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Espaços, tempos,

quantidades, relações
e transformações:
A linguagem matemática
na Educação Infantil
Formadoras:
Aline Aparecida da Silva Educadores Hora-
Carolina de Moura Vasconcelos
Luciana Pacheco R. Zamboni atividade
Michelle L. S. Cuesta Baggio
Patrícia K. Ribeiro Santos
Infantil 4 e 5
MATEMÁTICA NÃO É BICHO PAPÃO
Se você se ligar Você divide a sua turma na escola
Depressa vai notar Pra brincar, pra jogar bola,
Matemática está em todo lugar. Um tanto para cada lado.
Está em suas mãos Quando você for pular amarelinha
Ou mesmo nos seus pés Repare cada casinha
Quando você conta de um até dez. Tem a forma de um quadrado.

Você soma o gasto com sorvete e bala Tá no preço, tá no troco ou nas figuras
Subtrai do quanto tem Está sempre do seu lado,
Se no fim não sobra nada, Em qualquer situação.
Você corre para mamãe ou pro paizinho Se você não percebeu,
E lhe pede com carinho: E ela ainda não te mordeu,
- Multiplica minha mesada! É porque matemática não é bicho papão.
DE QUE FORMA VOCÊ APRENDEU
MATEMÁTICA?
PARA REFLETIR…

A criança é capaz de apropriar-se da matemática como produto


social que envolve sua vida.
O INÍCIO DE TUDO…
Historicamente:

As primeiras noções matemáticas eram muito elementares, imediatas, sem


sistematização e, para suprir as necessidades dessas elaborações conceituais, o
corpo humano tornar-se-ia um elemento essencial na vida dos indivíduos.
Ocorreu o desenvolvimento de “técnicas corporais”, por exemplo, a utilização das
mãos para contagem por gestos, e o cúbito, a polegada, o palmo, os pés como
referência de medidas. Houve, desse modo, as máximas possibilidades de
utilização das partes do corpo humano.
O INÍCIO DE TUDO…
Nas nossas crianças:

A criança aprende o mundo a partir de seu corpo.


Qual a primeira relação que a E este tem dois lados: um direito e um esquerdo,
criança tem com a dois braços, duas pernas, duas mãos; em cada
matemática? Como ela usa o mão tem cinco dedos. Alguns órgãos são
seu corpo? unitários: uma boca, um nariz, um umbigo; tem
Como são os primeiros usos
órgãos internos (do lado de dentro) e órgãos
de medida que ensinamos
externos (do lado de fora).
às crianças?
Historicamente: Nas nossas crianças:
A contagem desvincula-se de técnicas
corporais de forma paulatina, pois em
Além do corpo quais
vez de utilizar o corpo, o homem se
apoderou de outras formas de as outras formas de
contagem, utilizando objetos como contagem que
pedras, dentes, grãos, pauzinhos etc., utilizamos com a
organizando-os para controlar as
variações quantitativas dos seus criança? Quais
rebanhos e para administração dos elementos, objetos
alimentos produzidos, nascendo assim usamos?
a primeira ideia matemática: o registro
e controle do movimento das variações
quantitativas.
Historicamente: Nas nossas crianças:
Similarmente, ocorreram avanços
no campo das medidas ao passo
Proporcionamos oportunidades
que o homem, ao iniciar atividades
relacionadas à produção, para que as crianças percebam
modificou a realidade e, à
essas situações na medição com
proporção que a sociedade foi se
complexificando, as maneiras de as partes do corpo?
Como o pé, mão e/ou dedo se medir até então utilizadas se
poderiam ser usados como tornaram insuficientes.
medida se diferem de uma
pessoa para outra? O cúbito era Criou-se o cúbito padrão, com

o mais usado, porém também bastões ou cordas. Os agrimensores

variava de uma pessoa para do faraó usavam cordas que tinham

outra, o que causava grandes nós igualmente espaçados.

confusões.
Historicamente:
Nas nossas crianças:
Surgiu a necessidade de haver medidas padrão que
fossem as mesmas em qualquer lugar do mundo.
Constituíram-se novas elaborações cognitivas e novas
criações que convergiram à objetivação de instrumentos Quais instrumentos de medida e
de contagem, de cálculo e de medidas: Ex: o ábaco e a de contagem que apresentamos e
trena. ensinamos seus usos para a
Sendo substituídos gradativamente por instrumentos criança?
mais complexos criados pela necessidade do homem em
controlar quantidades e ter medidas aplicáveis de
maneira igualitária em diferentes situações.
A CRIANÇA ESTÁ, DESDE O NASCIMENTO, EM
PERMANENTE CONTATO COM CONHECIMENTOS
MATEMÁTICOS, INTERAGINDO DE FORMA NÃO
INTENCIONAL.
Percebe-se que as crianças, desde muito cedo, se interessam pela idade, estatura,
peso, temperatura, endereço, número de telefone. Ao brincar, os conceitos
matemáticos também estão presentes: amarelinha, esconde-esconde, boliche,
jogos de cartas, futebol (ou qualquer outro jogo que marque pontos) e tantas
outras brincadeiras.
A criança, desde a Educação Infantil, necessita vivenciar situações em que possa distinguir
diferentes figuras geométricas, localizar-se no espaço, controlar quantidades, entre outras
ações que possibilitem a ela entender os fenômenos sociais. Por isso, é fundamental que
para a apropriação da linguagem matemática a criança inicie aprendendo sobre noções de:

● Grande/pequeno;
● Mais/menos;
● Maior/menor;
● Muito/pouco; ● Aberto/fechado;
● Grosso/fino;
● Igual/diferente; ● Em cima/embaixo;
● Curto/comprido;
● Dentro/fora; ● Direita/esquerda;
● Alto/baixo;
● Começo/meio/fim; ● Primeiro/último/
● Largo/estreito;
● Antes/agora/depois; entre;
● Perto/longe;
● Ontem/hoje/amanhã; ● Para frente/para trás/
● Leve/pesado;
● Devagar/depressa; para o lado;
● Vazio/cheio;
No período de quatro a cinco anos de idade, a criança amplia suas experiências e a relação com
o mundo, havendo maior interesse delas pelos fenômenos à sua volta, ou seja, elas passam a se
relacionar, de modo mais intenso, com os objetos, as situações e com as pessoas (FERRO;
ARRAIS; MOARES, 2020, p. 86).
Não se trata de aprender sobre formas geométricas, cores, números de maneira artificial, como
reflexo ou imitação das práticas mecânicas, mas de lançar mão desses conceitos na vida cotidiana.
Matemática no cotidiano da Educação
★ Na chamada (Quantas cadeirasInfantil:
sobraram? Estão faltando cadeiras?)
★ No momento da fila (Quem é o primeiro? Quem é o último?)
★ No calendário (Hoje é terça, quantos dias ainda temos pra chegar na sexta?/ hoje é
terça, ontem foi que dia? E amanhã será que dia?)
★ Fazer listas (o que temos em nossa sala?)
★ Na escrita da rotina na lousa (antecipação das ações/ o antes, o agora e o depois)
★ No refeitório (Hoje vieram 20 crianças, precisaremos de quantos pratos?)
★ Quantos passos damos da nossa sala até o parque? E do parque até o refeitório?
★ Trajetos (Existe apenas um caminho para chegar até o pátio? Qual o caminho mais
perto/ rápido?)
Portanto, para que a
criança se aproprie da
linguagem matemática é
necessário…
Para consolidar o ensino dos conceitos matemáticos com vistas à sua
apropriação pela criança, o professor deve conhecer os sete processos
mentais básicos que articulam a aprendizagem matemática, sendo eles:

CORRESPONDÊNCI COMPARAÇÃO
A Ato de estabelecer diferenças ou
Ato de estabelecer relação um a
um. Exemplo: semelhanças.
Exemplo:
- Um prato para cada pessoa;
- Cada pé com seu sapato; - Essa bola é maior que aquela;
- Eu moro mais longe que você;
CLASSIFICAÇÃO SEQUENCIAÇÃO
Ato de separar por categorias de Conjunto de elementos que se
acordo com semelhanças e/ou sucedem sem nenhuma ordem ou
diferenças. Exemplo: critério. Exemplo:

- Organização dos brinquedos - Chegada das crianças no


em caixas CMEI;
(bonecas/carrinhos); - Organização de objetos
- Na escola, distribuição das diferentes em uma fileira;
crianças por faixa etária;
CONSERVAÇÃ
SERIAÇÃO INCLUSÃO O
Ato de ordenar um conjunto Ato de abranger um conjunto Ato de perceber que a
de elementos em sequência no outro. quantidade não depende da
segundo um critério. Exemplo: arrumação, forma ou posição.
Exemplo: Exemplo:
- Banana pertence ao
- Fila de crianças do mais conjunto das frutas; - Um copo largo e um
baixo para o mais alto; - Galinha pertence ao copo fino, ambos com a
- Organizar brinquedos conjunto de animais; mesma quantidade de
do maior para o menor; água;
- Uma massinha em
formato de bolinha e
uma massinha em
formato de cobrinha com
a mesma quantidade de
Dinâmica:
SETE PROCESSOS
MENTAIS
CORRESPONDÊNCI
A
Ato de estabelecer relação um a
um. Exemplos:
- jogo da memória
- de encontrar os pares, as
metades
- encontrar a letra inicial de
cada palavra
- relacionar numerais à
quantidade
- quantos pratos para a
quantidade de crianças que
estão presentes.
COMPARAÇÃO
Ato de estabelecer diferenças
ou semelhanças.
Exemplos:
- caixa de brinquedos
- jogo dos sete erros
- cara a cara
- fila das meninas e meninos
- explorar características de
personagens da histórias
- explorar características
dos insetos
CLASSIFICAÇÃO
Ato de separar por categorias de acordo
com semelhanças e/ou diferenças.
Exemplos:
- reorganização das caixa de brinquedos
em categorias
- separação de números e letras
- organizar blocos lógicos por formas
geométricas
- organizar tampas por tamanho ou cores
- agrupar as crianças por características
- separar histórias com animais e sem
animais
- organizar elementos em líquidos e
sólidos
SEQUENCIAÇÃO
É o ato de fazer suceder a
cada elemento um outro sem
considerar a ordem entre eles.
Exemplo:
- confecção de colar de
contas
- enfileiramento de
dominós, brinquedos ou
outros objetos
- confecção de varal de
bandeirinhas
SERIAÇÃO
Ato de ordenar uma sequência
segundo um critério.
Exemplo:
- formar fila com as próprias
crianças em ordem de tamanho.
- organizar ordem de histórias em
cenas
- fazer ovinhos de massinha
colorida e dispor na caixa de
ovos segundo um critério
INCLUSÃO
Ato de abranger um conjunto no outro.
Exemplo:
- Material: desenhos de cama, quarto de dormir, casa ou
apartamento, edifício ou conjunto de casas; cada
desenho numa cartela.
- Atividade: apresentar todas as cartelas às crianças,
perguntando a que se refere cada desenho. em seguida,
as crianças devem ordenar os desenhos, justificando a
seriação escolhida. se não surgir o menor cabendo
dentro do maior, o professor pode induzir as crianças a
fazê-la (começando pelo “menor”), perguntando: “a
cama fica onde?” ou “a cama está dentro do quê? e a
casa?”.
CONSERVAÇÃO
Ato de perceber que a quantidade
não depende da arrumação,
forma ou posição.
Exemplo:
- cartelas com as mesmas figuras
e quantidades, dispostas em
posições diferentes
- construções diferentes com a
mesma quantidade de palitos.
- colocar a mesma quantidade de
água em copos e dimensões
diferentes.
MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Para que a criança precisa aprender matemática?
Acesso às formas mais elaboradas do conhecimento, para além
✔ do saber espontâneo atrelado à vida cotidiana.

Matemática enquanto ciência, com o objetivo de garantir à


✔ criança o acesso às formas mais ricas do saber.

Promover e organizar atividades que permitam o


✔ aprofundamento e ampliação dos conhecimentos acerca do saber
matemático.

O saber empírico, do cotidiano, fornece pré-elementos no que se


✔ refere ao desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA
CRIANÇA
ENVOLVE: IMAGINAÇÃ
0 0
PERCEPÇÃO 1 2
O
ATENÇÃO/
0 0 CONCENTR
MEMÓRIA 3 4 AÇÃO
PENSAMENTO/ LINGUAGE
RACIOCÍNIO 0 0
5 6
M
LÓGICO
Ao organizar o mundo à sua volta empilhando, juntando, separando,
classificando, seriando etc., a criança forma e desenvolve as funções
psíquicas superiores de sensação, percepção, atenção, memória, linguagem,
pensamento, imaginação, emoção e sentimento. Quanto mais desenvolvidas
essas funções estiverem, mais condições serão garantidas para que se
ampliem e aprofundem os diferentes modos de a criança sentir, perceber,
atentar-se, memorizar etc., caminhando para a formação do pensamento
teórico (FERRO; ARRAIS; MOARES, 2020, p. 93).
O trabalho pedagógico do professor, deve acontecer sem perder de vista quem é
a criança que aprende e o que ela deverá vir a ser, colocando-a em movimento do
pensamento e desenvolvimento psíquico, pois é pensando no devir da criança
que o professor deve focar seu trabalho, ou seja, nos conhecimentos ainda não
consolidados por ela, denominado por Vigotski (2000) de Zona de
Desenvolvimento Próximo (ZDP).
(FERRO; ARRAIS; MOARES, 2020, p. 86).
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PRÓXIMO
CRIANÇA NÃO CONSEGUE
ZD FAZER SOZINHA
P
EXPERIÊNCI
AS MEDIR JOGAR
DESAFIADOR
AS Experiências que elas se CALCULAR LOCALIZAR
sintam desafiadas a:

CONTAR CRIAR
QUE PRODUZA
SENTIDO PARA IMAGINAR EXPLICAR
A CRIANÇA
COMO ENSINAR MATEMÁTICA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação matemática deve permitir à criança ter


acesso ao conhecimento matemático já produzido -
01
conhecimento feito - e propiciar o desenvolvimento
de potencialidades para apreender o modo de
resolver problemas - conhecimento se fazendo.
Espera-se que não tenha uma hora marcada - “agora
é hora de aprender matemática” - mas que em todas
02
as atividades as crianças participem e façam, para
aprender e desenvolver as capacidades e adquirir
habilidades sobre os conceitos matemáticos.
Proporcionar às crianças o acesso a um conjunto de

03 signos e regras que articulam o conhecimento


matemático de modo que a criança possa resolver
seus problemas, permitindo que se adquira a
capacidade de lidar com informações, tornando-a
uma resolvedora de problemas.
Isso exige do profissional um planejamento
04 minucioso e um conhecimento sobre a linguagem
matemática, como também, a forma como a criança
na Educação Infantil aprende e se desenvolve por
meio da atividade guia.
Ação compartilhada com o bebê, experiências sensoriais
Comunica envolvendo as variações das diferentes grandezas matemáticas
ção
BEBÊS (comprimento, distância, tempo, quantidade, capacidade, volume,
emocional
direta forma), potencializando a linguagem matemática, que explica o
mundo externo à criança.

É a incorporação do uso social dos objetos e o modo como os


Objetal CRIANÇAS adultos atuam sobre eles, por meio da exploração dos espaços, das
manipulató
ria BEM formas, das grandezas, por intermédio de ações sensoriais,
PEQUENAS manipulatórias e de imitação de movimentos.

Quando a criança domina as ações com os objetos inicia-se a


formação das premissas para o jogo de papéis. Funda-se, o
Jogo de CRIANÇAS interesse pelo protagonismo que sustenta o lúdico e ao mesmo
papéis PEQUENAS tempo se estrutura por meio de regras, ou seja, há relação entre a
regra e o papel que a criança representa, mesmo que limitada, pois
dependem do conteúdo do jogo e da brincadeira como do papel que
será representado.
A atividade principal na pré-escola é o jogo. É no jogo que a criança
faz a ponte necessária para o seu entendimento do mundo social,
cultural e natural.
A atividade guia JOGO DE PAPÉIS possibilita à
criança…

- Vivenciar experiências do mundo adulto por meio de representações


imaginativas.
- Estabelecer relações com os adultos e com seus pares de maneira mais
coesa, criando regras pertinentes ao conteúdo do jogo.
- Desenvolver movimentos físicos mais coordenados e ampliar o repertório
vocabular, como também, relatar fatos que refinam e ampliam suas ações e
Ao brincar de escritório, lojinha, mercado, feira ou
mesmo casinha (quando as crianças fazem as listas
de compras para a casa, ou organizam o espaço da
brincadeira), os conhecimentos matemáticos são
imprescindíveis e assumem papéis de grande
relevância. Ao utilizar o telefone, registrando os
números, ao colocar preços nos produtos, da loja ou
do mercado, dialogando com o outro, discutindo a
compra, o pagamento, o troco (imitando o adulto), a
criança estará de alguma forma organizando suas
estruturas cognitivas matemáticas.
Envolvidas nessas ações, a criança observa seu entorno, cria regras, levanta
hipóteses, elabora estratégias, age, se reestrutura e elabora outras proposições
perante os novos desafios. Com essa finalidade, o uso de jogos de papéis como
estratégia de ensino no campo matemático demanda conteúdo, objetivo,
intencionalidade e mediação para contribuir com o desenvolvimento da
criança.
Para além do Jogo de
Papéis…
A atividade de ensino de matemática deve colocar a criança diante de
situações desafiadoras que a farão organizar o conjunto de
conhecimentos que possui, com o propósito de solucionar o conflito
causado pela necessidade de resolver o problema para o qual não
dispõe, de forma imediata de conhecimentos já prontos para o
solucionar.
Outros recursos para
apropriação da linguagem
matemática…
Poemas…

QUE LINDO COLAR!

COM BOTÕES COLORIDOS, OLÍVIA VAI FAZER UM COLAR.


3 VERMELHOS E UM AMARELO ESCOLHEU PRA COMEÇAR.
NA SEQUÊNCIA, UM ROXO, UM ROSA E MAIS UM AMARELO PRA
COMPLETAR.
AGORA COMEÇA TUDO DE NOVO, NA MESMA SEQUÊNCIA ATÉ
ACABAR:
MAIS 3 VERMELHOS E UM AMARELO.
DEPOIS DE UM BOTÃO ROXO, QUAIS SERÃO OS DOIS PRÓXIMOS A
COLOCAR?
QUAIS SERÃO OS DOIS PRÓXIMOS A
COLOCAR?
…..
O PREDINHO NO TERCEIRO ANDAR MORA, SOZINHA,
NO PREDINHO DO SEU MIGUEL A ANINHA.
MORA GENTE PRA DEDÉU. ELA TEM UMA GATA MALHADA QUE SE
NO PRIMEIRO ANDAR MORAM O LÉO, A CHAMA ROSINHA.
LUANA E A CLARA, O QUARTO ANDAR ESTÁ VAGO,
QUE SÃO IRMÃOS E VIVEM JUNTOS PRA TRISTEZA DO SEU MIGUEL…
COM O ZECA E A YARA. SE NÃO VENDER LOGO, LOGO, VAI
NO SEGUNDO MORA O JORGE, O VÍTOR EMPRESTAR PRA PRIMA MARTA,
E A BERENICE: QUE MORA DE ALUGUEL.
OS 3 VIERAM DO INTERIOR E VIVEM VOCÊ JÁ DESCOBRIU QUANTAS PESSOAS
COM A TIA EUNICE. MORAM HOJE NO PRÉDIO DO SEU
MIGUEL?
VOCÊ JÁ DESCOBRIU
QUANTAS PESSOAS
MORAM HOJE NO
PRÉDIO DO SEU
MIGUEL?
BICHARADA MACHUCADA

O SAPO JOSUÉ
TEM 4 FERIDAS NO PÉ.
O URSO RODRIGO
TEM 1 MACHUCADO NO UMBIGO.
O MACACO MANUELÃO
TEM 5 CORTES EM CADA MÃO.
TODO CORTE, FERIDA OU MACHUCADO
COM BAND AID PRECISA SER TRATADO.
PRA DESTES DOENTES CUIDAR,
DE QUANTOS CURATIVOS VAMOS PRECISAR?
DE QUANTOS CURATIVOS VAMOS PRECISAR?
Professor de Hora-atividade
Literatura Infantil…
Cachinhos de Ouro
★ Conteúdo apresentado - Grandezas e Medidas;
★ Materiais - Exploração e manipulação de objetos de formas, tamanhos e texturas
diferentes;
★ Linguagem matemática presente: grande, pequeno, médio, pouco, muito, cheio,
vazio, dentro, fora, longe, perto etc.
AÇÕES A SEREM REALIZADAS COM AS
CRIANÇAS…
1 - Contar a história utilizando objetos concretos;
2 - Permitir que as crianças recontem e dramatizem a história utilizando objetos e acessórios
variados;
3 - Disponibilizar caixa com potes, tampas e utensílios diversos para as crianças explorarem e
estabelecerem relações de classificação, comparação, sequenciação, seriação, etc;
4 - Problematizar: quantas vezes a cama do urso filho cabe na cama do urso pai? Quantas vezes
o prato da ursa mãe cabe no prato do urso pai? Quantas vezes o prato do urso filho cabe no prato
da ursa mãe?
Jogos…

CASTELO
DAS
CORES
Educador de Hora-atividade
Experiências…

Brincadeiras que explorem o fenômeno equilíbrio com o


próprio corpo. Exemplo: andar somente em cima de
alguma linha estreita para que a criança ande colocando
um pé na frente do outro, utilizando-se do equilíbrio
corporal.

Desafios matemáticos:
- Qual a medida da linha utilizando os pés? (Ex: 10 pés
do Lucas, 12 pés da Maria…)
- Comparar o tamanho da linha curva com a linha reta.
(Aparentemente tem o mesmo tamanho, mas e se
esticar a linha curva… continuam com o mesmo
tamanho?).
EQUILÍBRIO
E com os outros fenômenos? PRODUÇÃO E MISTURA

FLUTUAÇÃO
FENÔMENOS FENÔMENOS
QUÍMICOS FÍSICOS
★ Produção ★ Equilíbrio
★ Mistura ★ Força
★ Transformaçã ★ Atrito
o ★ Estados Físicos da matéria
★ Flutuação

Quais atividades envolvendo os fenômenos poderiam ser


realizadas? Como trabalhar os 7 processos da matemática nessas
atividades?
Brincadeiras…
CORRE-COTIA
PEGA-PEGA
LENÇO ATRÁS

Integra-se, nesse rol de atividades, os jogos corporais, de


mesa/tabuleiro, de perseguição, simbólicos, brincadeiras de roda,
entre outras.
BOLICHE
MIMÍCA

AMARELINH
A ESCONDE-ESCONDE
Professor regente
BATE
COPO
CARREIRA DOS
BICHOS
CORRIDA
DOS
NÚMERO
S
CENTOP
EIA
NUMÉRI
CA
A menina cresceu... as histórias nunca terminam
Era uma vez uma pequena menina que morava em uma terra distante. Um lugar bem
diferente. Lá, as árvores eram mais verdes. A lua tinha um brilho mágico e o sol era sempre
gostoso. A água tinha gosto, cheiro e até cor. Os objetos conversavam. E até os animais
aconselhavam quando a menininha precisava. Até parecia um lugar encantado. A menina era
muito curiosa. Sempre estava querendo entender o porquê das coisas serem como são. “Por que
o céu é azul?” “Por que não tem arco-íris todos os dias?” “Por que nós andamos com os pés e
não com as mãos?” Era porque pra lá, era porque pra cá.
Ela corria pelos jardins floridos e gostava de sentir o vento no seu rosto. Ela ficava
olhando as nuvens passarem vagarosamente, formando tantos desenhos na cor branca, às vezes
rosa, no céu azul. Ela chupava sorvete de morango e se lambuzava toda. Ela dançava na chuva.
Ela pulava corda e jogava amarelinha. Ela contava carneirinhos para o sono chegar.
Certo dia ficou sabendo que iria para um lugar novo. Lá, todos os dias iria conhecer novos
amigos e aprender “coisas” novas. “Por quê?” “Pra que?” “Aprendo tanto aqui!” - dizia ela. Ficou
com medo. Foi conversar com a bonequinha de cabelo vermelho. Ouviu-a dizer: “Vai dar certo!”.
Meio desconfiada, procurou a dona Joaninha que disse: “Você vai gostar!”. Esperou a noite cair
para então procurar o vagalume. “Às vezes, o novo traz com ele um sentimento de medo. Mas traz
também novas respostas”. Resolveu ir dormir, pensando... pensando... O dia amanheceu. Era um
dia diferente. Tomou o leite e tinha um gosto não tão adocicado como de costume. E foi para o tal
lugar novo.
Havia crianças do mesmo tamanho dela. Elas também pulavam, corriam e dançavam. Mas
tinha uma criança maior do que as outras. Essa criança brincava junto e parecia que sabia outras
brincadeiras divertidas. Foi se acostumando com as outras crianças e chamou-as de amigos.
A doce voz da criança maior deixava o medo de lado e dava lugar ao sorriso. Estava
quase se acostumando... Mas, de repente, ouviu uma palavra nova: matemática! Tinha uns
símbolos engraçados. Podia contar com os dedos das mãos e também descobrir o tamanho da
porta usando um barbante.
Dessa vez, correu para casa atrás da borboleta que disse: “Ora, a vida ficará mais fácil
depois que você souber o porquê de contar!”. Não muito convencida, resolveu aproveitar para
encontrar com o duende debaixo da ponte que ficava pertinho, pertinho lá do pomar: “Você vai
conseguir descobrir a distância daqui até a lua” – disse ele. Mas nada deixava a menina quieta.
Pensava ser difícil essa matemática.
Resolveu então, falar com a menina grande. Com um sorriso no rosto, um olhar carinhoso,
a menina que agora nem parecia tão grande assim, falou: “A matemática sempre esteve na sua vida,
o tempo todo. Só precisamos percebê-la de várias formas, e nisso posso te ajudar”. E ela se
apaixonou pela matemática. Pelas outras crianças. Pela criança maior. Pelas histórias. E se
apaixonou ainda mais pelo lugar encantado em que vivia, pois afinal de contas, agora o
compreendia. Era um lugar encantado de verdade, onde a imaginação e o faz de conta permitiam
que ela fosse criança e vivenciasse as histórias. Mas um dia... ah! Um dia... Um dia a menina
cresceu. Por alguns momentos pensou que o lugar encantado havia desaparecido e as histórias
terminadas. Mas logo se deu conta de que as histórias nunca terminam, elas se modificam e lugares
encantados estão escondidos por aí, basta olhar atentamente com os olhos da imaginação.

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