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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................2

1.1. Metodologia de Pesquisa..........................................................................................4

2. CULTURA..................................................................................................................5

2.1. Diversidade linguística vs diversidade cultural ........................................................5

2.2. A língua: uma irmã gémea da cultura .....................................................................6

2.3. Identidade cultural ..................................................................................................6

3. CONCLUSÃO.............................................................................................................8

4. Referências bibliográficas ...........................................................................................9


1. INTRODUÇÃO

Moçambique é um país de grande diversidade cultural, devido à variedade de línguas


presentes no país, que possuem importância regional, mas não alcance nacional.
Conforme os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Educação, estão presentes no
país 30 agrupamentos linguísticos, sendo esta umas das principais características
culturais do país. Esses idiomas nacionais constituem a língua materna, e a mais
utilizada diariamente em zonas rurais, a língua oficial e mais falada do país é a língua
portuguesa. Grande variedade e mistura de línguas, relações sociais, tradições artísticas,
gastronomia, ritos, roupas e padrões de ornamentação marcam a diferença entre as
regiões. Neste artigo, pretende-se reflectir sobre o valor da cultura moçambicana nos
dias de hoje.
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Debruçar sobre a cultura e a identidade moçambicana.

1.1.2. Objectivos específicos

 Distinguir a diversidade linguística com a diversidade cultural;


 Analisar a identidade cultural moçambicana.
1.1. Metodologia de Pesquisa

Na busca de respostas para o tema em análise e com o propósito de atingir os objectivos


propostos, no que diz respeito à metodologia, recorreu-se a pesquisa bibliográfica, que é
basicamente um estudo desenvolvido a partir de material já elaborado, principalmente
livros e artigos científicos.
2. CULTURA

O conceito de cultura é uma das fundamentais abordagens nas ciências humanas, a


ponto de a Antropologia se distinguir como ciência. Os antropólogos, desde o século
XIX, buscaram declarar os limites de sua ciência por meio da definição de cultura.

Na verdade, a definição da cultura não é uma tarefa fácil. Entretanto, a cultura lembra
proveitos multidisciplinares, sendo estudada em áreas como Administração,
Antropologia, História, Comunicação, Sociologia, Economia, entre outras.

Nesse sentido, Bosi (1996, p. 73) afirma que: Cultura é o conjunto de práticas, de
técnicas, de símbolos e de valores que devem ser transmitidos às novas gerações para
garantir a convivência social.

Nesse sentido, para haver cultura, é necessário antes que exista também uma
consciência de comportamento cooperativo, a partir da vida quotidiana. Assim sendo,
nessa perspectiva, cultura seria aquilo que um povo ensina aos seus descendentes para
garantir sua sobrevivência.

Para CUCHE (2002), cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de


tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da
comunicação ou imitação às gerações seguintes.

Dessa forma, a cultura representa o património social de um grupo sendo a soma de


padrões dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências,
atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de
tempo e conceitos de universo.

2.1. Diversidade linguística vs diversidade cultural

A diversidade linguística que Moçambique tem denúncia a diversidade cultural que o


povo moçambicano possui. No contexto moçambicano não se pode falar de uma única
cultura, mas sim de várias culturas que de certo modo comungam mesmos princípios e
regras aceites pela nação. É importante apontar que “o nacionalismo não está activo
apenas nas suas dimensões mais horrendas e visíveis. Também se manifesta nas mais
invisíveis e impregnadas no quotidiano: as que conferem e inculcam uma determinada
identidade ao nascido num ou noutro local, que é parte da sua identidade pessoal”
(SOBRAL, 2003, p.1093).
Sobral disserta ainda que: as sociedades agro-letradas caracterizar-se-ão pela extrema
distância e separação entre os colectivos sociais que as compõem. Na sua base
encontram-se comunidades dispersas de produtores agrícolas, com fraquíssima
mobilidade social, em que os quadros da reprodução social são os da família e da
ocupação. No topo encontram-se as elites militares e burocráticas e, por vezes, as
comerciais, muito minoritárias. Estas sociedades encontram-se organizadas em Estados,
mas estes não constituem nações. São formados por núcleos de produtores segregados
uns dos outros, com línguas e culturas distintas entre si e separados culturalmente da
minoria letrada (SOBRAL, 2003, p.1096).

2.2. A língua: uma irmã gémea da cultura

Se a cultura é instável e dinâmica, então, a língua segue os mesmos passos, mudando e


variando ao longo do tempo e no espaço. Se o fenómeno variação e mudança não
ocorresse no espaço lusófono estaríamos todos falando latim ou galego ao invés de
português. É que o português é resultado do impacto de variáveis sociais e linguísticas
que interferiam na formação da nossa língua. Iniciamos este debate com estas
afirmações „provocadoras‟, pois este debate ajudará na compreensão do português de
Moçambique utilizado no filme em análise. Para Timbane (2013, p. 162) a língua
portuguesa falada/escrita hoje é resultado de constantes modificações ao longo de vários
séculos fato que confirma a tese de que as línguas mudam, mas continuam organizadas
e oferecendo a seus falantes os recursos necessários para a circulação de significados.

2.3. Identidade cultural

Segundo HALL (1999, p. 10-11), a identidade da cultura é bastante discutida dentro das
temáticas teóricas em áreas de ciências sociais, perante a sua diversidade e
complexidade, muitos autores relacionam o avanço das tecnologias como um perigo que
pode alterar certas práticas e tradições.

A identidade se altera de acordo com a forma como o sujeito é apostrofado ou


representado; assim, a identidade não é automática e apresenta-nos três procriações de
sujeito e suas respectivas identidades: o sujeito do iluminismo, o sujeito sociológico e o
sujeito pós-moderno.

Na linha do pensamento do mesmo autor, o sujeito do iluminismo refere-se em (HALL,


1999):
Numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado,
dotado das capacidades de razão, de consciência e de acção, cujo “centro” consistia num
núcleo interior, que emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se
desenvolvia, ainda permanecendo essencialmente o mesmo – contínuo ou “idêntico”.
3. CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho, constatou-se que, em algumas culturas, existem


comportamentos que são desejáveis e comportamentos reprováveis - isso significa que
são estabelecidas normas para o convívio social. A cultura, no entanto, varia muito de
uma sociedade para outra. Para a cultura muçulmana, por exemplo, é desejável que as
mulheres cubram seu cabelo, rosto ou, até mesmo, o corpo todo. Já em um país
ocidental, essa prática pode ser considerada uma opressão às mulheres. Em
Moçambique,
4. Referências bibliográficas

BOSI, A. Dialéctica da colonização. São Paulo, Brasil: Companhia das Letras, 1996.

CUCHE, D. O Conceito de cultura nas ciências sociais. 2. ed. Bauru: Edusc, 2002.

HALL, S. A. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

SOBRAL, José Manuel. A formação das nações e o nacionalismo: os paradigmas


explicativos e o caso português. Análise Social, v.37, n.165, p.1093-1126, 2003.

TIMBANE, Alexandre António. A variação e a mudança lexical da língua portuguesa


em Moçambique. 2013. 319f. (Tese). Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa.
Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2013.

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