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Universidade Rovuma
Montepuez
2023
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Elton Lucas
Ernesto Inácio
Universidade Rovuma
Montepuez
2023
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
3.FACTORES DA CULTURA.........................................................................................7
4.CULTURA E SOCIEDADE..........................................................................................8
Crenças...........................................................................................................................9
Valores.........................................................................................................................10
Normas.........................................................................................................................10
Símbolos......................................................................................................................10
Cultura Material...........................................................................................................12
Cultura Imaterial..........................................................................................................12
8. A DIVERSIDADE CULTURAL................................................................................13
Conclusão........................................................................................................................17
Referências bibliográficas...............................................................................................18
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Introdução
Objetvos
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
Metodologias
Tylor foi o primeiro a formular um conceito de cultura. Para ele essa “é aquele todo
complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e
todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
Portanto é conjunto de comportamentos, saberes-fazeres adquiridas através de
aprendizagem transmitidas ao conjunto de seus membros.
Diversidade de definições
Abordagem Evolucionista
Abordagem Relativista
É a partir da obra de Franz Boas, no entanto, que a cultura assume uma concepção
relativista e passa a ser compreendida como um conceito chave para a investigação das
diferenças entre as sociedades. Para Boas, não era possível falar de uma única cultura:
cada cultura representava uma totalidade singular, a qual deveria ser
cuidadosamente investigada. O Relativismo Cultural busca entender os valores
culturais de uma sociedade a partir dos padrões vigentes neste grupo social;
Etnocentrismo
a terra para que ela possa produzir e dar frutos. Disso vêm os termos culto e inculto,
usados no jargão popular com uma carga de preconceito e de discriminação,
considerando uma cultura (especialmente a letrada) superior às outras. Porém, não
existem grupos humanos nem um indivíduo que não tenha cultura.
A cultura não é uma herança genética, mas o resultado da inserção do ser humano em
determinados contextos sociais. É a adaptação da pessoa aos diferentes ambientes pelos
quais passa e vive, permitindo que o ser humano seja capaz de vencer obstáculos,
superar situações complicadas e modificar o seu habitat. Desse modo a cultura pode ser
definida como algo adquirido, aprendido e também acumulativo, resultante da
experiência de várias gerações, sendo que o ser humano não é um simples receptor, mas
também um criador de cultura. Por isso a cultura está sempre em processo de mudança,
(LARAIA, 2001).
3.FACTORES DA CULTURA
Para dar vida à cultura, existem, segundo Bernardo Bernardi (1974), quatro factores
que operam constante e universalmente, em todas as suas formas, quer por ação direta
quer por efeitos condicionantes:
4.CULTURA E SOCIEDADE
Na linguagem popular Cultura e Sociedade são sinônimos: “Pertencemos a
sociedade moçambicana”, “vivemos dentro da cultura moçambicana”. Mas os cientistas
sociais tentam definir de uma maneira mais exata, porque é preciso ter conceitos
afinados para analisar corretamente os fenômenos sociais e culturais.
Cultura
Segundo o antropólogo E.B. Taylor (1975) a cultura e: “esse todo complexo que
inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumes e toda a série de capacidades e
habitos que o Homem adquire em tanto que membro de uma sociedade dada”. Esta
definição, criada no século XIX e a qual era vista como referência, em que numa
sociedade todo o humano como membro apresenta qualidades, porém não são inatas
(biologicamente herdadas), mas sim são adquiridas como parte do crescimento e
desenvolvimento de uma determinada cultura, isto é, têm a Cultura não material
(ideofacto) e Cultura material (“Artefato”).
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Crenças
São representações coletivas que definem a natureza das coisas sagradas e profanas”. Os
antropólogos costumam classificar as crenças em três categorias:
i. Pessoais, isto é, aquelas que são aceitas por cada indivíduo, independentemente
das crenças do seu grupo;
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ii. Declaradas, ou seja, aquela questão aceita, pelo menos em público, com a
finalidade apenas de evitar constrangimentos; nas sociedades contemporâneas
poderia ser exemplo disso a crença na igualdade entre as pessoas, especialmente
entre homem e mulher;
iii. Públicas são aquelas crenças aceitas e declaradas como crenças comuns.
Exemplo disso é a crença na ressurreição por parte dos cristãos e na
reencarnação por parte dos espíritas. Existem antropólogos que falam de
crenças científicas (que podem ser comprovadas), supersticiosas (fruto do
medo) extravagantes (quando fogem do comum e do que é considerando
normal, como é ocaso da crença de que pode acontecer alguma coisa numa
sexta-feira, dia 13 do mês);
Valores
Eles são definidos pelos antropólogos como sendo “objetos e situações consideradas
boas, desejáveis, apropriadas, importantes, ou seja, para indicar riqueza, prestígio,
poder, crenças, instituições, objetos materiais etc. Além de expressar sentimentos, o
valor incentiva e orienta comportamento humano;
Normas
Já são definidas como “regras que indicamos modos de agir dos indivíduos em
determinadas situações”. De um modo geral consistem “num conjunto de ideias, de
convenções referentes àquilo que é próprio do pensar, sentir e agir em dadas situações”.
As normas podem ser ideais (aquelas que os membros do grupo devem praticar) e
comportamentais que são aqueles reais, pelas quais, em determinadas situações, os
indivíduos fogem das ideais. Exemplos disso são as normas de trânsito.
Símbolos
São realidades físicas ou sensoriais às quais os indivíduos que os utilizam lhes atribuem
valores ou significados específicos”. Normalmente os símbolos costumam representar
coisas concretas ou também abstratas.
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Cultura Material
Cultura Imaterial
Os bens de cultura imaterial são os elementos abstratos que fazem parte de uma cultura,
e dizem respeito às práticas e domínios da vida social de determinado grupo. Esses bens
podem ser ofícios, saberes, celebrações, formas de expressão e também lugares, como
mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas.
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A cultura imaterial é passada de geração a geração. Com isso, os bens costumam ser
recriados e modificados pelos grupos e comunidades de acordo com o ambiente, através
da interação com a natureza e com o contexto histórico da sociedade.
8. A DIVERSIDADE CULTURAL
Entre a diversidade de culturas é possível achar alguns traços comuns. Neste ponto, a
antropologia não só estuda as diferenças como também o que nos faz a todos os seres
humanos iguais.
Quando estes traços culturais existem em todas ou em quase todas as sociedades
denominam-se universais culturais, que são aqueles que distinguem aos humanos das
outras espécies:
A unidade psíquica dos humanos. No sentido de que todos os humanos têm a
mesma capacidade para a cultura;
A linguagem;
Viver em grupos sociais como a família e compartir alimentos;
A exogamia e o tabu do incesto, regra que proíbe as relações sexuais e o
casamento entre parentes próximos;
O matrimonio, entendido como relação social estável e duradoura entre pessoas;
A divisão sexual do trabalho;
A família isto não implica que seja igual em todas partes.
O etnocentrismo cultural. Esta é uma tendência a aplicar os próprios valores
culturais para julgar o comportamento e as crenças de pessoas doutras culturas.
Agente pensa que os seus costumes são os únicos, correctos, apropriados e
morais. As visões etnocêntricas entendem o comportamento diferente como
estranho e “selvagem”, mas também como inferior. As pessoas pensam que as
suas normas representam a forma “natural” de comportar-se e os outros são
julgados como negativos.
mundo, ainda que não consiste não critica, já que a linguagem e sempre
embrionariamente, uma forma de concepção de mundo’, (Gruppi,1978, pag.7-66).
Pensamos que este processo começa pelo resgate dos saberes construídos e transmitido
pelas comunidades autóctones de Moçambique, que são formas de conceber o mundo, a
realidade, e sendo assim podem ser confrontados com os saberes científicos,
enriquecendo o currículo escolar e a formação da identidade sociocultural.
Após a independência, as mudanças políticas e sociass apontaram para outros caminhos
a serem trilhados pela escola em Moçambique. Ao assumir o socialismo como princípio
que rege as relações sociais se assume um currículo que, não apenas revela, mas
sobtreudo ajusta os indivíduos nesta realidade histórica.
A partir de 1993, Moçambique vive um novo momento histórico, da solidificação da
democracia não apenas no âmbito político, mas também social e cultural. O senso
democrático, em resposta ao momento histórico vivido, deveria ser um convite a olhar
os diversos saberes que fazem parte do ser de cada moçambicano, da diversidade
escolar.
A cultura e um conteúdo substancial da educação sendo que é pela e na educação
através do trabalho paciente e na continuamente recomendado da ‘tradição docente ‘que
a cultura se transmite e se perpetua a educação realiza a cultura como memória viva.
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Conclusão
Quanto a conclusão conclui-se que, o conceito antropológico da cultura foi um tema que
levou a muitas curiosidades e permitiu a reflexão sobre a noção o surgimento e
desenvolvimento da cultura e no desenvolvimento da respectiva diversidade, de modo a
facilitar a compreensão do conteúdo em causa, fundamentando-se em algumas
particularidades e relações na medida em que a diversidade mostra o surgimento e
desenvolvimento da cultura.
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Referências bibliográficas
BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos Etno-Antropológicos. Perspectivas do
Homem. Lisboa, Edições 70, Pag. 289-294. 1974
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed., Jorge Zahar
Editor, Rio de Janeiro, 2001.