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9º ano

PREFEITURA MUNICIPAL DE TRÊS RIOS


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

JOACIR BARBAGLIO PEREIRA


Prefeito Municipal

JACQUESON MARTINS LIMA


Vice-Prefeito

ANA PAULA AZEVEDO DE OLIVEIRA


Secretária de Educação, Ciência e Tecnologia

SANDRA HELENA GOMES MODESTO DE OLIVEIRA


Subsecretária de Educação,Ciência e Tecnologia

JULIANA PIPA NOEL


Coordenadora do Setor Pedagógico

ALANDA MARIA DA COSTA ALMEIDA


ALESSANDRA GOVÊA SATIRO
DEISE COSTA SILVA VIEIRA
JULIANA PIPA NOEL
MÔNICA MARIA DE ARAÚJO
RAFAEL ANTÔNIO DOS SANTOS LOTÉRIO
RITA DE CÁSSIA PEREIRA E SILVA
SANDRA HELENA GOMES MODESTO DE OLIVEIRA
Equipe técnico pedagógica da SMECT

9º ano
Vivemos um momento único em nossas vidas, em que a partir do dia 16 de março, a vida
acadêmica de crianças e jovens, as ações pedagógicas tanto de professores quanto de gestores, da rede
educacional pública e privada, não seria como o habitual. Aulas presenciais, ações instantâneas de
curto e longo prazo, para a apropriação dos conceitos, a convivência social, a troca de saberes, tudo
isso deveria sofrer modificação, em detrimento do COVID-19.
A suspensão das aulas na rede pública e particular foi uma decisão conjunta entre os
profissionais da Secretaria de Estado e Ministério da Saúde para conter a pandemia.
Em tempos de #fiqueemcasa, muita coisa mudou em nosso dia a dia, como a rotina das
crianças e dos adolescentes que precisam permanecer em casa, por medidas de proteção à sua saúde e
de redução da chance de se tornarem vetores do Covid-19 para suas famílias e comunidades.
Contudo, as crianças continuam com várias possibilidades de aprendizado, pois os espaços de
convivência familiar podem favorecer diferentes formas de interação com o conhecimento, mesmo
estando distantes de colegas e professores/as.
OBJETIVO
A equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Três Rios/RJ elaborou e
organizou atividades educacionais para inspirar as famílias e disponibilizar às crianças e adolescentes
alternativas de apoio à aprendizagem que favoreçam o vínculo dos estudantes com o conhecimento,
ainda que temporariamente distantes do ambiente escolar.
APOIO E INTERAÇÃO FAMILIAR – PARCERIA DE SUCESSO!
Para contribuir com a continuidade de suas aprendizagens, precisamos ajudá-los nas diferentes
formas de estudar, desenvolvendo capacidades necessárias para que se organizem de forma cada vez
mais autônoma. Nossa missão será incentivá-los, auxiliá-los a ter disciplina e organização,
mobilizando o interesse e o gosto pelos estudos.
• Organizar espaços dentro das possibilidades de cada residência para favorecer a concentração
e a realização das atividades;
• Disponibilizar recursos, fazendo adaptações quando necessário e cuidando da individualidade
de cada criança/adolescente;
• Participar e oferecer apoio à realização das atividades, com boas conversas, boas histórias e
descobrindo o quanto precisamos uns dos outros;
• Incentivar a colaboração na realização das atividades cotidianas da casa, valorizando o tempo
de estar juntos. O tempo em casa se torna um momento especial quando as crianças e
adolescentes podem interagir com seus familiares.

9º ano
Prezados alunos e responsáveis,

Devido à pandemia do Novo Coronavírus, tivemos em 2020 um ano letivo extraordinário, cheio
de desafios novos para os quais nenhum de nós estava preparado. Fizemos o que estava ao nosso
alcance diante dessa excepcionalidade, tentando evitar ao máximo os danos. Temos plena
consciência das limitações envolvidas no processo de compreensão e reação a essa situação. O
ano de 2021 começou sem que o cenário descortinado no ano anterior tenha se resolvido. Agora,
porém, o problema que enfrentamos já não é inédito e precisamos encontrar as estratégias
acertadas para não apenas evitar danos, mas recuperar as melhores condições para nosso ano
letivo. Pensando nisso vamos começar verificando sua capacidade de lidar com a linguagem e
com a resolução de problemas, que contemplam as diversas áreas do conhecimento. Leia e
resolva as questões propostas a seguir com atenção e com cuidado. Isso garantirá que seus
professores compreendam qual a sua situação atual no processo de aprendizagem e, através dessa
compreensão, elaborarão as melhores estratégias para atender as suas necessidades. Esse será
mais um ano de desafios e iremos, juntos, pensar na melhor forma de agir diante deles. Contamos
com a sua colaboração e nos prontificamos a fazer o possível para construir as melhores
referências para seu ano.

9º ano
Trabalhando com texto

Vivemos em um mundo amplo repleto de diferenças. Uma das características mais marcantes da
humanidade é a capacidade de se diferenciar e de ampliar as suas formas de compreensão do mundo e de
si mesma. Nesse mundo em que temos ideias diferentes, sonhos diferentes, metas de vida diferentes e,
sobretudo, concepções de vida, sucesso e evolução tão diferentes, poucas coisas são tão extremamente
importantes quanto a capacidade de argumentar. Argumentar é a capacidade de demonstrar e defender
pontos de vista diferentes diante da adversidade. Mais do que tentar convencer alguém sobre alguma
coisa, a função da argumentação é demonstrar que é possível conviver com ideias e modos de pensar e
agir diferentes dos nossos. Essa habilidade é tão importante que há estudiosos que chegam a afirmar que a
linguagem é eminentemente argumentativa, ou seja, por meio do nosso discurso tentamos convencer o
outro a respeito das nossas intenções, dos nossos pontos de vista, das nossas ―verdades‖. Todos nós
somos dotados de ideologias, de razão, de vontade e, por conta disso, tentamos influenciar o
comportamento do outro, de modo a conseguir sua adesão às nossas convicções.
Argumentar, entretanto, não é uma tarefa tão simples quanto pode parecer. Conseguir fazer com
que alguém aceite nossas ideias a ponto de fazer aquilo que desejamos é uma tarefa que demanda
domínio, por parte do produtor do texto, de uma série de informações como, por exemplo, conhecer a
fundo a pessoa que tentamos influenciar, suas ideias, preferências, convicções e ter conhecimento sobre o
assunto para mostrar que sabemos muito bem aquilo que estamos falando. Além disso, é preciso saber
articular as ideias a favor do nosso ponto de vista, usar uma linguagem adequada ao interlocutor e à
situação de comunicação.
Talvez seja a primeira vez que você estuda de forma mais sistematizada a argumentação. Porém,
ela não é novidade na sua vida. Desde crianças, quando aprendemos a falar, também começamos o
exercício da argumentação. Lembra-se de quantas vezes sua mãe mandou você tomar banho, escovar os
dentes, estudar para as provas e você tentou convencê-la de que não era necessário? Lembra-se das vezes
em que seu amiguinho não queria te emprestar um brinquedo e você tentou convencê-lo a emprestar? Viu
como argumentar faz parte da vida de todo mundo desde muito cedo?
Como dissemos, estamos familiarizados com uma forma de argumentação natural da linguagem.
Por outro lado, há outra espécie de argumentação mais formal, presente em muitos textos escritos e que
nem sempre é tão simples de identificar e utilizar em nossos próprios textos.
Desta forma, o objetivo desta aula é torná-lo capaz de interagir com textos argumentativos
próprios da cultura letrada, aqueles veiculados em jornais, rádios, revistas, internet, livros e que discutem
temas de natureza muitas vezes polêmica e, por isso, de interesse coletivo. A habilidade de interagir com
textos de natureza argumentativa – e de produzi-los – é necessária em diversos momentos da sua vida

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como cidadão atuante na sociedade, para requerer seus direitos e entender seus deveres, contribuindo com
suas ideias para a construção do mundo. Ouvir, ver e ler o mundo; refletir e reorganizar seu pensamento,
para, então, contribuir com novas ideias é um caminho que se consegue apenas com a argumentação.

Agora que já introduzimos nosso tema, estabelecendo um panorama geral, vamos aos exercícios
para melhorar nosso aprendizado.

1. Vamos começar a estudar a argumentação por meio de um gênero de texto que faz parte do seu
cotidiano, a propaganda. Você já deve ter percebido que um dos principais objetivos da
propaganda é convencer. E ela faz isso não só por meio da linguagem verbal, mas também da
linguagem visual. Veja a propaganda a seguir:

Disponível em: http://entrecruzandodiscursos.blogspot.com.br/2010/12/rapida-analise-da-propaganda-dove-anti.html Acesso em 13 de janeiro de


2021.

Inicialmente, para você compreender a ideia que o anúncio pretende veicular, é necessário dispor de
algumas informações que não estão escritas na propaganda, mas que se pressupõe que o interlocutor
conheça. Agora, responda:

a. Que personagem ilustra a propaganda?


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b. Que produto está sendo anunciado e qual a sua utilidade?
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c. Qual a relação do produto anunciado com a personagem da propaganda?


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d. Que ideia a propaganda pretende transmitir para o interlocutor? Justifique a sua resposta.
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2. A próxima tarefa começa com a leitura atenciosa de uma fábula muito famosa: ―O lobo e o cordeiro‖.
Vamos lá
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O lobo e o cordeiro

Estava o cordeiro a beber num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto.
– Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? — disse o monstro arreganhando os
dentes. Espere, que vou castigar tamanha má-criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
– Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.
– Além disso — inventou ele — sei que você andou falando mal de mim o ano passado.
– Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?

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Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
– Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
– Como poderia ser meu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não vencia o pobrezinho, veio com uma razão de lobo
faminto:
– Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!
E — nhoc! — sangrou-o no pescoço.
Moral: Contra a força não há argumentos.
Disponível em: http://peregrinacultural.wordpress.com/2012/04/05/fabula-o-lobo-e-o-cordeiro-texto-de-monteiro-lobato/. Acesso em 13 de janeiro de
2021.

É possível perceber, ao longo da leitura, que há um jogo de argumentação entre o lobo e o cordeiro.
Agora vamos aprofundar nossa análise do texto:
a. Por que o lobo se irritou com o cordeiro e o devorou?
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b. As justificativas apresentadas pelo lobo para devorar o cordeiro eram válidas? Por quê?
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c. Explique a relação entre o desfecho da narrativa e a moral ―contra a força não há argumentos‖.
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Agora que já interagimos com um texto relativamente mais simples, vamos estudar a argumentação
mais formal, aquela que é construída para defender um ponto de vista e que, geralmente, é publicada nos
grandes suportes como jornal, revista e internet.

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3. Leia o texto a seguir para responder as questões propostas:

O perigo que a internet pode oferecer às famílias

A internet é uma ótima ferramenta para a informação e para a educação, mas se usada de maneira
inadequada, pode trazer problemas sérios para a sua família.
Com a violência instituída nos centros urbanos, é até coerente pensar que dentro de casa os filhos
estão mais seguros e protegidos. A conexão com o mundo lá fora passa então a se dar por meio da tevê e
da internet. E é nesta segunda que reside um grande perigo.
Despreocupadamente, muitos jovens navegam pela web sem se dar conta que podem estar se
envolvendo com os chamados predadores virtuais: pedófilos, sequestradores e até traficantes de drogas.
Os jovens são movidos pela curiosidade e com a internet eles têm acesso a todo tipo de coisa. Desde sites
de pornografia, contato com pessoas mal intencionadas, sites que ensinam até a construir bombas e
grupos que incentivam adolescentes ao suicídio, alerta Adelize Generini de Oliveira, especialista na área e
autora do livro Navegando com Segurança Guia para Proteger seu Filho na Internet.
E os números comprovam que há motivo para preocupação. Cerca de 90% das denúncias de
pedofilia registradas no Brasil no ano passado tinham relação com o conteúdo do Orkut, um dos mais
populares sites de relacionamentos utilizados pelos jovens.
Para evitar problemas, é preciso estar atento. De acordo com a pedagoga e consultora em
tecnologia, Danielle Lourenço, o melhor caminho é a orientação dos pais. Você até pode proibir que seus
filhos acessem a internet, não se cadastrem no Orkut ou usem o MSN. Mas só dentro da sua casa. Ele
pode ir à esquina em uma lan house e fazer tudo isso. Hoje é possível entrar em qualquer site pelo celular.
Então, a conversa franca, com as devidas orientações do uso seguro da internet é o melhor caminho.
Outra coisa importante é entrar neste meio online e ficar mais próximo dessa realidade, sugere a
consultora.
Mas se o diálogo não funcionar, existem outras maneiras de evitar que seu filho se meta em
encrencas. A coisa mais simples a fazer, principalmente para crianças menores, é colocar um filtro
proibindo certos conteúdos. Uma outra medida possível é verificar o histórico no Internet Explorer e ver o
que o jovem anda acessando. (...)
Disponível em: http://www.portaldecanoinhas.com.br/noticias/5250 Acesso em 26 jul. 2013.

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a. Qual o assunto do texto que você acabou de ler?
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b. Que ideia é defendida no texto?


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c. De acordo com o texto, proibir que os filhos acessem a internet de casa é suficiente para afastá-los dos
perigos? Por quê?
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d. No 5° parágrafo, o autor apresenta um dado estatístico. Qual a importância dessa informação para o
objetivo do autor do texto? Explique.
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e. O texto apresenta a opinião de duas especialistas no assunto: Adenlse Generini e Danielle Lourenço.
Por que essas duas pessoas foram escolhidas para dar suas opiniões no texto? Explique.
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Quando estamos diante de textos mais formais, ou seja, que possuem uma organização e uma
linguagem mais sérias e mais convencionais, há duas informações que precisamos identificar para

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compreender bem o que estamos lendo: a tese defendida e os argumentos elaborados. A tese diz respeito a
um posicionamento do autor em relação a uma ideia, uma concepção ou fato. A apresentação de uma tese
é muito importante porque se trata de uma estratégia discursiva do autor, para mostrar a importância de
sua posição frente à questão discutida e, com isso, conquistar a adesão do leitor para que este aceite seus
pontos de vista. Mas, para expor uma tese, é necessário apresentar argumentos que a justifiquem, ou seja,
os argumentos devem funcionar como razões, como provas de que a ideia defendida tem sentido e
consistência.
Desta forma, você precisa ser capaz de reconhecer nos textos a ideia que está sendo defendida (tese)
e as justificativas utilizadas para fundamentá-la (argumentos). Há várias formas de defender um ponto de
vista. Para tanto, existem vários tipos de argumento. Dois dos mais utilizados pelo efeito de verdade que
conferem aos textos é o argumento com provas concretas e o argumento de autoridade. O argumento
com provas concretas é aquele em que o autor utiliza dados estatísticos, resultados de pesquisas, cifras,
valores, índices. Isso provoca no leitor uma sensação de que o autor tem razão em relação àquilo que diz,
porque foi comprovado por meio de pesquisas. Já o segundo tipo de argumento, o argumento de
autoridade, refere-se à contribuição de especialistas no assunto em discussão no texto. Essa estratégia
sugere para o leitor que a tese defendida no texto tem coerência, uma vez que, autoridades no assunto,
também apresentam pontos de vista convergentes com os do autor.
É bom que você saiba que, mesmo utilizando argumentos dessa importância, um argumento não é
uma prova de verdade. É tão somente uma estratégia linguística utilizada pelo autor, para conquistar a
adesão do leitor. Mas, para se conseguir isso, não basta apenas lançar mão de um bom argumento. O que
convence o interlocutor é qualidade dos argumentos expostos, somada à maneira como esses argumentos
são articulados em favor da tese defendida. Vamos, então, estudar mais sobre a argumentação?

4. Leia com atenção o diálogo abaixo. Embora seja estruturado em forma de narração, você vai
perceber que há um jogo de argumentação e contra argumentação entre as personagens pai e filho.

Hora de dormir
- Por que não posso ficar vendo televisão?
- Porque você tem de dormir.
- Por quê?
- Porque está na hora, ora essa.
- Hora essa?
- Além do mais, isso não é programa para menino.
- Por quê?

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- Porque é assunto de gente grande, que você não entende.
- Estou entendendo tudo.
- Mas não serve para você. É impróprio.
- Vai ter mulher pelada?
- Que bobagem é essa? Ande, vá dormir que você tem colégio amanhã cedo.
- Todo dia eu tenho.
- Está bem, todo dia você tem. Agora desligue isso e vá dormir.
- Espera um pouquinho.
- Não espero não.
- Você vai ficar aí vendo e eu não vou.
- Fico vendo não, pode desligar. Tenho horror de televisão. Vamos obedeça a seu pai.
- Os outros meninos todos dormem tarde, só eu que durmo cedo.
- Não tenho nada que ver com os outros meninos; tenho que ver com o meu filho. Já para a cama.
- Também eu vou para a cama e não durmo, pronto. Fico acordado a noite toda.
- Não comece com coisa não, que eu perco a paciência.
- Pode perder.
- Deixe de ser malcriado.
- Você mesmo que me criou.
- O quê? Isso é maneira de falar com seu pai?
- Falo como quiser, pronto.
- Não fique respondendo não: cale essa boca.
- Não calo. A boca é minha.
- Olha que eu ponho de castigo.
- Pode pôr.
- Venha cá! Se der mais um pio, vai levar umas palmadas.
- ...
- Quem é que anda lhe ensinando esses modos? Você está ficando é muito insolente.
- Ficando o quê?
- Atrevido, malcriado. Eu com sua idade já sabia obedecer. Quando é que eu teria coragem de responder a
meu pai como você faz. Ele me descia o braço, não tinha conversa. Eu porque sou muito mole, você fica
abusando... Quando ele falava está na hora de dormir, estava na hora de dormir.
- Naquele tempo não tinha televisão.
- Mas tinha outras coisas.
- Que outras coisas?

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- Ora, deixe de conversa. Vamos desligar esse negócio. Pronto, acabou-se. Agora é tratar de dormir.
- Chato.
- Como? Repete, para você ver o que acontece.
- Chato.
- Tome para você aprender. E amanhã fica de castigo, está ouvindo? Para aprender a ter respeito a seu pai.
- ...
- E não adianta ficar aí chorando feito bobo. Venha cá.
- Amanhã eu não vou ao colégio.
- Vai sim senhor. E não adianta ficar fazendo essa carinha, não pense que me
comove. Anda, venha cá.
- Você me bateu ...
- Bati porque você mereceu. Já acabou, pare de chorar. Foi de leve, não doeu nem nada. Peça perdão a seu
pai e vá dormir.
- ...
- Por que você é assim, meu filho? Só para me aborrecer. Sou tão bom para você, você não reconhece.
Faço tudo que você me pede, os maiores sacrifícios. Todo dia trago para você uma coisa da rua. Trabalho
o dia todo por sua causa mesmo, e quando chego em casa para descansar um pouco, você vem com essas
coisas. Então é assim que se faz?
- ...
- Então você não tem pena de seu pai? Vamos! Tome a benção e vá dormir.
- Papai.
- Que é?
- Me desculpe.
- Está desculpado. Deus o abençoe. Agora vai.
- Por que não posso ficar vendo televisão?

Fernando Sabino
Disponível em: http://blogauladeportugues.blogspot.com.br/2008/07/hora-de-dormir.html Acesso
em 26 jul. 2013.

a. Faça um resumo da história contada pelo texto.


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b. Que fato desencadeia todo enredo da história?


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c. Por que o pai proíbe o filho de ver televisão? Que argumentos o pai utiliza para convencer o filho de
que deve desligar a televisão?
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d. Que argumentos o filho utiliza para convencer o pai a deixá-lo assistir televisão?
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e. Por que o texto tem início e termina com o mesmo questionamento do filho para o pai?
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5. No texto a seguir há um outro exemplo de texto argumentativo. Ele é um pouco mais elaborado.
Leia com atenção para responder as próximas questões.

Sem limites
Não há limites para o imaginário humano. Mesmo em condições adversas, o homem é capaz de
criar representações da realidade, seja com a intenção de mudar uma situação vigente, seja pra sair da
rotina monótona do cotidiano ou fugir de uma realidade hostil à vida. Essas imagens exercem um
importante papel na alma humana e vão muito além da conotação recreativa, elas formam a esperança e,
em alguns casos, podem determinar a sobrevivência do indivíduo.

9º ano
No filme ―A vida é bela‖, cujo contexto é o da Segunda Guerra Mundial, um homem, prisioneiro
em um campo de concentração, tece uma gama de imagens positivas e divertidas para que seu filho, uma
criança, pense estar em meio a uma brincadeira. Nesse caso, a fuga da realidade por meio da
inventividade humana, significou o alheamento do indivíduo, mas isso lhe garantiu a sobrevivência, pois
o
garoto resiste até o fim para que possa receber sua recompensa.
No filme ―O naufrago‖, o personagem interpretado por Tom Hanks imagina uma bola falante
dotada de pensamento, a qual foi dada o nome de Wilson. Essa criação do náufrago evitou que a solidão o
levasse à loucura e ao suicídio até ser resgatado. Ambos os exemplos dados são substituições da realidade
por imagens, visando o ―eu‖, assim como ocorre na sociedade atual, em que o individuo cresce, a
competição acirra-se e cria-se uma realidade hostil; a fuga torna-se uma questão de sobrevivência.
Luther King, ao proferir a frase ―I have a dream‖, referia-se à imagem criada por ele de um mundo
melhor, em que o convívio entre brancos e negos fosse pacífico. A realidade, entretanto, era marcada por
um verdadeiro apartheid, ataques de organizações como a ku klux klan, numa espécie de caça às bruxas.
Após King, muito da intolerância diminuiu. A imagem criada por um homem salvou o coletivo.
Dessa forma, nem somente para fugir da realidade servem as imagens. Elas exercem papel
fundamental na transformação do mundo, o qual de hostil pode tornar-se melhor, como o conseguido por
King.
Disponível em: http://letrasmundosaber.blogspot.com.br/2008/12/texto-dissertativo-argumentativo.html. Acesso em 26 jul. 2013.

a. Qual o tema do texto que você acabou de ler?


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b. Qual a relação entre a temática e o título ―Sem limites‖?


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c. Aponte a tese defendida pelo autor do texto.
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d. Identifique três argumentos que o autor utiliza para defender seu ponto de vista.
Argumento 1: _________________________________________________________________________
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Argumento 2: _________________________________________________________________________
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Argumento 3: _________________________________________________________________________
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e. Esta atividade é um desafio! A seguir, sugerimos 06 opções de temática. Reflita em torno delas e pense
sobre qual você gostaria de opinar. Escolha a temática que mais lhe interessar e/ou sobre a qual você
possui maiores informações e formule uma tese, ou seja, seu ponto de vista a respeito do assunto. Em
seguida, aponte pelo menos dois argumentos que justifiquem sua opinião a respeito do tema escolhido.
Lembre-se:
você produzirá um texto, portanto, suas partes devem apresentar coerência (lógica) e coesão (articulação
de ideias). Vamos lá? Bom trabalho!
Temática 1: Deve-se reduzir a maioridade penal no Brasil?
Temática 2: Qual a relação entre o estudo e uma carreira profissional de sucesso?
Temática 3: Deve ou não haver maior controle sobre o consumo do álcool?
Temática 4: Como solucionar o problema do bullying na escola e na internet?
Temática 5: Cotas nas universidades. Você é a favor ou contra?
Temática 6: Gravidez fora de hora: adolescência em crise.

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Quando tratamos de argumentação, fica muito claro que o que está em questão é a defesa de um
ponto de vista. É muito comum, nesse caso, que surja uma dúvida muito pertinente: a diferença entre um
fato e uma opinião. Por isso, precisamos definir bem o que cada uma é e como identificá-las em um texto.
Vamos esclarecer que um fato é aquilo que realmente aconteceu; já a opinião é uma interpretação
subjetiva dos fatos, é aquilo que alguém pensa sobre o que aconteceu (fato). Por exemplo, se dissermos:
―Está chovendo‖, estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e se trata de um fato, por
ser facilmente percebido pela observação de um fenômeno físico.
Se, porém, falarmos: ―A chuva é bela‖, ―A chuva é boa‖ ou ―A chuva é ruim‖, estaremos
interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos uma opinião, um juízo de valor.
Reiterando: fatos são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Já as opiniões
avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e
decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis.
Há alguns elementos linguísticos que funcionam como ―pistas‖, ou seja, sinalizam a exposição de
opiniões, como, por exemplo, os adjetivos, que é uma classe de palavra que tem por objetivo caracterizar
os seres. Desta forma, ao emitirmos opiniões a respeito de determinados fatos, utilizamos os adjetivos
para qualificá-los: ―A chuva é bela, é boa, é ruim‖. Também é muito comum aparecerem nos textos
expressões cristalizadas do tipo: no meu ponto de vista, na minha opinião, eu acho, eu acredito, eu penso.
Outros termos também são indicadores de avaliação: talvez, possivelmente, (in)felizmente,
provavelmente, entre outros.
É muito frequente, em textos argumentativos, que opiniões sejam emitidas em relação a
determinados fatos. Portanto, ser capaz de distinguir fato e opinião é uma habilidade importante para uma
leitura eficiente.

9º ano
6. Nossa tarefa, diante da diferenciação que acabamos de fazer, será definir, nas frases abaixo,
quais delas enunciam um fato (quando você deve marcar “F” entre os parênteses) e quais enunciam
uma opinião (quando você deve marcar “O” entre os parênteses).
( ) A educação brasileira patina no atraso e na defasagem, em relação à dos países desenvolvidos.
( ) Equacionar a problemática da educação no país é inadiável.
( ) Como em todo tema polêmico, discutir a maioridade penal requer, pela gama de aspectos envolvidos,
sensatez e muita responsabilidade dos legisladores.
( ) Novamente, a discussão acerca da redução da maioridade penal ocupa lugar de destaque no
congresso.
( ) A liberação da maconha, no Brasil, não pode ser levada a cabo antes de se promover um amplo,
objetivo e transparente debate com toda a sociedade brasileira.
( ) Volta à pauta de discussões da câmara a possibilidade de se liberar a maconha.
( ) O progresso célere e a qualquer custo tem levado à exaustão dos recursos naturais do planeta.
( ) O homem moderno deve rever sua postura no tocante à maneira como lida com os recursos naturais
ainda disponíveis no planeta, sob pena de colocar em xeque o próprio futuro da humanidade.
( ) As pessoas são levadas a acreditar que só poderão ser plenamente felizes se consumirem cada vez
mais. Não percebem que a felicidade e a realização pessoal nada têm a ver com a posse material e o ter
mais e mais.
( ) Vive-se um momento de um crescendo e irrefreável consumismo.
( ) O MEC aprova um livro que diz que em português nada é errado. O que existe é o inadequado.
( ) Se fosse apenas uma questão linguística, tudo bem. Acontece que o que está em jogo é o currículo de
quase meio milhão de alunos. Na moda do politicamente correto, defende-se o endosso ao erro e ao falar
errado para se evitar o preconceito linguístico.
Disponível em: http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html.
Acesso em 28. jul. 2013.

7. Para responder às próximas questões, faça com atenção a leitura do texto a seguir.

Namoro pela internet, que loucura é essa?


Camila sai com as amigas, mas, para surpresa de seus pais, chega antes da meia-noite. Ela diz um
―oi‖ rápido e dirige-se ao espelho para arrumar o cabelo e renovar a maquiagem. Sua mãe pergunta: ―Ué,
você vai sair de novo?‖. E a garota responde tranquilamente: ―Não, mãe, só vou encontrar meu namorado
pela internet!‖. Com algumas variações no enredo, esta cena está se tornando cada vez mais frequente.

9º ano
Não é novidade para mais ninguém que o modo de relacionamento mais comum entre adolescentes
e jovens é o ―ficar‖. [...] Há poucos anos, no entanto, a internet possibilitou outra forma de se relacionar
afetivamente: à distância, sem contato físico, mas com muita troca de carinho através de chats,
messenger, sites de relacionamento, ou softwares que permitem o uso de microfones e câmeras para ouvir
e ver a outra pessoa. [...]
Existem dois tipos de namoro pela internet. Um é aquele em que internautas se conhecem em algum
ambiente virtual e decidem se aproximar. O outro ocorre quando pessoas se encontram fora da internet,
mas, por morarem longe ou pela necessidade de mudança de um dos dois, utilizam a web como recurso
para manter contato. Em qualquer deles há fatores positivos e negativos que precisam ser levados em
conta, se existe a vontade de levar adiante isso que é considerado loucura pelos que estão de fora.
Uma das coisas boas de um namoro à distância é o estímulo ao diálogo. Sabe-se que a presença
física muitas vezes inibe a expressão de sentimentos íntimos de amor, ou mesmo de contrariedade.
Estando longe, escrevendo um e-mail ou uma carta, o(a) apaixonado(a) pode sentir-se mais à vontade
para dizer o que pensa. O próprio ato de escrever também ajuda a dar mais clareza sobre o que se sente,
de fato, pelo (a) outro(a).
Nem tudo são flores, no entanto. A internet é um meio em que se encontra muita gente disposta a
passar a perna nos outros, iludindo-os para seu próprio proveito. Quando nos comunicamos pela internet
com desconhecidos, é preciso ter cuidado e não passar informações particulares. [...]
A internet é um excelente meio para namorar, porém ela não substitui e nunca será tão rica quanto
uma relação convencional.
Disponível em: http://bionarede.com.br/wp-content/uploads/2011/05/POR90211.PDF Acesso em 28
jul. 2013.

a. Qual o tema do texto que você acabou de ler?


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b. Que opinião do autor aparece no título do artigo?


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c. Qual o papel da Internet nos dois tipos de namoro à distância a que o autor faz referência?

9º ano
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d. Transcreva duas passagens do texto em que o autor expressa sua opinião frente à temática em
discussão.
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e. Aponte os aspectos positivos e negativos das possibilidades de relacionamento a distância citadas no


texto.

Relacionamento a distância
Aspectos positivos Aspectos negativos
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f. Para essa atividade, pedimos que releia com cuidado o texto ―Namoro pela internet, que loucura é
essa?‖. Retiramos dois fatos apresentados pelo autor. Reflita sobre eles e escreva a sua opinião a respeito.
Fato 1: ―Há poucos anos (...) a internet possibilitou outra forma de se relacionar afetivamente: à
distância...‖.
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9º ano
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Fato 2: ―...a internet é um meio em que se encontra muita gente disposta a passar a perna nos outros,
iludindo-os para seu próprio proveito.‖
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8. A seguir, apresentamos três textos, cada um com uma questão objetiva. Leia-os com atenção,
para realizar as atividades:

Texto 1

Etíopes se assustam com chuva de peixes

Etiópia (AE) - trabalhadores rurais flagelados pela seca no sul da Etiópia foram
surpreendidos por uma inusitada chuva de peixes, disse um jornal local ontem. A rara
chuva fez com que milhões de peixes despencassem do céu, alguns mortos e outros
ainda se debatendo, criando pânico entre os agricultores mais religiosos. Saloto
Sadoro, especialista em peixes na região, atribuiu o fenômeno às fortes tempestades
formadas no oceano índico que ―sugaram‖ os peixes antes de derrubá-los sobre os
incautos fazendeiros. O sul da Etiópia enfrenta há dois anos uma seca que, segundo
equipes humanitárias, ameaça a vida de oito milhões de pessoas.

a. O trecho que expressa uma opinião sobre o fato narrado é:


a) ―A rara chuva fez com que milhões de peixes despencassem do céu...‖
b) ―...ameaça a vida de oito milhões de pessoas.‖
c) ―...criando pânico entre os agricultores mais religiosos.‖
d) ―...surpreendidos por uma inusitada chuva de peixes.‖

Disponível em: http://www.saerjinho.caedufjf.net/diagnostica/paginas/protegidas/prova/configurarProva.faces Acesso em 28 jul. 2013.

9º ano
Texto 2

Não se perca na rede

A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de


cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer
assunto. Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se
quer sem perder tempo? É para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de
entrada na rede para boa parte dos usuários, eles são um filão tão bom que já existem
às centenas também. Qual deles é o melhor? Depende do seu objetivo de busca. Há
vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por
exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou
estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e Altavista). São
ideais para achar páginas ―com.br‖. (Paulo D‘Amaro)

b. O artigo foi escrito por Paulo D‘Amaro. Ele misturou informações e análises do fato. O período que
apresenta uma opinião do autor é:
a) ―foram criados sistemas de busca.‖
b) ―essa avalanche de informações pode atrapalhar.‖
c) ―sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.‖
d) ―A Internet é o maior arquivo público do mundo.‖
e) ―Há vários tipos.‖

Texto 3

A raposa e as uvas

Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua
atenção foi capturada por um cacho de uvas. ―Que delícia‖, pensou a raposa, ―era
disso que eu precisava para adoçar a minha boca‖. E, de um salto, a raposa tentou,
sem sucesso, alcançar as uvas. Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira,
dizendo: ―Aposto que estas uvas estão verdes.‖ Esta fábula ensina que algumas
pessoas quando não conseguem o que querem, culpam as circunstâncias.

c. A frase que expressa uma opinião é:


a) ―a raposa passeava por um pomar.‖
b) ―sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.‖
c) ―a raposa afastou-se da videira‖.
d) ―aposto que estas uvas estão verdes‖.

9º ano
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/saeb_matriz2.pdf Acesso em 28 jul. 2013.

Nossa próxima proposta de trabalho é sobre cartas. Você já escreveu uma carta? Há alguns anos,
quando a internet e o telefone celular ainda não eram tecnologias tão acessíveis como atualmente, as
pessoas se comunicavam por meio de cartas. Quando alguém queria mandar ou receber notícias dos
familiares ou amigos, enviava uma carta, através dos correios. Dependendo de para onde era endereçada,
a carta demorava alguns dias ou semanas para chegar ao destino.
Hoje, ao contrário, temos a tecnologia do e-mail, SMS e facebook que promovem uma
comunicação instantânea entre as pessoas, tudo ao alcance de um clique. Com isso, as cartas foram
ficando cada vez mais de lado e são pouco utilizadas para a comunicação pessoal. Mas elas ainda
continuam sendo bastante utilizadas por empresas para fazerem anúncio de seus serviços e produtos e
para fazerem cobranças aos clientes.
As cartas pessoais possuem uma estrutura padronizada: são constituídas de local, data, vocativo (a
quem ela é dirigida), corpo do texto, assinatura e despedida. A linguagem nas cartas pessoais costuma ser
mais informal, uma vez que o interlocutor é uma pessoa próxima.
É importante você saber como se escreve uma carta, pois haverá momentos em sua vida, nos quais
esse conhecimento lhe será requerido. As empresas, por exemplo, geralmente, exigem dos candidatos que
pleiteiam uma vaga, a redação de cartas formais, de apresentação, em que a pessoa apresenta de maneira
mais formal sua formação escolar e sua experiência pessoal. As cartas de apresentação têm, portanto,
objetivos diferentes das cartas pessoais.
Outro tipo de carta muito comum é a carta do leitor. A carta do leitor é um gênero textual em que o
leitor escreve para uma revista ou jornal para comentar, criticar ou elogiar uma matéria ou carta publicada
em edições anteriores. Boa parte dos jornais e revistas possui uma seção destinada às cartas do leitor,
conhecida como "Cartas à Redação", "Painel do Leitor", ―Leitor‖, entre outros títulos. Essa seção oferece
um espaço para que o leitor faça elogios ou críticas a uma matéria publicada, ou mesmo sugestões. Os
comentários podem referir-se às ideias de um texto, com as quais o leitor pode concordar ou não; à
maneira como o assunto foi abordado, ou à qualidade do texto em si. A linguagem da carta do leitor
costuma variar conforme o perfil dos leitores da publicação. Pode ser mais descontraída, se o público é
jovem ou ter um aspecto mais formal.
Esse tipo de carta apresenta formato parecido com o das cartas pessoais: data, vocativo, mensagem
no corpo do texto, despedida e assinatura. Porém, quando necessário, a equipe de redação do jornal ou
revista adapta as cartas do leitor a seu estilo e as reduz para encaixá-las na seção reservada a elas,
mantendo apenas uma parte do corpo.

9º ano
Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto. Assim, reúnem-se as que se
refiram à mesma notícia ou reportagem em um mesmo bloco, que recebe um título.
Vamos, agora, estudar cada um dos tipos de cartas que mencionamos: a pessoal, a formal e a do
leitor.

9. Leia a carta, a seguir, para responder às questões abaixo:

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2012.


Amado filho Raul,
Há duas semanas você viajou para fazer o tão sonhado intercâmbio em
Londres, e já sinto imensas saudades.
Como foi a viagem? Estranhou o clima e a alimentação britânicos? Você vai
ficar aí dois anos, por isso, trate de escrever mais, já que nem sempre será
possível telefonar. O que você está achando da cidade e dos londrinos?
Seu pai e seus irmãos enviam fortes abraços, e Breno pede que você entre em
contato com ele pela internet. Na próxima semana será o aniversário de sua irmã
Ana; não se esqueça de telefonar.
Aqui em Porto Alegre tem chovido bastante, e o calor continua intenso. Nas
férias de janeiro, vamos pra Camboriú. Vai ser tudo tão estranho sem você!
Cuide-se bem, proteja-se do frio que é terrível nessa época e veja bem com
quem vai andar. Seu irmão pretende passar o mês de julho com você, se tudo
correr bem. Se precisar de qualquer coisa, ligue para nós imediatamente.
Responda logo e envie fotos.
Mil beijos.
Sônia.

Disponível em: http://dc335.4shared.com/doc/VFOP5nWv/preview.html Acesso em 27 jul. 2013. Com adaptações.

a. Qual é o assunto da carta que você acabou de ler?


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b. Esse é um exemplo de carta pessoal, formal, de apresentação ou do leitor? Justifique sua resposta.
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9º ano
c. A carta pessoal costuma apresentar uma estrutura padrão, composta de local e data, vocativo (nome da
pessoa a quem se dirige a carta), texto e assinatura. Na carta em estudo, identifique todos esses elementos
e transcreva-os para o quadro a seguir.

Local
Data
Vocativo
Despedida
Assinatura

d. Na carta, depois da assinatura, há um P.S., abreviatura da expressão latina post scriptum, que significa
―depois de escrito‖. Qual é a finalidade do P.S.?
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e. Qual foi o objetivo da mãe de Raul ao incluir um P.S. na carta?


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f. Quanto à variedade de linguagem empregada na carta, responda: A linguagem é formal ou informal?


Por que foi utilizado esse tipo de linguagem? Explique.
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10. Nesta atividade, propomos que você leia duas cartas do leitor que apresentam posicionamentos
diferentes a respeito dos “Limites ao fumo", em algumas situações. Os dois leitores expõem
argumentos que sustentam o que afirmam.

9º ano
Limites ao fumo

Carta 1:
―Países desenvolvidos estão tentando limitar o fumo até no meio da rua, pois isso
afeta os não fumantes. Mas no Rio de Janeiro nem as leis que proíbem o fumo em
shopping centers e supermercados (até nas seções de hortifruti) são respeitadas,
obrigando quem não fuma ao convívio com essa poluição. Parte da desobediência
deve ser creditada aos donos dos estabelecimentos, que não orientam clientes e
funcionários‖.

Marcos de Luca Rothen (por e-mail, 13/11), Niterói/RJ

Carta 2:
―A proposta de incluir no Código de trânsito a proibição de dirigir fumando só pode
ser mais uma tentativa de obter mais dinheiro com multas. Dirijo há quase 30 anos e
nunca fui responsável por uma batida. Muitas vezes o cigarro é que mantém o
motorista desperto, principalmente quando dirigindo em estrada. Em vez de propor
tal absurdo digno de colégio interno, por que não se cuida de meios ou de soluções
para desenvolver o país?‖

Carlos Rocque da Motta (por e-mail, 14/11), Rio

Disponível em: http://duvidasredacao.blogspot.com.br/2009/11/clique-sobre-imagem-para-aumentar.html. Acesso em 27 jul. 2013.

As cartas 1 e 2 comentam uma mesma reportagem publicada em uma revista sobre os limites
impostos aos fumantes. Analise as duas cartas e responda:
a. A carta 1 se apresenta a favor ou contra os limites impostos aos fumantes? Que argumentos o leitor
apresenta para fundamentar este posicionamento?
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b. A carta 2 se apresenta a favor ou contra os limites impostos aos fumantes? Que argumentos o leitor
apresenta para fundamentar este posicionamento?
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9º ano
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Agora vamos avançar um pouco mais nas nossas análises. Você vai ler a seguir um artigo publicado
na Revista Superinteressante sobre o tema ―ansiedade‖.

Descubra por que a ansiedade atrapalha a sua vida e aprenda o que fazer para conviver com ela.

por Karin Hueck

Quando todas as coisas boas da vida – amor, dinheiro, sexo e diversão – se tornam motivo de
preocupação, é sinal de que algo está errado. Entenda o que é a ansiedade e aprenda a conviver com esse
sentimento, que é mais comum e antigo do que você imagina.
Vamos começar pelo final. Quando você terminar de ler esta reportagem, terá descoberto que
ansiedade é o sentimento típico de quem vive no futuro, se preocupando com as coisas que ainda vão
acontecer. E que, se estamos vivos hoje, é a ela que devemos agradecer, porque nos fez ser mais
cautelosos durante séculos e séculos de evolução. Você também vai aprender que todos os tipos de
ansiedade podem ser tratados com remédios ou terapia, mas que, por mais que eles atrapalhem o trabalho,
o namoro, as coisas boas da vida e acabem com a sua paciência no trânsito, nem sempre é bom se livrar
deles. Dá para conviver com a ansiedade pacificamente – e é isso que vai fazer a diferença na hora de
reconhecer que nem tudo precisa ser motivo de preocupação o tempo todo.
Pronto, se, como bom ansioso, você queria saber como esta matéria vai acabar, não precisa mais
correr para a última página. Pode seguir aqui, com calma, para entender de onde surgiu esse problema e
para aprender por que falar de ansiedade está na moda. Há mais de 300 mil livros e 100 mil artigos
médicos sobre o assunto, e o número aumenta todos os dias. Oito em cada 10 trabalhadores apresentam
algum sintoma de ansiedade ao longo da carreira, segundo pesquisa de uma associação internacional
voltada ao estudo do estresse. Em algum momento da vida, você vai sentir a sensação de que não vai dar
conta das coisas. Não existe quem nunca tenha sofrido com a ansiedade. E, acredite se quiser, isso pode
ser bom. Mas, afinal, o que é essa sensação? (...)
Disponível em: http://super.abril.com.br/saude/ansiedade-447836.shtml. Acesso em 28 jul. 2013.

9º ano
Agora vamos ler as cartas que os leitores enviaram à revista, comentando a publicação da matéria:

Carta 1

A matéria sobre a ansiedade foi a mais elucidativa e completa que já li.


Controlei a minha ansiedade e li devagar, com atenção. Saber controlar esse
sentimento é mais do que essencial no momento em que vivemos: é vital. O
contrário resulta em colapso físico e mental. A ânsia de estar bem informado pode
ser controlada se pensarmos que é menos grave que doenças, desemprego e
violência. Afastar os pensamentos catastróficos é sem dúvida uma boa solução para
fugir da ansiedade.

Maria das Graças P. Monteiro, Feira de Santana, Ba.

Carta 2

Como falar de ansiedade numa fila de banco? Não sei o que responder. Só sei
que é justamente onde eu estava ao ler essa matéria. Aí juntou tudo: a ânsia de ser
atendido logo, a dúvida se iria ter tempo de me encontrar com a minha namorada e a
espera da prova do vestibular, que está marcada para o fim deste mês. E, pior, ficar
ansioso não me ajudou. Passei 6 horas socado naquela agência.

Marco Manoel, João Pessoa, PB.

Carta 3

Quando vi a capa desse mês, já me identifiquei com o assunto. Vivo achando que o
dia deveria ter 30 horas. Como sou professora, tenho necessidade de saber de tudo
que há de novo em tecnologia e informação. A presença da revista em cima da mesa,
sem ter tempo para lê-la, me deixou angustiada a semana inteira. Sempre achei que
as pessoas ansiosas, como eu, aproveitam mais o que há no mundo. E qual o mal de
ter sede de informação?
Cristiane Magnani, Curitiba, PR.

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=41403 Acesso em 26. jul. 2013.

11. As cartas lidas foram publicadas na Superinteressante, revista que divulga informações
científicas para o público em geral. Após a leitura da reportagem e das cartas dos leitores,
responda:

a. É possível deduzir, pelo conteúdo das cartas, que os leitores dessa revista têm algum conhecimento
científico? Comente.
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b. Qual das cartas lidas apresenta opiniões a respeito do artigo? É uma opinião positiva ou negativa?
Explique.
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c. A Carta do leitor apresenta algumas características da carta pessoal. Quais são elas?
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Produção de Texto
1. Leia com atenção a reportagem a seguir, extraída da revista SuperInteressante:

Música deixa a comida mais gostosa


Thiago Perin 26 de maio de 2011
Um estudo lá dos EUA colocou grupos de estudantes para jantar em ambientes separados. Todos
comeram exatamente a mesma coisa, mas cada sala tinha um som ambiente específico, manipulado
pelos pesquisadores, que incluía música em diferentes volumes, barulho de pessoas conversando ou
silêncio total. Depois da refeição, todo mundo teve que preencher um questionário dizendo o quanto
tinha gostado da comida e o quão prazerosa tinha sido a experiência no geral. Anota aí a receita:
segundo os pesquisadores, a comida foi avaliada como mais gostosa quando servida ao som de
música clássica (precisamente entre 62 e 67 decibéis), com apenas um toquezinho do barulho de
conversas alheias no meio. Com a música mais alta ou baixa do que isso, os participantes gostaram
menos do jantar. E quem teve que comer em completo silêncio deu as piores avaliações à refeição. O
que abre espaço para a gente pensar sobre algumas coisas: se música clássica deixa a comida mais
gostosa, será que diferentes gêneros musicais poderiam alterar a nossa percepção de outras maneiras?
Será que música pop deixaria os pratos mais doces, por exemplo? O rock os deixaria mais
apimentados? Me pergunto do que a lambada seria capaz. E você, costuma ouvir música enquanto
come?

9º ano
Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/musica-deixa-a-comida-mais-gostosa/

O que você achou da reportagem? Já tinha parado para pensar nesse assunto antes? Como leitor
desta revista, imagine que comentários você faria a respeito desta matéria, se você a elogiaria ou faria
críticas. Escreva uma carta do gênero carta do leitor, apresentando seu ponto de vista, discordando ou
concordando com o texto e, até mesmo, sugerindo outras ideias sobre o assunto. Deixe claro seu ponto de
vista e não se esqueça de colocar no final uma despedida cortês e a sua assinatura. Mãos à obra!
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Como você faz para se corresponder com alguém que mora longe? Envia um e-mail? A carta
pessoal é utilizada para nos correspondermos com familiares, cônjuges ou amigos que não estão no nosso
convívio próximo. Ela pode ter diversas finalidades, como agradecer, convidar, trocar informações, fazer
relatos, dentre outros. A carta pessoal tem algumas características específicas. Vejamos:
• O assunto é livre;

9º ano
• O tipo de linguagem utilizada dependerá do seu grau de intimidade com o destinatário;
• O tamanho é médio ou grande, se for pequeno é considerado bilhete e não carta;
• Deve conter local, data, vocativo, texto, despedida e assinatura;
• Podemos usar vocativos como: Minha amada, Querido Professor, Zezinho, Estimado sobrinho, etc.;
• Podemos usar despedidas como: Adeus, Até breve, Saudades, Beijos, Abraços, Atenciosamente, etc.;
• Podemos assinar a carta com nosso nome ou até mesmo com apelido;
• Se esquecermos de dizer algo após o fim da carta é só colocar o P.S, que significa, em latim, ‗escrito
depois‘ ou Obs. que significa observação.

Abaixo temos um exemplo. Leia com atenção:

―Querida Beth,
Faz mais de um ano que não nos vemos e agora a saudade está ficando insuportável.
Por aqui as coisas não mudaram muito. Continuo na mesma escola e com quase os
mesmos amigos. Quase porque a Tamara se mudou para a capital e porque agora a
Samantha também é minha amiga. Ela é mais legal do que a gente imaginava, só
demora um pouco a entender que não queremos falar sobre ela o tempo todo. Esse
ano estou indo melhor nas provas, talvez porque estou me dedicando mais. A minha
motivação, óbvio, é ir encontrar você daqui um tempo. Ainda se lembra que
planejamos morar juntas durante a faculdade? Algumas coisas não foram tão boas,
claro. O Jonas não é mais o meu namorado-futuro marido. Descobrimos, juntos, que
a gente não se gostava tanto quando queríamos acreditar. Mas, estou bem; pelo
menos melhor do que eu julgava que ficaria. E você, como está? Sua escola é tão
boa quanto a escola daqui? Fez amigos? Algum amigo em especial? Espero que
tenha feito amigos, muitos até; e muitos amigos especiais, mas não tão especiais
quanto eu. Ainda sou sua melhor amiga no mundo, não é? Estou curiosa sobre como
é morar em uma cidade tão distante e tão diferente. Não deixe de me escrever. Sinto
saudades, muitas saudades.
Aguardando notícias suas,
Sua amiga que te ama, Sarah".

2. Após ler a carta que Sarah escreveu para Beth, no exemplo acima, imagine que você tem
um amigo que mora em uma cidade muito distante e que as cartas são o único meio de comunicação
que vocês têm disponível no momento. Então, escreva uma carta pessoal a seu amigo contando, por
exemplo, sobre seu cotidiano, sentimentos, novidades e incentive-o a responder sua carta, como
Sarah faz com Beth. Use sua imaginação e mãos à obra.
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9º ano
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9º ano
SMECT TRÊS RIOS ATIVIDADES PARA TEMPOS DE PANDEMIA

Matemática 9º Ano

1) Leia este anúncio:

A fração de polegada que corresponde à menor chave


é:

2) Para quantos dias dá 6 litros de leite se consumimos 2/3 de um litro por dia ?
(A) 6 litros
(B) 12 litros
(C) 9 litros
(D) 4 litros

3) Escreva em notação científica:


a) 0,0000012
b) 0,234234
c) 0,0000000223
d) 0,0204
e) 23.000.000
f) 1.325.000
g) 8.532.000.000
h) 12.000.000.000.000

4) A massa do Sol é de 1 980 000 000 000 000 000 000 000 000 toneladas e a massa da
Terra é de 5 980 000 000 000 000 000 000 000 kg.
a) Escreva em notação científica a massa do Sol e a massa da Terra em quilos.

b) Quantas vezes a massa do Sol é maior que a massa da Terra?

5) Um carro percorre uma distância em 6h viajando a 75km/h. Em quanto tempo


percorreria a mesma distância se o motorista aumentasse a velocidade para 90 km/h? Se
aumentar a velocidade, o tempo de viagem diminui. As grandezas são inversamente
proporcionais.

9º ano E. F. Matemática
SMECT TRÊS RIOS ATIVIDADES PARA TEMPOS DE PANDEMIA

6) Uma pessoa precisa de 3 dias para montar 2 máquinas. Em 30 dias ela montará:
(A) 20 máquinas
(B) 10 máquinas
(C) 30 máquinas
(D) 50 máquinas

7) Um grupo com 10 pessoas está fazendo uma obra. Se mais 4 pessoas se integrarem
ao grupo, todos com a mesma capacidade de trabalho, podemos afirmar que a tendência
é:
(A) O tempo de duração da obra aumentar
(B) O tempo de duração da obra diminuir
(C) O tempo de duração da obra não se alterar
(D) O tempo de duração da obra é irrelevante

8) Vaní fez um churrasco em sua casa para 40 pessoas. Nesse churrasco ela comprou 10
kg de carne. Rui também quer fazer um churrasco em sua casa, porém são apenas 20
convidados. Quantos quilos de carne Vaní deverá comprar?
(A) 5 kg
(B) 8 kg
(C) 10 kg
(D) 20 kg

9) 15 operários levaram 8 dias para realizar uma determinada obra. Quantos dias levarão
5 operários para a realização da mesma obra?
(A) 30 dias
(B) 24 dias
(C) 15 dias
(D) 8 dias

10) Exprimir sob a forma de porcentagem:


a) 1/2
b) 1/5
c) 5/8

11) Exprimir sob a forma de razão:


a) 15%
b) 12%
c) 40%

12) Calcular:
a) 25% de 200 livros
b) 70% de 15.000 pregos
c) 20% de 30% de R$ 10.000,00
d) 7,5% de R$ 2.000,00
e) 0,5% de 3 horas

13) Uma escola tem 1200 alunos, onde 40% estudam no turno da tarde. Quantos alunos
estudam no turno da tarde?

9º ano E. F. Matemática
SMECT TRÊS RIOS ATIVIDADES PARA TEMPOS DE PANDEMIA

14) Uma loja de relógios dá um desconto de 20% na compra de qualquer relógio do


estoque. Quanto pagarei por um relógio que custa R$ 70,00 sem o desconto?
15) Em uma loja, uma TV é vendida por R$ 840,00 à vista. Comprando parcelado, o valor
da TV sofre um acréscimo de 10%. Rogério comprou a TV parcelando o valor em 8 vezes
iguais. Qual o valor de cada parcela?

16) Que porcentagem da área total da figura foi pintada?

(A) 4. (B) 12. (C) 25. (D) 40.

17) O gráfico abaixo mostra o percentual de venda dos 5 tipos de produtos oferecidos por
uma lanchonete no mês de novembro.

Neste mês, a lanchonete teve um movimento bem grande e vendeu um total de 1800
produtos dos cinco tipos. Marque a alternativa que corresponde ao número correto de
produtos vendidos de cada tipo:
(A) 720 sanduíches e 180 bebidas
(B) 378 sobremesas e 162 bebidas
(C) 378 saladas e 270 sopas
(D) 720 sanduíches e 162 sobremesas

18) Observe o retângulo abaixo:

A alternativa que apresenta a expressão algébrica do seu perímetro e de sua área é:


(A) P = 5x +1 ; A = 4x2
(B) P =10x + 2 ; A = 9x2 + 6x +1
(C) P =10x + 2 ; A = 6x2 + 2x
(D) P = 6x2 + 2x ; A =10x + 2

19) Resolva as equações abaixo


a) 3x + 10 = 16
b) 6x – 7 = 11
c) 3x – 3 = 18

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d) 6x – 8 = 5x + 2
e) x + 20 = 15
f) 6x – 6 = 10 + 2x
g) 2x – 12 = –20
h) 7x – 9 = 4x – 6

20) O valor numérico de 2x + y para x = 1 e y = 2 é igual a:


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 23

21) Considerando x = 0,9 e y = – 0,4, a expressão algébrica 2x – 3y + 1 tem valor


numérico igual a:
(A) 1,6
(B) 3
(C) 4
(D) 7,3

22) O valor da expressão 3x – 2y + z para x = – 1, y = 2 e z = 3 é:


(A) 2
(B) 1
(C) -4
(D) 4

23) É um engano pensar que uma pessoa que calça sapatos 38 tem um pé com 38 cm de
comprimento. Veja a fórmula algébrica usada para determinar o tamanho aproximado dos
sapatos.

onde N é o número do sapato e P o comprimento do pé em centímetros. Calcule o


número N do sapato de uma pessoa cujo pé mede 24 cm:
(A) 32
(B) 37
(C) 39
(D) 42

24) Paulo é dono de uma fábrica de móveis. Para calcular o preço V de venda de cada
móvel que fabrica, ele usa a seguinte fórmula: V = 1,5C + 10, sendo C o preço de custo
desse móvel. Considere que o preço de custo de um móvel que Paulo fabrica é R$
100,00.
Então, ele vende esse móvel por:
(A) R$ 110,00.
(B) R$ 150,00.
(C) R$ 160,00.
(D) R$ 210,00.

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