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IV EDUCAPENHA

Desafios, Sonhos e Práticas


Ressignificando a Ação Pedagógica
na Escola de um Novo Tempo

Relatos de Práticas

2022
SUMÁRIO
Educação Infantil

Inclusão para todos_CEI Delson Domingues


Desafios, avanços e conquistas com os agrupamentos multietários_CEI Vereador Shiro
Kyono
Desafios, sonhos e práticas: Ressignificando a Ação Pedagógica na Escola de um Novo
Tempo.
Descobrindo o universo (2021). Desvendando o mundo natural (2022)_EMEI Prof.ª Eldy
Poli Bifone
Fazer o que depois de pintar? Arte e Infância em uma perspectiva contemporânea_CEI
Jardim Hercília
A importância da estética nos horários de alimentação_CEI Vila São Francisco
Criançada! Olha esse livro!_EMEI Adriana Minghetti
Caminhos e estratégias para capturar as aprendizagens das crianças (Diário de bordo e
Registro dos RAA)_EMEI Aluísio de Azevedo
Momentos que fazem histórias dentro do CEI Vila feliz juntamente com as crianças,
famílias, equipe e supervisão escolar_CEI Vila feliz

Ensino Fundamental

A tecnologia auxiliando o estudante com deficiência_EMEF Cecília Meirelles


Parque Figueiredo_EMEF José Carlos de figueiredo ferraz
Tecno aprendizagem_EMEF Leonor Mendes de Barros
Projeto Aluno Monitor_ Desenvolvimento de tecnologias assistivas através da
modelagem e impressão 3D_EMEF Amadeu Amaral
Respirações: Vídeo aulas de performance para sair do sufoco da educação remota em
tempos de pandemia_CIEJA Ermelino Matarazzo
Racismo: qual é o meu lugar de fala?_EMEF José Carlos de Figueiredo Ferraz
O uso de jogos, brincadeiras, cantigas de roda e parlendas como repertório cultural e
potencializador do processo de alfabetização para as turmas dos 1º Anos_EMEF Anália
Franco Bastos
Corrida das operações_Projeto PAP_EMEF Firmino Tibúrcio da Costa
Alfabetização e ensino remoto: Recursos para impulsionar a aprendizagem_EMEF
Amadeu Amaral
O uso dos jogos como potencializador das aprendizagens no projeto PAP_EMEF
Guilherme de Almeida
APRESENTAÇÃO
EDUCAÇÃO INFANTIL
Inclusão para todos

CEI DELSON DOMINGUES


ALEXSSANDRA TEREZA VIANA *
SORAYA INNOCÊNCIO

Proporcionar práticas de ensino que contemplem a


variação humana ainda é um grande desafio aos
sistemas de ensino. Remover barreiras de acesso ao
conhecimento sem eliminar os desafios necessários à
aprendizagem torna-se imprescindível para a garantia
da participação social de pessoas com necessidades
específicas nesse sistema. O objetivo que se tem com
esta narrativa é o de apresentar o Desenho Universal
para a Aprendizagem (DUA) como uma atitude de
cuidado que pode contribuir para a efetivação de
processos educativos inclusivos em todos os níveis de
ensino. Para tanto, foi realizada uma revisão de
literatura sobre o DUA dialogando-se com o campo
dos Disabilities Studies in Education e com as teóricas
da segunda geração do modelo social da deficiência,
vislumbrando algumas intersecções entre esses
campos teóricos.
O estudo apontou que a organização do ensino na
perspectiva do DUA, por remover as barreiras que se
interpõem entre o sujeito e o conhecimento, pode ser
caracterizada como uma estratégia de cuidado voltada
à garantia do direito à educação a estudantes com e
sem condições de deficiência. Dessa forma, pode-se
caracterizar o DUA como uma estratégia política
pautada no rompimento com currículos capacitistas,
os quais homogeneizam e excluem as diferenças.
Todas as vozes têm suas potências. Desenvolvemos
através das diferentes culturas infantis. As reflexões
dos professores precisam ser baseadas no olhar
sensível e de registros e acolhimentos incansáveis.
São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo
da cidade : Educação Infantil. – São Paulo : SME / COPED, 2019.

________________. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.


Orientação Normativa de registros na Educação Infantil. – São Paulo: SME / COPED,
2020.

* Técnica de Magistério (1997); Pedagogia (2008); Pós-graduação em Educação Infantil


(2018); Graduada em Artes visuais (2020).

Desafios, avanços e conquistas com os


agrupamentos multietários

CEI VEREADOR SHIRO KYONO

ISABELA GOMES DA FONSECA*


RAIMENDO NONATA MENDES ABREU*
NOEMIA DIAS DOS SANTOS*

Nosso contexto disparador acontece desde 2019, onde


já fazíamos algumas interações com as crianças, mas
eram ações programadas e momentâneas, onde
buscávamos um tema e o coletivo todo da unidade
criava um espaço; como em nossos quintais, essas
interações também aconteciam nos momentos de
celebração de vida e em nossas salas temáticas, porém,
tudo isso era programado e aos poucos fomos
percebendo que essas interações aconteciam
naturalmente e as crianças foram tendo a liberdade de
estar onde e com quem sentiam vontade.
Em nossa unidade as portas não ficam fechadas, a única
que ainda fica a maior parte do tempo é a do berçário I,
por uma questão de higiene, pois, os bebês estão
sempre no chão e ainda temos esse acesso um pouco
isolado, para os outros que já caminham tem livre
acesso para explorar todos os espaços da unidade.
Tudo é um processo, no começo tivemos algumas
atitudes errôneas em tirar a criança que chegava no
espaço e dizer “vai para sua sala” e com o tempo fomos
percebendo o quanto era prazeroso para elas e que era
possível realizar esses momentos de interações em
momentos que iam além dos programados.
Nossa principal intenção é acolher bebês e crianças, priorizando o desenvolvimento das
relações sociais e a exploração dos materiais e espaços. Entendemos que ao propiciar
esses momentos de interações dos bebês e crianças, potencializamos a empatia,
solidariedade e a criatividade possibilitando o encontro de vivências culturais. Durante
as propostas, os bebês e crianças interagem livremente e no decorrer dessas ações
pudemos observar momentos de afeto, carinho e cuidado, das crianças maiores com os
bebês, evidenciando o lado humanizado e generoso das crianças ao auxiliarem uns aos
outros.
Em nosso refeitório as crianças têm a liberdade de escolherem seus lugares, porém,
como nosso espaço do refeitório é limitado, dividimos os horários por agrupamentos,
mas caso tenha um bebê ou criança que tenha a necessidade de comer antes, temos
essa flexibilidade.
As ações também acontecem nas salas referências, onde é possível possibilitar as
interações além do parque, pois, as salas abertas permitem a livre circulação dos bebês
e crianças. Essas interações acontecem diariamente, porém, nem sempre é possível
fazer todos os registros escritos e visuais.
O fato das salas estarem sempre abertas, facilitou para que as crianças não se
sentissem presas e ansiosas e tivessem também a possibilidade de buscar outros
espaços onde gostariam de permanecer. Também notamos que com essas práticas
que deixaram de ser momentâneas e passaram a ser cotidianas, ficou claro que as
crianças não ficam desesperadas pela professora referência, quando precisam de um
auxílio se aproximam do adulto que estiver mais próximo.
Os bebês e crianças deixaram de ser do agrupamento A, B ou C a passaram a ocupar
os espaços no momento que desejam e não apenas em "momentos" que os adultos
escolhem e sim eles que decidem, deixando de ser MINHA criança para ser NOSSA.
Tudo isso é resultado de um trabalho consistente e diário, que demandou tempo,
estudo, persistência e resiliência, precisamos da dedicação e comprometimento do
grupo para essas mudanças e hoje felizmente podemos dizer que somos uma equipe.

* Formada em Pedagogia pela Universidade das Faculdades metropolitanas;

* Formada em Pedagogia pelo Centro Universitário Sant'Anna;

* Formada em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho.


Desafios, sonhos e práticas: Ressignificando a Ação
Pedagógica na Escola de um Novo Tempo.
CEI VEREADOR SHIRO KYONO

CINTIA SIMÃO ALVES DE AGUIAR


VANDA VIEIRA DE SOUSA ALVES
RAQUEL SILVA DOS SANTOS

Realizando a escuta pedagógica e observando os


interesses dos bebês ao longo das nossas primeiras
visitas ao parque no início desse ano letivo,
identificamos a valia em proporcionar mais
experimentações e possibilidades de vivências
significativas e potentes para nossos bebês no
território do parque, sem deixar de oferecer
qualidade e segurança durante as ações e
brincadeiras, ainda que todo o processo fosse
bastante desafiador para nós e os bebês. Nossa
intencionalidade era propiciar mais oportunidades de
pesquisas, experiências, investigações, descobertas, e
interações, promovendo um brincar cultural, livre e
cheio de possibilidades. A partir daí passamos a
ofertar uma maior diversidade de brinquedos e
materiais, as quais trazíamos como propostas de
ações educativas, mas possibilitando que os bebês
pudessem criar e recriar suas próprias brincadeiras,
estimulando também sua imaginação e criatividade.
Tais ações como brincar de fazer comidinha, brincar
nos balanços, brincar no gira-gira, brincar nos
escorregadores, observar e apreciar a fauna e a flora
do nosso parque, engatinhar e também caminhar
pelo gramado, brincar na terra, na areia e com as
folhas e flores que se espalham pelo chão do parque
além de muitas outras possibilidades que são
divertidas aventuras diárias que temos vivenciado por
aqui, de forma prazerosa e segura para todos.

* Licenciada em Pedagogia pela Universidade Carlos Drummond de Andrade e estudante


de Psicopedagogia;

* Licenciada em Pedagogia pela Universidade Paulista;

* Licenciada em Pedagogia pela Universidade Cidade de São Paulo e Pós-graduada em


Neuropsicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Descobrindo o universo (2021)
Desvendando o mundo natural (2022)

EMEI PROFESSORA ELDY POLI BIFONE

PROFª CINTHIA BETTOI PAIS*

Dois anos, duas turmas, dois projetos, muitas coisas em


comum. Este relato de prática contou a história de dois
projetos, que tiveram como elementos disparadores
situações identificadas a partir da escuta das crianças, de
suas observações, hipóteses, dúvidas e sentimentos sobre
o mundo.
“Descobrindo o Universo” nasceu da curiosidade das
crianças sobre o entardecer / anoitecer que observavam
diariamente durante nossas tardes na escola. Elas Representação da Via Láctea e Sistema Solar, em
desenho espontâneo
relacionaram as mudanças na luminosidade do céu com a Autora: Thais Debora Quispe Laura (2021)

rotina da turma, cuja leitura faziam em nosso “painel da


rotina”, através do qual acompanhavam a passagem do
tempo em que permaneciam na escola. Suas hipóteses
sobre as relações entre o Sol, o Planeta Terra, a Lua e a
persistência em dialogarem sobre este assunto
diariamente, mostraram ser necessário abordá-lo de
maneira organizada, confrontando o que as crianças
traziam em suas falas (algumas vezes buscando impor aos
amigos o que acreditavam ser a verdade) com
conhecimentos científicos comprovados.

A partir de fotos, enciclopédia,



sites da internet, vídeos de
sondas espaciais, guia de exposição, exploração de um
telescópio, nossos conhecimentos foram sendo
ampliados, nossas paredes foram sendo cobertas por um
painel composto por fotos, desenhos e uma grande Representação dos pequenos seres que vivem dentro
da terra, em registro de observação da Horta com lupa

tabela. A partir das fotos, as crianças registraram suas Autor: Jhair Jhoan Gomez (2022)

descobertas em forma de desenho e de modelagens, que


expandiram nosso painel bidimensional

da parede para um painel tridimensional no teto
da nossa sala de referência, atraindo visitantes, entre colegas de outras turmas,
educadores e familiares, que eram guiados pelas crianças nesta viagem pelo “nosso”
Universo.
“Desvendando o Mundo Natural” se inicia a partir do grande medo que algumas crianças
demonstravam das tempestades de verão, com suas ventanias, nuvens enormes e
escuras, raios e o barulho que sua força provocava nos telhados e janelas. Para
desconstruir o medo, o caminho foi iniciar uma pesquisa sobre o que é a chuva, o ciclo da
água, sua relação com nossa vida. Enquanto nos aventurávamos pelos conhecimentos
sobre a água, nossas explorações nas áreas externas da escola foram sendo relacionadas
pelas crianças com o impacto da água nesses ambientes e nos seres que nele vivem.
Projeto ainda em andamento, realizamos observações e registros gráficos em campo com
lupas e pranchetas, um experimento de congelamento e condensação com água e
elementos naturais, pesquisas na enciclopédia, atlas, vídeos, livros, entrevistamos
educadores da escola sobre os temas-foco definidos pela turma e, a partir dos
fichamentos das entrevistas, direcionamos as pesquisas e gravamos episódios do nosso
podcast “Eldycast da Sala Vermelha”, incluindo as entrevistas e gravações das falas das
crianças sobre o que aprenderam.
É sobre a construção do pensamento científico, é sobre os conhecimentos cientificamente
comprovados, é sobre projetos nas escolas das infâncias, é sobre escuta genuína em
constante aprimoramento, é sobre histórias vividas e compartilhadas, é sobre a
construção dos conhecimentos, culturas e identidades de cada criança e educadora, é
sobre gestos, marcas e caminhos.

MARQUES, A. C. Dicionário enciclopédico ilustrado. São Paulo: Ed. Visor do Brasil, 2005.

VÁRIOS AUTORES. Atlas da fauna brasileira. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1978.

* Licenciatura Plena em Pedagogia na Faculdade de Educação da Universidade de São


Paulo
Fazer o que depois de pintar? Arte e Infância em uma
perspectiva contemporânea

CEI JARDIM HERCÍLIA


MARCELA JULIANA CHANAN*

Depois de quase um ano em casa devido a


pandemia de covid-19 e a necessidade de
isolamento social, retornamos à escola em fevereiro
de 2021 com o atendimento presencial reduzido,
um protocolo restrito para crianças tão pequenas,
muitos sentimentos de medo e sem vacinação.
Assumi um Minigrupo 2 com crianças de 3 anos e
entre os contextos preparados para acolhê-las, a
pintura gerou entusiasmo, logo estavam imersas
em seus gestos e sensações com as tintas.

Assim, iniciamos um percurso com intenções iniciais de apresentar diversos suportes,


pincéis, posições espaciais e corporais. As propostas foram criadas partir da escuta do
que as crianças traziam como necessidade, interesse e investigação com intenções
referentes a valorização do ato criativo e a desconstrução de referências estereotipadas
e escolarizadas da arte na escola, a fim de contribuir com experiências significativas e
autorais. As pinturas aconteceram de forma coletiva, com os corpos livres para se
movimentar e tendo o parque como um grande ateliê ao ar livre, respeitando os ritmos,
as singularidades e os protocolos de saúde promovendo experiências autônomas,
expansivas e sensíveis.
O planejamento teve as crianças como guia, portanto foi construído com a participação
delas (inclusive a organização dos contextos), de forma não linear, ou seja, não foi uma
sequência de atividades pré-estabelecida pelo adulto. Viveram um tempo fluído,
seguindo apenas os marcos de alimentação e sono presentes na linha do tempo do
grupo. As produções eram expostas nos murais, porém havia uma inquietação: o que
fazer com tantas pinturas coletivas, apenas expor? Como ressignificar essas experiências
para além das paredes? Quais aprendizagens poderia ampliar e provocar?
Por meio dessas indagações, as produções foram reaproveitadas e oferecidas
novamente as crianças como possibilidade de novas explorações e pesquisas: pintaram
e desenharam em cima da própria pintura criando camadas, rasgaram, brincaram e
interagiram com a própria produção, tornando-a efêmera e tridimensional atribuindo
novos sentidos com muito jogo simbólico e articulação das múltiplas linguagens.
Entre as diversas narrativas infantis as pinturas se
transformaram em escorregador, dragão, casa,
castelo, sereia, esconderijo, vestido, capa, porta de
cabana, piscina, pista de dança, pista de carro, tapete
para descanso, tecido para se enrolar etc. Puderam
viver a arte com liberdade para se expressar, criar e
imaginar. Devido a continuidade das propostas
durante o semestre e a possibilidade dessa
produção em camadas acontecer em dias distintos,
todas as crianças participavam de algum momento,
mesmo com as ausências.
O processo de aprendizagem das crianças desenvolveu-se conforme a minha mediação
convidou a liberdade, a transgressão e a experiências estéticas, apropriando-se das
linguagens e suas múltiplas possibilidades, inaugurando em si mesmas encantamentos,
transformações e significados, produzindo cultura infantil, descobrindo suas
potencialidades como protagonistas de seus percursos criativos e tendo a professora
como uma parceira interessada, que acolhe, legitima a curiosidade, valoriza os diversos
modos de criar e se expressar com respeito aos ritmos e tempos, contribuindo
significativamente com a construção de sua identidade como uma criança ativa, capaz e
criativa. O projeto mobilizou professoras e crianças de outros grupos, e as famílias se
surpreenderam ao verem o que seus filhos e filhas faziam com as pinturas depois de
secas e que pintavam ao ar livre em lugares inusitados.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais


para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.

Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da cidade:


Educação Infantil. – São Paulo: SME / COPED, 2019.

* Pedagoga, Arte educadora, Especialista em Educação de 0 a 3 anos com


aperfeiçoamento no campo da Psicanálise e Formadora de Professores.

A importância da estética nos horários de alimentação.


"A composição do ambiente deve ser construída e recriada, como marca do


lugar e das pessoas (adultos e crianças) que ali frequentam. Este ambiente
pode abrigar fotos, trabalhos e produções das crianças, fotos das (os)
cozinheiras (os) trabalhando e dos adultos e das atividades ali feitas."
(Orientação Normativa, 2020. P. 48.)
CEI VILA SÃO FRANCISCO

RITA ANGÉLICA BRANDÃO*


JULIANA FERREIRA GUIMARÃES DOS SANTOS
NATÁLIA P. B. DA SILVA.

O ano de 2021 iniciou com grandes desafios e


superações, pois enfrentamos e ainda
estamos enfrentando uma pandemia, com o
retorno presencial de todas as crianças as
unidades educacionais, se fez necessário um
olhar humanizado, apesar de se fazer
necessário cumprir protocolos, a questão da
organização da mobília para os horários de
alimentação nos incomodava muito, ver as
mesas frias, descobertas em um ambiente
sem alegria, nos moveu a fazer algo para
trazer um pouco de beleza, decidimos
confeccionar um jogo americano
personalizado, produzido pelos bebês, no
qual tem fotos dos bebês pintando o jogo
americano e duas fotos em momentos
distintos de refeição, nas paredes fotos deles
e delas em diversos momentos de refeições,
fotos da equipe da cozinha e do profissional
da limpeza responsável por manter o espaço
limpo e higienizado.
O que nos moveu a realizar o projeto, foi o incômodo com a falta da estética no espaço e
mobília, os direitos dos bebês, o nosso olhar humanizada, observação, a escuta, a ética, o
respeito, os documentos oficiais da Rede Municipal de Ensino, as nossas
intencionalidades em formar meninas e meninos com potenciais para pesquisar, narrar,
participar, expressar, interagir, fazer escolhas, sonhar, fabular, questionar, valorizar as
diferenças, reconhecer-se e reconhecer o outro, apreciar a beleza, ser autônomos e
protagonistas de suas aprendizagens.
A confecção do nosso jogo americano foi uma ação
simples, porém carregada de significado e
aprendizagens, nós aprendemos a olhar o cotidiano
com mais encantamento, descobrimos que é nele que
existe o extraordinário, que é nas ações cotidianas
que encontramos o verdadeiro sentido de estarmos
juntos, que os bebês são potentes e têm muito a nos
ensinar, que o ato de comer vai muito além de
alimentar o corpo, que só o trabalho coletivo e
colaborativo irá nos fortalecer como unidade. Já os
bebês é possível observar com suas atitudes e
mudanças de comportamentos, que estão
aprendendo que a mesa aprendemos mais sobre nós
e sobre o outro, a apreciar o belo, a cuidar de si, do
outro, do espaço e dos materiais, a ter autonomia em
suas escolhas, a valorizar o trabalho da equipe da
cozinha e limpeza, a se reconhecer como indivíduo de
direitos e deveres.
O melhor resultado dessa
ação de confeccionar o jogo americano para qualificar os
momentos de alimentação, foram os desdobramentos, a partir dessa ação qualificamos
outros espaços, visitamos a horta da EMEI Isa Silveira Leal, realizamos um chá literário,
iremos a feira, a melhoria da qualidade de todas as proposições a serem trabalhadas
junto aos bebês.

SÃO PAULO. Currículo da Cidade: educação infantil. São Paulo: SME/COPED, 2019.

Orientação Normativa de educação alimentar para Educação Infantil- São Paulo:


SME/COPED/CODAE, 2020.

* Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Guarulhos. Pós-graduada em Educação


Infantil, pela faculdade Campos Elíseos.
Criançada! Olha esse livro!

Cada vez que um adulto lê para uma criança é como fazer um


convite para que ela adentre nas mais diferentes aventuras e as
vezes até em nossas próprias histórias...

EMEI- ADRIANA MINGHETTI


ADRIANA MINGHETTI DA SILVA*


Tudo começou no final de 2021 quando nas


nossas rodas de histórias diárias as perguntas
“Quem escreveu?” e “Tem foto?” (referindo-se
também ao autor) começaram a aparecer com
muita frequência. Logo sentimos a necessidade
e o desejo de aprofundarmos este interesse pela
cultura escrita. E por que não termos contato
com os próprios autores? E por que não sermos
autores? E assim iniciamos.
Como estávamos em um momento crítico da
pandemia, fizemos um contato virtual com a
Lidiane Loiola, professora da rede municipal de
SP e autora de livros, que nos apresentou com
uma mediação de leitura e uma gostosa roda de
conversa. Logo estávamos em 2022 e como
parte da turma permanecia a mesma do ano
anterior, não demorou muito e a curiosidade
sobre a autoria das histórias retomara. E foi
assim que nosso projeto estava nascendo e
renascendo.
Desta vez pudemos conhecer uma autora presencialmente, a Valentina Altran Penna,
que é uma autora mirim
e também aluna da rede municipal de ensino de SP. Ela contou
sobre seu processo de criação, mostrou-lhes os rascunhos de seus desenhos e como
começou a escrever. Tudo regado a muita brincadeira, pois foi um encontro entre
infâncias!
Após esse momento decidimos que iríamos fazer um livro da turma com as sugestões de
brincadeiras que as crianças traziam, organizando as fotos que já tínhamos e escrevendo
sobre as brincadeiras junto com elas, para que até o final do ano possamos organizar o
livro e uma manhã de autógrafos com as famílias.
Outros passos que fazem parte desta caminhada são as idas à biblioteca do bairro,
“sextou com livros” onde a criança pode escolher e levar um livro para casa todas as
semanas, muitas rodas e recontos de histórias, além da parceria com as famílias
oportunizando a participação no projeto. Ultimamente percebemos que elas estão muito
mais observadoras , conseguem identificar histórias de um mesmo autor e até desenhos
de uma mesma ilustradora, destacando a obra do autor Illan Brenman.

SÃO PAULO. Currículo da Cidade: educação infantil. São Paulo: SME/COPED, 2019.

CARVALHO, A. C. Ler antes de saber ler: 8 Mitos Escolares sobre a leitura literária –
Editora Panda, 2018.

* Licenciada em pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista


em “Narração Artística: Modos de Contar História em Contexto Urbano” – A Casa
Tombada .
Caminhos e estratégias para capturar as aprendizagens das
crianças (Diário de bordo e Registro dos RAA)

“Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma


hora, uma vida. O que importa é o que ficou deste minuto, desta
hora, desta vida”. (Mario Quintana)

EMEI ALUÍSIO DE AZEVEDO

GISELI FERMINO AUGUSTO*

Escolhi trazer esse tema para o


EDUCAPENHA, pois além de amar falar
sobre as infâncias, o registro dos relatórios
(RAA) é um assunto que costuma gerar
GRANDES DESAFIOS A NÓS PROFESSORES.
Ao longo da minha caminhada, fui
estudando, aprendendo muito e avançando
na construção dos meus relatórios.
Atualmente, julgo ter mais facilidade em
escrevê-los, e então, humildemente, decidi
compartilhar como fui desenvolvendo
minha prática de escrita e
consequentemente, construindo meus
relatórios.
Em resumo: eu planejo narrativamente,
sinalizo minhas intenções, observo as
POR ONDE COMEÇAR?
interações nos contextos que planejei,
escuto as crianças, reflito e construo
narrativas de todo esse processo, e assim,
replanejo para continuidade, seguindo os
interesses dos pequenos. Os registros
produzidos, auxiliam a materializar e
publicizar os processos vividos no
cotidiano, guiam o planejamento
emergente e indicam ações educativas
significativas para suas aprendizagens.
Ao escrever diariamente sobre as Os registros que faço de cada criança no
crianças, penso sobre o meu fazer, Diário de Bordo, são contextualizados e
conduzo o planejamento de forma a coerentemente organizados na escrita dos
ampliar as possibilidades de ações meus relatórios. Sempre focalizo nas
educativas significativas, contemplando os potencialidades e aprendizagens dos
interesses que os pequenos demonstram, pequenos “sem eixo comparativo”. Quando
capturando e organizando as observações noto na criança algum “desafio a superar”,
dos percursos vividos, e assim, produzo costumo narrar como fiz intervenções para
registros mais elaborados e singulares. apoiar a criança, sempre enfatizando que,
Esses registros dão visibilidade as crianças apesar de tal desafio, a criança possui outros
e minhas práticas docentes, e por isso, é potenciais e trago muita positividade nessa
possível vê-las, se ver, interpretar, escrita!
entender como elas aprendem, atribuir Em um relatório expressamos nosso olhar e
sentido, tomar decisões, fazer escolhas, nossas análises sobre o percurso vivido pela
replanejar para continuidade e ofertar turma e por cada criança, mas também é
contextos convidativos que colaboram através dele que também evidenciamos o
com seus processos de aprendizagem e trabalho do professor, por isso enxergo os
desenvolvimento. Este modo de registrar relatórios como reflexo do meu trabalho, meu
evidência as aprendizagens das crianças, aliado.
enaltece suas potencialidades, constrói e
elabora processualmente o RAA. Além
disso, toda essa documentação
pedagógica contribui com meus
processos formativos, são fonte de
conhecimento, pesquisa e
compartilhamento de práticas docentes.
BORGES, Ana Lúcia e ALCANTARA, Cristiano Rogério. Diário de Bordo: Instrumento de
transformação de professores e gestores da Educação Básica. São Paulo: Phorte, 2022.

SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Instrução


Normativa SME nº 2/2019 dispõe sobre registros na Educação Infantil. São Paulo: SME/
COPED, 2019.

* Licenciada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL – Anália


Franco. Especialista em “Educação Infantil”.

Momentos que fazem histórias dentro do CEI Vila feliz


juntamente com as crianças, famílias, equipe e supervisão
escolar

CEI VILA FELIZ

Noeli de Almeida Costa Ferreira*


Lucimeire Faleiro Santana Martins*
Maria Rita Costa Moniz da Camara*

No dia 23 de setembro de 2022, eu professora


Noeli apresentei o projeto de literatura “Os mitos
e verdades da literatura infantil”, onde pude
compartilhar algumas curiosidades sobre esse
tema, lembrando que é um tema novo e
desafiador para nós, que veio de encontro com o
Curso Ler e Crescer em parceria com A cor ação
Cultural.
A princípio recebemos um enorme acervo de
livros da PMSP/SME, então vieram as perguntas; o
que iremos fazer? Onde iremos guardar?
Foi aí que surgiu o nosso 1° Evento “Momentos
que fazem história” e na sequência Ninhal
literário contando também com a participação
das famílias.
E para chegar nessa apresentação, nos
deparamos em um momento de escuta na
formação” Ler e Crescer sobre esses mitos” que
infelizmente ainda estão embutidos no nosso
cotidiano.

Sendo eles:
Para as crianças pequenas é melhor contar do que ler histórias...
Muitos ainda acreditam que contar história seria melhor, e essa ideia sempre é
justificada com as falas.
Os textos devem ser pequenos e simples.
É melhor contar do que ler.
Crianças pequenas não tem concentração.
É difícil colocar as crianças sentadas para ouvirem uma narrativa.
Também existe uma confusão entre o CONTAR e o LER.
CONTAR, quando está contando uma história você pode usar acessório ou mudar o
tom de sua voz, para assim enriquecer essa contação.
LER, você irá ler na íntegra a história.
Livros bem coloridos, é disso que os pequenos gostam...

Na verdade, os pequenos gostam de uma boa literatura e podemos sim trabalhar a


narrativa através de trava línguas, jornais, gibis, versos, poemas, poesias entre outros.
Lembrando que é papel da escola oferecer literaturas de qualidades, para assim ampliar
o vocabulário dos pequenos. Não é porque são pequenos que temos que oferecer coisas
pequenas, pelo contrário é nossa obrigação como educadores oferecermos algo
grandioso. A forma como a criança entrará em contato com a leitura poderá assumir a
mediação daquele momento. Porém, um fato: as duas práticas de expressões literárias
favorecem o desenvolvimento de um mediador/ ouvinte, tornando -o sensível e crítico,
capaz de apreciar essas obras artísticas com um valor cultural.

A criança sendo protagonista da leitura se tornando a mediadora do momento, sem


precisar da intervenção de um adulto.

É preciso poupar as crianças dos horrores do mundo...


Trabalhamos os sentimentos com as crianças, entre eles, perder, ganhar, compartilhar
entre outros. Não podemos deixar de tratar desses sentimentos porque fazem parte das
nossas vidas.
Na escola, quem escolhe a leitura é a professora...
Quem escolhe a leitura é a criança, porque ela é a protagonista da sua história, e tem o
poder de escolha. Por isso deixamos os livros ao alcance delas.
Ler é sempre prazeroso...
A leitura é fundamental, extremamente importante para a formação das crianças. Se a
criança pegar um livro porque se interessou pela capa, mas logo o interesse acaba, ela
tem todo direito de trocar por outro e isso quantas vezes quiser.

SÃO PAULO. Currículo da Cidade: educação infantil. São Paulo: SME/COPED, 2019

Curso Ler e Crescer” Ministrado pela equipe A cor Ação Cultural/fundação abrinq.

* Graduada em Pedagogia- Licenciatura Plena-Faculdade Fisa, Licenciada em


Artes Visuais- Unimes, Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional – FCE.

* Graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (UNICID).

* Graduada em Pedagogia, Pós-graduada em Educação Inclusiva, Cursando Pós-


graduação em Libras
ENSINO FUNDAMENTAL
A tecnologia auxiliando o estudante com deficiência

EMEF CECÍLIA MEIRELES

MÁRCIA RANSI MOTA PATO*


O trabalho foi realizado no projeto aluno monitor


com os alunos dos 6º a 9º anos
Eles frequentam no contraturno escolar, com duas
horas aulas semanais.
Em reunião com os alunos monitores, abordamos
o assunto sobre as limitações dos estudantes com
deficiência e buscando soluções para auxiliá-los foi
elaborado o trabalho.
Realizamos observações em sala de aula, pátio e
conversamos com PAEE dos estudantes com
deficiência. Percebemos que haviam limitações na
execução das atividades por não conseguirem
segurar objetos, se localizarem no tempo e espaço,
falta de coordenação motora, entre outros.
Com essas observações das necessidades dos
estudantes AEE, construímos objetos para auxiliar
nas atividades escolares como:
Segurador de lápis, rotina, caixa de encaixe e
coordenação…

A professora ensinou a utilização do programa TINKERCAD, os alunos monitores


realizaram as projeções das peças nesse programa, realizou-se e a impressão na
impressora 3D que possuímos no LED.
A atividade tem apresentado ótimos resultados, os alunos monitores, passaram a ter
um novo olhar diante dos alunos com deficiência e já comentaram sobre outras
coisas que poderemos fazer.
Possuímos relatos dos professores, dizendo que as peças tem auxiliado os alunos na
aprendizagem no âmbito escolar
Tendo assim uma avaliação de atividade desempenhada com êxito, desde a ideia,
elaboração, passando pela projeção, execução e utilização das peças construídas.
Houve uma real integração entre os estudantes e a tecnologia, eles foram os reais
protagonistas do início ao fim.

Moran, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 5. ed.
Campinas: Papirus, 2014

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Programa Mais Educação. São
Paulo: SME, 2014.

São Paulo: SME / COPED, 2019. 120p. : il. Bibliografia. 1.Educação - Currículos
2.Ensino Fundamental 3.Tecnologia Educacional I.

Secretaria Municipal de Educação. Diálogos Interdisciplinares a caminho da Autoria.


2016. São Paulo: SME/DOT, 2016a.

* Pedagoga, Pós graduada em Gestão escolar, Alfabetização, Educação Especial.


Professora desde 1992, na Rede Municipal de Ensino desde 2004, atuou como
Assistente de Diretor e Professora e como POED desde 2012.
Parque Figueiredo

EMEF JOSÉ CARLOS DE FIGUEIREDO FERRAZ

AMANDA ALCINA DIAS*

O projeto visa a autonomia dos estudantes, os levando a questionar, pensar e


procurar soluções para os possíveis problemas que surjam ao decorrer do projeto,
trabalhar a cultura maker e a sair da teoria para a prática. Além de trabalhar o
empoderamento feminino e o incentivo das meninas na ciência.
Na Robótica Educacional há uma grande necessidade de interação com o grupo,
portanto a colaboração é indispensável. Sendo assim, os estudantes foram levados a
imaginar um espaço onde pudessem colocar em prática os conhecimentos de
robótica, de forma a utilizar a cultura maker e a programação através de Arduino para
construir e programar este local.

Após roda de conversa, os estudantes decidiram construir um parque de diversões,


pois poderiam através dos brinquedos do parque aplicar os conceitos de
programação e montagem maker. Tal metodologia busca o incentivo ao ensino
colaborativo, à tomada de decisão, trabalho em grupo, ajuda mútua e a motivação
junto aos estudantes.
O uso da Robótica na Educação tem se constituído em uma forma de promoção de
interdisciplinaridade, no trabalho colaborativo e cooperativo, envolvendo a
autonomia dos estudantes.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da


cidade: Ensino Fundamental: componente curricular: Tecnologias para Aprendizagem. – 2.ed. –
São Paulo: SME / COPED, 2019. Acesso em 14/10/2022

* Formada em licenciatura em educação física (2007) e bacharel na mesma área em 2008, pela
Universidade Bandeirante de São Paulo, licenciatura em pedagogia pela Faculdade Aldeia de
Carapicuíba - FALC (2017) e pós-graduação em Educação especial inclusiva pela Faculdade
Marinho Paulista (2019). Possui especialização em Gestão escolar pela FAMP, especialização
legislação educacional (2020) e Tecnologias para aprendizagem pela ALURA (2018).
Tecno aprendizagem
EMEF LEONOR MENDES DE BARROS

VANIA SANDEVILLE*

Desenvolver ações práticas com objetivo de atingir os


objetivos de aprendizagens no Currículo da Cidade,
relacionadas à importância da Agenda 2030 com foco
na construção de um futuro consciente.
Criar estratégias de ação para a aplicabilidade dos
ODS.
Compreender o que é planejamento e execução de
uma ideia, integrado aos diversos componentes
curriculares, com objetivo de sustentabilidade e
desenvolvimento das aprendizagens de maneira geral.

1º momento: Fizemos campanhas de arrecadação de materiais recicláveis com todas


as turmas do Ensino Fundamental, visando reduzir resíduos e uso consciente dos
recursos naturais conforme Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 11 e 12.
2º momento: Os materiais arrecadados foram utilizados em atividades
desplugadas/Maker, tais como a montagem de jogos, brinquedos e maquetes, para
responder os desafios propostos.

A Cultura Maker propõe desafios para todos


estudantes dos Ciclos.
Despertando nos estudantes atenção especial para
a necessidade da Reciclagem, Reuso e Redução do
Consumo.
Com a proposta de criação de brinquedos, jogos e
outros objetos úteis para a vida cotidiana.
As atividades envolvem o despertar de criatividade.
Utilizamos de propostas que desenvolvam a
curiosidade e o interesse dos estudantes como:
montar brinquedos com material reciclável, criação
de labirintos, autômatos, e outros brinquedos. Para
a confecção estudamos coletivamente por meio de
vídeos o passo a passo de como preparar e realizar
o trabalho durante as aulas de Educação Digital.
Transformamos o LED em uma oficina de criação com diversas possibilidades de
colocar em prática a autonomia, o protagonismo e autoria dos estudantes.
Foram utilizados como materiais caixas de papelão, tintas para pintura, uso da régua
para desenhar os caminhos certos e falsos, bolinha de gude, computador e
impressora para a criação de uma imagem para ser sua marca, e outros recursos
recicláveis.

Todo o processo de construção dos materiais estava vinculado aos princípios do


Currículo da Cidade: Educação Integral, Equidade, Educação Inclusiva. Desta forma
com a participação no projeto os estudantes desenvolveram atitudes, posturas que
contribuíram com a melhoria nas relações, descobrindo habilidades e competências
que proporcionaram melhorias no cotidiano.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.


Currículo da Cidade: Ensino Fundamental: Tecnologias para Aprendizagem. São
Paulo: SME/COPED, 2017.

* Graduada em Tradutor e Intérprete e Licenciatura Plena Português e Inglês,


Professora de Inglês e POED da RMESP na EMEF Leonor Mendes de Barros desde
2008.
Projeto Aluno Monitor_ Desenvolvimento de tecnologias
assistivas através da modelagem e impressão 3D

EMEF AMADEU AMARAL

CAIO MARQUES*

Utilização do LED e seus equipamentos


(impressora 3D e kits de robótica); Os
estudantes do projeto aluno monitor (ciclos
interdisciplinar e autoral, de sexto a nono ano)
atuam dentro das aulas regulares do POED nos
ciclos de alfabetização e interdisciplinar
(primeiro a quinto ano). Através de observações
e produção de relatórios sobre os estudantes
da educação especial, desenvolvem projetos de
equipamentos, utilizando peças do kit de
robótica e peças originais, modeladas e
impressas em 3D, com a intenção de facilitar a
aprendizagem de conteúdos de diversas áreas.
Além disso, atuam diretamente em conjunto
com a PAEE da unidade, desenvolvendo
equipamentos solicitados pela professora para
a sala de recursos.

Desenvolvimento de projetos em 3D
para elaboração de peças e
equipamentos de tecnologias
assistivas; Aprimoramento de técnicas
de modelagem e impressão 3D;
Desenvolvimento de aparelhos
robóticos com peças originais, que
proporcionem interação.
A avaliação se dá a partir dos resultados da interação dos estudantes da educação
especial com os objetos produzidos. Através de autoavaliação e observações do
POED e PAEE, os alunos monitores passam a trabalhar em processos de
aprimoramentos dos equipamentos, já que cada estudante da educação especial
tem uma necessidade específica de atendimento. Como resultado, além de terem
maiores conhecimentos na área técnica, também geram maiores possibilidades de
aprendizagem aos estudantes atendidos dentro e fora do LED.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.


Currículo da Cidade: Ensino Fundamental: Tecnologias para Aprendizagem. São
Paulo: SME/COPED, 2017.

* Graduado em Letras Licenciatura Português/Inglês pela Universidade Cidade de


São Paulo, Professor Orientador de Educação Digital da Rede Municipal desde 2013.
Respirações:
Vídeo aulas de performance para sair do sufoco da educação
remota em tempos de pandemia

CIEJA ERMELINO MATARAZZO

DENISE PEREIRA RACHEL*


As Respirações consistem em uma proposta
de arte como educação que almeja promover
encontros virtuais, nos quais testamos a
possibilidade de criarmos juntos mesmo
estando fisicamente separados. Para tanto,
nos inspiramos em um artista francês
chamado Marcel Duchamp que, há mais ou
menos um século atrás, ao invés de se
afirmar enquanto artista passou a se declarar
um respirador.

A ação Respirações ocorreu semanalmente por meio de diferentes plataformas


digitais - Whatsapp, Youtube, Google Sala de Aula, Google Meet - em três
momentos relacionados entre si: contextualização, produção e fruição.

Contextualização - historicizar e discutir em tempo real referências artísticas


relacionadas à Arte por Instrução e ao tema gerador de cada série de
Respirações. Realizamos ao todo 10 séries intituladas: Horizonte, Janelas,
Distâncias, Poder, Luto, Indignação, Futuro, Fome, Saudade e Liberdade.
Produção - criar a partir de uma instrução apresentada por meio de uma Vídeo
Aula de Performance. As criações dão origem aos Cadernos para Respirar.
Fruição - apreciar as produções que compõem os Cadernos para Respirar em
tempo real.
A série horizonte foi a primeira realizada na ação
Respirações. Escolhemos esta temática partindo do
contato com estudantes e docentes do CIEJA Ermelino
Matarazzo via WhatsApp, Google Sala de Aula e
Google Meet, ao observar a constância de relatos das
angústias e incertezas em relação a uma dificuldade
de enxergar perspectivas diante da pandemia
sanitária, pesadelo econômico e pandemônio político
que assolam o Brasil.

Diante das recorrentes manifestações de angústia, de


impotência e de sofrimento diante das dores infligidas
pelas mais diversas experiências da perda,
percebemos que lidar com a morte se tornou algo
incontornável, urgente e imprescindível.
Nesse sentido, concebemos a série intitulada Luto,
realizada na primeira quinzena do mês de agosto de
2020, período em que o país atingiu a marca de 100
mil mortos vítimas da covid-19.
Mais informações: https://www.coletivoparabelo.com/respira%C3%A7%C3%B5es

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

RACHEL, Denise Pereira. Adote o artista não deixe ele virar professor: reflexões em
torno do híbrido professor performer. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.
(Coleção PROPG Digital- UNESP). ISBN 9788579835995. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/126210>. Acesso em 09 de agosto de 2022.

* Doutora em Arte e Educação pelo Instituto de Artes da UNESP, atua como


professora performer e pesquisadora na rede municipal de ensino de São Paulo. É
integrante do Coletivo Parabelo, junto ao qual desenvolve pesquisa em torno das
pedagogias da performance. Publicou o livro, pelo selo Cultura Acadêmica da
Edunesp, intitulado “Adote o artista não deixe ele virar professor: reflexões em
torno do híbrido professor performer”.
Racismo: qual é o meu lugar de fala?

EMEF PREF. JOSÉ CARLOS DE FIGUEIREDO FERRAZ

AYANA MEDEIROS*
ANDERSON SILVA
AMANDA DIAS
DANIELLE GUERREIRO
MIRLENE ANTUNES
TAISA VICENTE

Em junho de 2020, após casos de racismo, fruto da violência policial, que envolveram
o assassinato de George Floyd nos EUA e de João Pedro no Brasil, houve uma
repercussão consequente, em forma de manifestações, contra a violência policial em
ambos os países. Em uma construção transdisciplinar (HERNÁNDEZ, 1998), docentes de
diversas áreas, junto a coordenação pedagógica da EMEF Prefeito José Carlos de
Figueiredo Ferraz, sentiram-se tocados, surgindo a necessidade de trabalhar este
assunto na escola. Afinal, o que as/os estudantes pensavam sobre isso? Partindo da
premissa de que uma educação antirracista não se trata de uma abordagem pontual,
nossa iniciativa tem como foco trabalhar com os problemas que envolvem o racismo,
de forma contínua. Num contexto de adversidades devido a pandemia da Covid-19, foi
criada a web-série “Racismo: qual o meu lugar de fala?”. A iniciativa possui objetivos de
ação solidária e de aprendizagem curricular, na qual objetiva contribuir para a
construção de subjetividades, promover a empatia, estimular a participação,
envolvimento e intervenção social em prol de um assunto que agrega a todos na defesa
de direitos e na garantia da dignidade humana, propiciar a ação solidária e
engajamento a respeito do papel de todos na luta antirracista, visando o combate aos
diversos tipos de violência e melhorando a qualidade de vida da comunidade. Além de
integrar os temas e saberes de todos os componentes curriculares à vida prática dos
alunos.
Respaldados pela lei 10.639/03 que altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação), refletimos junto as Diretrizes Curriculares que os documentos provocam
bem mais do que a inclusão de novos conteúdos, exigindo que se repensem relações
étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas
para aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação oferecida pelas escolas,
cabendo à lei regular atitudes discriminatórias, garantido às pessoas a preservação de
seus direitos fundamentais, em especial, a dignidade da pessoa humana. Esta lei, fruto
das lutas dos movimentos sociais negros, respalda o projeto e nos estimula a abrangê-
la para outros componentes curriculares, devido a sua relevância no combate ao
racismo.
Imagem 3 - Reunião de acompanhamento do projeto

É possível notar um engajamento dos estudantes que participaram das atividades do


projeto, durante o próprio desenvolvimento do mesmo, assim como em outras
atividades e temas. O maior interesse dos alunos em participar das rodas de conversa,
dos espaços de discussão, o hábito de ouvir e ser ouvido traz uma nova perspectiva para
esses jovens. Expor suas ideias, respeitar pensamentos distintos, agir em momentos de
conflito e manifestação de discriminação racial, seja na escola ou fora dela, é um passo
fundamental para a formação cidadã e o desenvolvimento da educação comprometida
com os valores e os direitos humanos. Durante as reuniões e encontros virtuais foi
possível notar a participação da comunidade escolar. Familiares dos alunos envolvidos
no projeto puderam contribuir expondo suas ideias e compartilhando suas experiências.
Combater a violência e o racismo passa a ser uma prática cotidiana, partindo da sala de
aula, se espalhando pelas famílias e comunidade escolar.

Imagem 4 - Reunião Formativa online com a equipe escolar


ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG):
Letramento, 2018.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-


Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF.
Ministério da Educação (MEC). 2004.

BRASIL. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Secretaria


da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade SECAD. Brasilía, DF. Ministério
da Educação (MEC). 2006.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. 2ª ed. (trad. De Renato da Silveira).
Salvador: EDUFBA, 2008.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de


trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

HOOKS, Bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo, Editora Elefante,
2019.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de
Janeiro: Cobogá, 2019.

MOMBAÇA, Jota. Notas estratégicas quanto aos usos políticos do conceito de lugar
de fala. Disponível em <https://www.buala.org/pt/corpo/notas-estrategicas-quanto-
aos-usos-politicos-do-conceito-de-lugar-de-fala>. Acesso em 23/05/2020

* Licenciada e mestranda em Geografia pela Universidade de São Paulo. Membra


do Núcleo de Pesquisadoras e Estudantes Negras da Universidade de São Paulo
(NEPEN GEO USP).
O uso de jogos, brincadeiras, cantigas de roda e parlendas
como repertório cultural e potencializador do processo de
alfabetização para as turmas dos 1º Anos

EMEF ANÁLIA FRANCO BASTOS

ADRIANA DE SOUZA NETTO*

No retorno as aulas presenciais em


2022 (passado o período de
isolamento), recebemos diversos
estudantes que não tiveram a
oportunidade de vivenciar as
propostas da Educação Infantil e
notamos a falta de repertório para
brincadeiras e músicas de tradição
popular, tão presentes na infância que
potencializam o processo de
alfabetização, o que trouxe outro
cenário e necessidades para o locus
escolar.

Considerando que as cantigas e parlendas despertam o interesse das crianças,


possibilitando momentos de diversão e brincadeira, nos fez pensar na importância
de fazer essa junção para favorecer o processo de alfabetização e o
desenvolvimento da expressão oral e corporal por meio da ludicidade e brincadeiras
nas turmas dos 1ºs anos.
Durante o projeto o papel do professor está sendo fundamental, como mediador,
partindo de um olhar e escuta sensível, vêm observando, construindo e
reconstruindo os percursos, garantindo o protagonismo dos estudantes no
desenvolvimento das propostas, pois a cada apresentação de atividades para a
turma, muitas possibilidades se abrem, a partir do que os estudantes trazem (seus
interesses e sugestões) que vão modificando o plano inicial e auxiliando na criação
de um percurso próprio da turma
Nesse processo, é importante destacar a parceria do Luiz,
estagiário que nos acompanha diariamente, ele toca
instrumentos musicais e é contador de histórias,
habilidades que contribuíram para qualificar o projeto.

Observamos, ao longo do percurso e conforme as


devolutivas dos estudantes, que o projeto foi sendo
modificado e ampliado em relação à proposta inicial;

Foi possível verificar que os alunos mostraram um avanço em


relação à leitura e escrita, concentração, participação e
pertencimento;

Comparando as sondagens, de 2019 e 2022 (no mesmo


período), foi possível verificar que os estudantes de 2022
avançaram em suas hipóteses de escrita e leitura, antes do
período que acontecia em anos anteriores, como o de 2019;

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo


da cidade: Ensino Fundamental : componente curricular : Língua Portuguesa, Matemática,
Geografia e Ciências da Natureza – 2.ed. – São Paulo : SME / COPED

*Professora de Fundamental I na EMEF Anália Franco de Bastos


Licenciada em Pedagogia com habilitação em Administração e Supervisão
Escolar pela Universidade São Judas Tadeu.
Corrida das operações
Projeto PAP

EMEF FIRMINO TIBÚRCIO DA COSTA

JOICE SALES MOURÃO GALVÃO*

Os estudantes, público alvo do PAP, são aqueles que, por


motivos distintos, não conseguiram, no tempo regular de aula,
se apropriar dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
previstos para o ano/Ciclo de Aprendizagem, além da
recuperação contínua na sala de aula regular, participam do
projeto de apoio pedagógico.

Considerando que os jogos ajudam a criar contextos de


aprendizagem significativos para o estudante e de
compreender o jogo como uma prática humana e social de
relação com o conhecimento, essa foi uma estratégia para
trazer encorajamento e participação para o avanço das
aprendizagens.
Um dos objetivos do projeto é ofertar ao estudante do
Projeto de Apoio Pedagógico – PAP vivências significativas,
por meio de jogos, para se apropriarem dos objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento previstos para o ano
correspondente.
Durante os momentos do jogo, o estudante é personagem principal do processo (busca
diferentes soluções, não se preocupa com nenhum modelo); há uma cooperação
mútua, auxiliando o colega para sanar dificuldades e muitas vezes sugerem
temas/ideias para as próximas atividades.
Como resultados, percebemos a aprendizagem da matemática de uma forma
prazerosa, o interesse em criar jogos, a turma mais participativa durante as aulas e
avanço nas aprendizagens.

SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.


Currículo da cidade : Ensino Fundamental : componente curricular : Matemática e
Projeto de Apoio Pedagógico : recuperação de aprendizagens. – 2.ed. – São Paulo : SME
/ COPED, 2019.
São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.
PRIORIZAÇÃO CURRICULAR – Currículo da Cidade ENSINO FUNDAMENTAL –
MATEMÁTICA .
*Pedagoga, especialista em intérprete de Libras e Gestão de Ambientes
Inclusivos. Foi intérprete de Libras na Universidade São Judas Tadeu,
Universidade Cidade de São Paulo, Uniradial e na Escola Estadual São João
Evangelista.
Alfabetização e ensino remoto: Recursos para
impulsionar a aprendizagem

EMEF AMADEU AMARAL

MICHELLE PERPÉTUO PAIS BERNARDO PEREIRA*

Era início da pandemia, ficamos todos em casa, e eu estava com uma turma de 2° ano
do fundamental I, e então comecei a pensar: como alfabetizar à distância? Quais
recursos posso utilizar para que as aulas remotas sejam mais eficientes e,
simultaneamente, lúdicas?
Certa que absolutamente nada substitui o ensino presencial e a riqueza do contato
professor-estudante e estudante-estudante, pensei sobre como minimizar os
impactos, manter o contato, interesse e desenvolvimento dos estudantes nas aulas
remotas, sabendo de todas as dificuldades encontradas pelas famílias.
Desse modo, enfrentei o desafio da tecnologia e criei um site e um canal no Youtube
chamado “Professora Blogueirinha” , passei a publicar vídeos com explicações,
desafios, jogos, e demais conteúdos previstos para o ano, muitos destes materiais
abordam as questões fundamentais para que a alfabetização possa acontecer, como,
por exemplo, a consciência fonológica (rima e aliteração, palavras dentro de palavras,
relação letra-som, sílabas e palavras), leitura e análise de textos diversos,
principalmente parlendas e cantigas conhecidas, listas de palavras, e diferentes tipos
de atividades envolvendo a leitura e a escrita. Além destes, há também jogos voltados
para o campo da alfabetização, matemática e outros conteúdos escolares, bem como
jogos que trabalham a memória, o raciocínio lógico e a atenção.
Nas minhas turmas de 2020 e 2021 pude perceber que os estudantes apresentaram
evoluções no aprendizado e que se sentiam desafiados executando os jogos e as
atividades propostas por meio dos vídeos gravados, recebi e recebo até hoje muitos
relatos de famílias sobre esta época de ensino remoto, sempre citam os vídeos e os
jogos como algo que aproximou as crianças da escola, mantendo o vínculo e tendo
mais interesse em estudar remotamente, o que foi um grande desafio.
Atualmente utilizo os vídeos como recursos pedagógicos em sala de aula, para
diversificar a prática e tornar as aulas mais interessantes, os vídeos continuam sendo
assistidos por todos os estados do país, mesmo agora que o ensino remoto já não é
mais a realidade da educação, recebo mensagens de professores que também os
utilizam em suas aulas presenciais e os enviam como lições de casa, etc.

Hoje o canal do Youtube “Professora Blogueirinha”


(https://www.youtube.com/channel/UCDJmFKQIZ536lBh5hAfb
w6A), já tem mais de 150 vídeos publicados, conta com quase
24 mil inscritos, e totaliza mais de 2 milhões e 500 mil
visualizações, algumas dessas até de fora do nosso país,
como de Portugal e Estados Unidos.

Os jogos educativos disponibilizados no site “Professora


Blogueirinha” (https://www.professorablogueirinha.com.br/)
já foram acessados mais de 45.000 vezes, alcançando mais
de 15 países ao redor do mundo.

COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,


1992.
DRUMOND, Kelly. Gamificação na educação básica. Somos Educação, 8 de set de 2020.
Disponível em <https://www.somoseducacao.com.br/gamificacao-na-educacao-basica/>
Acesso em 12 jul. de 2021
FERNANDES, Naraline. Uso de jogos educacionais no processo de ensino e de
aprendizagem, Alegrete, 2010. Disponível em
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/141470/000990988.pdf> Acesso em
16 jul. de 2021
FRIEDMANN, Adriana. O brincar no cotidiano da criança. São Paulo: Moderna, 2006.
MORAIS, Artur Gomes de. Consciência fonológica na educação infantil e no ciclo de
alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
SOARES, Magda. Alfaletrar: Toda criança pode aprender a ler e a escrever. São
Paulo:Contexto, 2020.

*Professora de Fundamental I na EMEF Amadeu Amaral, formada em


Pedagogia e pós graduada em Educação Especial/ Inclusão e
Psicopedagogia.
O uso dos jogos como potencializador das
aprendizagens no projeto PAP

EMEF GUILHERME DE ALMEIDA

VÂNIA LÚCIA SANTOS*

Considerando as especificidades dos estudantes do PAP,


alinhadas à proposta do Currículo da Cidade, a estratégia
do uso de jogos evidencia o protagonismo e valorização
dos estudantes, potencializando a aprendizagem por
meio de jogos educativos, partindo da ressignificação do
“erro”, como parte do processo de aprendizagem para o
letramento e alfabetização. Uma proposta lúdica e
criativa desperta o interesse pela aprendizagem, tendo o
professor como mediador importante para esse
processo.

Em fevereiro foi realizado uma avaliação diagnóstica a partir


da observação de um jogo, momento importante para
verificar as capacidades de oralidade e oralização dos
estudantes do projeto.
Percebendo no público-alvo do projeto de PAP, a expressão
oral e o uso dos jogos como potencializador do processo de
aprendizagem, foram inseridos no planejamento aulas o
“Story Cubes”¹ e “Dobble”². Durante o processo, as
intervenções e desafios propostos possibilitaram que os
estudantes produzissem escrita de listas de palavras, frases,
textos, gráficos, situações problemas do campo aditivo a
partir de diversas estratégias, como escrita coletiva, escrita
individual e escrita em duplas.
.
Após as dezesseis aulas, foi possível observar o quanto
os estudantes avançaram no processo de aquisição da
escrita e fluência leitora, assim como os conhecimentos
matemáticos passaram a fazer sentido e as consignas
foram melhor compreendidas para resolução de
problemas. Além disso, a participação e envolvimento nas
aulas se tornaram mais efetivos
¹ Story Cubes é um jogo de contar e criar histórias, a
partir das 9 imagens aleatórias, geradas pelos 9 dados.
Cada dado contem 6 das 54 imagens que podem ser
misturadas de várias maneiras e formas de jogo.
As histórias podem ser contadas individualmente, em
grupo, podem alterar a ordem dos dados, se basear em
temas de filmes, livros ou qualquer outra possibilidade
que a criatividade do grupo permitir.

² Dobble é um jogo que desafia a velocidade e observação.


Todos jogam simultaneamente. Dobble é composto por 55
cartas com mais de 400 símbolos. Cada uma delas possui 8 de
57 símbolos possíveis e cada carta tem somente um símbolo
em comum com qualquer outra carta do baralho. O objetivo é
conseguir identificar qual é o símbolo em comum entre às duas
cartas. Todos os participantes têm a mesma chance de ganhar
a rodada e por isso é preciso ser ágil!

SÃO PAULO (SP), Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.


Orientações Didáticas do currículo da cidade: Matemática, Língua Portuguesa,
SME:SME/COPED, 2018.

Orientações do Currículo da cidade. Ensino Fundamental e Médio. Recuperação das


Aprendizagens. Secretaria Municipal de Educação- São Paulo: SME/COPED- 2019.

Alfabetização: da ciência cognitiva à prática escolar/ Alessandra Gotuzo Seabra, Ana


Luiza Navas.

Maria Regina Maluf (coordenadoras) 2 ed. Londrina PR. Neurosaber. FREIRE, Paulo .
Pedagogia do Oprimido. 25 a ed. (1a edición: 1970). Rio de Janeiro: Paz e Terra.

*Licenciada em Pedagogia com habilitação em Administração e Supervisão


Escolar, pela UNESP. Especialista em Direito Educacional e Literatura Infantil pela
Faculdade Network.
PREFEITURA DE SÃO PAULO
RICARDO NUNES
Prefeito de São Paulo

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


FERNANDO PADULA
Secretário Municipal de Educação

MALDE MARIA VILAS BÔAS


Secretária Executiva

BRUNO LOPES CORREIA


Secretário Adjunto

OMAR CASSIM NETO


Chefe de Gabinete

DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO PENHA


LUCI BATISTA COSTA SOARES DE MIRANDA
Diretora Regional de Educação

ANA CLAUDIA ZANCHETTI


Supervisora Técnica

CRISLAINE APARECIDA FRANCISCO


Assessora Técnica

RENATA LIVIA SOARES PERINI


Diretora de Divisão – DIPED

FÁBIO LUIZ VILLANI


Diretor de Divisão - DICEU

MARLI APARECIDA LOFFREDO


Diretora de Divisão – DIAF

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