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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

LICENCIATURA EM TURISMO, GESTÃO HOTELEIRA E ANIMAÇÃO

32063 – TERESA VIHEMBA ANTÓNIO SAPEIO

“RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR PARA OBTENÇÃO DA


LICENCIATURA NO CURSO DE TURISMO, GESTÃO HOTELEIRA E
ANIMAÇÃO AO MUSEU DE ANTROPOLOGIA”

Luanda,

2023
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

LICENCIATURA EM TURISMO, GESTÃO HOTELEIRA E ANIMAÇÃO

32063 – TERESA VIHEMBA ANTÓNIO SAPEIO

“RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR PARA OBTENÇÃO DA


LICENCIATURA NO CURSO DE TURISMO, GESTÃO HOTELEIRA E
ANIMAÇÃO AO MUSEU DE ANTROPOLOGIA”

Relatório de estágio apresentado à Faculdade de Ciências


Humanas e Sociais da Universidade Metodista de
Angola, como requisito parcial para a obtenção do grau
de licenciado em Turismo, Gestão Hoteleira e Animação
supervisionado pelo Professor. José Bartolomeu da
Cunha

Luanda,

2023
DEDICATÓRIA

Aos meus pais por tudo que representam na minha vida, e ao meu avô em memoria António
Munhungo Jamba, e aos meus irmãos por serem a minha fortaleza.

III
AGRADECIMENTO

Primeiramente, quero agradecer a Deus dadiva da vida, saúde, proteção e por ser tão
generoso comigo,

Aos meus pais, aos meus irmãos, amigos, a minha família em geral por todo o apoio,
incentivo, motivação à mim prestado desde o início da formação até a conclusão do curso e
por fazerem parte da minha vida.

Agradeço aos meus professores pelos debates e conteúdos ministrados durante o processo
de formação.

Agradeço também aos meus colegas pela paciência e por permitirem que esse processo
corresse com êxito.

Agradeço a direção e a todos técnicos do Museu Nacional de Antropologia pela oportunidade


de poder fazer o estágio curricular na instituição desta forma obter aprendizado e experiência
conhecimento partilhado, pelos dias de trabalho e pela forma amigável como me receberam.

O meu muito obrigado a todos

IV
RESUMO

Os museus de antropologia desempenham um papel importante na actividade turística,


precisamente no turismo cultural, dando aos visitantes a oportunidade de conhecer, explorar e
compreender as diversas expressões da cultura humana ao longo do tempo.

No entanto, o seguinte relatório surge como resultado de uma investigação desenvolvida no


contexto de um estágio curricular acolhido pelo Museu Nacional de Antropologia, cujo
objectivo principal foi colocar em prática todo o conteúdo teórico adquirido durante os quatro
anos do curso, bem como participar em diversas actividades práticas e teóricas que
consubstanciam um incremento de conhecimento e experiência nesta área profissional. Este
relatório resume minha experiência de estágio no Museu de Antropologia, onde tive a
oportunidade de mergulhar profundamente no fascinante mundo da preservação e exposição do
património cultural. O estágio ocorreu durante o período de três meses onde o meu papel estava
centrado na assistência a actividades de inventariação actividades educacionais.

Palavras-chaves: Museu de Antropologia. Inventariação. Turismo Cultural.

V
ABSTRACT

Anthropology museums play an important role in tourist activity, precisely in cultural


tourism, giving visitors the opportunity to know, explore and understand the different
expressions of human culture over time.

However, the following report arises as a result of an investigation carried out in the
context of a curricular internship hosted by the National Museum of Anthropology, whose
main objective was to put into practice all the theoretical content acquired during the four
years of the course, as well as participating in several practical and theoretical activities
that provide an increase in knowledge and experience in this professional area. This report
summarizes my internship experience at the Museum of Anthropology, where I had the
opportunity to delve deeply into the fascinating world of cultural heritage preservation and
exhibition. The internship took place over a three-month period where my role was
focused on assisting with inventory activities and educational activities.

Keywords: Museum of Anthropology. Inventory. Cultural Tourism.

VI
ÍNDICE

DEDICATÓRIA ................................................................................................................. III


AGRADECIMENTO .......................................................................................................... IV
RESUMO.............................................................................................................................. V
ABSTRACT......................................................................................................................... VI
Introdução .............................................................................................................................. 8
Objetivos do estágio........................................................................................................... 8
Objetivo geral ..................................................................................................................... 8
Objetivo específico............................................................................................................. 8
Estrutura do relatório ......................................................................................................... 9
Capítulo I – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ORGANIZAÇÃO.......................... 10
– História .......................................................................................................................... 10
Missão, visão e valores..................................................................................................... 11
Serviços prestados............................................................................................................ 11
Capítulo II – ENQUADRAMENTO TEORÍCO-CONCEPTUAL.............................. 12
- Fundamentação teoríca .................................................................................................. 12
- Técnicas e instrumentos ................................................................................................. 15
Capítulo III – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
E DOS RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................. 16
- Descrição, análise, reflexão crítica das actividades desenvolvidas............................... 16
- Resultados obtidos......................................................................................................... 19
Contributo do estágio para o desenvolvimento pessoal e profissional ............................. 20
Capítulo IV – CONCLUSÃO ....................................................................................... 22
Capítulo V- PROPOSTAS PARA MELHORIA ............................................................ 24
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 25
ANEXOS............................................................................................................................. 26

VII
Introdução
O relatório de estágio que agora se apresenta foi desenvolvido no Museu Nacional de
Antropologia, no âmbito do grau de licenciatura em Turismo, Gestão Hoteleira e Animação,
pela Universidade Metodista de Angola (UMA).
Os museus de antropologia desempenham um papel crucial no turismo cultural,
oferecendo experiências educacionais e enriquecedoras para visitantes locais e internacionais, ao
mesmo tempo em que contribuem para a preservação e promoção da diversidade cultural; e em
Angola, o papel do museu Nacional de Antropologia nao é diferente, pois ela e conhecida como
um grande promotor e um potencial catalisador para a cultura, dada a sua formação e o trabalho
desenvolvido. É identificado como um exímio edifício de valor patrimonial que representaacidadedeLuanda.O
espaçocultural constitui um interessante desafio enquanto campo profissional e surge-nos como vasto
na diversificação da área de atuação.
Este relatório teve, como propósito acompanhar e, consequentemente, descrever todo o
trabalho realizado ao longo do estágio. Deste modo, foi dividido em vários capítulos: no
primeiro capitulo (capI) fez-se a caraterizacao e organizacao da instituição acolhedora, ou seja,
do Museu Nacional de Antropologia, onde ilustra a historia, missao, visao, valores e os servicos
prestados. Para um melhor enquadramento, redigiu-se um segundo capítulo (cap.II) com breves
notas biográficas sobre cada um dos autores das obras, com exclusão das de autoria
desconhecida. No terceiro capitulo (cap.III) pretendeu-se descrever, e analisar as actividades
desenvolvidas, bem como apresentar os resultados obtidos no decorrer do estagio. Finalizou-se
este relatório com as conclusoes finais (cap.IV) e por ultimo com as recomendacoes e proposta
de melhoria (cap.V)

Objetivos do estágio Objetivo geral


• Conhecer, descrever e analisar o museu nacional de antropologia e os departamentos
em que passei.

Objetivo específico

• Elaborar e apresentar o relatório de estágio para obtenção da licenciatura


• Adquirir conhecimentos diversificados sobre museus, favorecer a proximidade com
os visitantes e relação com o meio de trabalho;

8
• Aumentar a experiência através da prática no setor cultural e obter qualificações para
solucionar problemas em diversas realidades;

Estrutura do relatório

Este relatório está organizado da seguinte forma: Capítulo 1 – Retrata dados sobre o
museu de antropologia, neste capítulo são referidas informações relativas ao museu de
Antropologia e seus serviços prestados.

Capítulo 2 –“ Fundamentação teórica”, neste capítulo traz a contextualização sobre


os museus segundo alguns autores, para dar sustento ao relatório, e os instrumentos
utilizados na elaboração de do relatório.

Capítulo 3 – “Desenvolvimento do Estágio” – neste capítulo pretende-se referir todas


as atividades levadas a cabo durante o estágio curricular. É nossa intenção evidenciar tudo.
Pode-se ainda encontrar uma descrição mais detalhada de diversas atividades desenvolvidas
durante o estágio e as experiências adquirida.

Capítulo 4 – “Conclusão” – este capítulo conclui o relatório fazendo uma visão geral
e dificuldade enfrentadas no momento do estagio.

Capítulo 5 – “Apresentação de proposta” – no decorrer deste capítulo será


apresentado a proposta para o melhoramento funcional do MNA.

9
Capítulo I – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ORGANIZAÇÃO

– História

Fundado em 13 de Novembro de 1976, o Museu Nacional de Antropologia foi a


primeira instituição museológica criada após a independência de Angola ocorrida um ano
antes. É uma construção de finais do século XVIII, localizada no Bairro dos Coqueiros,
tornando‐se um modelo de casa nobre luandense, representativo do tipo clássico da casa rica.
É um edifício de planta recortada e aberta, tipicamente setecentista, com uma composição
que se desenvolve à volta de dois pátios, um de serviço e outro com carácter social.

Apresenta uma fachada marcada pelo ritmo de cinco vãos nos pisos superiores, uma
porta central ladeada por duas janelas e um sobradinho a eixo da porta principal, que assinala
e valoriza a entrada principal do edifício. As janelas de sacada são um elemento bastante
forte na fachada, pela decoração de cantaria guarnecida com grades de ferro forjado
trabalhado. Outro elemento que se destaca neste edifício é a cobertura em telhados múltiplos
de quatro águas cobertos com telha curva, reminiscência dos telhados em tesoura
portugueses. Originalmente foi residência de um rico comerciante; em 1961, albergou as
instalações da Companhia de Diamantes de Angola, e atualmente é o Museu de
Antropologia.

Foi classificada como Património Arquitetónico pela portaria provincial n 7.534,


publicada no Boletim Oficial de Angola n 44, de 29.10.1952.

Esta instituição de carácter científico, cultural e educativo está vocacionada para a


recolha, investigação, conservação, valorização e divulgação do património cultural
angolano.

O Museu Nacional de Antropologia é composto por 14 salas distribuídas por dois


andares que abrigam peças tradicionais, designadamente utensílios agrícolas, de caça e
pesca, fundição do ferro, instrumentos musicais, jóias, peças de pano feitos de casca de
árvore e fotografias dos povos khoisan. Quem gosta de música tem oportunidade de
conhecer os diversos instrumentos tradicionais e de ouvir uma demonstração do uso
da marimba. A grande atracção do museu é a sala das máscaras que apresenta os símbolos
dos rituais dos povos bantu.

Para além do seu núcleo permanente, o museu recebe também diversas exposições
temporárias recebe em média 2 mil e quinhentos visitantes por mês, e se prevê que este
número aumente em função do novo horário.

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Missão, visão e valores
• A missão do museu prende-se essencialmente em salvaguardar e enriquecer o
património através de uma educação da sociedade no sentido da defesa, criatividade
e cultura.
• Valor consiste em qualificar e preservar os vestígios, matérias do patrimônio
etnográfico e antropológico, que abrange vários aspectos dos diferentes grupos
etnolinguísticos, como os aspectos culturais, políticos, econômicos e sócias.
• A visão do museu nacional de Antropologia é de expandir os seus serviços com as
suas exposições de forma a estar mais próximo aos visitantes.
Serviços prestados

Esta instituição de carácter científico, cultural e educativo está vocacionada para a


recolha, investigação, conservação, valorização e divulgação do património cultural
angolano. Os serviços são perecíveis, isto é, não podem ser estocados. Assim, são temporais,
prestados num tempo e local precisos. O que gera ma pressão e uma necessidade de encontrar
um ponto ótimo entre a oferta e a demanda do serviço. Ou seja, o grande problema é como
administrar a demanda de um serviço. O problema é que haverá momentos de altíssima
demanda e outros de pequena demanda.

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Capítulo II – ENQUADRAMENTO TEORÍCO-CONCEPTUAL

2.1. Fundamentação teorica

Segundo Perez (2009:22), o turismo é uma actividade complexa e mutável, multifacetada


e multidimensional que não deve ser reduzida exclusivamente a negócio, actividade industrial,
marketing ou gestão de produtos; o que leva alguns autores como (Tribe, 1997) a definirem o
turismo como uma indisciplina, isto por ser um fenómeno sociocultural que pode ser abordado
de distintos pontos de vista e com diferentes perspectivas disciplinares. E o interesse da
antropologia pelo turismo prende-se, em primeiro lugar, com o facto de vivermos num mundo
turístico, fenómeno sociocultural impossível de ignorar (Wallace, 2005). Em segundo lugar, é
muito difícil, explicar a cultura como processo sem ter em atenção o turismo, assim como os
contactos culturais que o mesmo origina.
Neste contexto, alguns autores como (Riviére, 1989; Alonso Fernández, 1993: 54),
relatam que fenómeno de coleccionar os objtos e outros sempre esteve presente em todas as
culturas, dando assim a origem dos museus, servindo como uma espécie de certificado de
antiguidade dos grupos humanos e da sua identidade.
No, entanto, os testemunhos materiais e imateriais são objetos de análise,
investigação e comunicação, e segundo o ICOM, o museu é definido como o espaço
permanente que explora essas potencialidades; para compreender o fenômeno museu, tem
que se considerar a tendência museológica contemporânea que estabelece a origem do
termo museu à ideia de “templo das Musas”, em decorrência do radical da palavra que a
origina.

“... é uma instituição permanente, não lucrativa, ao serviço da


sociedade e seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire,
conserva, investiga, comunica e principalmente expõe os
testemunhos materiais do Homem e seu meio ambiente, para fins de
estudo, educação e prazer” (ICOM, 1974).

Mais tarde, veio a ser definido também como sendo o lugar ou edifício destinado ao
estudo das humanidades, ciências e artes, da que é exemplo o complexo edificado em
Alexandria no século III A.C. – com biblioteca, salas de aulas, zoológico e jardim
botânico, alojamento para professores, refeitório, observatório e anfiteatro (Riviére, 1989:
68; Nabais, 1984: 44).

Com o passar do tempo, isto no seculo XIX, com a revolucao burguesa, os museus
12
passaram entao a ser vista como uma instituição permanente ligadas ao estado-nacao, ao
serviço da sociedade e não apenas uma simples “colecção”, por constituírem uma etiqueta
social de maior prestígio e de melhor saída comercial. Sobre esta questão pensamos que
não podemos perder de vista a origem etimológica da palavra “museu”, que deriva do latim
“museum” e do grego “mouseion”, e que quer dizer “o lugar das musas”.

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Sendo assim, o museu veicula um discurso ideológico das identidades de um grupo social
concreto e atinge o objectivo de consciencializar e educar o povo da sua identidade e da sua
cultura. Com a revolução francesa, as pessoas passam de súbditos a cidadãos; expropria-se o
património cultural da monarquia e da aristocracia para o povo; mas também se utilizaram
os museus como instrumento de educação do povo Pérez (2009, p.179).

De acordo com (Pérez, 2012), na perspectiva antropologica, os museus desempenham


um papel crucial no setor do turismo, oferecendo uma variedade de benefícios tanto para os
visitantes quanto para as comunidades locais. Aqui estão algumas das razões pelas quais os
museus são importantes para o turismo:
1. Preservação do Patrimônio Cultural: Museus são guardiões de artefatos, documentos
e exposições que representam a riqueza da herança cultural e histórica de uma região ou
comunidade. Eles desempenham um papel fundamental na preservação do patrimônio
cultural para as gerações presentes e futuras.
2. Atração de Visitantes: Museus são frequentemente destinos turísticos populares. A
presença de museus pode atrair visitantes locais e turistas, contribuindo para o aumento
do fluxo turístico em uma área específica.
3. Contribuição para a Economia Local: A presença de museus pode impulsionar a
economia local, gerando receitas através da venda de ingressos, lojas de presentes,
serviços de cafeterias e restaurantes nas proximidades. O turismo cultural, que inclui
visitas a museus, muitas vezes tem um impacto positivo no desenvolvimento econômico.
4. Educação e Interpretação: Museus proporcionam oportunidades educativas, permitindo
que os visitantes aprendam sobre diversas disciplinas, desde história e ciência até arte e
antropologia. Eles desempenham um papel na interpretação e contextualização de
eventos e fenômenos culturais.
5. Promoção da Identidade Cultural: Museus ajudam a promover e preservar a
identidade cultural de uma comunidade ou nação. Eles oferecem uma narrativa visual e
tangível da história, tradições e valores culturais, fortalecendo o senso de pertencimento.
6. Incentivo à Pesquisa e Inovação: Museus muitas vezes apoiam a pesquisa e a inovação
ao oferecerem acesso a coleções únicas e recursos. Isso beneficia estudiosos,
pesquisadores e artistas, promovendo a produção de conhecimento e a criatividade.
7. Intercâmbio Cultural: Visitantes de museus têm a oportunidade de se envolver em um
intercâmbio cultural, explorando perspectivas diferentes e expandindo sua compreensão
do mundo. Essa troca cultural é fundamental para promover a tolerância e a compreensão

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intercultural.
8. Diversificação da Oferta Turística: Museus contribuem para a diversificação da oferta
turística de uma região, atraindo diferentes perfis de visitantes. Isso pode ser
especialmente importante em destinos turísticos que buscam expandir suas atrações além
dos recursos naturais.
9. Turismo Sustentável: Museus podem desempenhar um papel na promoção do turismo
sustentável, incentivando práticas responsáveis e conscientizando os visitantes sobre a
importância da conservação e preservação do meio ambiente.
10. Envolvimento Comunitário: Museus muitas vezes envolvem a comunidade local em
suas atividades e exposições, criando uma conexão entre o patrimônio cultural e a
população local. Isso contribui para um senso de orgulho e identidade comunitária.

Nos dias de hoje, diversificação é uma palavra que faz parte do nosso cotidiano.
Diversidade étnica, cultural, económica. Isso não difere no turismo, por ser uma actividade
dinâmica e multifacetada, importa ressaltar que a diversidade torna-se um factor importante,
razão pelo qual o nível de exigência e competitividade que marca o universo do turismo faz

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com que os profissionais de museus e de turismo se esforcem para transformar a visita em
uma vivência, travando um diálogo mais íntimo com os públicos.

Os museus têm-se promovido como atracções turísticas para ser rentáveis


económicas, política e socialmente. Eles são um novo modo de produção cultural que
outorgam uma segunda vida às localidades, aos objectos e aos modos de vida. Os museus
têm-se convertido num activo da oferta turística (ex.: Gughenheim Bilbao), até ao ponto de
nascerem museus um pouco por todo o lado. Por isso, podemos falar de uma “museumania”
ou de uma “febre museística” (Olivares, 2004). O museu experimenta uma metamorfose
desde a sua origem como instituição há aproximadamente 200 anos. Se na sua origem o
museu dominava e tinha uma superioridade sobre o público, com o objectivo de a instruir,
na actualidade o público começa a ter um papel importante, o que obriga o museu a existir
em função dele. Originalmente, o museu era comemorativo e praticava o reconhecimento
das “obras de arte”, do lugar da sociedade ocidental no mundo e da vitória militar sobre o
outro – glorificação do colonialismo. Hoje em dia, o museu é do público, sendo entendido
como cliente, está mais orientado para servir a comunidade e é também dos vencidos e das
vítimas, e não apenas dos vencedores.

O turismo outorga novas funções ao museu, e este concorre cada vez mais com outras
indústrias de lazer. O museu é cada vez menos um simples conservatório e converte-se cada
vez mais num meio de comunicação; estes dois factores levam a que o museu se preocupe
cada vez mais com o acolhimento do visitante e com a relação com os seus públicos, entre
os quais se encontram os turistas.

Assim, com produtos cada vez mais indiferenciados, é por meio do serviço que as
empresas conseguem singularizar a experiência do cliente. Não mais apenas a posse –
concreta, visível, constatável, mas a experiência – coisa etérea, intangível, às vezes fugaz. O
novo turismo guia-se, cada vez mais, pela sequência de interações que pode oferecer ao seu
consumidor, o turista. Como o consumo turístico se realiza no mesmo local da produção de
experiências, hoje, o turismo pode ser entendido como a “economia da experiência”.

O turismo tem como base o setor de serviços, e é a relação humana que dá a percepção
de qualidade da experiência vivida pelo turista ao longo de todo o ciclo da viagem. São
relações de consumo impregnadas de dimensões intangíveis: cordialidade, respeito, atenção,
pontualidade, amabilidade, cortesia, etc.

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Mas são também dependentes de dimensões tangíveis: a qualidade da infraestrutura
e dos equipamentos, da disponibilidade de serviços, das instalações prediais, dos quartos,
das salas de espera, dos meios de transporte, da sinalização, da limpeza das ruas, etc. O
mesmo se aplica ao universo dos museus. Quanto mais relacionadas com a interação, com a
experiência real do visitante, mais impacto terão as marcas de serviço do museu na atitude
do visitante com relação à instituição. Enquanto instrumentos de comunicação geradores de
sentimentos e atitudes favoráveis, as marcas do serviço do marketing experiencial têm como
objetivo primeiro a valorização da experiência vivida

Existe inúmeros estudos sobre museus e particularmente sobre os museus de


antropologia que contam histórias das culturas. Angola, como um país que se encontra em
desenvolvimento, ainda carece de muitos estudos específicos sobre as tipologias dos museus,
principalmente relacionando ao turismo, portanto, uma vez que o museu de antropologia é
um património importante a nível nacional, torna-se cada vez mais importante transformá-
lo em uma actração turística, aumentando assim o fluxo de visitantes e consequentemente
poderá contribuir no desenvolvimento económico na província.

Para que os museus, particularmente os de antropologia, possam estabelecer um


vínculo autêntico com público real e potencial turistas é preciso que ofereçam experiências
valiosas. Desse modo, não só se promove o aumento do número de pessoas a interagir nesses
locais como amplia-se o seu papel socia-cultural e económico. Por isso, os programas de
comunicação e turismo levados a cabo nos museus de antropologia devem explorar
conceitos e técnicas em que os aspectos sociais e culturais desse conhecimento estejam
incorporados. Faz-se necessário, então, aumentar o índice de alfabetismo científico e
turístico da sociedade, por meio de políticas públicas mais amplas e com estratégias de curto,
médio e longo prazos. Nelas estariam compreendidos o desenvolvimento e a manutenção
dos programas a cargo dos espaços de divulgação turísticas e não só, visando satisfazer as
necessidades de todos.

- Técnicas e instrumentos

Para o presente trabalho utilizamos as seguintes técnicas e instrumentos: Inquérito


por questionário, entrevista e revisão bibliográfica. Os instrumentos utilizados para a
realização do presente trabalho são: inquérito por questionário que é um instrumento de
coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas
por escrito e sem a presença do entrevistador (Lakatos e Marconi, 2003), que permitiu

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recolher um número elevado de informação, ao mesmo tempo possibilitou recolha de dados.
Portanto, para a recolha de dados empíricos, iremos distribuir um número de 100
questionários, com questões fechadas e abertas e algumas de múltipla escolha.

Os procedimentos do tratamento dos dados dizem respeito ao trabalho de estatísticas


das informações recolhidas dos questionários. Os dados são apresentados em tabelas e os
seus respectivos gráficos na base das frequências absolutas e relativas.

Capítulo III – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS


E DOS RESULTADOS OBTIDOS

- Descrição, análise, reflexão crítica das actividades desenvolvidas

O Museu Nacional de Antropologia encontra-se na província de Luanda como um


museu de grande valor patrimonial e com grandes valências culturais para a sociedade local
e turistas.

O museu Nacional de Antropologia possui quatro departamentos em que na qual


passei apenas em três departamentos nomeadamente por: primeiro pelo Departamento de
Investigação Cientifica, em seguida pelo Departamento de Educação e Animação Cultural,
e por último pelo Departamento de Museografia.

O estágio compreendeu um período de 3 meses por três dias da semana (terça-feira,


quarta-feira e quinta-feira) e com uma carga horaria de 4 horas por dia

O estágio comeu no período de três meses compreendido entre 19 de janeiro de 2023


à 27 de abril de 2023. Fui recebida pelo diretor do museu Dr. Álvaro Jorge que por sua vez
fez uma breve abordagem sobre o museu e posteriormente apresentou me aos demais
colegas, deu-se por iniciado o meu percurso no museu como estagiaria. No quadro abaixo
espelha a divisão das atividades com relação os departamentos.

Meses 26 Jan. À 23 Fev. 28 Fev. À 28 Mar 29 Mar. Até 27 de Abril

Departamento de Departamento de Departamento de


Departamentos Investigação Educação e Museografia
Cientifica Animação Cultural

Fonte: adaptada pela autora Sapeio

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Departamento de Investigação Cientifica

O Departamento de Investigação Científica é o serviço que tem por função realizar


trabalhos de investigação científica das colecções etnográficas, artísticas, históricas, numa
abordagem antropológica, tendo em conta os programas e projectos científicos do museu, ao
qual compete:

a) Proporcionar as condições de trabalho para a execução dos projectos de investigação


do museu;
b) Congregar investigadores para elaboração e execução de programas e projectos de
investigação;
c) Realizar as actividades de investigação e elaboração dos relatórios; d)- Reunir meios
para a execução dos projectos aprovados pelo Conselho Científico;
d) Apresentar ao Conselho Científico os resultados das investigações realizadas pelo
museu;
e) Divulgar através de conferências e publicações os resultados das investigações;
f) Garantir o intercâmbio com o movimento científico nacional e internacional da
especialidade do museu;
g) Propor a aquisição de bibliografias necessárias para actualização da biblioteca do
museu;
h) Garantir a participação de cientistas e todo o pessoal ligado à investigação científica
do museu, nos eventos nacionais e internacionais para troca de experiências e
actualização científica.

O Departamento de investigação científica tem a seguinte estrutura:

a) Secção de Banco de Dados Científicos em Antropologia;


b) Biblioteca.

O Departamento de Investigação Científica é chefiado por um chefe de departamento


e as secções por chefes de secção.

Departamento de Educação e Animação Cultural

O Departamento de Educação e Animação Cultural é o serviço encarregue de


dinamizar a acção educativa e cultural do museu em parceria com outras instituições estatais
e privadas, ao qual compete:

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a) Dinamizar as relações do museu com o público, concebendo científica e
pedagogicamente projectos de educação e de animação cultural, de acordo com as
áreas a explorar e grupos a atingir;
b) Elaborar a estatística geral;
c) Organizar as actividades educativas e culturais de forma sistemática e regular em
colaboração com outras instituições estatais e privadas;
d) Promover a divulgação dos trabalhos de investigação realizados nas diferentes áreas
do museu;
e) Realizar a interpretação sociológica dos dados das visitas;
f) Divulgar os catálogos da exposição de longa e de curta duração;
g) Garantir o intercâmbio nas actividades museográficas a realizar entre os museus.

O Departamento de Educação e Animação Cultural tem a seguinte estrutura:

a) Secção de Educação;
b) Secção de Animação Cultural.

O Departamento de Educação e Animação Cultura é chefiado por um chefe de


departamento e as secções por chefes de secção.

Departamento de Museografia

O Departamento de Museografia é o serviço encarregue da gestão do acervo do


museu, ao qual compete:

a) Proceder ao registo e inventariação do acervo sob alçada do museu;


b) Organizar e manter a documentação museográfica relacionada com o acervo do
museu;
c) Preservar o acervo do museu;
d) Organizar e manter as exposições do museu de longa e curta duração, assim como as
temporárias e itinerantes;
e) Organizar e gerir a fototeca, a filmoteca e a mapoteca do museu
f) Actualizar os registos do acervo em depósito, em exposição e em movimento;
g) Conceber os programas de conservação preventiva;
h) Propor medidas de asseguramento do acervo em casos normais e de emergência;
i) Propor projectos de restauro do acervo em degradação.

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O Departamento de Museográfica tem a seguinte estrutura:

a) Secção de Conservação;
b) Secção de Documentação Museográfica, Fototeca e Exposições.

4. O Departamento de Museográfica é chefiado por um chefe de departamento e as suas


secções por chefes de secção.

- Resultados obtidos

O estágio tornou-se importante no sentido em que eu tive de incidir os meus


pensamentos na efetiva possibilidade de aproximar a formação adquirida ao longo dos anos
curricular, ano teórico, à capacidade para trabalhar no terreno, reagir, adquirir práticas e
aprender no dia-a-dia concreto do MNA. Os objetivos gerais traçados no plano de atividades
que inicialmente foi apresentado foram cumpridos, e as tarefas solicitadas foram encaradas
de forma positiva e como meios de aprendizagem, tendo que assim apreendi e desenvolvi
algumas competências e saber na área museológica.

Comecei a estagiar no dia 26 no mês de janeiro de 2023 à 27 de abril de 2023, no


meu primeiro dia de estágio no Museu Nacional de Antropologia comecei logo no
Departamento de Investigação Cientifica num período compreendido entre 26 de janeiro à
23 de fevereiro onde fui supervisionada pela senhora Engrácia Oliveira chefe do mesmo
departamento com o auxílio da senhora Mariana. Neste departamento tive uma pequena
formação, se é assim que posso chamar que serviu de preparação para entrar em contato com
o que seria os meus desafios futuros.

Apendi a ter uma boa comunicação e perceptível, porque de certa maneira acabava
por transmitir tudo que me passaram na formação aos eleitores ou visitantes e ajudando em
caso de dúvida. No Departamento de Investigação Cientifica eu realmente estava muito em
contato com o público.

Em seguida passei pelo Departamento de Educação e Animação Cultural onde por


sua vez fiz um mês. Comecei a estagiar no 28 de fevereiro de 2023 à 28 de março do mesmo
ano corrente. Neste departamento onde aprendi varias a lidar diretamente com visitantes ou
turistas com o mesmo ou diferente idioma, aprendi a guia-los nos em suas visitas dá-lhes
detalhes sobre o edifício e traze-los juntos aos artefatos que muitos desejavam conhecer.

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Essas atividades eram feitas acompanhadas e supervisionada pelo senhor Jakes
Chinji e coadjuvada pela senhora Antónia que juntos ensinaram várias maneiras de como
me comportar com os visitantes nacionais e não nacionais, aprendi a fazer planificação das
atividades do dia a dia.

O estágio no Departamento Museologia por ser o último em que passei começou no


dia 29 de março de 2023 à 27 de abril de 2023. Neste departamento fui supervisionada pela
senhora Njinga e por seu coadjuvante senhor António onde com a colaboração deles foi fácil
lidar com as dificuldades no mesmo departamento, por outra aprendi técnicas de como
conservar os artefatos do museu de Antroplogia, de como e onde conservar, aprendi também
como fazer matuntenção as peças, os tipos de equipamentos a usar, o jeito de as segurar.

3.2.1. Contributo do estágio para o desenvolvimento pessoal e profissional

O estágio permitiu com que envolver-se em diversas tarefas que estavam diretamente
associadas ao Museu Nacional de Antrópologia, sendo o seu contributo uma mais-valia para
a resolução de algumas lacunas presentes. Neste envolvimento com o museu eu consegui
através de uma interação com o museu e os seus técnicos adquirir bastantes lições que
demonstraram ser importantes para o desenvolvimento na área museológica e também a
título pessoal e social, aprendendo a trabalhar em equipa e a lidar com a prestação de serviços
ao público em geral. A aprendizagem continua a que foi me sujeito como estagiária durante
o meu estágio curricular tornaram-me possível, adquirir novos conhecimentos, capacidades
e competências que de forma prática se evidenciam pela forma como futuramente poderei
resolver esses problemas.

Os trabalhos que acompanhei e desenvolvi ao longo do estágio estiveram


enquadrados com todos os objetivos previstos pelo museu e para o museu. O fato de o museu
apresentar diversas necessidades na sua área de promoção e de dinamização tornaram me
possível como estagiária explorar estas duas vertentes com o objetivo de ajudar o museu a
melhorar nessas duas áreas de trabalho. Muito do tempo envolto foi destinado nesta tarefa,
que ao longo do estágio se veio a demonstrar gratificante devido aos sucessos obtidos.

O museu nacional de antropologia por si só é um espaço imensamente rico, através


das suas coleções que se apresentam como brilhantes conjuntos de peças que nos fazem
chegar até nós ideias e costumes do passado. Todos os projetos desenvolvidos no mesmo
com ligação direta às peças resultam numa alargada passagem de aprendizagem levada a
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cabo de geração em geração, não deixando desvanecer toda a historicidade presente em cada
peça, tornando assim possível manter nos dias atuais magníficas coleções.

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Capítulo IV – CONCLUSÃO

Durante um periodo, os museus serviram apenas para preservar os registros de memória


e a visão de mundo das classes mais abastadas e funcionaram como dispositivos ideológicos do
estado uitlizado para disciplinar e controlar o passado, o presente e o futuro das sociedades em
movimento.
Encerrar este período de estágio no Museu Nacional de Antropologia foi uma jornada
enriquecedora e transformadora. Durante o periodo de estagio, tive a oportunidade única de
mergulhar nas profundezas do patrimônio cultural, explorando não apenas os corredores repletos
de artefatos, mas também as nuances das práticas curatoriais, e a interseção entre antropologia e
turismo. Fui privilegiado por trabalhar ao lado de profissionais dedicados e apaixonados, cujo
conhecimento e orientação foram inestimáveis para o meu crescimento profissional. Participei
ativamente da catalogação de peças valiosas, aprendi sobre técnicas de preservação e desfrutei
da imersão em exposições que transcendem o meramente informativo, alcançando uma
experiência sensorial e educacional única.
A interação com visitantes, seja conduzindo visitas guiadas ou participando de eventos
educativos, proporcionou-me uma compreensão mais profunda da importância dos museus de
antropologia no contexto do turismo cultural. Esses momentos foram marcados por diálogos
enriquecedores, nos quais pude compartilhar conhecimentos e aprender com a diversidade de
perspectivas apresentadas pelos visitantes.
Me proporcionou ainda uma visão aprofundada do funcionamento interno de um museu
de antropologia, tendo contacto direito com o mundo dos museus. Além disso, a oportunidade
de contribuir para projetos educacionais e colaborar com a equipe do museu fortaleceu minha
convicção de que a preservação do patrimônio cultural não é apenas uma responsabilidade
institucional, mas um compromisso compartilhado com as comunidades e os visitantes.
Enquanto encerro este relatório de estágio, reconheço que esta experiência não apenas
enriqueceu meu conhecimento acadêmico, mas também fortaleceu minha paixão pelo campo da
antropologia.

Em funcao das observacoes feitas, verificaou-se que, ao nível do seus serviços


educativos, é um museu dinâmico, dispondo de uma grande fluxo de visitas uma variedade e
actividades para o público escolar e nao so; existe ainda um intercambio com os clubes
sénior do concelho, a oferta de actividades às famílias, ao público com dificuldades
psicomotoras demonstram que pretendem integrar toda a comunidade e providenciar-lhes
novos desafios e conquistas.

24
Através da frequência com que procura realizar exposições temporárias, da relação
que estabelece com outras entidades, da integração em vários projectos transparece a ideia
de um museu que não se fecha em si próprio, mas que alarga os seus horizontes e busca
melhorar e diversificar os seus serviços. A intenção de realizar uma requalificação do museu
nacional de antropologia demonstra o interesse da tutela pela instituição e a vontade em
melhorar as condições e a forma como são expostas as colecções e é transmitido o
conhecimento ao público.

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26
Capítulo V- PROPOSTAS PARA MELHORIA

Lembrando que os museus de antropologia tem um papel muito importante principalmente na


promoção do turismo cultural, proporcionando aos visitantes uma compreensão mais profunda
das diversas culturas humanas. Considerando e acompanhando a evolucao tecnologica do
mundo, para potencializar ainda mais essa experiência e atrair um público mais amplo,
proponho as seguintes melhorias nos museus de antropologia em relação ao turismo:

• Formação profissional;
• Experiências Interativas e Tecnológicas: Introduzir exposições interativas que
envolvam os visitantes, proporcionando uma experiência sensorial e participativa.
Incorporar tecnologias como realidade aumentada e virtual para enriquecer as narrativas
e oferecer uma abordagem mais envolvente.
• Programação de Eventos Temáticos: Desenvolver uma programação regular de
eventos temáticos relacionados à antropologia, como palestras, workshops, festivais
culturais e performances artísticas. Colaborar com comunidades locais para promover
eventos que destaquem suas tradições e práticas culturais.
• Parcerias com Instituições Educacionais: Estabelecer parcerias com instituições
educacionais, desde escolas locais até universidades, para desenvolver programas
educativos adaptados a diferentes faixas etárias. Oferecer descontos ou ingressos
gratuitos para estudantes, incentivando visitas educacionais.
• Acessibilidade e Inclusão: Implementar medidas para tornar o museu acessível a todos
os visitantes, incluindo aqueles com deficiências físicas ou necessidades especiais.
Desenvolver materiais educativos em diversos formatos, como braille, áudio-guias e
legendas em diferentes idiomas.
• Rotação de Exposições e Coleções Itinerantes: Criar um plano de rotação de
exposições para manter o interesse dos visitantes ao longo do tempo. Explorar parcerias
para compartilhar coleções com outros museus de antropologia, permitindo a criação de
exposições itinerantes.
• Marketing Digital e Presença Online: Fortalecer a presença online do museu por
meio de um site informativo, redes sociais e marketing digital. Desenvolver campanhas
online para atrair visitantes, destacando exposições atuais, eventos especiais e conteúdo
educativo.
• Treinamento para a Equipe de Atendimento ao Visitante: Oferecer treinamento
contínuo para a equipe de atendimento ao visitante, enfatizando a importância da
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hospitalidade, conhecimento sobre as exposições e sensibilidade cultural. Implementar
programas de voluntariado para envolver entusiastas locais na experiência do visitante.
• Áreas de Descanso e Recreação: Criar áreas de descanso aconchegantes e espaços de
recreação para os visitantes relaxarem durante a visita. Oferecer cafeterias ou
restaurantes que sirvam alimentos locais, proporcionando uma experiência
gastronômica complementar.
• Programas de Fidelidade e Incentivos: Implementar programas de fidelidade para
visitantes frequentes, oferecendo descontos, acesso exclusivo a eventos ou outros
benefícios. Criar parcerias com empresas locais para oferecer pacotes turísticos que
incluam o museu como parte integrante da experiência.
• Monitoramento e Avaliação Contínua: Estabelecer sistemas de monitoramento para
avaliar o feedback dos visitantes, identificando áreas de melhoria contínua. Realizar
pesquisas periódicas para entender as expectativas dos visitantes e adaptar as iniciativas
do museu de acordo.

Ao implementar essas melhorias, os museus de antropologia podem transformar-se em destinos


turísticos mais dinâmicos e envolventes, proporcionando experiências culturalmente
enriquecedoras para uma variedade de públicos.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ICOM. (2005). Decláracion Québec: princípios basícos de uma nueva museologia .

INIESTA I GONZÁLEZ, M. (1994). Els gabinets del món. Antropologia, museus i


museologies. Lleida: Editorial Argentviu.

INIESTA I GONZÁLEZ, M. (2002). "Museos y patrimonio cultural", em VII Coloquio


Galego de Museus. . Santiago de compostela.

LAKATOS, E. e MARCONI, M. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª


Edição, Editora atlas. São Paulo. Disponível online em: fundamentos da metodologia
cientifica marconi e lakatos pdf - Google Académico

NABAIS, A. (1984). “Museologia, museografia, museus” . Centro de Arqueología de


Almada n.º 3,.

OLIVARES, R. (2004). Museos de hoy. Metodos para a(r)mar. EXITexpress.

PERÉZ, X. P. (2009). Turismo Cultural, uma visão Antropológica. Asociación Canaria de


Antropología. . Tenerife: Colección PASOS.

Sites visitados:

https://icom.museum/wp-content/uploads/2018/07/Portuguese.pdf Acessado aos 15 de


Março de 2023

https://proa.ua.pt/index.php/rtd/article/view/12221/8071 acessado no dia 11 de Março de


2023.

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ANEXOS

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Organigrama do Museu Nacional de Antropologia

Quadro do pessoal no Museu Nacional de Antropologia


Continuação do quadro de pessoal
Imagem do edifício do Museu Nacional de Antropologia

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