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Abílio António Chilaule

António Justino Machava


Deolinda Gustavo Chelengo
João João Pedro
José Manuel Chirinndja
José Marcos Manhiça
Lázaro ArmandoMondlane
Luísa Gilda Almeida Manhiça
Nélia Paulino Julai
Teresinha Gilda Almeida Manhiça
Vanda Moiasse Henriques Mudaca

Estruturalismo

2o Ano

Licenciatura em Ensino de História


Antropologia Cultural de Moçambique

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2021

1
Abílio António Chilaule
António Justino Machava
Deolinda Gustavo Chelengo
João João Pedro
José Manuel Chirinndja
José Marcos Manhiça
Lázaro ArmandoMondlane
Luísa Gilda Almeida Manhiça
Nélia Paulino Julai
Teresinha Gilda Almeida Manhiça
Vanda Moiasse Henriques Mudaca

Estruturalismo

2o Ano

Licenciatura em Ensino de História

Trabalho de investigação a ser


apresentado a cadeira de
Antropologia Cultural de
Moçambique sob orientação da
docente Neusa Xarmila J.
Monteiro para efeitos de
avaliação.

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2021

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Índice
1. Introdução.............................................................................................................................4

Objectivos........................................................................................................................................4

Geral4

Específico 4

1. Contextualização.................................................................................................................5

As teorias/correntes/escolas de pensamento antropológico.........................................................6

Teoria Estruturalista......................................................................................................................6

A origem e contexto de surgimento...............................................................................................6

Características peculiares teoria estruturalista............................................................................6

Principal defensor e sua contribuição...........................................................................................7

Criticas a teoria estruturalista.......................................................................................................8

2. Conclusão.............................................................................................................................9

3. Referencia Bibliografica...................................................................................................10

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1. Introdução
Após a emergência da Antropologia como ciência desenvolveram-se diversas correntes que, de
certa forma, espelharam as várias concepções do que se devia estudar nesta área do
conhecimento humano. Assim, seguiram-se várias posições como a dos evolucionistas, dos
divisionistas, dos funcionalistas e dos estruturalistas. Apesar das divergências nos procedimentos
metodológicos e conceptuais, pelo menos todas essas correntes centraram-se no estudo do
Homem como um ser cultural.

O presente trabalho aborda sobre a teoria ou corrente estruturalista, apresentando a suas origem e
contexto de surgimento, as características peculiares desta teoria, os seus principais defensores e
as suas respectivas contribuições como também nos cingimos nas críticas a esta teoria. Para
elaboração deste trabalho o grupo realizou pesquisas bibliográficas sobre o tema em estudo, e fez
cruzamento de conhecimentos de modo que o conteúdo do trabalho apresente qualidade.

Essencialmente o trabalho é composto por quatro (4) partes, que variam desde a introdução, a
contextualização, a apresentação da teoria estruturalista, a sua origem, contexto de surgimento,
características peculiares, principais defensores e as suas respectivas contribuições, e por fim, os
aspectos positivos e negativos desta teoria.

Objectivos

Geral
Falar da Teoria Estruturalista;

Específico
Conceptualizar a teoria estruturalista;
Descrever a sua origem, contexto de surgimento, características peculiares, principais
defensores.
Identificar as contribuições para o desenvolvimento da Antropologia Cultural.

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1. Contextualização
A emergência da Antropologia como Ciência, propiciou o surgimento de várias posições que
procuravam explicar à sua natureza, foram essas diferentes posições encerram o que hoje se
designa por correntes ou escolas antropológicas.
Mesmo existindo um grande fervor científico durante o século XIX e a Antropologia tender para
várias interpretações, ela parece ter procurado definir-se à volta do paradigma característico da
época, o da evolução, cujos nomes sonantes do período foram: Charles Darwin, Edward Taylor
(1871), Herbet Spencer, Augusto Comte, Matthew Arnold.

De facto, a Antropologia não fugiu esse pensamento que dominava entre o segundo quartel e fim
do século XIX, o qual veio, de certa forma, definir a unidade da Antropologia. Por isso, mesmo
que alguns autores se tenham recusado no evolucionismo, este constituiu o pensamento
dominante da época.

Segundo Martinez, (2004, p. 57) as várias formulações sobre a sociedade e a cultura


convergiram para três objectivos comuns: origens, idade e mudança. Apareceram no mesmo
período revistas de algumas associações científicas, como a revista americana Current
Anthropolgy, a britânica Man e a francesa L’Home, bem como sociedades de Antropologia em
Gottingen, Cracóvia, Madrid, Nova Iorque, Berlim, Viena e Estocolmo.
Segundo Mello (2005, p. 191-192), tais sociedades eram científico - humanitárias e os
Antropólogos eram considerados “amigos dos povos primitivos”.

A teoria evolucionista alcança as suas feições definitivas com o aparecimento da obra de Charles
Darwin sobre a evolução, “A Origem das Espécies”. Edward Taylor veio aplicar essa teoria na
Antropologia, dando o arranque da Antropologia Moderna, isto é, o arranque da fase de
construção da Antropologia. De facto, foi este que lançou a Antropologia Cultural, cujo marco
foi a publicação por Taylor da “Cultura Primitiva” em 1871.
Lewis Morgan publica na mesma altura (1877) “A Sociedade Primitiva”, procurando discutir a
organização da família pelos diversos estágios de desenvolvimento, isto é, num contexto de
evolução (Ibid., p. 193).

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Apesar de terem existido diversas contribuições como as de: Adolf Bastian (1826-1905), médico
viajante e antropólogo, que rejeitando os particularismos do corpo e alma do romantismo
defendeu a unicidade do pensamento humano; Jacob Bachofen, jurista e antropólogo alemão,
com trabalhos comparativos sobre a mitologia e o parentesco; Summer Maine, que via na família
patriarcal a base da unidade da organização social; McLennan, que lançou a ideia da noção do
paralelismo e tentou interpretar vários costumes primitivos, Taylor foi o expoente dessas
contribuições ao definir o conceito de Cultura e a colocá-la como objecto da Antropologia.

Por outro, Lewis Morgan introduz o esquema da evolução: selvageria, barbárie e civilização e
Fazer preocupa-se com o estudo do fenómeno religioso (Id).
Antropologia Cultural em si dedica-se mais a problemas de relativismo cultural, a investigação
da originalidade de cada cultura, das relações que se estabelecem entre os diferentes níveis numa
dada sociedade e do fenómeno da transmissão da cultura.

As teorias/correntes/escolas de pensamento antropológico


Teoria Estruturalista
A origem e contexto de surgimento
A escola estruturalista é a mais recente que representa o pensamento antropológico, não tendo
sido ainda suplantada por outra até agora.
Desenvolveu-se paralelamente a corrente funcionalista e teve o seu apogeu nas décadas de 40 e
Adoptou posições próprias, sempre de natureza subjectiva. É considerada como uma super
teoria, nem por isso deixa de ter pontos fracos. Alguns advogam que o estruturalismo é um
refinamento do funcionalismo pois existem muitos pontos de convergência entre essas duas
teorias tais como visão sincrónica da cultura, visão sistémica e globalizante do fenómeno
cultural, adopção do termo estrutura e influências da escola francesa.

Características peculiares teoria estruturalista


Visão sincrónica sistémica da cultura;
Visão globalizante do fenómeno cultural (o conhecimento do todo leva a compreensão
das partes);
Adopção das noções de estrutura social e relações sociais;

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Utilização de modelos na análise cultural;
Unidade de análise: estruturas mentais
inconscientes; Compreensão ampla da realidade
cultural.

Principal defensor e sua contribuição


O estruturalismo tem como o seu expoente máximo o belga Claude Levi-Strauss, um dos mais
proeminentes antropólogos sociais da época contemporânea.
Levi-Strauss nasceu em 1908 na Bélgica, transferiu-se mais tarde para Franca, onde passou
grande parte da sua vida. Visitou o Brasil, convidado para leccionar Sociologia na Universidade
de São Paulo, teve oportunidade de contactar com vários grupos tribais no interior do Brasil.
Também permaneceu algum tempo no EUA, mas foi na Franca onde recebeu a mais alta dística
científica, a Medalha de Ouro do Centre National de la Recherche Scientifique.

A preocupação básica de Levi-Strauss consistiu em estabelecer factos que sejam verdadeiros a


respeito da mente humana, mais do que apurar a organização de qualquer sociedade. Para ele a
estrutura social é um sistema que reflecte a realidade cultural, seus funcionamentos alterações
regulares a que esta sujeita, o rumo das transformações provocadas por factores externos a
cultura e as previsões de reacção quando alguma das suas partes é afectada.

Claúde LÉVI-STRAUSS acentua o valor de signo e de símbolo dos elementos singulares e a


constância das suas relações mútuas. Por exemplo, sobre o parentesco, analisa-o como um
sistema de comunicação e de trocas entre estatutos e papéis sociais, de acordo com um princípio
de reciprocidade, que consiste em se interditar o parente próximo para o trocar por um cônjuge
proveniente de outro grupo. Uma estrutura oferece um carácter de sistema. Ela consiste em
elementos tais que uma modificação qualquer de um deles acarreta uma modificação de todos os
outros. Em segundo lugar, todo modelo pertence a um grupo de transformações, cada uma das
quais corresponde a um modelo da mesma família, de modo que o conjunto destas
transformações constitui um grupo de modelos.

Em terceiro lugar, as propriedades indicadas acima permitem prever de que modo reagirá o
modelo, em caso de modificação de um de seus elementos. Enfim, o modelo deve ser construído
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de tal modo que seu funcionamento possa explicar todos os factos observados. Assim, segundo
Lévi-Strauss, a estrutura é um tipo de formalização que se adapta a um conteúdo variado.
Radcliffe-Brown junto Lévi-Strauss partilha a paternidade do estruturalismo pela associação da
estrutura, função e processos, em que define estrutura como sendo a disposição ordenada das
partes ou elementos que compõem um todo como: elementos (chefes) e grupos (linhagens, clãs)
em relação com seus lugares. Definiu estrutura associado a sistemas (parentesco, religião,
política e outros que poe em evidencia a rede de relações entre posições sociais que é diferente
do sistema de tarefas numa organização.

Criticas a teoria estruturalista


Super valorizava a natureza e a ordem natural ao avaliar as culturas;
Traz uma abordagem não clara sobre as sociedades dizendo que umas são simples e
outras complexas e não apresenta elementos de distinção;
Apresenta modelos de análise pré-fabricados pelo próprio inconsciente o que transparece
subjectivismo;
Lévi-Strauss, estava mais atento aos discursos do que às praticas abstractas e estruturadas
de uma lógica fora do tempo do que as relações estruturantes.

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2. Conclusão
No presente trabalho conclui-se que para os estruturalistas, são os factores estruturais que
determinam ou, pelo menos, condicionam significativamente a vida dos seres humanos, suas
atitudes, seus pensamentos, seus sentimentos. Esse traço essencial do estruturalismo implica uma
postura declaradamente crítica em relação às noções filosóficas de sujeito e de liberdade
humana.
A palavra estrutura é de emprego muito antigo, tanto nas ciências físicas quanto nas sociais e em
termos amplos significa tudo o que a análise interna de uma totalidade revela, ou seja,
elementos, suas inter-relações, disposição. O conceito de estrutura é especialmente importante
para a ciência porque pode ser aplicado a coisas diferentes, permitindo a comparação. Nesse
sentido, podemos afirmar que o estruturalismo é um método analítico comparativo. Além disso,
o estruturalismo considera os fenómenos ou elementos com referência a uma totalidade,
considerando, pois, o seu valor de posição. Assim, à sua característica comparativa, podemos
acrescentar seu aspecto totalizante. Disto se conclui que para o estruturalismo é de especial
importância o relacionamento das partes na constituição do todo, ou seja, que estruturalismo
implica em totalidade e interdependência, a que exclui os conjuntos cujos elementos sejam
relacionados por mera justaposição. Simplificando, os conjuntos que interessam ao estruturalista
apresentam como característica básica o fato de que o todo é maior do que a simples soma das
partes.

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3. Referencia Bibliografica
MARCONI, Marina de Andrade e PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia. Uma
introdução: 6ª edição. São Paulo. Editora atlas, 2006.
MARTÍNEZ. Pe. Francisco Lerma. Antropologia Cultural. SMSto. Agostinho da
Matola: S/Ed, 2004.
MELLO, Luis Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teorias e Temas.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
RIVIÈRE, Claude. Introdução à Antropologia. Lisboa, Edições 70, 2000.
SIQUISSE, Alipio e PEDRO, Martinho.Módulo da disciplina de Antropologia Cultural.
Maputo, Universidade Pedagógica, 2017

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