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PRÁTICA PROFISSIONAL
2ª LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
GUARULHOS
AS MORDIDAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
LEILA DA COSTA BARROS
PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFISSIONAL
SÃO ROQUE
2023
2. APRESENTAÇÃO
As crianças de 0 a 3 anos não possuem maturidade para lidar com situações
de conflitos que surgem no seu dia a dia. Situações como disputa de
brinquedos e até mesmo ciúmes, são as principais causas dessas ocorrências,
e como as crianças estão em desenvolvimento e não conseguem falar, buscam
resolver a situação através das mordidas.
“Segundo Wallon (apud Rossetti-Ferreira, et al., 2004, p. 24), as atitudes do
bebê tomam forma por meio da interação com o outro e do movimento deste,
principalmente, quando esse outro completa e interpreta o bebê para o mundo
e o mundo para ele. Esse outro, geralmente, é a mãe ou o pai, embora outras
pessoas possam assumir ou compartilhar esse lugar (avós, tios, irmãos,
educadoras de creche e pré-escolas etc.)”.
A mordida é um comportamento típico de crianças e bebês até os dois anos ou
um pouco mais. Neste período, os bebês e crianças exploram o mundo através
da boca, afinal tudo é muito novo: tamanhos, formas, cores, textura e gosto, e
chamamos este momento de fase oral.
Segundo Cisele Ortiz, psicóloga e coordenadora do Instituto Avisa Lá, "Morder"
é a forma de contato sensorial com o desconhecido e a comunicação corporal
que as crianças possuem numa determinada fase do desenvolvimento”.
(TAPIA, L.S,2015)
As crianças usam a boca para explorar objetos e morde-los faz parte dessa
exploração, além disso, podem morder os colegas, a professora e a família em
casa. Quando as crianças mordem umas às outras e percebem a reação da
criança que foi mordida como choro, susto, grito, pode achar interessante e
repetir a ação. Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de
sucção e a de mordida. Na fase da mordida “há uma tendência a destruir,
morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas
características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por
privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que
aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros
recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não
tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”. É como se a
criança quisesse se vingar das frustrações que o período de amamentação lhe
causou.
A criança que morde na verdade está procurando uma forma prazerosa de se
expressar com o mundo, de se descobrir dentro dele, pois nesta fase a sua
libido está centrada na boca, na porção superior do trato digestivo.
Segundo Hoshino (2018) “Crianças mordem para conhecer e se comunicar. É
natural mas não pode ser ignorada”
A proposta do projeto é trazer estratégias que diminuam as mordidas.
Sabemos que nem sempre será possível impedir que as mesmas aconteçam,
pois os pequenos são rápidos e, como citado acima, nesta fase de 0 a 3 anos
as mordidas fazem parte do desenvolvimento da criança. Mas se houver
meios de evitá-las, será um alívio para a criança, pais e professores.
3. OBJETIVOS
Objetivo geral:
● Reduzir as ocorrências de mordidas no berçário, evitando o conflito
entre crianças e transtornos para pais, alunos e professores.
Objetivos específicos:
● Melhorar a convivência e interação entre as crianças;
● Promover reflexão sobre o que é certo ou errado;
● Desenvolver bons hábitos de respeito às regras e a rotina da sala;
● Vivenciar atividades lúdicas e prazerosas.
4.METODOLOGIA
● Proporcionar atividades de movimento que envolvam expressão corporal
como danças e brincadeiras ao ar livre. Observar o comportamento das
crianças, pois quando estão entretidas em atividades que gostam
provavelmente as mordidas serão evitadas;
● Facilitar o compartilhamento de brinquedos entre as crianças,
dialogando e reforçando a importância de dividir e brincar junto. As
mordidas poderão ocorrer quando as crianças não conseguem falar ou o
número de brinquedos é insuficiente para todas as crianças. Esse é o
momento de intervir e propor o compartilhamento, explicando como ele
pode acontecer;
● Manter a mesma postura diante de todas as crianças. Percebemos que
quando agimos de maneira diferente com algumas crianças, podemos
criar um problema. Então mesmo que alguns necessitem de atenção
especial, como por exemplo quando estão doentes, é importante que os
responsáveis ajam da mesma forma com todos, claro que auxiliando no
que for necessário para que a criança se recupere e fique boa logo.
● Utilizar e explorar espaços e ambientes diferenciados.
5.CRONOGRAMA
6. RECURSOS NECESSÁRIOS
● Brinquedos, bolinhas de piscina, materiais recicláveis como: caixa de
papelão, jornais, revistas, potes, rolinho de papel higiênico entre
outros.
● Guache, giz de cera, papel Kraft, sulfite colorido, cola, durex,
caixinha de música, pen drive.
Atividades desenvolvidas na sala multiuso, parque e berçário.
7.RESULTADOS ESPERADOS
Minimizar as ocorrências de mordidas no berçário e contribuir com o
desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo das crianças através de atividades
lúdicas e diferenciadas.
8.REFERÊNCIAS:
● TAPIA, L.S. Por que as crianças mordem? Creche Segura, 2015,
[online] Disponível em https://www.crechesegura.com.br/por-
queas-crianças-mordem
https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-
professores/mordidas-nas-escolas.htm
https://lunetas.com.br/afinal-por-que-as-criancas-mordem-e-como-lidar-
com-isso.
WALLON, H. As origens do caráter na criança. Tradução Heloysa
Dantas de Souza Pinto. São Paulo: ed. Nova Alexandria. 1995.
JOGO DE ENCAIXE
ATIVIDADE COM
RECICLÁVEIS: ROLO
DE PAPEL HIGIÊNICO.
BRINCADEIRAS
AO AR LIVRE,
PLAYGROUND.