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RELATÓRIO DO PLANO DE AÇÃO

Gestão Democrática e o Papel do Conselho Deliberativo Escolar


Tutora: Sandra

Janaina da Silveira Silvano

Içara, setembro de 2018.


INTRODUÇÃO

O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico com


o intuito de propiciar ações, ressaltando seus principais problemas e os objetivos dentro
de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e avaliação pelo
trabalho desenvolvido.Este relatório traz o trabalho feito pela equipe gestora juntamente
com os professores e alunos desde a elaboração do diagnóstico, o plano de ação e a sua
execução tendo por finalidade promover o conhecimento com qualidade e novas
oportunidades de aprendizagem aos alunos com média abaixo de 6,0.

FUNDAMENTAÇÃO PARA AS AÇÕES

Como consta no Projeto Político Pedagógico EEB ESCOLA, a escola tem como
missão promover o desenvolvimento das competências e habilidades na construção do
pensamento crítico, contribuindo para a formação do ser humano, possibilitando-o
enquanto sujeito atuante em seu contexto sócio histórico. Faz parte de sua visão levar em
consideração a valorização do conhecimento que o aluno possui, possibilitando o
desenvolvimento das suas competências e habilidades, resgatando com isso o prazer em
aprender, apontando para a dimensão do ser.
Este Plano de ação foi fundamentado nos princípios da universalização de
igualdade de acesso e permanência com sucesso do aluno na escola, com base na
Proposta Curricular de Santa Catarina e nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
A escola é, portanto, o espaço social justificado pelo processo de mediação
(VYGOTSKY, 2007), ou seja, é nela que se reúnem sujeitos que interagem uns com os
outros em favor da elaboração conceitual progressivamente mais complexa, que os leva a
pensar diferente, porque deslocam suas representações de mundo. Dessa forma,
desenvolver o ato criador, o pensamento teórico, é objetivo que move os sujeitos para a
escola e marca a sua especificidade, sendo ela o espaço social da institucionalização do
desejo de aprender.
Desse modo, é fundamental que as práticas pedagógicas a serem
levadas a efeito nas escolas considerem a importância do
desenvolvimento de todas as potencialidades humanas, sejam elas
físicas/motoras, emocionais/artísticas, lingüísticas,
expressivo-sociais, cognitivas, dentre outras, contribuindo assim
para o desenvolvimento do ser humano de forma omnilateral.
(SANTA CATARINA, 2014, p.31).

As formas de avaliar esses alunos com aproveitamento escolar abaixo da média


levou a refletir quais as causas desde resultado e uma dessas causas que podemos
observar foi à dificuldade de alguns em acompanhar o ritmo de aprendizado da turma. Por
isso, ao analisar a questão percebemos a necessidade de se fazer encaminhamentos de
laudos médicos e avaliações descritivas de alguns alunos específicos para posteriormente
serem encaminhados os segundos professores para auxiliar estes determinados alunos
com dificuldade na aprendizagem.

De acordo com a Declaração de Salamanca, o conceito de inclusão é um desafio


para a educação, uma vez que estabelece que o direito à educação seja para todos e não
só para aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais, como podemos
observar no trecho abaixo:

As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de


suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas
ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem
dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de
populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas,
étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas
desfavorecidas ou marginalizadas (p. 17, 18).

A Declaração de Salamanca defendia a idéia de que todos os alunos, sempre que


possível, devem aprender juntos, independentemente de suas capacidades. Ao mesmo
tempo, ela apontava a escolarização de crianças em escolas especiais, nos casos em que
a educação regular não pode satisfazer às necessidades educativas ou sociais do aluno.

Apesar de reconhecermos a importância da inclusão, temos de considerar que o


que sabemos sobre esse novo paradigma é muito pouco, o que não nos deixa seguros
para afirmar quais seriam suas possibilidades e limitações e, conseqüentemente, quais as
melhores formas de viabilizar sua execução, sem o risco de fracassos.
De acordo com Bueno (1999, p.9), não podemos deixar de considerar que a
implementação da educação inclusiva demanda, por um lado, ousadia e coragem, mas,
por outro, prudência e sensatez, quer seja na ação educativa concreta (de acesso e
permanência qualificada, de organização escolar e do trabalho pedagógico e da ação
docente) ou nos estudos e investigações que procurem descrever, explicar, equacionar,
criticar e propor alternativas para a educação especial.

Segundo Skliar (2001), a escola inclusiva constitui-se num espaço de consenso, de


tolerância para com os indivíduos considerados diferentes. A experiência no dia-a-dia, ao
lado dos colegas normais, seria vista como elemento de integração. Parece mais
importante a convivência com os colegas normais do que a aquisição de conhecimento
necessário para sua inserção social. Assim, é oferecido o mesmo espaço escolar, a
mesma escola para todas as crianças, como se isso fosse suficiente, ou o mesmo
proporcionasse igualdade de condições de acesso aos saberes.

DIAGNÓSTICO E PLANO DE AÇÃO

O Diagnóstico foi elaborado após o estudo rigoroso e aprofundado das questões


que envolvem a aprendizagem dos estudantes da Escola de Educação Básica ESCOLA,
com foco na identidade dos estudantes com dificuldades de aprendizagem por disciplina.
Foram utilizados os dados e resultados das Atas de Conselhos de Classe e Reuniões
Pedagógicas.

Levando em conta os alunos que foram abaixo de 6,0 na média, foi elaborada uma
planilha com esses dados onde consta o diagnóstico e nele os desafios encontrados no
processo de ensino aprendizagem dos alunos. Para poder fazer um melhor diagnóstico
foram realizadas fichas de avaliação para termos uma análise sobre questões como a
participação dos pais e responsáveis no aprendizado do aluno, em relação
professor-aluno e equipe diretiva, e assim elaborar o plano de ação.

Em reunião, decidimos para o Ensino Médio e Fundamental (Sexto ao Nono Ano)


em todas as disciplinas aplicar as mesmas ações por aluno. Para o Ensino Fundamental
(Primeiro ao Quinto Ano) agrupamos os alunos conforme suas dificuldades por
disciplinas.

Como profissionais em educação o resultado do diagnóstico, fez com que nós


analisássemos e deparássemos com uma experiência nova. Onde após as coletas dos
dados e estudar a situação de cada aluno decidimos tratar do assunto de forma que
buscasse a recuperação deste aluno com o foco na construção do seu aprendizado.
Promovendo situações onde o aluno possa apresentar suas ideias, ter autonomia, que ele
possa conquistar a liberdade de aprender e como educador fazer a diferença na vida e no
desenvolvimento do aluno. Com base nessa análise foi elaborado o Plano de Ação para
ser aplicado na construção e reconstrução do conhecimento deste aluno.

PLANO DE AÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS

ALUNOS: x

TURMA: 1°Ano EF

PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Português

DESAFIOS: Alfabetização. Leitura e escrita. Não consegue ter consciência Fonológica.

AÇÃO: Consciência Fonológica.

METODOLOGIA: Alfabeto Móvel; Leitura com imagens e Bingo de palavras.

EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano(Diretora), Janete


Neinas(Assistente Técnico Pedagógico) e Edilaine(Professora)
ALUNOS: x

TURMA: 2°Ano EF

PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Português

DESAFIOS: Leitura e Escrita

AÇÃO: Atividades que estimulam a leitura.

METODOLOGIA: Alfabeto Móvel e Fichas de Leitura.

EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano(Diretora), Janete


Neinas(Assistente Técnico Pedagógico) e Carla DelfinoTeresa(Professora)

ALUNO(A): x

TURMA: 2°Ano EF

PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Todas

DESAFIOS: Não acompanha.Fala sozinho, gestos estranhos, se isola.

AÇÃO: Encaminhamento para neuropediatra. Atividades com consciência fonológica.

METODOLOGIA:
● Usar o vídeo: “As letras falam”. HTTP://youtu.be/pBsfpU9zWNI Distribuir uma
cartela com letras para o aluno (bingo). A professora pronunciará o som de cada
letra para o aluno marcar sua cartela. No final ganha um brinde.
● Produção Textual: Ler o livro “Um dia de Pinguim”. O aluno deve dar continuidade
a história. O aluno irá escrever conforme sua hipótese de escrita. A professora
ditará cada palavra e vai conferir se o aluno escreveu corretamente.
● Música: “A casa” de Vinicius de Moraes. Após cantar e copiar a letra da música o
aluno será chamado ao quadro para apontar a palavra e ler.
● Palavras embaralhadas: Serão apresentadas no quadro diversas palavras
embaralhadas. O aluno deverá perceber a ordem correta das sílabas e escrever.
● Poema: “O gato xadrez”. Leitura do poema e escrita. O aluno deverá identificar
onde estavam as rimas.

EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano(Diretora), Janete


Neinas(Assistente Técnico Pedagógico), Andreza Venzon(2ª Professora) e Carla Delfino
Teresa(Professora)

ALUNO(A): x

TURMA: 2°Ano EF

PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Matemática

DESAFIOS: Dificuldades na identificação dos números e cálculos

AÇÃO: Utilizar o Ábaco e interpretação de problemas matemáticos.

METODOLOGIA: Jogos matemáticos. Resolução de problemas. Utilização do ábaco.


Utilização do material dourado.

EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano (Diretora), Janete


Neinas(Assistente Técnico Pedagógico), Andreza Venzon(2ª Professora) e Carla Delfino
Teresa(Professora)
ALUNOS: x

TURMA: 3°Ano EF

PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Português

DESAFIOS: Leitura e Escrita.

AÇÃO: Atividades com consciência fonológica.

METODOLOGIA:
● Usar o vídeo: “As letras falam”. HTTP://youtu.be/pBsfpU9zWNI Distribuir uma
cartela com letras para o aluno (bingo). A professora pronunciará o som de cada
letra para o aluno marcar sua cartela. No final ganha um brinde.
● Produção Textual: Ler o livro “Um dia de Pinguim”. O aluno deve dar continuidade
a história. O aluno irá escrever conforme sua hipótese de escrita. A professora
ditará cada palavra e vai conferir se o aluno escreveu corretamente.
● Música: “A casa” de Vinicius de Moraes. Após cantar e copiar a letra da música o
aluno será chamado ao quadro para apontar a palavra e ler.
● Palavras embaralhadas: Serão apresentadas no quadro diversas palavras
embaralhadas. O aluno deverá perceber a ordem correta das sílabas e escrever.
● Poema: “O gato xadrez”. Leitura do poema e escrita. O aluno deverá identificar
onde estavam as rimas.

EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano (Diretora), Janete


Neinas(Assistente Técnico Pedagógico), Maria Aparecida de Araujo Cesáreo
(Professora).

ALUNOS: x

TURMA: 4°Ano EF
PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Português

DESAFIOS: Escrita

AÇÃO: Interpretação e compreensão de textos, construção de textos simples,


pontuação e ortografia.

METODOLOGIA: Encaminhar para o programa “PENOA” como reforço escolar para


atendimento em pequenos grupos.

EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano (Diretora), Janete


Neinas(Assistente Técnico Pedagógico), Marieine Rodrigues Rech (Professora).

ALUNOS: x

TURMA: 5°Ano EF

PROFESSOR DA TURMA: y

DISCIPLINA: Todas

DESAFIOS: Interpretação de problemas, operações simples e tabuada.


Dificuldade na leitura, fonemas e grafemas, troca de fonemas, também na
escrita, formação de palavras, compreensão de textos.
Falta de interesse.

AÇÃO: Trabalhar as 4 operações e interpretação de problemas matemáticos.


Trabalhar leitura, escrita, construção de texto.

METODOLOGIA: Produção Textual, Jogos e resolução de problemas matemáticos.


EQUIPE GESTORA e PEDAGÓGICA: Janaina da Silveira Silvano (Diretora), Janete
Neinas(Assistente Técnico Pedagógico), Sonia Miriam Guglielmi (Professora) e
Fernanda (Voluntária)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A equipe escolar analisou, diagnosticou e entrou em ação com um plano com
estratégias e atividades. Foi possível trabalhar e propor situações diferentes onde a
proposta pedagógica foi primeiro entender o aluno e suas potencialidades para depois
oportunizar o desenvolvimento do conhecimento, ampliando as possibilidades de
compreensão, construção e reconstrução do conhecimento.
Pode-se afirmar que o seguinte trabalho foi de grande valia para todos os
envolvidos. As maneiras de avaliar esses alunos com aproveitamento escolar abaixo da
média levou a refletir quais as causas desde resultado e uma dessas causas que
podemos observar foi à dificuldade de alguns em acompanhar o ritmo de aprendizado da
turma.
Por isso, ao analisar a questão percebemos a necessidade de se fazer
encaminhamentos a profissionais específicos da área da saúde para fornecer laudos
médicos, a elaboração de avaliações descritivas de alguns alunos específicos para
posteriormente serem encaminhados os segundos professores para auxiliar estes
determinados alunos com dificuldade na aprendizagem.
Nos fez perceber que podemos sempre fazer mais e mais por nossos alunos se
nos unirmos colocando em prática a verdadeira educação inclusiva e especial no
ambiente escolar.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros


Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares – estratégias para a educação de
alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1999.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº9394/96. Brasília:


MEC/SEF, 1997.Ministério da Justiça.

Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais.


Brasília, 1994.

VIDEO: As letras falam.Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=pBsfpU9zWNI>

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
2007.

SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina: Formação Integral na


Educação Básica. Florianópolis: DIOESC, 2014.

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