Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DECLARAÇÃO
Eu, Alfredo F. Laquene Gotine declaro por minha honra que esta pesquisa é da
minha autoria e nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de
qualquer aprovação em módulos ou disciplinas. Todas obras de outros autores,
utilizados neste trabalho foram devidamente citadas e listadas nas referências
bibliográficas.
____________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico
iii
EPÍGRAFE
©_MIA COUTO
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, fonte da vida, razão da força de todo ser.
A minha família, meu alicerce, em particular aos meus pais Feliciano L. Gotine e
Marta A. Uetela pela confiança, incentivo e exemplo de vida, aos meus irmãos Rosaldo,
Olimpio e Noelma pelo apoio e companheirismo, por vocês serem parte de mim.
Aos colegas do curso de Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia, ano (2013) pela
camaradagem e participação directa ou indirecta ao longo dos anos de desafio.
Um obrigado Imenso!
v
AC Área de Conservação
CDB Convenção sobre Diversidade Biológica
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
DNAC Direcção Nacional das Áreas de Conservação
EADSM Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável de
Moçambique
EPACDBM Estratégia e Plano de Acção para Conservação da Diversidade
Biológica de Moçambique
FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(acrónimo em inglês)
GPS Sistema de Posicionamento Geográfico (acrónimo em inglês)
ISPM Instituto Superior Politécnico de Manica
ISSG Grupo de Especialistas em Espécies Invasoras (acrónimo em inglês)
IUCN União Mundial Para a Conservação da Natureza
MICOA Ministério de Coordenação e acção Ambiental
NACGRAB Banco de Genes do Centro Nacional de Recursos Genéticos e
Biotecnologias (acrónimo em inglês)
NEPAD Nova Parceria Para Desenvolvimento da África. (Acrónimo em inglês)
PNAB Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto
SAPIA Atlas de plantas invasoras do Sul da África (acrónimo em inglês)
UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.
USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (acrónimo em inglês)
vi
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE APÊNDICES
Apêndice 2:Tabela com famílias, nomes científicos e vulgares, origem natural e estrato
das plantas exóticas arbustivas e arbóreas identificadas na ilha da Santa Carolina –
PNAB. ........................................................................................................................... 47
RESUMO
ABSTRACT
The majority of the Conservation Areas (AC's) in Mozambique are potentially plagued
by invasive alien tree species (IATs). However, there are no studies or official records
that show its occurrence and impact, hence, the present research sought to know
whether occur or not the alien shrub and tree in the area under study. The main
objective was to analyze the occurrence of alien shrub and tree in Santa Carolina
Island. The stratified random sampling method was used to divide the area according to
the main types of vegetation (dune vegetation, savanna and marshland, and Mangrove)
and randomly selected three (03) points in each type of vegetation, where, nine (9) plots
of 25 x 50 m were established, separated from each other by a minimum distance of 20
m, covering a total area of 1,125ha. The data collection included all shrub and arboreal
individuals with DBH ≥ 5 cm and height ≥50 cm found into the plots, later the alien shrub
and tree were selected, in these, were calculated the phytossociological parameters:
frequency, density, dominance and value of importance (VI ) as well as the Biological
Index (BI). As a result, 11 species belonging to 08 families were identified, among them
03 shrubs and 08 trees; the species of major VI was the Casuarina cunninghamiana.
(27.90%) the lowest was Anacardium occidentale (2.45%); major vegetation VI (60.9%)
was obtained in the plots installed in the Savanna associated with marshland. The BI
show that the main impact was caused by C. cunninghamiana, T. catappa, S. cumini, E.
camaldulensis S. siamea e P. guajava, concluding that the sustainability and integrity of
the island of Santa Carolina are compromised due to the occurrence of Alien shrub and
trees.
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.2. Problematização
1.3. Hipóteses
1
Metas de Aichi_ online:http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28727-o-que-sao-as-
metas-de-aichi/ acesso aos 13 de Maio de 2017.
2
_ EADSM_ Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável de Moçambique., aprovada na
IXª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, de 24 de Julho de 2007
3 _ NEPAD_ Nova Parceria Para Desenvolvimento da África.
4
A escolha da ilha da Santa carolina como área de estudo justificou-se pelo facto
de as ilhas serem susceptíveis à invasão biológica do que ambientes continentais; ser
um dos principais destinos turísticos e o principal receptor diário de visitantes dentro do
Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto (DNAC, 2009), facto que aumenta a
probabilidade de introdução de espécies exóticas elevando assim o risco das mesmas
se tornarem invasoras e criarem danos a biodiversidade.
4
_ UNESCO_ Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.
5
1.5. Objectivos
1.5.1. Geral
Analisar a ocorrência de plantas exóticas arbustivas e arbóreas na ilha da Santa
Carolina.
1.5.2. Específicos
2.1. Glossário
Plantas arbóreas: são plantas lenhosas perenes de porte alto que esgalha e
ramifica na parte terminal, (Mielke et al., 2015).
Os autores Williamson (1996) e Shigesada & Kawasaki (1997) citados por Martín
et al., (2008) defendem que a invasão ou contaminação biológica ocorre quando um
organismo, de qualquer tipo, se estabelece num local para além da sua área de
distribuição e causa um impacto, ou seja, quando uma espécie coloniza e persiste
numa área onde até então não havia habitado. Ou ainda, Ziller, (2000) diz que é um
processo em que espécies são introduzidas a partir de outros ambientes, adaptam-se e
reproduzem-se a ponto de substituir espécies nativas e alterar processos ecológicos
naturais, tornando-se dominantes após um período mais ou menos longo, requerido
para a adaptação.
Na mesma ordem de ideia, a CDB (1992), traz uma abordagem mais detalhada
da definição afirmando que uma espécie é considerada exótica ou introduzida quando
situada em um local diferente ao de sua distribuição natural por causa de introdução
mediada por acções humanas, podendo ser intencional pelo seu valor económico ou
ornamental, como agentes de controlo biológico, para restauração ambiental; ou
acidental como pragas em campos agrícolas, patogenes de plantas, de animais ou do
homem, associadas ao transporte de distintos tipos de cargas, entre outras.
Para, Gomes (2007) citado por (Barbosa, 2008), plantas exóticas invasoras são
espécies vegetais introduzidas, que devem ser capazes de estabelecer populações que
se auto-sustentam em zonas de vegetação natural ou seminatural (em ecossistemas
não modificados). Esta definição estabelece uma diferença entre as espécies invasoras
dos habitats naturais e as ervas daninhas dos habitats agrícolas ou aos locais que têm
sido muito alterados, assim como entre espécies vegetais transitórias e as que estão
bem estabelecidas com populações que se auto-sustentam. Entretanto esta definição
não leva em conta o impacto na flora e a fauna nativa, apesar de a agressividade da
propagação ser uma característica que tem importância para os ecologistas.
Daí que Ziller, (2000) e Costa et al, (2010), definem de forma abrangente as
plantas exóticas invasoras como sendo espécies vegetais que, ao serem introduzidas
em ambientes onde não ocorrem naturalmente adaptam-se e se reproduzem de forma
a reduzir a abundância ou extinguir espécies nativas, podendo, inclusive, alterar
processos ecológicos naturais.
5
_ OIPWG _ Ontario Invasive Plants Working Group, Toronto, 2000.
11
Segundo Rejmanek & Richardson, (1996), para que uma planta exótica se torne
invasora num novo ambiente, diversos factores estão envolvidos, como características
da própria planta (invasividade), do ambiente (invasibilidade), a intensidade em que o
ser humano colabora indirectamente para a dispersão através dos plantios e mudanças
que ocorrem com as espécies e com o ambiente ao longo do tempo.
Davis e Thompson (2000) citados por Araújo, (2011), propuseram critérios para
denominar uma espécie de invasora, estes autores concordam que, para uma que
espécie seja reconhecida como invasora, ela deve ser nova na região (critério
biogeográfico), e também causar um grande impacto. Além do critério biogeográfico,
baseiam-se também no critério de crescimento da população e dispersão sem
considerar explicitamente o critério de impacto para definir uma espécie invasora.
Também foi sugerido que poderá existir uma relação entre o sucesso de uma
espécie como invasora e a sua abundância e/ou a sua área de distribuição no habitat
autóctone, ou com o número de zonas climatéricas e o número de continentes
invadidos (Silva, Land, & Rodríguez-Luengo, 2008). Contudo, (Inscri et al., 1981;
Pivello, 2005 e Evans, et al., 2016) agruparam e descreveram um conjunto de
características que tornam a planta uma “excelente” invasora, (vide a tabela 01):
Fonte: Adaptado de L. Silva et al., (2008) ;Inscri et al., (1981); Pivello, (2005) e Evans et al.,
(2016).
13
Segundo Primack e Rodrigues (2001) citados por Bourscheid & Reis, (2011),
algumas espécies são frequentemente transportadas acidentalmente, estes autores
sugerem que o capim-gordura (Mellinis minutiflora) teria chegado ao Brasil aderido à
roupa de escravos, porem, a maioria são introduzidas voluntariamente, tomando em
exemplo um levantamento realizado na África do Sul mostrou-se que cerca da metade
de um total de 491 espécies introduzidas naquele país teve finalidade ornamental,
seguidas de uso para barreiras, cobertura, cultivo agrícola e silvicultura, (Ziller, 2000).
14
No artigo 11o da Lei de Florestas e Fauna Bravia (LFFB) 6 diz “os parques
nacionais são zonas de protecção total delimitadas, destinadas à propagação,
protecção, conservação e maneio da vegetação e de animais bravios, bem como à
protecção de locais, paisagens ou formações geológicas de particular valor científico,
cultural ou estético no interesse e para recreação pública, representativos do
património cultural” e interdita toda a introdução de espécies zoológicas ou botânicas,
quer indígenas, quer importadas, selvagens ou domésticas, logo, a presença de
espécies invasoras contrariam os seus objectivos de criação.
O fato de não constarem ainda como invasoras pode ser devido ao fato de haver
menos registos científicos de invasões nesses no país, pois, abordagem do problema é
praticamente nula e ainda que possa observa-se indícios de invasões biológicas já bem
estabelecidas.
6
_LFFB _ Lei nº 10/99 de 22 de Dezembro e Decreto 12/2002 de 25 de Março – Lei de Florestas e
Fauna Bravia
7
_ IUCN/SSC/ISSG 2004. Global Invasive Species database.,Invasive Species Specialist Group
http://www.issg.org/database/species/search.asp?st=100ss&fr=1&sts acesso 24/05/2017
18
O impacto de espécies exóticas pode ser medido em cinco níveis: efeitos sobre
os indivíduos; efeitos genéticos; efeitos na dinâmica populacional; efeitos na
comunidade e; efeitos em processos ecossistémicos. Alguns tipos de efeitos são mais
documentados do que outros, os relacionados com indivíduos e população estão entre
os mais estudados Parker et a.l, (1999) citado por Magalhães, (2015).
Segundo (Parker et al., 1999), os efeitos provocados aos indivíduos podem ser
medidos através de alterações em suas taxas demográficas, em resposta aos novos
predadores ou concorrentes; os efeitos nas comunidades são enquadrados em termos
de número de espécies, os genéticos podem ser identificados pela hibridação entre
nativos e exóticos, que pode levar a eliminação de genótipos originais enquanto os
impactos causados às populações são medidas através de parâmetros populacionais
que podem ser utilizadas para determinar o impacto do invasor, onde as populações
podem responder com mudanças na abundância, distribuição e estrutura, (Ziller, 2006
e Magalhães, 2015).
Daí que utiliza-se a fitossociologia como uma ferramenta para o estudo das
invasões biológicas, pois permite ter uma ideia de quantificação da composição,
estrutura, distribuição e funcionamento de uma comunidade; inclusive permite o cálculo
do Índice Biológico através do Índice de Valor de Importância das espécies (Santana e
Encinas, 2008).
Os solos da ilha da Santa Carolina são classificados como tendo solos de baixa
aptidão para a agricultura intensiva com as limitantes tanto na fertilidade baixa como na
falta de capacidade de retenção da água. De acordo com a classificação da FAO, o
grupo de solos é classificado como Arenossolo. Segundo USDA o solo cai na classe de
uso apropriado para desenvolvimento de florestas com limitações na fertilidade e
textura, (DNAC, 2009).
3.1.2.2. Clima
3.1.2.3. Ventos
3.1.2.4. Fauna
3.1.2.5. Vegetação
De modo geral, pode ser caracterizada como floresta de porte baixo, composta
por árvores e arbustos e de um estrato herbáceo. O PMPNAB8 (2009) identificou as
seguintes classes de vegetação na ilha da Santa Carolina: pradaria de savana
associada a vegetação de Matagal e herbácea dos pântanos; vegetação das dunas e
Mangal. Apesar de maioritariamente coberta de vegetação natural com alto grau de
perturbação antropogénica pode-se observar esporadicamente a presença de fruteiras
exóticas, (DNAC, 2009).
8
_ PMPNAB _ Plano de Maneio do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto 2009-2013
23
9
_ GPS_ modelo Garmin eTrex® 10
10
_ Grupo de especialistas da Global Invasive Species Programme (GISP), Instituto Horus e Invasive
Species Compendium (CABI).
26
Fase 1: Selecção
Fase 2: Codificação
cada banco de dados foram: código da unidade amostral (UA1, UA2, UA3), código da
parcela (P1 a P9), código da espécie (Esp1); nome vulgar; nome científico; nome de
família e diâmetro à altura do peito.
Fase 3: Tabulação
Pela tabulação, foi possível verificar com maior facilidade a inter-relação entre os
dados colectados, para tal, construiu-se um banco de dados na planilha do software
Mocrosoft Office Excel® 2010, com todas as variáveis qualitativas e quantitativas das
plantas que a compõem (vide ficha de colecta de dados na figura 5 em anexos). A
compreensão e a interpretação foi mais rápida com a representação de tabelas e
gráficos, onde, seguiu-se o menu insert → pivot table e insert → pivot chart,
respectivamente, e através do menu Home → insertfuction para inserção de formulas
para o cálculo de parâmetros fitossociológicos, visto que a fitossociologia fornece
informações sobre a composição vegetal da comunidade, representando uma
ferramenta para o estudo das invasões biológicas(Magalhães, 2015).
De acordo com Lamprecht (1962), citado por Bonetes (2003), a densidade avalia
o grau de participação das diferentes espécies identificadas na comunidade vegetal e a
densidade relativa trata-se da percentagem do número de indivíduos de uma dada
espécie em relação ao número total de indivíduos amostrados, isto é, dá-nos a
proporção do número de indivíduos de uma espécie em relação ao número total de
indivíduos amostrados, em percentagem (%), (vide formula 2).
utilizada (Scolforo & Mello, 1997). A dominância absoluta é calculada pela soma das
áreas basais dos indivíduos pertencentes a uma determinada espécie e a dominância
relativa é a soma total das dominâncias absolutas e seu valor corresponde à
participação em percentagem de cada espécie na expansão horizontal total, (Bonetes,
2003), (vide formula 3).
Os pontos obtidos por cada planta exótica (PE) em todas as amostras foram
somados e seu resultado correspondeu uma categoria de planta exótica da área de
estudo.
As PE desprovidas de IB Baixo
Tabela 5:Tabela com famílias, nomes científicos e vulgares e estratos das plantas exóticas
identificadas na ilha da Santa Carolina – PNAB.
3
2
2
1 1 1 1 1 1
1
0
Anacardiaceae
Casuarinaceae
Apocynaceae
Fabaceae
Myrtaceae
Combretaceae
Malvaceae
Convolvulaceae
Familias
Figura 6: Riqueza de espécies por família das plantas exóticas arbustivas e arbóreas
identificadas na ilha da Santa Carolina – PNAB.
O segundo tipo de vegetação mais representativo foi a das dunas com 29.8% de
IVI, registou uma frequência absoluta 66.7% de plantas arbustivas e 62.5% de
arbóreas. Da mesma forma, as plantas arbustivas (02) apresentam número de
espécies menor que a das arbóreas (05).
34
O menor IVI foi apresentado pela vegetação de mangal com 9.3%, onde,
nenhuma planta de estrato arbustivo foi observada porem registou-se 37.5% do total de
plantas exóticas arbórea em estudo.
Portanto, observa-se que as áreas com maior nível de perturbação, neste caso,
a Savana associada ao Matagal dos pântanos e da Vegetação das dunas apresentam
maior incidência de plantas exóticas em relação ao Mangal. Estes resultados vão de
acordo com Richardson & Bond, (1991) e Richardson & Higgins, (1998) que
fundamentam que a vegetação em áreas de solo exposto é mais susceptível à invasão,
seguida de comunidades vegetais campestres e savanícolas e de dunas, por fim,
comunidades florestais, em especial quando invadidas por formas de vida arbóreas,
que não fazem parte desses sistemas abertos de vegetação baixa.
Tabela 6: Riqueza de espécies e a frequência absoluta de cada estrato registado em cada tipo
de vegetação.
5
4 3 3
Arbóreo
2
2 Arbustivo
1
Veg. Mangal Veg. Savana e Matagal Veg. das dunas
dos pântanos
Tipos de vegetação
Figura 7: Número de espécies de estratos arbustivo e arbóreo registado em cada tipo de
vegetação.
Fonte: Autor, (2017).
35
De forma geral, observou-se que a maior parte de indivíduos desta planta está
destribuida de forma homogenea ao longo da costa por cima de rochas localizadas nas
margens do mar e com maior densidade em zonas caracterizadas pela presença
significativa de humidade e de fluxo de água (zonas submersas e de solo com
capacidade de rentenção de água na epoca chuvosa), o que segundo Roberts et al.,
(2011) encoraja o seu crescimento e ajuda na dispersão de sementes.
Tabela 7: Índice de Valor Importância (a 100%) das plantas exóticas arbustivas e arbóreas
Identificadas.
Contudo, ainda que as outras plantas não apresentem um alto impacto, todas
elas têm potencial de invasão e é evidente que a ocorrência de uma única planta
exótica poderá ser suficiente para que se multiplique e causem problemas ambientais a
médio e longo prazo(Horowitz et al., 2013).
38
5.1. Conclusão
com esta pesquisa concluiu-se que ocorrem plantas exóticas arbustivas e arbóreas na
ilha da Santa Carolina, algumas destas ainda que não apresentem comportamento
agressivo na actualidade colocam a área sob risco de invasão biológica
comprometendo a sua sustentabilidade e a integridade, pois podem se multiplicar com
o tempo, adicionalmente, a ocorrência de uma única espécie de planta exótica poderá
ser suficiente para causar problemas ambientais a médio e longo prazo.
5.2. Recomendações
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Boy, G.; Witt, A. (2013) ‘Invasive alien plants and their management in Africa’, 1, p.
184.
Everett, B. I., Van der Elst, R. P.; Schleyer, M. H. (2008). A natural history of the
Bazaruto Archipelago, Mozambique. Oceanographic Research Institute Special
Report.
Henderson, Lesley; Lin, S. (2013). Sapia News: Newsletter of the Southern African
Plant Invaders Atlas, an initiative of the Weeds Programme of the Plant Protection
Research Institute, within the Agricultural Research Council (ARC). South Africa.
Disponivel em: http://www.arc.agric.za/arc-ppri/Pages/Weeds Research/Fact-
Sheets-on-Invase-Alien- Plants-and-their-Biological-Control-Agents.aspx. Acesso
aos:23.05.2016
Lloret, F. et al. (2005) ‘Species attributes and invasion success by alien plants on
Mediterranean islands’, Journal of Ecology, 93(3), pp. 512–520.
44
Matthews, S.; Brand, K. (2005) .El Programa Mundial sobre Especies Invasoras.
GISP Newsletter. Disponivel em: www.biodiv.org.
Parker, I.M., Simberloff, D., Lonsdale, W.M., Goodell, K., Wonham, M., Kareiva,
P.M., Williamson, M.H., Holle, B. von, Moyle, P.B., Byers, J.E., Goldwasser, L.
(1999) .Toward a framework for understanding the ecological effects of invader.
Biological Invasions, 1, pp. 3–19. doi: 10.1023/A:1010034312781.
Pergl, J., Hulme, P. E. ; Pys, P. (2013). Bias and error in understanding plant
invasion impacts. 28(4). doi: 10.1016/j.tree.2012.10.010.
Reaser, J. K.; Meyerson, L. A.; Cronk, Q.; Poorter, M.; Eldrege, L. G.; Green, E.;
Kairo, M.; Latasi, P.; Mack, R. N.; Mauremootoo, J.; O’dowd, D.; Orapa, W.;
Sastroutomo, S.; Saunders, A.; Shine, C.; Thrainsson, S.; Vaiutu, L. (2007).
Ecological and socioeconomic impacts of invasive alien species in island
ecosystems. Environmental Conservation. Cambridge.
APÊNDICE
NP P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9
x y x y X y x y x y x y x y x y x y
Coordenadas Geográficas
Tipo de Vegetação da Área
Nível de perturbação do Baixo
local de implantação da Moderado
parcela Alto
Apêndice 2:Tabela com famílias, nomes científicos e vulgares, origem natural e estrato das plantas exóticas
arbustivas e arbóreas identificadas na ilha da Santa Carolina – PNAB.
Apêndice 3: Parâmetro fitossociológico para as plantas exóticas identificadas na ilha de Santa carolina com DAP
≥ 5 cm, em uma área de Vegetação de dunas, savana e Matagal dos pântanos e Mangal, organizados Esp: espécies;
Estr: estrato; NI: número de indivíduos; DA: densidade absoluta; DR: densidade relativa; FA: frequência absoluta; FR:
frequência relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI: valor de importância (300%) e IVI: valor de
importância (100%).
48