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material de apoio

Gestão e Fiscalização de
Contratos Administrativos
Gestão da Execução Contratual

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Gestão da Execução Contratual

A execução do contrato deve ser sempre acompanhada e fiscalizada por um representante da


Administração, que é também chamado de gestor ou fiscal de contratos. É o servidor designado
para representar a unidade administrativa perante a Contratada, de forma a garantir a
consecução do instrumento contratual. Ele deve ser indicado de maneira expressa, pela
autoridade superior, logo após a assinatura do contrato

Atividades da função gerencial


Planejamento
Organização
Comando
Coordenação e
Controle – fiscalização
A respeito do perfil do gestor podemos dizer que deve ser uma pessoa multifuncional, que se
dedicará à busca do melhor produto ou serviço dentro do solicitado.

Conhecimento básico para a função gerencial


Aprofundar leitura da Lei 8.666/93
Estudo do edital e o contrato
Aplicar os princípios do Direito Administrativo

Princípios do Direito Administrativo


Os princípios da Administração estão arrolados no artigo 37, caput, da Constituição Federal de
1988, in verbis: “Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerão aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

Os princípios da licitação pública são específicos e determinados no caput do artigo 3º da Lei


Federal 8.666/93 :

Art. 3º - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da


isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

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Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade está previsto na Constituição Federal de 1988, no seu art. 37, caput, e
nos artigos 5º, incisos II e XXXV e 84, inciso IV.
Exige a adequação de toda e qualquer conduta administrativa do servidor público, nele estando
incluídas todas as normas e princípios. Enquanto o particular é livre para fazer o que não seja
proibido, a Administração só pode agir se a lei ordenar, nos termos do que ela dispõe e no
tempo que a mesma determina.

Supremacia do interesse público sobre o particular


É fundamental no direito público e rege a Administração em todos os seus atos. O artigo 2º,
caput, da Lei n 9.784/99 estabelece:
“atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei”

Fica evidente que o interesse público é irrenunciável e a autoridade administrativa deve exercer
seus poderes para garantir que este não seja prejudicado.

Princípio da Impessoalidade e finalidade


A impessoalidade é um princípio definido no artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988
e possui duas abordagens distintas:
- Atuação impessoal, conforme a finalidade das atividades administrativas que tenham por
objetivo a satisfação do interesse coletivo;
- Responsabilidade de atuação do órgão ou entidade estatal, não importando a vontade do
administrador.
O que permite entender que o objetivo da finalidade do ato administrativo é o interesse público e
que qualquer ato que não siga esse objetivo estará sujeito à anulação por desvio de finalidade.
A finalidade da Administração pode se manifestar explícita ou implicitamente nas leis, existindo
uma finalidade geral que é a satisfação do interesse público.

O segundo enfoque do princípio da impessoalidade é a questão do impedimento que o agente


público tem de obter algum tipo de promoção pessoal com a prática do ato administrativo. É que
se pode extrair do § 1º do art. 37 da Constituição Federal:

“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

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Princípio da Moralidade
Tal princípio estabelece à Administração não apenas uma atuação legal, mas também moral,
caracterizada pela submissão à ética, à honestidade, à lealdade e à boa-fé.

Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência possui um conceito econômico, inserido por meio da Emenda
Constitucional nº 19/98 no caput do art. 37 da Constituição Federal. Também, o princípio da
eficiência não qualifica normas, mas qualifica atividades.

Num conceito geral, eficiência significa fazer acontecer com racionalidade, o que acarreta
mensurar os custos que a remuneração das necessidades públicas importam em relação ao
grau de utilidade alcançado.

Princípio da Continuidade do Serviço Público


Este princípio pretende não prejudicar o atendimento à população, visto que os serviços
essenciais não podem ser interrompidos. Deste princípio resulta a proibição de greve nos
serviços públicos; a necessidade de suplência para preencher temporariamente vagas;
impedimento de justificar a exceção do contrato não cumprido; possibilidade da encampação da
concessão do serviço, bem como a retomada do serviço público por parte da Administração.

Princípio Indisponibilidade do interesse público


O interesse público não pode deixar de ser atendido e não é negociável. Este princípio se
baseia no requisito de que as condutas humanas podem causar danos coletivos e, por tal razão,
não cabe ao particular decidir o que é melhor para a Administração.

Princípio da Razoabilidade
A razoabilidade é o princípio que estabelece a coerência a qualquer lei, ato administrativo ou
decisão jurisdicional. Por este princípio se observa se os princípios e normas do sistema jurídico
foram ou não alcançados.

O Equilíbrio é norteado pela necessidade e pelo fato de que a escolha deve ser feita sobre o
prisma que considere o conjunto de interesses em jogo. Serve para conciliar o direito formal
com o direito material ante as condições das transformações e evolução sociais.

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Princípio da Motivação
A Constituição Federal apresenta esse princípio em termos evidentes nos textos do art. 5º da
Constituição Federal de 1988, caput e parágrafo II:

Caput - todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade.
[...]
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.

A Administração deve apontar sempre o que a levou a praticar tal ato, de fato e de direito, pois
se trata de base para assegurar a legalidade dos atos administrativos.

Princípio da Economicidade
A Constituição Federal de 1988 ampliou significativamente o universo de competências e
atribuições do Sistema Federal de Controle Externo (arts. 70 a 75). Nessa perspectiva, a
atuação do Tribunal de Contas da União — TCU, como órgão de controle externo, cria uma
avaliação cada vez mais exigente dos gastos públicos.
A aplicação do texto constitucional colocou no ordenamento jurídico procedimentos básicos
gerenciais, concernentes à eficácia e efetividade, obrigando um dos condutores a regular a
gestão de recursos e bens públicos a respeito ao princípio da economicidade, ao lado do
princípio essencial da legalidade e, também, do princípio da legitimidade.

A economicidade se une ao comando das ciências econômicas e de gestão, à ideia principal de


desempenho qualitativo. Trata-se da conquista do melhor resultado estratégico possível de uma
determinada reserva de recursos financeiros, econômicos e/ou patrimoniais em um determinado
cenário socioeconômico.

Referências Bibliográficas
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 25ed. São Paulo. 2012.
MEIRELLES, Hely Lopes et al. Direito Administrativo Brasileiro. 40aed. Malheiros Editores. São Paulo. 2014.
MELLO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 26ed. Malheiros Editores. São Paulo. 2008.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. 35. Ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
BRASIL. Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992. Lei do enriquecimento ilicito. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm>; Acesso em 29 setembro de 2016
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36. Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 12. Ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
CARVALHO FILHO, JOSÉ DOS SANTOS. Manual de Direito Administrativo. 25 ed. São Paulo. Editora Atlas, 2012.

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