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- Sistema Apoia-NovoRural -> é um programa de

avaliação ambiental, adequação tecnológica

Concurso público
Mapa – CNU
agropecuária e gestão territorial participativa
desenvolvido pela EMBRAPA. Os serviços
incluem informações sobre políticas públicas,
capacitação e treinamento, acesso a mercados,
Bloco 3 – conhecimentos específicos assistência técnica e gestão de propriedades.

Eixo temático 5 (peso 4) OBS: O termo “Apoia” de “Apoia-NovoRural”


significa assistência e orientação ao pequeno e
médio produtor rural por meio da informação e
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO MEIO RURAL de novas tecnologias no Novo Rural.

O meio rural brasileiro não é mais essencialmente - Princípios da gestão ambiental:


agrícola, há outros empregos e renda além das • Precaução – ações preventivas para evitar
atividades agropecuárias. danos ambientais graves ou irreversíveis;
Diante desse crescimento é fundamental que se • Princípio do poluidor-pagador – estabelece
avaliem os impactos ambientais que as atividades que os responsáveis pela
possam causar, direcionando as políticas públicas poluição/degradação ambiental devem arcar
(devem ser formuladas e implementadas de com os custos relacionados à reparação de
acordo com a necessidade de cada território, danos;
sendo a organização social e a participação • Participação – defende a participação ativa da
comunitária imprescindíveis) e estratégias sociedade
adequadas de desenvolvimento sustentável.
1. Ação governamental na manutenção do
- O crescimento econômico mundial apresenta 3 equilíbrio ecológico;
componentes: 2. Racionalização do uso do solo, subsolo, água
1. População – que cresce ao passo de ¼ de e ar;
milhão de pessoas ao dia; 3. Planejamento e fiscalização do uso dos
2. Afluência – consumo energético e material que recursos ambientais;
cresce 10% ao ano; 4. Proteção dos ecossistemas;
3. Tecnologia – explora 40% da produtividade 5. Controle e zoneamento das atividades
primária terrestre do planeta ao ano. potencialmente poluidoras;
6. Incentivos ao estudo e à pesquisa de
- Agricultura sustentável é o manejo e a utilização tecnologias orientadas para o uso racional e a
dos ecossistemas agrícolas de modo a manter proteção dos recursos ambientais;
sua diversidade biológica, produtividade, 7. Acompanhamento;
capacidade regenerativa, vitalidade e habilidade 8. Recuperação da área degradada;
de funcionamento, de modo que possa preservar, 9. Proteção de áreas ameaçadas;
agora e no futuro, significantes funções 10. Educação ambiental.
ecológicas, econômicas e sociais, na esfera local,
nacional e global, e não cause danos em outros - Diretrizes:
ecossistemas. • Uso sustentável dos recursos naturais,
Ou seja, o desenvolvimento sustentável busca promovendo práticas agrícolas, pecuárias e
atender às necessidades presentes sem florestais que respeitem os limites dos
comprometer a capacidade das gerações futuras ecossistemas;
de atenderem às suas necessidades. • Adoção de tecnologias limpas, reduzindo a
- E a gestão ambiental garante a sustentabilidade geração de resíduos e minimizando os
das atividades humanas. Envolve planejamento, impactos ambientais;
monitoramento, controle e mitigação (medidas ou • Planejamento integrado, considerando
ações tomadas para reduzir ou minimizar os aspectos econômicos, sociais e ambientais;
impactos negativos) dos impactos ambientais das
• Fortalecimento da participação e do diálogo
atividades humanas.
social, envolvendo as comunidades rurais, as
organizações da sociedade civil, governos e
- Objetivos: preservar os recursos naturais, como
setor privado, no processo de tomada de
solo, água, biodiversidade e ar, garantindo para o
decisões.
futuro;
Promover o desenvolvimento econômico das
- Campos de interesse e conflito relacionados à
comunidades rurais; contribuir para o bem-estar
gestão ambiental e ao uso dos recursos naturais:
das comunidades rurais, proporcionando acesso a
1. Conservação da biodiversidade – conflitos
serviços básicos, saúde, educação e segurança
podem surgir quando as medidas de
alimentar.
conservação disputam com interesses
econômicos como o desenvolvimento urbano, • Degradação e esgotamento dos solos
agrícola ou industrial. decorrentes das técnicas de produção;
2. Uso sustentável dos recursos naturais como • Escassez da água pelo mau uso e
água, solo, florestas e recursos minerais – gerenciamento das bacias hidrográficas;
conflitos podem surgir quando há disputa de • Contaminação dos corpos hídricos por esgoto
diferentes grupos pelo acesso e controle sanitário;
desses recursos. • Poluição do ar nos grandes centros urbanos.
3. Gestão de áreas protegidas como, parques
nacionais, reservas naturais e terras indígenas Formas de avaliação ambiental -> avaliação
– conflitos pela terra. ambiental estratégica, avaliação de impacto da
4. Mudanças climáticas, envolve a mitigação e política, avaliação ambiental regional, avaliação
adaptação aos impactos das mudanças ambiental setorial, panorama ambiental e
climáticas, incluindo a redução das emissões avaliação ambiental programática
de gases do efeito estufa, promoção de
energias renováveis – conflitos quanto ao LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES RURAIS
custo dessas atividades.
5. Desenvolvimento urbano X Conservação - Relatório Ambiental Preliminar (RAP): O artigo 6º
ambiental. da resolução do CONAMA informa que compete
aos órgãos ambientais municipal, ouvidos os
- As políticas internacionais relativas à gestão órgãos competentes dos Estados e Distrito
ambiental são elaboradas principalmente durante Federal, quando couber, o licenciamento
as diversas convenções, reuniões de cúpula e ambiental de empreendimentos e atividades de
conferências das nações unidades. impacto ambiental local.
Atualmente se tem a Agenda21, criada durante a
conferência das Nações unidas sobre o ambiente Cada Estado tem sua autonomia para legislar e
e desenvolvimento no RJ em 2012 (RIO+20), ela definir a estrutura e sistema de licenciamento.
contém as principais políticas ambientais e de
desenvolvimento - É por meio das resoluções dos Conselhos
Estaduais de Meio Ambiente – Consemas – que
- Na metade do século XX começou a intensa são estabelecidos licenciamentos e fiscalização
industrialização que acelerou o crescimento dos municípios -> o ato de licenciamento é
econômico e significativa poluição. Em 1970 responsabilidade do SISNAMA
começaram a exigir uma nova postura do Brasil
diante das questões ambientais. Somente na - O RAP é um estilo técnico que embasa a
década de 80 se estruturou a gestão ambiental obtenção da licença ambiental prévia (LAP). Ele
no Brasil. aborda a interação dos meios físicos, biológicos e
Foi outorgada o Conselho Nacional do Meio socioeconômicos; a área de influência pode ser
Ambiente – CONAMA – instituído pela Lei nº dividida em:
6.938/1.981, que trata da Política Nacional do área diretamente afetada (ADA), por exemplo,
Meio Ambiente, objetivo de assessorar, estudar e aquelas usadas para extração de materiais ou
propor normas e padrões para o meio ambiente. para construção de caminhos;
São vistos os pontos básicos de AIA (avaliação de área de influência direta (AID), sujeita aos
impactos ambientais). impactos;
O processo de AIA fornece condições para que os área de influência indireta (AII).
interessados (organizações, comunidades,
governo) tenham visão do lado positivo e -> Medida mitigadora (prevenir/reduzir impactos
negativo que o empreendimento possa causar no negativos) X Medida corretiva (corrigir o dano já
meio ambiente, social e o todo. causado).
- Base do sistema público de gestão ambiental: A CONAMA não tem uma resolução especifica
• Medidas econômicas de incentivo (isenções); sobre o licenciamento de atividades rurais – cada
• Investimentos públicos (aparato de estado brasileiro pode ter suas próprias
fiscalização); normativa, seguindo as diretrizes pela lei
• Requisitos jurídicos (leis); ambiental brasileira nº 6.938/1981 (Política
• Instruções normativas (normas de orientação Nacional do Meio Ambiente -> atividades
de organismos certificadores); potencialmente poluidoras devem ser
• Financiamentos. submetidas ao licenciamento ambiental) e Lei
Federal nº 12.651/2012 (código florestal).
- Principais agravantes:
• Perda da biodiversidade devido ao Procedimentos e critérios para licenciamento
desmatamento e queimadas; ambiental (CONAMA 237/1997).
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DOS • Não econômico (educação ambiental,
SISTEMAS DE PRODUÇÃO DO CAMPO informações, áreas de proteção)

CONAMA 001/1986: estabelece os critérios Órgãos públicos de gestão ambiental:


básicos e diretrizes gerais para avaliação de 1. Sistema Nacional do Meio Ambiente –
impactos ambientais no Brasil SISNAMA;
1. Caracterização do meio ambiente afetado 2. Conselho Nacional do Meio Ambiente –
– descreve as características do solo, CONAMA (órgão consultivo);
água, vegetação, fauna e aspectos 3. Ministério do Meio Ambiente – MMA
socioeconômicos; (órgão central);
2. Identificação e avaliação dos impactos – 4. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
analisa possíveis impactos como erosão dos Recursos Renováveis – IBAMA (órgão
do solo, contaminação da água... executor);
3. Medidas mitigadoras – medidas para 5. ICM Bio;
minimizar/eliminar os impactos negativos 6. Órgãos ou entidades estaduais e
identificados; municipais – secretarias e fundações
4. Monitoramento – para acompanhamento;
5. Participação pública – garantindo CERTIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE PRODUTOS
transparência e contribuição para a AGROECOLÓGICOS
tomada de decisões.
O produto verde, ecológico, ecoproduto, é aquele
- Mitigação de impactos: que desempenha a mesma função do produto
• Conservação do solo: como, notação de equivalente, só que tem um impacto ambiental
culturas, plantio direto, terraceamento, e menos negativo – causa um dano inferior.
manejo adequado das áreas de Pode ser artesanal, manufaturado ou
preservação permanentes (APPS) e de industrializado; ou de uso pessoal, alimentar,
reserva legal; comercial, agrícola e industrial.
• Manejo de resíduos: compostagem,
reciclagem, tratamento; - Certificação é uma atividade formal que atesta
• Uso racional de água: gotejamento e pivô que uma empresa, parte dela, ou seus produtos
central para irrigação eficiente, estão em conformidade.
minimizando desperdício; - Rótulo é a forma mais direta de comunicação da
• Controle de poluição: uso responsável de organização com o consumidor.
agroquímicos... As certificações e rotulagens são conferidas por
• Conservação da biodiversidade: áreas de organizações independentes, externas:
conservação e proteção de habitat; devem ser verificadas a qualquer momento para
• Uso eficiente de energia: energias evitar fraude; são concedidos por organizações
renováveis; independentes e de idoneidade reconhecida; não
• Educação e capacitação criam barreiras comerciais; devem recorrer à
ciência como método de verificação das
OBS: os problemas são uma consequência direta condições ecológicas; consideram o ciclo de vida
da intervenção humana nos biomas e completo do produto/serviço; e estimula a
ecossistemas do planeta. melhoria do produto/serviço.

- Relatório de impacto ambiental (RIMA) -> Um órgão ambiental não especifica uma
normalmente solicitado para grandes obras exigência ou padrão mínimo, mas ressalva um
como, hidrelétricas, shopping, tunéis... compromisso ambiental – por isso existe a
- O estudo de impacto ambiental (EIA) considera ISO14000, que visa implementar a qualidade
o solo, subsolo, ar, águas, clima, biodiversidade e ambiental nos produtos e serviços, fornecendo
o meio socioeconômico; envolve a análise da sua subsídios para a certificação de produtos e
implantação e não implantação, impactos processos produtivos que atendam os padrões
positivos e negativos, medidas amenizadoras ambientais prescritos de acordo com a
desses impactos e suas formas de classificação da Organização Internacional de
acompanhamento e monitoramento. Normalização (ISO), existem 3 tipos voluntários de
esquemas de rótulos ambientais:
-> Problema ambiental no âmbito público – o I. Tipo I: rótulos ambientais certificados –
estado usa 3 instrumentos: NBR ISO 14.024
• Comando e controle (licenciamento, Os critérios são definidos independentes, e sua
proibição, fiscalização); credibilidade e transparência são asseguradas
• Economico (tributação sob poluidor, pela certificação de uma terceira parte envolvida
incentivos fiscais);
no processo. Alguns rótulos tipo I são chamados
de Selo Verde.
A associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) criou um rótulo ambiental de Certificado
de Rotulo Ecológico ABNT – Qualidade
Ambiental, cujo símbolo é um colibri.

II. Tipo II: autodeclarações – NBR ISO 14.021


Especifica textos, símbolos e gráficos para o uso
em produtos de autodeclarações ambientais. As
autodeclarações são feitas pelos produtores,
importadores ou distribuidores, de modo a
informar sobre os aspectos ambientais dos seus
produtos/serviços, mas não são emitidas ou
certificadas por uma terceira parte, por isso são
questionáveis quando comparadas com as
declarações ambientais Tipo I e Tipo III.
No rótulo aparece “alumínio reciclável”, “amigo do
ambiente”, “livre de CFC” ...

III. Tipo III: declarações ambientais do


produto - NBR ISO 14.025
Especifica os requisitos para a certificação e
rotulagem com vista à avaliação do ciclo de vida
do produto.
Os rótulos tipo III informa sobre os dados
ambientais dos produtos quantificados de acordo
com o ciclo de vida (ACV). O selo Energy Star e o
Procel são exemplos.

- A certificação fitossanitária internacional e de


origem CFO, tem o objetivo de atestar que os
produtos vegetais ou relacionados, atendem aos
requisitos fitossanitários estabelecidos pelo país
importador. Prevenindo pragas e doenças.

- SUASA: Sistema Unificado de Atenção à


Sanidade Agropecuária -> integra e harmoniza as
ações de defesa sanitária animal e vegetal em
território nacional, visando a prevenção, controle
e erradicação de doenças, bem como a proteção
do patrimônio agropecuário brasileiro.

O decreto nº 9.013/2017 regulamenta as leis


1.283/1950 e 7.889/1989
- A lei nº 1.283/1950 define os padrões de higiene
e sanidade – dispõe sobre a inspeção industrial e
sanitária dos produtos de origem animal, sujeitos
à fiscalização os animais e seus produtos e
subprodutos, o pescado e seus derivados, o leite
e seus derivados, ovo e seus derivados, mel e
abelhas e seus derivados
- Já a lei nº 7.889/1989 estabelece direitos e
deveres dos trabalhadores rurais, normas de
segurança e saúde, além de promover o
desenvolvimento rural sustentável por meio da
assistência técnica e extensão rural – Dispõe
sobre inspeção sanitária e industrial dos produtos
de origem animal, e dá outras providências.

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