Moralidade: Tendo por base a “boa administração”, Os princípios expressos estão escritos na Constituição, este princípio relaciona-se com as decisões legais pois ela elenca os princípios que o administrador deve tomadas pelo agente de administração pública, seguir, eles demonstram-se como obrigações que acompanhado, também, pela honestidade. “É certo precisam ser seguidas. Além desses princípios, que a moralidade do ato administrativo juntamente a existem os implícitos, por hora, é importante lembrar sua legalidade e finalidade, além de sua adequação que ambos possuem o mesmo grau de valor. aos demais princípios constituem pressupostos de Toda conduta dos agentes públicos precisa obedecer validade sem os quais toda atividade pública será e aplicar os princípios administrativos, entretanto ilegítima”. nenhum princípio é absoluto, eles devem ser analisados em cada caso concreto. (ART 37 CAPUT) Assim fica claro, a importância da moralidade na Administração Pública. Um agente administrativo ético que usa da moral e da honestidade, consegue Legalidade: O princípio da legalidade, que é uma das realizar uma boa administração, consegue discernir a principais garantias de direitos individuais, remete ao licitude e ilicitude de alguns atos, além do justo e fato de que a Administração Pública só pode fazer injusto de determinadas ações, podendo garantir um aquilo que a lei permite, ou seja, só pode ser exercido bom trabalho. em conformidade com o que é apontado na lei, esse Súmula Vinculante 13: princípio ganha tanta relevância pelo fato de não proteger o cidadão de vários abusos emanados de agentes do poder público. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de Impessoalidade: Um princípio ainda um pouco direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de conturbado na doutrina, mas, a maioria, dos cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de doutrinadores, relaciona este princípio com a função gratificada na administração pública direta e finalidade, ou seja, impõe ao administrador público indireta em qualquer dos poderes da União, dos que só pratique os atos em seu fim legal sustenta Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que esse princípio “se traduz a ideia de que a compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou Emenda Constitucional 19/98: detrimentosas”. Para a garantia deste princípio, o texto constitucional completa que para a entrada em cargo Modifica o regime e dispõe sobre princípios e normas público é necessário a aprovação em concurso público. da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas e (O nepotismo é a prática pela qual um agente público custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e dá usa de sua posição de poder para nomear, contratar outras providências. As Mesas da Câmara dos ou favorecer um ou mais parentes, sejam por vínculo Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º da consanguinidade ou da afinidade, em violação às do art. garantias constitucionais de impessoalidade administrativa.) Artigo 37 da CF/88: Razoabilidade e Proporcionalidade: É um princípio que é implícito da Constituição Federal brasileira, mas Art. 37. A administração pública direta e indireta de que é explícito em algumas outras leis, como na qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do paulista, e que vem ganhando muito força). É mais Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos uma tentativa de limitação ao poder púbico. princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: “Trata-se de um princípio aplicado ao direito administrativo como mais uma das tentativas de (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de impor-se limitações à discricionariedade 1998). administrativa, ampliando-se o âmbito de apreciações Publicidade: Para que os atos sejam conhecidos do ato administrativo pelo Poder Judiciário.” externamente, ou seja, na sociedade, é necessário que Esse princípio é acoplado a outro que é o da eles sejam publicados e divulgados, e assim possam proporcionalidade. “A proporcionalidade dever iniciar a ter seus efeitos, auferindo eficácia ao termo ser medida não pelos critérios pessoais do exposto. Além disso, relaciona-se com o Direito da administrador, mas segundo padrões comuns na Informação, que está no rol de Direitos e Garantias sociedade em que vive”. Fundamentais. “O inciso XIII estabelece que todos têm direito a Princípios Implícitos da Administração receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, Não estão expressos na Constituição. que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de Autotutela: O Estado tem o dever de fiscalizar a responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja emissão dos seus atos administrativos, para isto, conta imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” com um mecanismo que possui três espécies de Como demonstrado acima, é necessário que os atos e controle: a anulação, a revogação e a convalidação dos decisões tomados sejam devidamente publicados para atos administrativos. o conhecimento de todos, o sigilo só é permitido em Legitimidade: Esse princípio, que alguns autores casos de segurança nacional. “A publicidade, como chamam de Presunção de Legalidade, parte do princípio da administração pública, abrange toda pressuposto de que os atos administrativos praticados atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação pelo Estado devem estar sempre de acordo com a lei. oficial de seus atos como, também, de propiciação de Sabe-se, contudo, que nem sempre essa é a realidade conhecimento da conduta interna de seus agentes”. da vida prática, muitas vezes percebe-se que os atos Busca-se deste modo, manter a transparência, ou seja, administrativos são praticados em desacordo com os deixar claro para a sociedade os comportamentos e seus requisitos. as decisões tomadas pelos agentes da Administração Pública. Motivação: É necessária ao administrador público a indicação dos fundamentos de fato e de direito que Eficiência: Este princípio zela pela “boa motivaram suas ações. A Administração Pública está administração”, aquela que consiga atender aos obrigada a agir na conformidade da lei, todos os seus anseios na sociedade, consiga de modo legal atingir atos devem trazer consigo a demonstração de sua resultados positivos e satisfatórios, como o próprio base legal bem como das razões de fato que nome já faz referência, ser eficiente. ensejaram a conduta administrativa. Trata-se, portanto, de formalidade essencial para permitir o “O Princípio da eficiência exige que a atividade controle da legalidade dos atos administrativos. Nesse administrativa seja exercida com presteza, perfeição sentido, é forma de salvaguardar os administrados do e rendimento funcional. É o mais moderno princípio capricho dos governantes. da função administrativa, que já não se contenta em se desempenhar apenas com uma legalidade, exigindo Observação: resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento as necessidades da O princípio da legitimidade ou da veracidade compõe comunidade e de seus membros.” dois aspectos: a presunção de verdade (veracidade) quanto à certeza dos fatos; e o segundo aspecto, que é a presunção de legalidade, pois, dado que a administração se submete à lei, presume-se que até prova em contrário seus atos são verdadeiros e conforme as leis. Todavia, essa presunção é relativa¸ pois admite prova em contrário.