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1º Grupo
Domingos Peso
Faustino João
Faquihe Saranque
Kenethy Suluho Lourenço
Maira Victor Chico
Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Domingos Peso
Faustino João
Faquihe Saranque
Kenethy Suluho Lourenço
Maira Victor Chico
Sábado Artur
Universidade Rovuma
Nampula
Outubro
2023
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Índice
1. Resumo ........................................................................................................................................ 4
2. Introdução .................................................................................................................................... 5
2.1. Objectivos ............................................................................................................................. 5
2.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................... 5
2.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................... 5
2.2. Procedimentos metodológicos .............................................................................................. 5
3. Diversidade Cultural .................................................................................................................... 6
3.1. Moçambique e a diversidade cultural ................................................................................... 7
4. Dinamismo e Mudança Cultural ................................................................................................ 12
4.1. Relação entre Dinamismo e Mudança Cultural .................................................................. 14
5. Conclusão .................................................................................................................................. 15
6. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 16
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1. Resumo
Diversidade cultural, fenômeno humano, tradições, valores, línguas, costumes, expressões
artísticas, identidades únicas, perspectivas, diálogo, compreensão mútua, enriquecimento,
sociedades justas e inclusivas, diferenças, comunidades urbanas e rurais, espaços digitais,
experiência humana, valorização, respeito, pluralidade, pontes interculturais, coexistência pacífica,
celebração.O dinamismo e a mudança cultural são inerentes à natureza humana e refletem a
capacidade adaptativa das sociedades. Esse processo constante cria uma tapeçaria cultural rica e
diversificada, moldando a identidade das comunidades ao longo do tempo. Compreender e abraçar
esse dinamismo é crucial para a apreciação e a coexistência pacífica em um mundo em constante
evolução.
Palavras-Chaves: Diversidade Cultural, Dinamismo e Mudança Cultural
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2. Introdução
A diversidade cultural é um fenômeno intrínseco à condição humana, enraizado na rica tapeçaria
de tradições, valores, línguas, costumes e expressões artísticas que caracterizam diferentes
comunidades ao redor do mundo. Essa variedade reflete a extraordinária capacidade da
humanidade de adaptar-se e florescer em ambientes diversos, moldando identidades únicas e
contribuindo para a beleza global da experiência humana
2.1. Objectivos
3. Diversidade Cultural
Antes de desenvolver o tema acima é necessário antes, perceber o conceito da cultura, no entanto
o conceito da cultura é muito complexo, portanto abaixo estão apresentados alguns conceitos da
cultura.
Cultura é este conjunto complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costumes e
várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Na
realidade, a cultura, em sentido largo, é todo o conjunto de obras humanas. É a cultura que distingue
o homem de outro animais. Por mais perfeito que seja um ninho de passarinho, pouco representa
como realização comparado com qualquer objeto feito pelo homem. A diferença está ao nosso ver,
na inconsciência que está presente ao ato humano ( de Mello, 2013).
De acordo com ( de Mello, 2013), é a cultura que faz com que uma criança criada no Japão seja
japonesa e outra criada na Alemanha seja alemã. Assim pode-se concluir que, embora a cultura
tenha sua origem na capacidade mental do homem, não é um processo individual, mas coletivo.
Pode-se perceber na definição de Tylor que a cultura é algo que não se transmite biologicamente,
sendo que o homem adquire dentro da sociedade onde ele se encontra inserido.
A literatura antropológica sugere-nos que a palavra cultura é de origem latina. Deriva do verbo
colere (cultivar ou instruir) e do substantivo cultus (cultivo, instrução). Etimologicamente tem
muito a ver com o ambiente agrário, com o costume de trabalhar a terra para que ela possa produzir
e dar frutos. Não existe ainda um consenso entre antropólogos acerca do que seja a cultura. Afirma-
se que existem mais de 160 definições de cultura. Por via disso, não se fala apenas de cultura, mas
de culturas. A cultura, não é nada mais, nada menos, que o conjunto de saberes (axiológicos,
estéticos, técnicos, teológicos, epistemológicos, etc.) característicos de um determinado grupo
humano ou de uma sociedade, ou seja, o conjunto de comportamentos, saberes-fazeres adquiridas
através de aprendizagem e transmitidas ao conjunto de seus membros (Vilanculo).
Em termos de diversidade cultural, Moçambique apresenta uma das características mais preciosas
que, por coincidência, acompanha também a sua diversidade biológica, que de acordo com
Takahashi (2006), as áreas com grande diversidade biológica também reúnem grande diversidade
cultural, por exemplo, a Índia tem 309 línguas e possui 15.000 tipos de flores nativas; a China tem
77 línguas e 30.000 tipos de flores nativas. Para o caso de Moçambique, encontra-se dividido em
múltiplas linhas étnicas e linguísticas, isto é, marcada pela miscigenação cultural que advém das
migrações bantu e do contacto que estes tiveram e vão tendo com os árabes, asiáticos e o ocidente.
Segundo Santiago (2019), Moçambique é um país de grande diversidade cultural, com um total de
43 idiomas, dos quais se destacam o macua, tsonga (shangana), sena, lomwe, chuwabu e o nianja.
O tsonga, por exemplo, é falado pela etnia de mesmo nome, que está espalhada por Moçambique,
África do Sul, Zimbábue e Suazilândia. Já a língua nianja, por sua vez, é falada pela etnia chewa e
mais alguns povos próximos a eles, em Zâmbia, Zimbábue, Moçambique e Malawi, sendo que
neste último país ela é oficial. Para o INATUR – Instituto Nacional do Turismo de Moçambique
(2016), Moçambique tem vários grupos étnicos com diferentes idiomas, culturas e
desenvolvimento histórico. Os Povos Bantu que não constituindo uma raça específica, mas um
conjunto de grupos com uma cultura comum e linguagem similar estão na origem das etnias
dominantes, nomeadamente, "Yao", "Macua", "Angones", "Nyanjas", "Tongas", "Bitongas e os
"Muchopes" que se distribuem por ordem do Norte ao Sul.
A mesma entidade (2016), salienta que as comunidades swahili instaladas nas áreas costeiras são
responsáveis pela introdução do Islamismo em Moçambique, assim como os indianos e europeus
dispersos pelo país, sendo que as línguas, as chamadas línguas nacionais são todas de origem Bantu
(emakhuwa 26,3%, xichangana 11,4% e elomwe 7,9%), com excepção do português que é a língua
oficial, desde que o país se tornou independente e o inglês é a língua de negócios, usada
maioritariamente nas zonas urbanas ou zonas onde o turismo ganhou maior espaço na vida das
comunidades, (INATUR, 2016).
Mas a cultura moçambicana, na sua edição de segunda-feira (31 de Julho de 2017), refere que
existem em Moçambique cerca de 20 grupos linguísticos e eles são contrários ao português
largamente falado, especialmente nas zonas urbanas e hoje, cerca de 25% da população fala
português, com características socioculturais específicas, não havendo unanimidade sobre a
designação genérica desses grupos (regime de parentesco), por razões óbvias, durante o período
colonial esses grupos eram designados por tribos, etnias ou grupos étnicos, sendo o rio Zambeze a
fronteira natural.
A norte deste (rio Zambeze) localizam-se os povos matrilineares: Makonde, Yao, Makhuwa,
Nyanja e outros localizados no Zambeze superior, como os Nsenga e os Pimbwe, por exemplo. A
sul, encontram-se os povos patrilineares congregados nos seguintes grupos: Shona, Tsonga, Chope
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e Bitonga. Entre os povos patrilineares figura também o grupo Nguni, cujos núcleos se encontram
espalhados pelo País. No Vale do Zambeze, uma zona de transição, situam-se povos de simbiose
das influências matrilinear e patrilinear, dos quais se destacam: Chuwabo, Sena e Nyungwe. Para
além dos grupos identificados, existem outros localizados na costa norte, cuja característica
particular é a influência patriarcal islâmica que apresentam: são os Mwani.
Segundo Ferreira (1982), os Makondes localizados no extremo norte, junto ao rio Rovuma, bem
como no sul da Tanzânia, apresentam como traços culturais particulares a escultura em madeira, o
uso de máscaras nas cerimónias relacionadas com os ritos de iniciação e a execução da dança
tradicional conhecida por “mapico”.
Os Yao, também conhecidos por Ajaua, ocupam a região junto ao lago Niassa e o norte da província
com o mesmo nome, são encontrados no Malawi e no sul da Tanzânia, eram povos bastante activos
no comércio à distância, ligando as regiões do interior com a costa do Índico: Quílua, na Tanzânia,
e Ilha de Moçambique. Antes dos finais do século XVIII eram os principais fornecedores de marfim
e no primeiro quartel do século XIX transformaram-se nos maiores fornecedores de escravos
exportados para Mossuril (Ferreira, 1982). Tendo se islamizados mais cedo que outros povos do
interior devido o seu contacto regular com a costa.
Os Makhuwa, por vezes considerados como duas entidades diferentes, constituem a etnia de
Moçambique dispersa por um vasto território que no passado se estendia, do rio Zambeze ao rio
Messalo, a Sul e Norte, respectivamente, do Oceano Índico, a Este, até à actual fronteira com o
Malawi, a Oeste. Na actualidade, com o centro em Nampula, os Makhuwa-Lomwe espalham-se
para partes das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia. Importantes agrupamentos se
encontram também no Madagáscar, no sul da Tanzânia e no Malawi, também a sul (Ferreira, 1982).
Os Maraves, povos localizados a norte do rio Zambeze, na Província de Tete e na parte ocidental
da Província do Niassa, tomam a designação de Nyanja, enquanto os de Malawi são chamados
Chewa. Para além do Malawi, importantes sectores do povo Nyanja se localizam na Tanzânia,
Zâmbia e Zimbabwe. Estes povos são associados ao império do mesmo nome que se desenvolveu
nas regiões onde hoje é Zambézia e Nampula, por volta dos séculos XVI e XVIII e que, tal como
os Ajaua, se envolveu no comércio de marfim e de escravos. Possuem uma organização matrilinear
e tradições culturais particulares. Junto ao rio Zambeze concentram-se inúmeras etnias com
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características específicas e exteriores aos grupos étnicos referidos, como são os casos dos
Chuwabo, Sena e Nhungwe, designados habitualmente como “Povos do Baixo Zambeze” (Ivala,
2002).
Os Shona ocupam os territórios entre os rios Save e Zambeze, subdividindo-se em três grupos
distintos: Ndau, Manyka e Tewe. De uma forma geral, surgem espalhados pelas províncias de
Manica, Tete e Sofala e, ainda, por algumas províncias do Zimbabwe. Esta etnia está associada às
ruínas do grande Zimbabwe, entre outros amuralhados de pedra da região. Fazem parte de um
grupo de povos de línguas bantu que habitam o Zimbábue, a norte do rio Lundi, e no sul de
Moçambique. Foram notáveis por suas peças de ferro, cerâmica e música, dentre os quais podem
ser destacados os zezuru, karanga, manyika, tonga-korekore e ndau. Estes ndaus são um grupo
étnico que habita o vale do rio Zambezi, do centro de Moçambique até o seu litoral, e o leste do
Zimbábue, ao sul de Mutare. Os ancestrais dos ndaus eram guerreiros da Suazilândia que se
misturaram com a população local, constituída etnicamente por manikas, barwes, tewes, nas
províncias moçambicanas de Manica e Sofala.
Os Bitonga e os Chope concentram-se no sul do país, junto à costa, e nos arredores da Cidade de
Inhambane, os primeiros, e numa faixa que vai para mais a sul, os segundos que também povoam
parte de Gaza, mantiveram ao longo dos séculos uma proximidade cultural com os Tsonga. Os
chopes são dos distritos de Zavala e Inharrime, na Província de Inhambane. Este povo viveu
tradicionalmente da agricultura de subsistência. Historicamente, alguns chopes foram escravizados
e outros tornaram-se trabalhadores migrantes na África do Sul. Os chopes são conhecidos
internacionalmente pelo instrumento musical mbila e dança associada, uma manifestação cultural
conhecida desde o tempo de Gungunhana, que foi considerada pela Unesco, como Património Oral
e Imaterial da Humanidade. Os chopes identificam-se culturalmente, como povo, com o elefante.
Os Tsongas subdividem-se em três grupos particulares: os Ronga (do extremo Sul até ao rio
Limpopo), os Changane (junto ao rio Limpopo) e os Tswa (a norte do rio Limpopo e até ao rio
Save), com continuidades nos territórios da África do Sul e da Suazilândia. Possuem uma
organização patrilinear. Os Tsonga constituem o grupo que, durante os três últimos quartéis do
século XIX estiveram sob influência directa do império nguni de Gaza. Landins ou Vátuas, era o
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nome genérico dado aos indígenas de Moçambique, a sul do rio Save. Tinham tradições guerreiras
sendo o seu último grande imperador, Gungunhana o Leão de Gaza, sido destronado pelos
portugueses depois de grandes combates entre 1894 e 1895.
Já, a mudança cultural refere-se especificamente às alterações observáveis nas práticas, crenças,
valores e expressões de uma cultura ao longo do tempo.
Processos de Mudança: A mudança cultural pode ocorrer de várias maneiras, incluindo inovações
internas, contato com outras culturas, influências tecnológicas, eventos históricos e mudanças nas
condições socioeconômicas.
As culturas estão sempre em movimento. Mesmo aquelas culturas que parecem estabilizadas e
inertes, também elas estão em permanente movimento, vibram, palpitam, tem vida. Nelas pode-se
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ver toda uma população que nasce, cresce e morre. Em cada membro e em todos os membros estão
presentes os valores culturais. Em uns predomina o odio, noutros predomina o amor: a fidelidade
é cultuada e traída. Alimentos são produzidos e distribuídos; a arte e o artesanato são produzidos,
modificados e até destruídos; a linguagem, não obstante sua estabilidade, passa por modificações
sutis. É preciso não esquecer que a culturas é um modo coletivo de prior a sobrevivência de todos
e de cada um dos membros da população.
Ultimamente, no entanto, os estudos sobre mudança cultural já pontilham aqui e ali. Ocorre que a
grande maioria dos denominados povos primitivos atualmente já foram atingidos pelos modernos
meios de comunicação. No Brasil, por exemplo, grande parte dos estudos etnológicos foram
dedicados aos estudos de aculturação e de contatos culturais. Isso, principalmente, em face da
realidade verificada entre nossos índios.
É notório que os índios em contato com o branco veem sua cultura modificadas e o resultado,
muitas vezes, é a completa desorganização sociocultural acarretando, em seguida, até o extermínio
de suas tribos. O fato vem negar a ideia de progresso inevitável das culturas. Mostra ainda que a
cultura e o povo estão unidos, embora sejam distintos.
Na tradição antropológica ficaram consagrados os estudos sobre invenção e difusão cultural, ambos
produtos diretos de escolas antropológicas: o evolucionismo e o difusionismo, respectivamente.
No entanto, repetimos, estudo específico de mudança cultural é raro na antropologia A antropologia
social inglesa, seguindo sua tradição, não procede ao estudo da mudança cultural, mas ao estudo
da mudança Social. Tal estudo pouco ou nada difere daquele realizado pelos sociólogos. Define -
se a mudança Social como a transformação da estrutura social. Esta, por sua vez, englobaria: a)
uma forma histórica de produção; b) um sistema de estratificação social; e c) um conjunto de
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instituições e valores sociais, cujo escopo sancionar e manter, como um todo, o sistema
estreitamente interdependente formado por estas partes.
Mas realmente não é fácil explicar a mudança cultural. Facilmente se incorre no erro apontado por
John Beattie :
Mas, o que é mais importante, a noção de que a mudança social necessariamente degenerativa tende
a manter a hipótese insustentável (que Flirt chama a suposição básica da homeostase) de que todas
as sociedades são naturalmente espécie de sistemas de equilíbrio, cujas instituições sociais podem
ser consideradas como artifícios automantenedores do status quo. Se as sociedades fossem real
mente assim, qualquer mudança nelas seria obviamente para pior.
E arremata:
Atualmente é mais amplamente reconhecido que a mudança e conflito são características normais
dos sistemas sociais, não menos do que o equilíbrio e a harmonia.
5. Conclusão
Po. conclui-se que, a compreensão da diversidade cultural, dinamismo e mudança cultural é
essencial para uma análise abrangente das sociedades humanas. A diversidade cultural destaca a
riqueza das distintas formas de vida, expressões artísticas e modos de pensamento presentes em
diferentes grupos. Este fenômeno, longe de ser estático, é permeado pelo dinamismo, onde as
culturas estão em constante interação e adaptação. O dinamismo cultural, por sua vez, revela a
natureza fluida das culturas, destacando sua capacidade de se transformar, evoluir e influenciar
umas às outras ao longo do tempo. Esse dinamismo é impulsionado por diversos fatores, incluindo
migrações, avanços tecnológicos, globalização e intercâmbios culturais. A mudança cultural, como
manifestação desse dinamismo, representa os processos tangíveis de transformação dentro de uma
cultura. Estas mudanças podem ser observadas em práticas cotidianas, valores, crenças e
expressões artísticas. A análise cuidadosa das mudanças culturais permite-nos compreender as
complexidades da interação cultural e as respostas das sociedades a desafios e oportunidades. Em
conjunto, a diversidade cultural, o dinamismo e a mudança cultural formam uma teia intricada que
molda a tapeçaria da experiência humana. A apreciação dessa complexidade não apenas enriquece
nosso entendimento das sociedades, mas também ressalta a importância de abordagens inclusivas,
respeitosas e adaptáveis na promoção da coexistência pacífica e progresso global. Ao reconhecer e
valorizar a diversidade, compreender o dinamismo inerente e aceitar as mudanças culturais,
podemos contribuir para um mundo mais interconectado, tolerante e enriquecedor para as gerações
presentes e futuras.
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6. Referências bibliográficas
de Mello, L. G. (2013). Antropologia Cultural: Iniciaçao, Teorias e Temas (19 ed.). Petrópolis:
Vozes.
Furtado, A. (Maio de 2014). Manual de Curso de Lidar com a Diversidade Cultural e promover a
iguualdade e valorizar a diferença.
Tierney, S. (2013). Accomodating Cultural Diversity. USA.
Tylor, E. (s.d.). Primitive Culture. London: Oxford University.
Vilanculo, G. Z. (s.d.). Manual de Antropologia Cultural de Moçambique. Universidade
Pedagógica/Sagrada Familia-Maxixe.