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INTRODUÇÃO
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Graduado em LETRAS (2008) pela Universidade Guarulhos. Pedagogo pela UNINOVE (2016) e Especialização
em Mídias Integradas na Educação - UFPR (2018). Atualmente é professor de Língua Portuguesa e Língua Inglesa
na rede pública municipal e estadual de São Paulo. Contato: jeffersonwscarvalho@gmail.com
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E-mail e principais publicações.
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Vivenciamos uma sociedade que é repleta de conflitos que são gerados,
principalmente, pelas questões de desigualdade, sejam elas de cunho econômico, cultural,
orientação sexual e religioso. A entrada da criança e do adolescente na escola, um espaço de
coexistência, é encarado pelo sujeito aprendiz como um desafio pois ele expressa no espaço
institucional de convivência sobre seus comportamentos, sua cultura e a maneira como
foram criados por sua família. Essa troca de expressões gera conflitos que precisam ser
mediados, não apenas no espaço da escola, mas também na família e sociedade.
Recentemente tem se percebido que o educando é um ser integral, que não apenas
apresenta características cognitivas, que devem ser estimuladas para que aconteça o
processo de aprendizagem. Os educandos são sujeitos integrais a partir do momento que
devemos percebê-los além da sua capacidade cognitiva, contemplando as questões sociais e
emocionais que influenciam diretamente na maneira como estes estudantes interagem com
o meio.
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A problemática da falta de compreensão do respeito, da diversidade humana, dos
direitos e deveres dentro de uma sociedade são como linhas tênues que se desmancham e se
fazem invisíveis. Sujeitos utilizam esse espaço social digital para difamar, provocar, se
vingar e expressar diversas emoções humanas negativas. Isso é bastante preocupante ao
ponto que atinge um outro indivíduo, causando problemas de convivência e saúde mental.
Dentro desse contexto digital denomina-se “cyberbullying” estas atitudes que visam agredir
outros indivíduos.
JUSTIFICATIVA
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A própria universidade não forma educadores capazes de enxergar os estudantes
enquanto sujeitos integrais, que apresentam faces que vão além do cognitivo. Partimos de
uma sociedade e uma história da educação onde aprendemos apenas a estimular a habilidade
cognitiva e vamos esquecendo outras facetas, como as questões sociais, emocionais e
culturais.
PERCURSO METODOLÓGICO
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trabalho proposto. Apresentação de uma intervenção pedagógica contra o “cyberbullying”
no âmbito escolar.
REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Fante e Pedra (2008), a grande maioria destes agressores por meios
digitais se motivam principalmente anonimato que a internet proporciona, utilizando nomes
falsos, apelidos e até mesmo passando-se por outra pessoa, na certeza da impunidade. Estas
agressões acabam ultrapassando os muros da escola, gerando a preocupação em
comunidades escolares no que diz respeito aos impactos destas rotinas de agressividade por
meios digitais perante a formação crítica de estudantes.
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Para Bourdieu (1997) “a escola se constitui num campo de forças e de disputas
sociais, culturais, econômicas, normativas e que compõem um conjunto de práticas, o que o
autor chama de habitus.” Portando, fora do controle as violências trazem medo, ódio,
estigmas e preconceitos que são vivenciados na sociedade para o espaço social da escola,
gerando diversos problemas, sendo o mais comum deles o que denominamos de Bullying.
Nessa linha de raciocínio, modelos teóricos podem ser úteis para a compreensão de
fatores de risco e proteção de uma determinada comunidade ou cultura, bem como inferir
que dimensões atravessam esse contexto e mensurar a efetividade de determinadas
intervenções (ORPINAS, 2009).
A solução para este problema social terá impactos de forma gradual, contribuindo
para a amenização dos conflitos no espaço escolar. Sabemos que amenizar é o resultado
mais esperado, pois é evidente que nunca iremos sanar todos os conflitos que são gerados e
vivenciados por nossos educandos. As inúmeras violências sociais e políticas a queles estão
expostos diariamente por falta de políticas públicas, evidenciam uma realidade cruel, que
maltrata e que coloca o morador da periferia em contato com diversas violências. Ser
violento no espaço da escola acaba sendo, muitas vezes, um grito de socorro.
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REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre et al. Compreender. In: A miséria do mundo, 17. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
1997, p. 693-732
SALMIVALLI, C., & VOETEN, M. Connections between attitudes, group norms, and
behaviors associated with bullying in schools. International Journal of Behavioral
Development, 28, 246-258, 2004.