Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Helena Rosário
Horácio Gomo
Laura Manuel
Márcio Armando
(Licenciatura em Agro-pecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
1
Abubacar Macumele
Helena Rosário
Horácio Gomo
Laura Manuel
Márcio Armando
(Licenciatura em Agro-pecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
2
Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 3
7. Existencialismo ....................................................................................................... 12
8. Conclusão ................................................................................................................ 14
1. Introdução
No âmbito da percepção do desenvolvimento do currículo do curso de Licenciatura em
Agro-pecuária na cadeira de Antropologia Cultural de Moçambique foi-nos incumbida a
elaborar um trabalho de pesquisa, com o seguinte objecto de estudo; principais correntes
antropológicas o evolucionismo, o difusionismo, funcionalismo e o estruturalismo.
Vistos a partir dos quadros centrais de qualquer cultura, os homens se julgam sempre
mais humanos do que os outros; mais fortes, inteligentes e sinceros do que os outros,
quaisquer que sejam enfim, as correntes antropológicas nos ensinam a nos
descentrarmos de nós mesmos assim como de nossa própria sociedade e cultura. Isso é
um exercício fantástico e que nos abre as portas para novos universos, novas
possibilidades e alternativas de aprendermos com os outros e de nos vermos através dos
outros, conhecendo-nos mais profundamente.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender as principais escolas antropológicas.
1.1.2. Específicos
Caracterizar as escolas antropológicas;
Apresentar os seus representantes de cada corrente antropológica;
Analisar as correntes antropológicas.
1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se numa primeira fase, ao método de
pesquisa bibliográfica, que consistiu nas consultas bibliográficas que versam sobre a
temática em estudo, e em seguida usou-se os métodos analítico e comparativo, que
consistiu na análise e comparação da informação obtida nas diversas obras e, por fim,
seguiu-se à compilação da informação seleccionada.
4
Edward Taylor, Lewis Morgan e Herbert Spencer são alguns dos autores do
evolucionismo oficial e suas teorias constituem-se como uma tentativa de formalizar o
pensamento antropológico com linhas cientificamente modeladas conforme a teoria
biológica da evolução, ou seja se os organismos podem desenvolver com o passar do
5
tempo com leis compreensíveis e deterministas, parece então razoável que sociedades
também evoluam com o tempo.
3. O particularismo histórico
Os primórdios do século XX trouxeram a crítica ao evolucionismo por parte da
antropologia cultural norte-americana.
do qual são caracterizados os estágios das culturas vividas pelos povos, dai
resulta a utilização do conceito "paralelismo cultural" que assenta no
pressuposto que tanto os povos primitivos como os civilizados têm uma origem
cultural similar, diferindo na evolução cultural
A falácia desta estratégia está em pensar que se pode recolher dados sem um
enquadramento teórico prévio. Os factos não falam por si, mas sim pelas ideias de quem
os recolhe. Para Boas, o antropólogo era uma espécie de ceifeira – debulhadora que
recolhe tudo a eito. A verdade é que os antropólogos, como qualquer outra pessoa, são
selectivos na escolha dos “factos”, não ceifam à toa, apenas apanham aquilo que o seu
interesse prévio definiu como importante.
4. Corrente do difusionismo
O difusionismo também conhecido como historicismo, opunha-se a corrente
evolucionista partindo da ideia segundo a qual, na história da humanidade, as
verdadeiras inovações são em numero reduzido e propagam-se a partir de centros
culturais, ou seja, as inovações culturais são iniciadas numa cultura especificas, para só
então serem difundidas de varias maneiras a partir desse ponto inicial. E evidente que
existem a difusão cultural; o nosso alfabeto veio dos fenícios, o nosso algarismo são
árabes, o cristianismo veio do oriente médio.
Eriksen e Nielsen (2007) diz que o difusionismo tornou-se popular, nos finais do
século XIX, quando o evolucionismo era ainda uma teoria influente, e constituiu um
domínio das teorias evolucionistas. Existiram duas escolas principais:
Uma na Alemanha-Áustria e;
Outra na Grã-Bretanha.
7
A sua ideia central era a de que as civilizações mais “avançadas”, das quais a
Europa representava o expoente máximo, tinham a sua origem no velho Egipto,
considerado uma civilização avançada devido ao facto de nela se ter desenvolvido a
prática da agricultura muito cedo e de esta ter levado ao desenvolvimento de formas de
religião, arquitectura e arte muito “avançadas”. Para os difusionistas britânicos, a
evolução independente e paralela parecia de menor importância, senão mesmo uma
concepção errada. Para eles, a difusão a partir do Egipto explicava o desenvolvimento
de todas as outras civilizações.
5. Corrente Funcionalista
5.1. O funcionalismo
Enquanto nos EUA, no começo do Século, o culturalismo Boasiano florescia, na
Inglaterra, a antropologia estava começando a se distanciar das ideias evolucionistas da
geração anterior. Nesse movimento, ganhavam importância duas figuras que iriam
balizar a escola inglesa de antropologia social durante a primeira metade do Século XX:
estamos nos referindo a Alfred R. Radcliffe-Brown (1881-1955) e Bronislav
Malinowski (1884-1942).
Para Eriksen e Nielsen (2007) estes dois paradigmas, que fazem hoje parte do
museu da teoria antropológica, marcaram a antropologia social europeia, sobretudo
britânica, até pelo menos ao início da década de 1950. O funcionalismo interpreta a
sociedade como se ela fosse um organismo; cada parte do sistema desempenha uma
determinada função. O trabalho do antropólogo seria explicar as funções das diferentes
partes do sistema social.
6. O culturalismo norte-americano
Por volta da década de 1920 segundo afirma Gonçalves (2002) alguns
antropólogos americanos interessaram-se pela relação entre a cultura e a personalidade.
A teoria psicanalítica de Sigmund Freud (1856-1939) foi uma das influências
fundamentais nesse movimento da antropologia cultural norte-americana, que ficou para
a história da antropologia como culturalismo ou, movimento de cultura-personalidade
(LEPLATINE, 2003)
De acordo com mesma fonte, dando exemplo do caso das metades (moieties,
como são designadas na literatura antropológica de língua inglesa) e do sistema de
casamentos nas estruturas de parentesco é um exemplo de organização e estrutura
binárias. Corroborando a ideia de Santos (1969) Jordão (2004) a sociedade estabelece
regras de troca que obrigam os indivíduos a circular entre metades através do sistema de
casamento. O mundo à nossa volta é organizado em categorias que se opõem umas às
outras; por exemplo, alto-baixo, cozido-cru, norte-sul, mau-bom, terra-ar, cá-lá, cultura-
natureza, etc.
7. Existencialismo
Para Eriksen e Nielsen (2007) em Filosofia será preferível a expressão "filosofia
da existência", por ser mais específica e menos controvertida. A "existência" que aqui
está implicada é o Homem, que se torna o centro de atenção, encarado como ser
concreto - nas suas circunstâncias, no seu viver, nas suas aspirações totais. Centrado nos
problemas do Homem, o Existencialismo penetra nos seus sentimentos concretos, nas
suas angústias e preocupações, nas suas emoções interiores, nas suas ânsias e
preocupações, nas suas emoções interiores, nas suas ânsias e satisfações - temas
particularmente aptos para um desenvolvimento literário.
poderá, portanto, ser definida em função das condições que são requeridas por um
existir autêntico - existir que se deverá iniciar e intensificar seguidamente, por meio de
uma reflexão capaz de fazer, de uma existência vivida, uma existência desejada e
pensada. Essas condições podem reduzir-se a três: a necessidade do compromisso e do
risco, o primado da subjectividade e a prova da angústia e do desespero."
8. Conclusão
Após uma exaustiva pesquisa concluímos que antropologia é a ciência humana e social
que busca conhecer a diferença e alteridade entre os seres humanos como seres
culturais, então estudá-la faz nos compreender que, longe de haver somente uma
formação cultural que dê sentido às acções humana, toda e qualquer cultura é coerente
em si mesma, quando vista de forma total e a partir de seus próprios pressupostos.
Mais ainda, aprendemos que nossa cultura e sociedade não são as únicas, nem as mais
verdadeiras, originais e autênticas; não obstante, as escolas antropológicas nos
ensinaram que todo e qualquer esquema cultural e ou classificatório é mais um dentro
dos inúmeros outros, que também coabitam o mundo juntamente connosco.
Aprendemos uma importante lição: nossa sociedade não é superior a qualquer outra,
seja ela uma tribo do Sudão, na África, ou uma tribo indígena no Mato Grosso do Sul,
no Brasil.
15
9. Referências bibliográficas
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. São Paulo. Brasiliense, 2003.