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Luanda,
2023
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
Luanda,
2023
DEDICATÓRIA
Aos meus pais por tudo que representam na minha vida, e ao meu avô em memoria António
Munhungo Jamba, e aos meus irmãos por serem a minha fortaleza.
III
AGRADECIMENTO
Primeiramente, quero agradecer a Deus dadiva da vida, saúde, proteção e por ser tão
generoso comigo,
Aos meus pais, aos meus irmãos, amigos, a minha família em geral por todo o apoio,
incentivo, motivação à mim prestado desde o início da formação até a conclusão do curso e
por fazerem parte da minha vida.
Agradeço aos meus professores pelos debates e conteúdos ministrados durante o processo
de formação.
Agradeço também aos meus colegas pela paciência e por permitirem que esse processo
corresse com êxito.
IV
RESUMO
V
ABSTRACT
However, the following report arises as a result of an investigation carried out in the
context of a curricular internship hosted by the National Museum of Anthropology, whose
main objective was to put into practice all the theoretical content acquired during the four
years of the course, as well as participating in several practical and theoretical activities
that provide an increase in knowledge and experience in this professional area. This report
summarizes my internship experience at the Museum of Anthropology, where I had the
opportunity to delve deeply into the fascinating world of cultural heritage preservation and
exhibition. The internship took place over a three-month period where my role was
focused on assisting with inventory activities and educational activities.
VI
ÍNDICE
VII
Introdução
O relatório de estágio que agora se apresenta foi desenvolvido no Museu Nacional de
Antropologia, no âmbito do grau de licenciatura em Turismo, Gestão Hoteleira e Animação,
pela Universidade Metodista de Angola (UMA).
Os museus de antropologia desempenham um papel crucial no turismo cultural,
oferecendo experiências educacionais e enriquecedoras para visitantes locais e internacionais, ao
mesmo tempo em que contribuem para a preservação e promoção da diversidade cultural; e em
Angola, o papel do museu Nacional de Antropologia nao é diferente, pois ela e conhecida como
um grande promotor e um potencial catalisador para a cultura, dada a sua formação e o trabalho
desenvolvido. É identificado como um exímio edifício de valor patrimonial que representaacidadedeLuanda.O
espaçocultural constitui um interessante desafio enquanto campo profissional e surge-nos como vasto
na diversificação da área de atuação.
Este relatório teve, como propósito acompanhar e, consequentemente, descrever todo o
trabalho realizado ao longo do estágio. Deste modo, foi dividido em vários capítulos: no
primeiro capitulo (capI) fez-se a caraterizacao e organizacao da instituição acolhedora, ou seja,
do Museu Nacional de Antropologia, onde ilustra a historia, missao, visao, valores e os servicos
prestados. Para um melhor enquadramento, redigiu-se um segundo capítulo (cap.II) com breves
notas biográficas sobre cada um dos autores das obras, com exclusão das de autoria
desconhecida. No terceiro capitulo (cap.III) pretendeu-se descrever, e analisar as actividades
desenvolvidas, bem como apresentar os resultados obtidos no decorrer do estagio. Finalizou-se
este relatório com as conclusoes finais (cap.IV) e por ultimo com as recomendacoes e proposta
de melhoria (cap.V)
Objetivo específico
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• Aumentar a experiência através da prática no setor cultural e obter qualificações para
solucionar problemas em diversas realidades;
Estrutura do relatório
Este relatório está organizado da seguinte forma: Capítulo 1 – Retrata dados sobre o
museu de antropologia, neste capítulo são referidas informações relativas ao museu de
Antropologia e seus serviços prestados.
Capítulo 4 – “Conclusão” – este capítulo conclui o relatório fazendo uma visão geral
e dificuldade enfrentadas no momento do estagio.
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Capítulo I – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ORGANIZAÇÃO
– História
Apresenta uma fachada marcada pelo ritmo de cinco vãos nos pisos superiores, uma
porta central ladeada por duas janelas e um sobradinho a eixo da porta principal, que assinala
e valoriza a entrada principal do edifício. As janelas de sacada são um elemento bastante
forte na fachada, pela decoração de cantaria guarnecida com grades de ferro forjado
trabalhado. Outro elemento que se destaca neste edifício é a cobertura em telhados múltiplos
de quatro águas cobertos com telha curva, reminiscência dos telhados em tesoura
portugueses. Originalmente foi residência de um rico comerciante; em 1961, albergou as
instalações da Companhia de Diamantes de Angola, e atualmente é o Museu de
Antropologia.
Para além do seu núcleo permanente, o museu recebe também diversas exposições
temporárias recebe em média 2 mil e quinhentos visitantes por mês, e se prevê que este
número aumente em função do novo horário.
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Missão, visão e valores
• A missão do museu prende-se essencialmente em salvaguardar e enriquecer o
património através de uma educação da sociedade no sentido da defesa, criatividade
e cultura.
• Valor consiste em qualificar e preservar os vestígios, matérias do patrimônio
etnográfico e antropológico, que abrange vários aspectos dos diferentes grupos
etnolinguísticos, como os aspectos culturais, políticos, econômicos e sócias.
• A visão do museu nacional de Antropologia é de expandir os seus serviços com as
suas exposições de forma a estar mais próximo aos visitantes.
Serviços prestados
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Capítulo II – ENQUADRAMENTO TEORÍCO-CONCEPTUAL
Mais tarde, veio a ser definido também como sendo o lugar ou edifício destinado ao
estudo das humanidades, ciências e artes, da que é exemplo o complexo edificado em
Alexandria no século III A.C. – com biblioteca, salas de aulas, zoológico e jardim
botânico, alojamento para professores, refeitório, observatório e anfiteatro (Riviére, 1989:
68; Nabais, 1984: 44).
Com o passar do tempo, isto no seculo XIX, com a revolucao burguesa, os museus
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passaram entao a ser vista como uma instituição permanente ligadas ao estado-nacao, ao
serviço da sociedade e não apenas uma simples “colecção”, por constituírem uma etiqueta
social de maior prestígio e de melhor saída comercial. Sobre esta questão pensamos que
não podemos perder de vista a origem etimológica da palavra “museu”, que deriva do latim
“museum” e do grego “mouseion”, e que quer dizer “o lugar das musas”.
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Sendo assim, o museu veicula um discurso ideológico das identidades de um grupo social
concreto e atinge o objectivo de consciencializar e educar o povo da sua identidade e da sua
cultura. Com a revolução francesa, as pessoas passam de súbditos a cidadãos; expropria-se o
património cultural da monarquia e da aristocracia para o povo; mas também se utilizaram
os museus como instrumento de educação do povo Pérez (2009, p.179).
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intercultural.
8. Diversificação da Oferta Turística: Museus contribuem para a diversificação da oferta
turística de uma região, atraindo diferentes perfis de visitantes. Isso pode ser
especialmente importante em destinos turísticos que buscam expandir suas atrações além
dos recursos naturais.
9. Turismo Sustentável: Museus podem desempenhar um papel na promoção do turismo
sustentável, incentivando práticas responsáveis e conscientizando os visitantes sobre a
importância da conservação e preservação do meio ambiente.
10. Envolvimento Comunitário: Museus muitas vezes envolvem a comunidade local em
suas atividades e exposições, criando uma conexão entre o patrimônio cultural e a
população local. Isso contribui para um senso de orgulho e identidade comunitária.
Nos dias de hoje, diversificação é uma palavra que faz parte do nosso cotidiano.
Diversidade étnica, cultural, económica. Isso não difere no turismo, por ser uma actividade
dinâmica e multifacetada, importa ressaltar que a diversidade torna-se um factor importante,
razão pelo qual o nível de exigência e competitividade que marca o universo do turismo faz
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com que os profissionais de museus e de turismo se esforcem para transformar a visita em
uma vivência, travando um diálogo mais íntimo com os públicos.
O turismo outorga novas funções ao museu, e este concorre cada vez mais com outras
indústrias de lazer. O museu é cada vez menos um simples conservatório e converte-se cada
vez mais num meio de comunicação; estes dois factores levam a que o museu se preocupe
cada vez mais com o acolhimento do visitante e com a relação com os seus públicos, entre
os quais se encontram os turistas.
Assim, com produtos cada vez mais indiferenciados, é por meio do serviço que as
empresas conseguem singularizar a experiência do cliente. Não mais apenas a posse –
concreta, visível, constatável, mas a experiência – coisa etérea, intangível, às vezes fugaz. O
novo turismo guia-se, cada vez mais, pela sequência de interações que pode oferecer ao seu
consumidor, o turista. Como o consumo turístico se realiza no mesmo local da produção de
experiências, hoje, o turismo pode ser entendido como a “economia da experiência”.
O turismo tem como base o setor de serviços, e é a relação humana que dá a percepção
de qualidade da experiência vivida pelo turista ao longo de todo o ciclo da viagem. São
relações de consumo impregnadas de dimensões intangíveis: cordialidade, respeito, atenção,
pontualidade, amabilidade, cortesia, etc.
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Mas são também dependentes de dimensões tangíveis: a qualidade da infraestrutura
e dos equipamentos, da disponibilidade de serviços, das instalações prediais, dos quartos,
das salas de espera, dos meios de transporte, da sinalização, da limpeza das ruas, etc. O
mesmo se aplica ao universo dos museus. Quanto mais relacionadas com a interação, com a
experiência real do visitante, mais impacto terão as marcas de serviço do museu na atitude
do visitante com relação à instituição. Enquanto instrumentos de comunicação geradores de
sentimentos e atitudes favoráveis, as marcas do serviço do marketing experiencial têm como
objetivo primeiro a valorização da experiência vivida
- Técnicas e instrumentos
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recolher um número elevado de informação, ao mesmo tempo possibilitou recolha de dados.
Portanto, para a recolha de dados empíricos, iremos distribuir um número de 100
questionários, com questões fechadas e abertas e algumas de múltipla escolha.
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Departamento de Investigação Cientifica
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a) Dinamizar as relações do museu com o público, concebendo científica e
pedagogicamente projectos de educação e de animação cultural, de acordo com as
áreas a explorar e grupos a atingir;
b) Elaborar a estatística geral;
c) Organizar as actividades educativas e culturais de forma sistemática e regular em
colaboração com outras instituições estatais e privadas;
d) Promover a divulgação dos trabalhos de investigação realizados nas diferentes áreas
do museu;
e) Realizar a interpretação sociológica dos dados das visitas;
f) Divulgar os catálogos da exposição de longa e de curta duração;
g) Garantir o intercâmbio nas actividades museográficas a realizar entre os museus.
a) Secção de Educação;
b) Secção de Animação Cultural.
Departamento de Museografia
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O Departamento de Museográfica tem a seguinte estrutura:
a) Secção de Conservação;
b) Secção de Documentação Museográfica, Fototeca e Exposições.
- Resultados obtidos
Apendi a ter uma boa comunicação e perceptível, porque de certa maneira acabava
por transmitir tudo que me passaram na formação aos eleitores ou visitantes e ajudando em
caso de dúvida. No Departamento de Investigação Cientifica eu realmente estava muito em
contato com o público.
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Essas atividades eram feitas acompanhadas e supervisionada pelo senhor Jakes
Chinji e coadjuvada pela senhora Antónia que juntos ensinaram várias maneiras de como
me comportar com os visitantes nacionais e não nacionais, aprendi a fazer planificação das
atividades do dia a dia.
O estágio permitiu com que envolver-se em diversas tarefas que estavam diretamente
associadas ao Museu Nacional de Antrópologia, sendo o seu contributo uma mais-valia para
a resolução de algumas lacunas presentes. Neste envolvimento com o museu eu consegui
através de uma interação com o museu e os seus técnicos adquirir bastantes lições que
demonstraram ser importantes para o desenvolvimento na área museológica e também a
título pessoal e social, aprendendo a trabalhar em equipa e a lidar com a prestação de serviços
ao público em geral. A aprendizagem continua a que foi me sujeito como estagiária durante
o meu estágio curricular tornaram-me possível, adquirir novos conhecimentos, capacidades
e competências que de forma prática se evidenciam pela forma como futuramente poderei
resolver esses problemas.
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Capítulo IV – CONCLUSÃO
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Através da frequência com que procura realizar exposições temporárias, da relação
que estabelece com outras entidades, da integração em vários projectos transparece a ideia
de um museu que não se fecha em si próprio, mas que alarga os seus horizontes e busca
melhorar e diversificar os seus serviços. A intenção de realizar uma requalificação do museu
nacional de antropologia demonstra o interesse da tutela pela instituição e a vontade em
melhorar as condições e a forma como são expostas as colecções e é transmitido o
conhecimento ao público.
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Capítulo V- PROPOSTAS PARA MELHORIA
• Formação profissional;
• Experiências Interativas e Tecnológicas: Introduzir exposições interativas que
envolvam os visitantes, proporcionando uma experiência sensorial e participativa.
Incorporar tecnologias como realidade aumentada e virtual para enriquecer as narrativas
e oferecer uma abordagem mais envolvente.
• Programação de Eventos Temáticos: Desenvolver uma programação regular de
eventos temáticos relacionados à antropologia, como palestras, workshops, festivais
culturais e performances artísticas. Colaborar com comunidades locais para promover
eventos que destaquem suas tradições e práticas culturais.
• Parcerias com Instituições Educacionais: Estabelecer parcerias com instituições
educacionais, desde escolas locais até universidades, para desenvolver programas
educativos adaptados a diferentes faixas etárias. Oferecer descontos ou ingressos
gratuitos para estudantes, incentivando visitas educacionais.
• Acessibilidade e Inclusão: Implementar medidas para tornar o museu acessível a todos
os visitantes, incluindo aqueles com deficiências físicas ou necessidades especiais.
Desenvolver materiais educativos em diversos formatos, como braille, áudio-guias e
legendas em diferentes idiomas.
• Rotação de Exposições e Coleções Itinerantes: Criar um plano de rotação de
exposições para manter o interesse dos visitantes ao longo do tempo. Explorar parcerias
para compartilhar coleções com outros museus de antropologia, permitindo a criação de
exposições itinerantes.
• Marketing Digital e Presença Online: Fortalecer a presença online do museu por
meio de um site informativo, redes sociais e marketing digital. Desenvolver campanhas
online para atrair visitantes, destacando exposições atuais, eventos especiais e conteúdo
educativo.
• Treinamento para a Equipe de Atendimento ao Visitante: Oferecer treinamento
contínuo para a equipe de atendimento ao visitante, enfatizando a importância da
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hospitalidade, conhecimento sobre as exposições e sensibilidade cultural. Implementar
programas de voluntariado para envolver entusiastas locais na experiência do visitante.
• Áreas de Descanso e Recreação: Criar áreas de descanso aconchegantes e espaços de
recreação para os visitantes relaxarem durante a visita. Oferecer cafeterias ou
restaurantes que sirvam alimentos locais, proporcionando uma experiência
gastronômica complementar.
• Programas de Fidelidade e Incentivos: Implementar programas de fidelidade para
visitantes frequentes, oferecendo descontos, acesso exclusivo a eventos ou outros
benefícios. Criar parcerias com empresas locais para oferecer pacotes turísticos que
incluam o museu como parte integrante da experiência.
• Monitoramento e Avaliação Contínua: Estabelecer sistemas de monitoramento para
avaliar o feedback dos visitantes, identificando áreas de melhoria contínua. Realizar
pesquisas periódicas para entender as expectativas dos visitantes e adaptar as iniciativas
do museu de acordo.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Sites visitados:
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ANEXOS
30
Organigrama do Museu Nacional de Antropologia