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Logo, apesar de a criança ser capaz de construir relações, deve-se entender que a mesma
possui seu próprio tempo e são diferentes entre as mesmas, onde cada uma possui tempos e
caminhos diferentes que levam ao mesmo objetivo final. Cada criança possui sua forma de
construir vivencias seguindo preceitos que as deixem confortáveis nessa situação.
O referido Parecer afirma:
O estudo teórico é fundamental para a realização da reflexão que compõe este relatório. Na
educação infantil é necessário o professor estudar para realizar um trabalho de qualidade
social.
Conforme Basílio e Kramer (2003) são ações do/a professor/ ao cuidar, o educar e o brincar.
Não há separação entre cuidar e educar, assim, a troca de fraudas, a alimentação, os passeios,
o diálogo, as leituras de histórias, o cantarem, o brincar etc, são atividades do/a professor/a
formado em nível superior.
O presente estudo teórico de forma ampla reflete sobre o trabalho docente com as crianças.
Algumas críticas referência transgressão, por parte dos pais, de regras que a
creche pede que sejam respeitados: “trazem a criança fora do horário
estabelecido para entrada”; “Não deixou no armário pessoal da criança o
enxoval necessário”, etc. adultos (BONOMI, 1998, p. 164).
Além disso, o autor cita que os pais possuem uma conduta por vezes, inapropriada
para a ocasião de deixar as crianças na creche, onde deixam a criança e saem correndo sem ao
menos se despedirem, ou se mostram pouco interessados nos afazeres das crianças
(BONOMI, 1998). Diante disso percebe-se que os pais não entendem o peso de seu
relacionamento com a criança para o desenvolvimento da mesma, é preciso participar mais,
mostrar-se mais interessado nos afazeres das mesmas, pois de certa forma isso colabora para
que as mesmas tenham mais interesse nos afazeres educativos dentro de sala de aula.
O relacionamento entre pais e educadores, quando conflitoso ou por falta dele, acaba
afetando o desenvolvimento da criança, que por muitas vezes interferem dentro da sala de
aula, como cita Bonomi (1998, p. 164).
Todavia, com frequência, esses conflitos levam muito tempo para encontrar
uma solução e se tornam crônicos, até criar-se, entre educadores e paz, um
clima relacional bloqueado, no qual parece impossível que de alguma parte
surgiu iniciativas sejam acionados procedimentos voltados a uma efetiva
superação do conflito. É quase como são surdo conflito fosse irrenunciável e
Service a manutenção de uma rotina relacional que não satisfaz
completamente a ninguém, mas salva todos do perigo de ter que renunciar a
suas próprias posições.
Quando se fala em relacionamento de pais e educadores, estamos falando o processo
de interlocutor da criança, onde facilita a aliança na mesma tarefa, que é o desenvolvimento
da criança. Logo o relacionamento pai e educador são essenciais para o sucesso do
desenvolvimento infantil. Para tanto Bonomi(1998, p.165).
Valha para todos o exemplo do pai que fica mais tempo do que o necessário
quando leva criança quando vai buscar-la. As educadoras acham que é ele
que deve perceber, sofrem com suas ações “perturbadores” e acreditam ser
inútil ou impossível acerta-se com ele. Acumulam ressentimento que, às
vezes, resulta em comunicações não verbais de hostilidade, distanciamento
ou a imposição, como grupo, do respeito a regras rígidas e inapelável de
modo a impedir que o pai tomou espaço antes de termos
solicitado ou concordado ( BONOMI, 1998, p. 167).
É possível perceber que, ambos precisam entender sua importância e papel no
desenvolvimento da criança, seja esse desenvolvimento social ou educacional, e que é preciso
que ocorra a comunicação entre ambas as partes e que construam um elo de interesse comum.
Os pais confiam a criança a outras pessoas, que passam o dia inteiro distante
dela, que frequentemente perdem a possibilidade de ser a primeira
testemunha de suas conquistas, são levados a confiar em critérios diversos,
para avaliar e confirmar a própria importância central no mundo da criança.
Então pode-se acontecer, diversamente da educadora, que para os pais seja
vital sentir-se indispensáveis a criança, demonstrar que a criança não gosta
de se separar deles, que seja difícil para eles acreditar que a criança “ficou
muito bem” na creche, como disseram as educadoras, que no fundo
considerem a experiência da criança na creche mas com uma necessidade, o
menor dos males, do que um privilégio (como as educadoras gostariam que
eles acreditassem).
Nesse caso, existe um desvio de intenções, onde por vezes os pais entendem a
autonomia dos filhos como um desapego ou um afastamento dos mesmos, mas, na verdade,
eles estão apenas aprendendo a serem independentes, aprendendo a conviver com as
diferenças, estão evoluindo. E diante desse pensamento tido pelos pais é possível que ocorra
mais uma vez a falha ou dificuldade na comunicação entre pais e educadores.
Contudo, Bonomi (1998) afirma que:
As crianças são seres sociais, têm uma história, pertencem a uma classe
social, estabelecem relações segundo seu contexto de origem, têm uma
linguagem, ocupam um espaço geográfico e são valorizadas de acordo com
os padrões do seu contexto familiar e com a sua própria inserção nesse
contexto. Elas são pessoas, enraizadas num todo social que as envolve e que
nelas imprime padrões de autoridade, linguagem, costumes.
A educação infantil abrange toda essa etapa da vida das crianças tendo em vista que é
o primeiro contato com outras vivencias, outras linguagens outros costumes. O papel que
desempenha um educador infantil é maior que cuidar, é cuidar e educar, sempre pensando e
respeitando a individualidade.
E focado nisso Kramer expõe que:
Conforme o PPP (2022), o CEIM em foco atende a crianças de 0 a 5anos, contando com 6
salas no período matutino e no período vespertino que atendem a 10 turmas. Tem um total de
164 crianças matriculadas. A coordenação pedagógica é realizada pela coordenadora
Regiane de Santana Vieira que é formada em Pedagogia na UFGD, atua na profissão desde o
ano de 2009.
Segundo entrevista com a Coordenadora Regiane de Santana Vieira a direção do CEIM é
realizada pela diretora Mariutschka Aridiane Sonego Guimarães Lupinetti.
Conforme nossas observações, essa instituição conta com cozinha, banheiro adequado para
alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, banheiro adequado para a educação infantil,
banheiro dentro do prédio, banheiro com chuveiro, berçário, despensa, lavanderia, parque
infantil, pátio descoberto, refeitório, sala de professores, sala para recursos multifuncionais
para Atendimento Especializado, o mesmo possui na parte da frente grande área de gramado,
assim como parque com areia, ainda possui muitas árvores em seu entorno e pátio.
O Projeto Político Pedagógico do CEIM Paulo Gabiatti (2022) apresenta os objetivos para a
educação infantil nos quais se destacam:
Como uma linguagem que possui um amplo universo de sons para criança
apreciar isso vai ajudar ampliar seus sentidos, como a visão, tato e
principalmente a audição. A audição é responsável pelo equilíbrio do corpo.
Ao ouvir a música a criança dança e aprende as noções de espaço sequência,
padronização é uma conscientização do próprio corpo (PPP, 2022 p.11).
A exploração das linguagens integradas no Ceim tem sido um objetivo assertivo entre
as crianças tendo em vista que busca atividades que se integram e facilitam o aprendizado
entre as mesmas em diversas áreas. Onde uma música, ajuda na oralidade, no equilíbrio, na
audição, na fala, dentre outros.
Para a realização de nosso estágio fizemos um plano de atividades para as crianças um
Projeto de Ação Pedagógica (PAP), que necessitou da realização da observação participante,
nesse momento verificamos a necessidade do tema, convivemos com as crianças e
auxiliamos a professora. A seguir apresentamos a referida observação.
2.4 IDENTIFICAÇÃO.
2.7 PROGRAMAÇÃO
Abertura: Para iniciar faremos uma abertura com a música O Patinho Colorido,
visando a interação com as crianças, dançando e cantando juntos.
Atividades da sequência A: Noções espaciais, dentro e fora.
Objetivo: Identificar relações espaciais dentro e fora, assim como explorar diferentes
situações observando as posições das pessoas e objetos, ainda contar objetos associando o
número a sua quantidade.
Duração: 4 horas
Descrição detalhada da atividade:
1º momento: nesse primeiro momento vai precisar de folha de papel ou cartolina. Será feito
vários círculos coloridos ou numerados na cartolina. Este papel será colocado no chão e ao
redor as crianças sentadas em círculo. Será colocado os objetos ao alcance das crianças.
2º momento: Iniciarei a atividade dando o comando aos alunos, um por um colocará o
objeto dentro do círculo de acordo do com o comando dado. Por exemplo: coloque o livro
dentro do círculo amarelo ou coloque o livro dentro círculo número 1. Quando todos os
círculos estiverem preenchidos com os objetos, é hora de trabalhar a noção de fora.
3º momento: Pedirei aos alunos um por um que retirem alguns objetos dos círculos, deixando
outros. Desta forma será perguntado aos alunos quais objetos que estão dentro dos círculos e
quais estão fora?
Atividades da sequência B: Socialização.
Objetivo: Organizar o ambiente favorecendo uma ação de liberdade e estímulos para as
crianças e, desta forma, oportunizando a socialização, através das relações que ela
estabelecerá com seus colegas, como meio e com as professoras.
Duração: 4 horas
Descrição detalhada:
1º momento: Serão realizadas atividades de identificação, onde será lido a história Um
Amor de Família -Ziraldo.
2º momento: Após a leitura, haverá a roda de conversa, momento de falar sobre a história e
reconhecer semelhanças entre as crianças.
3º momento: Arte e pintura, onde as crianças pintarão e desenhar livremente sobre sua
família ou sobre a Família do Livro, e depois apresentarão seus desenhos para os
coleguinhas.
Atividades da sequência C: Cores.
Objetivo: Identificar as cores amarelo e vermelho e desenvolver a coordenação motora fina.
Duração: 4 Horas
Descrição detalhada:
1º momento: conversar com as crianças sobre as cores e estimular as crianças a identificarem
objetos da sala de aula que sejam amarelos e/ou vermelhos.
2º momento: mostrar um cartaz com imagens de alimentos amarelos e/ou vermelhos e
aproveitar para conscientizar sobre o que é saudável e sobre o que não é
3º momento: falar sobre a importância de comer frutas e mostrar às crianças frutas de
verdade nessas cores (exemplo: maçã, morango, banana, pera) - permitir que as crianças
manuseiem, sintam o cheiro, a textura, etc. de cada fruta. Ainda, reforçar que a banana e a
pera são de cor amarela e o morango e a maçã, de cor vermelha..
4º momento: entregar a cada criança um pedaço de massinha amarela e um pedaço de
massinha vermelha e pedir que modelem uma das frutas que manusearam em sala. Depois
distribuir folhinhas de atividades com imagens de frutas usadas e pedir que as crianças
pintem os desenhos das frutas de acordo com sua cor, a pintura será feita com os dedos e
tinta guache.
Atividades da sequência D: Coordenação Motora.
Objetivo: auxiliar no desenvolvimento da coordenação motora fina e habilidades manuais
das crianças do maternal. Esta atividade lúdica também é interessante para trabalhar o
reconhecimento de diferentes movimentos gestuais e explorar a manipulação de materiais
como giz de cera e lápis de ponta grossa em geral.
Duração: 4 horas
Descrição detalhada:
1º momento: Em um espaço externo ou no chão na sala de aula, será feito desenhos de linhas
em zig zag e pedido que as crianças andem sobre as linhas fazendo diferentes movimentos,
como, por exemplo, na ponta dos pés, batendo palmas, com as mãos para cima, de braços
abertos, com as mãos na cabeça etc.
2º momento: Será pedido às crianças que façam movimentos ou sons imitando estes insetos,
como bater os braços imitando uma borboleta, fazer zumbidos imitando um besouro etc.
3º momento: Ainda, para enriquecer o trabalho com as crianças, será levado para a aula
livros ou outras imagens com desenhos de insetos como borboletas, abelhas, joaninhas,
formigas, besouros etc. Organizarei uma roda de conversa sobre os insetos e comentar com
as crianças sobre aqueles mais comuns em nosso meio ambiente e sobre suas características
como tamanho, o que comem, que som que emitem etc. Incentivarei as crianças a relatarem
suas experiências e conhecimentos sobre os insetos, perguntando: “quem tem jardim em
casa?”, “quais insetos vocês já viram lá?” etc.
4º momento: Cantarei com as crianças músicas como “Borboletinha”, “A pulga e o
percevejo”. Trabalharei também com obras da literatura infantil, como “A Lagarta e a
Borboleta”, “A Cigarra e a Formiga”.
Atividades da sequência E: Sentimentos.
Objetivo: Estimular valores éticos e morais, tais como: respeito, solidariedade, compaixão,
amizade, trabalho em equipe, entre outros.
Duração: 4 horas
Descrição detalhada:
1º momento: em um primeiro momento farei a leitura da Galinha Ruiva. Logo após a Leitura
realizaremos uma roda de conversa, onde explanaremos como cada bicho poderia ajudar a
galinha, e o que eles sentiram quando ninguém quis ajudar a galinha. E como se sentiriam no
lugar da galinha, agiriam como ela?
2º momento: em um segundo momento, faremos o reconhecimento dos sentimentos,
através das carinhas de expressões faciais impressas que levarei para aula. E após o
reconhecimento pintalas com a cor que eles julgam representar tais sentimentos.
3º momento: pedirei as crianças que carimbem sua mão com tinta guache vermelha
representando a Galinha Ruiva e amarelo para representar os pintinhos.
Encerramento: para encerrarmos as atividades cantaremos as músicas Sítio do Seu Lobato,
Galinha Pintadinha, Meu pintinho amarelinho, músicas que remetem alguns dos conteúdos
aplicados, cores, interações e sentimentos.
Os recursos materiais estão descritos no quadro a seguir: Quadro 01: recursos materiais
3 CONCLUSÃO DO ESTÁGIO
O estágio me fez observar o quão é importante estar preparado para o dia a dia com as
crianças, não apenas no que se refere ao conteúdo, mas sim em todos os aspectos. Na
educação infantil, existem crianças que requerem mais atenção que outras e isso deve ser
ministradas de forma correta para não causar complicações maiores, tumultos entre outros.
Os pontos positivos sem dúvidas foram muitos afinal tudo é conhecimento adquirido,
o espaço foi adequado, os professores muito solícitos, ajudando e disponibilizando o que fosse
necessário e estivessem no alcance dos mesmos, para melhor atender a necessidade da aula.
As atividades passadas foram realizadas sem contratempos e com grande interesse das
crianças.
Por fim o estágio proporcionou-me experiência e conhecimentos únicos, afinal a teoria
sem a prática é apenas metade do aprendizado. Isso me fez refletir, sobre a importância de
estar preparado para estar à frente de uma sala de aula e saber lidar com diferentes
personalidades.
OBJETIVOS FINAIS.
BASÍLIO, Luiz Cavalieri; KRAMER, Sônia. Infância, educação e direitos humanos. São
Paulo: Cortez, 2003.
ANEXOS