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Eu, Valdemar Carlitos Costa Jonasse, declaro por minha honra que este trabalho nunca foi
apresentado em nenhuma outra instituição académica, para obtenção de qualquer grau académico.
Este relatório constitui o fruto de trabalho de campo e de pesquisa bibliográfica, estando as fontes
utilizadas registadas no texto e nas referências bibliográficas.
Data___/___/_____
Assinatura do Autor
______________________________________________
Aprovação do Júri
Este trabalho foi aprovado com 16 valores no dia 26 de Agosto de 2016 por nós, membros do Júri
examinador da Universidade Lúrio.
_____________________________
Presidente: MSc. Américo J. Fombe
_____________________________
Oponente: Prof. José Ribeiro Lopes
_____________________________
Supervisor: MSc. Vicente D. Dauce
_____________________________
Co-Supervisor: Eng. José B. Manteiga
iii
Epigrafe
Provérbios 11:12
iv
Dedicatória
Meus Pais
Carlitos Costa Janasse
Luís Costa Janasse (Que Deus o Tenha)
Pathy PC Traquino
Gertrudes B Guale
Meus irmãos
Elisabeth Manuel
Pedro Manuel
Júnior Raimundo (Que Deus o Tenha)
Naila Chongo
Lídia Jonasse
A Minha Linda Irmãzinha
Meus GrandFahters
Costa Janasse (Que Deus o Tenha)
Ntsai Quembo
Dedico
v
Agradecimento
Aos meus pais Carlitos Costa Jonasse; Pathy Passimamutima Chot Traquino; Luís Costa Jonasse
(que Deus o Tenha) e Gertrudes B. Guale que tudo fizeram e sempre acreditaram que este sonho um
dia se tornaria realidade; Aos meus GrandFahters Costa Janasse (que Deus o Tenha) e a Ntsai
Quembo que sempre estiveram ao meu lado nos momentos bons e difíceis.
Aos meus irmãos Lídia Costa Jonasse; Elisabeth Manuel; Naila Chongo; Pedro Manuel; Vilma;
Cinda e Letícia. Aos meus tios Nina Costa Janasse; Lídia Costa Janasse; Massauco Traquino; Mussa
Jamal; tia Márcia Tembo; Vasco Chiganda e Felizarda Clementino.
Aos meus primos José, Sebastiana, Adia (Lala), Caetano, Bia, Eufrásia Vasco, Edmilson, António e
Vuyeiya.
Aos meus amigos do bairro 5 Fepom (Manica - Chimoio) Inocente Chiro, Armando, João, Vino,
Helton, Cláudio Maulana, Eugénio, Mariazinha Saize, e com especial atenção a Graça da Conceição
Joaquim Mateus, sem me esquecer da turma de CNM1 12a e do curso de Química ano 2011 na
Universidade Pedagógica – Manica.
Aos meus
A Família Garausiua, Família Dauce e a Família Nhabanga em especial a: Sérgio Garausiua, Ernesto
Dauce e a minha grande Mana Amélia Francisco Nhabanga por serem uma componente importante
dessa longa caminhada académica.
Aos meus grandes e amados companheiros de estrada Alberto Cumbe; Amézio Elias Davide;
Blaunde João Blaunde; Dalton Lazaro Dauto; Elias Saquina; Félix Marcelino; Felizardo Fernando;
Mateus Mucussete; Lionel de Jesus; Cremildo Ribas; Alberto Muchanga; Mano Walter Domingos
de Abreu; Silva Maenato; Harifa Tomé; Luverino Malieque; Lucas Nkumin; Nuro Mutete pelo
companheirismo; e em geral a todos estudantes da Turma de Engenharia Florestal 2012 e 2011, por
me ajudarem no dia-a-dia da caminhada académica; ao dr Carlos Davide pelo suporte na língua
Inglesa.
vi
Ao Pessoal da RNN em especial no nome do Casimiro e do Alex pelos times de convivência. Ao
Pessoal da Universidade Eduardo Mondlane no nome da Ph.D. Natasha Ribeiro e da Universidade
Lúrio (elenco todo); ao Nani e ao Sr. Julião. E em especial Ao pessoal da FdN o meu muito
obrigado.
Por fim a toda aquela individualidade que directa ou indirectamente, contribuíram para a minha
formação académica.
vii
ÍNDICE
Conteúdo Página
viii
3.1.1. Localização da Área de Estudo .......................................................................................................... 32
3.1.2. Clima .................................................................................................................................................. 33
3.1.3. Solos e Vegetação Nativa ................................................................................................................... 34
3.1.4. População ........................................................................................................................................... 34
3.2. Materiais .................................................................................................................................................. 35
3.2.1. Equipamentos Utilizados no Levantamento de Dados e Programas Informáticos ............................. 35
3.3. Métodos ................................................................................................................................................... 36
3.3.1. Detalhes das Espécies de Eucaliptos .................................................................................................. 36
3.3.2. Aquisição de Imagens ......................................................................................................................... 36
3.3.3. Tratamento e Processamento de Imagens ........................................................................................... 36
3.3.4. Classificação de Uso e Cobertura de Terra......................................................................................... 37
3.3.5. Áreas de Preservação Permanente ...................................................................................................... 37
3.3.6. Determinação de Áreas Aptas Para o Plantio ..................................................................................... 38
3.3.7. Mapeamento de Aptidão de Áreas Para o Plantio de Espécies do Género Eucaliptos ....................... 40
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................................... 43
4.1. Uso e Ocupação de Terra ........................................................................................................................ 43
4.2. Áreas de Preservação Permanente ........................................................................................................... 45
4.3. Geomorfometria ...................................................................................................................................... 47
4.3.1. Declividade ......................................................................................................................................... 47
4.3.2. Face de Exposição (Insolação Solar) .................................................................................................. 48
4.3.3. Altitude ............................................................................................................................................... 50
4.4. Solos ........................................................................................................................................................ 51
4.5. Áreas Disponíveis Para Implantação do Eucaliptos ................................................................................ 53
4.5.1. Áreas com Restrição para o Plantio de Eucaliptos ............................................................................. 53
4.6. Análise do Pesos dos Factores no Método AHP ..................................................................................... 54
4.6.1. Áreas com Classes de Aptidão Para o Plantio de Eucaliptos ............................................................. 56
V. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO ................................................................................................ 59
5.1. Conclusão ................................................................................................................................................ 59
5.2. Recomendações ........................................................................................ Erro! Marcador não definido.
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 61
ANEXOS........................................................................................................................................................... 65
ix
Abreviaturas
% - Percentagem
°C – Graus Celsius
CI – Taxa de Consistência
ha – Hectares
Km – Quilómetros
m – Metros
R2 - Coeficiente de Determinação
RI – Índices de Consistência Aleatório/Índice Randómico
xi
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Lista de Equações
xiii
Resumo
A determinação do local ideal para a implantação de um novo projecto florestal é uma decisão que
envolve uma série de factores, sendo necessária a utilização de ferramentas que permitam a análise
destes factores em conjunto. O objectivo do trabalho foi determinar áreas aptas para o plantio de
eucalipto utilizando ferramentas de análise multicritério em que o mesmo foi desenvolvido em uma
área cujo DUAT pertence a empresa FdN na comunidade de Mapudje no Posto Administrativo de
Unango, distrito de Sanga, onde foram considerados os seguintes factores na análise multicritério:
uso e ocupação de terra, hidrografia, rodovias, solos, radiação e declividade, sendo estes escalonados
em um mesmo intervalo de valores em termos de adequabilidade ao plantio de eucalipto em uma
matriz de comparação aos pares de factores utilizando o método AHP (Analytic Hierarchy Process –
Processo Analítico Hierárquico) com uma taxa de consistência de 0.027 (2.70%) em que forneceu os
seguintes pesos para os factores: uso e ocupação de terra 24.883%, hidrografia 4.344%,
rodovias6.549%, solos 10.244%, radiação 16.043% e declividade 37.936%. Os resultados revelaram
que cerca de 5142.818 ha foram considerados como áreas indicadas para o plantio do eucalipto,
1935.910 ha considerados como áreas com baixa aptidão e as áreas restritas totalizaram 432.189 ha.
Dessa forma, a partir dos resultados obtidos pode-se concluir que a análise multicritério mostrou-se
eficiente para determinação de novas áreas aptas para a implantação de plantações de espécies do
género de eucalipto em larga escala.
xiv
Abstract
Determining the ideal place for the implementation of a new forestry project is a decision that
involves a number of factors, requiring the use of tools for analyzing these factors together. The
study aimed at determining areas suitable for the planting of eucalyptus using multi-criterion
analysis tools. The study was conducted in areas, which belong to FdN Company, located in
Mapudje, Unango Village, Sanga district. During the study, there were considered some factors for
multi-criteria analysis, such as land use, hydrography, roads, soil, radiation and slope. The referred
factors are staggered in the same range of values in terms of suitability for eucalyptus plantations in
a comparison matrix pair factors using the AHP (Analytical Hierarchy Process) with a 0.027
(2.70%) consistency rate that provided weights to the factors as follows: land use-24,883%,
hydrophy 4,344%, roads 6.549%, soil 10,244%, radiation 16,043%, and finally slope 37,936% of
weights. The results showed that approximately 5142.818 hectares were considered as suitable areas
for planting eucalyptus, while 1935.910 hectares were considered as areas with low aptness and the
restricted areas totaled 432.189 hectares. Thus, from the results obtained in this study the researcher
can reach the following conclusion, the multi-criteria analysis was efficient to determine new areas
suitable for the establishment of plantations of eucalyptus species in large-scale.
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
de Eucaliptos Utilizando SIG
I. INTRODUÇÃO
Para produção do eucalipto é importante a definição de áreas/locais adequados devendo deste modo
evitar áreas com elevada declividade, de orientação de encostas viradas para o norte e baixa aptidão
agrícola e para alem destes factores, devem ser considerados factores como dificuldades
operacionais (mecanização), questões de logística quanto ao escoamento da produção final
(exploração), e factores geomorfológicos como é o caso da fertilidade dos solos e a sua textura
(Francelino et al., 2012).
A selecção da localização adequada para um novo projecto florestal considerando variáveis acima
mencionadas envolve a utilização de ferramentas que possam permitir a análise de tais factores de
forma conjunta (Malczewski, 1999). A metodologia de análise multicritério possui a principal
vantagem de possibilitar a atribuição de diferentes pesos relativos a cada um dos factores no
processo de agregação de características de uma determinada área em estudo. Tal ferramenta tem
sido utilizada para gerar mapas de susceptibilidade à erosão, selecção de culturas agrícolas para
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Autor: Valdemar Carlitos Costa Jonasse Trabalho de Licenciatura
Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
de Eucaliptos Utilizando SIG
cultivo e mapeamento de áreas prioritárias para adequação do uso da terra (Sartori et al., 2011;
Valladares et al., 2012; Vieira & Curi, 2014).
A análise multicritério vem sendo empregada nos últimos tempos em diversas áreas de actuação
como na definição de áreas adequadas para a implantação de empreendimentos, planeamento de uso
e aproveitamento de terras, análise de áreas sensíveis e susceptíveis a erosão (Sartori et al., 2011).
Também vem sendo utilizada para fins ecológicos como a determinação de habitats adequados para
espécies de flora e fauna, aptidão de terras para agricultura, avaliação e planeamento paisagístico,
avaliação de impactos ambientais (Malczewski, 2004).
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
de Eucaliptos Utilizando SIG
1.1.Problema
A maior parte das empresas florestais existentes no Niassa quando requerem o Direito de Uso e
Aproveitamento de Terra (DUAT) para novas áreas, os mesmos não realizam um estudo prévio para
ver a viabilidade da área apta para o plantio, e se a mesma área apta é ou não significativa para o
pedido de DUAT.
A falta de uma base de dados sobre o estudo de áreas aptas ou adequadas para o plantio de tais
espécies do género eucalipto, constitui uma grande limitação na realização de estudos e projectos de
pesquisas com vista a apoiar o maneio florestal sustentável e na redução de conflitos de terra entre
empresas do ramo florestal e as comunidades rurais.
Na maioria parte das áreas que são adquiridas para a alocação de plantações florestais geralmente
não são realizados estudos de avaliação adequada no momento de sua aquisição, o que de certo
modo pode acarretar equívocos, e principalmente, erros nessa avaliação podem trazer prejuízos
económicos devido ao não bom desenvolvimento das plantas (Giasson & Teske, 2012).
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
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1.2.Justificativa
Na aquisição de terras e no planeamento de uma nova área para o plantio é importante a realização
da avaliação da percentagem da área que pode ser plantada assim como a localização de tais áreas
aptas para o plantio, determinando assim a viabilidade de uso da área para a plantação e o valor da
mesma (de terra), ajudando dessa forma a determinar o tipo de maquinaria a ser utilizada no preparo
do solo, plantio e o tipo de sistema de exploração facilitando ao investidor arranjar formas
alternativas por forma a reduzir os custo de implantação.
Tendo em consideração o que foi explanado nos parágrafos anteriores aliado a crescente necessidade
para o desenvolvimento da industria florestal, condiciona a estas empresas florestais a utilização de
técnicas eficazes e capazes de auxiliar a avaliação e determinação de terras para o plantio de
espécies do género de eucaliptos. Essa evolução buscará a consideração de múltiplos critérios a fim
de melhorar a medição dos aspectos que possam auxiliar na determinação e na avaliação de áreas
para o plantio.
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1.3.Objectivos
1.3.1. Geral:
• Determinar e avaliar áreas aptas para o plantio de eucaliptos na região de Mapudje empregando
metodologias que combinam os SIG com as ferramentas de análise multicritério (AMC).
1.3.2. Específicos:
• Falta de leis nacionais especificas para a gestão e conservação da diversidade biológica (zonas
ribeirinhas; topos dos montes-elevadas altitudes; montanhas; etc.;
• Falta de meios de verificação da área por completo em estratos (Fotografias áreas especificas)
dada a sua extensão;
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2.1.Generalidades
Floresta Plantada (Exótica) – é um povoamento considerado puro porque 80% de suas árvores
dominantes ou co-dominantes pertencem a mesma espécie, e que todas as árvores têm a mesma
idade podendo haver uma diferença de até 20% na idade de corte (Botelho, 2003);
Mapas Temáticos – são representações gráficas da superfície terrestre ilustrada de acordo com
critérios pré-estabelecidos, onde estes dados são obtidos através de um levantamento de campo e
posteriormente digitalizados ou ainda através de classificação de imagens (exemplo de mapa de
vegetação e mapa de declividade) (Câmara & Monteiro, 2004);
O nome eucalipto deriva do grego: eu (bem) e kalipto (cobrir), referindo-se à estrutura globular
arredondada de seu fruto, caracterizando o opérculo que protege bem as suas sementes (Bertola,
2000).
Actualmente têm-se cerca de 730 espécies de Eucaliptos já identificadas, com diferentes exigências
quanto à fertilidade de solo, tolerância a geadas e a seca, todas com importância económica, porem
desse número todo apenas 20 espécies estão sendo utilizadas actualmente para fins comerciais (Auer
et al., 2014).
Segundo Andrade (1939), a escolha de uma determinada espécie de Eucaliptos para implantação em
uma determinada área fora do seu habitat, deve-se ter sempre em consideração as condições do seu
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
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habitat natural, isto é, quanto mais próximo a condição do seu habitat natural melhor será para o
sucesso da plantação.
A condução de plantios de eucalipto geralmente são realizados para corte aos 7, 14, e 21 anos de
idade de acordo com a região e o tipo de solo, sendo que o ciclo de corte poderá ser menor ou maior,
dependendo do objectivo da plantação de eucalipto (lenha, carvão, celulose, poste, madeira) (Higa et
al., 2011). No entanto diversas espécies do género de eucaliptos adaptaram-se bem em
Moçambique, das quais são descritas abaixo.
2.2.1.1.Eucaliptos pellita
Esta espécie tropical que ocorre naturalmente na Austrália entre as latitudes de 12 a 18o S e 27 a 36o
S, em altitudes que podem variar desde o nível do mar até 600m. A precipitação pluviométrica
média anual varia de 900 a 2.400 mm, distribuídas uniformemente durante o ano, com maior
concentração no verão. As temperaturas médias anuais (mínimas e máximas) variam de 12 - 33o C,
sendo esta espécie considerada apta para regiões onde não ocorram geadas. Esta espécie é tolerante a
doenças foliares e tem um crescimento relativamente alto quando comparado com o Eucaliptos
urophylla e Eucaliptos maculata (Ferreira & Da Silva, 2004).
O Eucaliptos pellita produz uma madeira levemente pesada de cor vermelho-escura onde as suas
propriedades de resistência mecânica são elevadas. É uma madeira da alta estabilidade, mas de baixa
permeabilidade, sendo muito utilizada em componentes estruturais na construção civil, para
produção de caixas, postes, dormentes, lenha e carvão (Bertola, 2000).
Este eucalipto ocorre naturalmente em zonas próximas do litoral de New South Wales e do litoral e
na região interior de Queensland na Austrália, nas latitudes entre 25 a 37o S onde as altitudes variam
desde o nível do mar até 800 m. A precipitação pluviométrica média anual varia de 625 a 1250 mm.
O período seco varia de quatro a seis meses, e a espécie não é recomendada para regiões onde
ocorrem a geadas e défice hídrico, mas a mesma apresenta uma boa capacidade de regeneração por
brotação dos cepos (Bertola, 2000).
O Eucaliptos maculata pode atingir entre 35 – 45 metros de altura e 1 – 1.3 metros de Diâmetro,
podendo atingir 70 metros de altura e 3 de Diâmetro, produz uma madeira levemente pesada, com
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2.2.1.3.Eucaliptos urophylla
O Eucaliptos urophylla pertence ao subgénero Symphyomyrtus, sendo esta uma das poucas espécies
de ocorrência natural fora do território australiano, ocorrendo, naturalmente, na ilha de Timor e
outras ilhas a leste do arquipélago indonésio, entre as latitudes de 8 a 10o S, com altitudes variando
de 400 a 3000 metros, onde as árvores tem de 30 – 60 metros de altura e a mesma apresenta uma
densidade básica em torno de 0.5g/cm3. A precipitação pluviométrica média anual varia de 1000 a
1500 mm, com chuvas concentradas no verão. O período seco não ultrapassa quatro meses (Junior,
2001; Ferreira & Da Silva, 2004).
Produz uma madeira considerada medianamente leve com as suas propriedades de resistência
mecânica também moderadas. É uma madeira da relativa estabilidade e alta permeabilidade.
Apresenta uma alta plasticidade, adaptando-se em solos hidromórficos ou franco-arenosos e em
diferentes altitudes (Ferreira & Da Silva, 2004).
É considerada apta para regiões onde não ocorrem geadas e situações de défice hídrico severo. É
uma espécie que apresenta boa capacidade de regeneração por brotação. A nível mundial esta
espécie despertou a atenção pelo facto de a mesma ser tolerante ao cancro e adaptar-se bem em solo
de baixa fertilidade e clima mais tropical (Junior, 2001).
A FAO (1981), referenciava que Moçambique possuía um total de 14000 ha plantados e dados um
pouco mais actualizados oriundos da Associação de Florestas de Niassa (2012) citado por Nube
(2013) refere Moçambique possuía ate ao ano de 2012 um total de 77000 ha plantados dentre eles a
província do Niassa possuía um total de 33000 ha de área plantada por Eucalipto e Pinus sendo
maioritariamente áreas utilizadas para o cultivo do eucalipto.
1
(www.worldagroforestry.org/treebd2/speciesprofile.php?Spid=17934)
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Segundo levantamentos realizados pela FAO (1981), por diversos países do mundo constatou que
mais de 90 países possuem programas de reflorestamento utilizando o eucalipto dentre eles 58 países
o realizam em grande escala com o objectivo principal do cultivo a produção de madeira serrada
para suprir a busca de madeira. Deste modo Bertola (2000) refere que até o ano de 2000 existiam
cerca de 13.690.500 hectares de eucaliptos plantados em todo o mundo conforme ilustrado na tabela
abaixo (Tabela 1).
A grande demanda de madeira para diferentes finalidades como a produção de madeira serrada,
lenha, dormentes, compensados, chapas, laminação, carvão papel, óleos essenciais e celulose, vem
contribuindo para o desenvolvimento do sector florestal e das comunidades rurais, uma vez que o
cultivo de eucalipto permite a todos os tipos de agricultores na diversificação de renda em suas
propriedades, seja por meio de plantios puros, seja por meio de sistemas integrados de produção
( AF’ ), á
Alguns destes usos descritos acima são ilustrados na figura abaixo (Figura 1) (Bertola, 2000;
Pereira, 2010; Auer et al., 2014).
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O uso de terra é definido como sendo um conjunto de princípios e regras que regem uma sociedade
na sua relação com a terra enquanto a cobertura de terra refere-se à vegetação seja natura ou
artificial, água, gelo e outros elementos resultantes da dinâmica natural das transformações na
superfície terreste (Richards, 1986; Larsson, 1993 citado por Manteiga, 2009).
O estudo do uso da terra e ocupação da terra consiste em buscar conhecimento de toda área que
sofreu utilização antrópica bem como áreas que não sofreram utilização antrópica, a caracterização
da vegetação natural existente que reveste o solo, bem como sua respectiva localização geográfica
(Rosa, 2007).
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Segundo Roy (2013), uma AMC é percebida como sendo uma ferramenta matemática que ajuda a
fundamentar vários factores e compara-los com diferentes alternativas, isto com o objectivo de
ajudar a direccionar os decisores a melhor escolha possível.
Um dos métodos da AMC é denominada por método AHP (Analytic Hierarchy Process) foi
desenvolvido por Thomas L. Saaty, sendo este o método de multicritério mais amplamente utilizado
e conhecido, e ele é aplicado para sistematizar a uma ampla gama de problemas de decisão nos
contextos: económico, político, social e ambiental, devido a sua simplicidade, sólida base
matemática e capacidade de avaliar os factores qualitativos e quantitativos, sejam eles, tangíveis ou
intangíveis, sendo este método considerado robusto na análise multicritério (Vilas Boas, 2005;
Barros et al., 2009; De Oliveira, 2013).
Segundo Malczewski (2006), das várias aplicações dos Sistemas de Informação Geográficas na
análise ambiental é comum que se encontre casos que envolvem múltiplos critérios sendo esta
denominada Análise Multicritério, dá-se dessa forma origem aos SIG – Baseado na Análise
Multicritério (Malczewski, 1999).
Segundo descrito Malczewski (2004), a análise da adequação de uso da terra utilizando SIG, tem
aplicação em diversas situações com viés ecológico como a determinação de locais adequado para
alocação de espécies de flora tanto como de fauna; aptidão das terras para agricultura; avaliação e
planeamento da paisagem; avaliação de impactos ambientais e planeamento regional. Portanto
podem ser utilizadas três abordagens em ambiente de SIG, como: sobreposição de informações
espaciais, inteligência artificial e método de avaliação por multicritérios (AMC).
A análise multicritério em Ambiente dos SIG vem sendo utilizada em varias áreas de actuação e em
diversas abordagens como podem ser apresentados a seguir alguns estudos:
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Vieira & Curi (2014), realizaram um trabalho cujo objectivo foi o de seleccionar um leque de
culturas agrícolas utilizando de análise multicritério sob diferentes critérios Perímetro Irrigado das
Várzeas de Sousa (PIVAS), localizado no sertão do estado da Paraíba em Brasil. No estudo foram
considerados critérios como: o aumento da lucratividade, a geração de empregos, a diminuição do
consumo hídrico e os usos de defensivos agrícolas das culturas agrícolas em que os resultados
mostraram que as culturas agrícolas do coco, papaia e maracujá, são as mais recomendadas para o
cultivo no perímetro estudado, sendo as menos recomendadas às culturas da melancia, melão e a da
manga, contudo, as técnicas de análise multicritério mostraram-se importantes na elaboração de um
planeamento agrícola eficiente, já que preferiu ou não preferiu o cultivo de determinadas culturas.
Li & Yeh (2002), utilizaram a Análise de Multicritério (AMC) em ambiente SIG no zoneamento de
terras na área agrícola. Os autores comentam que o zoneamento de terras agrícolas, para fim de
protecção, tem-se tornado uma actividade estratégica na redução de perda de áreas com alto
potencial agrícola em regiões de rápido desenvolvimento.
Fardin et al. (2015), utilizaram a Análise Multicritério em Ambiente SIG para a determinação de
possíveis áreas aptas para o plantio de espécies do género de Eucaliptos na Bacia de Piranga no
estado de Minas Gerais em Brasil. Para o mesmo foram estabelecidos sete (07) critérios para a
determinação de tais áreas sendo estes: Nascentes; Hidrografia; Rodovias; Solos; Radiação; Uso e
Ocupação; e Declividade. De acordo com o estudo esses factores foram analisados empregando-se o
recurso de tomada de decisão multicritérios em um SIG e como resultado foi obtido um mapa das
áreas adequadas à para o plantio, segundo os critérios determinados para o estudo.
Meng et al. (2011), empregaram a Análise Multicritério em Ambiente SIG para o mapeamento e
análise de padrões de acessibilidade de locais para o desenvolvimento de habitacional em Canmore,
cidade de Alberta em Canada. Os autores integraram dois métodos de decisão multicritério sendo o
Analytic Hierarchy Process e Ordered Weighted Averaging. O objectivo do estudo foi o de ajudar as
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de Eucaliptos Utilizando SIG
Venkatesan et al. (2010), integraram a Análise Multicritério em Ambiente SIG por forma a
apresentar uma estratégia acerca do potencial de água subterrânea em Kullursandhai Reservatório de
Captação, Tamil Nadu. Segundo os autores, a estimativa das potenciais zonas de águas subterrâneas
utilizando SDSS (spatial decision support system) incluiu diferentes factores como a geologia,
geomorfologia, uso da terra, do solo e da precipitação, onde este foi validado com o potencial de
água subterrânea estimado através do método de tabela de flutuação de água com base nas Normas
do Comité de Avaliação das águas subterrâneas (GEC). Além disso, a análise da adequação da
aptidão das terras para as culturas foi realizada de modo a inferir terras com alto potencial de
cultivo, zonas moderadas e zonas com menores potenciais para produção de algodão (Venkatesan et
al., 2010).
Existe ainda, na literatura científica, uma série de trabalhos envolvendo a Avaliação Multicritérios
em ambiente SIG, nas mias variadas áreas de aplicação, como, por exemplo: Mapeamento de Áreas
Susceptíveis (Caixete et al., 2012); Planeamento e Gestão Urbana (Farina, 2006); e na Identificação
de Local para Construção de um Repositório Final para os Rejeitos Radioactivos no Território
Brasileiro (Combustível Nuclear) (Martins, 2009).
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
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A aplicação do método AHP pode ser dividida em duas fases: a primeira fase é a de estruturação
onde envolve a decomposição do problema em uma estrutura hierárquica que mostra as relações
entre as metas, os critérios que exprimem os objectivos e sub-objectivos, e as alternativas que
envolvem a decisão. A segunda fase é a avaliação que é caracterizada pela definição do tipo de
problema a ser adoptado, determinando assim se as acções serão: analisadas em termos relativos ou
absolutos; ordenadas ou escolhidas, e aceites ou rejeitadas (Vilas Boas, 2005).
A utilização do método AHP começa com a determinação do problema a ser estudado e o objectivo
que se pretende alcançar, seguido da construção ou estruturação da classe hierárquica que deve ser
definida de modo que se coloque o objectivo a ser alcançado como metas e seguido dos critérios e
das alternativas. O próximo passo é a construção de matrizes de comparação de valores, isto é, par a
par que é realizada de acordo com os pesos definidos em uma escala fundamental já elaborada por
Thomas L. Saaty (Tabela 6).
No método do AHP foram destacados os principais aspectos positivos e os que de certa forma
devem ser tidos em consideração para que o método possa proporcionar um desempenho adequado,
como ilustra a tabela abaixo (Tabela 2). Boritz (1992) em seu estudo apontou como um dos pontos
fortes do AHP a capacidade de poder medir o grau de inconsciência dos julgamentos par a par.
29
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No final da década dos anos 60 foi desenvolvido o programa de LandSat (Land Remote Sensing
Satellite) pela NASA (National Aeronautics and Space Administation) cujo programa culminou com
o lançamento de 8 satélites. O LandSat – 5 E LandSat – 8 foram lançados no mês de Março de 1984
e no mês de Fevereiro de 2013 respectivamente sendo o LandSat - 8 o mais moderno da serie
LandSat (Marques, 2009; NASA, 2013; USGS, 2013) e segundo a USGS (2013), o LandSat – 5 foi
tirado de orbita a 5 Junho de 2013. As figuras abaixo (Figura 2) e a tabela (Tabela 3) abaixo ilustra a
caracterização do LandSat
30
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de Eucaliptos Utilizando SIG
.
Figura 2 - LandSat – 8 a esquerda e a direita o LandSat - 5.
Fonte: NASA (2013).
III. METODOLOGIA
3.1.2. Clima
O distrito de Sanga sofre influência da zona de convergência intertropical que da origem a duas
estações bem definidas por ano sendo que a estação chuvosa, que vai de Dezembro a Março, com
Abril como mês de transição, e a estação seca e fria, de Maio a Outubro, com Novembro como mês
de transição, onde a precipitação média anual varia de 1000 a 1200 mm podendo atingir um máximo
de 2000 mm e de acordo com a Classificação de Koppen e Geiger o clima da região foi classificado
como sendo Cwa, isto é, tropical húmido com Verão quente e chuvoso, Inverno seco e frio. Os
valores médios de temperatura na estação quente e húmida são de 20 e 23°C (MAE, 2005).
O distrito de Sanga encontra-se a 1200 metros acima do nível do mar na sua parte Sul e vai
descendo até 600 metros acima do nível do mar na parte nortenha do distrito. O ponto mais alto do
distrito é a Serra Jeci na parte Oeste do distrito com aproximadamente 1836 metros (Breslin &
Naafs, 2004).
Foi possível obter dados referente a precipitação e a temperatura da área de estudo situada entre as
coordenadas -12.46 de latitude e 35.29 de longitude como se ilustra no gráfico abaixo (Figura 4),
sendo estes dados referentes a um período de 22 anos, isto é, de 1990 – 2012 no website The Wold
Bank Group2.
30 350
25 300
250
20
200
15
150
10
100
5 50
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
P (mm) 276.75 221.78 295.71 134.46 30.19 8.69 2.92 0.42 1.3 4.8 89.7 196.05
T (ᵒC) 23.65 23.91 23.87 22.73 21.26 19.29 19.01 20.03 22.08 24.07 25.43 24.65
2
(http://sdwebx.worldbank.org/climateportal/index.cfm?page=country_historical_climate&ThisRegion=Africa&ThisCC
ode=MOZ)
33
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Fonte: Climate Change Knowlede Portal, produzido por Climate Research Unit (CRU) of University of East Anglia
(UEA), (2016) Adaptado Pelo Autor.
3.1.4. População
De acordo com o censo populacional de 2007, a região de Unango possuía até o ano de 2007 cerca
de 14433 habitantes como ilustra a tabela abaixo (Tabela 4), o que correspondia a 25.5 % da
população do distrito, compondo assim uma densidade populacional de 4.8 habitantes/Km² (INE,
2007).
3.2.Materiais
Para o presente estudo foram usados dados oriundo do website da USGS (United States Geological
Survior - http://glovis.usgs.gov/), também foram usadas cartas topográficas existentes na base de
dados dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro do Niassa e do Centro Nacional de
Cartografia e Teledetecção (CENACARTA) referente a área em estudo para a determinação de uso e
ocupação de terras.
Durante o processo de levantamento de dados de campo foram empregados vários tipos de matérias
para colecta de dados em campo e confirmação de dados em campo:
• Trena de 50 m;
35
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3.3.Métodos
Por se tratar de uma área cujo objectivo de aquisição é comercial serão alocadas 3 espécies do
género de eucaliptos segundo a tabela abaixo (Tabela 5).
Com base na ferramenta Composite Bands (Data Management Tools > Raster > Raster Processing)
fez-se a composição de bandas no software ArcGis 10.2.2, onde para o LandSat – 8 foram utilizadas
as bandas 5, 4 e 3 e para o LandSat – 5 ETM+ foram utilizadas as bandas 4, 3 e 2 para combinação
RGB (Red, Green e Blue) respectivamente.
O mapeamento de uso e cobertura de solos foi realizado com base nas cenas de imagens de satélite
tiradas para os anos de 2005 e 2015.
3
Instituto De Pesquisas e Estudos Florestais – Brasil.
36
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A classificação de uso e cobertura de terra foi gerado a partir da vectorização das imagens satélite
LandSat – 8 para o ano de 2015 e LandSat 5 ETM+ referente ao ano de 2005 no software ArcGis
10.2, onde foram consideradas as seguintes classes de uso de terra: Floresta aberta, campos
agrícolas, pastagem, pastagens arbustivas, vegetação arbustiva e corpos de água sendo que para as
referidas classes foram criados polígonos para os mesmo nas cenas de imagens de satélite.
• Rios: de acordo com a Lei de Terras vigente em Moçambique, Lei Nᵒ19/97 de 01 de Outubro
q “ x í b à q á
Em toda a sua extensão longitudinal, as margens estão sujeitas ao regime de protecção parcial
” b b 10
linhas/corpos de água que cobrem a área de estudo no ArcGis 10.2 utilizando a ferramenta Buffer
Wizard; segundo o CONAMA referenciam também que as margens dos cursos de água constituem
áreas de preservação permanente;
• Declividade: as que correspondem a encostas ou partes destas com uma declividade superior a
45o, sendo estas áreas foram consideradas áreas de preservação permanente como referenciado
b R ã ˚303 O A A F ã á
estudo para a determinação de áreas com declives superiores a 45 o graus de elevação onde a partir
do comando Slope (Spatial Analyst Tools > Surface) foi gerado um mapa de elevação que
posteriormente foi reclassificado;
• Remanescentes de vegetação nativa: toda área ocupada por vegetação utilizada para cultos
(florestas sagradas), e pequenas ilhas de vegetação nativa para preservação de espécies de flora e
fauna.
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Segundo a Lei do ambiente Lei Nᵒ20/97 em seu artigo 12 número 1 diz que são proibidos todas as
actividades que atentem contra a conservação, reprodução, qualidade e quantidade dos recursos
biológicos, especialmente os recursos ameaçados de extinção.
Para a determinação de áreas aptas para o plantio, primeiramente foram determinadas todas as áreas
inaptas ao plantio de eucalipto, considerando os seguintes factores:
As áreas restantes foram consideradas como aptas para o plantio de eucaliptos, as quais,
posteriormente, foram classificadas em relação ao nível de aptidão: alto, médio e baixo. Para isso,
foram considerados os seguintes factores: uso e ocupação de terras, declividade, radiação solar na
área, factores pedológicos (solo), e a hidrografia, por forma a avaliar a influência de cada factor no
desenvolvimento do eucalipto, sendo esta denominada análise multicritério (AMC), isto é, que
consiste na elaboração de uma matriz de comparação de factores.
O método de AHP baseia-se no método newtoniano e cartesiano de pensar, que busca tratar a
complexidade com a decomposição e divisão do problema em factores, que podem ainda ser
decompostos em novos factores até ao nível mais baixo, claros e dimensionáveis e estabelecendo
relações para depois os sintetizar (Barros et al., 2009).
38
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
de Eucaliptos Utilizando SIG
A escala fundamental de conceitualização de pesos utilizada por Saaty (2008) mostrada na tabela
abaixo (Tabela 6) vai de 1 a 9 sendo que quanto maior o valor maior a importância do determinado
critério e quanto menor o valor menor é a importância do mesmo critério.
Segundo Wernke & Bornia (2001), o método AHP método baseia-se em três princípios do
pensamento analítico: (a) construção de hierarquias (no AHP o problema é decomposto em níveis
hierárquicos, como forma de buscar uma melhor compreensão e avaliação do mesmo); (b)
estabelecer prioridades (o ajuste das prioridades, neste método, fundamenta-se na habilidade do ser
humano de perceber o relacionamento entre objectos e situações observadas, comparando pares, à
luz de um determinado foco, critério ou julgamentos paritários); e (c) consistência lógica (no AHP é
possível avaliar o modelo de priorização construído em termos de sua consistência).
Após a determinação da matriz de comparação aos pares que consiste na montagem hierárquica dos
critérios a serem avaliados dois a dois para a determinação da importância relativa entre eles
(Vargas & IPMA-B, 2010) e foi realizado o processo de verificação da inconsistência da mesma
utilizando como base o número principal de Eigen ( ), cujo o número principal de Eigen
apresenta os pesos relativos entre os critérios onde o mesmo é obtido através da média aritmética
dos valores de cada um dos critérios e o mesmo determina a participação daquela determinado
39
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
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critério (Gomede & Barros, 2012). Estes factores foram calculados com base nas seguintes equações
apresentadas na tabela abaixo (Tabela 7):
A tabela abaixo apresenta valores de RI (índice randómico) que são valores fixos e tem como base o
número de critérios avaliados dependendo do autor.
3.3.7.1.Mapa de Declividade
A partir do modelo de elevação digital foi gerado um mapa de declividade no ArcGis 10.2 utilizando
o comando slope (em Spatial Analyst Tools > Surface). Para este factor foram consideradas classes
e valores de pesos de declividade segundo a sua influência para as actividades silviculturais como
ilustra a tabela abaixo (Tabela 9) (Francelino et al., 2012). E segundo Caldas (2006) maiores
40
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
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3.3.7.2.Mapa de Solos
A partir da carta de solos da província do Niassa de 1994 produzido pelo INIA/DTA (vide em
anexos I) na escala de 1:1000 000, foi convertido para o formato em formato de JPEG e feita uma
vectorização da área de estudo no programa ArcGis 10.2, tendo-se vectorizado as seguintes classes
de solos para a área de estudo:
A tabela abaixo apresenta algumas das características que estes tipos de solos especificamente
apresentam.
41
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3.3.7.3.Mapa de Exposição
Com base no modelo digital de elevação foi usado o comando aspect (em spatial Analyst Tools >
Surface) no programa ArcGis 10.2. A seguir as faces de exposição foram reclassificadas e separadas
em 4 classes: Norte, Sul, Este e Oeste. A face Norte foi determinada entre 315º e 45º, a Este entre
45º e 135º, a Sul entre 135º e 225º e a Oeste entre 225º e 315º, todas tendo como zero a orientação
norte do mapa (Caldas, 2006).
3.3.7.4.Mapa de Aptidão
O mapa de aptidão foi gerado pela combinação de pesos que foram atribuídos aos factores de
declividade, exposição solar e solos, isto através do auxílio de álgebra de mapas (Map Algebra)
utilizando o comando Map calculator no software ArcGis 10.2 usando os pesos atribuídos aos
factores no AHP.
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Para a determinação de áreas aptas para o plantio de eucalipto recorreu-se a diversos elementos
considerados como preponderantes para o crescimento da cultura, nomeadamente: solo, vegetação,
clima, pluviosidade, declividade, radiação solar e uso e ocupação de terra. Porém, a selecção de
parâmetros de avaliação da aptidão das terras para determinados usos no âmbito AHP são muito
influenciados pelos objectivos, localização, mapas, pessoas envolvidas nas discussões e
informantes-chave (Babaie-Kafaky et al., 2009). Os resultados dos parâmetros em referencia, são
apresentados nos pontos a seguir.
Com a utilização da base de dados obtido do CENACARTA foi gerado um mapa de uso e ocupação
de terra (UOT) (figura 5) onde mais de 70% da área é ocupada por floresta aberta e cerca de 0,007%
ocupada por pastagem. Todavia informações de uso e da ocupação de terras constitui um passo
excelente para o entendimento das relações entre o homem e o meio natural, o que possibilita o
estabelecimento de acções de integração entre planeamento territorial e gestão do meio ambiental
(Lago et al., 2012).
Desta forma, é possível verificar nos mapas abaixo de uso e ocupação de terras que não existem
áreas que possam limitar ou reduzir a área de uso para o plantio como por exemplo áreas urbanas
(sedes municipais e distritais); áreas ocupadas por remanescentes de vegetação nativa; áreas
destinadas à preservação permanente e/ou conservação; áreas de uso comunitário (áreas usadas para
cultos religiosos; florestas sagradas; cemitérios comunitários) e zonas industriais, exceptuando
apenas áreas de preservação permanente que foram determinadas pelo autor como é possível
verificar na figura e tabela (8 e 14 respectivamente).
Contudo é um bom índice a não existência de áreas que possuem uma certa restrição das acima
citadas, o que indica que a área pode ser utilizada na sua totalidade para o plantio de eucaliptos,
destacando assim bem viável a sua aquisição quanto ao custo da terra (DUAT).
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Com as cenas retiradas do sensor LandSat – 5 ETM+ foi possível gerar o mapa de uso e ocupação de
terra para o ano de 2005 em que é possível constatar na figura abaixo (Figura 6) que cerca de 61%
da área é ocupada por floresta aberta e com a menor percentagem foi a pastagem com cerca de
0.069% de ocupação na área total.
44
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Hott et al. (2005) e Nascimento et al. (2005), ambos desenvolveram estudos em utilizaram o método
de delimitação/determinação automática de áreas de preservação permanente e que posteriormente
Rezende (2007) em seu estudo utilizou a mesma metodologia pelos autores acima mencionados, mas
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4.3.Geomorfometria
4.3.1. Declividade
Como é possível observar (figura 8) maior percentagem da área de estudo apresenta classes de
declividade entre Plano e Suave Ondulado, onde mais de 50% da área apresenta terrenos com
declividade Suave Ondulado.
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As classes de declive de forma directa irão influenciar nos custos de implantação bem como nos
processos de maneio e na própria altura de colecta/exploração do eucalipto, onde percentagens de
declividades elevadas irão afectar no tipo de sistema de colheita florestal a ser aplicada, sendo este
enfatizado por Chuvieco (1996) referindo que as principais maquinas que são utilizadas em
exploração florestal têm grandes restrições quando utilizadas em terrenos com grandes declividades
e em um estudo realizado por Facco et al. (2009) destacam que a variável declividade influência de
forma significativa na produtividade da maquinaria sendo neste caso menores declives maior
rendimento da maquinaria.
Segundo Rezende (2007), a declividade pode afectar na quantidade de água disponível onde em
regiões com declividades elevadas haverá um grande escorrimento superficial, contrariamente as
regiões com relevos planos havendo mais infiltração hídrica o que favorece a disponibilidade de
água as plantas propiciando assim o seu desenvolvimento normal.
Quanto mais elevado for o terreno existem menores possibilidades de infiltração de água no solo e
automaticamente menor o fluxo de água, assim como maior será a quantidade de água a escorrer na
superfície bem como a energia cinética favorecendo a ocorrência de erosão. Geralmente solos
situados em terrenos elevados são menos profundos e com menor capacidade de retenção de água
favorecendo com que as plantas possam ter um crescimento diferenciado dentro da área (Flores et
al., 2009).
Foi possível verificar que mais de 30% da área apresentam as suas faces de exposição viradas na
direcção Este, contra 28.441% que estão voltadas para o Oeste, 20.408% voltadas para o Sul e cerca
de 17.308 % da área estão voltadas para o Norte.
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A frequência, duração e bem como a intensidade da insolação dependendo da sua exposição dos
terrenos, a mesma pode influenciar e interferir nas perdas por transpiração e evaporação (Rezende,
2007).
Segundo Facco et al. (2009), em seu estudo refere que as encostas com faces de exposição
orientadas para o norte, nordeste e noroeste possuem maior taxa energéticas de radiação solar
podendo chegar ate 40% comparativamente as superfícies planas. Por conseguinte as encostas
voltadas ao sul, sudoeste e sudeste possuem menores taxas energéticas de radiação solar quando
comparadas a locais com topografia plana. Os mesmos autores referem ainda que a topografia tem
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uma forte influência na taxa de radiação indicando que os maiores valores de radiação solar foram
encontrados em áreas com maiores altitudes quando comparados com locais de baixa altitude,
chegando assim os autores a conclusão que o factor que mais influenciou foi a inclinação das
encostas.
4.3.3. Altitude
A altitude da área de estudo varia entre 842 e 1140 metros de elevação de acordo com a figura e
tabela abaixo, sendo que mais de 60% da sua área quando somadas está entre 946 – 993 metros de
altitude.
De acordo com o mapa acima e em função desta variável altitude, as três espécies de eucaliptos
nomeadamente o Eucaliptos pellita, Eucaliptos urophylla e Eucaliptos maculata em detrimento das
suas origens as mesmas espécies dentro da área podem ser plantadas nas diferentes classes de
altitude sem restrição de nenhuma das classes.
Ceballos-Silva & Lopez-Blanco (2003), em seu estudo determinaram a variável altitude como uma
das mais importantes variáveis no desenvolvimento da cultura de aveia no México Central.
Resultado este que no presente estudo foi obtido como uma variável determinante para o
desenvolvimento normal da espécie de eucaliptos porque as 3 espécies em questão referidas nos
parágrafos anteriores possuem uma rigorosidade no que se refere ao parâmetro altitude, sendo muito
importante para o desenvolvimento das 3 culturas de eucaliptos.
O microclima específico de uma determinada área é influenciado pela variação da altitude dentro da
área actuando de forma diferenciada nos processos de regeneração da vegetação arbórea e herbácea
dentro da área e automaticamente na composição da vegetação (Cortines et al., 2005).
4.4.Solos
Os solos Vermelhos de Textura Média Óxicos são os mais dominantes da área de estudo com cerca
de 80% da extensão total como ilustra-se na figura e tabela abaixo (Figura 11, Tabela 17).
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Figura 11 - Mapa de Solos (Fonte: adaptados da base de dados de Classificação da flora Zambéziaca e FAO).
O estudo realizado por Andrade (1939), apresenta uma relação de espécies de Eucaliptos com a
distribuição em seu país de origem em que indica a natureza dos solos em que são mais apropriados,
como o caso do Eucaliptos maculata o autor refere que em terras pobres a espécie desenvolve-se
normalmente.
Ceballos-Silva & Lopez-Blanco (2003), mostram em seu estudo que a variável profundidade dos
solos é muito importante para o desenvolvimento da cultura de aveia, e que segundo Auer et al.
(2014) é de consenso o factor de que o eucalipto não se desenvolve em solos rasos, com formação
de camadas sub-superficiais compactadas, em solos pedregosos (rochosos), ou em solos encharcados
ou sujeitos a encharcamentos independentemente da espécie de eucalipto a plantar. Nesse caso a
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A área na qual não existem restrições para o desenvolvimento normal da espécie de eucaliptos
possui um total de 6130.768 ha, o correspondente a cerca de 81% da área conforma a tabela abaixo
(Tabela 18), isto foi possível com a integração de vários factores tais como a declividade, exposição
solar, e altitude para a determinação de um modelo digital. Nessa vertente as restantes áreas
possuem algum tipo de restrição para o seu uso na silvicultura.
Os cerca de 18% da área possuem algum tipo de restrição a titulo de exemplo como áreas com
declives superiores a 45o, áreas com cursos de água e linhas cumeadas como é possível verificar na
figura abaixo (Figura 12). Essas áreas podem ser utilizadas para o plantio de eucaliptos, mas as
mesmas podem acarretar elevados custos para a trabalhabilidade de tais áreas como a utilização de
maquinaria especifica e pessoal qualificado para tal.
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A tabela abaixo (Tabela 19) apresenta a matriz de comparação de pares com a integração dos
factores estudados para a determinação de pesos relativos aos diversos critérios. A atribuição dos
pesos para cada critério foi com base na utilização o processo de tomada de decisão AHP proposto
por Saaty (1989).
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Por forma a interpretar e dar os pesos relativos para cada critério é necessário normalizar a matriz de
comparação de pares para os diferentes factores como ilustra a tabela abaixo (Tabela 20).
A variável declividade é a que teve maior peso na análise feita. A atribuição do maior peso na
declividade vem sendo fundamentado também na análise feita por Recanatesi et al. (2014) no seu
estudo sobre a melhor localização de uma usina de biomassa que era altamente dependente da
declividade, pois este desempenha um papel importante não só para a individuação das florestas
produtivas, mas também para identificar o lugar certo para a localização da planta, e Fardin et al.
(2015) em seu estudo constatou também que a variável declividade é o factor mais influente para o
desenvolvimento adequado da cultura de espécies do género de eucalipto, sendo este factor atribuído
maior peso quando comparado com os demais factores estudados pelos autores. Desta forma para o
presente estudo a variável declividade foi a que mais peso teve em função dos demais factores
analisados e estudados.
Após a determinação da matriz normalizada (Tabela 20) foi realizado o cálculo para a determinação
da taxa de consistência da matriz de organização da AMC e da matriz normalizada cuja tabela
abaixo (Tabela 21) ilustra os resultados da taxa de consistência que é igual a 0.027 (2.702%), valor
4
UOT – Uso e Ocupação de Terra.
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este menor que 0.1 (10%). Nesse caso sendo menor que 10%, a matriz é considerada consistente,
sendo assim os resultados dos pesos dos critérios obtidos considerados validos e consistentes para a
análise realizada para o presente estudo.
RI 1.250
De acordo com o gráfico abaixo (Figura13) os factores que possuem maior influência são os factores
de declividade e uso de ocupação de terras com cerca de 37.936% e 24.883% respectivamente e o
factor com menor influência quando comparada aos outros factores é a hidrografia com cerca de
4.344%.
30.000 Declividade
25.000 UOT
20.000 Radiação
15.000
Solos
10.000
Rodovias
5.000
Hidrografia
0.000
Declividade UOT Radiação Solos Rodovias Hidrografia
56
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nível da região central corresponde a classe média, enquanto a área não apta para o plantio
corresponde a um total de 5.754% da área total como (vide na Tabela 22), sendo que esta possui
muita restrição devido a elevada declividade como um dos factores de interferência directa na
mecanização a ser aplicada e no sistema de exploração a ser utilizado.
Estudo realizado por Fardin et al. (2015), indicou em sua análise que áreas de boa e de alta
adequabilidade encontram-se em locais com baixa declividade o de certa forma possibilita a
utilização da mecanização para actividades de implantação do povoamento assim como a exploração
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do produto final, e segundo Pereira et al. (2012) concluíram que quanto maior a declividade do
terreno menor a sua profundidade aconselhando desse modo a utilização de terrenos com um
máximo de 22 graus de declividade.
Em um estudo realizado por Fardin et al. (2015), o mesmo estabeleceu um total de sete (07) critérios
para a determinação de áreas nomeadamente Nascentes; Hidrografia; Rodovias; Solos; Radiação;
Uso e Ocupação; e Declividade e analisando os mesmos factores com base no método de AHP
empregando o recurso de tomada de decisão multicritérios em um SIG e como resultado foi obtido
um mapa das áreas adequadas à para o plantio, segundo os critérios determinados para o estudo,
procedimento este seguindo para o presente estudo e tendo-se mostrado eficiente na determinação de
áreas e as suas respectivas classes de aptidão para o plantio de eucaliptos.
Estudo realizado por Venkatesan et al. (2010), usando a Análise Multicritério foram integrados
diferentes factores como a geologia, geomorfologia, uso da terra, do solo e precipitação. Esta análise
possibilitou com que fosse possível inferir com base na integração dos SIG na AMC áreas com alto
potencial de cultivo, zonas moderadas e zonas com menores potenciais para produção de algodão
mostrando desse modo a técnica eficiente, resultado este que coaduna com os resultados obtidos no
presente estudo onde com a aplicação dos SIG na AMC também foi possível a determinação das 4
classes de aptidão nomeadamente apta, média, baixa, incluindo zonas não aptas.
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de Eucaliptos Utilizando SIG
V. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO
5.1.Conclusão
A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que a Análise Multicritério em Ambiente SIG é
funcional e uma importante ferramenta para a determinação de áreas aptas para o plantio de espécies
do género de eucaliptos.
Foram considerados os factores ou critérios tais como a Uso e ocupação do solo, hidrografia,
rodovias, solos, radiação e declividade e escalonados em uma matriz de comparação de pesos
utilizando o método AHP com uma taxa de consistência e 0.027 o equivalente a 2.70% e foi possível
obter os seguintes pesos para os factores estudados: uso e ocupação de terra 24.883%, hidrografia
4.344%, rodovias 6.549%, solos 10.244%, radiação 16.043% e declividade 37.936%.
Os resultados do AHP ilustram que o factor declividade foi o que maior peso teve quando
comparado com os demais factores estudados, tendo maior influência para o crescimento,
desenvolvimento e principalmente para os processos todos para a implantação do povoamento
determinando de forma directa no tipo de maquinaria a ser utilizada para o preparo do terreno e no
sistema de colheita que será utilizado na época de corte (exploração) do povoamento implantado,
influenciando assim de forma directa nas finanças da empresa.
Os resultados revelaram que com base na metodologia utilizada foi possível determinar um total de
5142.818 ha como terras adequadas para o plantio, 1935.910 ha considerados como áreas de baixa
aptidão e cerca de 432.189 ha foram determinados como áreas com restrição ao plantio. As áreas
com restrição podem ser utilizadas para o plantio desde o momento que questões como de natureza
mecânica para a trabalhabilidade da área possam ser acauteladas.
Tendo em conta a percentagem de área considerada como apta para o plantio de eucalipto, média e a
área que foi considerada de baixa aptidão para o plantio, sendo que as áreas de média e baixa
aptidão pode ser corrigida usando determinados métodos como utilização de métodos apropriados de
limpeza da área, preparo do solo, a rectificação dos solo através da adubação (fertilização mineral ou
orgânica utilizando doses apropriadas) e utilização de técnicas adequadas no plantio por forma a
garantir que os tratos culturais possam favorecer o desenvolvimento inicial das plantas, se pode
concluir que a aquisição de DUAT para esta área por parte da empresa FdN, será uma mais valia,
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Determinação e Avaliação da Aptidão de Novas Áreas para o Plantio de Espécies do Género
de Eucaliptos Utilizando SIG
pois iria aproveitar cerca de 94% o equivalem a um total de 7078.729 ha da área para a implantação
do povoamento florestal de eucaliptos.
5.2. Sugestões
• Sugere-se que se façam mais estudos deste género, abrangendo também outras áreas e com a
utilização de outros sensores de elevada resolução espacial como o caso do IKONOS, QUICKBIRD
e outros existentes;
• Sugere-se que os próximos estudos possam englobar a componente de análises laboratoriais de
solo;
• Sugere-se a utilização desta metodologia para as empresas florestais, assim como interessados
em explorar determinadas áreas, uma vez que tem demostrado maior eficiência e eficácia na
determinação e avaliação de áreas para determinados usos.
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Anexos
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Apêndices
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Figura 16 - Mapa de Pontos Aleatórios Para Verificação em Campo das Áreas em Função da
Restrição.
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Figura 17 - Mapa de Pontos Aleatórios Para Verificação em Campo das Áreas em Função da
Aptidão.
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