular as variáveis. A
técnica principal utilizada é a observação de um grupo experimental, exposto às
variáveis, e um grupo-controle, que é semelhante ao experimental, mas não é
exposto a essa variável.

7) Ética na pesquisa
Neste item o autor fala sobre como a Sociologia, assim como outras ciências

deve seguir padrões de ética desenvolvida por entidades, ele cita a Agência
Americana de Sociologia que em 1971 postulou sete predicados básicos para o
desenvolvimento de uma pesquisa, os mais importantes são manter objetividade, ter
integridade, respeitar o direito à privacidade e dignidade, preservar
confidencialidade, e obviamente ter o consentimento de todos os participantes
envolvidos.

8) Sociologia aplicada e clínica


Na última parte do capítulo, Schaefer aborda a sociologia aplicada e clínica de
maneira clara e precisa. A primeira, ele a define como sendo o uso da disciplina da
sociologia com o cunho de gerar aplicações práticas voltadas para o comportamento
humano e as organizações. Diferente da teoria aplicada, a sociologia clínica tem
como foco alterar os relacionamentos sociais ou reestruturar instituições sociais.

Você também pode gostar