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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA


INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS DA GESTÃO PÚBLICA
PROFESSORA: ELICE MARTINS NOBRE
ACADÊMICO: ANDRÉ PIRES BITENCOURT

Texto acerca dos Princípios da Razoabilidade e da


Proporcionalidade.

2022
Macapá – AP
O exercício da administração pública deverá sempre ter como baliza os Princípios
Administrativos, sejam esses expressos, que constam no artigo 37 da Constituição Federal,
sendo eles os o da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e da Eficiência como
os implícitos que são aqueles extraídos da própria Constituição Federal, do Direito
Administrativo e Constitucional que são ferramentas indispensáveis para que se exerça a Gestão
Pública com a devida responsabilidade.
Dentre os Princípios Implícitos que a Administração Pública deve possuir suas raízes,
temos duas importantes bases que devem ser seguidas com afinco e que refletem de maneira
decisiva nas tomadas de decisões e regulamentações advindas da gestão pública. Embora
considerados por alguns doutrinadores como um princípio único a Razoabilidade e a
Proporcionalidade advindos da Lei nº 9754/1999, tais princípios estão ligados a adequação
entre meios e fins, podendo ser apresentados de maneira separada, apesar de estarem
intrinsecamente conectadas, sendo complemento um do outro.
No Princípio da Razoabilidade podemos destacar a atenção ao bom senso nos atos
realizados pela administração pública, exigindo por tanto esta atue dento dos padrões normais
de aceitabilidade vigentes na sociedade, vedando atuações intransigentes e absurdas, como
exemplo podemos citar as exigências de qualificação técnica durante um procedimento
licitatório, tais exigências só se justificam caso haja uma pertinência lógica com o objeto
licitado.
Na Proporcionalidade os atos administrativos antes de serem realizados, devem possuir
critérios de adequação, necessidade e proporcionalidade em seu sentido estrito, principalmente
quando falamos dos atos administrativos discricionários, em síntese os atos e instrumentos
utilizados para alcançar determinadas finalidades públicas devem ser tão proporcionais quanto
o resultado. Ou seja, este princípio está relacionado com a necessidade, cabendo sempre antes
de atuar no âmbito público, fazê-lo da forma menos danosa possível aos direitos fundamentais.
Direito administrativo: um agente da vigilância sanitária fiscaliza um supermercado e
encontra dois pacotes de arroz há um dia fora da validade. Entre as penalidades cabíveis ao
caso, o agente aplica a mais grave e interdita o estabelecimento por 30 dias. No caso, o
proprietário do supermercado pode recorrer da decisão invocando os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade

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