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quantidades, relações
e transformações:
A linguagem matemática
na Educação Infantil
Formadoras:
Aline Aparecida da Silva Educadores Hora-
Carolina de Moura Vasconcelos
Luciana Pacheco R. Zamboni atividade
Michelle L. S. Cuesta Baggio
Patrícia K. Ribeiro Santos
Infantil 4 e 5
MATEMÁTICA NÃO É BICHO PAPÃO
Se você se ligar Você divide a sua turma na escola
Depressa vai notar Pra brincar, pra jogar bola,
Matemática está em todo lugar. Um tanto para cada lado.
Está em suas mãos Quando você for pular amarelinha
Ou mesmo nos seus pés Repare cada casinha
Quando você conta de um até dez. Tem a forma de um quadrado.
Você soma o gasto com sorvete e bala Tá no preço, tá no troco ou nas figuras
Subtrai do quanto tem Está sempre do seu lado,
Se no fim não sobra nada, Em qualquer situação.
Você corre para mamãe ou pro paizinho Se você não percebeu,
E lhe pede com carinho: E ela ainda não te mordeu,
- Multiplica minha mesada! É porque matemática não é bicho papão.
DE QUE FORMA VOCÊ APRENDEU
MATEMÁTICA?
PARA REFLETIR…
confusões.
Historicamente:
Nas nossas crianças:
Surgiu a necessidade de haver medidas padrão que
fossem as mesmas em qualquer lugar do mundo.
Constituíram-se novas elaborações cognitivas e novas
criações que convergiram à objetivação de instrumentos Quais instrumentos de medida e
de contagem, de cálculo e de medidas: Ex: o ábaco e a de contagem que apresentamos e
trena. ensinamos seus usos para a
Sendo substituídos gradativamente por instrumentos criança?
mais complexos criados pela necessidade do homem em
controlar quantidades e ter medidas aplicáveis de
maneira igualitária em diferentes situações.
A CRIANÇA ESTÁ, DESDE O NASCIMENTO, EM
PERMANENTE CONTATO COM CONHECIMENTOS
MATEMÁTICOS, INTERAGINDO DE FORMA NÃO
INTENCIONAL.
Percebe-se que as crianças, desde muito cedo, se interessam pela idade, estatura,
peso, temperatura, endereço, número de telefone. Ao brincar, os conceitos
matemáticos também estão presentes: amarelinha, esconde-esconde, boliche,
jogos de cartas, futebol (ou qualquer outro jogo que marque pontos) e tantas
outras brincadeiras.
A criança, desde a Educação Infantil, necessita vivenciar situações em que possa distinguir
diferentes figuras geométricas, localizar-se no espaço, controlar quantidades, entre outras
ações que possibilitem a ela entender os fenômenos sociais. Por isso, é fundamental que
para a apropriação da linguagem matemática a criança inicie aprendendo sobre noções de:
● Grande/pequeno;
● Mais/menos;
● Maior/menor;
● Muito/pouco; ● Aberto/fechado;
● Grosso/fino;
● Igual/diferente; ● Em cima/embaixo;
● Curto/comprido;
● Dentro/fora; ● Direita/esquerda;
● Alto/baixo;
● Começo/meio/fim; ● Primeiro/último/
● Largo/estreito;
● Antes/agora/depois; entre;
● Perto/longe;
● Ontem/hoje/amanhã; ● Para frente/para trás/
● Leve/pesado;
● Devagar/depressa; para o lado;
● Vazio/cheio;
No período de quatro a cinco anos de idade, a criança amplia suas experiências e a relação com
o mundo, havendo maior interesse delas pelos fenômenos à sua volta, ou seja, elas passam a se
relacionar, de modo mais intenso, com os objetos, as situações e com as pessoas (FERRO;
ARRAIS; MOARES, 2020, p. 86).
Não se trata de aprender sobre formas geométricas, cores, números de maneira artificial, como
reflexo ou imitação das práticas mecânicas, mas de lançar mão desses conceitos na vida cotidiana.
Matemática no cotidiano da Educação
★ Na chamada (Quantas cadeirasInfantil:
sobraram? Estão faltando cadeiras?)
★ No momento da fila (Quem é o primeiro? Quem é o último?)
★ No calendário (Hoje é terça, quantos dias ainda temos pra chegar na sexta?/ hoje é
terça, ontem foi que dia? E amanhã será que dia?)
★ Fazer listas (o que temos em nossa sala?)
★ Na escrita da rotina na lousa (antecipação das ações/ o antes, o agora e o depois)
★ No refeitório (Hoje vieram 20 crianças, precisaremos de quantos pratos?)
★ Quantos passos damos da nossa sala até o parque? E do parque até o refeitório?
★ Trajetos (Existe apenas um caminho para chegar até o pátio? Qual o caminho mais
perto/ rápido?)
Portanto, para que a
criança se aproprie da
linguagem matemática é
necessário…
Para consolidar o ensino dos conceitos matemáticos com vistas à sua
apropriação pela criança, o professor deve conhecer os sete processos
mentais básicos que articulam a aprendizagem matemática, sendo eles:
CORRESPONDÊNCI COMPARAÇÃO
A Ato de estabelecer diferenças ou
Ato de estabelecer relação um a
um. Exemplo: semelhanças.
Exemplo:
- Um prato para cada pessoa;
- Cada pé com seu sapato; - Essa bola é maior que aquela;
- Eu moro mais longe que você;
CLASSIFICAÇÃO SEQUENCIAÇÃO
Ato de separar por categorias de Conjunto de elementos que se
acordo com semelhanças e/ou sucedem sem nenhuma ordem ou
diferenças. Exemplo: critério. Exemplo:
CONTAR CRIAR
QUE PRODUZA
SENTIDO PARA IMAGINAR EXPLICAR
A CRIANÇA
COMO ENSINAR MATEMÁTICA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
O SAPO JOSUÉ
TEM 4 FERIDAS NO PÉ.
O URSO RODRIGO
TEM 1 MACHUCADO NO UMBIGO.
O MACACO MANUELÃO
TEM 5 CORTES EM CADA MÃO.
TODO CORTE, FERIDA OU MACHUCADO
COM BAND AID PRECISA SER TRATADO.
PRA DESTES DOENTES CUIDAR,
DE QUANTOS CURATIVOS VAMOS PRECISAR?
DE QUANTOS CURATIVOS VAMOS PRECISAR?
Professor de Hora-atividade
Literatura Infantil…
Cachinhos de Ouro
★ Conteúdo apresentado - Grandezas e Medidas;
★ Materiais - Exploração e manipulação de objetos de formas, tamanhos e texturas
diferentes;
★ Linguagem matemática presente: grande, pequeno, médio, pouco, muito, cheio,
vazio, dentro, fora, longe, perto etc.
AÇÕES A SEREM REALIZADAS COM AS
CRIANÇAS…
1 - Contar a história utilizando objetos concretos;
2 - Permitir que as crianças recontem e dramatizem a história utilizando objetos e acessórios
variados;
3 - Disponibilizar caixa com potes, tampas e utensílios diversos para as crianças explorarem e
estabelecerem relações de classificação, comparação, sequenciação, seriação, etc;
4 - Problematizar: quantas vezes a cama do urso filho cabe na cama do urso pai? Quantas vezes
o prato da ursa mãe cabe no prato do urso pai? Quantas vezes o prato do urso filho cabe no prato
da ursa mãe?
Jogos…
CASTELO
DAS
CORES
Educador de Hora-atividade
Experiências…
Desafios matemáticos:
- Qual a medida da linha utilizando os pés? (Ex: 10 pés
do Lucas, 12 pés da Maria…)
- Comparar o tamanho da linha curva com a linha reta.
(Aparentemente tem o mesmo tamanho, mas e se
esticar a linha curva… continuam com o mesmo
tamanho?).
EQUILÍBRIO
E com os outros fenômenos? PRODUÇÃO E MISTURA
FLUTUAÇÃO
FENÔMENOS FENÔMENOS
QUÍMICOS FÍSICOS
★ Produção ★ Equilíbrio
★ Mistura ★ Força
★ Transformaçã ★ Atrito
o ★ Estados Físicos da matéria
★ Flutuação
AMARELINH
A ESCONDE-ESCONDE
Professor regente
BATE
COPO
CARREIRA DOS
BICHOS
CORRIDA
DOS
NÚMERO
S
CENTOP
EIA
NUMÉRI
CA
A menina cresceu... as histórias nunca terminam
Era uma vez uma pequena menina que morava em uma terra distante. Um lugar bem
diferente. Lá, as árvores eram mais verdes. A lua tinha um brilho mágico e o sol era sempre
gostoso. A água tinha gosto, cheiro e até cor. Os objetos conversavam. E até os animais
aconselhavam quando a menininha precisava. Até parecia um lugar encantado. A menina era
muito curiosa. Sempre estava querendo entender o porquê das coisas serem como são. “Por que
o céu é azul?” “Por que não tem arco-íris todos os dias?” “Por que nós andamos com os pés e
não com as mãos?” Era porque pra lá, era porque pra cá.
Ela corria pelos jardins floridos e gostava de sentir o vento no seu rosto. Ela ficava
olhando as nuvens passarem vagarosamente, formando tantos desenhos na cor branca, às vezes
rosa, no céu azul. Ela chupava sorvete de morango e se lambuzava toda. Ela dançava na chuva.
Ela pulava corda e jogava amarelinha. Ela contava carneirinhos para o sono chegar.
Certo dia ficou sabendo que iria para um lugar novo. Lá, todos os dias iria conhecer novos
amigos e aprender “coisas” novas. “Por quê?” “Pra que?” “Aprendo tanto aqui!” - dizia ela. Ficou
com medo. Foi conversar com a bonequinha de cabelo vermelho. Ouviu-a dizer: “Vai dar certo!”.
Meio desconfiada, procurou a dona Joaninha que disse: “Você vai gostar!”. Esperou a noite cair
para então procurar o vagalume. “Às vezes, o novo traz com ele um sentimento de medo. Mas traz
também novas respostas”. Resolveu ir dormir, pensando... pensando... O dia amanheceu. Era um
dia diferente. Tomou o leite e tinha um gosto não tão adocicado como de costume. E foi para o tal
lugar novo.
Havia crianças do mesmo tamanho dela. Elas também pulavam, corriam e dançavam. Mas
tinha uma criança maior do que as outras. Essa criança brincava junto e parecia que sabia outras
brincadeiras divertidas. Foi se acostumando com as outras crianças e chamou-as de amigos.
A doce voz da criança maior deixava o medo de lado e dava lugar ao sorriso. Estava
quase se acostumando... Mas, de repente, ouviu uma palavra nova: matemática! Tinha uns
símbolos engraçados. Podia contar com os dedos das mãos e também descobrir o tamanho da
porta usando um barbante.
Dessa vez, correu para casa atrás da borboleta que disse: “Ora, a vida ficará mais fácil
depois que você souber o porquê de contar!”. Não muito convencida, resolveu aproveitar para
encontrar com o duende debaixo da ponte que ficava pertinho, pertinho lá do pomar: “Você vai
conseguir descobrir a distância daqui até a lua” – disse ele. Mas nada deixava a menina quieta.
Pensava ser difícil essa matemática.
Resolveu então, falar com a menina grande. Com um sorriso no rosto, um olhar carinhoso,
a menina que agora nem parecia tão grande assim, falou: “A matemática sempre esteve na sua vida,
o tempo todo. Só precisamos percebê-la de várias formas, e nisso posso te ajudar”. E ela se
apaixonou pela matemática. Pelas outras crianças. Pela criança maior. Pelas histórias. E se
apaixonou ainda mais pelo lugar encantado em que vivia, pois afinal de contas, agora o
compreendia. Era um lugar encantado de verdade, onde a imaginação e o faz de conta permitiam
que ela fosse criança e vivenciasse as histórias. Mas um dia... ah! Um dia... Um dia a menina
cresceu. Por alguns momentos pensou que o lugar encantado havia desaparecido e as histórias
terminadas. Mas logo se deu conta de que as histórias nunca terminam, elas se modificam e lugares
encantados estão escondidos por aí, basta olhar atentamente com os olhos da imaginação.