Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Antropologia Cultural
Informática aplicada
Trabalho avaliativo da
cadeira de Antropologia
Cultural a ser apresentado
na faculdade de
engenharias e tecnologias
curso de licenciatura em
informática aplicada 2°ano.
ii
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
1. Objetivos...................................................................................................................................4
1.1. Geral......................................................................................................................................4
1.2. Específicos.............................................................................................................................4
1.3. Metodologia...........................................................................................................................4
2.Conceitos...................................................................................................................................5
3.Conclusão................................................................................................................................10
4.Bibliografia..............................................................................................................................11
iii
1. Introdução
1. Objetivos
1.1. Geral
Debater o conceito da antropologia cultural no contexto Moçambicano.
1.2. Específicos
Identificar as características da antropologia cultural no contexto Moçambicano;
Analisar a organização da antropologia cultural nos dias atuais em Moçambique;
Compreender o funcionamento da antropologia cultural em Moçambique.
1.3. Metodologia
Para a produção deste trabalho, recorreu-se essencialmente a pesquisa bibliográfica que, segundo
Marconi & Lakatos (2003, p.158) “é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já
realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes
relacionados com o tema”. Deste modo, escolha do tema, elaboração do plano de trabalho,
identificação e busca do material, compilação e elaboração de fichas de resumos, análise e
interpretação e redação do artigo.
4
2.Conceitos
5
definia como ciência que estuda os povos primitivos. Eminentes antropólogos têm realizado e
continuam realizando este dever científico para retificar e voltar a estabelecer esta verdade
científica violada, transformada em mentira pela antropologia colonial, (MAZULA, 1995).
Apesar das independências dos países da África negra a máquina da transfiguração do negro tem
sido tão importante que as suas sequelas psicológicas têm deixado permanentemente nos negros,
como indivíduos e como coletividade, (IBDEM). As ciências sociais em geral e em particular a
antropologia que deveriam ajudar o ser humano a libertar-se dos pré-julgamentos, têm sido
contaminadas com uma “desonestidade intelectual alheia a todo rigor científico, dentro do
mecanismo de justificação e imposição do imperialismo ocidental”
Desde a subida ao poder da burguesia, na 1ª metade do século XIX, o estudo dos “costumes
populares” foi considerado uma questão de interesse fundamental No século XIX e a 1ª metade
do século XX, a etnografia associa-se á procura de uma identidade nacional, deve ser encontrada
entre “o povo” e não entre as classes urbanas no poder (que não conformam o autenticamente
português, por não serem rurais, apesar de poderem ter uma experiencia muito antiga). Acontece
que o popular de hoje é rejeitado como má cultura e o popular de ontem é definido como
“tradicional”. Curiosamente o que antes era só hegemónico e burguês é agora considerado como
“popular”.
6
a libertação e afirmação política e cultural, a formação do exército e a imobilização das
populações para garantir o apoio popular e evitar o surgimento de iniciativas étnicas e para a
resistência do já embrionário conflito regional. Com a formação do novo governo, surge um
regime presidencialista com grande concentração do poder e no reforço autoritarismo. Para
garantir a ordem e tranquilidade foram criadas duma forma voluntaria grupos dinamizadores,
como órgão de base nas empresas e nos bairros, conselhos e produção como embriões dos
sindicatos e as milícias populares, constituídas por voluntários ao nível dos bairros, aldeias e das
empresas e os grupos de vigilância que eram os piquetes de controlo do movimento de pessoas
nos bairros, aldeias e empresas.
Neste texto, vamos apresentar alguns dos principais temas e desafios da antropologia cultural no
contexto moçambicano, bem como alguns dos autores e obras que se destacam nesse campo de
estudo.
No entanto, essa visão de Freyre foi criticada por vários autores moçambicanos, como o escritor
Mia Couto, o historiador João Paulo Borges Coelho e o antropólogo Paulo Granjo. Eles
argumentaram que Freyre ignorou ou minimizou os aspetos negativos da colonização portuguesa,
como a exploração econômica, a opressão política, a violência racial e a desigualdade social. Eles
também apontaram que Freyre idealizou uma identidade nacional moçambicana baseada na
mestiçagem, sem levar em conta as tensões e os conflitos entre os diferentes grupos culturais do
país.
Um dos autores que se destacou nesse tema foi o antropólogo francês Michel Cahen, que realizou
várias pesquisas sobre a história e a sociologia das religiões em Moçambique. Cahen abordou
temas como a conversão ao islamismo, o sincretismo religioso, o pentecostalismo, o catolicismo
popular, o papel dos líderes religiosos na política e na sociedade, entre outros. Cahen também
organizou e editou vários livros coletivos sobre as religiões em Moçambique, como
"Moçambique, do outro lado do espelho: ensaios de antropologia social" (1999), "Moçambique:
identidades, colonialismo e libertação" (2002) e "Moçambique: religiões em confronto?" (2009).
8
Um terceiro tema relevante da antropologia cultural em Moçambique é o da cultura popular.
Como caracterizar as manifestações culturais populares que expressam a criatividade, a
resistência e a diversidade dos moçambicanos? Como valorizar as formas de arte, de literatura, de
música, de dança, de teatro, de cinema, de humor, de festa, de jogo, de culinária, de vestuário, de
linguagem, etc., que compõem a cultura popular moçambicana? Como entender as influências e
as trocas culturais entre Moçambique e outros países da África e do mundo? Essas são algumas
das questões que motivam os antropólogos culturais que se dedicam a estudar a cultura popular
em Moçambique.
Um dos autores que se destacou nesse tema foi o escritor moçambicano José Craveirinha,
considerado o pai da poesia moderna moçambicana. Craveirinha foi um poeta que soube captar e
expressar a essência da cultura popular moçambicana, misturando elementos das línguas
africanas, do português colonial, do humor, da ironia, da crítica social, da sensualidade, da
nostalgia, da esperança e da rebeldia. Craveirinha foi também um militante político que lutou
pela independência de Moçambique e pela emancipação dos povos africanos. Craveirinha
recebeu vários prêmios literários nacionais e internacionais, como o Prêmio Camões em 1991.
9
3.Conclusão
A antropologia cultural é uma disciplina que oferece uma perspetiva rica e profunda para
compreender a cultura moçambicana em toda a sua diversidade e complexidade. Através do
estudo dos temas da identidade nacional, da religião e da cultura popular, entre outros, os
antropólogos culturais podem contribuir para o conhecimento, o reconhecimento e o respeito das
diferentes formas de expressão e de interpretação da cultura humana em Moçambique. Além
disso, a antropologia cultural também pode colaborar para o diálogo, a cooperação e a integração
entre os diferentes grupos culturais do país e do mundo.
10
4.Bibliografia
TOMÁS, Adelino Esteves. Manual de Antropologia Sócio-Cultural. Universidade
Pedagógica Sagrada Família, s/d;
VILANCULO, Gregório Zacarias. Manual de Antropologia Cultural de Moçambique.
Universidade Pedagógica: Maxixe, s/d;
MAZULA, Brasão. Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique (1975-1985) Edições
aprofundamentos, 1995;
MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique, 1ª edição;
GALLAHER, C. Et all, Colonialismo e Emperialismo, 2008;
MARCONI, e PRESOTO, Antropologia: um Introducao a Antropogia 2005;
http:/www. ep. antropologia.br/cultura.htm. 15-08-2023.
11